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Células: Atividade

Metabólica, Movimentos e
Síntese Proteica
Marcela Santos Procópio
Células: Aspectos Gerais e
Métodos de Estudo

Introdução
Após vocês aprenderem sobre as diferenças entre as células procariotas e
eucariotas, as organelas presentes nessas células e suas respectivas funções,
vamos dar continuidade aos estudos, aprofundando nas funções desempenhadas
pela mitocôndria, pelas proteínas do citoesqueleto e pelo núcleo celular. Então, neste
conteúdo, iremos abordar os processos de produção de energia, dos movimentos
intracelulares e celulares, bem como abordaremos os mecanismos envolvidos na
síntese de proteínas.

Quando pensamos em produção de energia pelas células, logo lembramos das


moléculas de ATP e a quebra da molécula de glicose para a obtenção de energia.
Grande parte desse processo acontece nas mitocôndrias, sendo denominado
fosforilação oxidativa. Iremos entender os principais mecanismos de formação do
ATP e onde eles ocorrem dentro da mitocôndria.

Além disso, a energia produzida pelas células é necessária para execução de diversas
atividades celulares, tais como o transporte de vesículas dentro das células. Entretanto,
para isso, também é necessário a presença de microtúbulos, que estão estruturas
filamentosas formadas por proteínas. Essas estruturas, assim como os filamentos
intermediários e os filamentos de actina, constituem o citoesqueleto, que também
atuam na manutenção do formato da célula.

Por fim, abordaremos a composição do núcleo celular e a sua importância para o


processo de síntese de proteínas. Abordaremos também os principais mecanismos
envolvidos na transcrição e tradução proteica.

Objetivos da Aprendizagem
Ao final deste conteúdo, esperamos que você seja capaz de:

• identificar as principais organelas envolvidas nas funções energéticas, de


movimento, manutenção do formato e síntese de proteínas nas células;
• distinguir as características moleculares dessas organelas;
• associar as caraterísticas moleculares das organelas às suas respectivas
funções desempenhadas dentro da célula.

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Mitocôndria: teoria evolutiva, processo
de transformação e armazenamento
de energia
Vamos entender agora como ocorre os processos de produção de energia metabólica
dentro das células, pelas organelas denominadas mitocôndrias.

As mitocôndrias são organelas delimitadas por dupla membrana. A membrana externa


é lisa e reveste a organela, enquanto a membrana interna apresenta diversas projeções
para o interior da organela, formando as cristas mitocondriais (MEDRADO, 2014).

Saiba mais
As cristas mitocondriais geralmente possuem formato de
prateleiras, mas em células produtores de hormônios esteroides,
como as células de Leydig, elas adquirem formatos tubulares.
As mitocôndrias dessas células, ao serem observadas em um
corte, apresentam cristas em aspecto vesicular. Para entender um
pouco mais sobre essa variedade, leia o “Capítulo 4 – Papel das
mitocôndrias na transformação e armazenamento de energia” do
livro “Biologia celular e molecular” dos autores Luiz C. Junqueira e
José Carneiro.

A dupla membrana delimita dois importantes espaços nessas organelas, que


desempenham diferentes funções no processo metabólico de quebra de compostos
orgânicos para a obtenção de energia. Um deles, o espaço intramembranoso, está
localizado entre as duas membranas da mitocôndria, enquanto a matriz mitocondrial
é delimitada pela membrana interna (Figura 1) (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2005;
MEDRADO, 2014).

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Figura 1 – Estrutura das mitocôndrias
Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons (2020).

Na matriz mitocondrial encontramos um material com certa granulosidade, que


contém proteínas, moléculas de DNA circular, RNA, além de pequenos ribossomos.

Curiosidade
A origem das mitocôndrias foi postulada pela pesquisadora Lynn
Margulis em 1970, que propôs que essas organelas teriam se
originado a partir de eventos de endossimbiose que ocorreram no
início da evolução das células eucarióticas. A teoria é conhecida
como “Teoria da Endossimbiose”. Para entender mais sobre a
teoria e suas evidências científicas, clique no link e assista ao
vídeo “Teoria da endossimbiose - flashdica”.

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O processo de obtenção de energia pelas células inicia-se no citosol, com a degradação
inicial das moléculas de glicídios (glicose) e lipídios, gerando um saldo líquido de
dois mols de ATP e a produção de piruvato (ou ácido pirúvico), que se difunde para a
mitocôndria (MEDRADO, 2014). Esse processo é denominado glicólise anaeróbia.

Ao entrar na mitocôndria a molécula de piruvato será oxidada pelo processo de


fosforilação oxidativa, o que levará a formação de mais 36 mols de ATP.

Curiosidade
A síntese dos ATPs é possível devido à existência de uma enzima
motora presente na membrana da crista mitocondrial, denominada
ATP sintase. Para entender melhor o funcionamento dessa proteína
motora e a síntese dos ATPs, clique no link e assista ao vídeo.

O mecanismo e oxidação do piruvato até a formação de água e gás carbônico será


didaticamente dividido em três mecanismos: a produção da acetilcoenzima A (acetil-
CoA), o ciclo do ácido cítrico (ciclo de Krebs) e a cadeia transportadora de elétrons.

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1. Produção do acetil-CoA:

Na matriz mitocondrial, o piruvato é convertido em acetil-CoA, por um complexo


multienzimático denominado complexo desidrogenasse do piruvato, que
converte o piruvato em acetil-CoA com a formação de NADH e uma molécula
de CO2, que se difunde pela membrana da mitocôndria. O acetil-CoA também
pode ser formado pela oxidação de ácidos graxos, sendo destinado ao ciclo de
Krebs (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2005).

Fonte: Modificada de OpenStax College, Biology (2020).

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2. Ciclo do ácido cítrico ou de Krebs:

É uma sequência cíclica de reações enzimáticas em que ocorre a atuação de


enzimas denominadas desidrogenases e descarboxilases, ainda na matriz
mitocondrial. Com a atuação desse complexo proteico, ocorre a liberação
de vários prótons, elétrons e CO2 dos compostos orgânicos. Os elétrons são
captados por moléculas como o FAD, NAD e os citocromos, que irão transportá-
los para a cadeia respiratória. Os hidrogênios em forma de prótons são
liberados na matriz mitocondrial. Para isso, o acetil-CoA é condensado com
o oxalacetato, formando o ácido cítrico, que ao passar pelo ciclo, sofre a ação
das desidrogenases e descarboxilases voltando a se formar o oxalacetato. Os
produtos dessas reações serão utilizados na cadeia respiratória de elétrons
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2005).

Fonte: Modificada de OpenStax College, Biology (2020).

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3. Cadeia transportadora de elétrons:

Constitui-se de compostos não enzimáticos denominados citocromos, que


possuem a função de transportar elétrons. Essas proteínas estão localizadas
nas cristas mitocondriais, e transportam elétrons de alta energia, que irão
cedendo energia para a produção do ATP, havendo produção de 36 mols de
ATP por mol de glicose consumida. No final, esses elétrons são captados por
moléculas de oxigênio, que posteriormente se combinam com os íons H+,
formando uma molécula de água (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2005).

Fonte: Adaptada de Avissar et al. (2013).

Caraterísticas moleculares do citoesqueleto


O citoesqueleto é formado por um conjunto de proteínas que estão envolvidas na
manutenção do formato das células, estabilização e ancoramento das organelas e
movimentação de substâncias dentro dessas células, como por exemplo, de vesículas
sinápticas.

Dessa forma, os principais elementos do citoesqueleto são os microfilamentos, os


filamentos intermediários e os microtúbulos.

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Microfilamentos:

Os microfilamentos são representados pelos filamentos de actina e de miosina.


Os filamentos de actina são formados por subunidades globosas de actina G,
que se polimerizam, lembrando um colar de pérolas. A estrutura quaternária, que
possui de 5 a 7 nm de espessura, é constituída por dois filamentos entrelaçados,
formando a actina F. Dentre os diversos tipos de actina nas células, alguns são
extremamente dinâmicos e outros são fixos, como ocorre na fibra muscular
estriada. Nessas células, juntamente com a miosina, a actina está envolvida
na atividade contrátil do músculo (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2005; MEDRADO,
2014).

Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons (2020).

Filamentos intermediários

Os filamentos intermediários possuem aproximadamente de 8-10 nm de


espessura e são constituídos por diversas proteínas, que são mais estáveis
que os microfilamentos e os microtúbulos, por não serem constituídas por
subunidades. Atuam principalmente na constituição estrutural das células. Os
filamentos intermediários são: a queratina, a vimentina, desmina, as proteínas
ácidas fibrilares da glia e as proteínas dos neurofilamentos (JUNQUEIRA;
CARNEIRO, 2005; MEDRADO, 2014).

Adaptada de Wikimedia Commons (2020).

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Microtúbulos

Os microtúbulos são finos tubos proteicos encontrados no citoplasma

Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons (2020).

Funções do citoesqueleto: manutenção do


formato e movimentos celulares
Após aprendermos sobre os principais constituintes do citoesqueleto, agora iremos
adentrar nas principais funções desempenhadas por essas proteínas. De maneira
geral, essas proteínas atuam na manutenção do formato das células, nos movimentos
celulares como a contração, emissão de pseudópodes, deslocamento intracelular de
organelas, cromossomos e vesículas. Além disso, o deslocamento de vesículas e
organelas intracelulares são dependentes de proteínas motoras, representadas pelas
dineínas e cinesinas, que se deslocam pelos microtúbulos (De ROBERTIS; HIB, 2014).

Curiosidade
Os microtúbulos são estruturas muito dinâmicas, com grande
capacidade de polimerização e despolimerização, de acordo
com a necessidade da célula. Para saber um pouco mais sobre
as funções e mecanismos de funcionamentos dos microtúbulos
sugiro o vídeo disponível no link.

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Agora que sabemos as funções gerais do citoesqueleto, iremos discutir um pouco
mais sobre as funções desempenhadas por cada grupo proteico.

Microtúbulos:

os microtúbulos participam da movimentação de cílios e flagelos, transporte


intracelular de partículas, deslocamentos dos cromossomos na meiose e
também no estabelecimento do formato das células. Durante a divisão celular,
os microtúbulos se formam a partir do fuso mitótico, se ligam ao centrossomo
dos cromossomos, e atuam na separação dos cromossomos homólogos
durante a metáfase I (MEDRADO, 2014).

Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons (2020).

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Filamentos intermediários:

os filamentos intermediários estão envolvidos na manutenção das estruturas


das células. Os filamentos de queratina são encontrados em células epiteliais
e nos pelos, unhas e chifres. Nessas células, os filamentos intermediários
estão presentes nas junções intercelulares denominadas desmossomos,
atuando na manutenção da coesão do tecido. Nos fibroblastos, os filamentos
de vimentina estão associados à membrana nuclear e plasmática, mantendo
a posição do núcleo e do fuso mitótico (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2005).

Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons (2020).

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Microfilamentos:

as funções dos filamentos de actina estão relacionados aos movimentos


celulares. Em associação com a miosina, atuam na contração muscular
estriada, bem como durante a divisão celular, durante a citocinese, promovendo
a separação das células. Estão presentes também nas microvilosidades
das células epiteliais e na emissão de pseudópodes durante o processo de
fagocitose, forrando o córtex celular, abaixo da membrana plasmática, que
também possui função de sustentação.

Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons (2020).

2.4 Composição do Núcleo Celular


O núcleo celular é a estrutura que define as células eucarióticas, pois a maioria do
material genético da célula está contida nessa região envolvida pela carioteca, também
conhecida como membrana nuclear. Dessa forma, o núcleo representa o centro de
controle das atividades celulares porque, além de conter o genoma da célula, possui
também toda a maquinaria molecular necessária para duplicar o DNA, para a síntese
e processamento de todos os tipos de RNA que serão utilizados para a síntese de
proteínas (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2005; MEDRADO, 2014).

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Os principais componentes do núcleo são: o envoltório nuclear (carioteca), a cromatina
e o nucléolo, conforme pode ser observado na figura a seguir.

Figura 2 – Esquema do núcleo celular.


Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons (2020).

O envoltório nuclear delimita o conteúdo intranuclear do citoplasma, apresentando


membrana externa com ribossomos aderidos à superfície citoplasmática que possui
continuidade com a membrana que compõe o retículo endoplasmático rugoso. A
membrana interna está intimamente ligada a uma rede de moléculas proteicas que
ajuda a estabilizar o envoltório nuclear e confere apoio aos cromossomas interfásicos,
chamada lâmina nuclear (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2005; MEDRADO, 2014). A
membrana nuclear possui poros nucleares com proteínas do Complexo do Poro, que
controlam o trânsito de moléculas entre o núcleo e o citoplasma.

A cromatina é constituída pelos filamentos de DNA celular associados a proteínas,


principalmente às histonas. As histonas são um conjunto de subunidades proteicas,
Curiosidade
que apresenta os filamentos de DNA enrolados em torno de sua estrutura, o que nos
faria lembrar O
detransporte
um carreteldedeRNA
linha. Essa estrutura,
mensageiro formada
do núcleo parapela associação das
o citoplasma
histonas comdas células
o DNA, é necessário
é denominada para que ocorra
nucleossomos a síntese de
(De ROBERTIS; proteínas.
HIB, 2014) (Figura
Esse transporte é mediado por proteínas que atravessam
3). Os nucleossomos associam-se formando um arranjo helicoidal que assume o
complexo do poro presente na carioteca. Para entender um
organização cada
poucovezmais
maissobre
complexa, até a e
o núcleo formação dos cromossomos,
a estrutura comno
dos poros, clique grande
compactaçãolinkdosefilamentos
assista aode DNA.“Núcleo celular”.
vídeo

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Figura 3 – Estrutura do nucleossomo.
Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons (2020).

Em micrografias eletrônicas do núcleo celular, pode-se observar a presença de


regiões mais eletrondensas, denominadas heterocromatina, que apresentam
cromatina densamente compactada, o que indica a não transcrição desses genes, e
menor atividade celular. O contrário ocorre nas regiões elétron-lucidas, denominadas
eucromatinas.

Curiosidade
A condensação da cromatina é necessária para a organização
do material genético no núcleo e também para o controle da
transcrição gênica. Para saber um pouco mais sobre a estrutura
e função das estonas no processo de condensação da cromatina,
acesse o link e assista ao vídeo “Células e Tecidos”.

O nucléolo é o local de produção de ribossomas. Aparecem geralmente como


estruturas arredondadas densas no interior do núcleo, formadas principalmente por
RNAr e proteínas (MEDRADO, 2014).

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Organelas envolvidas na síntese proteica
A estruturas celulares envolvidas na síntese de proteínas são o núcleo, o retículo
endoplasmático rugoso, o complexo de Golgi e os ribossomos livres.

E aprendemos que a síntese de proteínas que são utilizadas pelas próprias células é
sintetizada pelos ribossomos livres no citoplasma. Entretanto, as proteínas secretadas
pelas células são produzidas no retículo endoplasmático rugoso, modificadas
no complexo de Golgi, empacotadas em vesículas que serão transportadas pelo
deslocamento das proteínas motoras nos filamentos de microtúbulos, até atingir a
membrana plasmática.

Curiosidade
Gostaria de lembrar onde estão localizadas essas organelas nas
células eucarióticas? Imagine estão observando essas organelas
em uma célula 3D! Para percorrer essa divertida jornada pelo
projeto Célula Interativa em 3D, acesse o link e divirta-se!

Aspectos moleculares da síntese proteica


Agora vamos abordar a síntese de proteínas em relação aos aspectos moleculares. A
primeiro questionamento a se fazer é como as proteínas são sintetizadas a partir dos
genes? Então, vamos lá!

O processo de síntese de proteínas é dividido em duas grandes fases. São elas, a


transcrição e a tradução.

A transcrição é o processo no qual um gene da sequência de DNA é copiado ou


transcrito para fazer uma molécula de RNA, denominada RNA mensageiro (RNAm).
Essa transcrição é necessária, pois o DNA precisa permanecer conservado no núcleo
celular, e o RNAm, leva a mensagem do núcleo para o citoplasma da célula.

O processo de transcrição do RNAm inicia-se quando a RNA polimerase se liga a


uma sequência promotora próxima ao início de um gene, diretamente ou através das
proteínas auxiliares, denominados fatores de transcrição. A RNA polimerase usa a fita
de DNA molde como uma referência para fazer uma molécula de RNAm de maneira
complementar. O RNAm formado, atravessa a carioteca nuclear com o auxílio das

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proteínas do complexo do poro. Caso possua na sua fita uma sequência sinalizadora
poderá ser destinada ao retículo endoplasmático rugoso. Na ausência, essa molécula
irá para o citoplasma celular, onde ocorrerá a tradução.

Saiba mais
Os fatores de transcrição são moléculas que controlam a
transcrição do RNA mensageiro no núcleo. Alguns fatores de
transcrição são necessários para o correto desenvolvimento do
embrião. Para saber mais sobre o fator de transcrição Sp7, acesse
o link e leia o artigo “Desenvolvimento dentário relacionado com o
fator de transcrição Sp7”

A tradução é o processo em que ocorrerá a leitura dos códons das bases nitrogenadas
da molécula de RNAm pelos ribossomos, que podem ser livres ou associados às
cisternas do retículo endoplasmático rugoso. Nesse processo, os ribossomos irão
identificar o códon de início da transcrição, ligando as suas duas subunidades à
molécula de RNAm.

Saiba mais
Gostaria de saber detalhadamente sobre os processos moleculares
envolvidos no processo de tradução das proteínas. Então, acesse o
link e assista ao vídeo “Tradução: Síntese Proteica”.

Após essa fase, os ribossomos passam a identificar os códons e recrutar os RNAt


com anticódons complementares. Cada RNAt carrega em sua estrutura o aminoácido
correspondente ao códon em questão. Ao serem disponibilizados para os ribossomos,
ocorre a ligação dos resíduos de aminoácidos adjacentes pelas ligações peptídicas.
Esse processo se repete várias vezes, dependendo do tamanho do polipeptídio, até
que o ribossomo atinja o códon referente à pausa da tradução.

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Curiosidade
Gostaria de saber um pouco mais sobre os processos
moleculares envolvidos na síntese proteica? Então acesse o
link e leia o capítulo 8 “Mecanismos genéticos básicos” do
livro “Biologia molecular”.

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Conclusão
Ao longo dessa unidade aprendemos os mecanismos envolvidos na síntese
metabólica de energia, nos movimentos e manutenção do formato das células, bem
como aspectos da síntese proteica.

Inicialmente abordamos os mecanismos da síntese metabólica de energia pelas


mitocôndrias em seus diferentes compartimentos, a matriz e as cristas mitocondriais.

Aprendemos também sobre a função e constituição do citoesqueleto, que é formado


por proteínas que fornecem um arcabouço de sustentação das células.

Além disso, vimos os principais aspectos estruturais do núcleo celular e como ocorre a
organização do material genético no seu interior, e como essa organização influencia
na síntese de proteínas.

E por falar em síntese de proteínas, por fim, abordamos as organelas envolvidas


nesses processos, bem como os principais mecanismos da transcrição e tradução,
alcançando a produção final de proteínas.

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Referências

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JUNQUEIRA L. C.; CARNEIRO J. Biologia celular e molecular. 8. ed. Rio de Janeiro:


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TRADUÇÃO: síntese proteica - Aula 15 - Módulo I: Biologia Celular | Prof. Guilherme.


[S. I.: s. n.], 2019. 1 vídeo (19min44s). Publicado pelo canal Biologia Prof. Guilherme.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ywMYH1D8OTc&t=65s. Acesso
em: 16 abr. 2020.

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