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Curso 274819 Aula 07 Prof Antonio Daud 0c01 Simplificado

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Aula 07 - Prof.

Antonio
Daud
CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do
Trabalhador) Conhecimentos Específicos
- Eixo Temático 5 - Direito do Trabalho -
2024 (Pós-Edital)
Autor:
Antonio Daud, Equipe Mara
Camisassa, Mara Queiroga
Camisassa de Assis

30 de Janeiro de 2024

04054935680 - JULIANO BRAGA BUENO DE PAULA


Antonio Daud, Equipe Mara Camisassa, Mara Queiroga Camisassa de Assis
Aula 07 - Prof. Antonio Daud

Índice
1) Jornada de Trabalho
..............................................................................................................................................................................................3

2) Jornadas Especiais de Trabalho


..............................................................................................................................................................................................
11

3) Trabalho Extraordinário e Compensação de Jornada


..............................................................................................................................................................................................
18

4) Intervalos
..............................................................................................................................................................................................
31

5) Questões Comentadas - Jornada de trabalho e Intervalo - Cesgranrio


..............................................................................................................................................................................................
58

6) Questões Comentadas - Jornada de Trabalho e Intervalo - Cebraspe


..............................................................................................................................................................................................
68

7) Lista de Questões - Jornada de trabalho e Intervalo - Cesgranrio


..............................................................................................................................................................................................
103

8) Lista de Questões - Jornada de Trabalho e Intervalo - Cebraspe


..............................................................................................................................................................................................
107

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Oi pessoal,

Nesta aula, do nosso curso "simplificado", estudaremos sobre o tema Jornada de Trabalho e descansos,
abordando tópicos como Jornada Legal e Convencional, Limitação da Jornada, Formas de Prorrogação,
Horário de Trabalho, Trabalho Noturno, Repouso Semanal Remunerado, Jornadas Especiais de Trabalho etc.

Estes são assuntos que sempre caem em prova.

Ressalto que parte do conteúdo já foi abordado na aula zero.

Vamos ao trabalho!

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DESENVOLVIMENTO
Veremos nesta aula um dos assuntos mais exigidos em provas, que são duração do trabalho, jornada de
trabalho e descansos.

É um assunto que cai em muitas questões, além de ser extremamente importante no dia a dia, pois gera
inúmeras ações trabalhistas em curso nos Tribunais do Trabalho.

Jornada de trabalho

Antes de adentrar ao assunto jornada de trabalho vejamos a diferenciação entre os conceitos relacionados.

Jornada de trabalho é o tempo diário em que o empregado presta serviços ao empregador ou então
permanece à disposição do mesmo.

Exemplo: vamos imaginar o caso de um hospital veterinário pouco frequentado, no qual nenhum cliente
entrou durante determinado dia. A recepcionista não atendeu ninguém, mas permaneceu à disposição do
empregador, então aquele período é contado como jornada de trabalho normalmente.

Neste sentido, o artigo 4º da Consolidação das leis do Trabalho (CLT):

CLT, art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja
à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial
expressamente consignada.

Além do tempo efetivo de trabalho e do tempo à disposição do empregador, também se inclui no termo
jornada de trabalho o tempo de prontidão e o tempo de sobreaviso, que são definidos, respectivamente,
pelos §§ 2º e 3º do art. 244.

Já a duração do trabalho é um conceito que envolve a jornada de trabalho, os horários de trabalho e os


descansos trabalhistas, tanto é que o Capítulo II da CLT, intitulado “Da Duração do Trabalho”, divide-se nas
Seções “Da Jornada de Trabalho”, “Dos Períodos de Descanso” e “Do Quadro de Horário”.

O horário de trabalho, por sua vez, limita o período entre o início e o fim da jornada de trabalho diária.

Feitas as distinções, façamos agora uma análise aprofundada das regras importantes para nossa preparação
para concursos públicos.

Tempo à disposição do empregador


INCIDÊNCIA EM PROVA: MÉDIA

Em diversas circunstâncias, pelos mais variados motivos, o empregado permanece no centro de trabalho
mas não pode realizar suas tarefas.

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Exemplo 1: a indústria não tem a quantidade de pedidos necessária e deixa de produzir em sua capacidade
máxima, o que faz com que máquinas e empregados deixem de trabalhar durante parte do dia.

Exemplo 2: em alguns casos, o empregador concede intervalo não previsto em lei como, por exemplo, um
intervalo para lanche de 15 minutos aos que laboram 8 horas por dia.

Nestes períodos o empregado não trabalha, mas permanece à disposição do empregador e, portanto, os
períodos devem ser incluídos na jornada de trabalho.

Em relação ao exemplo do intervalo, como foi concedido pelo empregador sem previsão em lei, é um tempo
considerado à disposição do empregador.

Cuidado para não confundir os conceitos: os intervalos legais, como para almoço, têm previsão legal e por
isso não são considerados à disposição do empregador.

Vejamos um exemplo prático envolvendo estes dois tipos de intervalo:

08h00min 14h00min
Intervalo 2h
12h00min 18h00min

Neste caso acima, o intervalo de 2 horas – entre 12h00min e 14h00min - é para almoço (com previsão legal1),
não computado na jornada de trabalho.

Neste outro exemplo há o mesmo intervalo de almoço e outro, não previsto em lei – das 15h45min às
16h00min:

08h00min 14h00min 16h00min


Intervalo 2h Intervalo 15’
12h00min 15h45min 18h00min

Neste 2º exemplo, o intervalo de 15 minutos concedido no período da tarde é considerado tempo à


disposição do empregador (e, portanto, integra a jornada de trabalho).

Se a jornada fosse estendida até às 18h15min (para “compensar” o intervalo de 15’), a jornada diária seria
de 08h15min, e não apenas de 08h00min.

Neste exemplo, como a jornada superou as 08 horas, o período de 15 minutos deve ser remunerado como
hora extraordinária. Segue a Súmula 118 do TST, que corrobora este entendimento:

1
CLT, art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo
para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário,
não poderá exceder de 2 (duas) horas.

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SUM-118 JORNADA DE TRABALHO. HORAS EXTRAS

Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho, não previstos em lei,


representam tempo à disposição da empresa, remunerados como serviço extraordinário,
se acrescidos ao final da jornada.

Por outro lado, após a reforma trabalhista, deixaram de ser computadas como jornada extraordinária as
variações de jornada em que o empregado adentra/permanece dentro da empresa exercendo atividades
particulares ou quando busca proteção pessoal (em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições
climáticas). Tal disposição celetista2 contraria o que vinha sendo entendido pelo TST, por meio da então
SUM-366.

Abaixo destacamos o §2º do art. 4º que foi inserido na CLT por meio da Lei 13.467/2017:

CLT, art. 4º, § 2º Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será
computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que
ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação
[variações no registro de até 5 minutos e 10 minutos diários], quando o empregado, por
escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más
condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa
para exercer atividades particulares, entre outras:

I - práticas religiosas;

II - descanso;

III - lazer;

IV - estudo;

V - alimentação;

VI - atividades de relacionamento social;

VII - higiene pessoal;

VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca
na empresa.

2
SUM-366 CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNADA DE
TRABALHO
Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes
de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a
totalidade do tempo que exceder a jornada normal, pois configurado tempo à disposição do empregador, não importando as
atividades desenvolvidas pelo empregado ao longo do tempo residual (troca de uniforme, lanche, higiene pessoal, etc)

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Exemplo 1: se o empregado combina com seu empregador de chegar 1 hora mais cedo para ficar estudando
para concursos públicos no trabalho, antes do início do expediente. Este tempo não será considerado à
disposição do empregador (não é computado como jornada).

Exemplo 2: em virtude de um forte temporal, o empregado permanece 30 minutos no local de trabalho (sem
prestar serviços) ao final da sua jornada de trabalho usual. Assim, tal período não será computado como
jornada de trabalho (e, portanto, o empregado não terá direito a horas extras em relação a ele).

Quanto ao inciso VIII do art. 4º, § 2º, da CLT (troca de roupa ou uniforme), percebam que o tempo
despendido na troca de roupa/uniforme deixa de ser computado como jornada extraordinária apenas
quando não for obrigatória a referida troca dentro das dependências da empresa. Ou seja, o tempo para
troca de uniforme deixa de ser computado como jornada, caso a troca se dê por mera opção do empregado
(e não por imposição do empregador).

----- ==21169e==

Por falar em uniforme, destaco que é o empregador quem define o padrão da vestimenta (CLT, art. 456-A).

-----

Tempo in itinere
INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXA

A CLT, após a Lei 13.467/2017, não mais prevê o cômputo do tempo de deslocamento. Portanto, foi extinta
a hora in itinere, qualquer que seja a situação.

Vejam abaixo um comparativo entre os dispositivos após a reforma trabalhista:

Antes Depois
CLT, art. 58, § 2o O tempo despendido pelo CLT, art. 58, § 2º O tempo despendido pelo
empregado até o local de trabalho e para o seu empregado desde a sua residência até a efetiva
retorno, por qualquer meio de transporte, não ocupação do posto de trabalho e para o seu
será computado na jornada de trabalho, salvo retorno, caminhando ou por qualquer meio de
quando, tratando-se de local de difícil acesso ou transporte, inclusive o fornecido pelo
não servido por transporte público, o empregador, não será computado na jornada de
empregador fornecer a condução. trabalho, por não ser tempo à disposição do
empregador.

Mas a reforma trabalhista foi além da simples extinção da hora in itinere.

Notem que o novo §2º do art. 58 menciona o deslocamento até o local da “efetiva ocupação do posto de
trabalho”. A partir daí, depreende-se que o tempo de deslocamento da portaria da empresa até o posto de
trabalho não será computado como jornada de trabalho.

Ou seja, a jornada de trabalho tem início no momento em que o empregado chega no seu efetivo posto de
trabalho.

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Assim, pela redação do dispositivo acima, o cartão de ponto começa a ser registrado no local do posto de
trabalho. Até então, o entendimento do TST, cristalizado na SUM-4293, era no sentido de que tal
deslocamento seria computado na duração do trabalho caso ultrapasse 10 minutos diários.

Prontidão e sobreaviso
INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXA

Os conceitos de prontidão e sobreaviso foram aplicados inicialmente à categoria dos ferroviários, tendo em
vista as peculiaridades de organização do trabalho no setor.

Posteriormente legislações específicas estenderam o regime de sobreaviso a aeronautas e petroleiros, e


também houve extensão do sobreaviso aos eletricitários por meio de entendimento do TST. Seguem abaixo
os artigos da CLT respectivos:

CLT, art. 244, § 2º Considera-se de "sobre-aviso" o empregado efetivo, que permanecer


em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Cada
escala de "sobre-aviso" será, no máximo, de vinte e quatro horas, As horas de "sobre-
aviso", para todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço) do salário normal.

CLT, art. 244, § 3º Considera-se de "prontidão" o empregado que ficar nas dependências
da estrada, aguardando ordens. A escala de prontidão será, no máximo, de doze horas. As
horas de prontidão serão, para todos os efeitos, contadas à razão de 2/3 (dois terços) do
salário-hora normal.

À época da elaboração da CLT não existiam aparelhos como BIP, Pager, celular, etc., que podem ser utilizados
para manter contato com o empregado casa haja necessidade do comparecimento do mesmo ao local de
trabalho.

Quanto à utilização destes aparelhos na relação de trabalho e sua relação com o regime de sobreaviso existe
Súmula do TST com entendimento de que o uso de tais equipamentos, por si só, não caracteriza o sobreaviso.

Por fim, destaco que o sobreaviso é um dos temas em que o


negociado irá se sobrepor ao legislado (CLT, art. 611-A, VIII).

3
SUM-429. TEMPO À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR. ART. 4º DA CLT. PERÍODO DE DESLOCAMENTO ENTRE A PORTARIA
E O LOCAL DE TRABALHO - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011
Considera-se à disposição do empregador, na forma do art. 4º da CLT, o tempo necessário ao deslocamento do trabalhador entre
a portaria da empresa e o local de trabalho, desde que supere o limite de 10 (dez) minutos diários.

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Tempo residual à disposição do empregador


INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXA

Este termo foi cunhado pela jurisprudência para caracterizar pequenos intervalos de tempo nos quais o
empregado está adentrando ou saindo do local de trabalho.

Este conceito se relaciona a pequenos intervalos de tempo em que o empregado, em tese, aguarda a
marcação do seu ponto.

Exemplo: uma empresa possui 100 (cem) empregados e tem apenas 2 (dois) Registradores Eletrônicos de
Ponto (REP) – o chamado “relógio ponto”, onde os empregados registram as entradas e saídas.

Como não é possível que todos registrem simultaneamente o ponto (e a maioria chega à empresa no mesmo
horário), e considerando a prática jurisprudencial, foi inserida na CLT regra que permite desconsiderar
pequenas variações no ponto do empregado, qual seja:

CLT, art. 58, § 1º Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as
variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o
limite máximo de dez minutos diários.

Percebam, então, que a desconsideração do tempo residual somente terá lugar quando as variações de
registro não excederem de 05 (cinco) minutos e, além disso, sendo observado o limite máximo diário de 10
(dez) minutos.

Se algum destes requisitos for extrapolado, toda a variação será acrescentada na jornada de trabalho.

Por outro lado, o §2º do art. 4º da CLT, inserido pela reforma trabalhista, excepciona o período de tempo em
que o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas
ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer
atividades particulares, como já havíamos mencionado.

Assim, se o empregado permanece no local de trabalho para tais atividades, este período de tempo não é
computado como tempo residual à disposição do empregador, mesmo se extrapolar a tolerância de 5 ou 10
minutos (e, portanto, não será remunerado).

Além disso, antes da reforma trabalhista, já havia sido publicada a Súmula 449 do TST (resultante da
conversão da OJ nº 372 da SBDI-1), no sentido de que não mais se pode elastecer a tolerância de 5 minutos
em cada trajeto por meio de negociação coletiva. Vejamos:

SUM-449

A partir da vigência da Lei nº 10.243, de 19.06.2001, que acrescentou o § 1º ao art. 58 da


CLT, não mais prevalece cláusula prevista em convenção ou acordo coletivo que elastece
o limite de 5 minutos que antecedem e sucedem a jornada de trabalho para fins de
apuração das horas extras.

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Resumindo os assuntos deste tópico, chegamos no seguinte quadro:

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MODALIDADES DE JORNADA DE TRABALHO


Após estudarmos as regras gerais sobre a composição da jornada de trabalho, passemos agora à definição
do que seja uma jornada normal (padrão) e quais são as jornadas especiais de trabalho.

Jornada padrão (normal) de trabalho


INCIDÊNCIA EM PROVA: ALTA

A jornada normal de trabalho é de 8 (oito) horas por dia, com fundamento na atual Constituição Federal:

CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social: (...)

XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo
ou convenção coletiva de trabalho;

Antes de passar às jornadas especiais, é importante destacar a possibilidade de negociação coletiva a


respeito da pactuação da jornada de trabalho.

A respeito desse assunto, o negociado pode se sobrepor ao legislado, porém, a negociação fica limitada à
jornada constitucional que acabamos de estudar:

CLT, Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei
quando, entre outros, dispuserem sobre:
I - pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais;

Jornadas especiais de trabalho


INCIDÊNCIA EM PROVA: MÉDIA

Diversas categorias possuem jornadas distintas do padrão estudado no tópico anterior. Veremos abaixo os
exemplos que possuem vinculação mais estreita com a CLT.

Turnos ininterruptos de revezamento

Os turnos ininterruptos de revezamento (TIR) possuíram tratamentos diferenciados ao longo do tempo, e


atualmente estão regrados pela Constituição Federal da seguinte forma:

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CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social: (...)

XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de


revezamento, salvo negociação coletiva;

Para caracterização do turno ininterrupto de revezamento não basta que a jornada seja de 06 horas. É
imprescindível que haja significativa alternância de horários de trabalho compreendendo dia e noite:

OJ-SDI1-360 TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. DOIS TURNOS. HORÁRIO DIURNO


E NOTURNO. CARACTERIZAÇÃO

Faz jus à jornada especial prevista no art. 7º, XIV, da CF/1988 o trabalhador que exerce suas
atividades em sistema de alternância de turnos, ainda que em dois turnos de trabalho, que
compreendam, no todo ou em parte, o horário diurno e o noturno, pois submetido à
==21169e==

alternância de horário prejudicial à saúde, sendo irrelevante que a atividade da empresa


se desenvolva de forma ininterrupta.

Para a caracterização da alternância de horários é necessário que o empregado labore em


períodos alternados que cubram todas as 24 horas do dia?

Resposta: ainda não há definição precisa por parte da doutrina, mas a OJ exposta acima tende a aceitar como
alternância os horários que não cubram as 24 horas do dia.

Exemplo: um empregado que trabalha na câmara fria de um frigorífico, cumprindo horários de trabalho
alternados nos dias da semana de 08h00min às 14h00min, 17h00min às 23h00min e 01h00min às 07h00min,
de acordo com a necessidade da empresa.

Neste caso, o empregado tem evidentes prejuízos à sua saúde e convívio social, pois tal organização do
trabalho afeta seu ritmo biológico (os horários de sono sempre variam) e prejudica sua inserção na sociedade
(tem dificuldades para frequentar uma faculdade ou realizar cursos, por exemplo, visto que a alternância de
horários não lhe permite acompanhar as turmas).

Caso o empregado laborasse em turno fixo (somente de manhã, somente de tarde ou somente de noite, sem
alternância), não seria o caso de aplicabilidade das regras atinentes ao turno ininterrupto de revezamento
(TIR).

Seguindo adiante no assunto precisamos destacar outro aspecto relevante para fins de prova:

Se a empresa parar de funcionar um dia por semana (aos domingos, por exemplo) isto prejudica
a tipificação do TIR?

Resposta: Não. Parte da doutrina entende que isso seria necessário, mas o TST já possui entendimento
quanto ao fato de as interrupções da atividade empresarial não descaracterizarem o regime de turno
ininterrupto de revezamento (OJ SDI-1 360).

Outra questão que pode ser exigida em provas:

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Se o empregador concede um intervalo intrajornada (15 minutos para lanche, por exemplo), isso
descaracteriza o regime de TIR?

Resposta: Não, visto que o termo “ininterrupto” se refere à alternância dos turnos em si, e não impede que
haja intervalo intrajornada (durante o turno) para descanso dos empregados (sum-360).

Continuando no assunto precisamos analisar a viabilidade da existência de turno ininterrupto de


revezamento com jornada acima de 06 horas.

Pelo disposto na CF/88 isto é possível, desde que pactuado por meio de negociação coletiva:

CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social: (...)

XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de


revezamento, salvo negociação coletiva;

Deste modo, é permitido que haja turnos de revezamento com jornadas de até 08 horas.

Caso não haja tal previsão na negociação coletiva as horas excedentes à 6ª deverão ser remuneradas como
extraordinárias.

Entretanto, se houver previsão no acordo ou convenção, as horas excedentes à 6ª (no caso, a 7ª e 8ª) não
serão remuneradas como extra (SUM-423).

No caso de empregado horista que labore em turnos ininterruptos de revezamento, do mesmo modo caberá
o pagamento da hora e seu respectivo adicional caso a jornada seja prorrogada para além da sexta hora (OJ
SDI-1 275).

Se houver previsão em negociação coletiva, por exemplo, de jornada de 07 (sete) horas em turnos
ininterruptos, haveria o pagamento da 7ª hora, mas não caberia o pagamento do adicional (mínimo de 50%)
desta hora, pois o sindicato concordou em que a jornada fosse de 07 (sete) horas, ou seja, esta 7ª hora não
será extraordinária.

Trabalho intermitente

Como já comentamos em outro momento do curso, intermitente é o contrato de trabalho escrito no qual a
prestação de serviços não é contínua. Nesta modalidade de contrato de trabalho, há alternância de períodos
de trabalho e inatividade, independentemente do tipo de atividade do empregador ou da função do
empregado.

Assim, o empregador pactua com o empregado uma remuneração, todavia ela será devida apenas nas
situações em que o empregado for convocado a trabalhar.

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Tal jornada vinha sendo implantada pelas grandes redes de fast food, por meio da chamada “jornada de
trabalho móvel e variável”, e condenada pelo TST1, já que

“sujeito ao arbítrio do empregador, o empregado não pode programar a sua vida


profissional, familiar e social, pela falta de certeza do seu horário de trabalho e sua exata
remuneração mensal”

Vejam que os períodos de inatividade do empregado não são considerados tempo à disposição do
empregador. Assim, não se aplicam a tais períodos o disposto no art. 4º da CLT2.

Vejam, em linhas gerais, o funcionamento desta modalidade contratual:

Surgindo a necessidade, o empregador convoca o empregado para a prestação de serviços. O empregado


deve ser convocado com antecedência de, no mínimo, 3 dias (corridos) e ser informado acerca da jornada
de trabalho.

Recebida a convocação, o empregado pode optar por aceitar ou não o chamado. O obreiro tem o prazo de
1 dia útil para responder ao chamado, presumindo-se como recusa o silêncio.

Caso aceite e compareça ao local de trabalho, o empregado terá sua jornada de trabalho computada e,
portanto, remunerada.

Por outro lado, o período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador e,
portanto, não haverá remuneração.

CLT, art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve
conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor
horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento
que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não.

§ 1º O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação


de serviços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de
antecedência.

§ 2º Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao


chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa.

§ 3º A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho


intermitente.

Agora, se o empregado aceita a convocação e, posteriormente, ou o empregado ou o empregador desistem,


sem justo motivo, há previsão de pagamento de multa de 50% da remuneração que seria devida:

1
A exemplo do decidido no RR-9891900-16.2005.5.09.0004.
2
CLT, art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador,
aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.

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CLT, art. 452-A, § 4º Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que
descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50%
(cinquenta por cento) da remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual
prazo.

§ 5º O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador,


podendo o trabalhador prestar serviços a outros contratantes.

Por exemplo: o empregado aceita a convocação do empregador para laborar em determinado período pelo
valor contratual de R$ 400,00. Todavia, ao comparecer no local de trabalho, o empregador informa que
mudou de ideia e não irá mais precisar dos serviços daquele trabalhador. Neste caso, o empregador deve
àquele trabalhador uma multa de 50% do que seria devido (isto é, R$ 200,00). Este valor deve ser pago em
30 dias ao empregado, permitindo-se compensação em igual período.

Por fim, destaco que o trabalho intermitente é um dos temas em


que o negociado irá se sobrepor ao legislado (CLT, art. 611-A, VIII).

Antes de concluir este tópico, destaco que há uma série de outras categorias que possuem jornadas
diferenciadas, como é o caso dos bancários, dos trabalhadores em minas de subsolo, dos empregados em
atividades de telefonia, dos jornalistas profissionais, entre outros.

----

Aproveitando o tópico, precisamos comentar também sobre a situação dos trabalhadores contratados a
tempo parcial.

Nesta modalidade de contratação o empregado tem jornada inferior ao padrão de 08 horas diárias e 44
semanais, com a redução proporcional de seu salário:

CLT, art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não
exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou,
ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade
de acréscimo de até seis horas suplementares semanais.

§ 2º Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante
opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de
negociação coletiva.

Assim, a jornada de um empregado contratado a tempo parcial pode ser, por exemplo, de 05 horas diárias
(de segunda a sexta).

O §2º do artigo 58-A abriu a possibilidade de que, mediante negociação coletiva, empregados sujeitos à
jornada padrão de 08 horas pudessem ter seu regime de trabalho alterado para tempo parcial, mediante a
redução proporcional dos salários.

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Após a reforma trabalhista, permitiu-se a realização de horas extras pelo trabalhador em tempo parcial, a
depender do limite de jornada. Assim, após a reforma há duas situações de trabalhador em regime de tempo
parcial:

a) sem prestação de horas extras: limite semanal de 30 horas


b) com a possibilidade de prestar horas extras: limite semanal de 26 horas

Neste último caso, as horas extras ficam limitadas a 06 horas suplementares por semana (totalizando, no
máximo, 32 horas).

Em relação ao trabalhador parcial com jornada inferior a 26 hs semanais, o limite de horas extras semanais
é de 6 horas:

CLT, art. 58-A, § 4º Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial ser
estabelecido em número inferior a vinte e seis horas semanais, as horas suplementares a
este quantitativo serão consideradas horas extras para fins do pagamento estipulado no
§ 3º [adicional HE de 50%], estando também limitadas a seis horas suplementares
semanais.

Para finalizar o assunto regime de tempo parcial, destaco que a compensação, se for realizada até a semana
posterior, pode se dar sem acordo prévio (“diretamente”):

CLT, art. 58-A, § 5º As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser
compensadas diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua execução,
devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamento do mês subsequente, caso não
sejam compensadas.

Outras regras sobre o trabalhador em tempo parcial serão estudadas em outros momentos do curso.

Para facilitar o estudo e a revisão, compilamos o seguinte quadro sobre as principais jornadas especiais:

ATIVIDADE LIMITES DA JORNADA ESPECIAL FUNDAMENTO


Bancários 6 horas diárias e CLT, art. 224

30 horas semanais
Serviços de telefonia 6 horas diárias e CLT, art. 227
Minas de subsolo CLT, art. 293
36 horas semanais
Jornalistas profissionais 5 horas diárias CLT, arts. 303-304
(prorrogável até 7 horas, por acordo
escrito)
Operadores cinematográficos 6 horas diárias CLT, art. 234
(5 horas na cabina + 1 hora para
limpeza/lubrificação)
Regime de Tempo parcial 30 horas semanais (sem HEs) CLT, art. 58-A

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26 horas semanais (com possibilidade


de HEs)

E já que, logo acima, falamos em horas extras, passemos ao próximo assunto da aula, que é justamente a
jornada extraordinária.

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JORNADA EXTRAORDINÁRIA
A jornada extraordinária (também conhecida como sobrejornada ou horas extraordinárias) é o lapso
temporal em que o empregado permanece laborando após sua jornada padrão (jornada normal).

O limite de horas extraordinárias diárias estabelecido pela CLT é o seguinte:

CLT, art. 59 A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número
não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de
trabalho.

Atenção para o fato de que, por simples acordo entre empregado e empregador, é possível a realização de
horas extraordinárias.

O efeito do acordo de horas suplementares é que cabe ao empregador exigir do empregado a prestação da
sobrejornada quando for necessário (jus variandi do empregador), não podendo o empregado se recusar a
prestar tais horas.

E se a empresa mantém empregados laborando acima do limite máximo permitido em lei, isso a
exime do pagamento das horas extraordinárias excedentes de 2?

Certamente não, mas tendo em vista as alegações de que a sobrejornada ilegal não deveria ser remunerada
(por ser ilegal) o TST editou Súmula 376:

SUM-376 HORAS EXTRAS. LIMITAÇÃO. ART. 59 DA CLT. REFLEXOS

I - A limitação legal da jornada suplementar a duas horas diárias não exime o empregador
de pagar todas as horas trabalhadas.

Ainda sobre o acordo escrito é oportuno comentarmos sobre a impossibilidade de pré-contratação de horas
extraordinárias.

Seria o caso da contratação de profissional bancário cuja jornada padrão diária deva ser de 06 horas, sendo
contratado para prestar 08 horas diárias.

SUM-199 BANCÁRIO. PRÉ-CONTRATAÇÃO DE HORAS EXTRAS

I - A contratação do serviço suplementar, quando da admissão do trabalhador bancário, é


nula. Os valores assim ajustados apenas remuneram a jornada normal, sendo devidas as
horas extras com o adicional de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento), as quais não
configuram pré-contratação, se pactuadas após a admissão do bancário.

Sobre o assunto, lembremos que não se admite a legalidade de condições que prejudiquem o empregado:

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CLT, art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar,
impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.

Quanto à sobrerremuneração (adicional) da hora extra, vejamos o dispositivo constitucional e as regras


celetistas:

CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social: (...)

XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento


à do normal;

No mesmo sentido, o §1º do art. 59, com alteração dada pela Lei 13.467, de julho de 2017:

CLT, art. 59, § 1º A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento)
superior à da hora normal.

Também é viável (e bastante comum) que acordos coletivos de trabalho (ACT) e convenções coletivas de
trabalho (CCT) prevejam percentuais maiores que 50%.

Nestes casos, deve-se respeitar a previsão da negociação coletiva, mais benéfica à categoria.

Isto permite concluir que toda hora suplementar será remunerada com o respectivo
adicional?

A resposta é negativa.

No caso de regime de compensação de horas haverá a prestação de labor além da jornada padrão, mas,
como as horas serão compensadas, não será devido o respectivo adicional.

Compensação de jornada
INCIDÊNCIA EM PROVA: ALTA

Falaremos aqui sobre as duas modalidades de compensação de jornada: o acordo de prorrogação de jornada
(compensação semanal ou mensal) e o banco de horas (compensação que ultrapassa o módulo mensal).

As principais diferenças para fins de prova são as seguintes:

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Compensação de jornada

Acordo de prorrogação de jornada Banco de horas

Compensação que ultrapassa o módulo


Compensação mensal
mensal

ANUAL:
SEMESTRAL:
sua validade
Sua validade demanda acordo escrito ou sua validade
demanda previsão
tácito entre empregador e empregado demanda acordo
em negociação
escrito
coletiva

Vejamos agora outros aspectos importantes sobre o assunto.

➢ Acordo de prorrogação de jornada

Além de prever a duração normal do trabalho (regra geral) de 08 horas diárias e 44 horas semanais, a CLT
prevê a possibilidade de compensação, que ocorre quando o empregado trabalha algumas horas a mais em
um (ou mais) dia(s) e menos em outro(s):

CLT, art. 59 - A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número
não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de
trabalho.

Segue abaixo um cartão ponto hipotético, para analisar esta regra:

CARTÃO PONTO

Dia Entrada Saída do intervalo Retorno do Saída


intervalo
Segunda-feira 07h58min 12h02min 14h02min 18h47min

Terça-feira 07h58min 12h02min 14h01min 18h49min

Quarta-feira 07h56min 12h01min 13h59min 18h47min

Quinta-feira 07h58min 12h02min 14h02min 18h50min

Sexta-feira 07h59min 12h03min 14h01min 18h49min

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Sábado - - - -

Domingo - - - -

Neste caso hipotético (que é bem comum no cotidiano) o empregado trabalhou mais que 08 horas de
segunda a sexta, mas não laborou no sábado.

Desconsiderando as pequenas variações no ponto a jornada do empregado foi de 08h48min de segunda a


sexta, o que resulta em 44 horas de trabalho no módulo semanal (08h48min x 5 dias).

O resultado disto é que não será devido pagamento de adicional de horas extras.

Após a reforma trabalhista, a CLT passou a permitir:

✓ a compensação dentro de até um mês (não mais apenas intrassemanal, como vinha entendendo a
jurisprudência dominante) e
✓ o estabelecimento mediante acordo individual tácito ou escrito (até então, a CLT exigia acordo
individual escrito)

Vejam abaixo o dispositivo que regula o estabelecimento de tal modalidade:

CLT, art. 59, § 6º É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo
individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês.

Portanto, diferentemente da compensação de jornada por meio de banco de horas, que exige previsão em
negociação coletiva (anual) ou acordo escrito (semestral), o acordo de prorrogação de jornada pode ser
realizado mediante acordo escrito entre empregado e empregador ou, até mesmo, tácito.

Apesar de a CLT não ter mencionado o acordo verbal, entende-se que ele também será válido, já que, até
mesmo, o tácito é aceito.

Criticando a possibilidade de acordo tácito constante do §6º do art. 59, o Ministro Godinho leciona que1:

A interpretação literalista desse novo preceito, entretanto, conduziria à deflagração de


profunda insegurança jurídica para o trabalhador no contexto da relação de emprego, além
de exacerbar o poder unilateral do empregador nessa relação já fortemente assimétrica. A
interpretação lógico-racional, sistemática e teleológica (..) devem conduzir,
equilibradamente, à compreensão no sentido da necessidade, pelo menos, da pactuação
bilateral escrita para a validade do mencionado regime compensatório clássico. (grifou-se)

1
DELGADO, Maurício Godinho. DELGADO, Gabriela Neves. A Reforma Trabalhista no Brasil: com os comentários à Lei n.
13.467/2017. 1ª ed. São Paulo: LTr, 2017. P. 129

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É importante notar que o acordo de prorrogação não se confunde com o banco de horas (tratado a seguir).

➢ Banco de horas

Outra possibilidade de compensação de jornada é o banco de horas, na qual a compensação extrapola o


período de um mês.

O banco de horas atende ao jus variandi do empregador, que exigirá mais labor (hora extras) quando haja
maior demanda do mercado e, ao revés, quando a produção ficar em ritmo mais lento, poderá dispensar o
empregado de alguns dias de trabalho para compensar as horas positivas do banco, tudo isso sem
pagamento de horas extraordinárias.

Para a modalidade de banco de horas, a Lei 13.467 (reforma trabalhista) criou a possibilidade de um banco
de horas semestral, além do banco de horas anual, que já existia.
==21169e==

O banco de horas semestral pode ser estabelecido por meio de acordo individual escrito (até então, só podia
se falar em “banco de horas” por meio de negociação coletiva):

CLT, art. 59, § 5º O banco de horas de que trata o § 2º2 deste artigo poderá ser pactuado
por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis
meses.

Assim, a cada semestre esse banco de horas poderia ser renovado diretamente com o empregado, por meio
de simples acordo escrito.

Já em relação ao banco de horas anual, por força do disposto no §2º do art. 59, a CLT exige o ajuste mediante
negociação coletiva, mesmo após a reforma trabalhista:

CLT, art. 59, § 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou
convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela
correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo
de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o
limite máximo de dez horas diárias.

2
CLT, art. 59, § 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o
excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no
período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez
horas diárias.

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Por outro lado, o banco de horas anual é um dos assuntos em que o negociado poderá prevalecer sobre o
legislado:

CLT, art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre
a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:

(..)

II - banco de horas anual;

Portanto, em relação ao banco de horas anual, poderiam ser estabelecidas outras regras, ainda que
desvantajosas ao trabalhador.

Segue abaixo um resumo destas modalidades de acordo com a reforma trabalhista:

➢ Demais aspectos sobre compensação de jornada

A Lei 13.467 positivou na CLT entendimento do TST previsto na então SUM-85, III3:

CLT, art. 59-B. O não atendimento das exigências legais para compensação de jornada,
inclusive quando estabelecida mediante acordo tácito, não implica a repetição do

3
SUM-85, III. O mero não atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclusive quando encetada mediante
acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária, se não dilatada a jornada
máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional.

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pagamento das horas excedentes à jornada normal diária se não ultrapassada a duração
máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional.

Exemplo: um empregado que, sem ter acordado a compensação de jornada com seu empregador, laborou
durante 44 horas durante uma semana. Dessas 44 horas, ele laborou 10 horas de segunda a quinta-feira, e
mais 4 horas na sexta-feira, totalizando as 44.

Note que, nesse caso, entre segunda e quinta ele laborou 2 horas extras por dia.

Pergunta: Ele deve receber cada uma dessas horas como extra?

A resposta é não, pois, no total, ele não extrapolou a jornada pela qual ele é remunerado.

Isto porque o salário do empregado já inclui todas as horas trabalhadas, e, por isso, o não atendimento das
exigências legais (acordo individual) implicará pagamento apenas do respectivo adicional.

Nesse caso, por força do art. 59-B acima, ele não deve receber tais horas como extra, mas apenas o adicional
de 50% relativo a cada uma delas.

-----

Outra inovação da Lei 13.467 diz respeito ao fato de que a prestação de horas extras habituais não mais
descaracteriza os acordos de compensação de jornada:

CLT, art. 59-B, parágrafo único. A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o
acordo de compensação de jornada e o banco de horas.

Note que tal disposição é contrária ao que vinha entendendo o TST, por meio da SUM-85, IV4.

-----

Ressalto, ainda, que para os empregadores menores de idade, a compensação de jornada exige previsão em
ACT/CCT (diferentemente dos empregados em geral):

CLT, art. 413 - É vedado prorrogar a duração normal diária do trabalho do menor, salvo:

I - até mais 2 (duas) horas, independentemente de acréscimo salarial, mediante convenção


ou acordo coletivo nos termos do Título VI desta Consolidação, desde que o excesso de
horas em um dia seja compensado pela diminuição em outro (...);

4
SUM-85, IV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas
que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à
compensação, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário.

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-----

Para finalizar este tópico, pergunto:

o que acontece se o empregado tem o contrato de trabalho rescindido antes de ser “zerado” o
saldo de horas a compensar?

Exemplo: o empregado da empresa XPTO Ltda., com banco de horas ajustado com seu empregador, é
demitido com um saldo de 20 horas no seu banco.

Neste caso, estas 20 horas deverão ser pagas como horas extras por ocasião da sua rescisão, considerando
o valor-hora da remuneração à época da rescisão:

CLT, art. 59, § 3º Na hipótese de rescisão do Contrato de Trabalho sem que tenha havido a
compensação integral da jornada extraordinária, na forma dos §§ 2º e 5º deste artigo, o
trabalhador terá direito ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas
sobre o valor da remuneração na data da rescisão.

➢ Compensação 12 x 36 horas

Com a reforma trabalhista, regulamentou-se em lei a possibilidade da jornada de 12 horas de trabalho por
36 de descanso. Assim, a CLT passou a permitir o estabelecimento da jornada de 12 horas de trabalho por
36 de descanso por meio de ACT/CCT ou, até mesmo, de acordo individual escrito:

CLT, art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às partes,
mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho,
estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas
de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação.

Vejam que tal dispositivo amplia as possibilidades de estabelecimento da jornada 12x36 que eram
mencionadas na SUM-444 do TST5, a qual exigia lei ou negociação coletiva.

Portanto, de acordo com o art. 59-A da CLT, é permitida a jornada 12x36 estabelecida, inclusive, por meio
de acordo individual escrito (e não apenas por meio de ACT/CCT).

Há outros quatro pontos que chamam a atenção acerca desta jornada.

Os trabalhadores em escala de 12x36 não têm direito à remuneração em dobro pelos feriados trabalhados
(contrariando o entendimento fixado anteriormente pelo TST), tampouco em relação aos domingos

5
SUM-444 JORNADA DE TRABALHO. ESCALA DE 12 POR 36. VALIDADE.
É valida, em caráter excepcional, a jornada de 12 horas de trabalho por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada
exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho, assegurada a remuneração em dobro
dos feriados trabalhados. O empregado não tem direito ao pagamento de adicional referente ao labor prestado na décima primeira
e décima segunda horas.

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trabalhados. Portanto, se a escala de trabalho recai em um feriado, por exemplo, considera-se que tal labor
está naturalmente compensado, já que o empregado teria outras 36hs de descanso na sequência.

O segundo ponto importante é que abre-se a possibilidade de que os intervalos intrajornada na escala 12x36
não sejam necessariamente concedidos. Pela parte final do dispositivo acima, tais intervalos podem ser
observados ou, caso não sejam concedidos, serão indenizados.

Além disso, tais trabalhadores não têm direito ao recebimento de adicional noturno pela prorrogação de
trabalho noturno, a que se refere o art. 73, §5º, da CLT6.

Adiante, a literalidade do dispositivo celetista sob comento:

CLT, art. 59-A, parágrafo único. A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto
no caput deste artigo [12x36] abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal
remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados os feriados
e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do
art. 73 desta Consolidação.

Por fim, é possível o estabelecimento de jornada 12x36 em atividade insalubre sem a necessidade de licença
prévia do MTb:

CLT, art. 60, parágrafo único. Excetuam-se da exigência de licença prévia [para prorrogação
de jornada em atividades insalubres] as jornadas de doze horas de trabalho por trinta e seis
horas ininterruptas de descanso.

Prorrogação em atividades insalubres


INCIDÊNCIA EM PROVA: BAIXA

Como já adiantado acima, o art. 60 da CLT exige inspeção e licença prévia do Ministério do Trabalho para
prorrogação de jornada em atividades insalubres:

CLT, art. 60 - Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros
mencionados no capítulo "Da Segurança e da Medicina do Trabalho", ou que neles venham
a ser incluídas por ato do Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, quaisquer
prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades
competentes em matéria de higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos
necessários exames locais e à verificação dos métodos e processos de trabalho, quer
diretamente, quer por intermédio de autoridades sanitárias federais, estaduais e
municipais, com quem entrarão em entendimento para tal fim.

6
CLT, art. 73, § 5º Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o disposto neste capítulo.

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Por outro lado, com a Lei 13.467, de julho de 2017, a CLT passou a possibilitar que negociação coletiva
dispense autorização prévia para prorrogação de jornada em atividades insalubres:

CLT, art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre
a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:

(..)

XIII – prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades
competentes do Ministério do Trabalho;

Tal dispensa de licença prévia mediante negociação coletiva colide com o que vinha dispondo a SUM-85,
item VI7.

Hora noturna
INCIDÊNCIA EM PROVA: ALTA

O trabalho no horário noturno é mais gravoso ao ser humano, que naturalmente utiliza este período para
sono e descanso.

Reconhecendo esta situação, o legislador conferiu ao trabalho noturno duas regras diferenciadas que
beneficiam o empregado: o adicional noturno e a hora ficta noturna.

Em relação à remuneração adicional do trabalho noturno superior à do diurno, convém relembrarmos a


seguinte disposição constitucional:

CF,88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social: (...)

IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

O adicional noturno foi fixado pela CLT nos termos abaixo:

CLT, art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno
terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um
acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.

7
SUM-85, VI - Não é válido acordo de compensação de jornada em atividade insalubre, ainda que estipulado em norma coletiva,
sem a necessária inspeção prévia e permissão da autoridade competente, na forma do art. 60 da CLT.

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Registre-se que a doutrina8 entende que o trecho inicial do artigo 73, que excepciona o adicional com os
dizeres “Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal” não foi recepcionado pela CF/88, ou seja,
mesmo nestes casos será devido o adicional noturno.

Com relação à hora ficta noturna, esta representa 52º30’, de acordo com o § 1º do mesmo artigo:

CLT, art. 73, § 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30
segundos.

Assim, um empregado que labora das 22h00min às 05h00min trabalha efetivamente 07 horas, mas isto
representa 08 horas de trabalho para fins de remuneração (52º30’ x 8 = 7 horas).

Podemos verificar então que o labor de 8 horas em período diurno equivale a 7 horas em período noturno,
e o trabalho noturno, ainda, ensejará a percepção do adicional mínimo de 20%.

Sobre a validade da previsão celetista de hora ficta pós CF/88, o TST entendeu que a disposição constitucional
de remuneração do trabalho noturno superior à do diurno não revoga a hora ficta:

OJ-SDI1-127 HORA NOTURNA REDUZIDA. SUBSISTÊNCIA APÓS A CF/1988

O art. 73, § 1º da CLT, que prevê a redução da hora noturna, não foi revogado pelo inciso
IX do art. 7º da CF/1988.

----

Se o trabalho iniciou no período noturno e foi prorrogado, ao labor realizado na prorrogação também se
aplica o adicional noturno:

CLT, art. 73, § 5º Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o disposto neste capítulo.

Neste contexto, relevante mencionar o item II da Súmula 60, que interpreta o art. 73, § 5º, da CLT desta
maneira:

SUM-60 ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO


DIURNO

I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos
os efeitos.

II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é


também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT.

8
Neste sentido cita-se CARRION, Valentim. Op. cit., p. 164.

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Vejamos alguns exemplos para facilitar a compreensão.

Exemplo 1: um empregado urbano labora das 21hs às 04hs, tendo direito à redução da hora noturna e ao
adicional noturno entre o período compreendido das 22hs às 04hs9.

Exemplo 2: um porteiro labora das 22hs às 05hs, mas em determinado dia teve que permanecer na portaria
do edifício até a chegada do outro empregado, que ocorreu somente às 07hs. Por força do art. 73, §5º e da
SUM-60, transcritos acima, o porteiro terá direito à redução ficta e ao adicional noturno entre o período
compreendido das 22hs às 07hs (mesmo não sendo considerado noturno o período após as 05hs).

Relembro que os empregados na escala de 12 x36 não possuem direito a este adicional ou à hora ficta sobre
a prorrogação da jornada noturna (CLT, art. 59-A, parágrafo único). Ou seja, eles fazem jus ao adicional
noturno (e à redução ficta da hora noturna) sobre o período efetivamente noturno, mas não têm direito a
estes benefícios sobre o período laborado mediante prorrogação de jornada noturna. Assim, passamos a
mais um exemplo.

Exemplo 3: uma enfermeira, laborando em escala 12x36, inicia seu turno às 22hs. Ela possui direito ao
adicional noturno apenas até as 05hs, sendo o trecho de sua jornada após as 05hs não irá ensejar a percepção
do adicional noturno, por força do art. 59-A, parágrafo único, parte final.

----

Quanto à delimitação do que se considera noturno, a CLT estabeleceu como tal o período entre 22h00min e
05h00min:

CLT, art. 73, § 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado
entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte.

No caso dos trabalhadores rurais a Lei 5.889/73 (Lei do Trabalho Rural) regulou o horário noturno de outra
forma:

Lei 5.889/73, art. 7º - Para os efeitos desta Lei, considera-se trabalho noturno o executado
entre as vinte e uma horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte, na lavoura, e entre
as vinte horas de um dia e as quatro horas do dia seguinte, na atividade pecuária.

No tocante à remuneração do trabalho noturno superior à do diurno a lei 5.889/73 também possui regra
distinta:

Lei 5.889/73, art. 7º, parágrafo único. Todo trabalho noturno será acrescido de 25% (vinte
e cinco por cento) sobre a remuneração normal.

9
Como veremos adiante, para os empregados urbanos é considerada jornada noturna o trabalho executado entre as 22 horas de
um dia e as 5 horas do dia seguinte.

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Segue abaixo um esquema com a indicação das regras da hora noturna em relação aos empregados urbanos
e rurais:

Trabalhador urbano (CLT) Trabalhador rural

Horário noturno entre as Horário noturno entre as


22h00min de um dia e as 21h00min de um dia e as
05h00min do dia seguinte 05h00min do dia seguinte
(lavoura)

Horário noturno entre as


20h00min de um dia e as
04h00min do dia seguinte
(pecuária)

Hora ficta noturna de 52 minutos Não possui direito a hora ficta


e 30 segundos noturna

Adicional noturno de 20% Adicional noturno de 25%

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DESCANSOS
Tanto a duração do trabalho quanto os períodos de descanso têm reflexos na saúde do trabalhador. Assim,
o entendimento dominante é que tais regras se revestem de caráter de normas de ordem pública, de modo
que tais regras não eram consideradas de livre negociação por parte das entidades sindicais.

Todavia, com a reforma trabalhista, o legislador buscou deixar claro que as normas sobre duração ou
intervalos não se enquadram como sendo de segurança e saúde para fins de negociação coletiva:

CLT, art. 611-B, parágrafo único. Regras sobre duração do trabalho e intervalos não são
consideradas como normas de saúde, higiene e segurança do trabalho para os fins do
disposto neste artigo.

Dessa forma, as regras sobre duração do trabalho e intervalos são passíveis de negociação, como prevê a
CLT, no art. 611-A, incisos I a III.

Intervalo intrajornada
INCIDÊNCIA EM PROVA: ALTA

Intervalo intrajornada é o intervalo concedido durante a jornada, para descanso e alimentação. Segue o
artigo da CLT que delimita a duração do intervalo intrajornada:

CLT, art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é
obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no
mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não
poderá exceder de 2 (duas) horas.

§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um


intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.

Assim, temos 3 situações possíveis quanto ao intervalo intrajornada:

Jornada Intervalo intrajornada

Igual ou inferior a 04 horas Não há obrigatoriedade de concessão de


intervalo intrajornada

Maior que 04 horas e igual ou inferior a 06 Intervalo de 15 minutos


horas

Superior a 06 horas Intervalo de 1 a 2 horas

Para que haja intervalo intrajornada superior a 2 horas é necessário acordo escrito (entre empregador e
empregado) ou previsão em negociação coletiva.

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Após a reforma trabalhista, a CLT passou a permitir a redução do intervalo intrajornada para jornadas
superiores a 06 horas mediante negociação coletiva. É a prevalência do “negociado sobre o legislado”.

Tal redução, que somente pode se dar por meio de negociação coletiva, fica limitada ao mínimo de 30
minutos de intervalo:

CLT, art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre
a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:

(..)

III – intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas
superiores a seis horas;

Portanto, como regra geral, o intervalo intrajornada para jornadas superiores a 06 horas é de 1 a 2 horas,
podendo ser reduzido, por meio de negociação coletiva, para até 30 minutos.

Outra possibilidade de redução do intervalo mínimo, consiste na redução com autorização do MTb,
conforme previsto no próprio art. 71, em seu §3º:

CLT, art. 71, § 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser
reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço
de Alimentação de Previdência Social, se verificar que o estabelecimento atende
integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quando os
respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas
suplementares.

Além da exceção visto pouco acima (aplicável aos empregados em geral), admite-se também a redução do
intervalo intrajornada para os domésticos1 (como será detalhado adiante) e para os motoristas profissionais2.
Ao todo, portanto, temos quatro possibilidades de redução do intervalo intrajornada.

Incorporando estas regras e exceções ao nosso quadro anterior:

1
LC 150, art. 13. É obrigatória a concessão de intervalo para repouso ou alimentação pelo período de, no mínimo, 1 (uma) hora
e, no máximo, 2 (duas) horas, admitindo-se, mediante prévio acordo escrito entre empregador e empregado, sua redução a 30
(trinta) minutos.

2
CLT, art. 71, § 5º - O intervalo expresso no caput [intervalo intrajornada de 1 a 2 horas] poderá ser reduzido e/ou fracionado, e
aquele estabelecido no § 1º [intervalo intrajornada de 15 minutos] poderá ser fracionado, quando compreendidos entre o término
da primeira hora trabalhada e o início da última hora trabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho,
ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho a que são submetidos estritamente os motoristas,
cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de veículos rodoviários, empregados no setor de transporte
coletivo de passageiros, mantida a remuneração e concedidos intervalos para descanso menores ao final de cada viagem.

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Jornada Intervalo intrajornada

Igual ou inferior a 04 horas Não há obrigatoriedade de concessão de


intervalo intrajornada

Maior que 04 horas e igual ou inferior a 06 Intervalo de 15 minutos


horas

Superior a 06 horas Intervalo de 1 a 2 horas

Superior a 06 horas Superior a 2 horas somente se houver


acordo escrito ou previsão em
negociação coletiva

Superior a 06 horas Inferior a 1 hora, somente se:


✓ negociação coletiva (mínimo de
30 min) ou
✓ houver autorização do MTb ou
✓ doméstico (acordo escrito) ou
✓ motorista (negociação coletiva)

E nos casos em que o empregador não concede o intervalo intrajornada mínimo, quais são as
consequências?

No âmbito administrativo haverá a autuação pelo Auditor-Fiscal do Trabalho, e na esfera trabalhista a


obrigatoriedade do pagamento do período não concedido com o respectivo adicional:

CLT, art. 71, § 4º - A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada


mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o
pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de
50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.

Assim, por exemplo, caso o empregado trabalhe 8 horas seguidas sem intervalo, haverá a obrigatoriedade
de remunerá-lo com hora extra o intervalo de 1 hora não concedido (o que não afasta a conduta irregular
do empregador, que mesmo pagando o adicional poderá ser autuado).

Nos casos em que o intervalo é parcialmente concedido (por exemplo, deveria conceder 1 hora e concedeu
apenas 30 minutos), após a reforma trabalhista, o empregado tem o direito a receber como extra apenas o
período suprimido (não implica o pagamento total do período correspondente).

Assim, por exemplo, caso o empregado trabalhe 8 horas e o intervalo é parcialmente concedido (por
exemplo, deveria conceder 1 hora e concedeu apenas 30 minutos) apenas os 30 minutos não concedidos
devem ser pagos como extra.

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Este é um dos vários pontos alterados na CLT pela Lei 13.467, de sorte que a nova redação do art. 71, §4º, é
em sentido contrário à interpretação que o TST vinha dando por meio da SUM-4373 (que previa o pagamento
integral no caso do intervalo concedido parcialmente).

Outra alteração da reforma trabalhista é que esta quantia paga terá natureza indenizatória, de forma que
não irá repercutir em outras verbas, em sentido contrário ao que vinha entendendo o TST4.

Vejam como ficou a redação do art. 71, §4º:

Antes Depois
CLT, art. 71, § 4º Quando o intervalo para CLT, art. 71, § 4º - A não concessão ou a
repouso e alimentação, previsto neste artigo, concessão parcial do intervalo intrajornada
não for concedido pelo empregador, este ficará mínimo, para repouso e alimentação, a
obrigado a remunerar o período correspondente empregados urbanos e rurais, implica o
com um acréscimo de no mínimo cinqüenta por pagamento, de natureza indenizatória, apenas
cento sobre o valor da remuneração da hora do período suprimido, com acréscimo de 50%
normal de trabalho. (cinquenta por cento) sobre o valor da
remuneração da hora normal de trabalho.

Ok, entendi! Mas...

o que é considerado concessão parcial deste intervalo?

Digamos que o empregado teria direito a 1hr de intervalo, mas, na prática, somente foram concedidos 57
minutos (isto é, apenas 3 minutos a menos). Tal situação já deveria atrair os efeitos do art. 71, §4º, transcrito
acima?

A resposta é um sonoro não!

De acordo com tese fixada pelo TST em março de 20195, apenas as variações que ultrapassarem, ao todo, 5
minutos deverão gerar efeitos indenizatórios ao empregado:

A redução eventual e ínfima do intervalo intrajornada, assim considerada aquela de até 5


(cinco) minutos no total, somados os do início e término do intervalo, decorrentes de
pequenas variações de sua marcação nos controles de ponto, não atrai a incidência do

3
SUM-437 INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 71 DA CLT.

I – Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não-concessão total ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso
e alimentação a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele
suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem
prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de remuneração.
4
SUM-437, III - Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de
27 de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e
alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais.
5
IRR-1384-61.2012.5.04.0512. 25/3/2019. Rel. Min. Katia Magalhães Arruda

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artigo 71, § 4º, da CLT. A extrapolação desse limite acarreta as consequências jurídicas
previstas na lei e na jurisprudência.

Portanto, se a redução for ínfima (menor que 5 minutos) e não habitual, a rigor não haveria que se falar em
concessão parcial!

Intervalo interjornadas
INCIDÊNCIA EM PROVA: MÉDIA

Intervalo interjornada é o espaço de tempo entre duas jornadas de trabalho, que não pode ser menor que
11 (onze) horas:

CLT, art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze)
horas consecutivas para descanso.

Deste modo, se um empregado termina sua jornada no dia x às 22h00min, ele só pode iniciar sua jornada
em x + 1 às 09h00min.

Assim como vimos quanto ao intervalo intrajornada não concedido, aqui também caberá pagamento de
adicional caso desrespeitado o intervalo mínimo de 11 horas entre duas jornadas de trabalho.

No caso do intervalo intrajornada vimos que o pagamento é determinado pela CLT (art. 71), e no caso do
intervalo interjornadas (art. 66) o pagamento foi definido através de entendimento jurisprudencial:

OJ-SDI1-355 INTERVALO INTERJORNADAS. INOBSERVÂNCIA. HORAS EXTRAS. PERÍODO


PAGO COMO SOBREJORNADA. ART. 66 DA CLT. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO § 4º DO ART.
71 DA CLT

O desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta, por


analogia, os mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT e na Súmula nº 110 do TST6,
devendo-se pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do intervalo, acrescidas
do respectivo adicional.

Exemplo: a jornada de quinta-feira encerrou-se às 22h00min, e com o intervalo interjornada mínimo de 11


horas, a jornada de sexta-feira somente poderia iniciar às 09h00min.

Segue abaixo a visualização do exemplo na linha do tempo:

6
SUM-110 JORNADA DE TRABALHO. INTERVALO
No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24 horas, com prejuízo do intervalo mínimo
de 11 horas consecutivas para descanso entre jornadas, devem ser remuneradas como extraordinárias, inclusive com o respectivo
adicional.

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Jornada encerrada às Intervalo interjornada de 11 Início da jornada às 07h00min


22h00min de quinta-feira horas de sexta-feira

A jornada de sexta-feira deveria ter iniciado às 09h00min, e com isso foi desrespeitado o intervalo
interjornada de 11 (onze) horas.

De acordo com a OJ 355, neste exemplo deve-se pagar 2 (duas) hora como extraordinárias, inclusive com o
respectivo adicional.

A citada Súmula 110 foi estudada no tópico turnos ininterruptos de revezamento:

SUM-110 JORNADA DE TRABALHO. INTERVALO

No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24


horas, com prejuízo do intervalo mínimo de 11 horas consecutivas para descanso entre
jornadas, devem ser remuneradas como extraordinárias, inclusive com o respectivo
adicional.

Nos casos de haver descanso semanal remunerado, esta regra que acabamos de estudar irá ter mais uma
variável, que estudaremos dentro do próximo tópico.

Repouso semanal remunerado


INCIDÊNCIA EM PROVA: MÉDIA

O repouso semanal remunerado (RSR) é o período de 24 horas consecutivas em que o empregado não
trabalha e nem permanece à disposição do empregador.

Há previsão do descanso semanal remunerado (DSR) na Constituição:

CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social: (...)

XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

A Lei 605/1949, que dispõe sobre o DSR e o pagamento de salário nos dias de feriados civis e religiosos,
estabelece em seu artigo 1º que “todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de vinte e
quatro horas consecutivas, preferentemente aos domingos e, nos limites das exigências técnicas das
empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local”.

Além da CF/88 e da lei 605/1949, a própria CLT também traz a obrigatoriedade do DSR preferencialmente
aos domingos:

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CLT, art. 67 - Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e


quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade
imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte.

Especificamente para o caso de atividades do comércio em geral, que usualmente funcionam nos fins de
semana (restaurantes, bares, supermercados, etc.), a Lei 10.101/2000 estabeleceu um critério objetivo para
a coincidência do DSR com os domingos:

Lei 10.101/2000, art. 6º Fica autorizado o trabalho aos domingos nas atividades do
comércio em geral, observada a legislação municipal, nos termos do art. 30, inciso I, da
Constituição.

Parágrafo único. O repouso semanal remunerado deverá coincidir, pelo menos uma vez
no período máximo de três semanas, com o domingo, respeitadas as demais normas de
proteção ao trabalho e outras a serem estipuladas em negociação coletiva.

Assim, para as atividades que não se enquadrem no comércio em geral, entende-se que o DSR deve coincidir
com o domingo, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço.

Quanto à Lei 605/49, que menciona a necessidade de coincidência do DSR com os domingos “nos limites das
exigências técnicas das empresas”, registre-se que ela mesma inclui nesta expressão as empresas
prestadoras de serviços públicos e de transportes (art. 10, § único).

Voltando à periodicidade do descanso, estudamos que ele deve ser semanal, mas o conceito aparentemente
simples gera algumas controvérsias.

Se o empregado, por exemplo, folga um dia, trabalha outros quatorze e depois folga mais
um dia, estão sendo concedidos tempestivamente os DSR?

Dentro deste debate é relevante mencionar o conceito de descanso hebdomadário, segundo o qual o
descanso deve ocorrer após seis dias de trabalho.

O TST adotou a tese do descanso hebdomadário, sendo, portanto, negativa a resposta de nossa pergunta
anterior:

OJ-SDI1-410 REPOUSO SEMANAL REMUNERADO. CONCESSÃO APÓS O SÉTIMO DIA


CONSECUTIVO DE TRABALHO. ART. 7º, XV, DA CF. VIOLAÇÃO.

Viola o art. 7º, XV, da CF a concessão de repouso semanal remunerado após o sétimo dia
consecutivo de trabalho, importando no seu pagamento em dobro.

Agora, o que acontece se o empregado labora no domingo ou em um feriado?

Nesta situação, deve haver:

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✓ a compensação (caso em que o trabalhador deixaria de trabalhar outro dia da semana) ou


✓ pagamento em dobro.

Trata-se de uma decorrência da SUM-146 do TST e também da OJ-410 da SDI-1:

Súmula nº 146 do TST

TRABALHO EM DOMINGOS E FERIADOS, NÃO COMPENSADO

O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro,
sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal.

E, por falar em feriado, lembro que a reforma trabalhista, objetivando


conferir ainda mais flexibilidade ao empregador, deixou assente que
a troca do dia do feriado é um dos assuntos em que o negociado
prevalece sobre o legislado:

CLT, art. 611-A, XI - troca do dia de feriado;

Agora voltando ao descanso semanal, vamos falar sobre a remuneração do descanso semanal. É importante
frisar que tal descanso sempre deverá ser concedido, mas sua remuneração está condicionada à assiduidade
e pontualidade do empregado, de acordo com previsão da Lei 605/49:

Lei 605/49, art. 6º Não será devida a remuneração quando, sem motivo justificado, o
empregado não tiver trabalhado durante toda a semana anterior, cumprindo
integralmente o seu horário de trabalho.

Se o empregado faltar injustificadamente ou não for pontual, perderá


a remuneração do descanso semanal.

O descanso semanal em si, entretanto, continua a ser devido! Ou seja:


neste caso, será um “descanso semanal não remunerado”.

A própria Lei 605/49 define quais seriam os motivos justificadores das faltas, como casamento, doação de
sangue, alistamento como eleitor, serviço militar, etc., ou seja, situações configuradas como interrupção do
contrato de trabalho.

Para finalizar o tópico vamos retomar o assunto anterior, do intervalo interjornada. Vimos que o DSR deve
ser de 24 horas consecutivas, enquanto o intervalo interjornada deve ser de 11 horas consecutivas.

Sendo assim, deve haver um intervalo de 35 horas (24h + 11h) durante a semana, conjugando-se o DSR e o
intervalo interjornada. No caso, teríamos:

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Jornada encerrada Início da jornada às


Intervalo interjornadas
às 22h00min de DSR 09h00min de
de 11 horas
sábado segunda-feira

Neste exemplo abaixo foi desrespeitada a regra, pois entre a saída do sábado (20h50min) e o retorno na
segunda (05h58min) não houve 35 horas de intervalo:

CARTÃO PONTO

Dia Entrada Saída do Retorno do Saída


intervalo intervalo

Segunda-feira 07h58min 12h02min 14h02min 18h47min

Terça-feira 07h58min 12h02min 14h01min 18h49min

Quarta-feira 07h56min 12h01min 13h59min 18h47min

Quinta-feira 07h58min 12h02min 14h02min 18h50min

Sexta-feira 07h59min 12h03min 14h01min 18h49min

Sábado 11h00min 15h01min 17h03min 20h50min

Domingo - - - -

Segunda-feira 05h58min 12h00min 13h02min 15h48min

Controle de jornada

Após estudarmos as regras gerais sobre jornada e descansos, veremos agora como se dá o controle da
jornada.

Falaremos neste tópico sobre a jornada controlada (que é a regra geral) e sobre jornada não controlada.
Antigamente, havia um caso de jornada não tipificada, para os trabalhadores domésticos, o que não vale
mais desde a EC 72/2013.

Jornada controlada
INCIDÊNCIA EM PROVA: MÉDIA

A regra geral é que haja controle da jornada, nos termos do artigo 74 da CLT, visto que este controle ocorre
em benefício do empregado, com o fito de fazer com que sejam respeitados os limites máximos das jornadas
laborais:

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CLT, art. 74 - O horário de trabalho será anotado em registro de empregados.

(...)

§ 2º Para os estabelecimentos com mais de 20 (vinte) trabalhadores será obrigatória a


anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico,
conforme instruções expedidas pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do
Ministério da Economia, permitida a pré-assinalação do período de repouso.

§ 3º Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos empregados


constará do registro manual, mecânico ou eletrônico em seu poder, sem prejuízo do que
dispõe o caput deste artigo.

Deste modo, o estabelecimento com mais de 20 empregados deve possuir controle de jornada, que não
necessariamente deve ser eletrônico. Percebam que a lei fala em registro manual, mecânico ou eletrônico.

Após sucessivas prorrogações, finalmente entrou em vigor a Portaria 1510/2009 do MTb, que regula o
controle eletrônico de jornada.

A partir de então uma série de requisitos técnicos devem ser atendidos pelas empresas que adotam o ponto
eletrônico, com a finalidade de dificultar a manipulação e fraude dos registros do ponto eletrônico.

Percebam também que o controle da jornada está vinculado à quantidade de empregados do


estabelecimento (mais de 20), não havendo vinculação com o porte econômico da empresa.

A par desta regra geral, é importante conhecermos duas ressalvas importantes!

-----

A primeira ressalva quanto ao controle da jornada diz respeito à disposição introduzida na CLT pela reforma
trabalhista, que prevê a possibilidade de negociação coletiva quanto à modalidade de registro do ponto:
CLT, Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência
sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:
(..)
X - modalidade de registro de jornada de trabalho;

Tal regra dá grande liberdade para os sindicatos, que passam a poder dispor a respeito do registro de jornada
de trabalho, autorizando, por exemplo, o controle fora da modalidade regulamentada pelo MTb.

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A segunda ressalva diz respeito ao chamado controle de jornada por exceção.

Nos últimos tempos, o TST já vinha entendendo válida7 cláusula coletiva que disponha a respeito do controle
de jornada, permitindo o “controle de jornada por exceção”.

Neste “controle por exceção”, não há necessidade do registro diário de todos os horários de entrada e
saída do empregado. São registradas apenas as situações excepcionais, em que o empregado presta horas
extras, se atrasa, sai de férias etc.

Em outras palavras, no controle por exceção:

- a “regra geral” (jornada de trabalho corriqueira): é presumida, sem necessidade de


registro;
- as “exceções” (situações que fogem à jornada de trabalho habitual): devem ser
registradas.

Assim, se o empregador fosse chamado em juízo a apresentar o controle e não apresentasse, não incidiriam
os efeitos previstos no item I da SUM-338 (estudada logo adiante).

Mas qual a relevância deste controle por exceção?

É que, após a alteração promovida pela Lei 13.874, de setembro de 2019, a CLT passou a permitir tal
modalidade de controle de jornada, por meio do disposto em seu art. 74, §4º:

4º Fica permitida a utilização de registro de ponto por exceção à jornada regular de


trabalho, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de
trabalho.

Percebam que, após tal alteração legislativa, a legislação passou a admitir expressamente o controle por
exceção, exigindo-se que seja estabelecido mediante: (i) contrato individual escrito, (ii) acordo coletivo ou
(iii) convenção coletiva de trabalho.

-----

Quanto ao controle de jornada em si, é relevante destacar uma prática comum, que ocorre quando o
controle de jornada não reproduz os horários efetivamente praticados pelo empregado: é o ponto britânico.

Em demandas trabalhistas e na rotina de fiscalização do AFT é muito comum encontrar cartões ponto como
este abaixo:

7
A exemplo do RR 1001704-59.2016.5.02.0076 e do ARR-80700-33.2007.5.02.0261

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CARTÃO PONTO - Dezembro 2016

Dia Entrada Saída do Retorno do Saída


intervalo intervalo

(...)

Segunda-feira 08h00min 12h00min 14h00min 18h00min

Terça-feira 08h00min 12h00min 14h00min 18h00min

Quarta-feira 08h00min 12h00min 14h00min 18h00min

Quinta-feira 08h00min 12h00min 14h00min 18h00min

Sexta-feira 08h00min 12h00min 14h00min 18h00min

Sábado 08h00min 12h00min - -

Domingo - - - -

(...)

Isto ocorre quando existe algum tipo de irregularidade no controle, que na verdade não controla nada. É o
chamado “ponto britânico”.

Quanto ao assunto, segue a Súmula 338 do TST, com destaque para o item III:

SUM-338 JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA

I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados [já que a súmula foi
aprovada antes da alteração no art. 74, §2º, pela Lei 13.874/2019] o registro da jornada de
trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles
de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode
ser elidida por prova em contrário.

II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento


normativo, pode ser elidida por prova em contrário.

III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são
inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que
passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir.

Quando o estabelecimento possui menos de 20 empregados a CLT não instituiu como obrigatória a anotação
da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, da mesma forma como o fez
para as outras empresas.

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Entretanto, isto não significa tais empresas estejam desobrigadas de respeitar as regras atinentes a jornada
e descanso.

Apesar da não existência de regra objetiva de como se dará o controle, é certo que os empregados de tais
estabelecimentos estão abrangidos pelas normas de limitação da jornada, concessão de descansos intra e
interjornadas, pagamento de horas extraordinárias etc.

Jornada não controlada


INCIDÊNCIA EM PROVA: MÉDIA

Jornada não controlada ocorre nos casos de empregados não abrangidos pelas regras de duração do
trabalho, que são: os gerentes, os que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de
trabalho e os teletrabalhadores.

O dispositivo celetista que delimita estes três grupos é o artigo 62 (inserido o item III pela reforma
trabalhista):

CLT, art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo [Da Duração do
Trabalho]:

I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de


trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e
no registro de empregados;

II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se


equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou
filial8.

III - os empregados em regime de teletrabalho.

III - os empregados em regime de teletrabalho que prestam serviço por produção ou tarefa
[MP 1.108/2022].

O mencionado capítulo da CLT (Capítulo II - Da Duração do Trabalho) trata da jornada de trabalho, descanso,
intrajornada, descanso interjornada e trabalho noturno. Como conclusão, os empregados indicados nos
incisos no art. 62 não possuem, em princípio, direito a horas extras e demais direitos abrangidos no
mencionado capítulo da CLT.

8
Além do encargo de gestão a CLT também exige a percepção de gratificação de função não inferior a 40%, como estudado
anteriormente.

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O DSR é devido, pois não foi previsto neste capítulo da CLT, e sim em outra lei. Portanto, se o empregado
nesta situação labora durante o DSR ou durante um feriado, há entendimentos do TST 9 de que ele teria
direito a remuneração em dobro.

É importante mencionar, também, que a previsão legal contida no art. 62 e incisos, que retira de sua
abrangência os gerentes, empregados que realizam atividade externa incompatível com controle de jornada
(e, mais recentemente, os teletrabalhadores) é relativa, ou seja, tais empregados podem vir a ser
destinatários das regras de controle de jornada caso a realidade fática demonstre haver fiscalização e
controle de horários e jornada pelo seu empregador.

➢ Trabalhadores externos

No caso dos trabalhadores que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho
(inciso I) é de se notar que tal conceito alberga novas formas de prestação laboral que têm surgido – e se
ampliado – na atualidade em face das inovações tecnológicas.

A respeito dos trabalhadores externos, é interessante citar precedente do TST, de setembro de 2018, que
excepciona a SUM-338 há pouco comentada.

Em princípio, trabalhadores externos estão excluídos do controle de jornada. No entanto, em alguns casos é
faticamente possível que o empregador realize o controle de horários. Nestas situações, se o empregado
alega judicialmente o desrespeito aos intervalos intrajornada, é ônus do próprio empregado provar tal
alegação. Isto ocorre em virtude das peculiaridades do trabalho externo, as quais impedem o empregador
de fiscalizar a fruição do intervalo intrajornada, de sorte que não há que se falar em aplicação do item I da
SUM-338 do TST:

Trabalho externo. Possibilidade de controle dos horários de início e de término da


jornada de trabalho. Concessão do intervalo intrajornada. Ônus da prova do empregado.
Inaplicabilidade da Súmula nº 338, I, do TST.

Ainda que seja possível controlar os horários de início e de término da jornada de trabalho,
é do empregado que desempenha atividades externas o ônus de provar a supressão ou a
redução do intervalo intrajornada. Não há falar em aplicação da Súmula nº 338, I, do TST,
pois as peculiaridades do trabalho externo impedem o empregador de fiscalizar a fruição
do referido intervalo. (..)

TST-E-RR-539-75.2013.5.06.0144, SBDI-I, rel. Min. Hugo Carlos Scheuermann, red. p/


acórdão Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, 13.9.2018. Informativo TST 184

➢ Gerentes

Em relação ao inciso II (gerentes), é preciso conhecer a previsão contida no parágrafo único do art. 62:

9
RR - 1231-06.2015.5.06.0144. DEJT de 13/04/2018

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Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados
mencionados no inciso II deste artigo [gerentes], quando o salário do cargo de confiança,
compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo
salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento).

Portanto, em relação ao os gerentes (exercentes de cargos de gestão), eles somente serão excluídos do
controle de jornada caso recebam uma gratificação igual ou superior a 40% do salário do cargo efetivo.
Assim, caso recebam tal gratificação, os exercentes de cargo de gestão não terão direito a receber horas
extras etc.

Assim, quanto aos gerentes, teremos duas possibilidades:

a) exercente de cargo de gestão COM gratificação igual ou superior a 40%: excluídos do controle de
jornada e sem direito a horas extras

b) exercente de cargo de gestão SEM gratificação (ou com gratificação inferior a 40%): não é excluído
do controle de jornada e tem direito a horas extras.

➢ Teletrabalhadores que prestam serviço por produção ou tarefa

Por fim, os teletrabalhadores (inciso III), embora não sejam considerados trabalhadores externos, foram
também excluídos do controle de jornada pela reforma trabalhista, caso prestem serviço por produção ou
tarefa.

Neste ponto, vale destacar que existem, segundo a literalidade da CLT, 3 modalidades de teletrabalho, a
depender da forma de pagamento do salário:

salário fixado por


presta serviços por jornada
unidade de tempo
salário fixado por
presta serviços por produção
produção
salário fixado por
presta serviços por tarefa
tarefa

Lembro que o pagamento do salário por unidade de tempo é o mais comum no cotidiano, em
que o empregador remunera o empregado utilizando como parâmetro o tempo em que o
empregado trabalhou (ou permaneceu à disposição do empregador). Exemplo: tal valor por dia
de trabalho; determinada importância por quinzena de trabalho; por mês de trabalho. Neste caso,
a remuneração do empregado é fixa, não considerando a efetiva produção do trabalhador.

Já o salário por produção (ou por unidade de obra) tem como parâmetro de cálculo a quantidade
de peças (unidades) produzidas pelo empregado. Exemplo: determinado valor por calça
costurada; R$ X para cada janela fabricada.

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Por fim, no salário por tarefa, que é pouquíssimo utilizado na prática, temos uma combinação dos
critérios anteriores. Seguindo a terminologia clássica de “tarefa”, trago as lições de Mauricio
Godinho Delgado10 no sentido de que

“O salário-tarefa é aquele que se afere através de fórmula combinatória do critério


de unidade de obra com o critério da unidade de tempo. Acopla-se a um certo
parâmetro temporal (hora, dia, semana ou mês) um certo montante mínimo de
produção a ser alcançado pelo trabalhador. Por este sistema, caso o trabalhador
atinja a meta de produção em menor número de dias da semana, por exemplo,
dois efeitos podem ocorrer, a juízo do empregador: libera-se o empregado do
trabalho nos dias restantes, garantido o salário padrão fixado; ou,
alternativamente, determina-se a realização de uma produção adicional, no tempo
disponível restante (pagando-se, claro, um plus salarial por esse acréscimo de
produção)11”.

Mas qual a importância dessas modalidades de teletrabalho?

No caso de teletrabalho por jornada, a jornada do empregado deverá ser controlada, mesmo se
dando fora das dependências do empregador.

Nesse sentido, a MP prevê que, na hipótese da prestação de serviços em regime de teletrabalho


por produção ou por tarefa, não se aplicarão as regras quanto à duração do trabalho, previstas no
Capítulo II do Título II da CLT (CLT, art. 75-B, § 3º).

por jornada

teletrabalho por produção


fora do controle de
jornada
por tarefa

10
DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 750.
11
Se instituíssem o salário por tarefa no serviço público seria ótimo hein ;-)

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Reparem que, antes da MP 1.108/2022, todos os teletrabalhadores ficavam excluídos do controle


de jornada. Em outras palavras, qualquer que fosse a modalidade de teletrabalho, estes
trabalhadores não estavam submetidos ao controle de jornada. Em consequência, tais
empregados não tinham direito, em regra, a horas extras, adicional noturno e outros reflexos do
controle de jornada.

Com a alteração promovida, somente são excluídos do controle de jornada os teletrabalhadores


sob regime de produção ou tarefa.

Quanto a esta modalidade de teletrabalhadores, vale destacar que o tempo de uso de


equipamentos tecnológicos (incluindo softwares, ferramentas digitais, aplicações de internet
utilizados para o teletrabalho e a infraestrutura necessária) fora da jornada de trabalho normal do
empregado não constitui tempo à disposição, regime de prontidão ou de sobreaviso, exceto se
houver previsão em acordo individual ou em acordo ou convenção coletiva de trabalho (CLT, art.
75-B, § 5º).

Portanto, em regra, o simples fato de o empregado utilizar os aplicativos do empregador fora do


horário de trabalho é insuficiente para caracterizar que houve prestação laboral, seja como tempo
à disposição do empregador, prontidão ou sobreaviso.

----

Vale ainda ressaltar que, assim como defende para os demais incisos, o Ministro Godinho relembra
a exclusão do controle de jornada do teletrabalhador consiste em mera presunção, que pode ser
elidida por prova em contrário12 (no mesmo sentido o Ministério do Trabalho13).

Por fim, destaco que o teletrabalho é um dos temas em que o


negociado irá se sobrepor ao legislado (CLT, art. 611-A, VIII).

Em síntese:

12
DELGADO, Maurício Godinho. DELGADO, Gabriela Neves. A Reforma Trabalhista no Brasil: com os comentários à Lei n.
13.467/2017. 1ª ed. São Paulo: LTr, 2017. P. 138
13
Parecer da Consultoria Jurídica do Ministério do Trabalho nº 002/2018. Publicado no DOU de 29/3/2018.

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RESUMO
Aspectos gerais

➢ Segundo a CLT, o tempo gasto no deslocamento da residência do empregado até o local da efetiva
ocupação do posto de trabalho: não será computado na jornada de trabalho (qualquer que seja o
meio de transporte).

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Compensação de jornada
Compensação de jornada

Acordo de prorrogação de jornada Banco de horas

Compensação que ultrapassa o módulo


Compensação mensal
mensal

ANUAL:
SEMESTRAL:
sua validade
Sua validade demanda acordo escrito ou sua validade
demanda previsão
tácito entre empregador e empregado demanda acordo
em negociação
escrito
coletiva

➢ Não atendimento das exigências legais para compensação de jornada:


o se não ultrapassada a duração máxima semanal: não implica a repetição do
pagamento das horas excedentes à jornada normal diária, sendo devido apenas o
respectivo adicional;
o se ultrapassada a duração máxima semanal: implica o pagamento das horas acrescidas
do respectivo adicional.

➢ A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o acordo de compensação de jornada


e o banco de horas.

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Hora noturna

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Controle da jornada de trabalho

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Intervalos

A) Intervalo intrajornada (regra geral):

Jornada Intervalo intrajornada

Igual ou inferior a 04 horas Não há obrigatoriedade de concessão de


intervalo intrajornada

Maior que 04 horas e igual ou inferior a 06 Intervalo de 15 minutos


horas

Superior a 06 horas Intervalo de 1 a 2 horas

Superior a 06 horas ==21169e==

Superior a 2 horas somente se houver


acordo escrito ou previsão em
negociação coletiva

Superior a 06 horas Inferior a 1 hora, somente se:


✓ negociação coletiva (mínimo de 30
min) ou
✓ houver autorização do MTb ou
✓ doméstico (acordo escrito) ou
✓ motorista profissional (negociação
coletiva)

CLT, art. 71, § 4º - A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada


mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento,
de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50%
(cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.

B) Intervalos intrajornada especiais:

INTERVALO ESPECIAL
ATIVIDADE FUNDAMENTO
REMUNERADO
interior das câmaras frigoríficas 20min de descanso para cada CLT, art. 253
(ou ambiente artificialmente frio) 1:40 de trabalho contínuo SUM-438
digitador e serviços de mecanografia 10min de descanso para cada 90min CLT, art. 72
(datilografia, escrituração ou cálculo) de trabalho SUM-346

Serviços de telefonia, radiotelefonia e 20min de descanso para cada 3hs de CLT, art. 229
radiotelegrafia - variáveis trabalho contínuo
Minas de subsolo 15min de descanso para cada 3 hs CLT, art. 298
consecutivas de trabalho

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C) Intervalo interjornada

D) Repouso Semanal Remunerado

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CONCLUSÃO
Pessoal,

Este assunto é bastante para as provas de concursos públicos. Várias das regras estudadas foram objeto de
alteração pela reforma trabalhista, como destacamos ao longo da aula.

Não destacamos nenhum tópico em especial, pois o assunto é cobrado de maneira uniforme, sendo
necessário entender todos os aspectos atinentes a jornada e descansos.

Este é um tema carregado de regras celetistas e de jurisprudência do TST. No estudo e revisão do assunto,
portanto, não deixem de ler (e reler) as súmulas e OJs do TST.

Grande abraço e bons estudos,

Prof. Antonio Daud

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QUESTÕES COMENTADAS - CESGRANRIO

1. CESGRANRIO/LIQUIGÁS – Profissional Júnior – Direito - 2013


Jordana tinha contrato de trabalho, com jornada de doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso
cumpridas pelo período de cinco anos. Após esse período, o seu contrato foi rescindido, não tendo havido
pagamento de horas extras.
Nos termos da interpretação adequada aplicada ao tema, verifica-se que
a) a jornada de trabalho superior a oito horas é permitida, e as horas excedentes serão pagas como extras.
b) as jornadas superiores a oito horas não são autorizadas pelo prejuízo causado ao trabalhador.
c) as jornadas superiores a oito horas são vedadas por provocarem diminuição no número de postos de
trabalhos e aumento do desemprego.
d) as jornadas superiores a oito horas são possíveis, sem limitação, sendo permitido somente o descanso
intrajornada.
e) o cumprimento de jornada superior a oito horas está vinculado a regime autorizado em lei ou convenção
coletiva de trabalho.
Comentários:
A Letra (a) está incorreta. A jornada de trabalho superior a 8 horas é, de fato, permitida, mas não
necessariamente ensejará o pagamento das horas excedentes como extras, pois há hipóteses
previstas em lei cuja jornada comum supera 8 horas (ex.: jornada 12 x 36). Isso posto, confira-se o
art. 7º, XIII, da CR; art. 58, caput, CLT; art. 59-A, CLT:

CR, Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:

XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo
ou convenção coletiva de trabalho;

CLT, Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade


privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente
outro limite.

CLT, Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às partes,
mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho,

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estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas
ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e
alimentação.

A Letra (b) está incorreta. As jornadas superiores a 8 horas são autorizadas pelo ordenamento
jurídico, a exemplo das horas extras (máximo de 2) e da escala 12x36.
A Letra (c) está incorreta, pois, novamente, as jornadas superiores a 8 horas não são vedadas pelos
diplomas legais vigentes, além de não haver lógica na afirmação de que sua prática provoca a
diminuição no número de postos de trabalhos e aumento do desemprego.
A Letra (d) está incorreta. Como visto, as jornadas superiores a 8 horas são possíveis, mas há
limitação a, no máximo, 2 horas de jornada extraordinária por dia, segundo prevê o art. 59, caput,
da CLT. Todavia, cabe frisar que, caso o trabalhador, mesmo assim, trabalhe mais de duas horas
extras por dia, deverá o empregador pagá-las normalmente:

Súmula 376 do TST: HORAS EXTRAS. LIMITAÇÃO. ART. 59 DA CLT. REFLEXOS.

I - A limitação legal da jornada suplementar a duas horas diárias não exime o empregador
de pagar todas as horas trabalhadas. (ex-OJ nº 117 da SBDI-1 - inserida em 20.11.1997)

II - O valor das horas extras habitualmente prestadas integra o cálculo dos haveres
trabalhistas, independentemente da limitação prevista no "caput" do art. 59 da CLT. (ex-OJ
nº 89 da SBDI-1 - inserida em 28.04.1997)

Por fim, a Letra (e) está correta. Embora a alternativa esteja incompleta, é a resposta da questão.
Com efeito, a jornada extraordinária poderá ocorrer quando autorizada por dispositivo legal (ex.:
jornada 12 x 36) ou pelas negociações coletivas, que podem ser convenção coletiva ou acordo
coletivo de trabalho, nos termos do art. 59 da CLT, bem como por meio de acordo individual.
Gabarito (E)

2. CESGRANRIO/FINEP – Analista - Jurídica - 2014


Nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho, poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força
de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela
correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, a
soma das jornadas semanais de trabalho previstas nem que seja ultrapassado o limite máximo de horas
diárias.
Esse limite corresponde ao seguinte número de horas diárias:
a) 14
b) 13
c) 12
d) 11

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e) 10
Comentários:
O enunciado da questão reproduz in verbis o teor do art. 59, § 2º, da CLT, o qual limita o acúmulo
de horas extraordinárias a no máximo 10 horas diárias:

Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não
excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de
trabalho.

§ 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção
coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente
diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à
soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite
máximo de dez horas diárias.

Gabarito (E)

3. CESGRANRIO/IBGE – Analista - Recursos Humanos - Administração de Pessoal - 2013


O empregado pode receber um adicional de horas extras previsto no artigo 7º, inciso XVI da Constituição
Federal, por ter trabalhado além das horas estipuladas no contrato de trabalho.
O cálculo das horas extras é composto pelo adicional de
a) 25% sobre o salário base do empregado para as horas trabalhadas aos domingos e feriados, além de
adicional noturno.
b) 30% sobre o salário base para atividades noturnas de empregado urbano e de 35% para trabalhador rural.
c) 30%, 40% ou 50% do salário do empregado, a título de insalubridade, dependendo do serviço prestado,
das gorjetas e da gratificação de função.
d) 40% sobre o salário do empregado, a título de periculosidade, sem os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa.
e) 50% para as horas extras trabalhadas de segunda a sábado e de 100% para as horas extras dos domingos
e feriados.
Comentários:
A Letra (a) está incorreta. As atividades noturnas possuem como base 20% de adicional para os
trabalhadores urbanos (art. 73, CLT), enquanto a hora-extra (jornada extraordinária) é remunerada
em 50% sobre o valor-hora base (art. 59, § 1º, CLT):

Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá
remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo
de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.

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A Letra (b) está incorreta. Novamente, o trabalho noturno dos trabalhadores urbanos é
remunerado com adicional de 20% sobre a hora-base. Por outro lado, o adicional noturno dos
trabalhadores rurais é de 25% (art. 7º, parágrafo único, Lei 5.889/1973):

Art. 7º - Para os efeitos desta Lei, considera-se trabalho noturno o executado entre as vinte
e uma horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte, na lavoura, e entre as vinte horas
de um dia e as quatro horas do dia seguinte, na atividade pecuária.

Parágrafo único. Todo trabalho noturno será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento)
sobre a remuneração normal.

A Letra (c) está incorreta. A insalubridade possui 3 graus, a saber: mínimo com 10%, médio com
20% e máximo com 40%:
==21169e==

Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância
estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional
respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por
cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e
mínimo.

A Letra (d) está incorreta. O adicional de periculosidade é de 30% sobre o salário, conforme art.
193, § 1º, da CLT:

Art. 193, § 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um


adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.

Por fim, a Letra (e) está correta. O adicional de jornada extraordinária é de 50% nos dias de
segunda-feira a sábado, conforme art. 59, § 1º, da CLT:

Art. 59, § 1o A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento)
superior à da hora normal.

Ademais, o trabalho aos domingos e feriados deve ser remunerado pelo dobro do valor-hora
comum:

Súmula 146 do TST: TRABALHO EM DOMINGOS E FERIADOS, NÃO COMPENSADO.

O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro,
sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal.

Gabarito (E)

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4. CESGRANRIO/LIQUIGÁS – Assistente Administrativo I - 2018


O contrato individual de trabalho prevê intervalos que são períodos de paralisação das atividades. Esses
períodos se caracterizam como intrajornada quando ocorrem dentro da mesma jornada de trabalho e
interjornada quando ocorrem entre as jornadas de trabalho.
STUCHI, V. H. N. Prática Trabalhista.
Rio de Janeiro: Forense. 2017.

Um trabalhador, que exerce suas atividades no período interjornadas, encerrou sua primeira jornada de
trabalho às 7 horas.
Considerando-se o número mínimo de horas consecutivas a que ele tem direito para descanso, a sua segunda
jornada deverá ter início às
a) 10 horas
b) 12 horas
c) 14 horas
d) 18 horas
e) 22 horas
Comentários:
Conforme prevê o art. 66 da CLT, entre duas jornadas de trabalho (intervalo interjornada), deverá
haver o mínimo de 11 horas consecutivas para descanso:

Art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas
consecutivas para descanso.

Somando-se o intervalo mínimo de 11 horas às 7 horas, sua segunda jornada de trabalho deverá
iniciar às 18 horas.
Gabarito (D)

5. CESGRANRIO/LIQUIGÁS – Profissional Júnior - Administração - 2014


Uma gerente do Departamento de Recursos Humanos da empresa X S/A é concitada a convencer os
empregados da empresa a realizar trabalhos aos sábados e aos domingos, bem como a estabelecer o período
entre essas duas jornadas.
Nesse contexto, nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho, essa empresa deve respeitar a seguinte
determinação:
a) havendo necessidade especial, os empregados poderão trabalhar sem intervalo por período máximo de
três dias.
b) nos sábados, por determinação da Lei, a remuneração será arbitrada pelo empregador.
c) entre duas jornadas de trabalho, haverá um período mínimo de onze horas consecutivas para descanso.

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d) será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o
qual será no domingo.
e) nos dias de feriados nacionais não haverá trabalho em qualquer área.
Comentários:
A Letra (a) está incorreta. Não há previsão legal que ampare o enunciado desta alternativa, não
podendo o empregado laborar sem intervalo por período máximo de 3 dias.
A Letra (b) está incorreta. Esta alternativa não faz sentido, visto que a remuneração aos sábados é
a mesma que os demais dias da semana, desde que respeitado o limite de 4 horas no dia. Nos
termos do art. 7º, XIII, da CR, o expediente será de 8 horas de segunda a sexta, e de 4 horas aos
sábados:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:

XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo
ou convenção coletiva de trabalho;

A Letra (c) está correta, visto que reproduz perfeitamente a norma do art. 66 da CLT:

Art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas
consecutivas para descanso.

A Letra (d) está incorreta. O descanso semanal remunerado (DSR) é de 24 horas, mas será
preferencialmente no domingo, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa
do serviço:

CR, Art. 7º, XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

CLT, Art. 67 - Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e


quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade
imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte.

Por fim, a Letra (e) está incorreta. É incorreto afirmar que não há qualquer trabalho nos dias de
feriado, devendo ser remunerado em dobro, caso ocorra, consoante Súmula 146 do TST:

Súmula 146 do TST: TRABALHO EM DOMINGOS E FERIADOS, NÃO COMPENSADO.

O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro,
sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal

Gabarito (C)

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6. CESGRANRIO/BASA - Técnico Científico - Medicina do Trabalho - 2015


O trabalho em turnos no Brasil é regido pela Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) e pelo Ministério do
Trabalho.
Com relação a esse tipo de trabalho e àquilo que dispõe a legislação, tem-se que:
a) o horário noturno é considerado o mesmo para qualquer atividade profissional.
b) o trabalhador noturno recebe um adicional noturno de 20% independente da frequência com que essa
atividade é realizada.
c) a idade mínima para exercer atividades noturnas é de 16 anos, mediante autorização dos pais ou tutores
legais.
d) a hora trabalhada na jornada noturna, para fins de remuneração, corresponde a 52,3 minutos.
e) os profissionais de saúde são mais bem adaptados e apresentam menos alterações no ciclo vigília-sono.
Comentários:
A Letra (a) está incorreta. Não é correto afirmar que o horário noturno é o mesmo para qualquer
atividade profissional, haja vista disposições diversas na CLT e na legislação extravagante. Para o
empregado comum, a período noturno estende-se das 22h às 5h (art. 73, § 2º, da CLT), enquanto
para os trabalhadores rurais o período é diverso, a depender da atividade exercida (Lei
5.889/1973):

CLT, art. 73, § 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado
entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte.

Lei 5.889/1973, Art. 7º - Para os efeitos desta Lei, considera-se trabalho noturno o
executado entre as vinte e uma horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte, na
lavoura, e entre as vinte horas de um dia e as quatro horas do dia seguinte, na atividade
pecuária.

A Letra (b) está incorreta. O adicional noturno enseja a percepção pelo trabalhador de 20% a mais
sobre o valor da hora trabalhada, mas não independe da frequência com que essa atividade é
realizada. Sendo assim, além de o percentual de 20% ser o mínimo a ser pago pelo empregador,
a depender da frequência de trabalho, o adicional comporá a base de cálculo do salário, conforme
Súmula 60 do TST:

CLT, Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno
terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um
acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.

Súmula nº 60 do TST, I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do


empregado para todos os efeitos. (ex-Súmula nº 60 - RA 105/1974, DJ 24.10.1974)

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II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é


também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT. (ex-OJ
nº 6 da SBDI-1 - inserida em 25.11.1996)

A Letra (c) está incorreta, pois a idade mínima para exercer o trabalho noturno é de 18 anos,
conforme art. 7º, XXXIII, da CF:

CR, art. 7º, XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de
dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de
aprendiz, a partir de quatorze anos;

A Letra (d) está correta. Embora esta alternativa contenha uma imprecisão matemática, esta é a
resposta da questão. Conforme prevê o art. 73, § 1º, da CLT, a hora noturna possui duração de 52
minutos e 30 segundos:

Art. 73, § 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30


segundos.

Todavia, como é cediço, 30 segundos não equivalem a 0,3 minuto, mas a 0,5 minuto, de modo que a
alternativa estaria 100% correta se enunciasse 52,5 minutos.
Por fim, a Letra (e) está incorreta. Essa alternativa não faz sentido e não possui respaldo legal ou
jurisprudencial. Não é lógico assumir que o simples fato de um empregado pertencer à área da
saúde constituiria razão para ele ser melhor “adaptado” à jornada noturna.
Gabarito (D)

7. CESGRANRIO/LIQUIGÁS – Assistente Administrativo I - 2018


De acordo com a legislação trabalhista vigente no país, a hora do trabalho diurno difere da hora do trabalho
noturno. Considera-se como trabalho noturno aquele executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do
dia seguinte, e cuja hora é computada como de 52 minutos e 30 segundos.
Se os funcionários de uma empresa que trabalham no período diurno recebem R$ 2.000,00 de salário, qual
deverá ser, no mínimo, o salário dos funcionários que trabalham regularmente no período noturno?
a) R$ 2.050,00
b) R$ 2.200,00
c) R$ 2.400,00
d) R$ 2.500,00
e) R$ 2.600,00
Comentários:

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O trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno, segundo dispõe o art. 7º, IX, da CR.
Além disso, prevê o art. 73, caput, da CLT, que o adicional noturno será de 20% sobre a
remuneração.

CF, Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:

IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

CLT, Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno
terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um
acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.

Sob essa perspectiva, um adicional de 20% sobre R$ 2.000,00 resulta em R$ 2.400,00. Portanto, a
resposta da questão encontra-se na alternativa (C).
Gabarito (C)

8. CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL – Médico do Trabalho - 2014


No Brasil, o trabalhador noturno tem hora de trabalho reduzida, 52 minutos e 30 segundos, e tem
remuneração 20% superior à hora diurna.
É considerado trabalho noturno aquele realizado entre as
a) 22 h de um dia até as 05 h do dia seguinte
b) 21 h de um dia até as 06 h do dia seguinte
c) 20 h de um dia até as 05 h do dia seguinte
d) 19 h de um dia até as 06 h do dia seguinte
e) 18 h de um dia até as 05 h do dia seguinte
Comentários:
A resposta da questão está na alternativa (A), considerando as regras celetistas. Sendo assim, a
regra geral do trabalho noturno está prevista no art. 73 da CLT, segundo o qual sua hora é reduzida
(52 minutos e 30 segundos), seu adicional é de 20% sobre o salário e sua duração se dá entre 22h
de um dia e 5h do dia seguinte:

CLT, Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno
terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um
acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.

§ 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos.

§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22


horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte.

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Todavia, no caso do trabalhador rural, as regras do trabalho noturno são diferentes, segundo
prevê a Lei 5.889/1973:

Art. 7º - Para os efeitos desta Lei, considera-se trabalho noturno o executado entre as vinte
e uma horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte, na lavoura, e entre as vinte horas
de um dia e as quatro horas do dia seguinte, na atividade pecuária.

Parágrafo único. Todo trabalho noturno será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento)
sobre a remuneração normal.

Gabarito (A)

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QUESTÕES COMENTADAS

1. Daud
Acerca do trabalho intermitente, julgue:
( ) O período de inatividade também será considerado tempo à disposição do empregador, por força do
princípio da continuidade da relação de emprego.
Comentários:

O período de inatividade não é computado como jornada de trabalho (ou seja, não é tempo à
disposição do empregador):
CLT, art. 452-A, § 5º O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do
empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a outros contratantes.

Gabarito: errada
2. Cebraspe/FINEP - 2024
A respeito de acordo e convenção coletivos e da duração do trabalho, assinale a opção correta.
A. O regime compensatório na modalidade banco de horas pode ser estabelecido mediante acordo
individual estabelecido entre empregado e empregador.
B. A compensação de jornada de trabalho somente pode ser ajustada entre empregador e empregado
por acordo individual escrito.
C. O acordo de compensação de jornada é válido também em casos de jornada em atividade insalubre,
desde que seja previsto em norma coletiva.
D. A prestação de serviços em horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de
jornada.
E. O acordo individual para compensação de horas é válido, ainda que norma coletiva tenha previsão
divergente.
Comentários
Questão curiosa, que mesclou itens da SUM-85 do TST (afetada pela reforma trabalhista) e regras da própria
reforma trabalhista. Vamos lá.
A letra (A) foi dada como incorreta. Se considerarmos as regras celetistas, lembro que o banco de horas
poderia ser estabelecido mediante acordo individual, desde que por escrito:
CLT, art. 59, § 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou
convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela

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correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo
de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o
limite máximo de dez horas diárias.
§ 5º O banco de horas de que trata o § 2o deste artigo poderá ser pactuado por acordo
individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses.
De toda forma, lembro que a SUM-85 do TST previa o seguinte:
SUM-85, V. As disposições contidas nesta súmula não se aplicam ao regime compensatório
na modalidade “banco de horas”, que somente pode ser instituído por negociação coletiva.
A letra (B) está incorreta. Segundo a CLT, a compensação de jornada que não ocorra mediante banco de
horas poderá ser pactuada mediante simples acordo individual (não se exigindo necessariamente a forma
escrita):
Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número
não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de
trabalho.
A letra (C) foi dada como incorreta com fundamento no inciso VI da SUM-85 do TST:
SUM-85, VI – Não é válido acordo de compensação de jornada em atividade insalubre,
ainda que estipulado em norma coletiva, sem a necessária inspeção prévia e permissão da
autoridade competente, na forma do art. 60 da CLT.
A letra (D) está incorreta:
Art. 59-B, parágrafo único. A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o
acordo de compensação de jornada e o banco de horas.
A letra (E) foi dada como incorreta com fundamento no inciso II da SUM-85 do TST:
SUM-85, II. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma
coletiva em sentido contrário.

Gabarito (D)
3. CESPE / CEBRASPE - 2022 - TRT - 8ª Região - Técnico Judiciário - Área Administrativa
Cristina é padeira e trabalha em determinada panificadora. A jornada laboral da trabalhadora inicia-se às 4
h e se estende até às 14 h, de segunda-feira à sexta-feira, com trinta minutos de intervalo intrajornada. Aos
sábados, ela labora das 9 h às13 h sem nenhum intervalo.
No que se refere à jornada de trabalho e aos períodos de descanso de Cristina, assinale a opção correta.
A O intervalo intrajornada estará regular, desde que haja acordo individual, assinado pela empregada, que
autorize a redução do intervalo mínimo.
B A supressão do intervalo intrajornada de Cristina deverá ser paga e esse pagamento terá natureza jurídica
de hora extra.
C Cristina não fará jus ao recebimento de adicional noturno, tendo em vista que sua jornada de trabalho é
mista.

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D A ausência de intervalo intrajornada aos sábados está de acordo com legislação trabalhista, visto que a
jornada de trabalho de Cristina não excede 4 h.
E O intervalo interjornada de Cristina não está sendo respeitado, de modo que ela deverá receber horas
extras em razão dessa violação.
Comentários:
A alternativa (A) está incorreta, pois não é possível tal redução mediante acordo individual.
Segundo consta do enunciado da questão, Cristina labora, de segunda-feira a sexta-feira, de 4 às
14h, com 30 minutos de intervalo intrajornada. Dessa forma, seu trabalho dura 9h 37min 30seg,
tendo em vista o período das 4 às 14h, a hora noturna como tendo 52min30seg, descontado dos
30 minutos de intervalo.
Nesse contexto, seu intervalo intrajornada deveria ser, em regra, de 1h, visto que sua jornada
ultrapassa as 6 horas, nos termos do art. 71, caput, da CLT:
Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é
obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no
mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não
poderá exceder de 2 (duas) horas.

No entanto, após a Reforma Trabalhista, passou-se a admitir a redução do intervalo intrajornada


para o mínimo de 30 minutos, por meio de acordo ou convenção coletiva:
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a
lei quando, entre outros, dispuserem sobre:
III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas
superiores a seis horas;

A alternativa (B) está incorreta. De fato, a supressão do intervalo intrajornada devido a Cristina
deverá ser pago, mas não com natureza de hora extra. Conforme o art. 71, §4º, da CLT, somente
o período suprimido deverá ser pago, e não a “hora cheia”, com natureza indenizatória, acrescido
em 50% do valor da hora normal de trabalho. Dessa forma, como seu intervalo intrajornada deveria
ser de 1h, são devidos 30 minutos a título de indenização.
Art. 71, § 4o A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo,
para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de
natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta
por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.

A alternativa (C) está incorreta. Nos termos do art. 73, §§2º e 4º, o período noturno abrange das
22h às 5h, sendo pagas as horas acrescidas do adicional noturno mesmo quando a jornada seja
mista (parte durante a noite e parte durante o dia):
Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá
remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo
de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.

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§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22


horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte.
§ 4º Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos diurnos e noturnos,
aplica-se às horas de trabalho noturno o disposto neste artigo e seus parágrafos.

A alternativa (D) está correta. Aos sábados, Cristina labora das 9h às 13h, isto é, 4 horas de
trabalho. Conforme dispõe o art. 71, §1º, da CLT, quando a jornada diária não ultrapassar o
período de 4 horas, não será necessário conceder intervalo intrajornada:
Art. 71, § 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um
intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.

Por fim, a alternativa (E) está incorreta, pois o intervalo interjornada previsto no art. 66 da CLT é
respeitado no caso em comento:
Art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas
consecutivas para descanso.

Gabarito (D)
4. CESPE / CEBRASPE - 2022 - TRT - 8ª Região - Analista Judiciário - Área Administrativa
Com base na legislação vigente, assinale a opção correta acerca da jornada de trabalho.
A O tempo gasto pelo empegado, desde sua residência até o seu posto de trabalho em transporte fornecido
pelo empregador, é computado a sua jornada laboral por se referir a tempo à disposição da empresa.
B O empregado e o empregador podem estabelecer regime de compensação de jornada mediante acordo
individual tácito, desde que a compensação das horas excedentes ocorra no mesmo mês.
C O descanso semanal remunerado deve ser de 48 h consecutivas bem como deverá coincidir em parte com
o domingo.
D A concessão parcial do intervalo para repouso e alimentação implica pagamento das horas com acréscimo
mínimo de50% sobre o total do tempo previsto para o referido descanso.
E As horas de trabalho diurna e noturna são computadas como de 60 minutos, porém a hora noturna será
paga com acréscimo de 20%.
Comentários:
A alternativa (A) está incorreta. O tempo gasto pelo empregado de sua residência até o seu posto
de trabalho, esmo que em transporte fornecido pelo empregador, não é mais computado em sua
jornada laboral:
Art. 58, § 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva
ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de
transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de
trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador.

A alternativa (B) está correta. A compensação de jornada no mesmo mês pode ser efetivada por
meio de acordo individual tácito:

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Art. 59, § 6o É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo


individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês.

Compilando as informações do art. 59, caput e seus parágrafos, tem-se que:


Acordo individual tácito ou escrito (art. 59,
Compensação no mesmo mês
§6º)
Compensação em até 6 meses Acordo individual escrito (art. 59, 5º)
Compensação em até 1 ano Acordo ou convenção coletiva (art. 59, §2º)
A alternativa (C) está incorreta. O descanso semanal remunerado (DSR) é de 24 horas, não de 48
horas, como consta do enunciado, bem como deve coincidir com o domingo, no todo ou em parte,
como regra geral:
Art. 67 - Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro)
horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa
do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte.

A alternativa (D) está incorreta. O pagamento do período de intervalo não concedido é, sim, pago
com acréscimo de 50%, mas este incide somente sobre o período não gozado e não quanto ao
período total:
Art. 71, § 4o A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo,
para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de
natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta
por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.

Por fim, a alternativa (E) está incorreta, a hora noturna é paga com acréscimo de 20%, mas cada
hora é computada por 52 minutos e 30 segundos, e não por 60 minutos:
Art. 73, § 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30
segundos.

Gabarito (B)
5. CESPE / CEBRASPE - 2021 - APEX Brasil - Analista - Processos Contábeis
A duração diária de trabalho do empregado poderá ser acrescida de horas extras, que poderão
ser autorizadas mediante
A acordo individual, sendo a remuneração da hora extra, no mínimo, 50% superior à remuneração
da hora normal.
B acordo coletivo ou convenção coletiva, devendo a remuneração da hora extra ser estabelecida
em dissídio coletivo de trabalho.
C convenção coletiva, sendo a remuneração da hora extra, no mínimo, 20% superior à
remuneração da hora normal.

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D acordo coletivo, sendo a remuneração da hora extra 20% superior à remuneração da hora
normal.
Comentários:
A alternativa (A) está correta, pois reflete a regra prevista no art. 59, caput, e § 1º, da CLT, alterado
pela Lei 13.467/17, que assim dispõe: “a duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas
extras, em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo
coletivo de trabalho”; “a remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento)
superior à da hora normal”.
A alternativa (B) está incorreta, porque a remuneração da hora extra será, nos termos do §1º do
art. 59 da CLT, de no mínimo 50%, não dependendo de definição em dissídio coletivo e podendo,
ainda, ser fixada por acordo individual escrito.
A alternativa (C) está incorreta, porque a remuneração da hora extraordinária será, nos termos do
§1º do art. 59 da CLT, de no mínimo 50%, podendo, ainda, ser fixada mediante acordo individual
escrito ou acordo coletivo de trabalho.
A alternativa (D) está incorreta, porque a remuneração da hora extraordinária será, nos termos do
§1º do art. 59 da CLT, de no mínimo 50%, podendo, ainda, ser fixada mediante acordo individual
escrito ou convenção coletiva de trabalho.
Gabarito (A)
6. CESPE/PGM-Campo Grande – Procurador – 2019
Em algumas situações específicas, norma coletiva de trabalho pode autorizar o registro de ponto por
exceção: nesse sistema, em vez do controle formal de entrada e saída do empregado, computam-se somente
as exceções às jornadas diárias.
Comentários:
O enunciado da questão menciona claramente a jurisprudência do TST, a qual tem aceito o
chamado “controle de ponto por exceção”, a exemplo do julgado a seguir:
RECURSO DE REVISTA. SISTEMA DE CONTROLE ALTERNATIVO DE JORNADA. PREVISÃO EM
NORMA COLETIVA. VALIDADE. PROVIMENTO.
(..) as normas autônomas oriundas de negociação coletiva, desde que resguardados os
direitos indisponíveis, devem prevalecer sobre (..)
marcação somente das horas extraordinárias realizadas, (..) Ocorre que a forma de
marcação da jornada de trabalho não se insere no rol de direitos indisponíveis, de modo
que não há qualquer óbice na negociação para afastar a incidência do dispositivo que
regula a matéria, com o fim de atender aos interesses das partes contratantes. Impende
destacar, inclusive, que o artigo 611-A, X, da CLT, inserido pela Lei nº 13.467/2017, autoriza
a prevalência das normas coletivas que disciplinam a modalidade de registro de jornada de
trabalho em relação às disposições da lei. É bem verdade que o aludido preceito, por ser
de direito material, não pode ser invocado para disciplinar as relações jurídicas já
consolidadas. Não se pode olvidar, entretanto, que referido dispositivo (..).

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(RR-2016-02.2011.5.03.0011, Relator Ministro: Guilherme Augusto Caputo Bastos, Data de


Julgamento: 09/10/2018, 4ª Turma, Data de Publicação: DEJT 11/10/2018)

De toda forma, a partir de setembro de 2019, a legislação também passou a aceitar tal forma de
controle, em razão de alteração na CLT promovida pela Lei 13.874:
Art. 74, § 4º Fica permitida a utilização de registro de ponto por exceção à jornada regular
de trabalho, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de
trabalho.

Gabarito (C)
7. CESPE/PGM-Campo Grande – Procurador – 2019
Em casos específicos de empregados contratados para jornada de trabalho de seis horas diárias e trinta horas
semanais, mas que habitualmente prorrogam essa jornada, a jurisprudência tem-se posicionado no sentido
de reconhecer, no mínimo, uma hora de intervalo para repouso e alimentação.
Comentários:
De fato, caso a jornada do empregado seja habitualmente prorrogada para um patamar que
excede as 06 horas diárias, o TST tem entendido que é devido intervalo de, pelo menos, 1 hora:
SUM-473, IV - Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é devido o
gozo do intervalo intrajornada mínimo de uma hora, obrigando o empregador a remunerar
o período para descanso e alimentação não usufruído como extra, acrescido do respectivo
adicional, na forma prevista no art. 71, caput e § 4º da CLT.

Reparem, todavia, que tal raciocínio não se aplica quando a prorrogação for meramente eventual.
Gabarito (C)
8. CESPE/MPU – Analista - 2018
À luz da CLT e do entendimento dos Tribunais Superiores, julgue os itens a seguir, referentes a aspectos ao
contrato de trabalho.
O empregado que ocasionalmente trabalhar no período das 20 h de um dia até às 8 h do dia seguinte terá
direito ao recebimento do adicional noturno, inclusive com relação às últimas três horas trabalhadas.
Comentários:
Na situação apresentada, o empregado laborou durante todo o período noturno (22hs às 5hs, no
caso do urbano) e ainda teve sua jornada prorrogada até as 8hs. Percebam que estamos diante
de uma jornada de trabalho prevalentemente noturna.
Nesta situação, a jurisprudência do TST tem aplicado o item II da SUM-60 do TST, que garante o
adicional noturno também sobre a jornada prorrogada fora do período noturno.
Súmula nº 60 do TST
II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é
também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT.

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O TST, por diversas vezes, tem entendido1 que “cumprida integralmente a jornada no período
noturno, com prorrogação para o período diurno, é devido o adicional noturno quanto às horas
trabalhadas no período diurno, ainda que se trate de jornada mista”.
Por fim, apesar de a jornada de trabalho ter extrapolado 12 hs, nada se mencionou sobre uma
escala 12x36, o que afastaria o recebimento do adicional noturno referente às últimas 3 horas de
trabalho (CLT, art. 59-A, parágrafo único, parte final).
Gabarito (C)
9. CESPE/MPU – Analista - 2018
A concessão apenas parcial do intervalo para alimentação e repouso gera para o empregador a obrigação de
pagar ao empregado o valor correspondente ao intervalo integral acrescido de 50% do valor da remuneração
da hora normal de trabalho.
Comentários:
Tomando por base as disposições constantes da CLT, o pagamento desta indenização fica limitado
ao período suprimido do intervalo (não mais ao intervalo integral):
CLT, art. 71, § 4º - A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada
mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento,
de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50%
(cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.

Assim, por exemplo, caso o empregado trabalhe 8 horas e o intervalo é parcialmente concedido
(por exemplo, deveria conceder 1 hora e concedeu apenas 30 minutos), como no caso desta
questão, apenas os 30 minutos não concedidos devem ser pagos como extra.
Gabarito (E)
10. CESPE/PGE-PE – Procurador – 2018 (adaptada)
A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo implicará o pagamento apenas do
período suprimido, sendo a natureza desse pagamento indenizatória.
Comentários:
Questão está correta, nos termos da atual redação do art. 71, §4º, da CLT:
CLT, art. 71, § 4º - A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada
mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o
pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de
50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.

Gabarito (C)
11. CESPE/EBSERH – Advogado – 2018

1
A exemplo do ARR: 2245220145080210, Relator: José Roberto Freire Pimenta, Data de Julgamento: 07/08/2018, 2ª Turma, Data
de Publicação: DEJT 10/08/2018.

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O tempo despendido para troca de roupa ou uniforme nas dependências da empresa será considerado como
hora de trabalho, ainda que não exista a obrigatoriedade de realizá-la na empresa.
Comentários:
Como não há obrigatoriedade de a troca de roupa ou uniforme ser realizada dentro da empresa,
tal período de tempo não é considerado tempo à disposição do empregador, nos termos da
alteração promovida pela reforma trabalhista:
CLT, art. 4º, § 2º Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será
computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que
ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação
[variações no registro de até 5 minutos e 10 minutos diários], quando o empregado, por
escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más
condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa
para exercer atividades particulares, entre outras: (..)
VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca
na empresa.

Gabarito (E)
12. FCC/TRT-RN – Analista Judiciário–Área Judiciária - 2017
A partir das disposições introduzidas pela Lei nº 13.467/2017, sobre prorrogação e compensação de jornada
de trabalho, considere:
I. Em se tratando de trabalho em regime de tempo parcial, as horas suplementares da jornada de trabalho
normal poderão ser compensadas diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua execução,
devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamento do mês subsequente, caso não sejam compensadas.
II. Caso não seja computado na jornada de trabalho, o tempo despendido pelo empregado desde a sua
residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer
meio de transporte fornecido pelo empregador, é considerado como jornada extraordinária.
III. O banco de horas anual pode ser pactuado por acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção
coletiva de trabalho.
IV. É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, desde
que a compensação se dê no mesmo mês.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I e II.
(B) II e IV.
(C) III e IV.
(D) II e III.
(E) I e IV.
Comentários:

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O item I, correto, pois enuncia corretamente as regras quanto à compensação do trabalho a tempo
parcial: se a compensação for realizada até a semana posterior, pode se dar sem acordo prévio
(“diretamente”), do contrário deve ocorrer o pagamento no mês seguinte:
CLT, art. 58-A, § 5º As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser
compensadas diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua execução,
devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamento do mês subsequente, caso não
sejam compensadas.

O item II, incorreto, pois não há que se falar em horas in itinere após a reforma trabalhista.
CLT, art. 58, § 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva
ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio
de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de
trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador.

O item III está incorreto. Em relação ao banco de horas anual, por força do disposto no §2º do art.
59, a CLT exige o ajuste mediante negociação coletiva, mesmo após a reforma trabalhista:
CLT, art. 59, § 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou
convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela
correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo
de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o
limite máximo de dez horas diárias.

O item IV, correto, já que se trata de compensação que não extrapola o módulo mensal:
CLT, art. 59, § 6º É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo
individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês.

Gabarito (E)
13. FCC/Juiz do Trabalho – 1º Concurso Nacional – 2017 (adaptada)
A respeito das formas de invalidade do contrato de emprego, considerando a doutrina e a jurisprudência
prevalentes, julgue o item abaixo:
( ) a contratação do serviço suplementar do trabalhador bancário, seja na admissão ou no curso do contrato,
não é considerada nula, logo, não gera efeito pecuniário em razão do princípio da livre autonomia da vontade
contratual que determina que as relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das
partes interessadas.
Comentários:

Item errado, tendo em vista a impossibilidade de pré-contratação de horas extraordinárias,


conforme se depreende da jurisprudência do TST:
SUM-199 BANCÁRIO. PRÉ-CONTRATAÇÃO DE HORAS EXTRAS
I - A contratação do serviço suplementar, quando da admissão do trabalhador bancário, é
nula. Os valores assim ajustados apenas remuneram a jornada normal, sendo devidas as

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horas extras com o adicional de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento), as quais não
configuram pré-contratação, se pactuadas após a admissão do bancário.

Gabarito: errada
14. CESPE/DPU – Defensor Público - 2017
Conforme o entendimento do TST, estará de acordo com a lei a concessão de repouso semanal remunerado
após o sétimo dia consecutivo de trabalho, desde que a empresa pague o valor correspondente a um dia de
trabalho do empregado.
Comentários:

Item errado, tendo em vista o que dispõe a OJ-410 da SDI-1 do TST:


OJ-SDI1-410 REPOUSO SEMANAL REMUNERADO. CONCESSÃO APÓS O SÉTIMO DIA
CONSECUTIVO DE TRABALHO. ART. 7º, XV, DA CF. VIOLAÇÃO.
Viola o art. 7º, XV, da CF a concessão de repouso semanal remunerado após o sétimo dia
consecutivo de trabalho, importando no seu pagamento em dobro.

Gabarito: errada
15. CESPE/PGE-SE – Procurador - 2017
De acordo com o TST, nos casos permitidos em lei, havendo convocação do empregado para trabalhar no
domingo ou feriado, a empresa deverá remunerar o empregado
A em valor correspondente ao dia de trabalho, sem perda da remuneração relativa ao repouso semanal.
B em valor correspondente ao dia de trabalho.
C em dobro ou conceder-lhe outro dia de folga para compensar o trabalho prestado.
D em dobro ou conceder-lhe dois dias de folga.
E em dobro, com perda da remuneração relativa ao repouso semanal.
Comentários:

Nesta situação, ou deve haver a compensação (caso em que o trabalhador deixaria de trabalhar
outro dia da semana) ou o pagamento em dobro, nos termos da SUM-146 do TST e também da
OJ-410 da SDI-1:
Súmula nº 146 do TST
TRABALHO EM DOMINGOS E FERIADOS, NÃO COMPENSADO
O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro,
sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal.

Gabarito (C)
16. FCC/TRT1 - Juiz do Trabalho – 2016 (adaptada)

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Em relação à duração do trabalho, de acordo com a CLT e o entendimento sumulado pelo TST, julgue:
( ) O regime de sobreaviso é aplicado exclusivamente aos empregados de ferrovias e do setor elétrico.
Comentários:

Item errado, já que houve extensão do sobreaviso a outras categorias por meio de leis, construção
doutrinária e jurisprudência do TST.
Gabarito: errada
17. FCC/TRT1 - Juiz do Trabalho – 2016 (adaptada)
Em relação à duração do trabalho, de acordo com a CLT e o entendimento sumulado pelo TST, julgue:
( ) Encontra-se em regime de prontidão o trabalhador que, por determinação do empregador, aguarda em
casa o chamado para o serviço.
Comentários:

Questão errada, já que, na prontidão, o empregado aguarda na própria empresa a possibilidade


de ser chamado (CLT, art. 244, § 3º) – diferentemente do que ocorre no sobreaviso.
Gabarito: errada
18. FCC/TRT1 - Juiz do Trabalho – 2016 (adaptada)
Em relação à duração do trabalho, de acordo com a CLT e o entendimento sumulado pelo TST, julgue:
( ) Para a validade do sistema de compensação de horas conhecido como banco de horas, é necessária a
concordância de todos os trabalhadores que dele vão participar ou, então, a existência de norma coletiva.
Comentários:

Para o banco de horas anual, exige-se norma coletiva e, para o semestral, exige-se, ao menos,
acordo individual por escrito. Assim, não há que se falar em concordância de todos os
trabalhadores de que dele vão participar.
Gabarito: errada
19. FCC/TRT1 - Juiz do Trabalho – 2016 (adaptada)
Em relação à duração do trabalho, de acordo com a CLT e o entendimento sumulado pelo TST, julgue:
( ) As horas de sobreaviso e/ou as de prontidão não podem ser compensadas por meio do sistema de banco
de horas.
Comentários:

Item errado, já que não há previsão legal ou jurisprudencial em contrário.

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Gabarito: errada
20. FUNDATEC/PGM-POA – Procurador – 2016 (adaptada)
Analise a assertiva abaixo sobre a jornada de trabalho:
( ) A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada, sendo
inválido, ademais, acordo de compensação de jornada em atividade insalubre, ainda que estipulado em
norma coletiva, sem a necessária inspeção prévia e permissão da autoridade competente, na forma da CLT.
Comentários:

Alternativa errada após a reforma trabalhista. A prestação de horas extras habituais não mais
descaracteriza os acordos de compensação de jornada:
CLT, art. 59-B, parágrafo único. A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o
acordo de compensação de jornada e o banco de horas.

Gabarito: errada
21. FUNDATEC/PGM-POA – Procurador – 2016 (adaptada)
Analise a assertiva abaixo sobre a jornada de trabalho:
( ) É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução
do intervalo intrajornada, porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido
por norma de ordem pública, infenso à negociação coletiva.
Comentários:

Após a reforma trabalhista, a CLT passou a permitir a redução do intervalo intrajornada para
jornadas superiores a 06 horas mediante negociação coletiva. É a prevalência do “negociado sobre
o legislado”. Tal redução, que somente pode se dar por meio de negociação coletiva, fica limitada
ao mínimo de 30 minutos de intervalo:
CLT, art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre
a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:
(..)
III – intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas
superiores a seis horas;

Por outro lado, não há previsão, nem mesmo após a reforma trabalhista, quanto à supressão do
intervalo mediante ACT/CCT, o que torna incorreta a proposição.
Gabarito: certo
22. MPT – 19° Concurso para Procurador do Trabalho – 2015 (adaptada)
Se o acordo coletivo de trabalho que instituiu o banco de horas tiver vigência de dois anos, o módulo de
compensação da jornada respectivo poderá ser bienal.

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Comentários:

A assertiva está incorreta. Apesar de ser ajustado mediante norma coletiva, a validade máxima do
banco de horas é de um ano (CLT, art. 59, § 2º), mesmo que o Acordo ou a Convenção Coletiva
tenham duração superior.
Gabarito: errada
23. MPT – 19° Concurso para Procurador do Trabalho – 2015 (adaptada)
No regime do banco de horas as jornadas totais laboradas pelos empregados em cada semana não podem
ultrapassar as 44 horas.
Comentários:

Como a questão falou em “banco de horas”, a compensação pode sim ultrapassar o módulo
semanal.
Gabarito: errada
24. MPT – 19° Concurso para Procurador do Trabalho – 2015 (adaptada)
Poderá haver prorrogação da jornada legal ou contratual para atendimento de necessidade imperiosa, desde
que haja acordo ou convenção coletivos de trabalho e aviso à autoridade competente em 10 (dez) dias.
Comentários:

O erro nesta assertiva é dizer que é necessário acordo ou convenção coletiva. Ora, na maioria
desses casos, o tempo que leva a celebração de um acordo/convenção com o sindicato dos
empregados iria inviabilizar qualquer trabalho extraordinário que o empregador necessitasse.
Portanto, a prestação de horas extras em necessidade imperiosa independe de norma coletiva.
Além disso, após a reforma trabalhista, não é mais necessária a comunicação à autoridade
competente:
CLT, art. 61, § 1º O excesso, nos casos deste artigo [jornada suplementar por necessidade
imperiosa], pode ser exigido independentemente de convenção coletiva ou acordo
coletivo de trabalho.

Gabarito: errada
25. CESPE/DPU – Defensor Público – 2015 (adaptada)
Em regra, o empregado que trabalha para determinada empresa das 7 h às 19 h e tem intervalo de descanso
e refeição das 12 h às 16 h, sem acordo de prorrogação de intervalo, tem direito a receber duas horas extras
diárias, como tempo à disposição do empregador.
Comentários:

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A questão aborda o caso do empregado que presta 08 horas de serviço diárias e usufrui intervalo
intrajornada de 04 horas, ou seja, superior ao limite máximo de 02 horas estabelecido na CLT.
A CLT assim dispõe:
CLT, art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é
obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no
mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não
poderá exceder de 2 (duas) horas.
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um
intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.

Como a questão diz que a prorrogação do intervalo não fora objeto de acordo, conclui-se que as
duas horas excedentes representam tempo à disposição do empregador, as quais devem ser
remuneradas como extra.
Notem que a parte final do caput do art. 71 da CLT prevê a possibilidade de extensão do intervalo
intrajornada por meio de acordo escrito ou contrato coletivo para além das duas horas.
Além disso, é importante destacar a possibilidade de negociação coletiva a respeito da pactuação
da jornada de trabalho, de sorte que o negociado pode se sobrepor ao legislado, porém, a
negociação fica limitada à jornada constitucional que acabamos de estudar:
CLT, Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência
sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:
I - pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais;

Gabarito: correta
26. MPT – 19° Concurso para Procurador do Trabalho – 2015 (adaptada)
Por acordo individual de trabalho, o empregador poderá instituir a jornada de 8 (oito) horas diárias para os
turnos ininterruptos de revezamento.
Comentários:

Item errado, já que nos termos do disposto no art. 7º, XIV, da CF, a ampliação da jornada em TIR
deve se dar mediante negociação coletiva.
Gabarito: errada
27. CESPE/AGU – Procurador – 2015
Embora a CF preveja a jornada de seis horas no trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento,
havendo permissão de trabalho de até oito horas por meio de negociação coletiva, o TST entende que os
empregados abrangidos pela referida negociação não terão direito ao pagamento da sétima e da oitava hora
como extras.

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Comentários:

Com base na CF (art. 7º, XIV), é sim permitido que haja turnos de revezamento com jornadas de
até 08 horas.
Caso não haja tal previsão na negociação coletiva as horas excedentes à 6ª deverão ser
remuneradas como extraordinárias.
Entretanto, se houver previsão no acordo ou convenção, as horas excedentes à 6ª (no caso, a 7ª e
8ª) não serão remuneradas como extra:
SUM-423 TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. FIXAÇÃO DE JORNADA DE TRABALHO
MEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA. VALIDADE.
Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular
negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento
não tem direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras.

Gabarito: correta
28. CESPE/MTE – Auditor Fiscal do Trabalho – 2013
Para jornada de trabalho de até seis horas contínuas, é obrigatória a concessão de intervalo de uma hora
para descanso.
Comentários:

Em regra, para jornadas de até 06 horas, mas superiores a 04 horas, o intervalo que o empregador
deve conceder é de 15 minutos.
Gabarito: errada
29. CESPE/TELEBRAS – Advogado – 2013
Considere a situação hipotética na qual um obreiro com vínculo laboral de dez meses percebeu o piso
remuneratório legal. Referido obreiro tinha jornada semanal de vinte e uma horas, com intervalo legal para
tal jornada, e folga aos finais de semana. Sendo urbano o trabalhador, e seu trabalho compreendido entre
as 22 h e 05 h, seu contrato de trabalho será considerado noturno e a hora trabalhada será computada com
cinquenta e dois minutos e trinta segundos.
Comentários:

Alternativa correta, que trata da hora ficta noturna:


CLT, art. 73, § 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30
segundos.

Assim, um empregado que labora das 22h00min às 05h00min trabalha efetivamente 07 horas, mas
isto representa 08 horas de trabalho para fins de remuneração (52º30’ x 8 = 7 horas).

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Gabarito: correta
30. CESPE/PGE-PI – Procurador – 2014 (adaptada)
É inválida a jornada de doze horas trabalhadas por trinta e seis horas de descanso, ainda que ajustada em
convenção coletiva de trabalho.
Comentários:

Item errado, com fundamento no seguinte dispositivo celetista:


CLT, art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às partes,
mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho,
estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas
de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação.

Gabarito: errada
31. MPT – 16º Concurso para Procurador do Trabalho – 2010
Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva,
os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não tem direito ao pagamento da 7ª e 8ª
horas com extras.
Comentários:

Vimos que os turnos ininterruptos de revezamento, regra geral, têm jornada reduzida de 6 (seis)
horas, mas a CF/88 permite que negociação coletiva amplie a jornada para até 8 (oito) horas.
Nesse caso, a 7ª e 8ª horas de trabalho não serão remuneradas como hora extra, conforme
entendimento do TST:
SUM-423 TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. FIXAÇÃO DE JORNADA DE TRABALHO
MEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA. VALIDADE.
Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular
negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento
não tem direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras.

Gabarito: correta
32. CESPE/TRT1 – Juiz do Trabalho Substituto – 2010 (Adaptada)
Considere a seguinte situação hipotética. Em julho de 2009, o salário de Mauro correspondia a R$ 2.700,00,
e, a partir de 1º/8/2009, além desse salário, Mauro passou a receber gratificação de R$ 810,00, devido ao
fato de ter sido promovido a gerente geral, com plenos poderes para representar o empregador, podendo,
até, admitir e dispensar empregados. Em decorrência disso, Mauro passou a permanecer nas dependências
da empresa, regularmente, de segunda a sábado, das 8 às 18 horas, com intervalo de duas horas. Nessa
situação hipotética, Mauro não tem direito à percepção de horas extras.
Comentários:

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Alternativa incorreta, pois Mauro terá direito às horas extras.


Apesar de ele ter passado a exercer encargos de gestão, sua gratificação não alcança o mínimo
de 40% do valor do salário efetivo: 810 / 2.700 = 30%.
Com isso, não são atendidos simultaneamente os requisitos do art. 62 da CLT e o empregado
estará abrangido pelo Capítulo “Da Duração do Trabalho”, ou seja, terá mantido o direito às horas
extras:
CLT, art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo [Da Duração do
Trabalho]:
(...)
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se
equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou
filial2.
Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados
mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança,
compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo
salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento).

No caso, como ele labora “de segunda a sábado, das 8 às 18 horas, com intervalo de duas horas”,
fará jus a quatro horas extras por semana.
Gabarito: errada
33. CESPE/TRT1 – Juiz do Trabalho Substituto – 2010 (Adaptada)
Empregado que trabalhe como ascensorista de prédio comercial desde 18/3/2008, cumprindo jornada de
segunda-feira a sexta-feira, das 9 às 17 horas, com uma hora de intervalo, não tem direito à percepção de
horas extras.
Comentários:

Alternativa incorreta, pois a Lei 3.270/57 estipulou jornada de 06 (seis) horas para o cabineiro de
elevador (ascensorista):
Lei 3.270/57, art. 1º É fixado em seis (6) o número de horas de trabalho diário dos
cabineiros de elevador.

Gabarito: errada
34. CESPE/TRT1 – Juiz do Trabalho Substituto – 2010 (Adaptada)

2
Além do encargo de gestão a CLT também exige a percepção de gratificação de função não inferior a 40%, como estudado
anteriormente.

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Não tem validade a cláusula de instrumento coletivo de trabalho que estabeleça jornada de oito horas para
os empregados que cumpram jornada em turno ininterrupto de revezamento e que possuam jornada
máxima de seis horas.
Comentários:

Alternativa incorreta. Existe ressalva na própria CF/88 sobre a duração do TIR:


CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social: (...)
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva;

Sobre a remuneração das 7ª e 8ª horas convencionadas, a Súmula 423 dispensa o pagamento de


adicional de horas extras:
SUM-423 TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. FIXAÇÃO DE JORNADA DE TRABALHO
MEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA. VALIDADE.
Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular
negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento
não tem direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras.

Gabarito: errada
35. CESPE/TRT1 – Juiz do Trabalho Substituto – 2010 (Adaptada)
O empregado que trabalhe em regime de turno ininterrupto de revezamento, tiver seu repouso semanal
remunerado regular e que, oito horas após o encerramento do repouso, assumir nova escala de seis horas
de duração não terá direito a horas extras.
Comentários:

Alternativa incorreta, pois não foi respeitado o intervalo interjornada mínimo de 11 horas:
SUM-110 JORNADA DE TRABALHO. INTERVALO
No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24
horas, com prejuízo do intervalo mínimo de 11 horas consecutivas para descanso entre
jornadas, devem ser remuneradas como extraordinárias, inclusive com o respectivo
adicional.

Gabarito: errada
36. CESPE/TRT1 – Juiz do Trabalho Substituto – 2010 (Adaptada)
Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho, não previstos em lei, apesar de
representarem tempo à disposição da empresa, não são remunerados como serviço extraordinário se
acrescidos ao final da jornada.
Comentários:

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Alternativa incorreta, pois nestes casos cabe a remuneração como hora extra:
SUM-118 JORNADA DE TRABALHO. HORAS EXTRAS
Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho, não previstos em lei,
representam tempo à disposição da empresa, remunerados como serviço extraordinário,
se acrescidos ao final da jornada.

Gabarito: errada
37. CESPE/TRT1 – Juiz do Trabalho Substituto – 2010 (Adaptada)
O intervalo a ser concedido ao digitador que cumpra jornada de sete horas deve restringir-se ao intervalo
intrajornada correspondente a uma ou duas horas.
Comentários:

Alternativa incorreta, pois também caberá aos digitadores o intervalo previsto no art. 723 da CLT:
SUM-346 DIGITADOR. INTERVALOS INTRAJORNADA. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 72
DA CLT
Os digitadores, por aplicação analógica do art. 72 da CLT, equiparam-se aos trabalhadores
nos serviços de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), razão pela qual têm
direito a intervalos de descanso de 10 (dez) minutos a cada 90 (noventa) de trabalho
consecutivo.

Gabarito: errada
38. MPT – 16° Concurso para Procurador do Trabalho – 2010
A validade de acordo coletivo ou convenção coletiva de compensação de jornada de trabalho em atividade
insalubre não prescinde da inspeção previa da autoridade competente em matéria de higiene e segurança
do trabalho.
Comentários:

Alternativa incorreta. Nos termos do art. 611-A da CLT, a negociação coletiva poderá dispensar a
autorização do Ministério do Trabalho:
CLT, art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre
a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:
XIII – prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades
competentes do Ministério do Trabalho;

3
CLT, art. 72 - Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), a cada período de 90 (noventa)
minutos de trabalho consecutivo corresponderá um repouso de 10 (dez) minutos não deduzidos da duração normal de trabalho.

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Gabarito: errada
39. MPT – 15° Concurso para Procurador do Trabalho – 2009 (Adaptada)
De acordo com a jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho, a interrupção do trabalho
destinada a repouso e alimentação, dentro de cada turno, ou o intervalo para repouso semanal, não
descaracteriza o turno de revezamento com jornada de 6 (seis) horas previsto constitucionalmente.
Comentários:

Alternativa correta.
O que caracteriza os turnos ininterruptos de revezamento é a alternância de horários de trabalho
do empregado (compreendendo, no todo ou em parte, o horário diurno e o noturno), não sendo
relevante se a atividade empresarial é ininterrupta ou não.
O TST sumulou tal entendimento, conforme verificamos na Súmula 360:
SUM-360 TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO. INTERVALOS INTRAJORNADA E
SEMANAL
A interrupção do trabalho destinada a repouso e alimentação, dentro de cada turno, ou o
intervalo para repouso semanal, não descaracteriza o turno de revezamento com jornada
de 6 (seis) horas previsto no art. 7º, XIV, da CF/1988.

Se a empresa deixa de funcionar aos domingos, nada impede que os empregados sejam
submetidos, nos demais dias da semana, a turnos ininterruptos de revezamento.
Gabarito: correta
40. CESPE/TRT17 – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2009
O acordo individual pactuado entre um empregado e o empregador com o objetivo de compensação de
horas não possui qualquer validade.
Comentários:

Questão incorreta, pois a compensação mensal pode ser encetada mediante acordo individual
entre empregado e empregador.
Gabarito: errada
41. CESPE/TRT17 – Analista Judiciário – Área Administrativa – 2009
O acordo de prorrogação de horas implica, para o empregado, a obrigatoriedade de fazer horas extras
quando requisitado, por até duas horas diárias.
Comentários:

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Afirmação correta, pois, existindo o acordo, passa a ser prerrogativa de o empregador exigir a
prestação da sobrejornada (limitada a 2 horas diárias).
Gabarito: correta
42. CESPE/TRT5 – Analista Judiciário – Área Administrativa – 2009
Sempre que for requisitado pelo empregador, o empregado é obrigado a trabalhar em jornada
extraordinária, pois deve cumprir as ordens que lhe são emitidas.
Comentários:

Item incorreto, porque a prerrogativa de exigência de labor em sobrejornada só existirá se houver


acordo ou previsão em negociação coletiva.
Gabarito: errada
43. CESPE/TRT17 – Analista Judiciário – Área Administrativa – 2009
Entre duas jornadas de trabalho, deve haver intervalo mínimo de 11 horas consecutivas.
Comentários:

Proposição correta, pois o intervalo interjornada mínimo é de 11 horas:


CLT, art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze)
horas consecutivas para descanso.

Gabarito: correta
44. CESPE/TRT17 – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2009
Os empregados de empresas distribuidoras e corretoras de títulos e valores mobiliários têm direito à jornada
de trabalho especial dos bancários.
Comentários:

Item incorreto, que abordou a seguinte Súmula do TST:


SUM-119 JORNADA DE TRABALHO
Os empregados de empresas distribuidoras e corretoras de títulos e valores mobiliários não
têm direito à jornada especial dos bancários.

Gabarito: errada
45. CESPE/TRT17 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados – 2009
A mudança de horário de trabalho de um empregado pode ser justificada pelo princípio do jus variandi.
Comentários:

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Item correto, que, cautelosamente, mencionou que “pode”.


A alteração do horário diurno para o noturno tende a ser considerada ilícita em face do desgaste
causado pelo labor noturno.
Neste aspecto, saliente-se que a alteração de horário diurno para o noturno acarretará percepção
de adicional noturno (acréscimo salarial), mas isto não representa benefício ao empregado, visto
que acompanhada de labor noturno que prejudica o relógio biológico e a inserção social do
trabalhador.
Gabarito: correta
46. CESPE/TRT17 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados – 2009
Um empregado com 17 anos de idade pode desenvolver sua jornada de trabalho no período noturno, desde
que não exista prejuízo para suas atividades escolares.
Comentários:

Item incorreto, visto que o labor noturno é vedado aos menores de 18 anos:
CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(...)
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de
quatorze anos;

Gabarito: errada
47. CESPE/TRT17 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados – 2009
O empregado doméstico tem direito ao pagamento das horas extraordinárias trabalhadas.
Comentários:

A proposição foi considerada incorreta, mas hoje seria correta. A atual redação do art. 7º, § único
da CF/88 é a seguinte:
CF/88, art. 7º, parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos
os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV,
XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a
simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias,
decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III,
IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.

As alíneas destacadas se referem a:

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- Duração do trabalho não superior a 8h/dia e 44h/semanais (inciso XIII)


- Remuneração do trabalho extraordinário ≥ 50% da hora normal (inciso XVI)
- Remuneração do trabalho noturno superior ao diurno (inciso IX)
Gabarito: correta
48. CESPE/Natal-RN – Procurador Municipal – 2008
Quanto à prova das horas extraordinárias de trabalho na reclamação trabalhista, assinale a opção correta.
(A) Os cartões de ponto, apresentados pelo empregador e que demonstrem horários uniformes de entrada
e saída do empregado, são válidos como meio de prova de que este não trabalhou além do horário normal,
cabendo ao reclamante demonstrar as horas extras que alega ter prestado.
(B) O ônus da prova, quanto às horas extras de trabalho, será sempre do empregado.
(C) Os cartões de ponto, apresentados pelo empregador, que demonstrem horários uniformes de entrada e
saída do empregado, não servem como meio de prova para demonstrar as horas extras prestadas por este,
de modo que se inverte o ônus da prova, que passa a ser do reclamado.
(D) Os cartões de ponto, apresentados pelo empregador, que demonstrem horários uniformes de entrada e
saída do empregado, não são válidos como meio de prova de que este não trabalhou além do horário normal,
mas não eximem o reclamante de demonstrar que prestou horas extras.
Comentários:

Reposta é a letra (C), com fundamento na Súmula 338 do TST (é o ponto britânico):
SUM-338 JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA
I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados [já que a súmula foi
aprovada antes da alteração no art. 74, §2º, pela Lei 13.874/2019] o registro da jornada de
trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles
de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode
ser elidida por prova em contrário.
II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento
normativo, pode ser elidida por prova em contrário.
III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são
inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que
passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir.

Gabarito (C)
49. CESPE/TRT5 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados – 2008
Computa-se como jornada extraordinária qualquer variação de horário constante do registro de ponto, de
modo que o empregador deve pagar ao empregado tudo o que exceda sua jornada normal de trabalho.
Comentários:

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Item incorreto, pois existe um limite que, respeitado, não influencia em horas extras:
CLT, art. 58, § 1º Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as
variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o
limite máximo de dez minutos diários.

A desconsideração do tempo residual, portanto, somente terá lugar quando as variações de


registro não excederem de 05 (cinco) minutos e, além disso, sendo observado o limite máximo
diário de 10 (dez) minutos.
Se algum destes requisitos for extrapolado, entretanto, toda a variação será acrescentada na
jornada de trabalho.
Gabarito: errada
50. CESPE/TRT5 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados – 2008
Quando o empregador não respeitar o intervalo mínimo de descanso interjornadas, deverá pagar as horas
subtraídas do trabalhador como horas extras.
Comentários:

Proposição correta, pois tal situação implicará no dever de pagar horas extras:
OJ-SDI1-355 INTERVALO INTERJORNADAS. INOBSERVÂNCIA. HORAS EXTRAS. PERÍODO
PAGO COMO SOBREJORNADA. ART. 66 DA CLT. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO § 4º DO ART.
71 DA CLT
O desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta, por
analogia, os mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT e na Súmula nº 110 do TST4,
devendo-se pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do intervalo, acrescidas
do respectivo adicional.

Gabarito: correta
51. MPT – 14° Concurso para Procurador do Trabalho – 2008
Complete com a opção CORRETA. Poderá a duração normal do trabalho do jornalista ser elevada a ______
horas, mediante acordo escrito, em que se estipule aumento de ordenado, correspondente ao excesso de
tempo de trabalho, em que se fixe um intervalo destinado a repouso ou a refeição.
( ) a) 7 horas
( ) b) 8 horas;
( ) c) 10 horas;

4
SUM-110 JORNADA DE TRABALHO. INTERVALO
No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24 horas, com prejuízo do intervalo mínimo
de 11 horas consecutivas para descanso entre jornadas, devem ser remuneradas como extraordinárias, inclusive com o respectivo
adicional.

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( ) d) 12 horas;
( ) e) não respondida.
Comentários:

Gabarito é letra (A), conforme definido no artigo 304 da CLT:


CLT, art. 303 - A duração normal do trabalho dos empregados compreendidos nesta Seção
não deverá exceder de 5 (cinco) horas, tanto de dia como à noite.
CLT, art. 304 - Poderá a duração normal do trabalho ser elevada a 7 (sete) horas, mediante
acordo escrito, em que se estipule aumento de ordenado, correspondente ao excesso do
tempo de trabalho, em que se fixe um intervalo destinado a repouso ou a refeição.

Gabarito (A)
52. FCC/TRT11 – Oficial de Justiça Avaliador – 2017 (adaptada)
Ricardo é empregado da empresa Z exercendo as funções de jardineiro. Assim, quando termina a sua jornada
de trabalho, se dirige ao vestiário para trocar o uniforme, sendo que, após a troca ele registra a sua saída no
cartão de ponto. Neste caso, considerando que a troca de uniforme dentro da empresa não é obrigatória,
de acordo a redação atualizada da CLT
(A) dez minutos, observado o limite máximo de vinte minutos diários, incluindo o tempo para troca de
uniforme.
(B) o tempo gasto na troca de uniforme não é computado como jornada, ainda que ultrapassados dez
minutos diários.
(C) dez minutos, observado o limite máximo de vinte minutos diários, excluindo o tempo para troca de
uniforme.
(D) três minutos, observado o limite máximo de seis minutos diários, excluindo o tempo para troca de
uniforme.
Comentários:

Gabarito é letra (B), de acordo com a novo §2º do art. 4º da CLT:


CLT, art. 4º, § 2º Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será
computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que
ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação
[variações no registro de até 5 minutos e 10 minutos diários], quando o empregado, por
escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más
condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa
para exercer atividades particulares, entre outras:
(..)
VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca
na empresa.

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Gabarito (B)
53. FCC/TRT11 – Oficial de Justiça Avaliador – 2017
Maciel é empregado da empresa X Ltda e exerce seu labor no horário noturno. Todavia, todas as sextas-
feiras e aos sábados Maciel estendeu seu labor até as 07:00 horas. Neste caso, de acordo com o
entendimento Sumulado do TST,
(A) não é devido o adicional noturno quanto às horas prorrogadas, uma vez que já efetuadas no horário
diurno, ou seja, após 6h.
(B) não é devido o adicional noturno quanto às horas prorrogadas, uma vez que já efetuadas no horário
diurno, ou seja, após 5h.
(C) é devido o adicional noturno quanto às horas prorrogadas, sendo que este adicional integrará o salário
de Maciel para todos os efeitos legais.
(D) é devido o adicional noturno apenas quanto a primeira hora prorrogada, sendo que este adicional
integrará o salário de Maciel para os efeitos legais, exceto férias.
(E) é devido o adicional noturno quanto às horas prorrogadas, sendo que este adicional integrará o salário
de Maciel para os efeitos legais, exceto férias e décimo terceiro salário.
Comentários:

O item correto é o (C), de acordo com o art. 73, § 5º, da CLT e com a SUM-60 do TST:
SUM-60 ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO
DIURNO
I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos
os efeitos.
II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é
também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT.

Gabarito (C)
54. FCC/TRT3 – Analista Judiciário – Avaliador Federal – 2015 (adaptada)
Em relação à limitação da jornada de trabalho,
(A) serão computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não
excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.
(B) o tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de
transporte, não será computado na jornada de trabalho.
(C) em face do princípio da igualdade, não há distinção entre os funcionários que exercem função operacional
e os funcionários que exercem função de gestão (chefes de departamento ou filial), no que se refere ao
direito ao recebimento de horas extraordinárias.
(D) a duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente
de duas horas diárias, desde que haja previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho.

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Comentários:

A alternativa A está incorreta porque, como não é possível que todos registrem simultaneamente
o ponto (e a maioria chega à empresa no mesmo horário), e considerando a prática jurisprudencial,
foi inserida na CLT regra que permite desconsiderar pequenas variações no ponto do empregado,
qual seja:
CLT, art. 58, § 1º Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as
variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o
limite máximo de dez minutos diários.

Portanto, as variações dentro deste limite não são consideradas jornada extraordinária, ao
contrário do que diz a questão. Ressalto, por outro lado, que tais variações deixam de ser
computadas caso o empregado permaneça no local de trabalho para realização de atividades
particulares ou para se abrigar, por exemplo.
Por sua vez, a alternativa B, correta, pois está de acordo com a nova redação do art. 58, §2º, que
exclui a hora in itinere do cômputo da jornada de trabalho:
CLT, art. 58, § 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva
ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio
de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de
trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador.

A alternativa C está incorreta porque os funcionários que exercem função de gestão (chefes de
departamento ou filial) não têm direito ao recebimento de horas extras, caso não seja exercido
controle sobre eles:
CLT, art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo [Da Duração do
Trabalho]:
(..)
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se
equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou
filial5.

Por fim, a alternativa D está incorreta porque omitiu a possibilidade de ajuste de horas extras
mediante acordo entre empregado e empregador:
CLT, art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número
não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de
trabalho.

5
Além do encargo de gestão a CLT também exige a percepção de gratificação de função não inferior a 40%, como estudado
anteriormente.

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Gabarito (B)
55. FCC/TRT4 – Analista Judiciário – Avaliador Federal – 2015 (adaptada)
Dentre as normas gerais de tutela do trabalho encontramos na Consolidação das Leis do Trabalho regras que
disciplinam a duração de trabalho, os períodos de descanso e intervalos e o trabalho noturno.
Sobre esse tema:
(A) serão descontadas e computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de
ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.
(B) o tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, não será computado
na jornada de trabalho, mesmo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte
público, o empregador fornecer a condução.
(C) entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de oito horas consecutivas para descanso do
trabalhador.
(D) em qualquer trabalho contínuo que não exceder de 6 (seis) horas diárias, mas ultrapassar quatro horas
diárias, será obrigatório um intervalo de trinta minutos.
(E) considera-se noturno, para o trabalhador urbano, o trabalho executado entre as vinte e uma horas de
um dia e às seis horas do dia seguinte.
Comentários:

A letra A, incorreta, conforme art. 58, §1º, da CLT:


CLT, art. 58, § 1º Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as
variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o
limite máximo de dez minutos diários.

A letra B, correta, pois está de acordo com a nova redação do art. 58, §2º, que exclui a hora in
itinere do cômputo da jornada de trabalho:
CLT, art. 58, § 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva
ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio
de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de
trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador.

A letra C está incorreta, pois o intervalo interjornadas é de 11 horas.


A letra D está errada, pois, nessa hipótese, o intervalo obrigatório é de 15 minutos:
Jornada Intervalo intrajornada

Igual ou inferior a 04 horas Não há obrigatoriedade de concessão de intervalo


intrajornada
Maior que 04 horas e igual ou inferior a 06 Intervalo de 15 minutos
horas
Superior a 06 horas Intervalo de 1 a 2 horas

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Por fim, a letra E peca ao citar os limites do horário noturno para o trabalhador urbano, já que este
é, na verdade, das 22 hs às 05 hs do dia seguinte.
Gabarito (B)
56. FCC/TRT9 – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2015 (adaptada)
Considerando que Carlito foi contratado como técnico em energia de potência pela empresa Raio de Luz
Eletricidade Industrial Ltda., inicialmente para cumprimento de uma jornada de 8 horas diárias e 44 horas
semanais, e teve sua jornada validamente alterada para 25 horas na semana, ele
(A) poderá prestar no máximo 5 horas extras por semana, em razão do regime de contratação a tempo
parcial.
(B) deverá manifestar perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação
coletiva, sua opção para adoção do regime de tempo parcial.
Comentários:

Gabarito é o item (B), conforme CLT, art. 58-A, § 2º:


CLT, art. 58-A, § 2º Para os atuais empregados [isto é, aqueles em regime integral], a adoção
do regime de tempo parcial será feita mediante opção manifestada perante a empresa, na
forma prevista em instrumento decorrente de negociação coletiva.

A letra A está incorreta. De acordo com a nova regra, como Carlito labora até 26 horas semanais,
ele poderia prestar até 06 horas extras por semana:
CLT, art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não
exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou,
ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade
de acréscimo de até seis horas suplementares semanais.

Gabarito (B)
57. FCC/TRT23 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados - 2011
Os digitadores
(A) equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo),
razão pela qual têm direito a intervalos de descanso de 10 minutos a cada 90 minutos de trabalho
consecutivo.
(B) não se equiparam aos trabalhadores nos serviços de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo),
tratando-se de categorias distintas com direitos distintos, não havendo qualquer analogia relacionada aos
períodos de descanso.
(C) equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo),
razão pela qual têm direito a intervalos de descanso de 5 minutos a cada 90 minutos de trabalho consecutivo.
(D) equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo),
razão pela qual têm direito a intervalos de descanso de 15 minutos a cada 120 minutos de trabalho
consecutivo.

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(E) equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo),
razão pela qual têm direito a intervalos de descanso de 15 minutos a cada 90 minutos de trabalho
consecutivo.
Comentários:

Item correto é o de letra (A), conforme Súmula 346 do TST:


SUM-346 DIGITADOR. INTERVALOS INTRAJORNADA. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 72
DA CLT
Os digitadores, por aplicação analógica do art. 72 da CLT, equiparam-se aos trabalhadores
nos serviços de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), razão pela qual têm
direito a intervalos de descanso de 10 (dez) minutos a cada 90 (noventa) de trabalho
consecutivo.

A atividade de digitação não existia à época da elaboração da CLT, pois não havia a utilização
generalizada de computadores. Como esta atividade possui efeitos semelhantes às outras funções
citadas na lei (problemas nos tendões em face da repetitividade da tarefa) a Súmula consolida a
aplicação analógica do intervalo de 10 minutos a cada 90 minutos de trabalho.
Gabarito (A)
58. FCC/TRT11 – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2017 (adaptada)
Mário presta serviços como entregador de carnes no Frigorífico “ABC” Ltda e, numa sexta-feira no final do
dia, teve que estender sua jornada de trabalho para descarregar a mercadoria do caminhão e colocá-la na
câmara fria, sob pena de perda irreparável do produto, sendo considerado um serviço inadiável. Neste caso,
de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, a prestação de horas extras
(A) poderá ocorrer independentemente da existência de acordo ou contrato coletivo.
(B) não poderá ocorrer sem a existência de acordo ou contrato coletivo, devendo o empregador contratar
prestadores de serviços para fazê-lo.
(C) poderá ocorrer independentemente da existência de acordo ou contrato coletivo, entretanto o adicional
a ser pago é de no mínimo 100% sobre a hora normal de trabalho.
(D) não poderá ocorrer sem a existência de acordo ou contrato coletivo, podendo o empregador solicitar os
serviços de Mário, que poderá ou não aceitar a prestação dos serviços, já que não é obrigada pelo contrato
de trabalho a fazê-lo.
(E) poderá ocorrer independentemente da existência de acordo ou contrato coletivo e deverá ser
comunicado, dentro de noventa dias, à autoridade competente em matéria de trabalho, ou, antes desse
prazo, justificado no momento da fiscalização sem prejuízo dessa comunicação.
Comentários:

Trata-se de caso da realização de serviços inadiáveis, uma das modalidades de prorrogação de


jornada em necessidade imperiosa. Nestes casos, o empregador lança mão de seu poder diretivo

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para exigir a prestação da sobrejornada, isto é, independentemente de prévio acordo de


prestação de horas extraordinárias.
Após a reforma trabalhista, o empregador não mais precisa comunicar ao Ministério do Trabalho:
CLT, art. 61 - Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do
limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para
atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar
prejuízo manifesto.
CLT, art. 61, § 1º O excesso, nos casos deste artigo, pode ser exigido independentemente
de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.

Gabarito (A)
59. FCC/TRT2 – Analista Judiciário – Oficial Avaliador – 2014 (adaptada)
Em relação ao trabalho extraordinário, é correto afirmar que
(A) os empregados contratados sob o regime de tempo parcial poderão prestar horas extras, desde que
acordado expressamente com o sindicato da categoria.
(B) as horas extras decorrentes de força maior ou de serviços inadiáveis podem ser prestadas, desde que
existente acordo de prorrogação de horas firmado entre empregado e empregador.
(C) o acordo de prorrogação de jornada de trabalho deve ser escrito e necessariamente celebrado
coletivamente, mediante negociação coletiva de trabalho.
(D) o trabalho em horas extras é permitido aos empregados que trabalham em atividades insalubres, sendo
necessária licença prévia das autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho, salvo disposição
prevista em acordo ou convenção coletiva.
(E) todo empregado tem direito a um descanso de 15 minutos, no mínimo, antes do início do período
extraordinário de serviço em caso de prorrogação do horário normal de trabalho.
Comentários:

Vejamos as alternativas uma a uma:


Alternativa (A): Empregados sob regime de tempo parcial podem prestar horas extras, desde que
estejam dentro do limite semanal de 26 hs (CLT, art. 58-A).
Alternativa (B): O trabalho em jornada extraordinária decorrente de força maior ou de serviços
inadiáveis, por força do art. 61 da CLT, prescinde (ou seja, independe) de acordo entre empregado
e empregador.
A doutrina considera que são casos de realização independentemente de acordo. No caso de
sobrejornada decorrente de força maior, até mesmo os empregados menores realizam horas
extras, caso imprescindível seu labor e com o limite de até a 12ª hora.
Alternativa (C):

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CLT, art. 59 - A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número
não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de
trabalho.

Portanto, por simples acordo entre empregado e empregador, é possível a realização de horas
extraordinárias.
Assim, o que se exige é um acordo prévio, seja individual com o empregado (acordo empregador-
empregado), seja coletivo (via negociação coletiva da qual decorra acordo ou convenção coletiva
de trabalho).
Alternativa (D): está correta. A regra geral está em consonância com o disposto no art. 60 da CLT:
CLT, art. 60 - Nas atividades insalubres, (..), quaisquer prorrogações só poderão ser
acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de higiene
do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais (..).
==21169e==

Portanto, jornada extraordinária em atividade insalubre, somente com autorização prévia do


Ministério do Trabalho.
Por outro lado, com a Lei 13.467/2017, a CLT passou a possibilitar que negociação coletiva
dispense autorização prévia para prorrogação de jornada em atividades insalubres:
CLT, art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre
a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:
(..)
XIII – prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades
competentes do Ministério do Trabalho;

Quanto à alternativa (E), sabemos que não há tal intervalo prévio à realização de horas extras.
Além disso, com a reforma trabalhista, foi revogado o art. 384 da CLT, que previa para as mulheres
(e também para os menores – por força do art. 413, parágrafo único) um intervalo especial de 15
minutos antes do início da prestação de horas extras:
CLT, art. 384 - Em caso de prorrogação do horário normal, será obrigatório um descanso de
15 (quinze) minutos no mínimo, antes do início do período extraordinário do trabalho.

Gabarito (D)
60. FCC/TRT18 – Analista Judiciário – Oficial Avaliador - 2013
A respeito da duração do trabalho, incluindo períodos de descanso, o labor noturno e o trabalho
extraordinário, a legislação trabalhista prevê que
(A) o adicional a ser pago pelo trabalho extraordinário será de no mínimo 100% sobre a hora normal e o
adicional a ser pago pelo trabalho noturno será de no mínimo 50% sobre a hora diurna.
(B) a duração do trabalho normal não será superior a oito horas diárias e quarenta horas semanais, facultada
a compensação de horas dentro do mês por decisão do empregador.

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(C) as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo
de dez minutos diários, não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária.
(D) o período mínimo para o descanso entre duas jornadas de trabalho será de dez horas consecutivas.
(E) o limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição para o trabalho contínuo cuja duração exceda seis
horas não poderá ser reduzido em nenhuma hipótese.
Comentários:

Sabemos que, por força constitucional, o adicional horas extras é de no mínimo 50%, e não 100%
como afirmado na letra (A). Como se não bastasse, o examinador também trocou o percentual do
adicional noturno de 20% (correto) para 50% na questão. Portanto, item errado.
A assertiva (B) começa bem, mas no final peca ao afirmar que a compensação de horas dentro do
mês depende de decisão do empregador, quando sabemos que depende de acordo com o
empregado.
A assertiva (C), correta, retrata justamente o dispositivo transcrito no comentário da questão
anterior:
CLT, art. 58, § 1º Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as
variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o
limite máximo de dez minutos diários.

A letra (D) está incorreta, pois o intervalo interjornadas é de onze horas consecutivas (e não de
dez):
CLT, art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze)
horas consecutivas para descanso.

Por fim, a letra (E) aborda a possibilidade de se reduzir o intervalo mínimo de uma hora, para
jornadas superiores a seis horas diárias. Esta redução pode ocorrer sob algumas circunstâncias,
como por exemplo, via negociação coletiva e via autorização do Ministério do Trabalho (MTb).
Gabarito (C)
61. FCC/TRT11 – Oficial de Justiça Avaliador – 2017 (adaptada)
Considere as seguintes situações hipotéticas: Cleiton labora na farmácia XZC Ltda. possuindo jornada de
trabalho de cinco horas diárias. Seu irmão Cledison labora na farmácia VBN Ltda. e possui jornada de trabalho
de quatro horas diárias. Já Monique, tia dos irmãos, trabalha no supermercado ZWQ Ltda. e possui jornada
de trabalho de 7 horas diárias. Nestes casos, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, no tocante
ao intervalo intrajornada,
(A) Cleiton e Cledison não terão direito ao intervalo e Monique terá direito a uma hora de intervalo.
(B) Cleiton e Cledison terão direito a quinze minutos de intervalo e Monique terá direito a uma hora de
intervalo.
(C) Cleiton e Cledison terão direito a quinze minutos de intervalo e Monique terá direito a trinta minutos de
intervalo.

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(D) todos terão direito a quinze minutos de intervalo.


(E) Cleiton terá direito a quinze minutos de intervalo, Cledison não terá direito ao intervalo e Monique terá
direito a uma hora de intervalo, já que não há negociação coletiva reduzindo tal limite.
Comentários:

De acordo com o art. 71, caput e §1º, da CLT:

Empregado Jornada Intervalo intrajornada

Cledison Igual ou inferior a 04 horas Não há obrigatoriedade de


concessão de intervalo
intrajornada

Cleiton Maior que 04 horas e igual ou Intervalo de 15 minutos


inferior a 06 horas

Monique Superior a 06 horas Intervalo de 1 a 2 horas

Em relação à Monique, note que, para não deixar dúvidas, a questão (adaptada) mencionou que
seu intervalo mínimo não fora objeto de negociação coletiva.
Gabarito (E)

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LISTA DE QUESTÕES - CESGRANRIO


1. CESGRANRIO/LIQUIGÁS – Profissional Júnior – Direito - 2013
Jordana tinha contrato de trabalho, com jornada de doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso
cumpridas pelo período de cinco anos. Após esse período, o seu contrato foi rescindido, não tendo havido
pagamento de horas extras.
Nos termos da interpretação adequada aplicada ao tema, verifica-se que
a) a jornada de trabalho superior a oito horas é permitida, e as horas excedentes serão pagas como extras.
b) as jornadas superiores a oito horas não são autorizadas pelo prejuízo causado ao trabalhador.
c) as jornadas superiores a oito horas são vedadas por provocarem diminuição no número de postos de
trabalhos e aumento do desemprego.
d) as jornadas superiores a oito horas são possíveis, sem limitação, sendo permitido somente o descanso
intrajornada.
e) o cumprimento de jornada superior a oito horas está vinculado a regime autorizado em lei ou convenção
coletiva de trabalho.

2. CESGRANRIO/FINEP – Analista - Jurídica - 2014


Nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho, poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força
de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela
correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, a
soma das jornadas semanais de trabalho previstas nem que seja ultrapassado o limite máximo de horas
diárias.
Esse limite corresponde ao seguinte número de horas diárias:
a) 14
b) 13
c) 12
d) 11
e) 10

3. CESGRANRIO/IBGE – Analista - Recursos Humanos - Administração de Pessoal - 2013


O empregado pode receber um adicional de horas extras previsto no artigo 7º, inciso XVI da Constituição
Federal, por ter trabalhado além das horas estipuladas no contrato de trabalho.
O cálculo das horas extras é composto pelo adicional de
a) 25% sobre o salário base do empregado para as horas trabalhadas aos domingos e feriados, além de
adicional noturno.
b) 30% sobre o salário base para atividades noturnas de empregado urbano e de 35% para trabalhador rural.

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c) 30%, 40% ou 50% do salário do empregado, a título de insalubridade, dependendo do serviço prestado,
das gorjetas e da gratificação de função.
d) 40% sobre o salário do empregado, a título de periculosidade, sem os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa.
e) 50% para as horas extras trabalhadas de segunda a sábado e de 100% para as horas extras dos domingos
e feriados.

4. CESGRANRIO/LIQUIGÁS – Assistente Administrativo I - 2018


O contrato individual de trabalho prevê intervalos que são períodos de paralisação das atividades. Esses
períodos se caracterizam como intrajornada quando ocorrem dentro da mesma jornada de trabalho e
interjornada quando ocorrem entre as jornadas de trabalho.
STUCHI, V. H. N. Prática Trabalhista.
Rio de Janeiro: Forense. 2017.

Um trabalhador, que exerce suas atividades no período interjornadas, encerrou sua primeira jornada de
trabalho às 7 horas.
Considerando-se o número mínimo de horas consecutivas a que ele tem direito para descanso, a sua segunda
jornada deverá ter início às
a) 10 horas
b) 12 horas
c) 14 horas
d) 18 horas
e) 22 horas

5. CESGRANRIO/LIQUIGÁS – Profissional Júnior - Administração - 2014


Uma gerente do Departamento de Recursos Humanos da empresa X S/A é concitada a convencer os
empregados da empresa a realizar trabalhos aos sábados e aos domingos, bem como a estabelecer o período
entre essas duas jornadas.
Nesse contexto, nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho, essa empresa deve respeitar a seguinte
determinação:
a) havendo necessidade especial, os empregados poderão trabalhar sem intervalo por período máximo de
três dias.
b) nos sábados, por determinação da Lei, a remuneração será arbitrada pelo empregador.
c) entre duas jornadas de trabalho, haverá um período mínimo de onze horas consecutivas para descanso.
d) será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o
qual será no domingo.
e) nos dias de feriados nacionais não haverá trabalho em qualquer área.

6. CESGRANRIO/BASA - Técnico Científico - Medicina do Trabalho - 2015

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O trabalho em turnos no Brasil é regido pela Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) e pelo Ministério do
Trabalho.
Com relação a esse tipo de trabalho e àquilo que dispõe a legislação, tem-se que:
a) o horário noturno é considerado o mesmo para qualquer atividade profissional.
b) o trabalhador noturno recebe um adicional noturno de 20% independente da frequência com que essa
atividade é realizada.
c) a idade mínima para exercer atividades noturnas é de 16 anos, mediante autorização dos pais ou tutores
legais.
d) a hora trabalhada na jornada noturna, para fins de remuneração, corresponde a 52,3 minutos.
e) os profissionais de saúde são mais bem adaptados e apresentam menos alterações no ciclo vigília-sono.

7. CESGRANRIO/LIQUIGÁS – Assistente Administrativo I - 2018


==21169e==

De acordo com a legislação trabalhista vigente no país, a hora do trabalho diurno difere da hora do trabalho
noturno. Considera-se como trabalho noturno aquele executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do
dia seguinte, e cuja hora é computada como de 52 minutos e 30 segundos.
Se os funcionários de uma empresa que trabalham no período diurno recebem R$ 2.000,00 de salário, qual
deverá ser, no mínimo, o salário dos funcionários que trabalham regularmente no período noturno?
a) R$ 2.050,00
b) R$ 2.200,00
c) R$ 2.400,00
d) R$ 2.500,00
e) R$ 2.600,00

8. CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL – Médico do Trabalho - 2014


No Brasil, o trabalhador noturno tem hora de trabalho reduzida, 52 minutos e 30 segundos, e tem
remuneração 20% superior à hora diurna.
É considerado trabalho noturno aquele realizado entre as
a) 22 h de um dia até as 05 h do dia seguinte
b) 21 h de um dia até as 06 h do dia seguinte
c) 20 h de um dia até as 05 h do dia seguinte
d) 19 h de um dia até as 06 h do dia seguinte
e) 18 h de um dia até as 05 h do dia seguinte

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GABARITO

1. Gabarito (E)
2. Gabarito (E)
3. Gabarito (E)
4. Gabarito (D)
5. Gabarito (C)
6. Gabarito (D)
7. Gabarito (C)
8. Gabarito (A)

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LISTA DE QUESTÕES
1. Daud
Acerca do trabalho intermitente, julgue:
( ) O período de inatividade também será considerado tempo à disposição do empregador, por força do
princípio da continuidade da relação de emprego.
2. Cebraspe/FINEP - 2024
A respeito de acordo e convenção coletivos e da duração do trabalho, assinale a opção correta.
A. O regime compensatório na modalidade banco de horas pode ser estabelecido mediante acordo
individual estabelecido entre empregado e empregador.
B. A compensação de jornada de trabalho somente pode ser ajustada entre empregador e empregado
por acordo individual escrito.
C. O acordo de compensação de jornada é válido também em casos de jornada em atividade insalubre,
desde que seja previsto em norma coletiva.
D. A prestação de serviços em horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de
jornada.
E. O acordo individual para compensação de horas é válido, ainda que norma coletiva tenha previsão
divergente.

3. CESPE / CEBRASPE - 2022 - TRT - 8ª Região - Técnico Judiciário - Área Administrativa


Cristina é padeira e trabalha em determinada panificadora. A jornada laboral da trabalhadora inicia-se às 4
h e se estende até às 14 h, de segunda-feira à sexta-feira, com trinta minutos de intervalo intrajornada. Aos
sábados, ela labora das 9 h às13 h sem nenhum intervalo.
No que se refere à jornada de trabalho e aos períodos de descanso de Cristina, assinale a opção correta.
A O intervalo intrajornada estará regular, desde que haja acordo individual, assinado pela empregada, que
autorize a redução do intervalo mínimo.
B A supressão do intervalo intrajornada de Cristina deverá ser paga e esse pagamento terá natureza jurídica
de hora extra.
C Cristina não fará jus ao recebimento de adicional noturno, tendo em vista que sua jornada de trabalho é
mista.
D A ausência de intervalo intrajornada aos sábados está de acordo com legislação trabalhista, visto que a
jornada de trabalho de Cristina não excede 4 h.
E O intervalo interjornada de Cristina não está sendo respeitado, de modo que ela deverá receber horas
extras em razão dessa violação.
4. CESPE / CEBRASPE - 2022 - TRT - 8ª Região - Analista Judiciário - Área Administrativa
Com base na legislação vigente, assinale a opção correta acerca da jornada de trabalho.
A O tempo gasto pelo empegado, desde sua residência até o seu posto de trabalho em transporte fornecido
pelo empregador, é computado a sua jornada laboral por se referir a tempo à disposição da empresa.

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B O empregado e o empregador podem estabelecer regime de compensação de jornada mediante acordo


individual tácito, desde que a compensação das horas excedentes ocorra no mesmo mês.
C O descanso semanal remunerado deve ser de 48 h consecutivas bem como deverá coincidir em parte com
o domingo.
D A concessão parcial do intervalo para repouso e alimentação implica pagamento das horas com acréscimo
mínimo de50% sobre o total do tempo previsto para o referido descanso.
E As horas de trabalho diurna e noturna são computadas como de 60 minutos, porém a hora noturna será
paga com acréscimo de 20%.
5. CESPE / CEBRASPE - 2021 - APEX Brasil - Analista - Processos Contábeis
A duração diária de trabalho do empregado poderá ser acrescida de horas extras, que poderão
ser autorizadas mediante
A acordo individual, sendo a remuneração da hora extra, no mínimo, 50% superior à remuneração
da hora normal.
B acordo coletivo ou convenção coletiva, devendo a remuneração da hora extra ser estabelecida
em dissídio coletivo de trabalho.
C convenção coletiva, sendo a remuneração da hora extra, no mínimo, 20% superior à
remuneração da hora normal.
D acordo coletivo, sendo a remuneração da hora extra 20% superior à remuneração da hora
normal.
6. CESPE/PGM-Campo Grande – Procurador – 2019
Em algumas situações específicas, norma coletiva de trabalho pode autorizar o registro de ponto por
exceção: nesse sistema, em vez do controle formal de entrada e saída do empregado, computam-se somente
as exceções às jornadas diárias.
7. CESPE/PGM-Campo Grande – Procurador – 2019
Em casos específicos de empregados contratados para jornada de trabalho de seis horas diárias e trinta horas
semanais, mas que habitualmente prorrogam essa jornada, a jurisprudência tem-se posicionado no sentido
de reconhecer, no mínimo, uma hora de intervalo para repouso e alimentação.
8. CESPE/MPU – Analista - 2018
À luz da CLT e do entendimento dos Tribunais Superiores, julgue os itens a seguir, referentes a aspectos ao
contrato de trabalho.
O empregado que ocasionalmente trabalhar no período das 20 h de um dia até às 8 h do dia seguinte terá
direito ao recebimento do adicional noturno, inclusive com relação às últimas três horas trabalhadas.
9. CESPE/MPU – Analista - 2018
A concessão apenas parcial do intervalo para alimentação e repouso gera para o empregador a obrigação de
pagar ao empregado o valor correspondente ao intervalo integral acrescido de 50% do valor da remuneração
da hora normal de trabalho.
10. CESPE/PGE-PE – Procurador – 2018 (adaptada)

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A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo implicará o pagamento apenas do
período suprimido, sendo a natureza desse pagamento indenizatória.
11. CESPE/EBSERH – Advogado – 2018
O tempo despendido para troca de roupa ou uniforme nas dependências da empresa será considerado como
hora de trabalho, ainda que não exista a obrigatoriedade de realizá-la na empresa.
12. FCC/TRT-RN – Analista Judiciário–Área Judiciária - 2017
A partir das disposições introduzidas pela Lei nº 13.467/2017, sobre prorrogação e compensação de jornada
de trabalho, considere:
I. Em se tratando de trabalho em regime de tempo parcial, as horas suplementares da jornada de trabalho
normal poderão ser compensadas diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua execução,
devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamento do mês subsequente, caso não sejam compensadas.
II. Caso não seja computado na jornada de trabalho, o tempo despendido pelo empregado desde a sua
residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer
meio de transporte fornecido pelo empregador, é considerado como jornada extraordinária.
III. O banco de horas anual pode ser pactuado por acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção
coletiva de trabalho.
IV. É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, desde
que a compensação se dê no mesmo mês.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I e II.
(B) II e IV.
(C) III e IV.
(D) II e III.
(E) I e IV.
13. FCC/Juiz do Trabalho – 1º Concurso Nacional – 2017 (adaptada)
A respeito das formas de invalidade do contrato de emprego, considerando a doutrina e a jurisprudência
prevalentes, julgue o item abaixo:
( ) a contratação do serviço suplementar do trabalhador bancário, seja na admissão ou no curso do contrato,
não é considerada nula, logo, não gera efeito pecuniário em razão do princípio da livre autonomia da vontade
contratual que determina que as relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das
partes interessadas.
14. CESPE/DPU – Defensor Público - 2017
Conforme o entendimento do TST, estará de acordo com a lei a concessão de repouso semanal remunerado
após o sétimo dia consecutivo de trabalho, desde que a empresa pague o valor correspondente a um dia de
trabalho do empregado.
15. CESPE/PGE-SE – Procurador - 2017
De acordo com o TST, nos casos permitidos em lei, havendo convocação do empregado para trabalhar no
domingo ou feriado, a empresa deverá remunerar o empregado

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A em valor correspondente ao dia de trabalho, sem perda da remuneração relativa ao repouso semanal.
B em valor correspondente ao dia de trabalho.
C em dobro ou conceder-lhe outro dia de folga para compensar o trabalho prestado.
D em dobro ou conceder-lhe dois dias de folga.
E em dobro, com perda da remuneração relativa ao repouso semanal.
16. FCC/TRT1 - Juiz do Trabalho – 2016 (adaptada)
Em relação à duração do trabalho, de acordo com a CLT e o entendimento sumulado pelo TST, julgue:
( ) O regime de sobreaviso é aplicado exclusivamente aos empregados de ferrovias e do setor elétrico.
17. FCC/TRT1 - Juiz do Trabalho – 2016 (adaptada)
Em relação à duração do trabalho, de acordo com a CLT e o entendimento sumulado pelo TST, julgue:
( ) Encontra-se em regime de prontidão o trabalhador que, por determinação do empregador, aguarda em
casa o chamado para o serviço.
18. FCC/TRT1 - Juiz do Trabalho – 2016 (adaptada)
Em relação à duração do trabalho, de acordo com a CLT e o entendimento sumulado pelo TST, julgue:
( ) Para a validade do sistema de compensação de horas conhecido como banco de horas, é necessária a
concordância de todos os trabalhadores que dele vão participar ou, então, a existência de norma coletiva.
19. FCC/TRT1 - Juiz do Trabalho – 2016 (adaptada)
Em relação à duração do trabalho, de acordo com a CLT e o entendimento sumulado pelo TST, julgue:
( ) As horas de sobreaviso e/ou as de prontidão não podem ser compensadas por meio do sistema de banco
de horas.
20. FUNDATEC/PGM-POA – Procurador – 2016 (adaptada)
Analise a assertiva abaixo sobre a jornada de trabalho:
( ) A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada, sendo
inválido, ademais, acordo de compensação de jornada em atividade insalubre, ainda que estipulado em
norma coletiva, sem a necessária inspeção prévia e permissão da autoridade competente, na forma da CLT.
21. FUNDATEC/PGM-POA – Procurador – 2016 (adaptada)
Analise a assertiva abaixo sobre a jornada de trabalho:
( ) É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução
do intervalo intrajornada, porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido
por norma de ordem pública, infenso à negociação coletiva.
22. MPT – 19° Concurso para Procurador do Trabalho – 2015 (adaptada)
Se o acordo coletivo de trabalho que instituiu o banco de horas tiver vigência de dois anos, o módulo de
compensação da jornada respectivo poderá ser bienal.
23. MPT – 19° Concurso para Procurador do Trabalho – 2015 (adaptada)
No regime do banco de horas as jornadas totais laboradas pelos empregados em cada semana não podem
ultrapassar as 44 horas.

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24. MPT – 19° Concurso para Procurador do Trabalho – 2015 (adaptada)


Poderá haver prorrogação da jornada legal ou contratual para atendimento de necessidade imperiosa, desde
que haja acordo ou convenção coletivos de trabalho e aviso à autoridade competente em 10 (dez) dias.
25. CESPE/DPU – Defensor Público – 2015 (adaptada)
Em regra, o empregado que trabalha para determinada empresa das 7 h às 19 h e tem intervalo de descanso
e refeição das 12 h às 16 h, sem acordo de prorrogação de intervalo, tem direito a receber duas horas extras
diárias, como tempo à disposição do empregador.
26. MPT – 19° Concurso para Procurador do Trabalho – 2015 (adaptada)
Por acordo individual de trabalho, o empregador poderá instituir a jornada de 8 (oito) horas diárias para os
turnos ininterruptos de revezamento.
27. CESPE/AGU – Procurador – 2015
Embora a CF preveja a jornada de seis horas no trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento,
havendo permissão de trabalho de até oito horas por meio de negociação coletiva, o TST entende que os
empregados abrangidos pela referida negociação não terão direito ao pagamento da sétima e da oitava hora
como extras.
28. CESPE/MTE – Auditor Fiscal do Trabalho – 2013
Para jornada de trabalho de até seis horas contínuas, é obrigatória a concessão de intervalo de uma hora
para descanso.
29. CESPE/TELEBRAS – Advogado – 2013
Considere a situação hipotética na qual um obreiro com vínculo laboral de dez meses percebeu o piso
remuneratório legal. Referido obreiro tinha jornada semanal de vinte e uma horas, com intervalo legal para
tal jornada, e folga aos finais de semana. Sendo urbano o trabalhador, e seu trabalho compreendido entre
as 22 h e 05 h, seu contrato de trabalho será considerado noturno e a hora trabalhada será computada com
cinquenta e dois minutos e trinta segundos.
30. CESPE/PGE-PI – Procurador – 2014 (adaptada)
É inválida a jornada de doze horas trabalhadas por trinta e seis horas de descanso, ainda que ajustada em
convenção coletiva de trabalho.
31. MPT – 16º Concurso para Procurador do Trabalho – 2010
Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva,
os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não tem direito ao pagamento da 7ª e 8ª
horas com extras.
32. CESPE/TRT1 – Juiz do Trabalho Substituto – 2010 (Adaptada)
Considere a seguinte situação hipotética. Em julho de 2009, o salário de Mauro correspondia a R$ 2.700,00,
e, a partir de 1º/8/2009, além desse salário, Mauro passou a receber gratificação de R$ 810,00, devido ao
fato de ter sido promovido a gerente geral, com plenos poderes para representar o empregador, podendo,
até, admitir e dispensar empregados. Em decorrência disso, Mauro passou a permanecer nas dependências
da empresa, regularmente, de segunda a sábado, das 8 às 18 horas, com intervalo de duas horas. Nessa
situação hipotética, Mauro não tem direito à percepção de horas extras.
33. CESPE/TRT1 – Juiz do Trabalho Substituto – 2010 (Adaptada)

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Empregado que trabalhe como ascensorista de prédio comercial desde 18/3/2008, cumprindo jornada de
segunda-feira a sexta-feira, das 9 às 17 horas, com uma hora de intervalo, não tem direito à percepção de
horas extras.
34. CESPE/TRT1 – Juiz do Trabalho Substituto – 2010 (Adaptada)
Não tem validade a cláusula de instrumento coletivo de trabalho que estabeleça jornada de oito horas para
os empregados que cumpram jornada em turno ininterrupto de revezamento e que possuam jornada
máxima de seis horas.
35. CESPE/TRT1 – Juiz do Trabalho Substituto – 2010 (Adaptada)
O empregado que trabalhe em regime de turno ininterrupto de revezamento, tiver seu repouso semanal
remunerado regular e que, oito horas após o encerramento do repouso, assumir nova escala de seis horas
de duração não terá direito a horas extras.
36. CESPE/TRT1 – Juiz do Trabalho Substituto – 2010 (Adaptada)
Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho, não previstos em lei, apesar de
representarem tempo à disposição da empresa, não são remunerados como serviço extraordinário se
acrescidos ao final da jornada.
37. CESPE/TRT1 – Juiz do Trabalho Substituto – 2010 (Adaptada)
O intervalo a ser concedido ao digitador que cumpra jornada de sete horas deve restringir-se ao intervalo
intrajornada correspondente a uma ou duas horas.
38. MPT – 16° Concurso para Procurador do Trabalho – 2010
A validade de acordo coletivo ou convenção coletiva de compensação de jornada de trabalho em atividade
insalubre não prescinde da inspeção previa da autoridade competente em matéria de higiene e segurança
do trabalho.
39. MPT – 15° Concurso para Procurador do Trabalho – 2009 (Adaptada)
De acordo com a jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho, a interrupção do trabalho
destinada a repouso e alimentação, dentro de cada turno, ou o intervalo para repouso semanal, não
descaracteriza o turno de revezamento com jornada de 6 (seis) horas previsto constitucionalmente.
40. CESPE/TRT17 – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2009
O acordo individual pactuado entre um empregado e o empregador com o objetivo de compensação de
horas não possui qualquer validade.
41. CESPE/TRT17 – Analista Judiciário – Área Administrativa – 2009
O acordo de prorrogação de horas implica, para o empregado, a obrigatoriedade de fazer horas extras
quando requisitado, por até duas horas diárias.
42. CESPE/TRT5 – Analista Judiciário – Área Administrativa – 2009
Sempre que for requisitado pelo empregador, o empregado é obrigado a trabalhar em jornada
extraordinária, pois deve cumprir as ordens que lhe são emitidas.
43. CESPE/TRT17 – Analista Judiciário – Área Administrativa – 2009
Entre duas jornadas de trabalho, deve haver intervalo mínimo de 11 horas consecutivas.
44. CESPE/TRT17 – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2009

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Os empregados de empresas distribuidoras e corretoras de títulos e valores mobiliários têm direito à jornada
de trabalho especial dos bancários.
45. CESPE/TRT17 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados – 2009
A mudança de horário de trabalho de um empregado pode ser justificada pelo princípio do jus variandi.
46. CESPE/TRT17 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados – 2009
Um empregado com 17 anos de idade pode desenvolver sua jornada de trabalho no período noturno, desde
que não exista prejuízo para suas atividades escolares.
47. CESPE/TRT17 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados – 2009
O empregado doméstico tem direito ao pagamento das horas extraordinárias trabalhadas.
48. CESPE/Natal-RN – Procurador Municipal – 2008
Quanto à prova das horas extraordinárias de trabalho na reclamação trabalhista, assinale a opção correta.
(A) Os cartões de ponto, apresentados pelo empregador e que demonstrem horários uniformes de entrada
e saída do empregado, são válidos como meio de prova de que este não trabalhou além do horário normal,
cabendo ao reclamante demonstrar as horas extras que alega ter prestado.
(B) O ônus da prova, quanto às horas extras de trabalho, será sempre do empregado.
(C) Os cartões de ponto, apresentados pelo empregador, que demonstrem horários uniformes de entrada e
saída do empregado, não servem como meio de prova para demonstrar as horas extras prestadas por este,
de modo que se inverte o ônus da prova, que passa a ser do reclamado.
(D) Os cartões de ponto, apresentados pelo empregador, que demonstrem horários uniformes de entrada e
saída do empregado, não são válidos como meio de prova de que este não trabalhou além do horário normal,
mas não eximem o reclamante de demonstrar que prestou horas extras.
49. CESPE/TRT5 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados – 2008
Computa-se como jornada extraordinária qualquer variação de horário constante do registro de ponto, de
modo que o empregador deve pagar ao empregado tudo o que exceda sua jornada normal de trabalho.
50. CESPE/TRT5 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados – 2008
Quando o empregador não respeitar o intervalo mínimo de descanso interjornadas, deverá pagar as horas
subtraídas do trabalhador como horas extras.
51. MPT – 14° Concurso para Procurador do Trabalho – 2008
Complete com a opção CORRETA. Poderá a duração normal do trabalho do jornalista ser elevada a ______
horas, mediante acordo escrito, em que se estipule aumento de ordenado, correspondente ao excesso de
tempo de trabalho, em que se fixe um intervalo destinado a repouso ou a refeição.
( ) a) 7 horas
( ) b) 8 horas;
( ) c) 10 horas;
( ) d) 12 horas;
( ) e) não respondida.

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52. FCC/TRT11 – Oficial de Justiça Avaliador – 2017 (adaptada)


Ricardo é empregado da empresa Z exercendo as funções de jardineiro. Assim, quando termina a sua jornada
de trabalho, se dirige ao vestiário para trocar o uniforme, sendo que, após a troca ele registra a sua saída no
cartão de ponto. Neste caso, considerando que a troca de uniforme dentro da empresa não é obrigatória,
de acordo a redação atualizada da CLT
(A) dez minutos, observado o limite máximo de vinte minutos diários, incluindo o tempo para troca de
uniforme.
(B) o tempo gasto na troca de uniforme não é computado como jornada, ainda que ultrapassados dez
minutos diários.
(C) dez minutos, observado o limite máximo de vinte minutos diários, excluindo o tempo para troca de
uniforme.
(D) três minutos, observado o limite máximo de seis minutos diários, excluindo o tempo para troca de
uniforme.
53. FCC/TRT11 – Oficial de Justiça Avaliador – 2017
Maciel é empregado da empresa X Ltda e exerce seu labor no horário noturno. Todavia, todas as sextas-
feiras e aos sábados Maciel estendeu seu labor até as 07:00 horas. Neste caso, de acordo com o
entendimento Sumulado do TST,
(A) não é devido o adicional noturno quanto às horas prorrogadas, uma vez que já efetuadas no horário
diurno, ou seja, após 6h.
(B) não é devido o adicional noturno quanto às horas prorrogadas, uma vez que já efetuadas no horário
diurno, ou seja, após 5h.
(C) é devido o adicional noturno quanto às horas prorrogadas, sendo que este adicional integrará o salário
de Maciel para todos os efeitos legais.
(D) é devido o adicional noturno apenas quanto a primeira hora prorrogada, sendo que este adicional
integrará o salário de Maciel para os efeitos legais, exceto férias.
(E) é devido o adicional noturno quanto às horas prorrogadas, sendo que este adicional integrará o salário
de Maciel para os efeitos legais, exceto férias e décimo terceiro salário.
54. FCC/TRT3 – Analista Judiciário – Avaliador Federal – 2015 (adaptada)
Em relação à limitação da jornada de trabalho,
(A) serão computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não
excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.
(B) o tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de
transporte, não será computado na jornada de trabalho.
(C) em face do princípio da igualdade, não há distinção entre os funcionários que exercem função operacional
e os funcionários que exercem função de gestão (chefes de departamento ou filial), no que se refere ao
direito ao recebimento de horas extraordinárias.
(D) a duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente
de duas horas diárias, desde que haja previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho.

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55. FCC/TRT4 – Analista Judiciário – Avaliador Federal – 2015 (adaptada)


Dentre as normas gerais de tutela do trabalho encontramos na Consolidação das Leis do Trabalho regras que
disciplinam a duração de trabalho, os períodos de descanso e intervalos e o trabalho noturno.
Sobre esse tema:
(A) serão descontadas e computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de
ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.
(B) o tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, não será computado
na jornada de trabalho, mesmo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte
público, o empregador fornecer a condução.
(C) entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de oito horas consecutivas para descanso do
trabalhador.
(D) em qualquer trabalho contínuo que não exceder de 6 (seis) horas diárias, mas ultrapassar quatro horas
diárias, será obrigatório um intervalo de trinta minutos.
(E) considera-se noturno, para o trabalhador urbano, o trabalho executado entre as vinte e uma horas de
um dia e às seis horas do dia seguinte.
56. FCC/TRT9 – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2015 (adaptada)
Considerando que Carlito foi contratado como técnico em energia de potência pela empresa Raio de Luz
Eletricidade Industrial Ltda., inicialmente para cumprimento de uma jornada de 8 horas diárias e 44 horas
semanais, e teve sua jornada validamente alterada para 25 horas na semana, ele
(A) poderá prestar no máximo 5 horas extras por semana, em razão do regime de contratação a tempo
parcial.
(B) deverá manifestar perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação
coletiva, sua opção para adoção do regime de tempo parcial.
57. FCC/TRT23 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados - 2011
Os digitadores
(A) equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo),
razão pela qual têm direito a intervalos de descanso de 10 minutos a cada 90 minutos de trabalho
consecutivo.
(B) não se equiparam aos trabalhadores nos serviços de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo),
tratando-se de categorias distintas com direitos distintos, não havendo qualquer analogia relacionada aos
períodos de descanso.
(C) equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo),
razão pela qual têm direito a intervalos de descanso de 5 minutos a cada 90 minutos de trabalho consecutivo.
(D) equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo),
razão pela qual têm direito a intervalos de descanso de 15 minutos a cada 120 minutos de trabalho
consecutivo.
(E) equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo),
razão pela qual têm direito a intervalos de descanso de 15 minutos a cada 90 minutos de trabalho
consecutivo.

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58. FCC/TRT11 – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2017 (adaptada)


Mário presta serviços como entregador de carnes no Frigorífico “ABC” Ltda e, numa sexta-feira no final do
dia, teve que estender sua jornada de trabalho para descarregar a mercadoria do caminhão e colocá-la na
câmara fria, sob pena de perda irreparável do produto, sendo considerado um serviço inadiável. Neste caso,
de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, a prestação de horas extras
(A) poderá ocorrer independentemente da existência de acordo ou contrato coletivo.
(B) não poderá ocorrer sem a existência de acordo ou contrato coletivo, devendo o empregador contratar
prestadores de serviços para fazê-lo.
(C) poderá ocorrer independentemente da existência de acordo ou contrato coletivo, entretanto o adicional
a ser pago é de no mínimo 100% sobre a hora normal de trabalho.
(D) não poderá ocorrer sem a existência de acordo ou contrato coletivo, podendo o empregador solicitar os
serviços de Mário, que poderá ou não aceitar a prestação dos serviços, já que não é obrigada pelo contrato
de trabalho a fazê-lo.
(E) poderá ocorrer independentemente da existência de acordo ou contrato coletivo e deverá ser
comunicado, dentro de noventa dias, à autoridade competente em matéria de trabalho, ou, antes desse
prazo, justificado no momento da fiscalização sem prejuízo dessa comunicação.
59. FCC/TRT2 – Analista Judiciário – Oficial Avaliador – 2014 (adaptada)
Em relação ao trabalho extraordinário, é correto afirmar que
(A) os empregados contratados sob o regime de tempo parcial poderão prestar horas extras, desde que
acordado expressamente com o sindicato da categoria.
(B) as horas extras decorrentes de força maior ou de serviços inadiáveis podem ser prestadas, desde que
existente acordo de prorrogação de horas firmado entre empregado e empregador.
(C) o acordo de prorrogação de jornada de trabalho deve ser escrito e necessariamente celebrado
coletivamente, mediante negociação coletiva de trabalho.
(D) o trabalho em horas extras é permitido aos empregados que trabalham em atividades insalubres, sendo
necessária licença prévia das autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho, salvo disposição
prevista em acordo ou convenção coletiva.
(E) todo empregado tem direito a um descanso de 15 minutos, no mínimo, antes do início do período
extraordinário de serviço em caso de prorrogação do horário normal de trabalho.
60. FCC/TRT18 – Analista Judiciário – Oficial Avaliador - 2013
A respeito da duração do trabalho, incluindo períodos de descanso, o labor noturno e o trabalho
extraordinário, a legislação trabalhista prevê que
(A) o adicional a ser pago pelo trabalho extraordinário será de no mínimo 100% sobre a hora normal e o
adicional a ser pago pelo trabalho noturno será de no mínimo 50% sobre a hora diurna.
(B) a duração do trabalho normal não será superior a oito horas diárias e quarenta horas semanais, facultada
a compensação de horas dentro do mês por decisão do empregador.
(C) as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo
de dez minutos diários, não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária.

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(D) o período mínimo para o descanso entre duas jornadas de trabalho será de dez horas consecutivas.
(E) o limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição para o trabalho contínuo cuja duração exceda seis
horas não poderá ser reduzido em nenhuma hipótese.
61. FCC/TRT11 – Oficial de Justiça Avaliador – 2017 (adaptada)
Considere as seguintes situações hipotéticas: Cleiton labora na farmácia XZC Ltda. possuindo jornada de
trabalho de cinco horas diárias. Seu irmão Cledison labora na farmácia VBN Ltda. e possui jornada de trabalho
de quatro horas diárias. Já Monique, tia dos irmãos, trabalha no supermercado ZWQ Ltda. e possui jornada
de trabalho de 7 horas diárias. Nestes casos, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, no tocante
ao intervalo intrajornada,
(A) Cleiton e Cledison não terão direito ao intervalo e Monique terá direito a uma hora de intervalo.
(B) Cleiton e Cledison terão direito a quinze minutos de intervalo e Monique terá direito a uma hora de
intervalo.
==21169e==

(C) Cleiton e Cledison terão direito a quinze minutos de intervalo e Monique terá direito a trinta minutos de
intervalo.
(D) todos terão direito a quinze minutos de intervalo.
(E) Cleiton terá direito a quinze minutos de intervalo, Cledison não terá direito ao intervalo e Monique terá
direito a uma hora de intervalo, já que não há negociação coletiva reduzindo tal limite.

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GABARITO

1. errada 22. errada 43. correta


2. D 23. errada 44. errada
3. D 24. errada 45. correta
4. B 25. correta 46. errada
5. A 26. errada 47. correta
6. C 27. correta 48. C
7. C 28. errada 49. errada
8. C 29. correta 50. correta
9. E 30. errada 51. A
10. C 31. correta 52. B
11. E 32. errada 53. C
12. E 33. errada 54. B
13. errada 34. errada 55. B
14. errada 35. errada 56. B
15. C 36. errada 57. A
16. errada 37. errada 58. A
17. errada 38. errada 59. D
18. errada 39. correta 60. C
19. errada 40. errada 61. E
20. errada 41. correta
21. certo 42. errada

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