Argentina

Coleção Estudos e Documentos de Comércio Exterior
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Departamento de Promoção Comercial e Investimentos
Divisão de Inteligência Comercial
COLEÇÃO ESTUDOS E DOCUMENTOS DE COMÉRCIO EXTERIOR
COMO EXPORTAR
Argentina
Coleção: Estudos e Documentos de Comércio Exterior
Série: Como Exportar

CEX: 235
Elaboração:
Elaboração: Ministério das Relações Exteriores – MRE
Departamento de Promoção Comercial e Investimentos – DPR
Divisão de Inteligência Comercial – DIC
Embaixada do Brasil em Buenos Aires
Setor de Promoção Comercial – SECOM
Coordenação:
Divisão de Inteligência Comercial - DIC
Distribuição:
Divisão de Inteligência Comercial - DIC
Os termos e a apresentação de matérias contidas na presente publicação não traduzem expressão

de opinião por parte do MRE sobre o status jurídico de quaisquer países, territórios, cidades ou
áreas geográficas e de suas fronteiras ou limites. Os termos “desenvolvidos” e “em desenvolvi-
mento” empregados em relação a países ou a áreas geográficas não implicam posição oficial por
parte do MRE.
Direitos reservados.
O DPR, que é titular exclusivo dos direitos de autor, permite sua reprodução parcial, desde que a
fonte seja devidamente citada.
(*) Este guia foi registrado no Escritório de Direitos Autorais da Fundação Biblioteca Nacional
(ISBN 978-85-98712-81-9).
O texto do presente estudo foi concluído em dezembro de 2014.
B823c Brasil. Ministério das Relações Exteriores. Divisão de

Inteligência Comercial.
Como Exportar: Argentina / Ministério das Relações
Exteriores._Brasília: MRE, 2014.
101 p.; il._ (Coleção estudos e documentos de comércio

exterior).
1. Brasil – Comércio exterior. 2. Argentina – Comércio

Exterior. I. Título. II. Série.
CDU: 339.5 (82:81)

Como Exportar ARGENTINA
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.....................................................................................................5
MAPA DA ARGENTINA........................................................................................7
DADOS BÁSICOS................................................................................................9
I – ASPECTOS GERAIS......................................................................................11
1. Geografia.............................................................................................. 11
2. População, centros urbanos e indicadores............................................. 12
3. Organização política e administrativa.....................................................13
4. Participação em organizações e acordos internacionais.........................14
II – ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS................................................................15

1. Conjuntura econômica......................................................................... 15
2. Principais setores de atividade econômica............................................ 16
3. Moeda e finanças................................................................................. 20
III – COMÉRCIO EXTERIOR............................................................................... 23

1. Evolução recente: considerações gerais............................................... 23
2. Origem e destino.................................................................................. 24
3. Composição segundo produtos............................................................ 26
IV – RELAÇÕES ECONÔMICAS BRASIL – ARGENTINA...................................... 29

1. Intercâmbio comercial bilateral............................................................. 29
2. Composição do comércio Brasil-Argentina........................................... 31
3. Investimentos bilaterais........................................................................ 32
4. Principais acordos econômicos com o Brasil........................................ 35
5. Linhas de crédito de bancos brasileiros................................................ 36
6. Matriz de oportunidades: principais produtos importados..................... 38
V – ACESSO AO MERCADO............................................................................. 39
1. Sistema tarifário................................................................................... 39
2. Regulamentação das atividades de comércio exterior........................... 47
3. Documentação e formalidades............................................................. 61
4. Regimes alfandegários especiais.......................................................... 62
Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 3

VI – INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES......................................................69
1. Infraestrutura interna............................................................................69
2. Infraestrutura para importação/exportação........................................... 70
VII – ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO....................................................... 73

1. Canais de distribuição.......................................................................... 73
2. Promoção de vendas........................................................................... 81
3. Práticas comerciais.............................................................................. 83
4. Comércio eletrônico............................................................................. 87
VIII – RECOMENDAÇÕES ÀS EMPRESAS BRASILEIRAS................................... 89
ANEXOS...........................................................................................................91
I. Endereços............................................................................................91
II. Fretes e comunicações com o Brasil....................................................97
III. Informações práticas...........................................................................98
BIBLIOGRAFIA................................................................................................101
INTRODUÇÃO
Com um território de 2,79 milhões um terço do Senado, além de eleito o
de km2, uma população estimada novo Presidente da República.
de 42,7 milhões de habitantes1 e
PIB, a preços correntes, de US$ Desde 2013 e ao longo do primeiro
536,16 bilhões (2014), a Argentina semestre de 2014, a economia
é o principal parceiro comercial argentina caracterizou-se por
brasileiro na América Latina. Dentro atividade estancada, inflação alta
do MERCOSUL 79% das exportações (porém estável), minidesvalorizações
brasileiras destinaram-se ao diárias e elevado déficit público. Para
mercado argentino (com a inclusão enfrentar o acúmulo de desequilíbrios
da Venezuela no MERCOSUL, esse nas variáveis macroeconômicas, o
valor cai para 66%, considerando Governo tomou medidas para deter a
dados de 2014), a maioria delas perda de reservas do Banco Central
de produtos manufaturados e e absorver o excesso de liquidez
semimanufaturados. do mercado. Em fins de 2013, o
Governo promoveu mudanças no
Em outubro de 2013 celebraram- INDEC2, que tiveram como um de
se eleições legislativas para a seus resultados a redução das
renovação da metade dos membros discrepâncias entre o índice oficial
da Câmara dos Deputados e 1/3 dos de inflação e aqueles elaborados por
membros do Senado. Os candidatos entidades não governamentais.
do Governo obtiveram 33% dos
votos, percentual inferior aos 56% Apesar das restrições às
obtidos nas eleições de 2011. importações, cujo principal
Apesar do resultado, o Governo instrumento são as Declarações
segue como a principal força política Juradas Antecipadas de Importação
do país e mantém o controle das (DJAIs), as compras argentinas
duas casas do Legislativo. Em do exterior aumentaram em 2013,
outubro de 2015, serão renovados com destaque para bens de
metade da Câmara dos Deputados e
2 “Instituto Nacional de Estadísticas
1 Projetada para 2014 e Censos”

ARGENTINA Como Exportar
capital, automóveis, combustíveis no exterior pelo setor privado, os

e lubrificantes. Por sua parte, desembolsos para pagamento da
as exportações aumentaram em dívida e os déficits nas balanças
ritmo menor, alavancadas pelos comercial e de serviços explicam
embarques de produtos primários e a redução no estoque bruto de
manufaturas de origem agropecuária. reservas monetárias internacionais.
As vendas externas de manufaturas
industriais experimentaram baixo Em 2014, o Banco Central da
crescimento devido, em grande República Argentina (BCRA)
parte, à perda de competitividade aumentou as taxas de juros, de
cambial. A tendência de queda cerca de 16% para 28%, medida
no superávit comercial argentino que contribuiu para a redução da
manteve-se inalterada no início atividade econômica, fenômeno
de 2014. O superávit da balança registrado pela queda interanual de
comercial argentina no primeiro 0,2% do PIB no primeiro trimestre
semestre de 2014, de US$ 1,04 do ano. Analistas econômicos e
bilhão, correspondeu a apenas 27% instituições financeiras internacionais
do superávit acumulado no mesmo estimam que a economia argentina
período de 2013 (US$ 3,8 bilhões3). tenha decrescido 1,7% em 2014 e
apresentar leve melhora em 2015
O endurecimento das medidas de (próximo a 1%).
controle cambiário contribuiu para
diminuir o ritmo de saída de capitais
durante o ano passado. Essas
medidas não lograram, no entanto,
deter a queda no nível de reservas,
que de US$ 38 bilhões, em junho de
2013, passaram a US$ 29,2 bilhões,
um ano depois, e terminaram o ano
em US$ 31,4 bilhões (conforme
documento de Intercâmbio
comercial). A formação de ativos
3 Fonte: Trademap
6 Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012

MAPA

Foto: iStockphoto/ Thinkstock
Casa Rosada, Buenos Aires, Argentina

DADOS BÁSICOS
Superfície: 2.791.810 km2
População4: 42.669.500 habitantes
Densidade demográfica: 15,2 hab./km2
População economicamente ativa: 19.092.526 habitantes (Banco Mundial)
Principais cidades: Buenos Aires, Córdoba, Rosario, Mendoza, La Plata.
Moeda: Peso
Cotação: 1,00 US$ = 8,08 Pesos
Produto Interno Bruto (PIB)
PIB (últimos cinco anos)
ANO 2009 2010 2011 2012 2013 2014 (p)
PIB a preços correntes 305,5 367,1 441,7 462,4 462,9 536,16

(bilhões de US$)
Crescimento real -2,9% 8,5% 7,0% 1,0% 2,5% -1,7%
(*) Estimativas FMI e EIU.

Fonte: “Tendencias - Anuario de la Economía Argentina” do “Consejo Técnico de Inversiones
S.A.”
Composição do PIB por setor de origem (2013):
Agropecuária: 9,3%
Indústria: 29,7%
Serviços: 61%
PIB per capita (2014): US$ 12.565 (p)
4 Projeção para 2014 realizada pelo INDEC.

Comércio exterior (2013):

Exportações: US$ 81,7 bilhões
Importações: US$ 73,7 bilhões
(2014 - jan-jun): Exportações (34 bilhões) / Importações (32,9 bilhões)
Intercâmbio comercial Brasil/Argentina (2014):

Exportações brasileiras: US$ 14,2 bilhões
Importações brasileiras: US$ 14,1 bilhões
Geleira Perito Moreno, Patagônia, Argentina

I - ASPECTOS GERAIS
1. Geografia cultura da vinha, com abundantes
fontes de águas minerais e termais,
Distâncias clima ameno; d) Nordeste: terras do
Chaco argentino, ricas em madeira,
Com superfície continental de clima úmido; e) Mesopotâmia: onde
2,79 milhões de km², a Argentina se localiza a selva subtropical e a
é, em área, o segundo maior país bacia hidrográfica formada pelos
da América do Sul, após o Brasil. rios Uruguai e Paraná; f) Patagônia:
Limita-se ao norte com a Bolívia e região de montanhas nevadas,
o Paraguai; a leste com o Brasil, o grandes bosques e lagos, clima frio.
Uruguai e o oceano Atlântico; ao sul
com o Chile e o oceano Atlântico e As planícies do Pampa constituem
a oeste com o Chile. A capital é a uma das zonas mais férteis e
Cidade de Buenos Aires, situada à produtivas do mundo, onde se
margem direita do Rio de la Plata, a cultivam cereais, como o trigo e a
273 quilômetros do oceano Atlântico. soja, além da criação de gado. Há
Em relação aos países-membros do ainda a região andina, com vales
MERCOSUL, a Argentina dispõe de de clima temperado, que permite o
1.132 quilômetros de fronteira com cultivo de uvas, azeitonas e cítricos.
o Brasil, 1.699 quilômetros com o
Paraguai e 495 quilômetros com o A grande extensão territorial
Uruguai. determina ampla variedade climática,
desde os climas subtropicais, ao
Clima norte, até os frios na Patagônia,
com predomínio dos climas
O território argentino está dividido temperados na maior parte do país.
em seis regiões geográficas: a) A temperatura média em Buenos
Pampa: solo plano e fértil, clima Aires oscila entre 17ºC e 29ºC, em
temperado; b) Noroeste: solo janeiro, e entre 6ºC e 14ºC, em julho.
montanhoso e rico em minerais, O clima é mais frio nos Andes, na
clima subtropical; c) Cuyo: Patagônia e na Terra do Fogo, em
montanhas férteis e apropriadas à função da latitude e/ou da maior

altitude de tais regiões.
2. População, centros urbanos e indicadores
População
A população da Argentina, segundo a projeção estimada pelo Censo de

2010 para 2014, é de 42,67 milhões de habitantes, o que representa uma
densidade demográfica de aproximadamente 15 habitantes por quilômetro
quadrado. A província de Buenos Aires e a Capital Federal concentram cerca
de 50% da população do país.
Principais Centros Urbanos
Cidade Número de habitantes (2010)

Grande Buenos Aires 9.916.715
Cidade de Buenos Aires 2.890.151
Córdoba 1.329.604
Rosário 1.193.605
La Plata 654.324
Mar del Plata 618.989
San Miguel de Tucumán 548.866
Salta 536.113
Mendoza 115.041
Principais indicadores socioeconômicos:
- PIB per capita (2014): US$ 12.565 (p)
- Taxa nacional de alfabetização (censo 2010): 98,1%

- Índice de Desenvolvimento Urbano 3. Organização política e

(IDH, 2014)5 administrativa
• IDH (valor): 0,808
• Esperança de vida ao nascer Organização política
(anos): 76,3
• Anos de escolarização média: A Argentina é uma república federal,
9,8 com forte tradição presidencialista.
• Índice de desigualdade (valor):
0,68 - Poder Executivo: O Presidente
• Desigualdade de gênero (valor): e o Vice-Presidente são eleitos
0,38 pelo voto popular direto para um
período de quatro anos, com a
- Outros indicadores6: possibilidade de uma reeleição
• Produção anual de automóveis7 consecutiva. O Presidente nomeia
(unidades): 764.161 (2013) o Chefe de Gabinete, os dezesseis
• Produção anual de aço cru Ministros (Interior e Transportes;
(toneladas): 5.185.600 (2013) Relações Exteriores e Culto; Defesa;
• Produção anual de petróleo cru Economia e Finanzas Públicas;
(m3): 31.328.000 (2013) Indústria; Agricultura, Gado e Pesca;
Turismo; Planejamento Federal,
Investimento Público e Serviços;
Justiça e Direitos Humanos;
Segurança; Educação; Ciência,
Tecnologia e Inovação Produtiva;
Trabalho, Emprego e Previdência
Social; Saúde; Desenvolvimento
Social; e Cultura) e os Secretários
5 Argentina ocupou, no ano de de Estado responsáveis pelas quatro
2014, a posição 49º no ranking do IDH ela-
borado pelo Programa das Nações Unidas Secretarias dependentes diretamente
para o Desenvolvimento (PNUD). da Presidência (Secretaria Geral;
Legal e Técnica; de Inteligência; e de
6 Fonte: EPI (Indec Informa) Programação para a Prevenção das
Drogas e Luta contra o Narcotráfico).
7 Inclui automóveis e veículos utili-
tários.

- Poder Legislativo: É bicameral. rubrica do Judiciário a Câmara

O Senado tem 72 membros e é Nacional Eleitoral e o Conselho da
composto por três representantes Magistratura.
de cada província e da Cidade
Autônoma de Buenos Aires, - Partidos Políticos: Os principais
com mandato de seis anos, partidos políticos são: Partido
normalmente renováveis à razão Justicialista (PJ), Unión Cívica
de um terço a cada dois anos. Radical (UCR), Propuesta
Diz-se “normalmente” porque há, Republicana (PRO) e Frente Amplio
desde a reforma constitucional de UNEN.
1994, um sistema de rodízio entre
as Províncias, o que faz com que o Organização Administrativa
calendário e o ritmo de renovação
seja distinto para cada uma delas. A Argentina está dividida em 23
A Câmara dos Deputados é províncias e 1 distrito federal. As
composta por 257 legisladores províncias elegem seu próprio
eleitos de forma direta e proporcional governador por meio de sufrágio
ao número de habitantes de cada direto.
Província. O mandato é de quatro
anos, e metade da Câmara é 4. Participação em organizações e
renovada a cada dois anos. acordos internacionais
- Poder Judiciário: O órgão Argentina faz parte, dentre outros,

superior é a Corte Suprema de das seguintes organizações e
Justiça, integrada, atualmente, acordos internacionais:
por seis magistrados, nomeados
pelo Presidente da República e - ONU (Organização das Nações
aprovados pelo Senado. O Judiciário Unidas)
é composto pelas Câmaras - OMC (Organização Mundial de
Federais e de Apelação, juízes Comércio)
federais (que atuam em casos de - G20 (Grupo dos 20)
crimes de jurisdição federal), juízes - Grupo Cairns
ordinários (nacionais e provinciais) - ALADI / MERCOSUL
e de Paz. Ainda, figuram sob a - G77 (Grupo dos 77)

II - ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS

1. Conjuntura econômica
De acordo com estimativas do FMI e do EIU, a Argentina registrou

decréscimo de 1,70% do Produto Interno Bruto em 2014. O aumento do
PIB foi favorecido pela expansão do setor agropecuário, da construção e
da geração de eletricidade, dentre os setores produtores de bens, e pelo
comércio, transporte e comunicações e intermediação financeira, dentre os
serviços.
Produto Interno Bruto (2009-2014)
ANO 2009 2010 2011 2012 2013 2014 (p)

PIB a preços
correntes 305,5 367,1 441,7 462,4 462,9 536,16
(Bilhões de
US$)
Crescimento
-2,9% 9,5% 7,0% 1,0% 2,5% -1,7%
real
Composição do PIB (percentual)
ANO 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Setores Produtores de Bens 28,9 30,1 30,0 28,9 28,9
- Agropecuária 3,5 4,3 3,9 3,6 4,3
n.d.
- Indústria 16,1 16,1 16,4 15,9 15,2
- Outros 9,3 9,7 9,7 9,4 9,4
Setores Produtores de
n.d.
Serviços 63,7 62,4 62,2 62,7 62,5
Outros 7,4 7,5 7,8 8,4 8,6 n.d
Fonte: Anuário da Economia Argentina 2013

Emprego: Evolução trimestral das taxas de desemprego
ANO 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre

2009 8,4% 8,8% 9,1% 8,4%
2010 8,3% 7,9% 7,5% 7,3%
2011 7,4% 7,3% 7,2% 6,7%
2012 7,1% 7,2% 7,6% 6,9%
2013 7,9% 7,2% 6,8% 6,4%
2014 7,1%
Fonte: INDEC
Inflação
A taxa de inflação (índice de preços ao consumidor - IPC) dos últimos

cinco anos, medida pelo Instituto Nacional de Estatística e Censo (INDEC),
foi 10,9% em 2010, 9,5% em 2011, 10,8% em 2012, 10,9% em 2013,
e 23,9% em 2014. Consultorias privadas argentinas sugerem índices
significativamente maiores para o período.
2. Principais setores de atividade econômica
Pecuária
Argentina participa no comércio internacional de carnes com 8% da oferta

total de bovinos, 0,1% de suínos, 1,5% de ovinos e 25% de equinos.
Em 2013, o estoque de gado bovino foi equivalente a 51 milhões de

cabeças, o mais elevado desde 2010. O abate bovino, durante 2013, foi de
12,6 milhões de cabeças representando aumentos de 10,5% e de 15,6%
comparado com os abates dos anos 2012 e 20118, respectivamente. O
8 O abate correspondente ao ano de 2011 foi o valor mais baixo desde o ano de
1986.

consumo doméstico de carne Comercial Agropecuario) substituída,

bovina, em 2013, foi de 64 kg. per em fevereiro de 2011, pela “Unidad
capita (+ 8,47% comparado com de Coordinación y Evaluación de
2012), em um contexto de alto Subsidios al Consumo Interno”11,
consumo de carnes substitutas todas as operações de exportação
como o frango (quase 40 kg. per de determinados códigos NCM
capita) e o porco (13 kg. per capita). correspondentes a carne bovina.
A fim de manter o abastecimento Apesar dos incumprimentos dos

interno e a estabilidade dos preços últimos anos nas entregas de carnes
domésticos9, o Governo Argentino “premium”, a União Europeia (UE)
estabeleceu, a partir de maio autorizou a ampliação em 2 mil
de 2008, o requisito prévio de toneladas da quota Hilton a partir
declarar no Registro de Operações do biênio 2011/2012. No período
de Exportação (denominado ROE 2012/2013, Argentina não atingiu
“rojo”)10 perante a antiga ONCCA a quota Hilton de 30 mil toneladas
(Oficina Nacional de Control anuais exportando apenas 22.351
toneladas, valor que se reduziu ainda
9 A fim de conter o aumento dos mais em 2014, para próximo de
preços internos, o Governo Argentino sus- 20.000 toneladas (http://www.fyo.
pendeu, em março de 2006, as exportações com/noticia/146851/exportacion-
de carne bovina (a proibição não atingiu os carne-2014-no-logro-despegar-
compromissos de exportação assumidos na piso)12.
quota Hilton). A partir de junho, foi estabe-
lecido um sistema de quotas à exportação,
permitindo colocar nos mercados externos
uma percentagem do total das vendas exter-
nas do produto. A Resolução 24/2007 pror-
rogou, até 31/03/2008, a aplicação de uma
cota de exportação mensal de 50% calcula- 11 Criada por meio do Decreto
da sobre a média do volume físico mensal 193/2011.
exportado durante o período compreendido
entre 01/12/2006 até 31/05/2007. 12 Estima-se que a cotação do dólar,
os direitos de exportação (15% sobre o
10 Regime estabelecido pela Reso- preço FOB) e o aumento do consumo do-
lução 31/2006 complementada pela Resolu- méstico desalentaram o cumprimento total
ção 6/2008. da quota.

Agricultura As principais minas metalíferas se

encontram nas províncias de Jujuy,
A Argentina conta com um dos solos San Juan e Rio Negro e exploram
mais férteis do mundo. Cultivam- minerais como chumbo, zinco,
se, no país cerca de 36 milhões de cobre, estanho, prata e ouro. As
hectares entre cereais, sementes minas que pertencem a empresas
oleaginosas, cultivos industriais, estatais localizam-se nas províncias
hortaliças e frutas. Dentre 22 e 30 de Jujuy, Catamarca e Rio Negro e
milhões de hectares, destinam-se a exploram ferro, prata e ouro.
cultivos de produção extensiva, tais
como soja, milho e trigo. Estima-se que, em 2013, a
produção mineira atingiu novo
Estima-se um consumo interno anual recorde histórico, a exemplo das
de cereais e sementes oleaginosas exportações do setor, medidas em
de 16/17 milhões de toneladas. toneladas. Os investimentos mineiros
A participação da Argentina no também tem alcançado novo recorde
comércio internacional desses histórico (18.700 milhões de Pesos
cultivos é de aproximadamente 10%. argentinos) correspondente a 614
projetos existentes, gerando cerca de
O país produz 7,7 milhões de 500 mil empregos diretos e indiretos.
toneladas anuais de frutas e 4,7
milhões de toneladas anuais de Finalmente, em 2014, muitas
hortaliças. Destaca-se a participação empresas tiveram que rever
de 20% e 21% no comércio mundial ou cancelar seus projetos de
de peras e limões, respectivamente. investimento no setor de mineração,
por causa de fatores como a redução
Mineração dos preços mundiais de minérios,
o aumento dos custos locais de
Ainda em estágio de produção produção e a incidência de novos
incipiente, a participação impostos. Com isso, a Argentina
da mineração, excluídos os deixou de integrar o ranking dos dez
hidrocarbonetos, é de apenas 1,8% maiores destinos de investimentos
do PIB e 1% do total exportado. na área da mineração. (http://www.
iprofesional.com/notas/184222-Otro-

motor-que-se-plant-se-frenan-proyectos-de-minera-y-Argentina-sali-del-top-
ten-mundial)
Indústria
Conforme o “Estimador Mensual Industrial (EMI)”, elaborado pelo INDEC,

a variação acumulada da produção industrial, em 2013, foi de -0,2%,
comparada com 2012.
Setores Variação anual acumulada

(2013/2012)
Indústria alimentícia -1,1%
Indústria têxtil -0,8%
Papel e cartão -0,8%
Edição e impressão -6,1%
Refinação de petróleo -1,4%
Produtos químicos 0,0%
Produtos de borracha e plástico -0,6%
Mineiros não metálicos 6,2%
Indústria automotiva 3,7%
Fonte: EMI, INDEC.
Na ausência de dados consolidados para 2014, as expectativas de

consultores econômicos são de nova queda da atividade industrial.
(Ìndices até novembro de 2014, conforme tabela presente em Índice por
bloques: http://www.indec.mecon.ar/nivel4_default.asp?id_tema_1=3&id_
tema_2=6&id_tema_3=14).
Energia
A principal fonte da matriz energética argentina é o gás natural, que

corresponde a 51% do consumo total. As outras fontes, em ordem de

importância, são o petróleo (36%), a hidroeletricidade (6%), a nuclear (4%) e

outras energias renováveis com 3%.
3. Moeda e Finanças
Moeda e taxa de câmbio
A moeda argentina é o Peso ($) dividido em 100 centavos. A taxa de câmbio

média, em fevereiro de 2015, é de 1 US$ = $ 8,5. São as seguintes as
cédulas e moedas em circulação:
- Cédulas: 2, 5, 10, 20, 50 e 100 pesos.

- Moedas: 2 e 1 peso, 5, 10, 25 e 50 centavos.
Balanço de pagamentos e reservas internacionais
Balanço de Pagamentos
(U$S - milhões)
2013 2014
Item 2012
(até o 3º trimestre)
1. Conta Corrente 48 -4.330 -3.266
Mercadorias (FOB) 15.372 12.155 7.925
- Exportações 80.927 83.026 56.117
- Importações 65.556 70.871 48.192
Serviços -3.366 -5.103 -2.783
- Exportações 15.107 14.415 10.264
- Importações 18.473 19.518 13.047
Rendas -11.503 -10.709 -8.434
- Rendas do Investimento -8.245 -10.652 -8.383
- Utilidades e Dividendos -7.330 -7.719 -6.098
- Outras rendas -69 -57 -51

- Transferências Correntes -455 -673 27

2. Conta Capital e Financeira -625 -5.867 2.887
Conta Capital 48 32 57
Conta Financeira -673 -5.899 2830
Erros e Omissões Líquidos -2.727 -1.627 -2.153
3. Variação de Reservas
Internacionais -3.305 -11.824 -2.532
Item de Memorandum 2012 2013 2014

Importações CIF 68.508 74.003 50.326
Fonte: INDEC, “Sector Externo”
Finanças Públicas
O Setor Público registrou os seguintes resultados fiscais, em milhões de

pesos argentinos, nos anos de 2014 e 2013:
Item 2014 2013 Variação (%)

I. Receitas Totais 1.353.564,9 939.341,3 +44,1
II. Despesas Primárias 1.392.126,8 961.820,3 +44,7
III. Superávit Primário (I-II) -38.561,9 -22.479,0 -71,5
IV. Resultado Financeiro -109.719,9 -64.477,4 -70,2
Fonte: “Ministerio de Economía y Finanzas, Secretaría de Hacienda” (“cuenta ahorro,
inversión, financiamiento del sector público nacional”).

Sistema bancário
Composição do Sistema Financeiro

(Março de 2014)
Total do Sistema 66 instituições

Bancos públicos 12
Bancos privados 54
Fonte: “Banco Central de la República Argentina”
Risco-País
(Período: 10/12/2014 – 09/02/2015)
Risco-País Pontos Data

Básicos
Máximo 984 10/12/2014
Mínimo 560 30/07/2014
Foto: Brand X Pictures/ Thinkstock
Porto Ushuaia, Argentina

III - COMÉRCIO EXTERIOR

1. Evolução recente: considerações gerais
A Argentina obteve, em 2002, um superávit comercial recorde de US$ 17,2

bilhões, consequência direta da forte queda das importações devido à
retração da demanda doméstica, resultado da grave crise econômica que
culminou em 2002.

A retomada no crescimento da economia argentina entre 2003 e 2008 levou
a novo ciclo de crescimento das importações em relação às exportações,
(com exceção de 2006 e 2008) e a um constante declínio do valor do saldo
comercial. Outro fator importante a ser destacado no período foi o alto índice
de uso da capacidade industrial instalada.

Em 2009, tanto as exportações como as importações diminuíram (-20% e
-32%, respectivamente), devido, fundamentalmente, à pronunciada queda
do comércio a nível internacional (-12% segundo a OMC) resultado da crise
financeira mundial.
Durante o biênio 2010/2011, o país voltou a registrar uma aceleração

no crescimento das importações com consequente redução do saldo na
balança comercial. Em 2012, no entanto, registrou-se uma reversão dessa
tendência, com uma diminuição mais pronunciada das compras externas,
que coincidiu com a instauração do regime de Declaração Juramentada
Antecipada de Importação (DJAI)13.
13 As DJAIs foram estabelecidas por meio da Resolução 3252, de 10/01/2012.

Comércio Exterior da Argentina

(bilhões de dólares)
Ano Exportações Importações Saldo
2002 25,650 8,473 17,177

2003 29,939 13,134 16,805
2004 34,365 21,185 13,180
2005 40,352 28,689 11,663
2006 46,456 34,151 12,306
2007 55,780 44,707 11,073
2008 70,021 57,423 12,598
2009 55,750 38,771 16,979
2010 68,500 56,443 12,057
2011 84,269 73,922 10,347
2012 80,927 68,508 12,419
2013 83,026 74,002 9,024
2014* 33,972 32,932 1,040
No primeiro semestre de 2014, os cinco principais produtos exportados

foram: resíduos sólidos da extração de óleo de soja, soja, óleo de soja,
milho e veículos automóveis para transporte de mercadoria. Por sua parte,
os principais cinco itens importados foram: outros óleos de petróleo, gás
natural liquefeito, automóveis com motores entre 1.500 e 3.000 cilindradas,
gás natural em estado gasoso e componentes de telefone.
2. Origem e destino
Exportações
O MERCOSUL continua a ser o principal mercado de destino das

exportações argentinas (US$ 21,395 bilhões, em 2013), com uma

participação no total da pauta de exportações de 26%. No primeiro semestre
de 2014, o MERCOSUL respondeu por US$ 9,023 bilhões das exportações
argentinas, com participação total de 26,5% na pauta de exportações.
Em 2013, os embarques direcionados ao Brasil, principal mercado de

destino das vendas externas argentinas, representaram 84% do total das
exportações ao bloco. No primeiro semestre de 2014, a participação
brasileira representou 76,% das exportações ao bloco.
Principais países de destino das exportações

Países 2014 2013 2012 Variação %

(jan/jun) (2013/2012)
Brasil 6,905 17,895 16,495 8
China 2,608 6,358 5,336 19
EUA 2,031 3,811 3,925 -3
Chile 1,406 4,160 5,067 -18
Venezuela 875 2,434 2,226 9
Outros países 20,147 48,368 47878 1
Total 33,972 83,026 80,927 3
Importações
O MERCOSUL é, também, o principal mercado de origem das importações

argentinas. Em 2013, as compras originárias do Mercado Comum do Sul
alcançaram US$ 20,523 bilhões (28% do total das aquisições externas).
No primeiro semestre de 2014, as importações vindas dos países do
MERCOSUL totalizaram US$ 7,953 bilhões, representando 24,1% do total
importado pela Argentina.

No âmbito do MERCOSUL, 95% das importações argentinas tiveram o

Brasil como país de origem no ano de 2013. China e EUA ocuparam,
respectivamente, o segundo e terceiro lugares. No primeiro semestre de
2014, as importações provenientes do Brasil responderam por 94,4%
daquelas originárias de países do MERCOSUL. China e Estados Unidos
mantiveram sua posição.
Principais países de origem das importações

Países 2014 2013 2012 Variação %

(jan/jun) (2013/2012)
Brasil 7,509 19,449 18,035 8
China 5,252 11,391 9,984 14
EUA 4,284 7,672 7,388 4
Alemanha 1,702 3,800 3,258 16
México 869 2,079 1,967 6
Outros países 13,317 29,611 27,878 6

Total 32,933 74,002 68,508 8
3. Composição segundo produtos
Exportações
O quadro a seguir indica a composição das vendas externas argentinas

de acordo com, o valor das exportações por grandes setores no biênio
2013/2012.

Exportações: Grandes Setores

(Em bilhões de dólares)
Variação
Setores 2013 2012
%
Produtos primários 19,302 19,050 1
Manufaturas de origem agropecuária
30,059 27,474 9
(MOA)
Manufaturas de origem industrial
28,413 27,520 3
(MOI)
Combustíveis e energia 5,252 6,883 -24
Total 83,026 80,927 3
As manufaturas de origem industrial representaram 36% do total da pauta de

exportações em 2013, seguidas por manufaturas de origem agropecuárias
(34%), produtos primários (23%) e combustíveis e energia (6%).
Importações
A composição das compras externas caracteriza-se pela importante

participação de produtos industrializados. A seguir, apresenta-se o valor das
importações argentinas, segundo o uso econômico dos produtos:

Importações: Uso Econômico

Variação Part. %
Uso Econômico 2013 2012
% (2013)
Bens de capital 12,767 11,810 8 17
Bens intermediários 19,573 19,994 -2 26
Combustíveis e
11,415 8,267 23 15
lubrificantes
Peças e acessórios
15,419 14,461 7 21
para bens de capital
Bens de consumo 7,508 7,292 3 10
Veículos automóveis 7,096 5,384 32 10
Outros produtos 225 301 -25 0,3
Total 74,003 68,508 8 100

IV – RELAÇÕES ECONÔMICAS BRASIL-ARGENTINA

1. Intercâmbio comercial bilateral
Desde a assinatura do Tratado de Assunção, em 1991, o comércio entre o

Brasil e a Argentina tem apresentado notável expansão. No período de 1991
até 2013, o comércio bilateral aumentou 1.069, 5%, passando de 3,085
bilhões para 36,078 bilhões. Em 2014, o volume total registrou expressiva
queda de 21,2%, atingindo 28,425 bilhões.
Conforme dados estatísticos fornecidos pelo INDEC14, desde o ano de 1994

e até 2003 o intercâmbio comercial bilateral foi deficitário para o Brasil,
situação que se reverteu em 2004, período a partir do qual a balança
comercial bilateral começou a apresentar superávits comerciais para o Brasil.
Puerto Madero, Buenos Aires
14 “Instituto Nacional de Estadísticas e Censos”

Evolução recente
Intercâmbio Comercial
2014 2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007
Brasil – Argentina
A) Exportações FOB
14,282 19,615 17,998 22,709 18,523 12,785 17,601 14,417
(bilhões de US$)
Variação (%) em
-27,2 9,0 -20,7 22,6 44,9 -27,4 22,1 22,8
relação ao ano anterior
Participação (%) no
total das exportações 6,3 8,1 7,4 8,9 9,2 8,4 8,9 9,0
brasileiras
B) Importações FOB
14,143 16,463 16,444 16,906 14,426 11,281 13,257 10,410
(em bilhões de US$)
Variação (%) em
-14,1 0,1 -2,7 17,1 27,9 -14,9 27,3 29,3
relação ao ano anterior
Participação (%) no
total das importações 6,2 6,8 7,4 7,6 7,9 8,8 7,7 8,6
brasileiras
Saldo Comercial (A - B) 139 3,152 1,554 5,803 4,097 1,504 4,344 4,007
Volume de Comércio
28,425 36,078 34,442 39,615 32,949 24,066 30,858 24,827
(A + B)

2. Composição do comércio Brasil – Argentina
Analisando os dez principais itens da pauta de exportações brasileiras

durante 2014, destaca-se a elevada presença de produtos incluídos
no regime automotivo (Acordo de Alcance Parcial de Complementação
Econômica Nº 14 - ACE 14)
Valor U$S FOB

Produto (2014)
(milhões)
Automóveis de passageiros 2.623
Partes e pecas para veículos automóveis e tratores 1.389
Minérios de ferro e seus concentrados 937
Veículos de carga 703
Polímeros de etileno 312
Pneumáticos 284
Tratores 283
Óxido e hidróxido de alumínio 257
Motores de explosão 254
Óleos de petróleo 154
Demais produtos 7.086
Total 14.282
A pauta de importação brasileira da Argentina apresenta mais concentrada,

sendo que os produtos incluídos no regime automotivo, os cereais e os
combustíveis representaram mais da metade do valor total importado em
2014.

Produto (2014) Valor U$S FOB

(milhões)
Veículos de carga 2.723
Partes e peças para veículos automotores e tratores 750
Trigo em grãos 530
Óleos de petróleo 485
Polímeros de etileno 334
Malte 287
Preparações para barbear e desodorantes 261
Motores a diesel ou a semidiesel 238
Inseticidas, herbicidas e fungicidas 226
Demais produtos 5.366
Total 14.143
3. Investimentos bilaterais
Investimentos brasileiros na Argentina
A Argentina é uma opção natural para empresas brasileiras interessadas em

dar os primeiros passos em seu processo de internacionalização. Fatores
como proximidade geográfica, dimensão do mercado interno, existência do
MERCOSUL, proximidade linguística e cultural – além das considerações de
ordem econômica - contribuem para essa decisão.
O Brasil figura atualmente como um dos países com maior volume de

investimentos externos diretos no mercado argentino. De acordo com
estimativas, o estoque de IED realizado por empresas brasileiras no período
1997-2014 seria de cerca de US$ 17,6 bilhões, entre novos projetos, fusões
e aquisições, reinvestimentos e ampliações. 15
15 O Banco Central da República Argentina registra um estoque de IED brasileiro na

O SECOM tem registrado a presença de 129 empresas ou grupos de capital

brasileiro instalados na Argentina. No entanto, este número provavelmente
não reflete a totalidade da presença empresarial brasileira neste País. O
SECOM em Buenos Aires tem, com frequência, incluído novas empresas
nesses registros cujas atividades na Argentina eram desconhecidas até o
momento.
Estoque de investimentos brasileiros na Argentina

% por setor (1997/2014)
Indústria em
Construção Siderurgia
geral
0,55% 7,04%
27,99%
Frigoríficos/
Alimentos
4%
Agropecuário
0,61%
Serviço
6,89%
Petróleo e
Mineração Comércio
Gás
16,64% 0,21%
32,91%
A maior parte desses investimentos foi realizada a partir de 2002 – no que

constituiu a “segunda onda” de chegada de IED brasileiro ao país vizinho.
Empresas brasileiras adquiriram ativos de firmas argentinas em dificuldades,
- a exemplo da Petrobras, que comprou, em 2002, a PECOM Energia; do
Grupo Perez Companc (à época a maior companhia petrolífera privada da
Argentina de US$ 7,9 bilhões (período 2005/2013). As estimativas do SECOM Buenos Aires
baseiam-se em anúncios, fatos relevantes e outras informações sobre investimentos divul-
gadas pela mídia ou obtidas pela Embaixada junto às empresas.

América do Sul); e da Ambev, que O percentual de IED brasileiro na

deu início, naquele mesmo ano, ao Argentina no setor secundário é
processo de aquisição da cervejaria igualmente expressivo (39,03%),
Quilmes, marca líder do mercado estando presente nos setores
local. siderúrgico, automotivo, de cimento,
têxtil, calçadista, de alimentos e
A diversidade do IED brasileiro na bebidas, de plásticos, no setor
Argentina pode ser mensurada por eletroeletrônico, agroindustrial,
ordem de volume de investimentos entre outros. Destacam-se os
pelas seguintes empresas: investimentos do Grupo Camargo
Petrobras Argentina (PESA); Vale; Corrêa (cimento, têxteis e calçados),
AMBEV; Grupo Camargo Corrêa da Gerdau (SIPAR), Votorantin, JBS
(Loma Negra CIASA, Alpargatas, e Marfrig, AMAGGI, Vicunha, das
Tavex Argentina/Santista, Ferrosur empresas Marcopolo e Randon,
Roca, Construcciones y Comercio entre outros.
Camargo Corrêa); Banco do Brasil
(Banco Patagonia); Gerdau; Brasil No setor terciário, vale destacar
Foods S.A.; Braskem (Odebrecht); a presença da Gol e dos bancos
Grupo JBS-Friboi; Grupo Itaúsa Bradesco, Itaú, BTG Pactual e Banco
(Banco Itaú); Grupo Votorantim do Brasil (Banco Patagônia). Este
(ACERBRAG); Grupo Contax; último adquiriu, em 2010, 51% da
Grupo Marfrig; Natura Cosméticos; participação acionária do Banco
Santana Têxteis; Klabin; Vulcabrás; Patagônia, um dos maiores bancos
Coteminas; Tigre; Magnesita; privados da Argentina, com agências
Marcopolo; Randon; Vicunha; em todo o país. Em 2011, essa
Bradesco, Grupo Moura; Weg; participação foi aumentada para
Grupo Dass; Agrale; Plascar; Grupo 58,7%.
Verdi, Cotia Trading, Grupo AMAGGI,
Localiza; etc. Em 2014, foram anunciados
novos investimentos nos setores
O setor primário concentra o maior alimentício (Grupos Friboi e Marfrig),
volume de IED brasileiro (50,16%), automotivo (Marcopolo), gráfico
liderado pela PESA, com investimentos (Baumgarten), energético (Aruanã
da ordem de US$ 6 bilhões. Energia), cosmético (Natura), de

componentes de segurança para SECOM o estoque estimado

veículos (PST Eletrônica) e financeiro de investimentos argentinos
(Banco do Brasil). no Brasil (1997-2014) seria de
aproximadamente US$ 8,43 bilhões.
É importante registrar, ainda, a
presença na Argentina das principais 4. Principais acordos econômicos
empresas construtoras brasileiras, com o Brasil
como Camargo Correa, Odebrecht,
OAS, Andrade Gutierrez e Queiroz No marco da Associação Latino-
Galvão, contratadas para a realização americana de Integração (ALADI),
de diversas obras de infraestrutura Argentina e Brasil assinaram, em
no país, frequentemente, com dezembro de 1990, o Acordo (de
financiamento do BNDES. Alcance Parcial) de Complementação
Econômica Nº 14 (ACE Nº14).
Investimentos argentinos no Brasil O Acordo visava, entre outros
objetivos, a facilitar a criação
Os investimentos argentinos no das condições necessárias
Brasil têm crescido de forma para o estabelecimento de um
expressiva em anos recentes, mercado comum entre ambos os
destacando-se aqueles realizados países. Posteriormente, a partir
no setor siderúrgico pela Techint da conformação do MERCOSUL17
(aquisição, entre 2011 e 2014, (ACE Nº 18), O ACE 14 passou a
de participação acionária na administrar, quase exclusivamente, e
Usiminas16). Além da Techint, vale por meio de sucessivos protocolos
destacar o Grupo Eurnekian que, adicionais, o regime automotivo
em 2014, adquiriu uma participação bilateral inicialmente incluído
de 33,02% na empresa Six como anexo VIII do Acordo de
Semicondutores. Complementação Econômica Nº 14.
De acordo com estimativas do
16 Em 2014, Techint-Ternium passou

a controlar 37,83% das ações ordinárias da 17 O Tratado de Assunção foi assina-
Usiminas. do no mês de março de 1991

5. Linha de crédito de bancos capital, associado a planos de

brasileiros: investimentos apresentados ao
BNDES.
O Banco Nacional de • BNDES Automático:
Desenvolvimento (BNDES) oferece Financiamento, por intermédio
os seguintes produtos e programas de instituições financeiras
que podem ser usados no apoio à credenciadas, a projetos de
exportação e à inserção internacional investimento, cujos valores de
das empresas brasileiras: financiamento sejam inferiores
ou iguais a R$ 20 milhões.
• BNDES Exim: Financiamento Esse valor também representa o
à produção de bens e de máximo que cada cliente pode
serviços brasileiros destinados à financiar a cada período de 12
exportação e à comercialização meses, contados a partir da data
destes itens no exterior. de homologação da operação
• BNDES Finem: Financiamento, de pelo BNDES.
valor superior a R$ 10 milhões, • O produto BNDES Automático
a projetos de implantação, divide-se em linhas de
expansão e modernização de financiamento, com condições
empreendimentos. A atuação financeiras específicas, de
do BNDES, no âmbito do acordo com o porte ou a
Finem, para apoio à inserção atividade econômica.
internacional é realizada por
meio das seguintes linhas de Programas
financiamento:
- Apoio à internacionalização Atualmente, estão em vigor os
de empresas; seguintes programas direcionados à
- Apoio à formação de capital exportação de bens e serviços e/ou
de giro ou de investimento de à internacionalização de empresas:
empresas de capital nacional
no mercado internacional; • BNDES Pró-Aeronáutica –
- Aquisição de bens de capital; Exportação: Financiamento à
e produção de bens e serviços
- Apoio à aquisição de bens de destinados à exportação, por

parte de MPMEs integrantes da

cadeia produtiva da indústria
aeronáutica brasileira, nas fases
pré-embarque e pós-embarque.
• BNDES Profarma – Exportação:
Financiamento à exportação Foto: iStockphoto/ Thinkstock
de bens e serviços nacionais,

inseridos no complexo industrial
da saúde, nas fases pré-
embarque e pós-embarque.
• BNDES Proplástico -
Fortalecimento das Empresas:
Apoio à internacionalização de
empresas de capital nacional da
cadeia produtiva do plástico.
• BNDES Prosoft – Exportação:
Financiamento à exportação
de software e de serviços de
TI nacionais, nas fases pré-
embarque e pós-embarque.
• BNDES PSI - Exportação Pré-
embarque: Financiamento, na
fase pré-embarque, à produção
de bens de capital destinados à
exportação. Congresso Nacional, Buenos Aires, Argentina
• BNDES Revitaliza: Financiamento

à revitalização de empresas
brasileiras que atuam em
setores afetados negativamente
pela conjuntura econômica
internacional, apoiando,
inclusive, a maior inserção de
bens e de serviços brasileiros no
mercado internacional.

6. Matriz de oportunidades: principais produtos importados
Argentina: principais produtos importados
Produto Valor U$S FOB

(2013) (milhões)
Gás natural 4.829
Óleo diesel 3.856
Autopeças 1.416
Circuitos impressos com componentes eletrônicos
ou elétricos montados 1.167
Partes de aparelhos das posições 8527 ou 852818 772
Minérios de ferro aglomerados 531
Tratores 530
Aviões 497
Motores 434
Fonte: Infojust/INDEC
18 NCM 8527: Aparelhos receptores para radiodifusão, mesmo combinados, num

mesmo gabinete ou invólucro, com aparelho de gravação ou de reprodução de som, ou
com relógio. NCM 8528: Monitores e projetores, que não incorporem aparelho receptor de
televisão, mesmo que incorporem um aparelho receptor de radiodifusão ou um aparelho de
gravação ou de reprodução de som ou de imagens.

V - ACESSO AO MERCADO
Muitas das regras de acesso ao e sacarose quimicamente pura, em
mercado argentino seguem os estado sólido:
padrões previstos nas normas 1701.11.00 – De cana
do MERCOSUL. No entanto, 1701.12.00 - De beterraba
algumas dessas regras, tais como 1701.91.00 - Adicionados de
procedimentos aduaneiros e regras aromatizantes ou de corantes
fitossanitárias, estão regulamentadas 1701.99.00 - Outros
por legislação própria do país.
É o seguinte o regime tarifário do
1. Sistema tarifário açúcar:
Tributação de importações Os quatro itens tarifários da

NCM estão taxados com 18% de
De modo geral, sobre a importação imposto de importação. O Decreto
definitiva de produtos incidem os 2275/1994 estabeleceu, no artigo
seguintes impostos: 11, um imposto de importação de
20% para esses produtos de origem,
-- Imposto de Importação (Direito quer intrazona, quer extrazona.
de Importação Ad Valorem) Posteriormente, a Resolução
457/1999 concedeu uma preferência
Quando procedentes de países percentual de 10% para os produtos
do MERCOSUL, os produtos de origem MERCOSUL que, aplicada
estão isentos do imposto. As aos 20% de imposto, resulta numa
mercadorias de origem brasileira preferência de dois pontos, ou seja,
que não se beneficiam do tratamento uma alíquota residual de 18%.
MERCOSUL (alíquota 0% do imposto
de importação) são as incluídas Além disso, os produtos estão
no regime tarifário do açúcar, taxados com imposto de importação
classificadas com os seguintes adicional, chamado “direito móvel”,
códigos NCM: calculado sobre a diferença entre
um preço-guia base e um preço de
Açúcares de cana ou de beterraba comparação. O preço-guia calcula-

se com base na média mensal dos A alíquota é de 0,50% e não pode

8 últimos anos do preço da tonelada ultrapassar o montante máximo de
de açúcar branco, em dólares, no US$ 500,00 (Decretos 389/1995,
mercado de Londres. O preço de 108/1999 e 690/2002).
comparação é fixado pela Diretoria
Geral de Alfândegas (DGA) com Estão isentos do pagamento da taxa
base na cotação do açúcar branco de estatística (Decreto 690/2002,
disponível na Bolsa de Londres artigo 26º):
(Contrato Nº 5) do último dia de
mercado do mês imediatamente a) Os produtos importados
anterior à data de apresentação destinados à reprodução animal
do despacho de importação junto ou vegetal compreendidos nos
a DGA. Quando a diferença entre capítulos 1, 3, 6, 7, 10 e 12 da NCM,
ambos os preços constitua um submetidos à alíquota de 0% da TEC;
crédito em favor do importador b) Os combustíveis classificados no
(preço guia-base inferior ao preço capítulo 27 da NCM, submetidos à
de comparação), um montante de alíquota de 0% da TEC;
até 50% desse crédito poderá ser c) Os produtos importados incluídos
aplicado ao pagamento do imposto na Regra de Tributação para
de importação. Produtos do Setor Aeronáutico e nas
Notas de Tributação do Capítulo 48
Normativa: Decretos 797/1992 e da NCM, submetidos à alíquota de
2275/1994, Resoluções 457/1999 e 0% da TEC, mencionados no Decreto
743/2000. Lei 25.715 690/2002, Anexo I;
d) As mercadorias importadas
Base de Imposição do Imposto de classificadas nas partidas 4901 e
Importação: Valor Aduaneiro. 4902 da NCM;
e) Os bens de capital (BK),
-- Taxa de Estatística informática e telecomunicações
(BIT) novos e sem uso, de acordo o
A taxa de estatística aplica-se mencionado no artigo 2º do Decreto
unicamente a produtos de origem 690/2002; e
extrazona (não incide sobre os f) As mercadorias novas e sem
produtos de origem MERCOSUL). uso, classificadas com os códigos

NCM 8431.49.10, 8431.49.20, elaboradas ou cozidas; mel de

8708.50.11 e 8708.50.19 abelha a granel; grãos (cereais
(Resolução 835/2001, artigo e oleaginosas, excluído o arroz)
6º) e 8479.81.10, 8479.81.90 e legumes secos (feijão, ervilha
e 8607.19.11 (ver Resolução e lentilha); farinha de trigo (NCM
763/2001, artigo 6º). 1101); pão, biscoitos e produtos de
padaria e/ou pastelaria elaborados
Também, encontram-se isentos do exclusivamente com farinha de trigo,
pagamento desta taxa os produtos sem embalar previamente para sua
originárias do Chile (Resolução comercialização, compreendidos
232/1996), da Bolívia (Resolução nos artigos 726, 727, 755, 757, e
270/1997), do Peru (AAP.CE Nº 58, 760 do Código Alimentar Argentino;
artigo 6º) e de Colômbia, Equador couro bovino fresco ou salgado,
e Venezuela (AAP.CE Nº 59, artigo seco, tratado pela cal ou conservado
51º). de outro modo, não curtido nem
apergaminhado, nem preparado de
Base de Imposição: Valor Aduaneiro. outro modo, mesmo depilado ou
dividido, incluído em determinados
-- Imposto sobre o Valor Agregado códigos NCM;
(IVA) b) Bens de capital conforme
a extensa relação de códigos
Alíquota geral: 21% NCM listados nos anexos
Alíquota reduzida: 10,5%. Beneficia a dos itens “e” e “f” do artigo 28º do
importação definitiva dos seguintes Decreto 280/1997 (esses anexos
produtos: foram substituídos pelo anexo do
a) Setor agropecuário: Decreto 820/2007 e pelo anexo
animais vivos da espécie bovina, XII do Decreto 509/2007,
ovina, camelídea e caprina; carnes respectivamente);
e despojos comestíveis dos animais c) Jornais, revistas e
mencionados no item anterior, publicações periódicas;
frescos, refrigerados ou congelados, d) Propano, butano e gás
não elaboradas ou cozidas; frutas, liquefeito de petróleo;
legumes e hortaliças frescos, e) Fertilizantes químicos para
refrigerados ou congelados, não uso agrícola; e

f) Obras de arte (Decreto eximidas do pagamento de imposto

279/1997). de importação; e
h) bens doados aos governos
Estão isentas do imposto as federal, estadual e municipal e seus
importações de: respectivos órgãos.
a) livros, folhetos e impressos Base de imposição: Valor Aduaneiro

similares; + Impostos de Importação e Taxas.
b) selos de correio e fiscais, papel
timbrado e papel moeda, títulos de Normativa: Leis 23.349, 24.468,
ações ou similares, excluídos os 24.631 e 24.958. Decreto 692/98 e
talões de cheques; modificações.
c) selos e apólices, bilhetes para
sorteios oficiais ou autorizados, -- Regimes de Percepção (IVA
selos de entidades de bem público Adicional e Adiantamento do
e determinados ingressos para imposto de renda):
espetáculos teatrais;
d) ouro em moedas ou barras A A.F.I.P. (“Administración Federal
de 999/1000 de pureza, que de Ingresos Públicos”), por meio
comercializem as entidades oficiais da sanção da Resolução Geral
ou os bancos autorizados; 3373/2012 (publicada no boletim
e) moedas metálicas (incluídas as oficial de 24/08/2012), estabeleceu
de materiais preciosos) de curso a duplicação das alíquotas de
legal no país de emissão ou cotação dois impostos de importação
oficial; [Adiantamento do imposto de
f) aeronaves para o transporte de renda e IVA adicional (ambos os
passageiros e/ou cargas, bem como regimes de percepção criados pelas
as utilizadas na defesa e segurança, Resoluções Gerais 2281/2007 e
neste último caso incluídas as partes 2937/2010, respectivamente)],
e componentes, e embarcações, que entrou em vigor a partir do dia
também incluídas as partes e peças, 10/09/2012.
quando o comprador seja o Estado
nacional ou órgãos governamentais; A Resolução Geral 3373/2012,
g) amostras e encomendas quando ao proceder à revogação do

“Certificado de Validación de Datos de Importadores” (C.V.D.I., Resolução

Geral 2238/2007), elevou, de 10% para 20% (IVA adicional) e de 3% para 6%
(Adiantamento do imposto de renda), as alíquotas desses impostos.
--- IVA adicional:
Ex-ante a sanção da Resolução Geral 3373/2012 Alíquota

Importadores com C.V.D.I 10%
Importadores sem C.V.D.I. 20%
Pessoas que não possam demonstrar sua condição de isentos 12,70%
Produtos destinados ao consumo próprio da empresa (bens de
uso) e para uso ou consumo particular do importador (pessoa 0%
física)
Ex-post a sanção da Resolução Geral 3373/2012 Alíquota

Todos os importadores 20%
Produtos destinados ao consumo próprio da empresa (bens de 0%
uso) e para uso ou consumo particular do importador (pessoa
física)
Estão isentas do pagamento do IVA adicional operações de importação

definitiva de:
a) produtos destinados ao consumo próprio da empresa (bens de uso) e

para uso ou consumo particular do importador;
b) gás natural (Resolução 2103/2006, Artigo 1º, item 1);
c) animais da espécie bovina, unicamente para importadores cadastrados
como “Responsable Inscripto IVA”; e
d) insumos, partes ou peças destinadas unicamente ao conserto ou à
construção de embarcações, somente para importadores cadastrados
como “Responsable Inscripto IVA” e cuja atividade seja o conserto ou
construção de embarcações (Resolução 1748/2004).

Base de imposição: Valor Aduaneiro + Impostos de Importação e Taxas.
--- Adiantamento do imposto de renda do importador:
Ex-ante a sanção da Resolução Geral 3373/2012 Alíquota

Importadores com C.V.D.I (bens para comercializar) 3%
Importadores sem C.V.D.I. (bens para comercializar) 6%
Bens de uso ou consumo particular do importador (pessoa física
11%
com ou sem C.V.D.I.)
Bens de uso: 0% 0%
Produtos destinados ao consumo próprio da empresa (bens de
uso) e para uso ou consumo particular do importador (pessoa 0%
física)
Ex-post a sanção da Resolução Geral 3373/2012 Alíquota

Bens para comercializar 6%
Bens de uso ou consumo particular do importador (pessoa
11%
física)
Bens de uso 0%
Observação: A Resolução 2.465/2008, de 30/06/2008, determina que, nas

operações de importação para consumo, cujo valor FOB unitário declarado
seja inferior a 95% do valor critério, a alíquota para o calculo do imposto
de renda será de 11% para as mercadorias destinadas ao uso ou consumo
particular do importador (pessoa física) e de 7% para as outras operações
(Vide item 9. “Valores critério de caráter precatório”, infra).
Estão isentas do pagamento do Adiantamento de Imposto de Renda a

reimportação definitiva de mercadorias previamente exportadas para
consumo (Artigo 566 e seguintes do Código Aduaneiro) e as operações de
importação definitiva:

a) de animais da espécie bovina, desde 01/05/2013).

unicamente para importadores
cadastrados como Exceções:
“Responsable Inscripto IVA”, titular e a) importações de bens de
responsável jurídico-econômico do uso e de mercadorias destinadas
estabelecimento de abate; ao consumo ou uso particular do
b) de obras de arte (Decreto importador;
267/1997); b) operações de importação
c) realizadas por prestadores realizadas por contribuintes do
de serviços postais (couriers), imposto cadastrados na Província de
cadastrados no Registro Nacional Mendoza que tributam 3%; e
de Prestadores de Serviços c) operações de importação
Postais perante a Diretoria Geral de realizadas por contribuintes locais
Alfândegas. do imposto na Província de Buenos
Aires que tributam uma alíquota de
Base de imposição: Valor Aduaneiro 3% [para contribuintes cadastrados
+ Impostos de Importação e Taxas. no “Convenio Multilateral” do
imposto a alíquota continua a ser de
Normativa: Resolução 2281/2007. 2,5% (Resolução ARBA 17/2013)].
-- Adiantamento do Imposto Base de imposição: Valor Aduaneiro

sobre os “Ingresos Brutos” do + Impostos de Importação e Taxas.
importador:
-- Impostos Internos:
Atinge as operações de importação
de produtos para fins de revenda, Alíquota diferencial segundo o tipo
realizadas por contribuintes do de produto.
imposto cadastrados nas respectivas
jurisdições provinciais (Resolução No caso dos produtos importados, o
8/2006). imposto deve ser pago no momento
do desembaraço alfandegário junto
Alíquota Geral 2,5% (alíquota com as outras tarifas de importação.
modificada, de 1,5% para 2,5%, pela
Resolução Geral 3/2013. Em vigor Grava cigarros, charutos, fumo;

bebidas alcoólicas e não alcoólicas, Normativa: Lei 25.745 (estabelece as

xaropes, extratos e concentrados; alíquotas do imposto). A Resolução
automotores, motociclos e motores; 2250/2007 complementada pela
serviços de telefonia celular e Resolução 2272/2007, determina
satelital; objetos suntuários, fornos a relação de produtos e seus
a micro-ondas, aparelhos de som, correspondentes códigos NCM
gravação e reprodução de vídeos gravados pelo imposto.
e de televisão, embarcações de
recreio, de esportes e aeronaves, -- Produtos Oriundos de Zonas
e desde a vigência da Lei 26539, Francas:
de 23/11/2009, telefones celulares,
ares-condicionados, GPS e A Decisão do Conselho do
monitores. Mercado Comum Nº 8/1994, de
05/08/1994, estabelece que os
Base de imposição: Estados-Parte deverão aplicar a
(VA + II + Est) x TE x 1,3 / 100 Tarifa Externa Comum ou, nos casos
excepcionados, a tarifa nacional
VA: Valor Aduaneiro vigente, às mercadorias provenientes
II: Imposto de Importação de zonas francas comerciais,
Est: Taxa de estatística zonas francas industriais, zonas de
TE: Taxa efetiva. processamento de exportações e
áreas aduaneiras especiais.
Normativa: Lei 24674 (consultar o
“texto actualizado” no site www. Nos termos do acordo assinado no
infoleg.gov.ar) e Lei 26539. dia 17 de dezembro de 1994, no
âmbito do MERCOSUL, aplicável
-- Imposto sobre os combustíveis apenas ao comércio bilateral
líquidos e o gás natural: argentino-brasileiro, os bens
efetivamente produzidos na Zona
Valor fixo em moeda nacional (pesos Franca de Manaus e na “Área
argentinos) por litro, conforme o Aduanera Especial de Tierra del
produto. Os produtos importados Fuego” gozam de isenção da Tarifa
pagam o imposto no momento do Externa Comum.
despacho alfandegário. O texto legal, na íntegra, da Decisão

do CMC Nº 8/1994 pode ser NCM com redução de 50% na

consultado no site www.mercosur.int alíquota do IVA (o Anexo XI foi
substituído pelo Anexo do Decreto
-- Nova versão do Sistema 820/2007, publicado no
Harmonizado (Decreto 100/2012): “Boletín Oficial” de 29/06/2007).
O Decreto 100/2012, publicado no 2. Regulamentação das atividades

“Boletín Oficial” de 31/01/2012, de comércio exterior
incorpora, à legislação argentina,
a nova versão (quinta emenda) do Normas administrativas:
Sistema Harmonizado de Designação
e de Codificação de Mercadorias -- Declaração Juramentada
(SH). Antecipada de Importação (DJAI):
A mencionada norma legal também A Resolução AFIP 3252/2012

substitui e atualiza, dentre outros, os (10/01/2012), em vigor desde
seguintes anexos: o dia 1º de fevereiro de 2012,
determina que o importador deverá
- Anexo II (Decreto 509/200719 e gerar, diretamente no site da
normas complementares): Lista de “Administración Federal de Ingresos
Exceções à TEC; Públicos” (www.afip.gob.ar), uma
- Anexo IV: Relação de Bens de “Declaración Jurada Anticipada de
Capital (BK) com Direitos de Importación (DJAI)”, para todas as
Importação Extra-zona (D.I.E.) de operações de importação definitivas
0%; e para consumo, com antecedência à
- Anexos XI e XII: Relação de códigos emissão da nota de pedido, ordem
de compra ou documento similar
utilizado para confirmar a compra no
19 A Resolução 476/2008, que
incorpora à legislação argentina a Decisão exterior.
37/2007 do Conselho Mercado Comum,
modifica, a partir de 16/10/2008, os níveis As informações inseridas nas DJAI
da TEC aplicados na importação de tecidos, serão remitidas pela AFIP para os
confecções e calcados, relacionadas no organismos competentes que optem
Anexo I do Decreto 509/2007.
por aderir ao sistema. A Secretaria

de Comercio Interior, que aderiu externos, residentes na Argentina,

ao sistema mediante a Resolução cujos contratos resultem iguais ou
1/2012 (13/01/2012), estabeleceu superiores a USD 100 mil ou bem
em quinze dias úteis o prazo para quando o montante de cada cota-
máximo validar as DJAI. parte seja igual ou superior a USD 10
mil, deverão inserir as informações
Posteriormente, a AFIP, por meio da requeridas no site da AFIP.
Resolução 3255/2012 (23/01/2012),
que complementa a Resolução De igual forma que nas DJAI,
3252/2012, estabeleceu como os organismos governamentais
“Ventanilla Única Electrónica” o competentes poderão aderir ao
regime de DJAI, a fim de gerar sistema que começou a vigorar
uma ferramenta informática que desde o dia 1º de abril de 2012. Os
possibilite a transferência das serviços compreendidos no regime
informações relativas às operações de DJAS são relacionados no Anexo
de importação entre todos os da Resolução 3276/2012.
organismos governamentais que
se incorporem ao regime de DJAI. Finalmente, a fim de estabelecer
Nessa norma, a AFIP, ademais novos procedimentos de
de aprovar as pautas para a controle físico e de valor das
administração das DJAI, determinou operações de importação, a AFIF
o prazo máximo de dez dias para que estabeleceu a formação de Equipes
os organismos aderentes possam Multidisciplinares de Verificação,
transmitir as observações eletrônicas Valoração e Inspeção de Controle
que correspondam segundo suas (EMVIC) de mercadorias em zona
competências. primária aduaneira (Resolução
3304/2012, de 29/03/2012).
Por meio da Resolução 3276/2012
(09/02/2012) a AFIP incorpora Essas equipes, que funcionarão
ao sistema de “Ventanilla nas divisões de verificação das
Única Electrónica” o regime de alfândegas de Buenos Aires e Ezeiza,
“Declaración Jurada Anticipada bem como nas aduanas do interior
de Servicios (DJAS)” mediante o do País que determine a Diretoria
qual os prestadores de serviços Geral de Alfândegas, selecionarão

os produtos a serem controlados em complementada pelas Resoluções

função de: 1907/2005 e 2730/2009,
estabeleceu Valores Critério de
exame integral das DJAI; Caráter Precatório 20.
antecedentes de preços de
mercadorias similares; Quando o valor FOB declarado for
análise sobre possíveis mudanças menor ao valor critério, o importador
nas classificações tarifárias; deverá constituir uma garantia
perfis de riscos gerados pela pela diferença entre as tarifas e os
“Subdiretoria peral de Controle impostos pagos e o valor das tarifas
Aduaneiro”; e dados adicionais e dos impostos resultante da nova
necessários para o controle do valor base de imposição determinada pela
declarado. Diretoria Geral de Alfândegas.
Previamente ao desembaraço Desde a sanção da Resolução

aduaneiro das mercadorias, as 2133/2006, de 02/10/2006, que
equipes realizarão a extração de regulamenta o Decreto 779/2006,
amostras para submetê-las à análise o cálculo do valor da garantia a
do Instituto Técnico de Exame de constituir também deverá incluir as
Mercadorias (ITEM), prazo durante o eventuais diferenças no pagamento
qual o despacho ficará suspendido. do IVA e do Adicional do IVA. Esses
Numa primeira etapa, em vigor

20 A Nota Externa 57/2007, comple-
desde 30/03/2012, os controles mentada pela Nota Externa 60/2007 e pela
serão aplicados às mercadorias Circular 15/2011, determinam que nas ope-
transportadas em contêineres. rações de importação de produtos originá-
rios de países integrantes do GR4 (Coréia do
-- Valores Critério de Caráter Norte, Coréia do Sul, China, Filipinas, Hong
Kong, Índia, Indonésia, Malásia, Paquistão,
Precatório: Taiwan, Tailândia, Singapura e Vietnã) cujos
preços declarados sejam inferiores aos
A fim de solucionar o problema da valores critérios, o importador deverá apre-
evasão fiscal e combater as práticas sentar, perante a Diretoria Geral de Alfânde-
de subfaturamento na importação, gas e com anterioridade ao desembaraço
alfandegário, a fatura comercial visada pelo
a Resolução 1661/2004, Consulado Argentino correspondente.

impostos serão os únicos itens a

serem incluídos a fim de determinar 11% para importações definitivas de
o montante da garantia a constituir produtos destinados ao uso ou ao
para os produtos originários do consumo particular do importador; e
MERCOSUL. 7% para as outras operações de
importação
A Resolução 2461/2008, de
12/06/2008, determina que, nas A partir da vigência da Resolução
operações de importação para 2730/2009, sugere-se consultar,
consumo cujo valor FOB unitário no site www.infoleg.gov.ar,
declarado seja inferior a 95% do as atualizações/modificações
valor critério, a Diretoria Geral de introduzidas à mencionada norma a
Alfândegas somente aceitará como fim de determinar os novos produtos
garantia os seguintes instrumentos: incluídos e/ou excluídos no regime.
depósito em moeda, aval bancário
ou títulos da dívida pública. -- “Sistemas de Asientos de
Alerta”:
A Nota Externa 91/2008 estabelece a
relação de produtos, códigos NCM e A Resolução 2216/2007 institui,
grupos de países de origem afetados no âmbito da Diretoria Geral de
(GR). Alfândegas, o “Sistema de Asientos
de Alertas”, com a finalidade
A Nota Externa 92/2008 determina de aprofundar a luta contra a
novos valores critério para falsificação de marcas de fábrica ou
determinados produtos classificados comércio. Nesse sistema, poder-
nos códigos NCM 6115. se-ão cadastrar, gratuitamente, os
donos de marcas ou direitos de
A Resolução 2465/2008, de autor e direitos conexos que terão
30/6/2008, determina que, nas a possibilidade de presenciar o ato
operações de importação para de verificação física da mercadoria
consumo cujo valor FOB unitário importada.
declarado seja inferior a 95% do
valor critério, a alíquota para o As Notas Externas Nº 19/2007,
calculo do imposto de renda será de: 21/2007 e 40/2007 determinam

os procedimentos operativos possam afetar a saúde humana,

e relacionam os códigos NCM atingindo as importações de:
compreendidos no sistema.
- drogas, produtos químicos,
-- Alfândegas Especializadas: reativos, fórmulas farmacêuticas,
medicamentos, elementos de
A fim de favorecer a especialização diagnóstico, materiais e tecnologias
no controle aduaneiro, a médicas, produtos de higiene, de
Resolução 1924/2005 estabelece cosmética humana, drogas e
o procedimento de despacho matérias-primas que os integrem
de determinadas mercadorias (fiscalização realizada pelo
importadas para consumo por meio Instituto Nacional de Medicamentos -
de Alfândegas Especializadas. INAME, subordinado à ANMAT);
- alimentos acondicionados para a
A Resolução 3/2010, que venda direta ao público, incluindo
substitui às Resoluções 26/2008 insumos específicos, aditivos,
e 36/2008, complementada pela corantes, adoçantes e ingredientes
Resolução 76/2010, estabelece utilizados na alimentação
a relação de códigos NCM e as humana, como também dos
alfândegas por meio das quais se produtos de uso doméstico e dos
deverão despachar as respectivas materiais em contato com os
mercadorias. alimentos (fiscalização realizada pelo
Instituto Nacional de Alimentos –
-- Controles Adicionais e Regras INAL, subordinado à ANMAT).
Fitossanitárias:
Para poder comercializar produtos
--- “Administración Nacional alimentícios, o estabelecimento
de Medicamentos, Alimentos y elaborador, distribuidor ou
Tecnología Médica – ANMAT” importador na Argentina deve
(www.anmat.gov.ar) ter o Registro Nacional de
Estabelecimento (R.N.E.) atualizado
O organismo intervém na fiscalização no INAL para, posteriormente,
e no controle da sanidade e da tramitar o R.N.P.A. (Registro Nacional
qualidade de todos os produtos que de Produto Alimentício) de cada

produto. Posição 2204 da NCM.
--- “Servicio Nacional de Sanidad y --- Requisitos essenciais de

Calidad Agroalimentaria – SENASA” segurança para artefatos,
(www.senasa.gov.ar) equipamentos e recipientes a gás
Órgão responsável pela fiscalização A Resolução 676/1999

e pela certificação dos produtos e (complementada pelas seguintes
dos subprodutos de origem animal normas: Disposições 1090/1999 e
e vegetal, de insumos e de resíduos 178/2002; Resoluções 261/2000,
agroquímicos, e pela prevenção, 101/2001 e 55/2005; Nota Externa
pela erradicação e pelo controle de 22/2006 e 12/2007) determina os
enfermidades animais, incluindo requisitos essenciais de segurança
as transmissíveis ao homem, e que deverão cumprir os artefatos,
das pragas vegetais que afetam a equipamentos e recipientes a gás,
produção agropecuária do país. relacionados no Anexo I dessa
norma, a fim de permitir sua
A Diretoria Geral de Alfândegas comercialização no país.
exige autorização prévia do SENASA
a fim de permitir a importação de O importador deverá fazer certificar
produtos, de subprodutos e de ou exigir a certificação, segundo
derivados de origem animal não corresponda, dos requisitos
acondicionados para a venda direta essenciais de segurança mediante
ao público e de matérias primas e uma certificação de produto por
de produtos alimentares de origem marca de conformidade, outorgada
vegetal não acondicionados para a por um organismo de certificação
venda direta ao público. autorizado pelo “Ente Nacional
de Regulador del Gas” e/ou a
--- “Instituto Nacional de “Secretaría de Energía”, reconhecido
Vitivinicultura” – INV (www.inv.gov. pela “Dirección Nacional de
ar) Comercio Interior” dependente da
“Secretaría de Industria, Comercio y
Intervém na importação de produtos de la Pequeña y Mediana Empresa”.
vinícolas, classificados com a --- Requisitos Essenciais de

Segurança Para Equipamentos

Elétricos de Baixa Tensão O IRAM celebrou convênios de
reconhecimento mútuo com a
Os requisitos essenciais de Associação Brasileira de Normas
segurança que devem cumprir os Técnicas - ABNT (www.abnt.org.br)
equipamentos elétricos de baixa e a União Certificadora da Indústria
tensão para sua comercialização, Elétrica e Eletrônica - UCIEE (www.
bem como os procedimentos uciee.org.br).
e os prazos para homologação
e certificação de produtos, são --- Requisitos Essenciais de
estabelecidos pela Resolução Segurança para Produtos de Aço
92/1998.
A Resolução 404/1999 determina
A Disposição 613/2003 determina a que somente poderão ser
relação de produtos cujos requisitos importados ou comercializados
essenciais de segurança serão na Argentina os produtos de aço
verificados, no momento do ingresso utilizados nas estruturas de concreto
ao país, pela Diretoria Geral de e nas estruturas metálicas de
Alfândegas. construção que cumpram com os
requisitos essenciais de segurança
Sobre a emissão de certificados, mencionados no Anexo II dessa
vide o acordo Bureau Veritas norma.
Argentina S.A./Bureau Veritas Quality
International-Brasil (Disposicão A Resolução 924/1999 e
568/2000). complementares estabelecem
a relação de produtos, e seus
Os requisitos de segurança correspondentes códigos NCM,
consideram-se plenamente atingidos pela Resolução 404/1999.
assegurados se são satisfeitas as
exigências estabelecidas nas normas --- Resíduos e Desperdícios
IRAM do Instituto Argentino de Perigosos
Normalização (www.iram.org.ar) ou
IEC aplicáveis correspondentes ao A Lei 24.051 proíbe o ingresso ao
equipamento elétrico considerado. país de todo tipo de resíduos e de

desperdícios perigosos mencionados perante a Diretoria Geral de

na Lei. Alfândegas (DGA), o formulário
“Declaración Jurada de Importación
--- Promoção Mineira de Instrumentos de Medición”.
No caso em que o importador
A Resolução 18/2001 relaciona possua aprovação de modelo
os produtos compreendidos no dos instrumentos de medição
regime de promoção mineira, Lei regulamentados (códigos NCM
24.196. O artigo 21º da Lei isenta de relacionadas no Anexo III “B”da
pagamento de direitos de importação Resolução 1585/2003), deverá
e de taxa de estatística a importação apresentar, perante a DGA, cópia
de bens de capital, equipamentos autenticada pelo seu despachante
especiais e partes de tais bens aduaneiro da Disposição de
e insumos necessários para a aprovação de modelo.
atividade mineira feita por empresas
cadastradas como beneficiárias do --- Autoridad Regulatoria Nuclear -
regime de promoção. ARN (www.arn.gov.ar)
--- Sistema Métrico Legal Argentino A Resolução 1946/2005 determina

– SIMELA que, para permitir a importação dos
elementos e materiais nucleares
Todo aparelho ou elemento utilizado relacionados no Anexo I da
para contar ou determinar valores mencionada norma, o importador
de qualquer magnitude deve ser deverá obter uma autorização prévia
aprovado e submetido à verificação emitida pela “Autoridad Regulatoria
prévia da “Oficina Nacional de Nuclear (ARN)”.
Metrologia Legal”, na qual deverá
cadastrar-se o importador do No caso das mercadorias
produto. relacionadas no Anexo II da
mencionada Resolução, o produto
A Resolução 268/1998, modificada a importar deverá conter material
pelas Resoluções 1425/2003 radioativo.
e 1585/2003, determina que o
importador deverá apresentar, --- Registro Nacional de Armas –

RENAR (www.renar.gov.ar) das mercadorias importadas,

exportadas ou em trânsito.
A importação de armas, munições e
demais materiais classificados como A Resolução 314/2006, de
de guerra ou de uso civil encontra- 20/06/2006, aprova o formulário
se sujeita às disposições da Lei de Declaração Jurada Embalagens
20.429 e sua regulamentação. Toda de Madeira, Madeira de Suporte
importação com fins comerciais e Acomodação. O mencionado
requererá a autorização prévia do formulário deve ser preenchido e
RENAR, e o importador deverá apresentado, perante o SENASA,
estar cadastrado no Registro de pelo importador ou seu despachante
Importadores de Armas do RENAR. aduaneiro.
A Resolução 1892/2005, que --- Pilhas e baterias

modifica a Resolução 3115/1994,
relaciona os produtos, e seus A Lei 26.184 proíbe a fabricação,
correspondentes códigos NCM, a montagem e a importação de
submetidos à intervenção prévia do pilhas e de baterias primárias,
RENAR. de forma cilíndrica ou de prisma,
comuns de carvão zinco e alcalinas
--- Embalagens de Madeira de manganês, cujo conteúdo de
mercúrio, de cádmio e de chumbo
A Resolução 685/2005 de 13/09/05, ultrapasse 0,0005% em peso de
que complementa a Resolução mercúrio, 0,015% em peso de
19/2002, determinou a adoção pela cádmio e 0,200% em peso de
Argentina da Norma Internacional chumbo.
para Medidas Fitossanitárias NIMF
Nº 15 de 03/2002 da Convenção Requisitos adicionais:
Internacional de Proteção
Fitossanitária da Food and Agriculture Dever-se-á indicar, no corpo de cada
Organization (FAO) para todas as pilha, a data de validade (mês e ano);
embalagens de madeira, bem como As pilhas deverão estar protegidas
para a madeira de suporte e de por uma blindagem hermética; e
acomodação utilizada no comércio As pilhas e baterias deverão cumprir

com os requisitos de duração de Complementação Econômica

mínimos, segundo normas IRAM Nº 14 subscrito entre a República
ou internacionais “International Argentina e a República Federativa
Electrotechnical Comission (IEC)” do Brasil (para efeito exclusivo
ou “American National Standards do comércio bilateral argentino-
Institute (ANSI)”. brasileiro), em abril de 2006, tem
por objeto estabelecer medidas que
Os importadores deverão certificar contribuam à adaptação competitiva,
que as pilhas e as baterias primárias, à integração produtiva e à expansão
de forma cilíndrica ou de prisma, equilibrada e dinâmica do comércio
comuns de carvão zinco e alcalinas quando as importações de um
de manganês não ultrapassam os determinado produto originário de
limites acima mencionados e cumprir um Estado-Parte possam registrar
com os requisitos adicionais. A um aumento substancial, em um
Resolução 14/2007 determina os período de tempo relevante, de
procedimentos a serem cumpridos a forma tal que causem um dano ou
fim de obter essa certificação. uma ameaça de dano importante à
indústria doméstica de um produto
Normativa: Lei 26.184 e Resoluções similar ou diretamente concorrente
14/2007, 2/2007 e 484/2007. do outro Estado-Parte.
Observação: os textos das normas Essas medidas compreendem

legais, na íntegra, mencionadas no um Mecanismo de Adaptação
estudo, bem como suas atualizações Competitiva (MAC), o qual será
e modificações, podem ser articulado a um Programa de
consultados no site de informação Adaptação Competitiva (PAC) da
legislativa (INFOLEG) do Ministério indústria doméstica.
da Economia e Finanças: www. O MAC terá por objetivo reparar
infoleg.gov.ar o dano importante ou prevenir
a ameaça de dano importante à
Mecanismo de Adaptação indústria doméstica causado pelo
Competitiva (MAC): mencionado aumento substancial
das importações. O PAC será
O 34º Protocolo Adicional ao Acordo adotado com o objetivo de contribuir

para a adaptação competitiva e para b) quotas tarifárias de

a integração produtiva da indústria importação com preferência plena; e
doméstica. c) outras ações e medidas
para eliminar ou reduzir os efeitos
Etapa I - Consulta entre Setores negativos do mencionado
Privados: aumento de importações.
Para tomar a decisão de iniciar esta Etapa II - Aplicação do MAC:

etapa, a Autoridade Nacional (AN) do
Estado Importador deverá receber No caso de as partes envolvidas
e analisar uma petição apresentada não chegarem a uma solução
pela indústria doméstica que enfrenta consensuada, a AN do Estado
um aumento das importações Importador poderá adotar um
de bens originários do Estado Mecanismo de Adaptação
Exportador, conforme as condições Competitiva (MAC), consistente em:
gerais estabelecidas no Artigo 1º do
Protocolo. a) uma quota tarifária anual
com preferência plena para as
A Comissão de Monitoramento do exportações do produto
Comércio Bilateral, uma vez recebida considerado do outro Estado;
a petição, convida os representantes b) uma tarifa para as
da indústria doméstica do Estado exportações do produto considerado
Importador e os representantes das do outro Estado que superem o
empresas do Estado Exportador a nível da quota tarifária anual igual à
celebrar consultas. Tarifa Externa Comum com uma
preferência de 10%.
As partes na consulta terão um
prazo máximo de 30 dias corridos O nível da quota tarifária anual deverá
(prorrogáveis por outros 30 dias) ser estabelecido no contexto do nível
para acordar a adoção de, pelo de importações do período de 36
menos, uma das seguintes medidas: meses anteriores à data de abertura
da investigação.
a) acordos de integração
produtiva; O MAC terá uma duração de até 3

anos e só poderá ser prorrogada competitiva e a integração produtiva

por um novo período de 1 ano se da mencionada indústria
for comprovada a subsistência das doméstica (promoção comercial,
condições que deram origem à apoio financeiro, programas de
aplicação da medida e em função design, de promoção científico-
dos progressos realizados na tecnológica);
implementação do PAC. c) os compromissos
do setor privado do Estado
O Programa de Adaptação Importador sobre investimentos,
Competitiva deverá ser elaborado desenvolvimento científico-
em conjunto pelos setores público tecnológico, reorganização produtiva
e privado dos Estados Importador e e outros, inclusive metas,
Exportador. No caso em que não se quando for o caso, sobre produção,
alcance um acordo sobre o PAC, o produtividade, vendas internas,
Estado Importador estabelecerá suas treinamento de empregados, entre
características, inclusive no que se outros indicadores que se estimem
refere aos compromissos que dele necessários.
fazem parte.
O texto do AAP. CE Nº 14, 34º
O PAC deverá incluir, entre outros Protocolo Adicional, na íntegra, pode
elementos: ser consultado no site www.aladi.org
a) a inclusão da mencionada Sistema Informático MARIA (S.I.M.)

indústria doméstica nos Foros de
Competitividade MERCOSUL No Sistema Informático MARIA
ou, na sua falta, nos foros ou nos – S.I.M. - (similar ao SISCOMEX
programas nacionais de no Brasil) são registradas
competitividade correspondentes; as informações relativas à
b) os compromissos do documentação que ampara as
Governo do Estado Importador a operações de comércio exterior.
respeito do uso dos
instrumentos disponíveis, dentro Funcionamento do S.I.M. nas
do alcance de suas competências, operações de importação:
para auxiliar à adaptação

Os usuários do sistema (geralmente importação exigidos para permitir

os despachantes aduaneiros) a liberação alfandegária da
declaram tipo, valor, quantidade, mercadoria). O sistema emite a
marcas, origem, procedência e autorização de saída, e o produto já
posição tarifária das mercadorias está pronto para ser liberado.
a serem importadas, tipo de Canal Laranja: A Diretoria Geral
transporte, dados do importador, de Alfândegas (D.G.A.) submete
exportador, agente de transporte ao controle a documentação
aduaneiro, despachante aduaneiro e complementar. Sempre que
o tipo de operação. Uma vez avaliada os documentos se encontrem
a informação inserida no sistema, em conformidade, é emitida a
o S.I.M. determina a liquidação das autorização de saída, e o produto já
tarifas e dos impostos que gravam está pronto para ser liberado.
a importação do produto. Quando Canal Vermelho: A Diretoria Geral
os dados inseridos no sistema de Alfândegas (D.G.A.) submete
são oficializados pelo usuário, ao controle a documentação de
previamente (ao) pagamento dos embarque e realiza a verificação
impostos de importação, o sistema física da mercadoria. Sempre que
emite o Documento Único Aduaneiro os documentos e a verificação física
(D.U.A.), formulário utilizado para se encontrem em conformidade, é
todas as operações de comércio emitida a autorização de saída, e
exterior inseridas no S.I.M. o produto já está pronto para ser
liberado.
Posteriormente o sistema estabelece
o circuito administrativo (canais Canal Vermelho Valor com
de seletividade) para o despacho Constituição de Garantia:
da importação. Apresentam-se as Estabelecido pela Resolução Geral
seguintes alternativas: 1907/2005, em substituição do
canal roxo (“morado”), quando o
Canal Verde: O despachante valor FOB declarado seja menor ao
aduaneiro apresenta, perante a valor critério de caráter precatório
Diretoria Geral de Alfândegas (vide item 9 infra) estabelecidos pela
(D.G.A.), a documentação Administração Federal de Ingressos
complementar (documentos de Públicos (A.F.I.P.) e, por regra geral,

nos casos de observações nos Programa de Consulta de Operações

valores declarados das mercadorias. de Câmbio de Moeda Estrangeira
O importador deverá constituir uma mediante o qual as entidades
garantia pela diferença entre as financeiras deverão consultar e
tarifas e os impostos pagos e o valor registrar, no site da AFIP (www.afip.
das tarifas e dos impostos resultante gov.ar), todas as operações de venda
da nova base de imposição de moeda estrangeira.
determinada pela Diretoria Geral de
Alfândegas. O potencial adquirente de moeda
estrangeira (pessoa física ou
A classificação das mercadorias no jurídica) poderá consultar também
sistema apresenta, ademais dos oito no mencionado site, e com caráter
dígitos utilizados para individualizar prévio à realização da compra, a
cada produto na Nomenclatura avaliação sistemática que realizará a
Comum do MERCOSUL (NCM), o AFIP.
acréscimo de três números e de uma
letra que correspondem aos sufixos Em ambos os casos, a AFIP
de valor e estatística. procederá a avaliar os dados
inseridos no sistema e emitirá uma
A Resolução 563/1999 determina das seguintes respostas:
que cada operador deva pagar US$
10 por cada operação de comércio Validado: os dados inseridos
exterior inserida no S.I.M. ultrapassaram os controles. O
sistema designa um número de
Regime cambial operação; e
Com inconsistências: a
A “Administración Federal de informação inserida no sistema
Ingresos Públicos” (AFIP) não foi autorizada. Nesse caso, o
estabeleceu, por meio da Resolução interessado deverá apresentar-se na
3210/2011, de 31/10/2011 AFIP a fim de regularizar a situação
(complementada pela Resolução que motivou a denegação da compra
3212/2011, de 08/11/2011 de moeda estrangeira.
e modificada pela Resolução
3356/2012, de 03/08/2012), o Sistema de Pagamento em Moeda

Local (SML): - Não é um mecanismo de cobertura

de risco cambiário.
A Decisão 25/2007 do Conselho do
Mercado Comum, de 28/06/2007, 3. Documentação e formalidades:
criou um sistema de pagamento em
moeda local para o comércio entre Desembaraço alfandegário:
os Países Membros do MERCOSUL.
- Prazos de despacho e
O Sistema começou a ser operado, armazenagem:
conjuntamente, pelos Bancos
Centrais do Brasil (BCB) e da A retirada das mercadorias
Argentina (BCRA) no dia 3 de despachadas para consumo deve
outubro de 2008. Mediante o SML cumprir os seguintes prazos,
os exportadores e os importadores conforme o meio de transporte
de ambos os países podem realizar correspondente:
suas operações de comércio exterior
em Reais e Pesos, sem necessidade Via aquática: 5 dias contados a
de utilizar dólares no intercâmbio partir do dia seguinte ao início da
bilateral. descarga;
Via terrestre: até o dia seguinte à
O SML aplica-se, inicialmente, às chegada do meio de transporte; e
operações (até 360 dias) relativas Via aérea: dentro das 24 horas
ao comércio de bens, incluídos os seguintes à sua chegada.
serviços e as despesas relacionadas,
previstos na condição de venda O Decreto 1508/2007,
pactuada, tais como frete e seguro. complementado pela Resolução
2420/2008, estabelece um prazo de
Caraterísticas principais do SML: 3 meses (mercadorias transportadas
por via marítima e fluvial) ou de 1
- É um mecanismo optativo e mês (produtos transportados por via
complementar dos sistemas de terrestre e aérea) para a permanência
pagamentos atuais; de mercadorias em depósito
- É um sistema de compensação e alfandegado sob o Regime de
de transferência de valores; e “Destinación Suspensiva de Depósito

de Almacenamiento”. Os prazos Fax: (54-11) 4331-2053

de permanência da mercadora no E-mail: administracion@cda.org.ar
depósito poderão ser prorrogados Site: www.cda.org.ar
por uma única vez e com caráter
excepcional, após prévia autorização Outros documentos e
da Diretoria Geral de Alfândegas. procedimentos:
- Intervenção do despachante No embarque, o exportador

aduaneiro: brasileiro deve providenciar toda
a documentação exigida, que
A intervenção de despachante normalmente é composta de:
aduaneiro devidamente cadastrado
é necessária para a realização - Fatura comercial;
dos trâmites do desembaraço - Romaneio (Packing list);
alfandegário, não obstante seja - Conhecimento de embarque;
possível prescindir da intervenção - Certificado de origem MERCOSUL;
do despachante aduaneiro quando o - Outros certificados (quando
importador ou exportador (pessoa aplicáveis).
de existência visível) realize a
operação pessoalmente junto à 4. Regimes aduaneiros especiais
alfândega (Artigo 37º da Lei 22.415,
substituído pelo Artigo 8º da Lei Regime simplificado opcional de
25.063). importação definitiva:
Para contratar despachantes O Decreto 161/1999,

aduaneiros, sugere-se o contato complementado pela Resolução
com o “Centro de Despachantes de 503/1999, estabelece o Regime
Aduana”: Simplificado Opcional de Importação
“Centro de Despachantes de Definitiva. Os requisitos para acessar
Aduana” o regime são os seguintes:
Defensa 302
C1091AAH – Ciudad de Buenos os usuários do regime deverão estar
Aires cadastrados como importadores e
Tel.: (54-11) 4331-2338 exportadores junto à Diretoria Geral

de Alfândega; Regime de Courier:
o valor FOB de cada operação não A Resolução 2436/1996, modificada

pode ser superior a US$ 3.000; e pela Resolução 1811/2005, permite
não são permitidas mais de quatro a utilização do serviço de courier
operações mensais por importador. para a importação e a exportação
de produtos sempre que sejam
As mercadorias devem ser novas cumpridos os seguintes requisitos:
e sem uso, não estar sujeitas a
proibições, quotas ou intervenções o valor FOB do produto a importar e/
de outros organismos e não estar ou exportar não pode ser superior a
incluídas em regimes promocionais US$ 1.000 e 50 kg.; e
que outorguem benefícios ou as mercadorias não devem estar
isenções tributárias. sujeitas a proibições, quotas ou
intervenções de outros organismos.
Tributação: Imposto único à alíquota
de 50%. Finalmente, a AFIP, por meio da
Resolução Geral 3253/2012,
Isenções: Pagamento da taxa de complementada pela Resolução
registro no “Sistema Informático Geral 3686/2014, cria o Sistema
Maria” – SIM (Resolução CUSE (prestador de serviços postais/
563/1999) couriers seguros) cuja adesão é de
caráter voluntário.
Para as mercadorias originárias e
procedentes do MERCOSUL e das Os prestadores CUSE cadastrados
Repúblicas de Chile e Bolívia, será no sistema poderão realizar
aplicado o tratamento tributário operações de importação e de
previsto nos AAPCE Nº 18, 35 e 36, exportação de mercadorias de forma
respectivamente, sempre que seja simplificada conforme as condições
apresentado o Certificado de Origem especiais determinadas nessa
correspondente. Resolução Geral.
Normativa: Resoluções 2436/1996,

1811/2005, 2021/2006 e

2237/2007, 2570/2009, 3253/2012 de frete e seguro, de 10% do valor

e 3686/2014. Nota Externa 79/2007. FOB da remessa.
Regime de amostras: As amostras estão sujeitas a

verificação obrigatória, e sua
O Código Aduaneiro Argentino propriedade ou posse não pode
considera amostras os objetos ser transferida com ônus, salvo
representativos de uma categoria autorização expressa, pelo prazo de
determinada de mercadoria já 18 meses.
produzida, destinados a exibições
ou demonstrações para concretizar Regime para material promocional
futuras operações comerciais, e
os objetos que sejam modelos A Resolução 2345/2007 incorpora
de mercadorias cuja produção se à legislação argentina a Resolução
projeta, sempre que, em ambos, os 121/1996 do Grupo Mercado
casos as quantidades não excedam Comum (GMC), que isenta do
o usual para esses fins. pagamento de tributos incidentes
sobre a importação de material
A importação de amostras encontra- promocional destinado a consumo
se isenta do pagamento de impostos ou a distribuição gratuita em recintos
sempre que o valor aduaneiro da de congressos, de seminários, de
mercadoria não ultrapasse US$ 100 feiras ou de exposições no âmbito
(Decreto 1001/1982, artigo 81). do MERCOSUL. A regulamentação
entende como material promocional:
Quando a natureza, a quantidade
ou a qualidade não permitirem a) folhetos, panfletos,
considerar a amostra sem valor catálogos, revistas, cartazes, guias,
comercial, a autoridade alfandegária fotografias, mapas ilustrados e
poderá exigir sua inutilização a fim outros materiais gráficos similares;
de impedir sua comercialização. b) filmes, slides, fitas de
vídeo, disquetes e semelhantes,
As amostras transportadas por via contendo materiais de caráter
aérea terão seu valor de alfândega promocional;
determinado pelo acréscimo, a título c) outras mercadorias a

serem distribuídas gratuitamente, http://www.afip.gov.ar/formularios/

com caraterísticas adequadas colocando 2182, na opção
para sua divulgação comercial, “número”.
sempre que seu valor FOB total não Finalmente, a norma legal antes
exceda o limite de US$ 5.000, por mencionada determina que a
beneficiário. alfândega de saída somente
autorizará a operação de egresso
A Resolução 121/1996 do GMC, do material promocional quando
no Artigo 10º, determina que os verifique que o beneficiário do
equipamentos e os aparelhos regime se encontra domiciliado ou
necessários para a utilização do estabelecido no país e demonstre ser
material promocional mencionado participante do evento.
no item b) precedente, sempre
que acompanhem esse material, Para cumprir com o último requisito,
serão considerados em admissão geralmente os organizadores de
temporária sem exigência de feiras e de exposições emitem uma
constituição de garantia e de outras Certidão de Expositor. Sugere-se
formalidades aduaneiras, devendo ao expositor brasileiro tramitar esse
retornar ao país de origem uma vez documento ou similar, com a devida
finalizado o evento. antecedência. Também, sugere-se
consultar a Instrução Normativa SRF
O Anexo II da Resolução 2345/2007 010/2000, que incorpora à legislação
estabelece as disposições operativas brasileira a Resolução 121/1996
a serem cumpridas pelo beneficiário do GMC, e preencher o formulário
do regime (o expositor) e aprova Declaração Aduaneira de Material
a utilização do formulário OM- Promocional (Anexo I). Para baixar
2182/A - “Declaración Aduanera de esse formulário, deverá acessar o
Material Promocional”, que deverá seguinte site: www.receita.fazenda.
ser preenchido por quadruplicado. gov.br/Legislacao/ins/Ant2001/2000/
Uma das cópias do formulário in0102000.htm
deverá ser carimbada pela autoridade
da alfândega de saída do material - Isenção do pagamento do IVA nas
promocional. O formulário OM- locações de espaços para participar
2182/A pode ser baixado do site em congressos, feiras e exposições:

As Resoluções Conjuntas 2223 definitiva, o produto resultante do

e 223/2007 determinam que, beneficiamento industrial dentro do
conforme estabelecido na “Ley prazo de 360 dias contados a partir
de Impuesto al Valor Agregado da data da liberação alfandegária
(IVA)”, Artigo 7º, ficam isentas da mercadoria. O prazo original
do pagamento do IVA as locações pode ser prorrogado (somente
de espaços, contratadas por por uma única vez, e o novo prazo
residentes estrangeiros, para concedido não poderá ultrapassar
participar em congressos, em feiras o original, conforme estabelecido
e em exposições. Essa isenção pela Resolução Conjunta 238 e
será mantida na medida em que a 397/2010), sempre que os motivos
legislação vigente no país de origem demonstrados pelo usuário do
do expositor ofereça uma adequada regime justifiquem o adiamento.
reciprocidade.
Os produtos importados pelo
A Resolução 527/2009 (que substitui regime encontram-se isentos do
à Res. 1050/2007)-, relaciona os pagamento dos impostos que
países que cumprem com o requisito gravam a importação definitiva,
de reciprocidade, entre os quais se os quais deverão ser afiançados
encontra o Brasil. pelo importador por meio da
apresentação de uma garantia junto
Regime para importação a Diretoria Geral de Alfândegas.
temporária Vale destacar que a Resolução
2147/2006 estabelece que não
- Regime de importação temporária se aplica o Regime de Origem
para aperfeiçoamento industrial MERCOSUL para determinar o
valor da garantia a constituir pelo
O Decreto 1330/2004, importador bem como para a
regulamentado pela Resolução eventual nacionalização dos insumos
2147/2006, estabelece as importados temporariamente.
condições para a importação de
mercadorias destinadas a receber Outro aspecto importante do Decreto
um aperfeiçoamento industrial com 1330/2004 (complementado
a obrigação de exportar, de forma pela Nota Externa 58/2008) é

a possibilidade de realizar uma Posteriormente, a Decisão 20/2009

importação para reposição de do CMC volta a prorrogar a vigência
estoque de mercadoria idêntica e dos regimes até 31/12/2016.
da mesma origem da previamente
importada de forma definitiva. A Normativa: Decretos 1330/2004 e
condição principal para acessar 1622/2007; Resoluções 2147/2006
esse benefício é que a mercadoria e 110/2008; Disposições 28/2006,
haja recebido um aperfeiçoamento 392/2006 e 5/2008. Decisão CMC
industrial e haja sido exportada 20/2009.
dentro dos 360 dias. A importação
da mercadoria para reposição de Observação: O Decreto 1330/2004
estoque deverá realizar-se dentro do revoga a Resolução 72/1992 e o
prazo de 180 dias contados desde Decreto 1439/1996.
a data da exportação da mercadoria
previamente importada de forma - Regime de importação temporária
definitiva. para participação em feiras e
exposições:
A Resolução 392/2006 estabelece
os requisitos que deverão observar Para permitir o ingresso de
os usuários do regime especial de máquinas e equipamentos a
importação temporária que realizem serem expostos em feiras e em
processos de fracionamento de exposições, o expositor (empresa
mercadorias. brasileira) necessitará contar,
obrigatoriamente, com uma firma
A Decisão 32/2003 do Conselho na Argentina (geralmente, utilizam-
do Mercado Comum (Regimes se os serviços de um despachante
Especiais de Importação) prorroga aduaneiro) devidamente cadastrada
até 31 de dezembro de 2010 a como importador/exportador junto
possibilidade de utilizar os regimes à Diretoria Geral de Alfândegas
de “drawback” e admissão (D.G.A.), responsável pela tramitação
temporária para o comércio da Importação Temporária e pela
intrazona (a Decisão 32/2003 foi apresentação de uma garantia que
incorporada à legislação argentina deverá cobrir o valor dos impostos
pela da Resolução 750/2004). aduaneiros.

A apresentação da garantia é Por tal motivo, as empresas

requisito indispensável para brasileiras que decidirem trazer
que a D.G.A. permita o ingresso máquinas e equipamentos sob o
temporário dos bens de capital a regime de admissão temporária para
serem expostos. A garantia bancária participar em feiras e em exposições
pode ser substituída pelo seguro deverão certificar-se de que o
de caução, que é o instrumento importador/despachante aduaneiro
usualmente utilizado para garantir interveniente possa, efetivamente,
operações de comércio exterior. Para responder pela contratação do
emitir uma apólice de seguro de seguro de caução, ou seja, possua
caução, as seguradoras argentinas limite de crédito suficiente junto
avaliam a capacidade financeira do às seguradoras para cobrir o valor
importador/despachante aduaneiro da garantia exigida para o bem
a fim de que possa responder pelo a ser admitido temporariamente.
valor do seguro contratado. Devido à dificuldade de obtenção
de uma garantia bancária, a melhor
alternativa continua sendo o seguro
de caução contratado por meio do
importador/despachante aduaneiro.
Foto: Creatas Images/ Creatas/ Thinkstock
Rua lotada

VI - INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES
1. Infraestrutura interna novembro de 1991 pelas linhas de
transporte de carga e finalizadas em
Transporte rodoviário 1995 com o transporte urbano de
passageiros. Conta com cerca de 34
A rede rodoviária argentina mil km de ferrovias, com três bitolas
desenvolveu-se substancialmente diferentes, e liga Buenos Aires às
nos últimos anos. Buenos Aires principais regiões e cidades do país,
está ligada por via terrestre às entre elas os portos de Santa Fé, de
principais cidades e regiões do Rosário e de Bahía Blanca.
país. Várias rodovias nacionais são
administradas pela iniciativa privada, Quanto aos países limítrofes, a linha
remunerada por meio da concessão ferroviária Belgrano S.A. permite o
de pedágios. O transporte rodoviário transporte de carga com o Chile de
binacional, efetuado por empresas Socompa, na Provincia de Salta, até
brasileiras e argentinas21, realiza-se, Antofagasta, na Segunda Región do
principalmente, através da ponte Chile, e com a Bolívia, de La Quiaca
Uruguaiana-Paso de Los Libres. (Provincia de Jujuy) e Yacuiba
(Departamento de Tarija, Bolívia) até
O trafego diário no Terminal La Paz e Santa Cruz de La Sierra.
Rodoviário de Retiro, na Cidade de A linha ferroviária Mesopotámico
Buenos Aires, é de 2.000 ônibus possibilita o trânsito para o Uruguai
durante a alta temporada e de 1.400 (entre Concórdia e Salto), para o
na baixa. Brasil (entre Paso de los Libres e
Uruguaiana) e para o Paraguai (entre
Transporte ferroviário Posadas e Encarnación).
O sistema ferroviário foi privatizado Nos primeiros meses de 2008

em diversas etapas, iniciadas em o Governo argentino anunciou a
construção de um trem de alta
velocidade entre as cidades de
21 Pluma Conforto e Turismo (www. Buenos Aires, de Rosario e de
pluma.com.br) e Flecha Bus (www.flecha-
Córdoba e, numa segunda etapa,
bus.com.ar).

outro serviço de alta velocidade à construção de hidrovia que permita

entre Buenos Aires e Mar del Plata22 a navegação diurna e noturna,
. Novos projetos, sob análise, são durante todo o ano.
a reativação do serviço entre as
províncias de Buenos Aires e de 2. Infraestrutura para importação/
Mendoza e a melhoria da qualidade exportação
dos serviços urbanos e suburbanos
na Província de Buenos Aires. Transporte marítimo
Transporte fluvial O transporte marítimo movimenta

mais de 80% do volume total
A rede de hidrovias, composta pelos de cargas de importação e de
rios de la Plata, Paraná, Paraguay e exportação da Argentina. Com
Uruguay é utilizada principalmente um litoral marítimo de 4.000 km,
para o transporte de mercadorias a Argentina conta com portos
destinadas à região nordeste bem estruturados e áreas para
argentina e para o escoamento da armazenagem de carga. Os
produção agroindustrial por diversos principais portos marítimos são:
portos privados, nos quais estão Buenos Aires, Bahía Blanca, Mar
sendo realizados, com participação del Plata, Quequén-Necochea,
de empresas estrangeiras, Comodoro Rivadavia, Puerto
importantes investimentos em Deseado, Puerto Madryn e Ushuaia.
infraestrutura portuária, terminais O porto de Buenos Aires é o mais
de carga específica, terminais importante.
multimodais, etc. Os principais
portos fluviais são os de Zárate e Transporte aéreo
Campana. Os trabalhos de dragagem
e de balizamento já realizados nos O Aeroporto Internacional de
rios Paraná-Paraguay e os que estão Ezeiza, a cerca de 30 km do
sendo estudados conjuntamente centro de Buenos Aires, dispõe
pelos países da bacia do Prata visam de facilidades para movimentação
e para armazenagem de carga.
Inaugurado em 1949, é o terminal
22 Esses projetos ainda não foram
iniciados. aéreo internacional por excelência

da Republica Argentina, já começou a operar, no mercado de

que concentra 80% do tráfico voos domésticos, a linha aérea LAN
internacional do país. A companhia Argentina (do grupo chileno LAN). As
Aerolíneas Argentinas, privatizada companhias brasileiras TAM (LATAM
em 1990 e re-estatizada desde julho Airlines Group) e GOL mantêm voos
de 2008, realiza voos nacionais ligando diversas cidades brasileiras à
e internacionais, inclusive para o Argentina.
Brasil. A partir de junho de 2005

Gado na Argentina

VII - ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO
1. Canais de distribuição Principais canais de distribuição:

A seleção de um canal de
Considerações gerais: distribuição deve levar em
consideração diferentes fatores
A integração econômica no âmbito como:
do MERCOSUL possibilita o acesso
em condições mais favoráveis aos - objetivo da empresa;
mercados dos países integram - estrutura da empresa;
o Bloco. É importante que as - produto;
empresas que tenham como objetivo - serviço de pós-venda
o mercado intrazona o considerem - localização da empresa
não como alvo transitório ou distribuidora;
alternativo, mas como objetivo - cobertura regional ou
permanente e definitivo em seu nacional;
planejamento estratégico. - capital da empresa
distribuidora;
A permanência deve ser sustentada - exclusividade exigível;
pela imagem da empresa, refletindo - cadeia de logística; e
confiança no que se oferece ao - acesso ao mercado
importador, juntamente com consumidor
produtos de qualidade e continuidade
das vendas. Para ter acesso ao As importações argentinas
mercado argentino, as empresas processam-se por meio de diversos
brasileiras contam com diferentes agentes, dentre os quais se
canais de comercialização: destacam:
- direta; - Representante (agente de vendas)

- indireta;
- venda por catálogo; Remunerados na forma de
- Internet; e comissões sobre o preço FOB,
- Tele-Marketing procuram obter exclusividade para

os produtos que representem e não vendedores e por dependerem dos

costumam realizar importações varejistas.
diretas; buscam obter ordens
de compras a partir de visitas a - Varejistas
importadores com catálogos, listas
de preços e informações sobre É o último elo da cadeia de
novos produtos de exportação distribuição; mantêm contato com
disponíveis. os consumidores e, em algumas
ocasiões, importam diretamente
- Importadores os produtos, mas em volumes
pequenos.
Efetuam suas compras por meio de
contatos diretos com produtores e Canais recomendados às empresas
exportadores estrangeiros ou por brasileiras
intermédio de representantes (agente
de compra); costumam comercializar As empresas brasileiras podem
seus produtos por meio de incorporar-se ao processo produtivo
distribuidores, tanto atacadistas ou de distribuição por algum dos
quanto varejistas. seguintes canais:
- Distribuidores
Encontram-se vinculados ao
comércio atacadista; possuem
rede própria de vendedores, o que
possibilita a comercialização do
produto nas diversas regiões do país.
- Atacadistas
Possuem as mesmas características

de seus similares brasileiros;
diferenciam-se dos distribuidores
por não terem rede própria de

- Matérias primas:
-- Canal direto:
EXPORTADOR
IMPORTADOR
(USUÁRIO DIRETO DAS
MATÉRIAS PRIMAS)
-- Canal curto:
EXPORTADOR
AGENTE DE VENDA
IMPORTADOR
USUÁRIO
USUÁRIO

-- Canal longo:
EXPORTADOR
IMPORTADOR
DISTRIBUIDOR
NACIONAL
DISTRIBUIDOR DISTRIBUIDOR
DISTRIBUIDOR
LOCAL ou REGIONAL LOCAL ou REGIONAL LOCAL ou REGIONAL
USUÁRIO USUÁRIO USUÁRIO

- Produtos alimentícios:
EXPORTADOR
IMPORTADOR SUPERMERCADO
DISTRIBUIDOR
ATACADISTA
VAREJISTA VAREJISTA
CONSUMIDOR CONSUMIDOR CONSUMIDOR
CANAL CURTO CANAL LONGO CANAL DIRETO

- Bens de consumo duráveis:
EXPORTADOR
IMPORTADOR IMPORTADOR
ATACADISTA DISTRIBUIDOR
ATACADISTA
CONSUMIDOR
CONSUMIDOR
CANAL LONGO
CANAL CURTO

- Bens de capital:
EXPORTADOR
AGENTE DE VENDAS REPRESENTANTE REPRESENTANTE

IMPORTADOR IMPORTADOR
DISTRIBUIDOR
USUÁRIO USUÁRIO USUÁRIO
CANAL DIRETO CANAL CURTO CANAL LONGO

Outros canais de comercialização com vistas a realizar o lançamento

do produto em melhores condições
A fim de oferecer mais elementos nos mercados mais receptivos.
para a escolha dos canais de
comercialização que melhor se Redes de venda:
adaptem ao perfil de cada empresa,
vale mencionar outras modalidades. Também conhecida como
Destacam-se entre os canais “distribuição interativa” ou
alternativos: “marketing multinível”, essa
modalidade costuma oferecer
Venda direta - pessoal, por correio produtos ou serviços de qualidade
e telemarketing: e de aceitação em segmentos e
mercados exigentes.
Nesse método, o produtor, o
importador, o comerciante ou Ela se adapta bem a um novo padrão
o distribuidor busca alcançar de comercialização de produtos
diretamente o consumidor sem e de serviços, que pressupõe
a utilização dos intermediários maior interação entre empresas e
usuais na cadeia de distribuição. consumidores.
Para alcançar esse objetivo, as
empresas dispõem de diferentes Nesse sistema, o cliente tem a opção
modalidades, cada uma com suas de transformar-se em distribuidor do
particularidades, definidas em produto ou do serviço, o qual, por
função da natureza do produto ou do sua vez, também desenvolve níveis
serviço que se oferece. de novos clientes/distribuidores,
todos participando de lucros com
Assim, a empresa utilizará a o movimento dos produtos em
venda pelo correio para alguns questão.
produtos e mercados de destino e
outra modalidade (venda pessoal, Franquias:
catálogos e tele-marketing) para
outros produtos e serviços. Essas A empresa franqueadora e a
combinações também podem estar franqueada devem assumir em
pautadas por um plano de marketing

conjunto o trabalho com o objetivo utilizada na Argentina é a UTE

comum de desenvolver marca do (união transitória de empresas),
produto ou do serviço para aumentar regida pela Lei Nº 19.550 (“Ley
a receita. de Sociedades”). Uma sociedade
estrangeira poderá participar como
Nesse sentido, deve-se procurar integrante de uma UTE argentina
unificar a imagem em todos os sujeita ao cumprimento de registro
pontos de venda, eliminando a na “Inspección General de Justicia”.
concorrência entre elas. Dessa
forma, a franqueadora disporá de A UTE pode ser adotada apenas
maiores possibilidades de êxito, para associações temporárias tais
já que cada ponto de venda terá como desenvolvimento de obras ou
um sócio cuidando do retorno do serviços específicos.
investimento que fez na franquia.
Em matéria tributária, a UTE é
A franqueada poderá contar considerada uma entidade com
com apoio logístico, supervisão personalidade jurídica própria, à
e treinamento fornecidos pela exceção dos impostos incidentes
franqueadora, evitando assim parte sobre o patrimônio e sobre a renda,
dos gastos de montagem de um que são tributados pelos membros
novo negócio, bem como dos riscos individuais.
decorrentes de tal empreendimento.
A franqueadora, por sua vez, Os integrantes de uma UTE não
fortalece-se junto aos fornecedores estão sujeitos à responsabilidade
ao centralizar as compras de conjunta e solidária, a menos
insumos e de infraestrutura. que esteja previsto no contrato
constitutivo.
Os direitos e as obrigações da
franqueadora e do franqueado devem Vendas a supermercados:
estar explícitos nos contratos.
Um setor que deve ser levado em
Joint-ventures: consideração na identificação de
um cliente para viabilizar a entrada
A forma de associação mais

no mercado argentino é o de 2. Promoção de vendas:

supermercados/hipermercados, além
das grandes cadeias de lojas. Considerações gerais
Ao tratar com o público consumidor Para a divulgação e a promoção

diretamente, eliminam-se alguns de produtos, sugere-se a utilização
intermediários da cadeia de dos canais de televisão, rádio,
distribuição. O importador deve jornais e revistas especializadas.
ter em conta o grande poder A participação em feiras e
negociador de supermercados e em exposições oferece boas
de hipermercados, que geralmente oportunidades para pesquisar o
impõem as condições de compra. mercado e a aceitação do produto,
abrindo possibilidades de negócios
A seguir, relacionam-se algumas para o exportador brasileiro.
das principais redes de super/
hipermercados do país: Principais feiras e exposições
Inc s.a. (Carrefour) As feiras e as exposições são

www.carrefour.com uma excelente oportunidade para
Cencosud S.A. verificar o que se comercializa no
www.cencosud.com.ar mercado onde se pretende ingressar.
Walmart Argentina S.R.L. Permitem, também, conhecer os
www.wal-mart.com.ar potenciais concorrentes e o que eles
Coto C.I.C.S.A. oferecem.
www.coto.com.ar
Sociedad Anónima Importadora y Para o ingresso de material
Exportadora de la Patagonia promocional a ser distribuído neste
www.laanonima.com.ar/index tipo de eventos, vide, no Capítulo
Libertad S.A. V, o item “Regime para material
www.libertadsa.com.ar promocional”, supra.
Para o ingresso de máquinas e de

equipamentos a serem expostos em
feiras e em exposições, deverá ser

realizada uma importação temporária preferencialmente, por empresas

(vide, no capítulo V, o item 16.2 de serviços, de seguros, bancos,
“Regime de importação temporária instituições oficiais e empresas
para participação em feiras e produtoras de bens de consumo. As
exposições”, supra.) publicações especializadas permitem
a publicidade de bens e produtos
Finalmente, informações sobre as dirigidos a segmentos específicos de
principais feiras multissetoriais consumidores.
ou especializadas, organizadas na
Argentina, podem ser consultadas O rádio também aparece como
acessando o guia de comércio recurso amplamente utilizado
exterior e investimento Brasil na promoção de produtos em
Exportl (www.brasilexport.gov.br). De função do largo alcance e do custo
forma complementar, sugere-se relativamente baixo desse tipo de
também consultar o site da revista veículo.
Perspectiva (www.perspectivaonline.com)
Outros veículos publicitários como
Veículos publicitários os outdoors, o sistema de mala-
direta e a distribuição de panfletos
Na Argentina, um dos veículos têm conquistado espaço nos meios
publicitários de maior influência publicitários do país.
sobre o consumidor final é a
televisão. Assim, a promoção de O material gráfico (catálogos, listas
bens de consumo por esse meio de preços, folhetos informativos e
é eficaz tendo em vista o grande tudo que seja destinado ao mercado
alcance que a televisão tem sobre o de importação) deve ser apresentado
público em geral. em espanhol. Cabe recordar a
necessidade de evitar erros de
A imprensa escrita constitui outro tradução que possam dificultar o
importante segmento promocional, entendimento do que se pretende
tanto no que diz respeito ao volume informar.
de investimento publicitário quanto
em termos de alcance. Os jornais
e as revistas são o meio utilizado,

Consultoria de marketing mercadorias, serão apresentados

os documentos originais (fatura
São relacionadas, a seguir, as comercial, conhecimento de
principais entidades de classe embarque, certificado de origem
argentinas relacionadas com o MERCOSUL e outras certidões
setor de marketing ou de pesquisa exigidas de acordo com o tipo
de mercado aplicada. As páginas de mercadoria). Essa etapa do
das referidas entidades contêm relacionamento entre empresas
informação completa de contato das importadoras e exportadoras deve
associadas: iniciar-se por meio de um contrato
de compra-venda internacional que
Asociación Argentina de Marketing regule e dê forma legal ao acordado,
www.aam-ar.com satisfazendo as partes.
Asociación de Marketing Directo e
Interactivo de Argentina (AMDIA) No comércio argentino, é praxe
www.amdia.org.ar seguir o modelo de contrato
Sociedad Argentina de Investigadores de compra-venda internacional
de Marketing y Opinión (SAIMO) de mercadorias elaborado pela
www.saimo.org.ar Organização das Nações Unidas,
ajustado às negociações entre
3. Práticas comerciais as partes. Esse modelo tem 24
parágrafos, que podem ser assim
Negociações e contratos de resumidos:
importação
Preâmbulo
O início de uma negociação é Partes contratantes, poderes,
marcado pelo pedido de cotação, definições etc.
após o qual é realizado o envio de Condições do contrato
uma fatura proforma e sua devolução Objeto, natureza, descrição
assinada contendo a aceitação qualitativa e quantitativa, vigência.
dos termos. Essa documentação, Obrigações do vendedor
quando enviada por meio eletrônico Entrega das mercadorias, data,
e quando aceita pelas partes, dá transporte, embalagem, certificados
início ao negócio. No despacho das diversos, prazos, reserva de

domínio, amostras, cláusulas da comercial. Em outras palavras, as

garantia, reclamações, reparações, partes têm liberdade para definir um
instruções sobre utilização, planos e contrato de representação comercial
manuais. formalizando a relação. Este contrato
Obrigações do comprador particular deverá ser registrado no
Modalidades, condições e local Registro Público de Comércio, para
de pagamento, crédito outorgado, ter força legal.
garantias diversas.
Transferência de riscos e da Cabe observar, entretanto, a
propriedade importância de especificar a
Transferência de riscos, modalidade representação (exclusividade ou
de entrega, INCOTERM, transferência não), área geográfica de atuação
de propriedade, etc. do mandatário (existem casos de
Serviço pós-venda firmas exportadoras que possuem
Garantias, reparos e manutenção. representante exclusivo em Buenos
Preços e modalidade de pagamento Aires e outros para o resto do país),
Preços, moedas conversíveis, moeda produto a ser comercializado, prazo
de pagamento, revisão de preço e de validade, cláusula de rescisão,
garantia de pagamento. porcentagem da comissão e forma
Arbitragem de seu pagamento.
Tribunal competente, órgãos e
decisões. Abertura de escritório de
Outras cláusulas representação comercial
Segredo profissional, propriedade
industrial, idioma do contrato, direito O contrato realiza-se entre empresas,
contratual, domicílio do contrato, não havendo uma regulamentação
data e firmas autenticadas. para o acordo se este for realizado
Anexos por meio de um representante local.
Quando aplicável. Caso a empresa brasileira deseje
instalar-se em território argentino,
Designação de agentes deverá observar os trâmites normais
para a abertura de uma empresa.
Não existe regulamentação oficial a
respeito da designação de um agente Seguros de embarque

With Particular Average – WPA:

O seguro é um contrato que é cobertura total com cláusula
formalizado por uma apólice, restritiva das obrigações do
documento que contém os direitos segurador. A franquia é estabelecida
e as obrigações das partes. A em percentagens do valor da apólice.
contratação de seguros de embarque
é parte da negociação privada - Tipos de seguros aeronáuticos:
entre o exportador e o importador
argentino e deve considerar os Sobre os objetos: cobre todos os
termos em que foi realizada a riscos das aeronaves e dos objetos
operação, ou seja, FOB, CIF, etc. por elas transportados.
De responsabilidade civil: cobre os
Existem dois tipos de apólices: riscos da transportadora relativos a
a) Simples: cobra uma única passageiros ou a carga.
remessa.
b) Flutuante: cobra um número certo - Tipos de seguros terrestres:
de remessas e pode ser estendida
por determinado prazo ou Cobertura básica: ampara os
quantia em dinheiro. veículos e as mercadorias sobre
danos causados por acidentes
- Tipos de seguro marítimo: (colisão, capotagem, incêndio,
explosões e queda de pontes).
“All Risk – AR”: cobre todos os Cobertura contra todo risco: cobre
riscos, à exceção dos defeitos não todos os riscos derivados do
visíveis da mercadoria. transporte de mercadorias, inclusive
“Free Particular Average – FPA”: roubo.
cobre perda total da mercadoria,
sempre que o fato ocorra estando Supervisão de embarques
o navio imobilizado, encalhado,
incendiado ou decorra das A função de controle do comércio
operações de carga, transferência ou exterior é exercida pela Dirección
descarga. General de Aduanas, organismo que
tem a tarefa de inspecionar e de

determinar a carga tributária aplicável

a cada caso. Mediante declaração Os textos legais das normas antes
aduaneira, a administração recebe mencionadas, bem como suas
dos importadores a informação para atualizações e suas modificações,
sua apreciação. podem ser consultados no site www.
bcra.gov.ar
Financiamento de importações
Litígios e arbitragem internacional
O Banco Central da República
Argentina (BCRA), por meio A lei argentina estabelece que, para
da “Comunicación A 3859”, questões de litígio patrimonial, bem
determinou que o pagamento das como para as questões de compra-
operações de importação pudesse venda, sempre que o contrato fixe
ser realizado antecipadamente como tribunais competentes os da
ao embarque, à vista ou a prazo. Argentina, o litígio deverá ser objeto
Através da “Comunicación A 4605”, de negociação entre as partes antes
complementada pela “Comunicación de ser submetido à via judicial. Só no
A 5647, o BCRA consolidou caso de não se chegar a um acordo
a normativa vigente para os naquela etapa é que o litígio passará
pagamentos antecipados ou à vista à etapa judicial.
das importações argentinas de bens,
estabelecendo que o importador No caso em que o contrato de
deverá demonstrar a nacionalização compra-venda não fixe o foro
dos produtos no prazo de 120 (bens competente, atuará o tribunal onde o
correntes) ou 365 dias (bens de fato ocorra.
capital) de efetuado o pagamento
antecipado ou no prazo de 90 dias No ano 1998 foi assinado o Acordo
após o pagamento à vista. No sobre Arbitragem Comercial
caso de pagamentos antecipados Internacional do MERCOSUL
com prazos maiores a 365 dias, (Decisão Nº. 3/1998), cujo texto
o importador deverá contar com pode ser baixado diretamente do
autorização prévia do BCRA. sítio do MERCOSUL (www.mercosur.
int/). Essa norma já foi aprovada
pelos respectivos Congressos e

se encontra em vigência dentro ou serviço online, ainda que a

do bloco. Da mesma maneira, aquisição seja realizada diretamente
foi assinada a regulamentação na loja. Essa situação indica que
de arbitragem para as relações a importância real de Internet,
MERCOSUL-Bolívia e MERCOSUL- medida em vendas totais, seja várias
Chile (Decisão Nº. 4/1998). vezes superior do que o comércio
Atualmente, o Sistema de Solução eletrônico direto.
de Controvérsias do MERCOSUL Evolução, perspectivas e
encontra-se regulamentado no tendências do mercado eletrônico23:
Protocolo de Olivos (PO), assinado
em 18 de fevereiro de 2002 e vigente Em termos de comercialização, dos
desde 1º de janeiro de 2004. Antes 24,8 bilhões24 de Pesos argentinos
do citado instrumento, aplicaram-se (US$) vendidos por meio eletrônico
o Anexo III do Tratado de Assunção durante o ano de 2013, US$ 23
e, até a entrada em vigor do PO, o bilhões correspondem à modalidade
Protocolo de Brasília. empresa a consumidor (B2C ou
“business to consumer”), e o
4. Comércio eletrônico restante, $1,8 bilhão, corresponde a
operações entre consumidores (C2C
Panorama ou “consumer to consumer”).
Segundo estudo publicado pela Estudos realizados na Argentina

“Cámara Argentina de Comercio estimam que o B2B (“business to
Electrónico” (CACE), o comércio business”), nesse País, foi de US$
eletrônico experimentou um 250 bilhões em 2013. Esses estudos
expressivo incremento (48,5%), determinaram que 36,3% das PyMEs
interanual, durante o ano de 2013. (pequenas e médias empresas) e
43,2% das grandes firmas realizaram
Vale mencionar que acima de 76%
dos usuários de Internet consultam, 23 Fonte: CAME, “Comercio electró-
regularmente, a web para analisar as nico en Argentina 2013”.
suas opções de compra no mundo
24 Excluído o IVA.
físico, tomando, muitas vezes, a
decisão de compra do produto

vendas online a outras empresas.

Várias são as razões que explicam
No comércio eletrônico B2C e C2C, o expressivo desenvolvimento do
a média de incremento interanual e-commerce na Argentina:
dos últimos 5 anos foi de 43,0%,
enquanto o crescimento acumulado • O continuo aumento do número
entre os anos de 200925 e 2013 foi total de usuários de Internet: de
de 214,9%. 7,6 milhões em 2004 para 31,9
milhões em 2013;
O valor comercializado online em • O crescimento da proporção
2013 representa 19,6% do mercado de usuários de Internet que
total de TIC na Argentina (US$ 126,5 realizam compras online: de
bilhões), considerando produtos aproximadamente 10,0% em
e serviços de telecomunicações, 2001 para 38,8% em 2013 (+
infraestrutura, Internet e informática, de 12 milhões de compradores);
hardware, software, insumos e • A constante evolução do número
serviços. de empresas que comercializam
seus produtos ou serviços na
Calcula-se que Argentina participa rede;
em 8,3% do e-commerce da região • O incremento das conexões a
de América Latina e do Caribe, e, Internet: de 130 mil conexões em
por outra parte, as vendas online 2001 para 6,6 milhões de banda
representariam 1,4% das vendas larga fixa em 2012;
totais no varejo. • O aumento exponencial nas
conexões de banda larga móvel:
Para ano de 2014, projetou-se um somavam 16 milhões em 2013;
aumento de 42% do valor faturado e
em 2013 (dependendo da inflação • As melhoras nas percepções
nominal efetiva); portanto o volume de confiança e segurança
de comércio eletrônico (B2B + B2C) dos usuários de Internet nas
poderia ultrapassar US$ 35 bilhões. transações online;
25 US$ 2.300 milhões foi o valor das

vendas do ano de 2006.

Vista noturna de Buenos Aires

VIII - RECOMENDAÇÕES ÀS EMPRESAS BRASILEIRAS

Informações tarifárias e classe, de grupos e de associações
estatísticas atualizadas empresariais setoriais.
Os empresários brasileiros poderão Práticas comerciais

obter informações atualizadas
sobre tarifas e regulamentações de O cumprimento dos prazos de
importação na Argentina, bem como entrega constitui fator importante
estatísticas relativas ao comércio para o êxito dos negócios.
bilateral, por meio de consulta à Igualmente, deve-se ter presente a
Divisão de Inteligência Comercial importância da rápida resposta à
(DIC) do Ministério das Relações correspondência e o cumprimento
Exteriores em Brasília ou ao SECOM estrito das normais contratuais.
da Embaixada do Brasil em Buenos
Aires (vide dados para contato no Marketing
Anexo I - Endereços).
Um representante que atue de forma
Designação de agentes autônoma ou por meio de empresas
especializadas pode ser um primeiro
A designação de um representante passo para o aproveitamento dos
deve ser precedida de contatos com meios publicitários, uma vez que
outras empresas, de forma a avaliar este conhece o mercado e os
as possibilidades de comercialização clientes potenciais.
lucrativa e presença ativa no
mercado. No âmbito de feiras, de O exportador que tenha sua conta
exposições e de congressos, os de publicidade em uma agência
empresários brasileiros poderão internacional poderá solicitar seu
travar contato com representantes de apoio na Argentina. No entanto, se a
empresas potencialmente capazes agência do exportador for brasileira,
de canalizar os produtos que poderá ter bom conhecimento
desejam exportar. Outra forma de do produto e da empresa, porém
aproximação de agentes potenciais não dominar a fundo o mercado
é por intermédio de entidades de argentino.

Amostras e material publicitário Períodos recomendados para

viagens
Amostras com valor de até US$
100,00 e material promocional A melhor época para realização
destinado a consumo ou distribuição de viagens de negócios é entre os
gratuita (panfletos, catálogos, etc.) meses de março e de novembro.
de até US$ 5.000,00 estão isentos É fundamental que uma viagem
do pagamento de tributos incidentes de negócios seja preparada com a
sobre sua importação. Outras devida antecedência.
informações são apresentadas no
capítulo V, item 4., supra.
Chef cozinhando

VII - ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO

I - ENDEREÇOS 2. Órgãos oficiais brasileiros na
Argentina
1. Órgãos oficiais argentinos
Embaixada do Brasil em Buenos
Embaixada Argentina em Brasília Aires
SES Quadra 803, Lote 12 Cerrito 1350
70200-030- Brasília - DF C1010ABB – Capital Federal
Tel.: (061) 3212-7600 Tel.: (+54.11) 4515-2400
www.mrecic.gov.ar Fax: (+54.11) 4515-2401
Obs.: (Selecionar “Representaciones http://buenosaires.itamaraty.gov.br/
Argentinas” / Brasil) es-es/
Ministerio de Relaciones Exteriores Setor de Promoção Comercial

y Culto (SECOM)
Tel.: (+54.11) 4819-7317 Tels.: (+54.11) 4515-
www.mrecic.gov.ar 2413/14/15/16 e 17
secom.buenosaires@itamaraty.gov.
Ministerio de Economía y Finanzas br
Públicas
Tel.: (+54.11) 4349-8801 Consulado-Geral do Brasil em
www.mecon.gov.ar Buenos Aires
Tel.: (+54.11) 4515-6500
Ministerio de Industria www.conbrasil.org.ar
H. Yrigoyen 250 Piso 6º Of. 606
www.industria.gob.ar Consulado-Geral do Brasil em
Córdoba
Dirección General de Aduanas Tels.: (+54.351) 468-5812/5919
Tel.: (+54.11) 4338-6641 cg.cordoba@itamaraty.gov.br
www.afip.gov.ar
Consulado-Geral do Brasil em
Secretaria de Comercio Mendoza
Tel.: (+54.11) 4349-3000 Tel.: (+54.261) 423-0939
www.mecon.gov.ar cg.mendoza@itamaraty.gov.br
3. Empresas brasileiras na S.A.I.C.A. Y G.

Argentina: www.cerveceriaymalteriaquilmes.
com
Acerbrag S.A.
www.acerbrag.com JBS Argentina S.A.
Sipar Gerdau www.swift.com.ar
www.sipargerdau.com.ar
Construtora Andrade Gutierrez
Quick Food S.A. S.A.
www.quickfood.com.ar Tel.: (+54-11) 5352-0100
Loma Negra Cia. Indústria Construtora Norberto Odebrecht

Argentina S.A. S.A.
www.lomanegra.com.ar www.odebrecht.com
Baterias Argentina S.A. Amaggi Argentina

Tel.: (+54-230) 453-9251 www.amaggi.com.ar
Alpargatas S.A.I.C.
www.alpargatas.com.ar 4. Câmaras de comércio bilaterais
Cámara de Comercio Argentino-
Natura Cosmeticos S.A. brasileña
www.natura.net
cambras@cambras.org.ar
Petrobras Argentina S.A. www.cambras.org.ar
www.petrobras.com.ar
Grupo Brasil
Randon Argentina S.A. gbrasil@grupobrasil.com.ar
www.randon.com.ar www.grupobrasil.com.ar
Itautec Argentina Câmara de Comércio Argentino-

Tel.: (+54-11) 5239-0060 brasileira de São Paulo
www.camarbra.com.br
Cerveceria y Malteria Quilmes

5. Principais entidades/associações 7. Principais bancos argentinos

de classe na Argentina
Banco Central de la República de
Unión Industrial Argentina (UIA) Argentina (B.C.R.A.)
uia@uia.org.ar www.bcra.gov.ar
www.uia.org.ar
Banco de la Nación Argentina
Asociación Empresaria Argentina www.bna.com.ar
(AEA)
info@aeanet.net Banco de la Ciudad de Buenos
www.aeanet.net Aires
www.bancociudad.com.ar
6. Principais empresas de Banco de la Província de Buenos

e-commerce e órgãos de defesa do Aires
consumidor www.bancoprovincia.com.ar
Mercado Libre 7.1 Bancos brasileiros na Argentina

www.mercadolibre.com.ar
Banco Itaú Argentina
Ala Maula www.itau.com.ar
www.alamaula.com
Bradesco Argentina
OLX www.bradesco.com.br
www.olx.com.ar
Banco Patagonia S.A.
Dirección de Defensa del www.bancopatagonia.com
Consumidor Obs.: Controlado pelo Banco do
consultas@consumidor.gov.ar Brasil
www.consumidor.gov.ar

8. Meios de comunicação Fortuna

www.revista-fortuna.com.ar
Principais Jornais
Mercado
Ámbito Financiero www.mercado.com.ar
www.ambito.com
Prensa Económica
BAE www.prensaeconomica.com.ar
www.diariobae.com
Emissoras de televisão
Clarín
www.clarin.com.ar America TV S.A. (Canal 2)
www.america2.com.ar
Crónica
www.cronica.com.ar Canal 7 Argentina
www.tvpublica.com.ar
El Cronista Comercial
www.cronista.com Telearte (Canal 9)
www.canal9.com.ar
La Nación
www.lanacion.com.ar Telefe (Canal 11)
www.telefe.com.ar
Página 12
www.pagina12.com.ar Artear S.A. (Canal 13)
www.canaltrece.com.ar
Perfil
www.perfil.com
9. Consultorias
Principais revistas
Abeceb
Apertura www.abeceb.com
lectores@apertura.com

Consejo Tecnico de Inversiones S.A. 10. Publicações oficiais sobre

consejo409@speedy.com.ar comércio exterior
Desarrollo de Negocios Instituto Nacional de Estadísticas y

Internacionales (DNI) Censos (INDEC)
Tel.: (+54.11) 4815-3290 www.indec.gov.ar
Eco Axis S.A. Boletín Oficial de la República

axisconsult@ecoaxis.com.ar Argentina
www.boletinoficial.gov.ar
Econometrica S.A.
info@econometrica.com.ar
www.econometrica.com.ar 11. Companhias de transporte
Finsoport Transporte aéreo:

finsoport@finsoport.com.ar
www.finsoport.com.ar GOL
www.voegol.com.br
Jose Luis Espert & Asociados
institucional@espert.com.ar LATAM Airlines Group
www.espert.com.ar (LAN y TAM Argentina)
www.lan.com
Ecolatina
info@ecolatina.com Aerolíneas Argentinas S.A.
www.ecolatina.com www.aerolineas.com.ar
Orlando J. Ferreres & Asociados Aeroportos:

S.A.
info@ojf.com Aeropuerto Internacional de Ezeiza
www.ojf.com Ministro Pistarini
www.aa2000.com.ar

Aeroparque Jorge Newbery Para verificar solvência de

(Buenos Aires) empresas argentinas:
www.aa2000.com.ar
Organizacion Veraz S.A.
Transporte terrestre: caclientes@veraz.com.ar
www.veraz.com.ar
Pluma Conforto e Turismo S.A.
www.pluma.com.br Dun & Bradstreet
helpdb@dnb.com
Terminal de Ómnibus de la Ciudad www.dnbarg.com.ar
de Buenos Aires (t.e.b.a.s.a.)
www.tebasa.com.ar Fidelitas
karina.digiorgio@fidelitas.com.ar
www.fidelitas.com.ar
12. Supervisão de embarques
Nosis S.A.
Bureau Veritas info@nosis.com.ar
www.bureauveritas.com.ar www.nosis.com.ar
SGS Argentina S.A.

www.sgs.com.ar
13. Outros endereços úteis:
Empresas que comercializam

cadastro com dados de pessoas
jurídicas:
Guia Vip
info@verinfo.com
www.verinfo.com

II – FRETES E COMUNICAÇÕES Principais companhias telefônicas:

COM O BRASIL
Telefónica de Argentina S.A.
1. Informações sobre fretes (movistar)
www.telefonica.com.ar
Agências marítimas:
Telecom Personal S.A.
Agencia Maritima Dulce S.A. www.personal.com.ar
www.amdulce.com
AMX Argentina S.A. (Claro)
Agencia Maritima Delfino www.claro.com.ar
www.delfino.com.ar
Serviços postais:
Hamburg SÜD
www.hamburgsud.com O serviço postal oficial26, que cobre
todo o país, foi privatizado em
Log in Mercosul Buenos Aires setembro de 1997 e re-estatizado
www.loginlogistica.com.br em novembro de 2003, durante a
presidência de Nestor Kirchner.
2. Comunicações
Correo Oficial de la República
Telecomunicações Argentina S.A.
www.correoargentino.com.ar
O serviço de telecomunicações,
que era fornecido pela empresa Principais serviços postais
estatal ENTEL, foi privatizado em privados:
1990. A ENTEL foi dividida em duas
regiões e concessionada a duas Correo Andreani S.A.
firmas, “Telefónica de Argentina” e www.andreani.com.ar
“Telecom”, que operam, de forma
monopólica, nas regiões sul e norte,
respectivamente.
26 “Correo Oficial de la República
Argentina S.A.” conhecido como “Correo
Argentino”

Organizacion Coordinadora III - INFORMAÇÕES PRÁTICAS

Argentina (Correo OCA)
www.oca.com.ar Moeda: Peso Argentino (cédulas de
2, 5, 10, 20, 50 e 100 pesos).
Pesos e Medidas: Sistema métrico

decimal
Eletricidade:
Tensão: 220 Volts
Frequência: 50 Hertz.
Principais feriados (ano 2015)
1 de Janeiro Ano novo

16 e 17 de
Carnaval
fevereiro
24 de março Dia nacional da memória
Dia dos caídos na guerra
2 de abril
de Malvinas
3 de abril Sexta-feira santa
30 de abril Feriado “ponte” turístico
1 de maio Dia do trabalhador
Aniversário da Revolução
25 de maio
de 1810
20 de junho Dia da Bandeira
9 de julho Dia da Independência
Morte de San Martín
17 de
(trasladado para o dia
agosto
20/8)
24 de Bicentenário da Batalha de
setembro Tucumán
12 de Dia da Raça (trasladado
outubro para o dia 8/10)

Dia da soberania nacional 22h, todos os dias da semana,

20 de
(trasladado para o dia inclusive domingos.
novembro
23/11) • Restaurantes: o almoço é
8 de
Imaculada Conceição
servido a partir das 12h, e o
dezembro jantar, a partir das 20h. Muitos
25 de
Natal estabelecimentos oferecem
dezembro refeições rápidas a toda hora.
Fuso horário: Formas de pagamento:
Não existe diferença horária com Mesmo que o dólar seja geralmente
a maioria dos Estados do Brasil, à aceito em lugares turísticos, exceto
exceção dos meses de outubro a em comércios pequenos, o câmbio
fevereiro quando se estabelece, por de divisas em moeda nacional
força do horário de verão no Brasil, a se realiza nos bancos e agências
defasagem de uma hora a menos. autorizadas. Os cartões de crédito
Hora oficial: GMT - 3 horas mais aceitos são American Express,
VISA e Mastercard. Pode haver
Horário comercial: dificuldades para a troca de cheques
de viagem fora de Buenos Aires.
• Bancos e agências de câmbio:
de segunda a sexta, de 10 as Emergências médicas:
15h.
• Lojas e negócios: de 9h as 20h; SAME (Sistema de Atención Médica
em alguns bairros é costume de Emergencia): 107
fechar ao meio-dia, prolongando-
se o horário da tarde. Aos Emergências (Polícia): 101
sábados, o horário é de 8h30/9
às 12h30/13h. Hospital de Quemados
• Supermercados: de 10 às 20h, Tel.: 4923-3022/4082
alguns até às 22h. As principais
redes abrem também aos Hospital de Odontología “Dr. Ramon
domingos. Carrillo”
• Shopping Centers: de 10 às Tel.: 4805-5521 / 7533

Hospital Oftalmológico Santa Lucía Dirección Nacional de Migraciones

Tel.: 4127-3100 / 4941-8081 info@migraciones.gov.ar
www.migraciones.gov.ar
Hospital de Niños Ricardo Gutiérrez
Tel.: 4962-2587/7739 Traslado desde o Aeroporto
Internacional de Ezeiza:
Defensoría del Turista
www.defensoriaturista.org.ar Manuel Tienda Léon S.A.
www.tiendaleon.com.ar
Foto: Hemera/ Thinkstock
Buenos Aires, Argentina

BIBLIOGRAFIA
Ministério das Relações Exteriores/BrasilGlobalNet.
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio/Secretaria de Comércio

Exterior.
“Instituto Nacional de Estadística y Censos” (INDEC), Buenos Aires.
Tarifar – “Servicio de Información en Comercio Exterior”, Buenos Aires.
CENRA XXI – “Información de Comercio Exterior”, Buenos Aires.
ARESE, Héctor, “Comercio y Marketing Internacional”, Ed. Norma, Buenos

Aires, 1999.
AVARO, Daniel e MORENA, Carlos, Comercio Internacional y Finanzas

Internacionales, Ed. PYSC, Buenos Aires, 1999.
J.J. HINRICHSEN, Anuario JJ Nº 42 (XLII), Edición 2007.
“Tendencia Económicas y Financieras”, anuário 2013.
TradeMap
EIU, Economist Intelligence Unit, Country Report

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Coleção Estudos e Documentos de Comércio Exterior

A BrasilGlobalNet é um dos maiores

Ministério das Relações Exteriores

Série: Como Exportar

Os termos e a apresentação de matérias contidas na presente publicação não traduzem expressão

O texto do presente estudo foi concluído em dezembro de 2014.

B823c Brasil. Ministério das Relações Exteriores. Divisão de

101 p.; il._ (Coleção estudos e documentos de comércio

1. Brasil – Comércio exterior. 2. Argentina – Comércio

CDU: 339.5 (82:81)

II – ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS................................................................15

III – COMÉRCIO EXTERIOR............................................................................... 23

IV – RELAÇÕES ECONÔMICAS BRASIL – ARGENTINA...................................... 29

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 3

VII – ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO....................................................... 73

VIII – RECOMENDAÇÕES ÀS EMPRESAS BRASILEIRAS................................... 89

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 5

capital, automóveis, combustíveis no exterior pelo setor privado, os

6 Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 7

Foto: iStockphoto/ Thinkstock

Casa Rosada, Buenos Aires, Argentina

8 Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012

Produto Interno Bruto (PIB)

PIB (últimos cinco anos)

ANO 2009 2010 2011 2012 2013 2014 (p)

PIB a preços correntes 305,5 367,1 441,7 462,4 462,9 536,16

Crescimento real -2,9% 8,5% 7,0% 1,0% 2,5% -1,7%

(*) Estimativas FMI e EIU.

Composição do PIB por setor de origem (2013):

PIB per capita (2014): US$ 12.565 (p)

4 Projeção para 2014 realizada pelo INDEC.

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 9

Comércio exterior (2013):

Intercâmbio comercial Brasil/Argentina (2014):

Foto: iStockphoto/ Thinkstock

Geleira Perito Moreno, Patagônia, Argentina

10 Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 11

altitude de tais regiões.

2. População, centros urbanos e indicadores

A população da Argentina, segundo a projeção estimada pelo Censo de

Principais Centros Urbanos

Cidade Número de habitantes (2010)

Principais indicadores socioeconômicos:

- PIB per capita (2014): US$ 12.565 (p)

- Taxa nacional de alfabetização (censo 2010): 98,1%

12 Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012

- Índice de Desenvolvimento Urbano 3. Organização política e

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 13

- Poder Legislativo: É bicameral. rubrica do Judiciário a Câmara

- Poder Judiciário: O órgão Argentina faz parte, dentre outros,

14 Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012

II - ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS

De acordo com estimativas do FMI e do EIU, a Argentina registrou

Produto Interno Bruto (2009-2014)

ANO 2009 2010 2011 2012 2013 2014 (p)

Composição do PIB (percentual)

ANO 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras 2012 15