Tornearia Mecânica - Tecnologia Aplicada
Tornearia Mecânica - Tecnologia Aplicada
Tornearia Mecânica - Tecnologia Aplicada
Tecnologia Aplicada
Formação Continuada – Ajustagem Mecânica
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Sumário
• Paquímetro 05
• Torno mecânico 19
• Ferramentas de corte para torno 37
• Velocidade de corte 47
• Fluido de corte 55
• Mandril e buchas cônicas 63
• Brocas 67
• Brocas de centrar 79
• Goniômetro 83
• Placa arrastadora e arrastador 87
• Pontas e contrapontas 91
• Aço-carbono 95
• Anel graduado 105
• Esmerilhadora 111
• Verificadores e calibradores 115
• Ferramentas de corte 127
• Placa universal de três e quatro castanhas 141
• Placa lisa e acessórios 147
• Recartilha 151
• Machos 157
• Cossinetes 169
• Desandadores 175
• Ferro fundido 183
• Placa de castanhas independentes 189
• Alargadores 193
• Micrômetro 207
• Roscas 223
• Furadeiras 235
• Reafição de brocas 241
• Torneamento cônico 249
• Cones normalizados 257
• Lunetas 263
• Sistema de tolerância e ajuste 265
• Roscas trapezoidais, quadradas, para tubos e múltiplas 293
• Relógio comparador 301
• Serra manual 311
• Metais não ferrosos 315
• Alumínio 329
• Tratamento térmico 337
Formação Continuada – Tornearia Mecânica
Paquímetro
Resolução do paquímetro
As diferenças entre a escala fixa e a escala móvel de um paquímetro podem ser
calculadas pela sua resolução. Resolução é a menor medida que o instrumento ofere-
ce; é calculada pela seguinte fórmula:
UEF
Resolução =
NDN
UEF = unidade de escala fixa
NDN = número de divisões do nônio
Por exemplo, um nônio com 10 divisões terá a resolução de 0,1mm, pois, apli-
cando a fórmula, tem-se:
1mm
Resolução = = 0,1mm
10
1mm
Resolução = = 0,05mm
20
1mm
Resolução = = 0,02mm
50
Escala em milímetros
Para ler a medida em milímetros inteiros, deve-se contar, na escala fixa, os milí-
metros existentes antes do zero do nônio. Quando o zero do nônio coincidir exatamen-
te com um dos traços da escala de milímetros, tem-se uma medida exata em milíme-
tros, no caso a leitura é 4mm.
Quando o zero do nônio não coincide exatamente com um traço da escala fixa
mas fica entre dois traços, admite-se a menor medida. A seguir, observa-se qual o
ponto de coincidência entre os traços do nônio e da escala fixa; esse ponto fornece a
medida em frações de milímetro, conforme a resolução do paquímetro.
Leitura Leitura
1,0mm → escala fixa 103,0mm → escala fixa
0,3mm → nônio (traço coincidente: 3º ) 0,5mm → nônio (traço coincidente: 5º)
1,3mm → total (leitura final) 103,5mm → total (leitura final)
Leitura Leitura
2,00mm → escala fixa 107,00mm → escala fixa
0,55mm → nônio 0,35mm → nônio
2,55mm → total 107,35mm → total
Leitura Leitura
70,00mm → escala fixa 49,00mm → escala fixa
0,76mm → nônio 0,24mm → nônio
70,76mm → total 49,24mm → total
UEF .025"
Resolução = R= = .001” (um milésimo de polegada)
NDN 25
Leitura
.050” → escala fixa
+ .014” → nônio
.064” → total
Leitura
1.700” → escala fixa
+ .021” → nônio
1.721” → total
1"
UEF 1" 1" 1 1"
Resolução = = 16 R = ÷8= × =
NDN 8 16 16 8 128
1" 2"
Assim, cada divisão do nônio vale . Duas divisões corresponderão a
128 128
1"
ou e assim por diante.
64
3" 3"
Como exemplo, considere-se uma leitura de na escala fixa e no nônio;
4 128
a medida total equivale à soma dessas duas medidas. É importante observar que as
frações devem ser sempre simplificadas.
3" 5"
Num outro exemplo em que a escala fixa mostra 1 e o nônio , a medida
16 128
3" 5" 24" 5" 29"
total será: 1 + ⇒1 + =1
16 128 128 128 128
2. Quando o zero do nônio não coincidir, verifique qual dos traços do nônio está
nessa situação e faça a leitura do nônio
1 2 4 8
4. Sabendo que cada divisão da escala fixa equivale a = = = e
16 32 64 128
com base na leitura do nônio, escolha uma fração da escala fixa de mesmo denomi-
3" 4"
nador. Exemplo: leitura do nônio ; fração escolhida da escala fixa: .
64 64
3"
b) Passo 2. ⇒
128
Passo 3. ⇒ 2” + 8 divisões
3" 8"
Passo 4. ⇒ fração escolhida
128 128
8" 3" 67"
Passo 5. ⇒ 2” + (8 × )+ =2
128 128 128
67"
Leitura final: 2
128
Para não cometer o erro de paralaxe, á aconselhável que se faça a leitura colo-
cando o paquímetro em posição exatamente perpendicular aos olhos.
O cursor deve estar bem regulado para se deslocar com facilidade sobre a ré-
gua: nem muito preso, nem muito solto. O operador deve regular a mola, adaptando o
instrumento à sua mão; caso exista uma folga anormal, os parafusos de regulagem da
mola devem ser ajustados, girando-os até encostar no fundo e, em seguida, retornan-
do um oitavo de volta, aproximadamente. Após esse ajuste, o movimento do cursor
deve ser suave, porém sem folga.
Convém que o paquímetro seja fechado suavemente até que o encosto móvel
toque a outra extremidade. Feita a leitura da medida, o paquímetro deve ser aberto e a
peça retirada, sem que os encostos a toquem.
Nas medidas externas, a peça deve ser colocada o mais profundamente possí-
vel entre os bicos de medição para evitar qualquer desgaste na ponta dos bicos.
Conservação do paquímetro
• Manejar o paquímetro sempre com todo cuidado, evitando choques.
• Não deixar o paquímetro em contato com outras ferramentas, o que pode
causar danos ao instrumento.
• Evitar arranhaduras ou entalhes, pois isso prejudica a graduação.
• Ao realizar a medição, não pressionar o cursor além do necessário.
• Após a utilização, limpar o paquímetro e guardá-lo em local apropriado
Torno mecânico
As partes principais do torno universal são: placa, cabeçote fixo, recâmbio, caixa
de engrenagem, barramento, carro principal e cabeçote móvel.
Cabeçote fixo
Cabeçote fixo é um conjunto constituído de carcaça, engrenagens e eixo-árvore. O
elemento principal do cabeçote é o eixo-árvore, também chamado árvore ou eixo principal,
onde está montada a placa, responsável pelo movimento de rotação da peça; o eixo-árvore
é vazado de ponta a ponta, de modo a permitir a passagem de barras.
Caixa Norton
Também conhecida por caixa de engrenagem, é formada por carcaça, eixos e engre-
nagens; serve para transmitir o movimento de avanço do recâmbio para a ferramenta.
Recâmbio
O recâmbio é a parte responsável pela transmissão do movimento de rotação do
cabeçote fixo para a caixa Norton. É montado em uma grade e protegido por uma
tampa a fim de evitar acidentes. As engrenagens do recâmbio permitem selecionar o
avanço para a ferramenta.
Barramento
Barramento é a parte do torno que sustenta os elementos fixos e móveis do torno. Na
parte superior do barramento estão as guias prismáticas, que devem ter um paralelismo
perfeito em relação ao eixo-árvore, a fim de garantir o alinhamento da máquina.
Carro principal
O carro principal é um conjunto formado por avental, mesa, carro transversal,
carro superior e porta-ferramenta.
O carro superior possui uma base giratória graduada que permite o torneamen-
to em ângulo. Nele também estão montados o fuso, o volante com anel graduado e o
porta-ferramentas ou torre.
Cabeçote móvel
O cabeçote móvel é a parte do torno que se desloca sobre o barramento, oposta
ao cabeçote fixo; a contraponta e o eixo principal estão situados na mesma altura e
determinam o eixo de rotação da superfície torneada.
O cabeçote pode ser fixado ao longo do barramento por meio de parafusos, por-
cas, placas e alavanca com excêntrico.
• servir para fixar o mandril de haste cônica para furar com broca no torno;
• servir de suporte direto para ferramentas de corte de haste cônica como bro-
cas, alargadores e machos;
Mangote - é uma luva cilíndrica com um cone morse num lado e uma porca no
outro; a ponta com o cone morse serve para prender a contraponta, a broca e o man-
dril; o outro lado é conjugado a um parafuso, que ao ser girado pelo volante, realiza o
movimento de avanço e recúo.
Acessórios do torno
O torno tem vários tipos de acessórios que servem para auxiliar na execução de
muitas operações de torneamento.
Continuação
Tipos de torno
Torno horizontal
O torno horizontal é utilizado na maioria das operações de torneamento; os mecanis-
mos estão alojados no interior da estrutura do cabeçote e da coluna correspondente.
Torno vertical
O torno vertical possui o eixo de rotação na posição vertical e é utilizado no tor-
neamento de peças de grande dimensão, tais como flanges, polias e rodas dentadas,
que em razão de seu peso, podem ser mais facilmente montadas sobre uma platafor-
ma horizontal.
Torno copiador
No torno copiador, os movimentos que definem a geometria da peça são co-
mandados por mecanismos copiadores de um modelo ou chapelona. No copiador hi-
dráulico, um apalpador em contato com o modelo transmite o movimento por meio de
um amplificador hidráulico que movimenta o carro porta-ferramentas.
Torno CNC
Tipo de torno comandado por um computador que controla os movimentos da máqui-
na; esse computador leva o nome de comando numérico computadorizado ou controle nu-
mérico computadorizado, abreviadamente CNC. Uma das vantagens do comando numérico
é a possibilidade de mudar rapidamente a seqüência de operações que a máquina deve
realizar. Essa mudança é feita por meio de um programa, isto é, uma lista de instruções
escritas numa linguagem que a máquina pode entender.
Torno revólver
A característica principal do torno revólver é o emprego de várias ferramentas,
convenientemente dispostas e preparadas, para executar as operações de forma or-
denada e sucessiva. As ferramentas adicionais são fixadas no dispositivo chamado
torre-revólver e devem ser montadas de forma seqüencial e racional.
Torno de placa
Também chamado de torno de platô, é amplamente utilizado nos trabalhos de
caldeiraria pesada. Executa torneamento de peças de grande diâmetro, tais como po-
lias, volantes e flanges.
Operações do torno
Faceamento
Faceamento é a operação que permite fazer no material uma superfície plana
perpendicular ao eixo do torno, de modo a obter uma face de referência para as medi-
das que derivam dessa face. A operação de facear é realizada do centro para a perife-
ria da peça. Também é possível facear partindo da periferia para o centro da peça,
desde que se use uma ferramenta adequada.
Furação
A furação permite abrir furos de centro em materiais que precisam ser trabalha-
dos entre duas pontas ou entre placa e ponta. Também é um passo prévio para fazer
furo com broca comum.
Usa-se a furação no torno para fazer furo cilíndrico por deslocamento de uma
broca montada no cabeçote. É um furo de preparação do material para operações
posteriores de alargamento, torneamento e roscamento internos.
A furação no torno também serve para fazer uma superfície cilíndrica interna,
passante ou não, pela ação da ferramenta deslocada paralelamente ao torno. Essa
operação também é conhecida por broqueamento e permite obter furos cilíndricos com
diâmetro exato em buchas, polias, engrenagens e outras peças.
Quando se constrói um cone interior para ser acoplado a um cone exterior, deve-
se fabricar primeiro o cone exterior, usando-o depois como calibrador para controlar a
conicidade da peça com cone interno.
Ferramentas de corte
para torno
As ferramentas para tornear internamente podem ser de corpo único, com pasti-
lhas soldadas ou com insertos. Podem ser utilizadas nas operações de desbaste ou
de acabamento, variando os ângulos de corte e a forma da ponta.
1. desbastar 4. formar
2. alisar 5. roscar
3. sangrar 6. tornear com haste
Ferramenta de desbastar
Remove o cavaco mais grosso possível, levando-se em conta a resistência da
ferramenta e a potência da máquina. O desbaste pode ser feito à direita ou à esquer-
da, com ferramenta reta ou curva, podendo ser de aço rápido, carboneto metálico sol-
dado ou intercambiável.
Ferramenta de facear
Empregada para desbastar e para fazer acabamento, pode ser curva ou reta; o
trabalho pode ser feito do centro para a periferia, da periferia para o centro, à esquer-
da e à direita.
Ferramenta de sangrar
A ferramenta para sangrar é o bedame, que corta o material perpendicularmente
ao eixo de simetria da peça, no sentido de fora para dentro, formando canais. É usada
na fabricação de arruelas, polias, eixos roscados e canais para alojar anéis de trava
ou de vedação e saídas de ferramentas.
O bedame também pode ser usado para separar um material do corpo da peça;
quando utilizado para cortar, o bedame deve ter uma ligeira inclinação na aresta de
corte, para evitar que a rebarba fique presa à peça.
Uma outra maneira de cortar com bedame é afiá-lo com um grande raio na ares-
ta de corte, de modo a não aumentar o esforço de corte; nesta situação, o cavaco se
apresenta em forma de arco, o que facilita sua saída do canal devido a uma compres-
são lateral; podem-se utilizar velocidades de corte maiores porque o cavaco não atrita
com as pa redes laterais da ranhura. A abundância de fluido na região de corte é
fundamental para a refrigeração da peça e da ferramenta, além de facilitar a expulsão
do cavaco. Aplica-se esse tipo de corte em bedame com até 3mm de largura.
Ferramenta de formar
Empregada para tornear peças de perfil variado; usam-se ferramentas cujas a-
restas de corte têm a mesma forma do perfil que se deseja dar à peça.
Ferramenta de roscar
Utilizada para fazer rosca na peça; é preparada de acordo com o tipo de rosca
que se deseja executar.
Para que uma ferramenta seja fixada rigidamente, é necessário que sobressaia
o menos possível do porta-ferramentas, ou seja, o balanço b deve ser o menor possí-
vel, para evitar a flexão da ferramenta que pode provocar alterações na rugosidade e
nas dimensões da peça.
Velocidade de corte
Para que haja corte de um determinado material por meio de uma ferramenta, é
necessário que o material ou a ferramenta se movimente um em relação ao outro.
e
Vc =
t
πd
Matematicamente, pode-se dizer que, em uma rotação: Vc =
t
πdn
Em “n” rotações: Vc =
t
Observação
1m = 1000mm
2cn
Vc = (m / min)
1000
Observação
No cálculo da velocidade de corte para máquinas-ferramenta, como as plainas, o
valor de c (curso) é determinado pela soma do comprimento da peça mais 30 mm, que
é a folga necessária para a ferramenta entrar e sair da peça.
borracha 35 m/s
mineral 16 m/s
corte 80
Exemplo:
Para um rebolo vitrificado cuja a velocidade periférica normal é da ordem de
30/35 m/s a velocidade do grão seria de 1.800 / 2.100 m/min, enquanto uma fresa cos-
tuma trabalhar a 90 m/min.
METAIS FERROSOS
Velocidade de corte
Material a ser usinado
(m/min.)
Fer Avanço (s) em mm/rot.
0,1 0,2 0,4 0,8 1,6
AÇO CARBONO
HSS - 60 45 34 25
com resistência até 500N/mm2 (0,10% a 0,25% C) MD 280 236 200 170 67
HSS - 44 32 24 18
com resistência até 700 N/mm2 (0,30% a 0,45%C) MD 240 205 175 145 50
HSS - 32 24 18 13
com resistência até 900 N/mm2 (0,50% a 0,60%C) MD 200 170 132 106 34
AÇO LIGA E AÇO FUNDIDO
HSS - 34 25 19 14
com resistência até 900N/mm2 MD 150 118 95 75 24
HSS - 24 17 12 8,5
com resistência até 1250 N/mm2 MD 118 108 8,5 71 24
HSS - 9 - - -
com resistência até 1500 N/mm2 MD 50 40 32 27 8,5
FERRO FUNDIDO
(FC 100 a 150) HSS - 48 28 20 14
com resistência até 150N/mm2 MD 140 118 95 80 67
(FC 100 a 250) HSS - 43 27 18 13
com resistência até 250N/mm2 MD 125 90 75 63 53
FMP 55005 HSS - 32 18 13 9,5
com resistência até 550N/mm2 MD 106 90 75 63 53
AÇO AO MANGANÊS HSS - - - - -
MD 40 32 25 20 67
MATERIAIS NÃO-METÁLICOS
Material a ser usinado Velocidade de corte
(m/min.)
Termoplásticos (Nylon, PVC, Teflon, Acrílico, etc); borracha 25 - 40
Plásticos termofixos (duros) com ou sem fibras (baqueline, PVC lamin. com fibra 16 - 25
de vidro, etc)
Borracha sintética (ebonite, vulcanite) 18 - 30
Fluido de corte
Como refrigerante, o fluido atua sobre a ferramenta e evita que ela atinja tempe-
raturas muito altas e perca suas características de corte. Age, também, sobre o peça
evitando deformações causadas pelo calor. Atua, finalmente, sobre o cavaco, reduzin-
do a força necessária para que ele seja cortado.
Depois de refrigerar a ferramenta e a peça, o fluido cai para a mesa onde é reco-
lhido por canais e levado, por meio de um tubo, para o reservatório. Do reservatório, a
bomba aspira novamente o fluido para devolvê-lo sobre a ferramenta e a superfície de
trabalho.
bono ou gelo seco) para altas velocidades de corte de ligas de difícil usinagem, e o
nitrogênio para operações de torneamento.
Os óleos minerais são a base da maioria dos fluidos de corte. A eles são adicio-
nados os aditivos, ou seja, compostos que alteram e melhoram as características do
óleo, principalmente quando ele é muito exigido. Os aditivos mais usados são os anti-
oxidantes e os agentes EP.
Em geral, além desses aditivos, adicionam-se aos fluidos de corte agentes bio-
degradáveis anticorrosivos, biocidas e antiespumantes.
Na verdade, não existe um fluido “universal”, isto é, aquele que atenda a todas
as necessidades de todos os casos. Os óleos solúveis comuns e os EPs são os que
cobrem o maior número de operações de corte. A diferença entre cada grupo está na
composição e na aplicação que, por sua vez, dependerá do material a ser usinado, do
tipo de operação de corte e da ferramenta usada.
Um resumo das informações sobre os tipos de fluidos de corte e o uso dos vá-
rios fluidos de corte, relacionando-os com a operação e o grau de usinabilidade dos
materiais metálicos para construção mecânica, podem ser vistos nos quadros.
PROPRIEDADES
TIPOS COMPOSIÇÃO Proteção
Resfriamento Lubrificação conta a EP Resistência
corrosão à corrosão
Óleos graxos Óleos de origem vegetal ou ....... Excelente Boa Boa .......
animal.
Óleos compostos Mistura de óleos minerais e ....... Excelente Excelente Boa Boa
graxos.
Óleos “solúveis Óleos minerais + óleos gra- Ótimo Boa Ótima ....... Boa
xos, soda cáustica, emulsifi-
cantes, água.
Óleos EP Óleos minerais com aditivos Ótimo Boa Ótima Excelente Ótima
EP (enxofre, cloro ou fósfo-
ro).
Óleos sulfurados e Óleos minerais ou graxos ....... Excelente Excelente Excelente Excelente
clorados sulfurados ou com substân-
cias cloradas.
Fluidos sintéticos Água + agentes químicos Excelente Boa Excelente Excelente Excelente
(aminas, nitritos, nitratos,
fosfatoo), sabões, germici-
das.
Fonte: Usinagem e fluidos de corte. Esso Brasileira de Petróleo S.A., s/d, pág. 36.
Cobre,
Graus de MATERIAL Aços de Aços-liga Aços-liga de Aços-ferra- Alumínio, níquel,
severidade baixo carbo- de médio alto carbono menta e aços magnésio, latão bronze de
no aditivados carbono inoxidáveis vermelho alumínio
OPERAÇÃO
1 Brochamento. A A A ou J A ou K D C
3 Roscamento com A ou C B ou C B ou C B ou C D ou H D ou H
cossinete.
4 Oper. c/ alargador. D C B A F G
5 Furação profunda. E ou D E ou C E ou B E ou A E ou D E ou D
6 Fresamento. E, C ou D E, C ou D E, C ou D C ou B E, H a K E, H a K
7 Mandrilamento. C C C C E E
7 Furação múltipla. C ou D C ou D C ou D C ou D F G
8 Torneamento em má- C ou D C ou D C ou D C ou D F G
quinas automáticas.
9 Aplainamento e tornea- E E E E E E
mento.
10 Serramento, retificação. E E E E E E
Legenda:
A - óleo composto com alto teor de enxofre (sulfurado)
B - óleos compostos com médios teores de enxofre (sulfurado) ou substâncias cloradas (clorado)
C - óleos compostos com baixo teores de enxofre ou substâncias cloradas
D - óleo mineral clorado
E - óleos solúveis em água
F, G, H, J, K - óleo composto com conteúdo decrescente de óleo graxo de F a K
Adaptado de: Fundamentos da Usinagem dos Metais por Dino Ferraresi. São Paulo, Edgard Blücher, 1977, pág. 551.
Tecnologia aplicada: Fluido de corte 59
Formação Continuada – Tornearia Mecânica
Retificação de roscas
Broqueamento
Torneamento Fresamento
ferramenta
Os cuidados, porém, não devem se restringir apenas aos fluidos, mas também
precisam ser estendidos aos operadores que os manipulam.
Embora os processos de produção dos fluidos de corte estejam cada vez mais
aperfeiçoados para eliminar componentes indesejáveis, não só no que se refere ao
uso, mas também aos aspectos relacionados à saúde do usuário, o contato prolonga-
do com esses produtos pode trazer uma série de problemas de pele, genericamente
chamados de dermatite.
Como o contato do operador com esses óleos é necessário pelo tipo de trabalho
realizado, torna-se indispensável que esse contato seja evitado, usando-se de luvas e
uniformes adequados. Além disso, práticas de higiene pessoal são imprescindíveis
para o controle e prevenção das dermatites causadas por compostos que aderem à
pele, entopem os poros e os folículos capilares, impedindo formação normal do suor e
a ação de limpeza natural da pele.
Mandril
Quando a bainha gira, também gira o anel roscado que abre e fecha as três pin-
ças ou castanhas que prendem as ferramentas.
Buchas cônicas
Buchas são acessórios que servem para fixar mandril, broca ou alargador dire-
tamente no eixo da máquina. Suas dimensões estão normalizadas pelos diferentes
sistemas de medidas, tanto para os cones externos (machos) como para os cones
internos (fêmeas). Quando o cone interno da máquina for maior que o cone externo da
ferramenta, utilizam-se buchas cônicas de redução.
Por exemplo, um cone de redução 4-3 significa que a parte externa é um co-
ne-macho número 4 e a interna é um cone-fêmea de número 3.
Brocas
Essa ferramenta pode ser fixada em máquinas como torno, fresadora, furadeira,
mandriladora.
A broca do tipo helicoidal de aço rápido é a mais usada em mecânica. Por isso,
é preciso conhecer suas características de construção e nomenclatura.
Para fins de fixação e afiação, a broca é dividida em três partes: haste, corpo e
ponta.
A haste é a parte que fica presa à máquina. Ela pode ser cilíndrica ou cônica,
dependendo de seu diâmetro.
A broca corta com as suas duas arestas cortantes como um sistema de duas fer-
ramentas. Isso permite formar dois cavacos simétricos.
As guias que limitam os canais helicoidais guiam a broca no furo. Elas são cilín-
dricas e suficientemente finas para reduzir o atrito nas paredes do orifício. As bordas
das guias constituem as arestas laterais da broca.
b) ângulo lateral de folga (representado pela letra grega α, lê-se alfa) – tem a
função de reduzir o atrito entre a broca e a peça. Isso facilita a penetração da broca no
material. Sua medida varia entre 6 e 27º, de acordo com o diâmetro da broca. Ele
também deve ser determinado de acordo com o material a ser furado: quanto mais
duro é o material, menor é o ângulo de folga.
Pode-se, por exemplo, modificar o ângulo da ponta, tornando-o mais obtuso. Is-
so proporciona bons resultados na furação de materiais duros, como aços de alto car-
bono.
Para a usinagem de cobre e suas ligas, como o latão, o ângulo lateral de saída
(ângulo de hélice) da broca deve ser ligeiramente alterado para se obter um ângulo de
corte de 5 a 10º, que ajuda a quebrar o cavaco. Essa alteração deve ser feita nas a-
restas principais de corte em aproximadamente 70% de seu comprimento.
Formato C
Afiação em cruz Aço com mais de 900 N/mm2
Formato D
Afiação com cone duplo Ferro fundido
Brocas especiais
Além da broca helicoidal existem outros tipos de brocas para usinagens especi-
ais. Elas são por exemplo:
a) broca de centrar – é usada para abrir um furo inicial que servirá como guia
no local do furo que será feito pela broca helicoidal. Além de furar, esta broca produz
simultaneamente chanfros ou raios. Ela permite a execução de furos de centro nas
peças que vão ser torneadas, fresadas ou retificadas. Esses furos permitem que a
peça seja fixada por dispositivos entre pontas e tenha movimento giratório.
c) broca canhão – tem uma única aresta cortante. É indicada para trabalhos
especiais como furos profundos, garantindo sua retitude, onde não há possibilidade de
usar brocas helicoidais.
f) broca com pastilha de metal duro para concreto tem canais projetados pa-
ra facilitar o transporte do pó, evitando o risco de obstrução ou aquecimento da broca.
Diferencia-se da broca com pastilha de metal duro para metais pela posição e afiação
da pastilha, e pelo corpo que não apresenta guias cilíndricas.
h) broca trepanadora é uma broca de tubo aberto com pastilhas de metal duro
intercambiáveis. É utilizada na execução de furos passantes de grande diâmetro. O
uso dessa broca diminui a produção do cavaco porque boa parte do núcleo do furo é
aproveitada para a confecção de outras peças.
Existe uma variedade muito grande de brocas que se diferenciam pelo formato e
aplicação. Os catálogos de fabricantes são fontes ideais de informações detalhadas e
atualizadas sobre as brocas, ou quaisquer outras ferramentas.
Broca de centrar
Broca de centrar é uma ferramenta de aço rápido que serve para fazer furos de
centro. De acordo com a norma NBR 6386, pode ser classificada em forma A, forma B
e forma R. Graças a sua forma, essas brocas executam, numa só operação, o furo
cilíndrico, o cone, o escareado de proteção e o raio.
A broca de forma A é uma broca de centrar simples, com um perfil sem chanfro
de proteção, que gera um furo cilíndrico seguido de um escareado a 60º.
A broca de centro de forma R, que é a broca de centro com raio, é utilizada para
diminuir o atrito entre a contraponta e o furo de centro, no caso de desalinhamento da
contraponta no torneamento cônico de pequena conicidade.
Diâmetro da pon- d d1 L1 d d1 d2 L2
ta do eixo D
de 0 a 8 1 2,12 3 1 2,12 3,15 3,5
3 12 1,6 3,35 5 1,6 3,35 5 5,5
12 18 2 4,25 6 2 4,25 6,3 6,6
18 25 2,5 5,3 7 2,5 5,3 8 8,3
25 40 3,15 6,7 9 3,15 6,7 10 10
40 80 4 8,5 11 4 8,5 12,5 12,7
80 180 6,3 13,2 18 6,3 13,2 18 20
acima de 180 10 21,2 28 10 21,2 28 31
Diâmetro da d d1 L3
ponta do eixo D
de 0 a 6 1 2,12 3
6 10 1,6 3,35 5
10 2 4,25 6
16 25 2,5 5,3 7
25 40 3,15 6,7 9
40 63 4 8,5 11
63 80 6,3 13,2 18
acima de 180 10 21,2 28
Goniômetro
Existem diversos modelos de goniômetro que servem para medir ângulo agudo e
ângulo obtuso; existe também o goniômetro de precisão.
A resolução do nônio é dada pela fórmula geral, também utilizada em outros ins-
trumentos de medida com nônio: divide-se a menor divisão do disco graduado pelo
número de divisões do nônio.
1° 60′
resolução = = = 5′
12 12
Leitura do goniômetro
Os graus inteiros são lidos na graduação do disco, com o traço zero do nônio.
Na escala fixa, a leitura pode ser feita tanto no sentido horário quanto no sentido anti-
horário.
A leitura dos minutos é realizada a partir do zero do nônio, seguindo a mesma di-
reção da leitura dos graus.
Conservação do goniômetro
Como outros instrumentos de medição, o goniômetro deve ser guardado em lo-
cal apropriado, livre de pó ou umidade; evitar quedas e contato com ferramentas de
oficina.
Placa arrastadora e
arrastador
A placa arrastadora tem forma de disco, com um cone interior e uma rosca ex-
terna para sua fixação no eixo principal da máquina; é feita de ferro fundido cinzento.
Placa de segurança
Cuidados a observar
• Proteger o barramento na montagem e desmontagem da placa arrastadora.
• Escolher um arrastador com um orifício que permita pequena folga da peça.
• Fixar o parafuso do arrastador na superfície da peça firmemente; o aperto da-
do no parafuso deve impedir o deslizamento do arrastador, quando este, junto com a
peça, é submetido ao esforço de corte da ferramenta.
• Ao fixar a peça entre pontas, colocar o pino da placa em contato com a haste
do arrastador para evitar danos à peça.
• Desbastar toda a peça, deixando sobremetal para acabamento.
• No caso de superfície com acabamento final, proteger com chapa de cobre ou
de outro material macio o local da peça onde será adaptado o arrastador.
Pontas e contrapontas
Pontas
Na usinagem de peças sem furo de centro, é necessário utilizar a ponta com furo
de centragem ou ponta negativa.
Contrapontas
Cuidados a observar
As pontas e contrapontas fixas devem ser utilizadas com atenção, pois batidas
ou pancadas podem inutilizá-las; sempre que forem utilizadas, devem receber graxa
nas pontas em contato com a peça, a fim de diminuir o atrito e aumentar sua vida útil;
uma exceção é a ponta rotativa, que não produz atrito e, portanto, não requer lubrifica-
ção.
Aço-carbono
Aço é a liga ferro-carbono que contém geralmente entre 0,008% até 2,11% de
carbono, além de outros elementos que resultam dos processos de fabricação.
O aço é obtido a partir do ferro-gusa líquido, produzido nos altos-fornos das usi-
nas siderúrgicas, no setor denominado aciaria.
A quantidade de carbono tem influência decisiva nas propriedades dos aços. Ela
influi na dureza, na resistência à tração e na maleabilidade dos aços. Quanto mais
carbono um aço contiver, mais duro ele será.
Soldado Forjado
O aço é ainda o material mais usado na indústria mecânica e pode ser trabalha-
do pelos mais diversos processos de fabricação. Suas propriedades mecânicas permi-
tem que ele seja soldado, curvado, forjado, dobrado, trefilado, laminado e trabalhado
por meio de ferramentas de corte.
Aço-liga
De um modo geral, ao introduzir elementos de liga nos aços visa-se aos seguin-
tes objetivos:
• Alterar as propriedades mecânicas;
• aumentar a usinabilidade;
• aumentar a temperabilidade;
• conferir dureza a quente;
• aumentar a capacidade de corte;
• conferir resistência ao desgaste;
• conferir resistência ä corrosão;
• conferir resistência à oxidação (ao calor);
• modificar as características elétricas e magnéticas.
Na tabela, a seguir, são mostrados os efeitos dos elementos de liga mais co-
muns, que são incorporados nos aços especiais, considerando a influência que eles
exercem em algumas propriedades que os aços especiais devam apresentar.
Dada a grande variedade de tipos de aço, criaram-se sistemas para a sua clas-
sificação.
O sistema brasileiro da ABNT baseou-se nos sistemas SAE e AISI para elaborar
seu sistema de classificação.
C Mn P máx. S máx.
1005 0,06 máx. 0,35 máx. 0,040 0,050 -
1006 0,08 máx. 0,25 - 0,40 0,040 0,050 1006
1008 0,10 máx. 0,30 - 0,50 0,040 0,050 1008
1010 0,08 - 0,13 0,30 - 0,60 0,040 0,050 1010
1011 0,08 - 0,13 0,60 - 0,90 0,040 0,050 -
1012 0,10 - 0,15 0,30 - 0,60 0,040 0,050 1012
1013 0,11 - 0,16 0,50 - 0,80 0,040 0,050 -
1015 0,13 - 0,18 0,30 - 0,60 0,040 0,050 1015
1016 0,13 - 0,18 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1016
1017 0,15 - 0,60 0,30 - 0,60 0,040 0,050 1017
1018 0,15 - 0,20 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1018
1019 0,15 - 0,20 0,70 - 1,00 0,040 0,050 1019
1020 0,18 - 0,23 0,30 - 0,60 0,040 0,050 1020
1021 0,18 - 0,23 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1021
1022 0,18 - 0,23 0,70 - 1,00 0,040 0,050 1022
1023 0,20 - 0,25 0,30 - 0,60 0,040 0,050 1023
1025 0,22 - 0,28 0,30 - 0,60 0,040 0,050 1025
1026 0,22 - 0,28 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1026
1029 0,25 - 0,31 0,60 - 0,90 0,040 0,050 -
1030 0,28 - 0,34 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1030
1035 0,32 - 0,38 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1035
1037 0,32 - 0,38 0,70 - 1,00 0,040 0,050 1037
1038 0,35 - 0,42 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1038
1039 0,37 - 0,44 0,70 - 1,00 0,040 0,050 1039
1040 0,37 - 0,44 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1040
1042 0,40 - 0,47 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1042
1043 0,40 - 0,47 0,70 - 1,00 0,040 0,050 1043
1044 0,43 - 0,50 0,30 - 0,60 0,040 0,050 -
1045 0,43 - 0,50 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1045
1046 0,43 - 0,50 0,70 - 1,00 0,040 0,050 1046
1049 0,46 - 0,53 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1049
1050 0,48 - 0,55 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1050
1053 0,48 - 0,55 0,70 - 1,00 0,040 0,050 -
1055 0,50 - 0,60 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1055
1060 0,55 - 0,65 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1060
1064 0,60 - 0,70 0,50 - 0,80 0,040 0,050 1064
1065 0,60 - 0,70 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1065
1069 0,65 - 0,75 0,40 - 0,70 0,040 0,050 -
1070 0,65 - 0,75 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1070
1074 0,70 - 0,80 0,50 - 0,80 0,040 0,050 1070
1075 0,70 - 0,80 0,40 - 0,70 0,040 0,050 -
1078 0,72 - 0,85 0,30 - 0,60 0,040 0,050 1078
1080 0,75 - 0,88 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1080
1084 0,80 - 0,93 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1084
1085 0,80 - 0,93 0,70 - 1,00 0,040 0,050 -
1086 0,80 - 0,93 0,30 - 0,50 0,040 0,050 1086
1090 0,85 - 0,98 0,60 - 0,90 0,040 0,050 1090
1095 0,90 - 1,03 0,30 - 0,50 0,040 0,050 1095
Observação: Aplicável somente a produtos semi-acabados para forjamento, barras laminadas a quente, barras laminadas a quente e
acabadas a frio, fio-máquina.
Anel graduado
Uma das formas de obter o deslocamento exato dos carros e das mesas de
máquinas operatrizes convencionais — como plainas, tornos, fresadoras e retificado-
ras — é utilizar o anel graduado, um elemento de forma circular acoplado ao fuso da
máquina.
anel graduado
manípulo
Os anéis graduados, como o nome já diz, são construídos com graduações, que
são divisões proporcionais ao passo do fuso, ou seja, à distância entre filetes consecu-
tivos da rosca do fuso onde se situam. Esse fuso comanda o movimento dos carros ou
das mesas das máquinas-ferramenta.
Isso significa que, quando se dá uma volta completa no anel graduado, o carro
da máquina é deslocado a uma distância igual ao passo do fuso.
p = 5 mm
fuso
Como o anel graduado está dividido em partes iguais, ele permite obter frações
compatíveis com o número de divisões. Esse recurso recebe o nome de resolução do
anel, corresponde à menor diferença entre as indicações de um dispositivo mostrador
que pode ser significativamente percebida.
espera
traço de referência
penetração
da ferramenta
Observação
Essas fórmulas são válidas supondo-se que o fuso de comando tenha uma só
entrada.
Exemplo 1
Calcular quantas divisões é necessário avançar no anel graduado de 200 divi-
sões, para aplainar uma barra de 20 mm para que ela fique com 18,5 mm.
1. Penetração da ferramenta (axial):
Pn = E - e = 20 - 18,5 = 1,5 mm
Pn = 1,5 mm
2. Resolução do anel:
P 4 mm
R= = = 0,02 mm
N 200
R = 0,02 mm
Exemplo 2
Exemplo 3
Calcular quantas divisões devem ser avançadas em um anel graduado de 250
divisões, para reduzir a espessura de uma barra de 1/2” (.500”) para 7,16” (.4375”). O
passo do fuso de comando é de 1/8” (.125”).
1. Penetração:
Pn = E - e = .500” - .4375” = .0625”
Pn = .0625”
2. Resolução do anel:
P .125
R = = =.0005"
N 250
R = .0005”
Observação
Nas máquinas-ferramenta, como o torno e a retificadora cilíndrica, nas quais é
necessário utilizar a penetração radial, os anéis graduados são compensados. Isso
Tecnologia aplicada: Anel graduado 109
Formação Continuada – Tornearia Mecânica
quer dizer que, para retirar 1 mm no diâmetro da peça, a penetração efetiva será de
0,5 mm. Todavia, visualmente, esse deslocamento no anel graduado será de 1 mm.
Isso torna a compensação desnecessária.
Esmerilhadora
Esmerilhadora de pedestal
Pedestal - estrutura de ferro fundido cinzento que serve de apoio para o motor
elétrico.
Motor elétrico - faz girar os dois rebolos, que são montados um de cada lado de
seu eixo passante.
Apoio da ferramenta - pequena mesa que serve de apoio para o material que
será esmerilhado. O apoio tem um movimento linear e pode ter um movimento angu-
lar, regulável conforme a necessidade do trabalho; o importante é manter, à medida
que o diâmetro do rebolo diminui, uma folga de 1 a 2mm, para evitar a introdução de
peças pequenas entre o rebolo e o apoio.
Recipiente de esfriamento - serve para esfriar o material que está sendo esme-
rilhado. Observe-se que as ferramentas não devem passar pelo processo de esfria-
mento porque minúsculas trincas são produzidas pelas tensões impostas pelo aque-
cimento e resfriamento repentinos.
Esmerilhadora de bancada
Condições de uso
Dressagem do rebolo
Para uniformizar a superfície do rebolo, o dressador deve ser seguro com as du-
as mãos e realizar movimentos na face de trabalho do rebolo.
Verificadores e calibradores
Verificador
O verificador pode ser classificado em: verificador de raio, de rosca, de folga, de
ângulo, escantilhão e fieira.
Verificador de raio
O verificador de raio serve para verificar raios internos e externos. Em cada lâ-
mina é estampada uma medida de raio; suas dimensões variam, geralmente de 1 a
1" 1"
15mm ou de a .
32 2
Verificador de rosca
Usa-se para verificar roscas em todos os sistemas. Em suas lâminas está gra-
vado o número de fios por polegada ou o passo da rosca em milímetros.
Verificador de folga
O verificador de folga é utilizado para medir folga nos mecanismos ou conjuntos;
é confeccionado de lâminas de aço temperado, rigorosamente calibradas em diversas
espessuras. As lâminas são móveis e podem ser trocadas.
Verificador de ângulo
Verificador de ângulo é uma lâmina de aço temperado com ranhuras ou recortes
em ângulo, rigorosamente talhados nas bordas. É utilizado colocando-o em contato
com a ferramenta à qual se quer dar o ângulo desejado.
A verificação deve ser feita com rigor; se há contato entre o fio da lâmina e a fa-
ce inteira da ferramenta, o ângulo que se verifica está correto.
A ilustração mostra o uso de uma das lâminas para verificar o ângulo de folga
nas ferramentas de corte de torno e plaina.
Fieira
Fieira é um tipo de verificador utilizado para conferir espessura e diâmetro de
chapas e de fios. É de aço temperado e retificado e caracteriza-se por uma série de
entalhes; cada entalhe corresponde, rigorosamente, a uma medida de diâmetro de fio
ou espessura de chapa, conforme a fieira adotada.
Calibrador
Calibrador tampão
Existem quatro tipos de calibrador tampão: calibrador tampão, calibrador chato,
que são utilizados para furos cilíndricos; calibrador tampão - anel cônico e calibrador
tampão - anel cônico morse, para furos e eixos cônicos.
Calibrador tampão e anel cônico - estes dois instrumentos formam um par, uti-
lizado para medição de duas peças de um conjunto cônico. Para a verificação simples
do cone, tenta-se uma movimentação transversal do padrão. Quando o cone é exato,
o movimento é nulo; em seguida, procede-se à verificação por atrito, depois de ter
estendido sobre a superfície do cone padrão uma camada muito fina de tinta de con-
traste, que deixará traços nas partes em contato. Por fim, verifica-se o diâmetro pela
posição de penetração do calibrador. Esse método é muito sensível na calibração de
pequenas inclinações.
Calibrador de boca
O calibrador de boca pode ser de boca separada, de boca escalonada e de boca
ajustável. É utilizado geralmente78% para eixos cilíndricos.
Este calibrador tem duas bocas para controle: uma passa, com a medida máxi-
ma, e a outra não-passa, com a medida mínima.
Calibrador de rosca
Um processo usual e rápido de verificar roscas consiste no uso do calibrador de
rosca. É uma peça de aço temperado e retificado, obedecendo a dimensões e condi-
ções de execução para cada tipo de rosca. Pode ser fixo e regulável.
Ferramentas de corte
Existem dois fatores de influência nas ferramentas de corte: a dureza dos mate-
riais de que são feitas e o ângulo da geometria de corte da ferramenta.
Normalmente os materiais das ferramentas de corte são aço carbono, aço rápi-
do, metal duro e cerâmica.
Aço carbono
O aço carbono utilizado para ferramentas de corte tem teores de carbono que
variam entre 0,7 e 1,5%; é utilizado em ferramentas para usinagem manual ou em
máquinas-ferramenta como, por exemplo, limas, talhadeiras, raspadores e serras. As
ferramentas de aço carbono são utilizadas para pequenas quantidades de peças e
não se prestam a altas produções; são pouco resistentes a temperaturas de corte su-
periores a 250º C, daí a desvantagem de usar baixas velocidades de corte.
Aço rápido
As ferramentas de aço rápido possuem, além do carbono, vários elementos de
liga, tais como tungstênio (W), cobalto (Co), cromo (Cr), vanádio (Va), molibdênio (Mo)
e boro (B), que são responsáveis pelas propriedades de resistência ao desgaste e
aumentam a resistência de corte a quente até 550º C, possibilitando maior velocidade
de corte em relação às ferramentas de aço carbono.
Outra vantagem das ferramentas de aço rápido é que são reafiáveis, além de
que um grande número de arestas de corte pode ser produzido numa mesma ferra-
menta. As ferramentas de aço rápido são comercializadas em forma de bastões de
perfis quadrados, redondos ou lâminas, conhecidos como bites.
Metal duro
O metal duro difere totalmente dos materiais fundidos, como o aço; apresenta-se
em forma de pó metálico de tungstênio (W), tântalo (Ta), cobalto (Co) e titânio (Ti),
misturados e compactados na forma desejada, recebendo o nome de briquete. O últi-
mo estágio de fabricação do metal duro é a sinterização, em que os briquetes se tor-
nam uma peça acabada de metal duro em forma de pastilha, sob uma temperatura
entre 1 300 e 1 600º C.
Todo esse processo garante ao metal duro grande resistência ao desgaste, com
as vantagens de alta resistência ao corte a quente, pois até uma temperatura de 800ºC
a dureza mantém-se inalterada; possibilidade de velocidades de corte de 50 a
200m/min, até vinte vezes superior à velocidade do aço rápido.
Cerâmica
Ângulo de folga α
Ângulo de cunha β
Ângulo de saída γ
Ângulo da ponta ε
É formado pela projeção das arestas lateral e principal de corte sobre o plano de
referência e medido no plano de referência; é determinado conforme o avanço. O
campo de variação situa-se entre 55 e 120º e o valor usual é 90º.
É o ângulo formado entre a aresta principal de corte e sua projeção sobre o pla-
no de referência medido no plano de corte. Tem por finalidade controlar a direção do
escoamento do cavaco e o consumo de potência, além de proteger a ponta da ferra-
menta e aumentar seu tempo de vida útil; o ângulo de inclinação pode variar de -10 a
+ 10º ; em geral, λ = -5º .
Material Ângulos
α β γ
2
Aço 1020 até 450N/mm 8 55 27
Aço 1045 420 a 700N/mm2 8 62 20
Aço 1060 acima de 700N/mm2 8 68 14
Aço ferramenta 0,9%C 6a 8 72 a 78 14 a 18
Aço inox 8 a 10 62 a 68 14 a 18
FoFo brinell até 250HB 8 76 a 82 0a6
FoFo maleável ferrítico brinell até 150HB 8 64 a 68 14 a 18
FoFo maleável perflítico brinell de 160HB a 240HB 8 72 10
Cobre, latão, bronze (macio) 8 55 27
Latão e bronze (quebradiço) 8 79 a 82 0a3
Bronze para bucha 8 75 7
Alumínio 10 a 12 30 a 35 45 a 48
Duralumínio 8 a 10 35 a 45 37 a 45
Duroplástico
Celeron, baquelite 10 80 a 90 5
Ebonite 15 75 0
Fibra 10 55 25
Termoplástico
PVC 10 75 5
Acrílico 10 80 a 90 0
Teflon 8 82 0
Nylon 12 75 3
p onde
aço rápido: rε = 4x s; ou rε ≥ ;
4
rε ⇒ raio da ponta da ferramenta
metal duro: s < 1,0mm/r ⇒ rε = 1mm s ⇒ avanço
s ≥ 1,0mm/r ⇒ rε = s p ⇒ profundidade
mm/r ⇒ unidade de avanço
apertando, quando se gira no sentido dos ponteiros do relógio. Para desapertar, gira-
se em sentido contrário.
Cuidados a observar
• Ao montar a placa, limpar e lubrificar as roscas ou o cone do eixo principal e
do flange.
• Usar unicamente a chave para prender o material; os braços da chave já es-
tão dimensionados para o aperto suficiente.
• Na placa universal, prender apenas peças uniformes; assim, a placa não se
danifica. Não ajustar, portanto, peças fundidas em bruto e barras irregulares ou côni-
cas.
• Prender as peças de grande diâmetro com as castanhas invertidas; desse
modo, as castanhas estarão com maior número de dentes apoiados na rosca espiral.
• A parte saliente da peça não deve ser maior que três vezes o seu diâmetro (A
≤ 3d); esse comprimento sem apoio da peça ou da ferramenta é denominado “balan-
ço” .
Conservação da placa
• Ao trocar as castanhas, limpar o alojamento, a rosca espiral da placa, as gui-
as e os dentes de cada castanha.
• Desmontar e limpar todas as peças da placa quando houver alguma anorma-
lidade em seu funcionamento.
• Após qualquer desmontagem, lubrificar as engrenagens da placa com graxa.
• Não lubrificar a rosca espiral e as castanhas para evitar aderência de cavacos
ou pós abrasivos.
Cantoneira - serve de base na placa e de apoio à peça, em geral num plano per-
pendicular à face da placa. As ranhuras e o furos destinam-se à passagem dos para-
fusos utilizados na montagem.
Grampo - permite a fixação da peça, sendo apertado contra esta por meio de
parafusos e com auxílio de calços.
Recartilha
A geração dos sulcos é realizada devido à pressão exercida pela recartilha sobre
a peça; desse modo, conformam-se os dentes sem desprendimento de cavaco, provo-
cando uma expansão do material que aumenta ligeiramente o diâmetro da peça. É
possível recartilhar peças de qualquer diâmetro, utilizando a mesma ferramenta, desde
que o passo da recartilha seja compatível com o diâmetro da peça.
O porta-recartilha pode ser de três tipos: para uma recartilha, para um jogo, que
é constituído de duas recartilhas, e para três jogos.
Os aços utilizados na construção da recartilha são de dois tipos: aço rápido, ide-
al para recartilhamento de peças de aço em geral, e aço ABNT SAE 01, empregado
para recartilhamento de metais não ferrosos. Tanto a recartilha de aço rápido como a
de aço ABNT SAE 01 são temperadas e revenidas.
Recartilhado
RAA paralelo ------- d2 = d1 − 0,5.t
Recartilhado
RBR oblíquo à ------- d2 = d1 − 0,5.t
direita
Recartilhado
RBL oblíquo à ------- d2 = d1 − 0,5.t
esquerda
expansão
Recartilhado de
RGE oblíquo material d2 = d1 − 0,67.t
cruzado (alto relevo)
Recartilhado compressão
RGV oblíquo de material d2 = d1 −0,33.t
cruzado (baixo relevo)
Recartilhado expansão
RKE paralelo de material d2 = d1 − 0,67.t
cruzado (alto relevo)
Recartilhado compressão de
RKV paralelo material d2 = d1 − 0,33.t
cruzado (baixo relevo)
Observação:
As constantes aplicadas nas fórmulas para determinar o diâmetro da peça
a ser recartilhada, não levam em consideração a profundidade das estrias
resultantes do recartilhamento e a especificidade do material a ser trabalhado,
servindo apenas como referência.
Recartilhado
Tecnologia aplicada: Recartilha 153
Formação Continuada – Tornearia Mecânica
d1 ⇒ diâmetro final
d2 ⇒ diâmetro de usinagem
t ⇒ passo das estrias
O passo das estrias das recartilhas é determinado pela distância existente entre
os picos das estrias. Possui os valores (t) 0,5; 0,6; 0,8; 1,0; 1,2; 1,5; 1,6 e 2,0mm.
onde:
DIN 82 ⇒ norma e número
R ⇒ recartilhado
G ⇒ oblíquo cruzado
E ⇒ expansão do material
0,8 ⇒ passo ( t ) em milímetros
Seleção da recartilha
• recartilhado oblíquo cruzado com baixo relevo (RGV) utiliza a recartilha GE.
Machos
Machos são ferramentas que têm a função de gerar roscas internas em furos pa-
ra o rosqueamento de parafusos, fusos ou prisioneiros. Essas ferramentas são fabri-
cadas de aço-rápido temperado e retificado que apresenta em seu corpo filetes de
rosca padronizados com canais longitudinais ou helicoidais, cuja função é alojar os
cavacos originados pelo processo.
A norma NBR 7260 define a terminologia empregada nos machos para roscar.
Ela é apresentada a seguir.
Dimensões gerais:
d1 - Diâmetro externo
d2 - Diâmetro da haste
d3 - Diâmetro da entrada
d4 - Diâmetro do pescoço
l - Comprimento do arraste quadrado
l1 - Comprimento total
l2 - Comprimento da rosca
l3 - Comprimento aproveitável
l4 - Comprimento (dado construtivo)
l5 - Comprimento de haste
l6 - Comprimento de entrada
l7 - Comprimento da parte cilíndrica
l8 - Comprimento do pescoço
a - Lado do quadrado
Tipos de canais
z Número de canais
4 Canais retos
5 Canais helicoidais à direita
6 Canais helicoidais à esquerda
γx Ângulo lateral de saída
Tipos de centros
7 Pontas de centro
8 Furo de centro
Aplicações
Segundo a norma NBR 8191, baseada na norma DIN 2197, no conjunto de ma-
chos de uso manual, o primeiro macho é denominado de macho de pré-corte, identi-
ficado com um anel ou pela letra “V” escrita na haste.
Este, por sua vez, apresenta um ângulo de entrada de 10o e comprimento de en-
trada maior do que o do terceiro macho, cujo ângulo de entrada é de 20o.
Os machos de perfil seriado seguem a norma DIN e são fabricados em jogos cu-
jos diâmetros externos da rosca são diferentes entre si. Isso possibilita a divisão do
esforço de corte entre um macho e outro. O macho de pré-corte de perfil seriado retira
aproximadamente 55% do material da rosca. O macho de semi-acabamento retira
30% e o macho de acabamento retira os 15% restantes para a confecção da rosca.
As roscas podem ser classificadas pelo tipo de canal, ou ranhuras dos machos:
Sem canais.
São machos laminadores de rosca, trabalham sem cavaco, pois fa-
zem a rosca por conformação. São usados em materiais que se de-
formam plasticamente.
Utilização do macho
5 0,8 4,2
6 1 5 Í
7 1 6
Portanto, para a rosca M 6 x 1, o furo deve ser feito com a broca de ∅ 5 mm.
Ação cortante
Quando o roscamento é manual, a ação cortante do macho é exercida por um
movimento circular de vaivém executado por meio do desandador.
Recomendações de uso
O macho de pré-corte deve ser colocado rigorosamente perpendicular à superfí-
cie na qual está o furo. Se ele for mal colocado a rosca ficará fora do esquadro, ou
provocará a quebra do primeiro macho.
Todos os furos para roscas devem ser escareados com 90º para evitar que
as entradas de rosca formem rebarbas.
Entre dois metais diferentes, deve-se abrir o furo com o diâmetro previsto para
roscar o metal mais duro, caso contrário, o macho tenderá a se desviar para o metal
mais macio.
Para furos em metais leves como alumínio e suas ligas, ligas de magnésio, a
passagem de um único macho é suficiente. A gripagem é evitada, lubrificando-se cui-
dadosamente o macho, para prevenir o arrancamento dos filetes.
Os machos devem estar bem afiados e com todos os filetes em perfeito estado.
Tabelas
A seguir são apresentadas tabelas referentes ao passo e ao diâmetro da broca
para roscar com machos.
Cossinete
Tipos de cossinete
O cossinete com entrada helicoidal é ideal para roscar aço carbono, pois o cavaco
originado no processo geralmente é longo; assim, o cossinete desloca o cavaco da região
de corte, evitando o engripamento por acúmulo de material nos canais periféricos.
O cossinete sem entrada helicoidal é usado para roscar materiais que originam
cavacos curtos e quebradiços, a exemplo do latão.
Cossinete bipartido
Cossinete de pente
Desandadores
Aqueles que apresentam o orifício com o formato quadrado são apropriados pa-
ra movimentar machos e alargadores, devido ao arraste quadrado próprio dessas fer-
ramentas.
Os desandadores que apresentam orifício com formato circular servem para fixar
cossinetes, que são ferramentas para abrir roscas externas.
No ponto de encontro das duas castanhas, forma-se uma abertura quadrada on-
de são alojados e fixados por aperto os machos e alargadores.
1,62 1,68
2,02 2,08
12 5 6 110
2,52 2,58
3,18 3,25
4,03 4,1
18 7 8 190
5,03 5,01
10,04 10,13
40 15 17 460
12,55 12,66
16,05 16,16
60 22 24 660
20,06 20,19
25,06 25,19
80 30 34 1000
31,58 31,74
(Fonte: Adaptado de NBR 6427/Din 10)
Porta-cossinete
O tamanho desse tipo de desandador normalizado pela NBR 6421 que padroni-
za as dimensões (*) indicadas pela tabela a seguir.
manípulo
d1H11 d2 d3 d4 d5 l1 l2 l3 L
16 25 12 M3 8 9 4,8 2,5 200
14 16 13 6,3 500
45 63 38 M8
16 20 17 8,3 630
65 85 58 M10 20 28 23 11 800
Ferro fundido
Ferro fundido é uma liga básica ternária, isto é, composta de três elementos:
ferro, carbono (2,11 a 6,69%) e silício (1 a 2,8%). Existe também o ferro fundido
ligado, ao qual são acrescentados outros elementos de liga para dar uma propriedade
especial à liga ternária.
No Brasil, essas informações são padronizadas pela norma NBR 6589 da ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) que, por sua vez, é uma reunião das
normas estabelecidas pela AISI (American lron and SteeL lnstitute - Instituto
Americano do Ferro e do Aço) e pela SAE (Society of Automotive lndustry - Sociedade
da lndústria Automotiva).
Tipos MPa
FC-100 100
FC-150 150
FC-200 200
FC-250 250
FC-300 300
FC-400 400
O ferro fundido maleável de núcleo preto é normalizado pela NBR 6590. Sua
designação é composta por três letras e cinco dígitos, dos quais os três primeiros
indicam a resistência à tração em MPa e os dois últimos representam a porcentagem
de alongamento: FMP 30006, FMP 35012, FMP 45007, FMP 50005, FMP 55005, FMP
65003, FMP 70002. Assim, FMP 55005 é um ferro fundido maleável de núcleo preto
com 550 MPa de limite de resistência à tração e 5% de alongamento mínimo.
Para o ferro fundido branco não existe uma norma brasileira Segue-se a norma
americana ASTM (American Society for Testing and Materiais - Sociedade Americana
de Testes e Materiais) que, por intermédio da especificação A532-75a, indica as
classes em I, lI, lll, e tipos A, B, C, D , de acordo com a dureza Brinell, o tipo de
moldagem, o tratamento térmico e a composição química.
Placa de castanhas
independentes
Corpo
O corpo é de ferro fundido cinzento; tem forma circular, com um cone para sua
fixação na extremidade do eixo principal. As canaletas, existentes na face, cruzam-se
a 90º e orientam o deslocamento das quatro castanhas; o corpo também apresenta
rasgos radiais para fixar peças com parafusos.
Castanhas
As castanhas são feitas de aço temperado ou cementado, isto é, com superfícies
endurecidas. Têm degraus, na face oposta à base, para fixação da peça. A posição
das castanhas pode ser invertida, girando-as para possibilitar a fixação de peças de
dimensões maiores. Em um caso ou outro, a ação de fixar as castanhas pode se dar
em duas direções, conforme a peça.
Chave de aperto
A chave de aperto é feita de aço carbono, com um encaixe quadrado interno
temperado. Serve para movimentar individualmente os parafusos que movem as cas-
tanhas.
Cuidados a observar
• Ao montar a placa, limpar o cone e lubrificar as roscas do eixo principal da
máquina e a do corpo da placa.
• Ao montar ou desmontar a placa do eixo principal da máquina, proteger o bar-
ramento com calços de madeira.
Alargadores
O furo executado pela broca, geralmente não é exato a ponto de permiti o ajuste
entre peças. Isso acontece porque:
• a superfície do furo é rugosa;
• o furo não é perfeitamente cilíndrico porque o eixo da máquina tem jogo (fol-
ga);
• o diâmetro não tem medidas exatas; é quase sempre maior que o diâmetro da
broca pela afiação imperfeita ou por deficiência da máquina, geralmente classe de
tolerância H12;
• o eixo geométrico do furo sofre, às vezes, ligeira inclinação.
Modo de ação
Nomenclatura
Alargadores manuais
Os alargadores manuais são construídos com aço rápido e podem ser de três tipos:
Alargadores de expansão
Esse tipo de alargador é fabricado com aço-carbono. Suas navalhas podem ser
retas ou helicoidais. Ele pode ser de dois tipos:
Como as lâminas desse alargador são removíveis, estas podem ser facilmente
afiadas ou substituídas em caso de desgaste ou quebra. A calibração dessa ferra-
menta atinge 0,01 mm e a variação de seu diâmetro pode ser de alguns milímetros.
Tabelas
Para obter furos com diâmetros dentro dos limites desejados, formato cilíndrico,
perfeito acabamento e boa conservação do alargador, é necessário, antes de executar
a operação, observar os seguintes aspectos:
• determinar corretamente a quantidade de material a ser removido, em função
do material a ser usinado e do diâmetro do furo;
• observar rigorosamente a velocidade de corte em m/min, avanço em mm e o
fluido de corte adequado para cada tipo de material.
Aços até 700 N/mm2 até 0,1 0,1 - 0,2 0,2 0,2 - 0,3 0,3 - 0,4
2
Aço acima de 700 N/mm até 0,1 0,1 - 0,2 0,2 0,2 0,3
Aço inoxidável
Material sintético mole
Latão, Bronze até 0,1 0,1 - 0,2 0,2 0,2 - 0,3 0,3
Ferro fundido até 0,1 0,1 - 0,2 0,2 0,2 - 0,3 0,3 - 0,5
Alumínio, Cobre eletrolítico até 0,1 0,1 - 0,2 0,2 - 0,3 0,3 - 0,4 0,4 - 0,5
Material sintético rígido até 0,1 0,1 - 0,2 0,2 0,4 0,5
Aço até 500 Estrias retas ou 10 - 12 0,1 - 0,2 0,3 0,4 Emulsão
2
N/mm à esquerda 45º
Aço de 500 a Estrias retas ou 8 - 10 0,1 - 0,2 0,3 0,4 Emulsão
2
700 N/mm à esquerda 45º
Aço de 700 a Estrias retas 6-8 0,1 - 0,2 0,3 0,4 Emulsão ou óleo
2
900 N/mm de corte
Aço acima de Estrias retas 4-6 0,1 - 0,2 0,3 0,4 Emulsão ou óleo
2
900 N/mm de corte
Ferro fundido Estrias retas 8 - 10 0,2 - 0,3 0,4 - 0,5 0,5 - 0,6 Emulsão ou óleo
até 220HB de corte
Ferro fundido Estrias retas 4-6 0,2 0,3 0,4 Emulsão ou óleo
acima de de corte
220HB
Aço inoxidável Estrias retas ou 3-5 0,1 - 0,2 0,2 - 0,3 0,4 Óleo de corte
eventualmente à
direita
Latão Estrias retas 10 - 12 até 0,3 0,4 0,5 - 0,6 A seco ou emul-
são
Bronze Estrias retas ou 3-8 0,1 - 0,2 0,2 - 0,3 0,4 Emulsão
eventualmente à
direita
Cobre Estrias retas ou 8 - 10 0,1 - 0,2 0,2 - 0,3 0,5 - 0,6 Emulsão
eletrolítico eventualmente à
direita
Alumínio Estrias à es- 15 - 20 até 0,3 0,4 0,5 - 0,6 A seco ou emul-
querda 45º ou são
estrias retas
Material sintéti- Estrias retas 3-5 até 0,3 até 0,5 0,5 A seco
co rígido
Material sintéti- Estrias retas 5-8 até 0,4 até 0,5 0,6 A seco
co mole
Recomendações de uso
O resultado da operação de usinagem feita com alargador depende de vários fa-
tores que devem ser considerados tanto na escolha da ferramenta adequada, quanto
nas condições de utilização. Nesse caso, devem ser considerados:
• a aplicação: manual ou com máquina;
• as características do furo: profundidade, estado do pré-furo, espessura da pa-
rede da peça, dimensões, grau de acabamento, se é passante ou cego, se é interrom-
pido.
• material: resistência e usinabilidade.
• velocidade de corte (para alargamento em máquina): como regra prática, o
valor inicial deve ser de 50% da velocidade usada para a furação do mesmo material.
• avanço: geralmente 2,5 a 3 vezes o avanço usado para a furação do mesmo
material. A utilização de avanços muito baixos pode resultar em desgaste excessivo
do alargador. Avanços muito elevados resultam em furos fora da tolerância e com a-
cabamento de qualidade inferior. O ideal é usar o avanço mais elevado possível e que
resulte no acabamento e na tolerância desejados.
• sobremetal: está intrinsecamente ligado ao tipo de material, ao acabamento
desejado, à profundidade do furo e à saída de cavacos do alargador.
• alinhamento: o ideal é que o eixo da máquina, o alargador, a bucha de guia e
o furo a ser alargado estejam perfeitamente alinhados. Qualquer variação tende a au-
mentar o desgaste da ferramenta e resultar em furos fora da tolerância. Furos sobre-
dimensionados ou cônicos indicam mau alinhamento.
• vibração: tem efeito prejudicial sobre a vida útil do alargador e no resultado do
acabamento do furo. Pode ser conseqüência de:
1 - avanço excessivo;
2 - ângulos de folga excessivos no alargador;
3 - rigidez insuficiente na máquina ou má fixação da ferramenta;
4 - má fixação da peça;
5 - comprimento excessivo do alargador ou do fuso da máquina;
6 - excessiva folga no cabeçote flutuante;
7 - avanço insuficiente.
• fluido de corte: como o uso do alargador deve resultar em um bom acaba-
mento, o fluido de corte é escolhido em função de seu poder lubrificante e não refrige-
rante.
Portanto, como com brocas helicoidais, é possível obter uma qualidade 12, de-
ve-se incluir entre as operações de furar e alargar, uma etapa realizada com brocas
calibradoras, que são mais estáveis que as brocas normais e têm melhor guia no furo
devido ao número maior de arestas de corte.
Micrômetro
O parafuso, ao dar uma volta completa em uma porca fixa, provoca um deslo-
camento igual ao seu passo.
O isolante térmico evita a dilatação do arco, onde está fixado, porque isola a
transmissão de calor das mãos para o instrumento.
Características do micrômetro
Micrômetro de profundidade
Conforme a profundidade a ser medida, utilizam-se hastes de extensão que são
fornecidas juntamente com o micrômetro.
0,01
R= = 0,001mm
10
A = 20,000 mm
+ B = 0,500 mm
C = 0,110 mm
D = 0,008 mm
Total = 20,618 mm
A = 18,000 mm
+ B = 0,090 mm
C = 0,006 mm
Total = 18,096 mm
0.5
Resolução = = 0,0005mm
100
bainha → .675”
tambor → .019”
leitura → .694”
bainha → .375”
tambor → .005”
nônio → .0004”
leitura total → .3804”
Regulagem do micrômetro
A calibração dos micrômetro internos de dois contatos é feita por meio de anéis
de referência, de dispositivos com blocos-padrão ou de micrômetro externo. Os mi-
crômetros internos de três contatos são calibrados com anéis de referência e devem-
se respeitar, rigorosamente, os limites mínimo e máximo da capacidade de medição
para evitar danos irreparáveis ao instrumento.
Conservação do micrômetro
Roscas
As roscas podem ser internas ou externas. As roscas cujos filetes são gerados
sobre um corpo cilíndrico ou cônico em sua superfície interna, é denominada de rosca
interna, que é encontrada no interior das porcas, por exemplo.
Por outro lado, se os filetes forem gerados sobre um corpo cilíndrico ou cônico
em sua superfície externa, essa rosca é denominada de rosca externa, encontrada
nos parafusos, por exemplo.
Os filetes das roscas apresentam vários perfis. Esses perfis, sempre uniformes,
dão nome às roscas e condicionam sua aplicação.
triangular
Nomenclatura da rosca
Roscas triangulares
A rosca de perfil triangular é a mais usada em relação às de outros perfis, por is-
so será estudada em mais detalhes.
A rosca métrica tem suas medidas indicadas em milímetros. Os filetes têm for-
mato triangular, ângulo de 60o, crista achatada e raiz arredondada.
o
crista achatada
60
raiz arredondada
o crista arredondada
55
raiz arredondada
crista achatada
o
60
raiz arredondada
Esses três tipos de roscas são fabricados em dois padrões: normal e fina.
No sistema métrico, a rosca normal é identificada pela letra M (de métrica) e a
rosca fina é identificada pela sigla MF (de métrica fina).
As medidas referentes a cada uma das partes das roscas estudadas neste capí-
tulo são encontradas em catálogos técnicos. Para facilitar o estudo, a seguir são apre-
sentadas aquelas referentes às roscas mais usadas.
Furadeiras
Tipos de furadeiras
A furadeira de coluna tem esse nome porque seu suporte principal é uma colu-
na na qual estão montados o sistema de transmissão de movimento, a mesa e a base.
A coluna permite deslocar e girar o sistema de transmissão e a mesa, segundo o ta-
manho das peças. A furadeira de coluna pode ser:
Furadeira
de coluna
de bancada
Alavanca
de avanço
manual
Furadeira
de coluna
de piso
A furadeira múltipla possui vários fusos alinhados para executar operações su-
cessivas ou simultâneas em uma única peça ou em diversas peças ao mesmo tempo.
É usada em operações seriadas nas quais é preciso fazer furos de diversas medidas.
A mesa porta-peça é a parte da máquina onde a peça é fixada. Ela pode ter
movimentos verticais, giratórios e de inclinação.
Manuseio da furadeira
Para obter um bom resultado nas operações com a furadeira, a ferramenta deve
estar firmemente presa à máquina a fim de que gire perfeitamente centralizada. A pe-
ça, por sua vez, deve estar igualmente presa com firmeza à mesa da máquina.
Se o furo a ser executado for muito grande, deve-se fazer uma pré furação com
brocas menores.
Uma broca de haste cônica não deve jamais ser presa a um mandril que é indi-
cado para ferramentas de haste cilíndrica paralela.
Reafiação de brocas
Uma broca bem afiada apresenta o comprimento igual nas arestas e os ângulos
de posição e de ponta também iguais. Em operação, essa broca produz um furo exato
e cavacos que saem por igual.
As brocas comuns devem ser afiadas com um ângulo da ponta de 118o, pois já
foi comprovado que este é o mais adequado para a realização de trabalhos normais.
Diâmetro da broca
(mm) Ângulo lateral
acima de até de folga
- 1,00 21o - 27o
1,00 3,00 17o - 23o
3,00 6,00 14o - 18o
6,00 10,00 10o - 14o
10,00 18,00 8o - 12o
18,00 - 6o - 10o
A operação de redução da aresta transversal pode ser feita com um rebolo dres-
sado na espessura da metade da largura do canal, ou na quina do rebolo normal. As
mesmas quantidades de material devem ser removidas de cada lado da aresta trans-
versal.
2. Ângulo de corte muito obtuso: Quando a broca é afiada com um ângulo que
excede visivelmente o ângulo original (118o), as arestas principais de corte se tornam
côncavas, o que enfraquece a ponta de corte.
Para materiais que produzem cavacos em fita, como aço, alumínio, madeira o
formato de corte da pastilha é o mostrado a seguir.
Precauções na reafiação
1. Utilizar o rebolo correto:
- rebolo de óxido de alumínio ⇒ brocas de aço rápido;
- rebolo de carbeto de silício ou diamantado ⇒ brocas de metal duro.
Torneamento cônico
O torneamento cônico pode ser feito segundo três técnicas: inclinação do carro
superior, desalinhamento da contraponta e uso de aparelho conificador.
43 − 27 16
tgα = = = 0, 123 ∴ α = 7º
2c 130
Para determinar o ângulo de inclinação do carro superior para uma peça cuja
conicidade é dada em porcentagem, a fórmula utilizada é:
%
tgα =
2
0,25
tgα = ∴ tgα = 0,125
2
Desalinhamento da contraponta
M=
(D − d) ⋅ L ∴ M=
(30 − 26) ⋅ 180
2⋅c 2 ⋅ 100
4 ⋅ 180 36
M= ⇒ M= = 3,6mm
2 ⋅ 100 10
Quando o comprimento da peça for todo cônico, o comprimento total da peça (L)
será igual ao comprimento da parte cônica (c); portanto:
M=
(D − d) ⋅ L onde L = c
2⋅c
D−d
M=
2
Aparelho conificador
Cones normalizados
Conicidade
Co 0,5
tgα = =
Ca 20
tgα = 0,025
α = 1o 25’ 56”
A conversão é:
Co 3,5
tgα = = =0,14583
Ca 24
tgα = 0,14583
α = 8o 17’ 50”
Tabelas
As tabelas a seguir indicam os cones normalizados mais comuns, empregados
em máquinas-ferramenta.
Cones Morse
Cone Morse
Conicidade 1:19,212 1:20,047 1:20,020 1:19,922 1:19254 1:19,002 1:19,180
N° 0 1 2 3 4 5 6
D 9,045 12,065 17,78 23,825 31,267 44,4 63,348
D1 9,212 12,240 17,98 24,051 31,543 44,731 63,759
d 6,401 9,731 14,533 19,759 25,907 37,468 53,749
d1 5,5 8 13 18 24 35 50
d2 - 6 10 12 14 16 20
d3 6,115 8,972 14,059 19,182 25,154 36,547 52,419
d4 6,7 9,7 14,9 20,2 26,5 38,2 54,8
L1 49,8 53,5 64 80,5 102,7 129,7 181,1
L2 53 57 68 85 108 136 189
L3 56,3 62 74,5 93,5 117,7 149,2 209,6
L4 59,5 65,5 78,5 98 123 155,5 217,5
L5 51,9 55,5 66,9 83,2 105,7 134,5 187,1
L6 49 52 63 78 98 125 177
a 3,2 3,5 4 4,5 5,3 6,3 7,9
b 3,9 5,2 6,3 7,9 11,9 15,9 19
c 6,1 9,5 11,1 14,3 15,9 19 28,6
g 4,1 5,4 6,6 8,2 12,2 16,2 19,3
h 14,5 18,5 22 27,5 32 37,5 47,5
f 2,5 3 4 4 5 6 7
Inclin. α 1°29’27” 1°25’43” 1°25’50” 1°26’16” 1°29’15” 1°30’26” 1°29’36”
Conicidade = 7 : 24
d1 d2 L2
Designação D1 Tol. H 12 min L1 min l1 m g z1
Lunetas
As lunetas podem ser de dois tipos: fixa e móvel e são construídas de ferro fun-
dido. As pontas de contato podem ser de metal não ferroso, esferas de aço ou placas
de metal duro; têm a função de apoiar o eixo, evitando seu desgaste.
Luneta fixa
A luneta fixa possui três pontas de contato que são ajustáveis conforme o diâme-
tro da peça a ser usinada. A luneta fixa é montada diretamente no barramento do torno
por meio de placa de fixação e porca. É empregada quando a peça a ser usinada a-
presenta rebaixo e a extensão a ser usinada não atinge o corpo todo da peça.
Luneta móvel
Sempre que as lunetas forem empregadas, as pontas de contato deverão ser lu-
brificadas com óleo ou graxa, para diminuir o atrito entre as pontas e a peça a ser usi-
nada. As superfícies de apoio dos contatos da luneta na peça deverão ser usinadas de
forma a causar o menor desgaste possível nos contatos, mantendo os ajustes por
maior tempo.
Sistemas de tolerâncias
e ajustes
Elemento - parte em observação de uma peça que pode ser um ponto, uma reta
ou uma superfície.
Ajuste com folga - é o ajuste no qual sempre ocorre uma folga entre o furo e o
eixo quando montados, isto é, a dimensão mínima do furo é sempre maior ou, em
caso extremo, igual à dimensão máxima do eixo.
Ajuste incerto – é o ajuste no qual pode ocorrer uma folga ou uma interferência
entre o furo e o eixo quando montados, dependendo das dimensões efetivas do furo e
do eixo, isto é, os campos de tolerância do furo e do eixo se sobrepõem parcialmente
ou totalmente.
Notas:
a) As linhas contínuas horizontais representam os afastamentos fundamentais
para furos ou eixos.
b) As linhas tracejadas representam os outros afastamentos e mostram as
possibilidades de diferentes combinações entre furos e eixos, relacionados ao seu
grau de tolerância ( por exemplo: G7/ h4, H6/ h4, M5/ h4).
Notas:
a) As linhas contínuas horizontais representam os afastamentos fundamentais
para furos ou eixos.
b) As linhas tracejadas representam os outros afastamentos e mostram as
possibilidades de diferentes combinações entre furos e eixos, relacionados ao seu
grau de tolerância ( por exemplo: G7/ h4, H6/ h4, M5/ h4).
Designação para uma dimensão com tolerância – Uma dimensão com tolerância
deve ser designada pela dimensão nominal seguida pela designação da classe de
tolerância exigida ou os afastamentos em valores numéricos.
H7
Exemplos: 52 H7/g6 ; 52 H7-g6 ou 52
g6
Limite de máximo material – Designação aplicada a uma das duas dimensões
limites que corresponda à dimensão de máximo material, como, por exemplo: a
dimensão máxima (superior) para um elemento externo (eixo) e a dimensão mínima
(inferior) para um elemento interno(furo) .
Nota:
Limite de máximo material anteriormente conhecido como ”limite passa”.
Nota:
Limite de mínimo material anteriormente conhecido como ”limite não passa”.
Tabelas
Dimensão nominal H
mm
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Acima Até e Desvios
inclusive µm mm
- 3 +0,8 +1,2 +2 +3 +4 +6 +10 +14 +25 +40 +60 +0,1 +0,14 +0,25 +0,4 +0,6
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
3 6 +1 +1,5 +2,5 +4 +5 +8 +12 +18 +30 +48 +75 +0,12 +0,18 +0,3 +0,48 +0,75 +1,2 +1,8
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
6 10 +1 +1,5 +2,5 +4 +6 +9 +15 +22 +36 +58 +90 +0,15 +0,22 +0,36 +0,58 +0,9 +1,5 +2,2
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
10 18 +1,2 +2 +3 +5 +8 +11 +18 +27 +43 +70 +110 +0,18 +0,27 +0,43 +0,7 +1,1 +1,8 +2,7
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
18 30 +1,5 +2,5 +4 +6 +9 +13 +21 +33 +52 +84 +130 +0,21 +0,33 +0,52 +0,84 +1,3 +2,1 +3,3
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
30 50 +1,5 +2,5 +4 +7 +11 +16 +25 +39 +62 +100 +160 +0,25 +0,39 +0,62 +1 +1,6 +2,5 +3,9
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
50 80 +2 +3 +5 +8 +13 +19 +30 +46 +74 +120 +190 +0,3 +0,46 +0,74 +1,2 +1,9 +3 +4,6
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
80 120 +2,5 +4 +6 +10 +15 +22 +35 +54 +87 +140 +220 +0,35 +0,54 +0,87 +1,4 +2,2 +3,5 +5,4
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
120 180 +3,5 +5 +8 +12 +18 +25 +40 +63 +100 +160 +250 +0,4 +0,63 +1 +1,6 +2,5 +4 +6,3
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
180 250 +4,5 +7 +10 +14 +20 +29 +46 +72 +115 +185 +290 +0,46 +0,72 +1,15 +1,85 +2,9 +4,5 +7,2
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
250 315 +6 +8 +12 +16 +23 +32 +52 +81 +130 +210 +320 +0,52 +0,81 +1,3 +2,1 +3,2 +5,2 +8,1
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
315 400 +7 +9 +13 +18 +25 +36 +57 +89 +140 +230 +360 +0,57 +0,89 +1,4 +2,3 +3,6 +5,7 +8,9
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
400 500 +8 +10 +15 +20 +27 +40 +63 +97 +155 +250 +400 +0,63 +0,97 +1,55 +2,5 +4 +6,3 +9,7
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Dimensão nominal JS
mm 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Acima Até e Desvios
inclusive µm
- 3 ± 0,4 ± 0,6 ± 1 ± 1,5 ± 2 ± 3 ± 5 ± 7 ± 12,5 ± 20 ± 30
3 6 ± 0,5 ± 0,75 ± 1,25 ± 2 ± 2,5 ± 4 ± 6 ± 9 ± 15 ± 24 ± 37,5
6 10 ± 0,5 ± 0,75 ± 1,25 ± 2 ± 3 ± 4,5 ± 7,5 ± 11 ± 18 ± 29 ± 45
10 18 ± 0,6 ± 1 ± 1,5 ± 2,5 ± 4 ± 5,5 ± 9 ± 13,5 ± 21,5 ± 35 ± 55
18 30 ± 0,75 ± 1,25 ± 2 ± 3 ± 4,5 ± 6,5 ± 10,5 ± 16,5 ± 26 ± 42 ± 65
30 50 ± 0,75 ± 1,25 ± 2 ± 3,5 ± 5,5 ± 8 ± 12,5 ± 19,5 ± 31 ± 50 ± 80
50 80 ± 1 ± 1,5 ± 2,5 ± 4 ± 6,5 ± 9,5 ± 15 ± 23 ± 37 ± 60 ± 95
80 120 ± 1,25 ± 2 ± 3 ± 5 ± 7,5 ± 11 ± 17,5 ± 27 ± 43,5 ± 70 ± 110
120 180 ± 1,75 ± 2,5 ± 4 ± 6 ± 9 ± 12,5 ± 20 ± 31,5 ± 50 ± 80 ± 125
180 250 ± 2,25 ± 3,5 ± 5 ± 7 ± 10 ± 14,5 ± 23 ± 36 ± 57,5 ± 92,5 ± 145
250 315 ± 3 ± 4 ± 6 ± 8 ± 11,5 ± 16 ± 26 ± 40,5 ± 65 ± 105 ± 160
315 400 ± 3,5 ± 4,5 ± 6,5 ± 9 ± 12,5 ± 18 ± 28,5 ± 44,5 ± 70 ± 115 ± 180
400 500 ± 4 ± 5 ± 7,5 ± 10 ± 13,5 ± 20 ± 31,5 ± 48,5 ± 77,5 ± 125 ± 200
Dimensão nominal h
mm
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Acima Até e Desvios
inclusive µm mm
- 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
-0,8 -1,2 -2 -3 -4 -6 -10 -14 -25 -40 + -60 -0,1 -0,14 -0,25 -0,4 -0,6
3 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
-1 -1,5 -2,5 -4 -5 -8 -12 -18 + -30 + -48 + -75 -0,12 -0,18 -0,3 -0,48 -0,75 -1,2 -1,8
6 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
-1 -1,5 -2,5 -4 -6 + -9 -15 -22 + -36 + -58 + -90 -0,15 -0,22 -0,36 -0,58 -0,9 -1,5 -2,2
10 18 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
- 1,2 -2 -3 -5 -8 -11 -18 -27 + -43 + -70 -110 -0,18 -0,27 -0,43 -0,7 -1,1 -1,8 -2,7
18 30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
- 1,5 -2,5 -4 -6 -9 -13 -21 -33 + -52 + -84 -130 -0,21 -0,33 -0,52 -0,84 -1.3 -2,1 -3,3
30 50 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
- 1,5 -2,5 -4 -7 -11 -16 -25 -39 -62 -100 -160 -0,25 -0,39 -0,62 -1 -1,6 -2,5 -3,9
50 80 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
-2 -3 -5 -8 -13 -19 -30 -46 + -74 -120 -190 -0,3 -0,46 -0,74 -1,2 -1,9 -3 -4,6
80 120 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
- 2,5 -4 -6 -10 -15 -22 -35 -64 + -87 -140 -220 -0,35 -0,54 -0,87 -1,4 -2,2 -3,5 -5,4
120 180 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
- 3,5 -5 -8 -12 -18 -25 -40 -63 -100 -160 -250 -0,4 -0,63 -1 -1,6 -2,5 -4 -6,3
180 250 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
4,5 -7 -10 -14 -20 -29 -46 -72 -115 -185 -290 -0,46 -0,72 -1,15 -1,85 -2,9 -4,6 -7,2
250 315 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
6 -8 -12 -18 -23 -32 -52 -81 -130 -210 -320 -0,52 -0,81 -1,3 -2,1 -3,2 -5,2 -8,1
315 400 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
7 -9 -13 -18 -25 -36 -57 -89 -140 -230 -360 -0,57 -0,89 -1,4 -2,3 -3,6 -5,7 -8,9
400 500 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
8 -10 -15 -20 -27 -40 -63 -97 -155 -250 -400 -0,63 -0,97 -1,55 -2,5 -4 -6,3 -9,7
Dimensão nominal js
mm 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Acima Até e Desvios
inclusive µm
- 3 ± 0,4 ± 0,6 ± 1 ± 1,5 ± 2 ± 3 ± 5 ± 7 ± 12,5 ± 20 ± 30
3 6 ± 0,5 ± 0,75 ± 1,25 ± 2 ± 2,5 ± 4 ± 6 ± 9 ± 15 ± 24 ± 37,5
6 10 ± 0,5 ± 0,75 ± 1,25 ± 2 ± 3 ± 4,5 ± 7,5 ± 11 ± 18 ± 29 ± 45
10 18 ± 0,6 ± 1 ± 1,5 ± 2,5 ± 4 ± 5,5 ± 9 ± 13,5 ± 21,5 ± 35 ± 55
18 30 ± 0,75 ± 1,25 ± 2 ± 3 ± 4,5 ± 6,5 ± 10,5 ± 16,5 ± 26 ± 42 ± 65
30 50 ± 0,75 ± 1,25 ± 2 ± 3,5 ± 5,5 ± 8 ± 12,5 ± 19,5 ± 31 ± 50 ± 80
50 80 ± 1 ± 1,5 ± 2,5 ± 4 ± 6,5 ± 9,5 ± 15 ± 23 ± 37 ± 60 ± 95
80 120 ± 1,25 ± 2 ± 3 ± 5 ± 7,5 ± 11 ± 17,5 ± 27 ± 43,5 ± 70 ± 110
120 180 ± 1,75 ± 2,5 ± 4 ± 6 ± 9 ± 12,5 ± 20 ± 31,5 ± 50 ± 80 ± 125
180 250 ± 2,25 ± 3,5 ± 5 ± 7 ± 10 ± 14,5 ± 23 ± 36 ± 57,5 ± 92,5 ± 145
250 315 ± 3 ± 4 ± 6 ± 8 ± 11,5 ± 16 ± 26 ± 40,5 ± 65 ± 105 ± 160
315 400 ± 3,5 ± 4,5 ± 6,5 ± 9 ± 12,5 ± 18 ± 28,5 ± 44,5 ± 70 ± 115 ± 180
400 500 ± 4 ± 5 ± 7,5 ± 10 ± 13,5 ± 20 ± 31,5 ± 48,5 ± 77,5 ± 125 ± 200
Exemplos
a) Determinar os parâmetros dimensionais para um eixo ∅ 42g9
Afastamento superior (es)= -9 µm (dados da tabela)
Afastamento inferior (ei) = -71 µm (dados da tabela)
Dimensão nominal = 42mm
Dimensões limites:
Máxima = 42 - 0,009 = 41,991mm
Mínima = 42 - 0,071 = 41,929mm
Tolerância = 41,991 - 41,929 = 0,062mm
Neste caso a dimensão mínima do furo é maior que a dimensão máxima do eixo,
portanto o ajuste é com folga, então:
Folga máxima = 75,049 – 74,951 = +0,098mm
Folga mínima = 75,012 – 74,970 = +0,042mm
Exemplos:
a) Determinar os parâmetros dimensionais do sistema de ajustes eixo-base, nas
dimensões 65G7/h4 e classificar o ajuste proposto por meio de representação gráfica.
Afastamento superior do furo (ES)= 40 µm (dados da tabela)
Afastamento inferior do furo (EI) =+ 10 µm (dados da tabela)
Afastamento superior do eixo (es)= 0 µm (dados da tabela)
Afastamento inferior do eixo (ei) = - 8 µm (dados da tabela)
Dimensão nominal = 65mm
Dimensões limites:
Máxima do furo = 65 0,040 = 65,040mm
Exemplo:
a) Determinar os parâmetros dimensionais do sistema de ajustes furo-base, nas
dimensões 35H6/h6 e classificar o ajuste proposto por meio de representação gráfica
Afastamento superior do furo (ES)= +16 µm (dados da tabela)
Afastamento inferior do furo (EI) = 0 µm (dados da tabela)
Afastamento superior do eixo (es)= 0 µm (dados da tabela)
Afastamento inferior do eixo (ei) = - 16 µm (dados da tabela)
Dimensão nominal = 35mm
Dimensões limites:
Máxima do furo = 35 + 0,016 = 35,016mm
Mínima do furo = 35 – 0 = 35,000mm
Tolerância do furo = 35,016 – 35 = 0,016mm
Máxima do eixo = 350 = 35,000mm
Mínima do eixo = 35 - 0,016 = 34,984mm
Tolerância do eixo = 35,000 - 34,984 = 0,016mm
Roscas trapezoidais,
quadradas, para tubos e
múltiplas
Rosca trapezoidal
Perfil de projeto da rosca trapezoidal com folga na crista e sem folga no flanco.
Fórmulas
Diâmetro menor da rosca interna Diâmetro efetivo da rosca externa
D1 = 0,5P + ac= d - 2H1 = d - P d2 = D2= d - 2z = d - 0,5P
Altura do filete da rosca externa Diâmetro menor da rosca externa
h3 = 0,5P + ac = H1 + ac d3 = d - 2h3
Diâmetro maior da rosca interna Folga da crista
D4 = d + 2ac ac
Altura do filete da rosca interna Raio do pé do filete
h4 = 0,5P R2máx. = ac
Raio da crista do filete
R1máx. = 0,5ac
As roscas esquerdas são indicadas pela letras LH, colocadas após a parte
dimensional da rosca.
Exemplo: Tr 40 x 14 LH
Rosca Quadrada
Fórmulas
D1 = d3 + 2ac
d1 = d - 2he
D 2 = d2
d2 = d - he
h3 = 0,5P
L = 0,5P
h4 = 00,5P+ac
L = L + 2fs
D = d + 2ac
Ferramenta
Largura da ponta da ferramenta ( parte cortante) → L
rosca externa → L = 0,5P
rosca interna → L = 0,5P + s
Ângulo da hélice
P . nº de dentes
Tgα =
π . d2
2. BSPT – “Rosca Whitworth”: cônica tanto para a rosca interna como para a
externa. Esta rosca é utilizada para suportar alta pressão.
Tabela
Rosca Whitworth para tubos e acessórios ( BSP – BSPT)
Diâmetro Diâmetro do
nominal do Diâmetro Passo em mm Altura do Comprimento Número de furo em mm
tubo ( * ) externo do filete útil da filetes por para roscar
mm Pol tubo P mm rosca 25,4 mm interno
NPT - Rosca cônica americana para tubos e acessórios: conicidade 1:16 tanto
na parte externa como na parte interna.
Tabela
Rosca cônica americana para tubos e acessórios – (NPT)
Diâmetro
Diâmetro Diâmetro Diâmetro Comprimento Número do furo em
nominal do externo do Passo em efetivo da Comprimento para apertar de filetes mm para
tubo tubo mm rosca útil da rosca manualmente por
mm Pol D P A E F 25,4 mm roscar
3,17 1/8 10,28 0,93 9,22 6,68 4,08 27 8,5
6,35 1/4 13,71 1,39 12,11 10,18 5,76 18 11,2
9,52 3/8 17,14 1,39 15,54 10,33 6,09 18 14,5
12,70 1/2 21,33 1,80 19,25 13,53 8,12 14 18,0
19,05 3/4 26,67 1,80 24,56 13,84 8,61 14 23,0
25,40 1 33,40 2,18 30,81 17,32 10,16 11,5 29,0
31,75 1 1/4 42,16 2,18 39,54 17,93 10,66 11,5 38,0
38,10 1 1/2 48,26 2,18 45,61 18,36 10,66 11,5 44,0
50,80 2 60,32 2,18 57,63 19,20 11,07 11,5 56,0
63,50 2 1/2 73,02 3,17 69,06 28,87 17,32 8 67,0
76,20 3 88,90 3,17 84,83 30,48 19,45 8 83,0
Roscas Múltiplas
Nas roscas com uma entrada, o avanço é igual ao passo, isto é, o deslocamento
axial em uma volta é igual ao passo da rosca. Neste caso, se desejarmos um avanço
rápido com um parafuso de rosca com uma entrada, sabendo que as dimensões do
filete são proporcionais ao passo, esta rosca, em consequência, teria filetes de grande
profundidade.
A figura abaixo mostra um rosca de duas entradas com passo de 5 mm, na qual
pode-se constatar que o avanço é de 10 mm por volta do parafuso com os filetes de
dimensões reduzidas.
Relógio comparador
Quando a ponta de contato sofre uma pressão e o ponteiro gira em sentido horá-
rio, a diferença é positiva; isso significa que a peça apresenta maior dimensão que a
estabelecida. Se o ponteiro girar em sentido anti-horário, a diferença será negativa, ou
seja, a peça apresenta menor dimensão que a estabelecida.
O relógio comparador também pode ser utilizado para medir furos; este tipo de
relógio consiste basicamente em um mecanismo que transforma o deslocamento radi-
al de uma ponta de contato em movimento axial, transmitido a um relógio comparador,
no qual se pode obter a leitura da dimensão.
Durante a medição, a haste que suporta o cutelo móvel desliza, apesar do esfor-
ço em contrário produzido pela mola de contato; o ponteiro-alavanca, mantido em con-
tato com os dois cutelos pela mola de chamada, gira em frente à graduação.
Amplificação mista
Amplificação mista é o resultado da combinação entre alavanca e engrenagem.
Permite levar a sensibilidade até 0,001mm, sem reduzir a capacidade de medição.
Condições de uso
Antes de medir uma peça, é preciso verificar se o relógio se encontra em boas
condições de uso.
verificação de excentricidade de
peças montadas na placa do trono
verificação de concentricidade
Conservação
• Descer suavemente a ponta de contato sobre a peça.
• Levantar um pouco a ponta de contato ao retirar a peça.
• Evitar choques, arranhões e sujeira.
• Manter o relógio guardado no seu estojo.
• Lubrificar os mancais internos das engrenagens dos relógios.
Um dos relógios mais versáteis que se usa na mecânica é o relógio com ponta
de contato com alavanca (apalpador); seu corpo monobloco possui três guias que
facilitam a fixação em diversas posições. Existem dois tipos de relógios apalpadores:
um deles possui reversão automática de movimento da ponta de medição; outro tem
alavanca inversora, a qual a direção do movimento de medida ascendente ou des-
cendente. O mostrador é giratório, com redução de 0,01mm, 0,002mm, .001” ou .0001”
.
Por sua enorme versatilidade, o apalpador pode ser usado para grande varieda-
de de aplicações, tanto na produção como na inspeção final; por exemplo, excentrici-
dade de peças; alinhamento e centragem de peças de máquinas; paralelismo entre
faces; medições internas e medições de detalhes de difícil acesso.
Serra manual
Arco de serra
O arco de serra é uma armação feita de aço carbono, que pode ser inteiriça ou
apresentar um mecanismo ajustável ou regulável.
311
Formação Continuada – Tornearia Mecânica
O arco de serra apresenta dois suportes de fixação: um fixo e outro móvel, sen-
do que o móvel pode se localizar próximo ao cabo ou na outra extremidade, depen-
dendo do modelo do arco de serra. O suporte móvel é constituído por um pino, um
esticador e uma borboleta esticadora.
312
Formação Continuada – Tornearia Mecânica
Lâmina de serra
A lâmina de serra para arcos é uma peça estreita e fina, com dentes em uma
das bordas, e feita de aço rápido ou aço carbono temperado. Quando a têmpera a-
brange toda a lâmina, esta recebe o nome de lâmina de serra rígida e deve ser usada
com cuidado, pois quebra-se facilmente ao sofrer esforços de dobramento ou torção.
Quando apenas a parte dentada é temperada, a lâmina recebe o nome de lâmina de
serra flexível ou semiflexível.
313
Formação Continuada – Tornearia Mecânica
A lâmina de serra funciona como se fosse uma lima de uma só série de dentes;
corta por meio de atrito, destacando pequenos cavacos do material.
A forma ideal dos dentes de uma lâmina de serra é aquela que apresenta o ân-
gulo de cunha β igual a 65º ; o ângulo de saída γ igual a 5º e o ângulo de folga α igual
a 20º.
314
Formação Continuada – Tornearia Mecânica
Os dentes das serras têm travas, que são deslocamentos laterais em forma al-
ternada, dados aos dentes.
315
Formação Continuada – Tornearia Mecânica
Por outro lado, os dentes finos são recomendados para superfícies estreitas,
pois pelo menos dois dentes estarão em contato com as paredes do material, evitando
que os dentes da lâmina se quebrem ou travem na chapa.
316
Formação Continuada – Tornearia Mecânica
A lâmina de serra deve ser escolhida de acordo com a espessura e o tipo de ma-
terial a ser trabalhado. Para auxiliar a seleção, observe-se o quadro a seguir.
Metais muito macios como chumbo, estanho e zinco não devem ser serrados
com lâminas de serra indicadas para aço porque acontece o encrustamento do mate-
rial entre os dentes, dificultando o corte; recomenda-se o uso de lâminas de serra com
10 a 14 dentes por polegada.
Cuidados a observar
Alguns cuidados devem ser tomados com a lâmina de serra para garantir sua
conservação:
• ao tensionar a lâmina de serra no arco, usar apenas as mãos e não empregar
ferramentas;
• evitar utilizar lâmina de serra com dentes quebrados.
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Formação Continuada – Tornearia Mecânica
Introdução
Metais não ferrosos são todos os metais puros ou ligados, com exceção do ferro
e suas ligas.
A maioria dos metais puros é mole e tem baixa resistência à tração. Quanto
maior for a pureza, mais alto será o ponto de fusão, maior a condutibilidade elétrica e
a resistência à corrosão.
Na indicação dos metais não ferrosos puros, deve-se usar a designação química
do elemento mais o grau de pureza.
Cobre Cu Manganês Mn
Chumbo Pb Vanádio V
Zinco Zn Cobalto Co
Níquel Ni Cádmio Cd
Estanho Sn Alumínio Al
Tungstênio W Magnésio Mg
Molibdênio Mo Titânio Ti
Cromo Cr
Minério
Calcinação
Redução
Metal bruto
Afinagem
(eliminação das impurezas)
Metal siderúrgico
Metal puro
Normalização
Exemplo:
Para as ligas, adota-se a seguinte forma:
Exemplos:
GD-Zn Al 4 Cu1 → Liga de zinco fundido sob pressão com 4% de Al, 1% de Cu.
AlCu Mg1 F40 → Liga de alumínio com ±4% de Cu, ±1% de Mg e resistência a tração
de 40kgf/mm2 ≅ 390N/mm2.
É feita pela indicação (símbolo químico) dos metais que nela estão contidos,
seguidos pelo teor (em porcentagem) de cada um dos metais.
Exemplo: Designação
Cu Zn 40 Pb2
Chumbo 2%
Zinco 40%
Liga de cobre
Cobre (Cu)
Propriedades do cobre
Resistência à tração N
200 ... 360
mm 2
Transformação fria até 600N/mm2
Normalização
Exemplo: E-Cu 99,99
Cobre especialmente puro
Obtenção pela eletrólise (E)
Aplicação
É normalmente empregado para confecção de fios e cabos condutores elétricos,
sistemas de aquecimento e resfriamento, tubos, chapas, peças fundidas e peças de
artesanato.
Chumbo (Pb)
É um metal com aspecto exterior característico, pois apresenta uma cor cinza
azulada. Sua superfície de ruptura (recente) é de uma cor branca prateada muito
brilhante. É fácil de reconhecê-lo pelo peso: é um material muito denso e macio.
O chumbo é muito dúctil, fácil de dobrar, laminar, martelar (a frio). Os tubos são
curvados com auxílio de uma mola ou enchendo-os de areia fina e seca, ou com ajuda
de um aparelho de curvar.
Propriedades do chumbo
Densidade (ρ) kg
11,3
dm 3
Resistência à tração N
15...20
mm 2
Alongamento 50...30%
Designação do chumbo
Norma DIN 1719 : 1963
Denominação Norma Impureza
Chumbo fino Pb 99,99 0,01%
Chumbo siderúrgico Pb 99,94 0,06%
Chumbo refundido Pb 99,9 0,01%
Precaução
Partículas de chumbo que aderem às mãos podem penetrar no organismo e
provocar uma intoxicação por isso é indispensável lavar bem as mãos após, seu
manuseio.
Aplicação
É aplicado, de forma geral, no revestimento de cabos elétricos subterrâneos e de
recipientes para ácidos, usados na indústria química. Como liga chumbo-estanho, é
utilizado na solda.
Zinco (Zn)
Propriedades do zinco
Densidade (ρ) kg
7,1
dm 3
Resistência à tração N
20...36
mm 2
Alongamento 1%
Com liga, o zinco de alumínio se torna mais resistente; com liga de cobre, mais
duro. O magnésio compensa as impurezas existentes e igualmente o torna mais duro.
Também o bismuto, o chumbo e o tálio melhoram consideravelmente as propriedades
do zinco para sua usinagem.
Designação do zinco
Norma DIN 1706
Aplicação
Peças de aço que estejam sujeitas à oxidação do tempo, devem receber uma
zincagem (banho de zinco) para sua proteção.
Peças complicadas são obtidas através de fundição por injeção, a qual facilita a
fabricação em série e aumenta a precisão das peças.
Estanho (Sn)
Propriedades do estanho
Densidade kg
7,3
dm 3
Temperatura de liquefação
232ºC
Resistência à tração N
40...50
mm 2
Ductibilidade 50%
Designação do estanho
Denominação Norma
Estanho Sn 99,9
Liga fundida Cu Sn 6
Aplicação
O estanho puro não é empregado em construções de peças devido a sua
pequena resistência à tração.
Para melhorar as propriedades dos metais com base o cobre, são adicionadas
ligas de outros metais, como o zinco e o estanho. As ligas de cobre possuem cores
diferentes, conforme o metal que entra na constituição da liga e na proporção em que
é adicionado. As ligas de cobre mais importantes são: latão, bronze e latão vermelho.
Latão
Produção do latão
Cobre Zn
Latão
Tomback, Latão especial
Fundição Laminados
Fundição em Chapas
areia Tiras
Barras maciças
Fundição em Tubos
coquilha Arames
Peças de pressão
Barras perfiladas
Propriedades do latão
Latão
3
Massa específica 8,5kg/dm Classifica-se segundo
Ponto de fusão 980ºC DIN 1709, 17660, 17661
1. Ligas de fundição (latão fundido)
Denominação Abreviatura Composição em % Propriedades Emprego
especiais
Boa condutibi- Instalações
Latão fundido G - CuZn 36 64 até 3 Pb
lidade para gás,
Latão de água e para
Superfície
fundição em G - CuZn 38 62 até 3 Pb indústria
brilhante
coquilha elétrica
É fácil de dobrar e repuxar. Tem uma resistência maior do que a do cobre (200 -
800N/mm2).
Aplicação
Devido a sua boa resistência à corrosão causada pelo ar e fluidos, o emprego do
latão fundido é muito grande na fabricação de válvulas, torneiras e registros.
Bronze
Tipos de bronze
Bronze
- ao estanho
- fosforoso
- ao alumínio
- ao chumbo
- ao silício
- ao manganês
- ao berílio
Ligas de Ligas de
Laminação Fundição
Propriedades e aplicações
As ligas de bronze variam entre macias e duras. Resistem muito bem à
corrosão. Devido a sua fácil fusão, são empregadas na fabricação de sinos, buchas e
peças hidráulicas.
Propriedades do bronze
Densidade (ρ) kg
7,6 - 8,8
dm 3
Resistência à tração N
350 - 770
mm 2
Bronze ao estanho
Esta liga tem de 4 a 20% de estanho. É dúctil e elástica, dura e resistente à
corrosão.
Cu Sn 6
6% de estanho
94% de cobre
Bronze ao chumbo
Até 25% de chumbo. Boa característica de deslizamento, autolubrificante.
Empregada na construção de buchas.
G - Cu Pb 15 Sn
75% de cobre
15% de chumbo
8% de estanho
2% de zinco
Bronze ao alumínio
Cu Al8 Fe F45
89% de cobre
8% de alumínio
≅ 1% de ferro
F45 - resistência à tração = 450N/mm2
Densidade kg
8,6
dm 3
Resistência à tração N
240 - 650
mm 2
G - Cu Sn 10 Zn
G = Fundido
10% de estanho
≅ 3% de zinco
87% de cobre
Alumínio
Obtenção do alumínio
A bauxita foi formada pela decomposição de rochas alcalinas que durante mi-
lhões de anos sofreram infiltração de água e transformaram-se em argila; essa argila é
composta principalmente de óxido de alumínio hidratado, que é a alumina, misturado
com óxido de ferro, sílica, titânio e outras impurezas. A proporção de alumina na argila
está entre 40 e 60%. O minério é retirado por retroescavadeiras e transportado por
caminhões à área de armazenamento.
Além disso, o alumínio é um material que pode ser unido por todos os processos
usuais: soldagem, rebitagem, colagem e brasagem. Apresenta excelente condutivida-
de térmica, quatro vezes maior que a do aço, e sua superfície aceita os mais variados
tipos de tratamento, tais como anodização, verniz e esmalte.
Ligas de alumínio
Conformação mecânica
Tratamento térmico
As ligas para fundição devem ter resistência mecânica, fluidez e estabilidade di-
mensional e térmica para suportar os diferentes processos de fundição em areia, mol-
de permanente por gravidade ou sob pressão.
Pela norma, os materiais para conformação mecânica são indicados por um nú-
mero de quatro dígitos em que:
• o primeiro classifica a liga pela série de acordo com o principal elemento adi-
cionado;
• o segundo dígito, para o alumínio puro, indica modificações nos limites de im-
pureza: 0 - nenhum controle, ou de 1 a 9 - controle especial de uma ou mais impure-
zas; para as ligas, o número diferente de zero indica qualquer modificação da liga ori-
ginal.
• o terceiro e o quarto dígitos, para o alumínio puro, indicam o teor de alumínio
acima de 99%; quando se referem às ligas, identificam as diferentes ligas do grupo.
Considere-se, como exemplo, uma liga de alumínio número 1035. O primeiro dí-
gito (1) significa que se trata de uma liga da série 1XXX, que se refere ao alumínio
comercialmente puro. O segundo dígito (0) indica que é um alumínio sem controle es-
pecial de impurezas. Finalmente, os dois últimos dígitos (35) significam que é um ma-
terial com 99,35% de alumínio.
Outro exemplo: alumínio 6463A. O quadro indica que o primeiro dígito (6) se re-
fere à série 6XXX, correspondente à liga de alumínio com magnésio e silício. O se-
gundo dígito (4) indica que se trata de uma modificação da liga número 63 dessa sé-
rie. A letra A, que também é normalizada, indica que essa liga é uma pequena altera-
ção da liga 6463 existente em outro país.
Para exemplificar, considere-se a liga 319.0: o dígito 3 indica que esta é uma
liga de alumínio com silício e cobre e/ou magnésio; o número 19 indica que é a 19º liga
da série; o dígito 0 após o ponto indica tratar-se de peça fundida.
Tratamento térmico
Tratamentos térmicos são ciclos térmicos a que são submetidos os aços. São
compostos por operações de aquecimento, a uma velocidade adequada, com
permanência por tempo suficiente em temperatura de tratamento correta e velocidade
de resfriamento compatível com o objetivo desejado.
Meio de resfriamento
Solução aquosa a 10% NaOH
Solução aquosa a 10% NaCL
Solução aquosa a 10% Na2CO3
Água a 0ºC
Água a 18ºC
Água a 25ºC
Óleo 1
Óleo 2
Óleo 3
Água a 50ºC
Tetracloreto de carbono
Água a 75ºC
Água a 100ºC
Ar liqüido
Ar
Vácuo
Com esfriamento mais rápido, em ar, por exemplo (curva B), o aço apresentará
perlita fina, com dureza elevada. Com velocidade de esfriamento maior, em óleo
(curva C), a transformação iniciada em Ci e terminada em Cf dá como constituinte
perlita mais fina, com dureza maior. Com resfriamento ainda mais rápido (curva D),
verifica-se que o início de transformação se dá no ponto Di. A velocidade de
esfriamento agora é tal que não possibilita que a curva de esfriamento D toque na
curva de fim de transformação, de modo que a transformação em perlita apenas se
inicia, interrompendo-se em seguida e, ao atingir o ponto DMi, a austenita que não se
transformou passa a martensita, cuja formação termina em DMf. A estrutura resultante
dessa velocidade de esfriamento é simultaneamente perlita e martensita.
Com esfriamento muito rápido (curva F), em água, verifica-se que a curva de
esfriamento não toca na curva de transformação, de modo que não há transformação
da austenita em produto lamelar, mas simplesmente passagem a martensita, quando,
no esfriamento, são atingidas as temperaturas correspondentes a Mi e Mf. Logo, os
aços esfriados mais rapidamente são os mais duros. Há uma curva de esfriamento
(curva E), que tangencia a curva C de início de transformação para esfriamento
contínuo. Essa velocidade de esfriamento, denominada velocidade crítica de têmpera,
indica que é desnecessário esfriar-se o aço mais rapidamente para que se produza
estrutura martensítica. Pode-se definir a velocidade crítica de esfriamento (ou de
têmpera) como “a menor velocidade de esfriamento que produzirá estrutura
inteiramente martensítica”.
Antes Depois
Para ocorrer essa transformação, o aço deve ser aquecido entre 680ºC e 750ºC.
Esta temperatura deve ser mantida o tempo suficiente para homogeneizar a
temperatura em toda a peça e o resfriamento deve ser lento, cerca de 10º a 20ºC por
hora. A figura a seguir mostra esquematicamente as faixas de temperaturas utilizadas
no recozimento de esferoidização.
O esfriamento após o revenido é feito em ar livre, salvo nos casos de aços que
sofrem um fenômeno chamado fragilidade ao revenido (aços ligados ao Cr e Ni),
quando revenidos nas faixas entre 260ºC e 315ºC e, também, entre 450ºC e 600ºC. É
recomendado que, no caso de dúvida quanto à susceptibilidade do aço a este
problema ou quando o revenido tiver que ser feito nestas faixas de temperatura, que
seja seguido de resfriamento brusco em água fria.
Tratamentos Isotérmicos
A têmpera superficial pode ser realizada por dois processos: chama e indução.
Tratamentos termoquímicos
Os processos termoquímicos são aplicados nos aços com baixo teor de carbono
com o objetivo de aumentar sua dureza superficial e a resistência ao desgaste,
mantendo o núcleo dúctil e tenaz.
Cementação – aplica-se a aços com até 0,30% de carbono e com baixo teor de
elementos de ligas.
A cementação é aplicada em peças como engrenagens, eixos, parafusos, etc.,
que necessitam de resistência mecânica e de alta dureza na superfície e núcleo dúctil
com boa tenacidade.