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A Neolitização Da Grécia e Creta

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A neolitização da Grécia e Creta, os sítios arqueológicos de Knossos (Creta) e Franchthi

(Argólita):

Fig. 1 - A área de Franchthi e Creta.

Trabalho realizado por: David Manuel Gheorghe Martins.


Universidade do Algarve – Campus de Gambelas.
Disciplina: Arqueologia do Neolítico Mediterrâneo.
Curso: Património Cultural e Arqueologia.
Docente: Prof. António Manuel Faustino de Carvalho.

Faro, Outubro de 2023

Introdução:
Uma das principais questões que se põem sobre o surgimento do Neolítico grego, como também
a mesma questão que se refere a Península Balcânica, são os nexos que esta área tem com as
culturas do Próximo Oriente (Mesopotâmia) e a Anatólia (atual Turquia). Com a presença das
cerâmicas pintadas ou monocroma nos sítios arqueológicos, confirma a presença de uma
sequência cultural denominado por Proto-Sesklo (c. 6500-5800 a.C.) e Sesklo (c. 5800-5300
a.C.), equivalente ao Neolítico Antigo e Médio, como o exemplo, a observações que foram feitas
no Distrito de Lagos, em Portugal. Por além da presença de uma cerâmica específico nesta região
do Mar Ageu, tem também a presença de outros elementos encontrados nos sítios arqueológicos,
que leva a sua própria característica do Neolítico grego, que são os vasos de pedra, as pintadeiras
e as figuras de argila, o que leva o seu aspeto divergente em ser colocado num outro nível. Por
além da sua consoante à diferença no talho da pedra, devido ao facto do Neolítico grego ser uma
continuação do Mesolítico grego, as aldeias neolíticas já não são formadas por casas
aglomeradas, como acontece com o Çateliuke, na Anatólia, mas sim, separadas, como Nea
Nikomedia, como a falta da presença de edifícios cerimoniais. A forma em como são realizados
as cerimônias funerárias são caracterizados por dois aspetos: Inumação e manipulação
segundaria ou a cremação em Fossas, como o ex. de Soufli Magoula. Em uma breve suma,
pode-se concluir que teve uma influência exterior, principalmente, da região dos Balcãs e na
Anatólia, mas também é observado que é incorporado com os seus aspetos regionais do local,
que marca uma matriz de processos regionais próprios.
Um outro tema que foi e continua a ser debatido é a existência de uma fase pré-cerâmica em
alguns sítios de Tessália (Sesklo, Achilleion, Argissa, Soufli Magouli) - não vai ser o meu tema
de estudo -, Argólida (Franchthi) e Creta (Knossos), onde pode ser observado um nível de
identificação de acerâmicos nas suas respetivas sequências neolíticas. Com a sua observação é
notado uma existência de uma primeira fase equivalente ao PPNB, o que leva a conclusão de
uma presença de um Neolítico Inicial anterior ao Proto-Sesklo. Atualmente, os estudos que
foram feitos e a sua interpretação conclui que estes sítios tiveram uma aparente ocupação
dispersa e com uma ocupação de pouca duração, que foi ocorrido num curto intervalo de tempo,
c. 6700-6600 a.C., devido a seu principal carater exploratória dos mesmos.
A Neolitização da área que enquadram a Grécia esta relacionada essencialmente pela sua
paisagem, com as cadeias montanhosos, as planícies estreitas e os litorais recortados, que
predispõem a região com o seu contacto com o Mar Ageu e Mediterrâneo. O que levaram a sua
concentração populacional, como a Tessália. O que leva a concluir que o Mesolítico grego não
teve uma distribuição uniforme, onde as concentrações do sul da Grécia não tinham contacto
com a de Tessália.
A sua subsistência no Neolítico Antigo da Grécia em marcado por estes aspetos, onde tinha uma
plena economia de produção, sendo estes:
• O cultivo de cereais (os trigos duro e mole representam 55% do total).
• As Leguminosas (com a influência do Próximo Oriente).
• A presença da atividade pastorais (35% ao todo: a predominação do gado ovino).
• E quase a insistência da caça como uma atividade ao ar livre.
O meu estudo vai ser centralizado em Knossos e Franchthi, e estas temas vão contribuir, tanto na
minha apresentação oral deste tema, como vai ser mencionado na sala de aula como duas temas
de estudo, que vão contribuir para sua compreensão do Neolítico grego.

A Gruta de Franchthi (Argólide, Peloponeso):


• O seu contexto:
• A gruta de Franchthi é um conjunto de assentamentos ao ar livre, denominadas por
Parália, que fica junto a baía de Koiladha, no SE de Argólide. A sua escavação foi
ocorrida entre 1967 até 1979, dirigida por T.W. Jacobsen da Indiana University, EUA.
Foram escavadas diversas tríceras com passagens rezas, onde teve diversas variações nos
sedimentos. A sua expedição arqueológica de Franchthi é temporariamente calculada
deste o início do Paleolítico Superior até ao Neolítico Final, mas o principal estudo que
estamos a fazer é deste o Mesolítico Final e o Neolítico Antigo.
• A passagem cultural e o conjunto de diversas tríceras permitiram uma base que foi
estabelecida nas análises arqueológicas, e graças aos diversos trabalhos que foram
realizados nestes assentamentos, contribuíram para sua síntese geral do sítio escavado. É
calculada pela sua datação que foi feita pelos restos arqueobôtanicos (sementes
carbonizadas), os restos de arqueozoológicos (ossos de mamíferos, espinhas de peixe,
conchas de moluscos marinhos e caramujos), como também, a presença de objetos líticos
e objetos de ornamento. As trincheiras FAN e FAS, tiveram a contribuição da sua
datação, marcada pelos cálculos da Arqueobôtanica, da Arqueozoologia e da
Arqueologia, onde nos mostram que são datações que pareçam ser concretas, mas que
podem ter alguns erros de datação, ou seja, são errôneo. O próprio reconhecimento do
vermelho rochoso ebulis secs entre as secções de FAN e FAS, mas que esta presente no
H1A e H2A. Isto, por sua vez, leva a compensações em correlações abaixo e acima do
'rochoso depósitos vermelhos. Em consequência, iremos consulte o faseamento
litoestratigráfico para trincheiras apenas FAN e FAS.
• No Mesolítico Superior, as trincheiras que foram escavados foram: FAS, FAN, H, H1B,
H1A e G1, onde foram feitas a pesca de atum e uma amostra especifica de líticos, com
formatos não geométricos de micrólitos. Foi feita a datação do 14C em seis amostras que
aparentavam ter algum vestígio de radiocarbono, o que levou a datação de c. 8400-7400
a.C., que foi uma fase que não era datada até então.
• No Mesolítico Final, esta presente in situ do FAN e FAS, mas que foi sugerido também
recorrido ao H1A e H2A, na escavação pós-neolítico. Mas presença de ossadas
(vertebras) de atum e dos micrólitos é nula, ou seja, já não se encontra no vestígio
arqueológica. Tem a presença de restos de frutos silvestres, leguminosas, cereais,
caramujo, como a caça ao veado vermelho, tartarugas, raposas e lebres, o que marcou
uma nova produção económica. Também não foi usado 14C em se fazer a sua datação, o
que leva a sua datação c. 7500-6700 a.C., que marcou o Mesolítico Final, mas sem
nenhuma prova de datação nos sítios arqueológicos, no cosso de G1 22 e FF1 43A1. E
duas trincheiras estão a ser estudadas, sendo estes, FAN 169 e FAN 166.
• No Neolítico Inicial, há a presença de uma pequena quantidade de animais domésticos,
sendo estes: Gado Ovinos e Caprinos, mas também alguma presença agrícola de cereais
(trigo e cevada). Estes exemplares estavam juntos num trapézio em lâminas com flocos
de pressão. Também neste período pode ter existido de cerâmicos neolíticos, algo que foi
reportado, que estavam em pequeno número e em tamanhos relativamente pequenos
recipientes, mas que não foram mencionados pelos especialistas de Franchthi. Nos sítios
FAN, FAS e o provável FF1, que corresponde a
o estrato sedimentar bem definido chamado de argila cinzenta pelos escavadores.
• Segundo o Especialista Farrant (2000:5), existem cinco dados sobre a atribuição da argila
cinzenta, mas, o FF1 43A1 e FAS 146 não foi incluído por Farrant no Estratum X2. O
exame das seções mostra que o FAS 146 pode ter cortado transversalmente o depósito
rochoso subjacente. O exato a posição lito estratigráfica de FF1 43A1 não pode ser
estabelecida, mas tanto Perles (1990) quanto Vitelli (1993) considera-o como
provavelmente Mesolítico Final. Uma terceira amostra, da vala A, provém de uma
unidade (A 63) com suspeita de contaminação do Neolítico Médio. Assim, apenas as
datas do FAS 143 e FF1 44B5 poderia ser atribuído com segurança ao estrato de argila
cinzenta e pode ser considerado até a data dos primeiros depósitos neolíticos em
Franchthi, o que levou as ambas unidades foram desprovido de fragmentos.
• Foram enviados três amostras adicionais de carvão Neolítico Inicial para datação (FAN
159, 158 e 151), que incluíam a argila cinzenta. Nenhum fragmento foi encontrado na
unidade FAN 159, um ‘chip’ foi encontrado na unidade FAN 158 e 33g de fragmentos na
unidade FAN 151. Destas três amostras do Neolítico Inicial, duas (FAN 159 e 151) deram
14C data tão próximo das datas do Mesolítico Final que se pode suspeitar que o carvão
seja intrusivo, enquanto o terceiro (FAN 158) deu uma data vários séculos mais jovem,
correspondente ao Neolítico Inferior. No entanto,
sementes domésticas não são abundantes no Neolítico Inicial, só foram autorizadas a
colher amostras em unidades com cerca de 10 sementes de trigo. O melhor amostra
potencial, do FAS 145, não pôde ser localizada. Escolhemos assim duas sementes
identificadas por Hansen como T. dicoccum da unidade FAN 163, na interface da camada
rochosa X1 e a argila cinzenta (X2), e da unidade sobrejacente FAN 162, na base da
argila cinzenta estrato. Os líticos de ambas as unidades apresentam alguma mistura de
elementos finais Mesolítico e Neolítico Inicial, mas `não há progenitor selvagem de trigo
na Grécia e o trigo foi introduzido como espécie doméstica no Neolítico. Esses sementes
domésticas datam, portanto, necessariamente do Neolítico, não do Mesolítico.
• Os Métodos e os Resultados:
• Os exemplares de datação foram lavados, segundo o Pré-Tratamento ABA. Depois foram
oxidados com CO2, reduzido a grafite e comprimido em pellets para medição no
Instalação de Espectrômetro de Massa do Acelerador Artemis (CEA, Saclay). As novas
datas AMS são fornecidas juntamente com os resultados anteriores do 14C de Franchthi,
e detalhado com intervalos calibrados são plotados como um função do tempo na curva
de calibração IntCal09. A curva mostra AMS do início do sétimo milênio data de
sementes domésticas no Neolítico Inicial diversas irregularidades que refletem a
variabilidade do nível de 14C atmosférico no período preocupado. O primeiro gira em
torno de c. 8700 a.C., e corresponde ao aglomerado da datação do Mesolítico Superior.
As idades do calendário deduzidas variam de c. 8200 até 7800 a:C., o que leva ao
intervalo entre o Mesolítico Final e o Neolítico Inicial. Das datas de AMS, sugiram que
com os desvios de padrões com c. mais/menos 40/50 anos, correspondem aos intervalos
de tempo, que marcam os diverso centenas de anos apos a calibração (c. 7000 até 6500
a.C. em 2σ).
• Para obter uma imagem mais precisa da cronologia cultural em Franchthi,
usou as datas do século 14 e a sequência estratigráfica para construir um modelo
bayesiano usando o Software OxCal 4.1.7, que incorpora a curva de calibração IntCal09.
Esta abordagem permite que a informação estratigráfica do sítio seja integrada como um
a priori às probabilidades de radiocarbono, a fim de determinar probabilidades a
posteriori tomando AMS do início do sétimo milênio data de sementes domésticas no
Neolítico Inicial em conta toda a informação disponível. De acordo com dados
arqueológicos, amostras do Mesolítico Superior, Mesolítico Final e Neolítico Inicial
foram incorporados em três fases diferentes aninhadas em uma sequência. A datação
inicial da Trincheira H1A 117, uma unidade na interface da Trincheira Superior e Final
Mesolítico, foi eliminado por corresponder claramente ao Mesolítico Superior. As
unidades transversal ao Mesolítico Final e ao Neolítico Inicial foram agrupados como um
cluster, em sua posição estratigráfica correta. Unidades provenientes da mesma trincheira
foram listados em sua ordem estratigráfica dentro de cada fase. Um teste de outlier foi
realizado e o modelo foi aceito (Amodel = 111). Isso confirma que existem diferenças
diacrônicas entre as três fases, mesmo que o intervalo de tempo entre o Mesolítico Final e
o o Neolítico inicial é claramente curto. Para excluir a influência de pessoas suspeitas
data jovem do FAN 158 (Neolítico Inicial), o modelo foi reexecutado sem esta amostra.
O modelo diacrônico foi novamente confirmado (Amodel = 112): tanto a estratigrafia
quanto
radiocronologia concorda.
• A Discução:
• As datas obtidas nas sementes carbonizadas indicam sem qualquer dúvida que
a agricultura de cereais foi praticada no sul da Grécia durante a primeira metade do
século sétimo milênio. As datas das sementes são cerca de 200 anos mais jovens do que
as datas obtidas em carvões do mesmo contexto litoestratigráfico, diferença geralmente
atribuída a o efeito de ‘madeira velha’. As datas do carvão para o Neolítico Inicial estão
muito próximas do Final Mesolíticos, o que pode sugerir alguma contaminação do
Mesolítico Final. Olhando para o
seções, ou seja AMS do início do sétimo milênio data de sementes domésticas no
Neolítico Inicial de facto possível para o FAS 146 que está incluído na camada rochosa
X1. O outro carvão datas sugerem um intervalo de tempo de cerca de 100 anos entre o
Mesolítico Final e o Inicial Neolítico, enquanto as datas nas sementes sugerem um
intervalo de c. 200 anos. Este curto intervalo é provavelmente compatível com a
observação de Farrand de algum intemperismo de
a camada rochosa final do Mesolítico X1 e a forte continuidade no
conjuntos de ferramentas de pedra lascada, moluscos marinhos e ornamentos entre o
Final Mesolítico e Neolítico Inicial. Isto reforça a sugestão de que o Neolítico Inicial
reflete um fenômeno de aculturação por (ex-)caçadores-coletores locais. Por outro lado, o
nosso novo datas obviamente não resolvem o problema do status, ‘cerâmico’ ou
‘cerâmico’, do Neolítico inicial. Os poucos fragmentos encontrados em algumas unidades
do estrato ‘argila cinza’ na FAN e FAS pertencem a produtos dominantes do Neolítico
Inferior. Eles podem ser alternativamente considerados intrusivos ou como evidência de
uso muito escasso de panelas. Não novos dados podem ser adicionados a esta discussão
em curso. A presença demonstrada de agricultores neolíticos em Franchthi ou em torno
dele durante a primeira metade do sétimo milénio deixa em aberto a possibilidade de um
breve episódio de significado estritamente local, como sugerido no início por Thissen. Se
ou nem o Neolítico Inicial segue mais ou menos diretamente em Franchthi não pode ser
confirmado das poucas e insatisfatórias datas do Neolítico Inicial disponíveis. A resposta
para esta questão var requer uma outra programa de datação, com foco na camada do
Neolítico Inferior, então os depósitos de Praralia e não os depósitos rasos e amplamente
perturbados do Neolítico Inferior, que se encontra dentro da Caverna.

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