Bioquímica Exer.
Bioquímica Exer.
Bioquímica Exer.
BIOQUÍMICA APLICADA
AO EXERCÍCIO
ESPÍRITO SANTO
1
BIOQUÍMICA E ORGANIZAÇÃO CELULAR
http://cursosonline.uol.com.br/assinatura/artigos/biologia-e-meio-ambiente/bioquimica-
celular-conheca-as-vitaminas-e-seus-efeitos-no-metabolismo/
BIOMOLÉCULAS
As biomoléculas são moléculas de compostos orgânicos que constituem os
seres vivos como: proteínas, ácidos nucleicos, polissacarídeos. Os polímeros
formados por algumas moléculas orgânicas são importantes para a
construção do organismo pois é através deles que se formam as biomoléculas
poliméricas.
Os polímeros são formados pelos monômeros (pequenas moléculas
orgânicas que se polimerizam). Os principais monômeros que constituem os
organismos vivos são: aminoácidos, nucleotídeos e os monossacarídeos.
Os aminoácidos reagem entre si dando origem às proteínas que constituem
grande parte das células. As proteínas são importantes no controle do
transporte de substâncias pela membrana, na atividade dos genes, na
contração muscular e nos movimentos internos da célula. A representação
geral dos aminoácidos.
http://www.infoescola.com/bioquimica/os-20-aminoacidos-essenciais-ao-organismo/
http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=Dipept%C3%ADdeos&lang=3
3
http://brasilescola.uol.com.br/biologia/nucleotideo.htm
http://www.infoescola.com/bioquimica/glicose/
Estrutura da glicose.
Quando o nível de glicose está muito alto, ocorre a hiperglicemia e deve ser
feito o controle, pois a hiperglicemia em um exame de sangue representa
quadro de diabetes (se o exame for realizado em jejum). Quando esse nível
estiver baixo o quadro é de hipoglicemia que também deve ser controlado para
que não haja evolução.
O quadro de hipoglicemia é mais sério, pois nosso cérebro não
armazena oxigênio nem glicose e se os níveis de glicose baixar muito podem
ocorrer lesões cerebrais graves com sequelas, podendo causar até a morte.
A bioquímica clínica, também chamada de analise clínica é a responsável pela
medição dos níveis de glicose no organismo, utilizando um exame por meio de
coleta sanguínea é feita a separação do soro e do plasma em centrífuga; em
seguida o soro é levado ao calorímetro.
A análise é feita medindo a quantidade de luz incidente que consegue passar
pelas moléculas de glicose contidas no soro.
O distúrbio mais comum causado pelo aumento ou baixa do nível de glicose no
organismo é a Diabetes que é uma doença inflamatória crônica e se apresenta
em 4 formas.
Diabetes Mellitus tipo 1
Diabetes Mellitus tipo 2
Diabetes Mellitus Gestacional
5
Diabetes Mellitus causada por outros agentes internos ou externos ao
organismo.
Os níveis normais para que uma pessoa não apresente quadro de Diabetes
são (8 a 12 horas de jejum):
Nível Normal = 70 a 99mg/dL
Nível Pré-Diabetes = 100 a 125mg/dL
Nível Diabetes Mellitus = acima de 126mg/dL
Os polissacarídeos são glicídios de longa cadeia constituídos pela união de
vários monossacarídeos (açúcares) como mostra a Figura 5. Esses
polissacarídeos são importantes, pois são fontes de energia para o organismo
e constituem certas estruturas importantes nos organismos.
http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=Sacarose&lang=3
http://www.webciencia.com/11_03celula.htm
6
Os seres vivos podem se classificar de acordo com sua estrutura celular em
procariontes e eucariontes.
As células procarióticas têm uma estrutura muito simples pois não possuem
membrana nuclear nem a maioria das organelas, possuindo apenas uma
única membrana plasmática.
As células eucarióticas são muitos maiores em tamanho que as anteriores,
possuem um núcleo delimitado por uma membrana e diversos
compartimentos especializados para cada função (complexo de Golgi,
mitocôndria e outros).
Dentro de uma célula eucariótica encontram-se:
a) Ribossomo – síntese de proteínas;
b) Aparelho de Golgi – eliminação de secreção celular;
c) Lisossomo – digestão celular;
d) Membrana plasmática – proteção e transporte de substâncias na célula;
e) Mitocôndria – respiração celular;
f) Centríolos – fazem parte da divisão celular;
g) Parede celular – esqueleto de sustentação da célula vegetal;
h) Retículo endoplasmático liso – sintetiza lipídeos e armazena cálcio no
músculo;
i) Retículo endoplasmático rugoso – facilita o transporte de substâncias na
célula e produz proteínas da membrana;
j) Vacúolo contrátil – cavidades do citoplasma que se encarregam de
eliminar água; Vacúolo de suco celular – cavidades que acumulam água
em vegetais;
k) Cloroplasto – responsável pela síntese de proteínas e reprodução na
célula vegetal.
7
http://cfbcmpa2011.blogspot.com.br/2011/03/celula-animal.html
Representação da célula animal.
http://nemtecontei.blogspot.com.br/2012/11/maquete-de-celula-vegetal.html
Representação da célula vegetal.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=bioeletronica-nanotransistor-
8
interacoes-entre-moleculas#.VlcssXarTIU
9
http://slideplayer.com.br/slide/287692/
Forças de Van der Waals.
INTERAÇÃO DIPOLO-DIPOLO
As forças dipolo–dipolo são interações entre moléculas polares sendo
consideradas forças intermediárias. Na molécula da acetona o átomo de
oxigênio, mais eletronegativo, faz uma dupla ligação com o átomo de carbono,
menos eletronegativo. Dessa forma há a formação de um dipolo na molécula,
pois o par de elétrons da ligação C=O estará mais próximo do átomo de
oxigênio, pois este é o átomo mais eletronegativo. Este adquire carga parcial
negativa e deixa o outro lado da molécula (átomo de carbono) com carga
elétrica parcial positiva. O lado negativo de uma molécula atrai o positivo da
outra e dessa forma ocorre à interação entre as moléculas.
http://desciclopedia.org/wiki/For%C3%A7as_intermoleculares
10
ATRAÇÃO ELETROSTÁTICA
Esse tipo de interação é o resultado das forças atrativas entre cargas opostas
efetivas de funções polares, ou seja, ocorre devido à atração de uma molécula
carregada positivamente com outra molécula carregada negativamente. Essas
interações são consideradas as mais fortes existentes e ocorrem entre
radicais carregados de aminoácidos.
https://aprendendofisica.wordpress.com/2010/05/26/principio-da-eletrostatica/
LIGAÇÃO DE HIDROGÊNIO
A ligação de hidrogênio é a interação entre o átomo de hidrogênio ligado a um
átomo de O, N ou F de uma molécula com o átomo de N, O ou F de outra
molécula. A ligação de hidrogênio é uma força intermolecular mais fraca que a
íon-íon mais é mais forte que as forças de Van der Waals ou dipolo – dipolo.
Uma explicação plausível para a formação das ligações de hidrogênio é a de
que o par de elétrons que liga um átomo de hidrogênio a um átomo altamente
eletronegativo está efetivamente afastado do núcleo do hidrogênio, diminuindo
muito a densidade de carga negativa ao redor do núcleo de hidrogênio que é
um simples próton. Assim, o próton não blindado atrai elétrons que circundam
o átomo eletronegativo de uma molécula vizinha. São consideradas interações
de força intermediária e ocorrem entre grupos polares sem carga dos
aminoácidos polares.
.
INTERAÇÃO HIDROFÓBICA
Além desses quatro tipos, existem ainda as interações hidrofóbicas que são
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atribuídas devido a forte tendência das moléculas de água excluírem grupos
ou moléculas apolares. Essas interações ocorrem entre solutos não polares e
a água. Moléculas apolares de solutos se aglomeram entre si na presença de
água, não porque tenham primariamente uma alta afinidade uma pela outra,
mas porque a água liga-se fortemente a si mesma.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-40422013000800026&script=sci_arttext
https://novestiba.wordpress.com/category/biologia/
Estrutura da molécula de água.
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Na natureza, a água é o componente químico que está presente em maior
quantidade nos seres vivos e, juntamente com os sais minerais, constitui os
componentes inorgânicos das células. As substâncias orgânicas predominam
em variedade, pois é grande o número de proteínas, ácidos nucleicos, lipídios
e carboidratos diferentes que formam a estrutura das células e dos
organismos.
PROPRIEDADES DA ÁGUA
http://interna.coceducacao.com.br/ebook/pages/141.htm
-SOLUBILIDADE E TRANSPORTE
13
http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/solubilidade-dos-materiais.htm
14
http://brasilescola.uol.com.br/quimica/relacao-entre-forca-intermolecular-solubilidade-das-
substancias.htm
Ligação de hidrogênio entre as moléculas de água e outros grupamentos
polares.
CALOR ESPECÍFICO
http://www.colegioweb.com.br/calorimetria/caloria-calor-especifico-sesnsivel-da-agua.html
15
A água tem um alto calor específico, o que também é justificado pela
formação de ligações de hidrogênio. Assim, a água tem capacidade de
absorver muito calor e mudar pouco de temperatura; isso ocorre devido à
dificuldade de se romper as pontes de hidrogênio para que as moléculas de
água aumentem sua energia cinética e, por consequência, sua temperatura.
Pelo seu elevado calor específico, a água contribui para a manutenção da
temperatura nos animais como aves e mamíferos, ou seja, uma pessoa em
estado febril tem sua sudorese aumentada para que a evaporação da água
contida no suor absorva o calor corpóreo, para diminuição da temperatura do
indivíduo. Essa característica é fundamental para a manutenção da
homeostase dos organismos vivos.
A homeostase é a propriedade de um sistema, seres vivos especialmente, de
regular o seu ambiente interno para manter uma condição estável, mediante
múltiplos ajustes de equilíbrio dinâmico controlados por mecanismos de
regulação inter-relacionados.
ÁGUA E O METABOLISMO
http://www.ultracurioso.com.br/por-que-a-agua-fica-com-um-gosto-estranho-do-dia-para-a-
noite/
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maior teor de água (70 a 80% enquanto no tecido ósseo essa quantidade é
de 25%), bem como, em plantas, folhas têm maior atividade metabólica que
sementes, possuindo então maior teor de água.
Além de a água ser o solvente no qual ocorrem as reações metabólicas
corporais, a água participa diretamente de várias reações químicas como
reagente ou produto, como as sínteses nas quais ocorrem desidratação
intermolecular, hidrólise, respiração aeróbica e fotossíntese.
DESIDRATAÇÃO
http://www.zarrobrasil.com.br/verDica.asp?dicaId=186
INTERAÇÕES HIDROFÓBICAS
Apesar de solubilizar uma grande parte dos solutos, existem moléculas que
interagem de forma diferente com a água, pois não são solubilizados pela
mesma. Solutos não polares ou grupos funcionais não polares em
macromoléculas biológicas não fazem ligação de hidrogênio com a água.
Dessa forma, essas moléculas tendem a se aglomerarem em água
constituindo as interações hidrofóbicas.
http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=Intera%C3%A7%C3%B5es+Hidrof%C
3%B3bicas+e+Hidrof%C3%ADlicas&lang=3
http://universechemistry.blogspot.com.br/2015/09/aulao-de-bioquimica-2-
parte.html
Interações hidrofóbicas entre composto apolar e a água.
AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS
http://www.definicionabc.com/salud/aminoacidos-2.php
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PROTEÍNAS
As proteínas são biopolímeros formados pela união de aminoácidos. As
proteínas são de fundamental importância nos processos biológicos além de
serem as moléculas mais diversificadas quanto à sua forma e função.
http://www.dietaja.org/alimentos/importancia-das-proteinas/
FUNÇÕES
As principais características das proteínas são:
-Catálise enzimática;
-Transporte e armazenamento;
-Movimento coordenado;
-Sustentação mecânica;
-Proteção imunológica;
-Geração e transmissão de impulsos;
-Crescimento e diferenciação.
AMINOÁCIDOS
Os aminoácidos são as unidades estruturais básicas das proteínas. O
aminoácido é composto por um grupamento carboxila, um grupamento
amino, um hidrogênio e um grupo R que diferencia os aminoácidos, todos
ligados a um único átomo de carbono.
http://brasilescola.uol.com.br/biologia/peptideos.htm
Estrutura geral dos aminoácidos.
20
As proteínas, apesar de apresentarem estruturas e funções tão
diversificadas, são sintetizadas por 20 aminoácidos. Todas as proteínas de
todos os organismos vivos são construídas a partir desses 20 aminoácidos. A
notável gama de funções exercidas por elas resulta da diversidade e da
versatilidade desses aminoácidos.
-LIGAÇÃO PEPTÍDICA
As proteínas são polímeros que se unem através da ligação do grupo
carboxila de um aminoácido com o grupo amino do outro. Essa ligação é
chamada de peptídica e é obtida por exclusão de uma molécula de água.
http://tal57.blogspot.com.br/2006/06/ligao-peptdica.html
21
http://pt.slideshare.net/rondinellyrodrigues79/aminocidos-e-protenas-17166243
b) Polares: possuem cadeia lateral com grupos que possuem carga parcial e
são capazes de fazer ligação de hidrogênio com a água. São exemplos
desses tipos de aminoácidos: asparagina, glutamina, serina e treonina;
http://pt.slideshare.net/rondinellyrodrigues79/aminocidos-e-protenas-17166243
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exemplos desses tipos de aminoácidos: aspartato, cisteína, glutamato e
tirosina;
http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=Amino%C3%A1cidos+Ac%C3%ADdicos&
lang=3
http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=Amino%C3%A1cidos+B%C3%A1sico
s&lang=3
23
http://www.liderdeouro.com.br/amorcristalino/?p=846
ESTRUTURA PROTÉICA
-ESTRUTURA PRIMÁRIA
A estrutura primária corresponde à sequência de aminoácidos que formam a
cadeia polipeptídica, ou seja, o esqueleto da proteína. Essa sequencia é
determinada geneticamente e é específica de cada proteína.
http://pt.slideshare.net/brandaobio/protenasppt2
24
-ESTRUTURA SECUNDÁRIA
A estrutura secundária descreve as estruturas bidimensionais formadas por
elementos da estrutura da cadeia polipeptídica. Essa sequencia se refere ao
arranjo espacial de segmentos de aminoácidos que estejam próximos um dos
outros na sequencia linear. As duas principais conformações assumidas são
denominadas α-hélice e folha β-pregueada. Essas estruturas se estabilizam
por ligações de hidrogênio entre o hidrogênio do grupamento -NH e o
oxigênio do grupamento – C = O.
Estrutura em α-hélice
A α-hélice é uma estrutura semelhante a um bastão. A cadeia polipeptídica
principal é fortemente helicoidizada formando a parte interna do bastão, e as
cadeias laterais projetam-se para fora em uma disposição helicoidal. A α-
hélice é estabilizada por ligações de hidrogênio entre os grupamentos NH e
CO da cadeia principal. O grupamento CO de cada aminoácido forma ligação
de hidrogênio com o grupamento NH do aminoácido que está situado a
quatro unidades abaixo na sequencia linear. Assim, todos os grupamentos
CO e NH formam ligações de hidrogênio. As cadeias laterais dos
aminoácidos projetadas para fora não participam das ligações de hidrogênio
estabelecidas unicamente entre os grupamentos das unidades peptídicas. O
elevado número de ligações de hidrogênio confere grande estabilidade à
estrutura em α-hélice. Por esta razão, a estabilidade dessa estrutura
independe, até certo ponto, do tipo de cadeia lateral do aminoácido. No
entanto, há casos que, devido a forte repulsão de grupos carregados com a
mesma carga na cadeia lateral, não é possível que a estrutura espacial da
proteína seja em α-hélice.
http://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/tecnologia/luciamariacararetoalves/aula-3---
estrutura-das-proteinas.pdf
25
Os principais exemplos de proteínas que possuem 75 a 80% de sua
estrutura em α-hélice são: mioglobina e hemoglobina.
http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/introducao_proteinas/introducao_proteinas_dois
.htm
-ESTRUTURA TERCIÁRIA
Essa estrutura descreve o dobramento final da cadeia polipeptídica por
interações entre os grupos R de seus aminoácidos. Neste nível de
organização, segmentos distantes da estrutura primária podem aproximar-se
e interagir através de ligações não covalentes entre as cadeias laterais dos
resíduos de aminoácidos. Estas ligações são consideradas fracas em relação
às covalentes. O único tipo de ligação covalente que une os radicais na
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estrutura terciária são as pontes dissulfeto. Os tipos de ligações não
covalentes que unem esses radicais são:
a) Ligações de hidrogênio: são estabelecidas entre os grupos R de
aminoácidos polares e não apresentam um padrão regular como na estrutura
secundária;
b) Interações de Van der Waals: são estabelecidas entre as cadeias laterais
hidrofóbicas dos aminoácidos apolares. As cadeias hidrofóbicas localizam-se
geralmente no interior apolar da proteína, pois não interagem com a água;
c) Ligações eletrostáticas: a maioria dos grupos carregados de uma proteína
localizam-se na superfície, estabelecendo interações íon-dipolo com a água.
Essas interações também podem ocorrer entre grupos carregados com
cargas diferentes de radicais de aminoácidos.
-ESTRUTURA QUATERNÁRIA
A estrutura quaternária descreve a associação entre cadeias polipeptídicas
que compõem uma proteína funcional como a hemoglobina. Essa estrutura é
mantida por ligações não covalentes entre as subunidades, parecido com o
que ocorre com a estrutura terciária. Essas subunidades podem ser iguais ou
diferentes entre si.
http://www.saberespractico.com/estudios/secundaria-bachiller/biologia-secundaria-bachiller-
estudios/diferencias-entre-proteinas-globulares-y-fibrosas/
PROTEÍNAS ESSENCIAIS
COLÁGENO
O colágeno é o principal componente fibroso de pele, osso, tendão,
cartilagem e dentes, sendo a molécula mais abundante dos vertebrados.
Esse tipo de proteína possui um tipo especial de hélice, ou seja, contêm três
cadeias peptídicas helicoidais, cada uma com aproximadamente 1000
aminoácidos de comprimento.
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/quimicavida/conversations/messages/534
28
MIOGLOBINA
A mioglobina tem como função principal carregar e armazenar oxigênio no
músculo, sendo considerada uma proteína globular. As maiores concentrações
de mioglobina encontram-se no músculo esquelético e no músculo cardíaco,
onde se requerem grandes quantidades de O2 para satisfazer a demanda
energética das contrações.
A mioglobina é uma molécula extremamente compacta sendo constituída
principalmente de α-hélice, das quais há oito. Cerca de 75% da cadeia
principal estão enrolados em α-hélice e grande parte do resto da cadeia forma
alças entre as hélices.
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABXlUAF/aminoacido?part=3
HEMOGLOBINA
A hemoglobina (principal constituinte das hemácias ou glóbulos vermelhos) é
uma proteína globular tida como eficiente transportadora de oxigênio, além
de exercer um poderoso tampão no sangue evitando que os valores de pH
sofram alterações abruptas. A deficiência dessa proteína no sangue causa a
anemia.
As hemoglobinas de vertebrados são constituídas de quatro subunidades
(cadeias) polipeptídicas. As quatro cadeias da estrutura quaternária são
mantidas juntas por atrações não covalentes. Cada cadeia contém um
grupamento heme com um centro de ligação ao oxigênio.
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http://brainrhein.blogspot.com.br/2015/04/um-pouco-mais-de-proteina.html
ALBUMINA
Albumina refere-se de forma genérica a uma classe de proteínas, e não uma
proteína em específico, de alto valor biológico. A estrutura secundária desta
proteína é formada basicamente em α-hélice, como mostra a Figura 17.
Proteínas desta classe são encontradas no plasma e diferem das outras
proteínas plasmáticas porque não são glicosiladas. Essa classe de proteínas
é solúvel em água e sofre desnaturação na presença de calor, estando
presente no sangue, na clara do ovo e no leite. Esta proteína é a principal
classe de proteínas presente no plasma sanguíneo e é sintetizada pelo
fígado.A concentração normal de albumina no sangue fica entre 3,5 e 5,0
gramas por decilitro, e é cerca de 50% das proteínas plasmáticas.
http://www.hepcentro.com.br/ascite.htm
30
TABELA – Proteínas importantes para os organismos vivos.
PROTEÍNA IMPORTÂNCIA LOCALIZAÇÃO
Queratina Impermeabilizante Fios de cabelo, pele e
CARBOIDRATOS
http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/introducao_carboidratos/introducao_ch.htm
CLASSIFICAÇÃO
Os carboidratos podem ser classificados em: monossacarídeos,
dissacarídeos e polissacarídeos.
-MONOSSACARÍDEOS
http://pt.dayshare.org/yronmoreira3/composio-qumica-do-ser-vivo
32
monossacarídeo é chamado de aldose, se ele contém um grupo cetona, o
monossacarídeo é chamado de cetose. Dentre os principais
monossacarídeos pode-se destacar: glicose, frutose, galactose e a ribose.
Os monossacarídeos são as unidades básicas dos carboidratos e são
constituídos por um grupamento cetona ou aldeído e hidroxilas ligadas à
estrutura principal da cadeia. Esses carboidratos são o principal combustível
para a maioria dos seres vivos.
Os monossacarídeos são classificados de acordo com a natureza química do
grupo carbonila e pelo número de seus átomos de carbono. Os que possuem
grupos aldeídicos são chamados de aldoses e os que possuem grupos
cetônicos são chamados de cetoses.
Ciclização de monossacarídeos
Em solução aquosa menos de 1% das aldoses e cetoses se apresentam
como estruturas de cadeia aberta. Os monossacarídeos com 5 ou mais
átomos de carbono ciclizam-se formando anéis pela reação entre uma
extremidade que contém a hidroxila e a outra que contém o grupo
carbonílico, dando origem a hemiacetais ou hemicetais. A reação de
ciclização intermolecular torna os monossacarídeos produtos mais estáveis
para serem armazenados nos organismos vivos devido à sua forma mais
compacta.
http://slideplayer.com.br/slide/83575/
33
cíclico é chamado de carbono anomérico.
Os monossacarídeos como a frutose e a ribose ciclizam-se para dar origem a
um anel de cinco membros.
https://www.youtube.com/watch?v=t_qD1ynVZPc
Principais monossacarídeos
Os principais monossacarídeos encontrados em alimentos e utilizados pelo
homem são: glicose, frutose e a galactose. Todos esses monossacarídeos
apresentam fórmula C6H12O6 e são fontes de energia para o organismo.
A frutose é um monossacarídeo importante presente no organismo humano e
na maioria das plantas sendo encontrada em frutas, vegetais e no mel. A
frutose vem sendo empregada como adoçante de bebidas industrializadas,
constituindo de 4,0% a 8,0% de seu peso, em decorrência de algumas
características como a maior solubilidade em soluções aquosas e pelo fato
de ser mais doce, cerca de 1,7 vez mais que a sacarose. Alimentos
produzidos em confeitarias têm, em média, 1,0% a 2,0% de frutose, porém
se esses alimentos apresentarem frutas na composição, a quantidade de
frutose pode aumentar para cerca de 11,0%. O mel fornece a maior
concentração de frutose (42,4% do peso), sendo considerado um adoçante
natural. Além disso, muitos especialistas indicam a utilização moderada da
frutose por diabéticos pois esta não necessita de insulina para entrar na
célula.
A galactose é um dos açúcares mais abundantes, sendo encontrada
principalmente na estrutura da lactose, um glicídio presente no leite. Este
monossacarídeo é menos doce que a glicose e é um constituinte de
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glicolipídeos e glicoproteínas.
http://pt.dreamstime.com/fotos-de-stock-galactose-image40168363
DISSACARÍDEOS
Dissacarídeos são carboidratos formados pela união de 2 monossacarídeos,
ou seja, consistem de uma estrutura pequena de unidades de açúcar.
Principais dissacarídeos
Dentre os principais dissacarídeos importantes para os seres vivos pode-se
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destacar: lactose e a sacarose.
Lactose é um dissacarídeo presente no leite e seus derivados apresentando
sabor fracamente doce. A lactose é formada por dois carboidratos menores,
chamados monossacarídeos, a glicose e a galactose.
O leite humano contém de 6-8% de lactose e o de vaca de 4-6%. Esse
açúcar é hidrolisado somente pela ação da lactase, uma enzima específica
que o transforma em glicose e galactose.
http://slideplayer.com.br/slide/381883/
POLISSACARÍDEOS
Polissacarídeos são biomoléculas formadas pela polimerização de várias
unidades de monossacarídeos unidos entre si por ligações glicosídicas que
formam uma longa cadeia. Esses compostos são insolúveis em água e não
apresentam sabor doce.
Principais polissacarídeos
Dentre os principais polissacarídeos importantes para os seres vivos pode-se
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destacar: amido, glicogênio e a celulose.
O amido é um polissacarídeo depositado nos cloroplastos das células
vegetais sendo a forma de armazenamento de glicose nas plantas e o
combustível utilizado pelas células do organismo. O organismo dos seres
humanos consegue degradar amido pois possui enzimas específicas para
exercer essa função, a amilase.
O amido contém 2 tipos de polímeros da glicose: a amilose e a amilopectina.
A amilose consiste de cadeias longas não ramificadas de unidades de
glicose conectadas por ligações (α 1-4) como mostra a Figura 8. A
amilopectina é uma estrutura altamente ramificada formada por unidades de
glicose unidas por ligações glicosídicas (α 1-4), mas também por várias
ligações (α 1-6), nos pontos de ramificação que ocorrem entre cada 24 e 30
unidades.
http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/praticas_ch/teste_amido.htm
37
http://www.liderbiologia.com/2012/02/estudo-dos-carboidratos.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Glicog%C3%A9nio
38
http://ltc-ead.nutes.ufrj.br/constructore/objetos/glicog%eanio.pdf
METABOLISMO CELULAR
RESPIRAÇÃO CELULAR
http://pt.slideshare.net/s1lv1alouro/respirao-celular-6713873
conversão da glicose a piruvato libera apenas 200 kJ.mol -1. Nas células
aeróbias o piruvato é subsequentemente oxidado, trazendo um enorme
ganho na produção de ATP.
A etapa inicial, que consiste na conversão de glicose a piruvato, ocorre
através de uma sequencia de reações denominada glicólise, uma via
metabólica que se processa no citossol. Seus produtos são ATP e piruvato. A
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posterior oxidação do piruvato é feita no interior da mitocôndria, nas células
que dispõem desta organela.
Na mitocôndria, o piruvato é, portanto, totalmente oxidado a CO 2, com a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metabolismo
LIPÍDIOS
http://www.guiadenutricao.com.br/lipidios/
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deposita-se em células especiais, as células adiposas, que se encontram em
volta dos órgãos ou na parte mais profunda da pele, onde formam uma
camada chamada de panículo adiposo. Essa camada tem também outra
função: atua como isolante térmico entre a temperatura do corpo e do meio
ambiente.
A família de compostos designados por lipídios é muito vasta. Cada grama
de lipídio armazena 9 kcal de energia, enquanto cada grama de glicídio ou
proteína armazena somente 4 quilocalorias. Apesar desse potencial
energético, os lipídios não são os primeiros nutrientes utilizados pela célula
quando ela gasta energia.
Ao contrário das demais biomoléculas, os lipídios não são polímeros,
isto é, não são repetições de uma unidade básica. Embora possam
apresentar uma estrutura química relativamente simples, as funções dos
lipídios são complexas e diversas, atuando em muitas etapas cruciais do
metabolismo e na definição das estruturas celulares.
Os lipídios têm várias funções biológicas, dentre as quais pode-se destacar:
a) Reserva energética: os lipídios funcionam como uma eficiente reserva de
energia, pois, sua oxidação, gera aproximadamente o dobro de energia que
os carboidratos; sempre que o organismo necessita de energia, esta será
obtida pela oxidação de carboidratos e posteriormente pela queima de
gordura que está armazenada.
b) Alimento energético: quando grande parte dos carboidratos já foram
oxidados, o organismo começa a oxidar, propriamente dito, a gordura
armazenada para obtenção de energia; alguns animais, como o urso polar,
são capazes de permanecer longos períodos em jejum pois utilizam as suas
reservas de gorduras como fonte de energia;
c) Estrutural: os lipídios compõem parte da membrana celular (as bicamadas
lipídicas) que funcionam como barreira altamente seletivas à entrada de
compostos nas células; o grau de instauração dos lipídios é responsável pela
fluidez da membrana, ou seja, impede que a membrana celular seja rígida;
d) Proteção mecânica: a gordura age como suporte mecânico para certos
órgãos internos e sob a pele de aves e mamíferos, protegendo-os contra
choques e traumatismos;
42
e) Sinalizadores: através de reações químicas alguns lipídios sinalizam, ou seja,
indicam algo no organismo como, por exemplo, as prostaglandinas que são
os sinalizadores químicos da dor nos processos inflamatórios.
CLASSIFICAÇÃO
Dentre os principais tipos de lipídios podemos destacar os seguintes: ácidos
graxos, triacilgliceróis, fosfoacilgliceróis, ceras, esteróides e prostaglandinas.
-ÁCIDOS GRAXOS
Os ácidos graxos são compostos orgânicos com cadeia carbônica saturada
ou insaturada com número par de átomos de carbono que varia de 14 a 24
nos organismos vivos. Nos animais, a cadeia hidrocarbônica não é
ramificada.
-TRIACILGLICEROL
Os triacilglicerídeos são as formas de lipídios que mais geram energia sendo a
principal fonte de energia dos organismos, pois apresenta um empacotamento
eficiente, não precisa de solvatação, pois as interações hidrofóbicas mantêm
as cadeias carbônicas hidrofóbicas unidas.
Os triacilglicerídeos são formados pela reação de esterificação entre uma
molécula de glicerol e três moléculas de ácido graxo dando origem a um éster.
As cadeias carbônicas provenientes dos ácidos podem ser saturadas ou
insaturadas e isso será o fator predominante que determinará o melhor
empacotamente e estado físico do composto. Quando o organismo precisa de
energia, o triacilglicerol é hidrolisado e, a partir disso, os ácidos graxos
liberados são oxidados para obtenção de energia.
http://educacao.globo.com/quimica/assunto/quimica-organica/oleos-gorduras-saboes-e-
detergentes.html
43
-FOSFOACILGLICEROL
Os fosfoacilgliceróis, também conhecidos como fosfolipídios, constituem a
maior e mais importante classe de lipídios, pois são os componentes
essenciais de membranas celulares. As moléculas de fosfolipídios podem se
mover nessas membranas, mantendo-se em constante reorganização. Por
isso as membranas celulares são chamadas de lipoprotéicas. O fato de ela
poder se reorganizar evita que ocorram rupturas na membrana e que ela
tenha uma alta capacidade de regeneração.
-CERAS
As ceras são ésteres de longas cadeias formadas pela esterificação de um
ácido graxo e um álcool graxo. Ambos podem apresentar suas cadeias de
forma saturada ou insaturada. As ceras constituem o principal revestimento
dos pêlos dos animais e das folhas de algumas plantas, além de atuar na
proteção de certas partes do organismo como, por exemplo, a cera presente
no canal auditivo.
-ESTERÓIDES
Os esteróides formam um grande grupo de compostos solúveis em gordura
(lipossolúveis), que têm uma estrutura básica de átomos de carbono
dispostos em quatro anéis ligados entre si. Os esteróides compreendem
diversas substâncias químicas com importante papel na fisiologia humana.
Eles atuam nos organismos como hormônios e, nos humanos, são
secretados pelas gônadas, córtex adrenal e pela placenta. A testosterona é o
hormônio sexual masculino, enquanto que o estradiol é o hormônio
responsável por muitas das características femininas.
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/estrutura-quimica-dos-esteroides.htm
44
O colesterol é um dos mais importantes esteróides que fazem parte do
organismo, pois constituem a estrutura das membranas celulares, sendo
também um reagente de partida para a biossíntese de vários hormônios
(cortisol, androsterona, testosterona, progesterona) e da vitamina D.
-PROSTAGLANDINAS
Estes lipídios não desempenham funções estruturais, mas são importantes
componentes em vários processos metabólicos e de comunicação
intercelular. Um dos processos mais importantes controlados pelas
prostaglandinas é a inflamação.
A substância chave na biossíntese das prostaglandinas é o ácido
araquidônico, que é formado através da remoção enzimática de hidrogênios
do ácido linoleico. O ácido araquidônico livre é convertido a prostaglandinas
pela ação da enzima cicloxigenase, que adiciona oxigênios ao ácido
araquidônico e promove a sua ciclização. No organismo, o ácido
araquidônico é estocado sob a forma de fosfolipídios, tal como o fosfoinositol,
em membranas. Sob certos estímulos, o ácido araquidônico é liberado do
lipídio de estocagem (através da ação da enzima fosfolipase A2) e
rapidamente convertido a prostaglandinas, que iniciam o processo
inflamatório. A cortisona tem ação anti-inflamatória por bloquear a ação da
fosfolipase A2. Este é o mecanismo de ação da maior parte dos anti-
inflamatórios esteróides. Os anti-inflamatórios não esteróides, como a
aspirina, agem bloqueando a enzima cicloxigenase, como mostra a Figura 8.
Desta forma, impedem o ciclo de formação das prostaglandinas e evitam a
sinalização inflamatória.
MEMBRANAS CELULARES
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às células sua individualidade ao separá-las de seu ambiente. As membranas
são barreiras de permeabilidade altamente seletivas, e não paredes
impenetráveis, porque contém canais e bombas específicos. Esse sistema de
transporte regula a composição molecular e iônica do meio intracelular.
http://www.sciseek.com/search/images&search=dibujos%20membrana%20celular&ty
pe=images
CARACTERÍSTICAS
As membranas são tão diversas em estruturas quanto o são em função.
Dentre as principais características comuns às membranas, pode-se citar:
46
c) Os lipídios de membrana são moléculas relativamente pequenas que
possuem tanto uma porção hidrofílica como uma porção hidrofóbica. Esses
lipídios formam espontaneamente lâminas bimoleculares fechadas em meio
aquoso. Essas bicamadas lipídicas são barreiras ao fluxo de moléculas
polares;
d) Proteínas específicas exercem funções distintas nas membranas. As
proteínas funcionam como bombas, canais e receptores. As proteínas de
membrana são embutidas em bicamadas lipídicas que criam ambientes
favoráveis à sua ação;
e) As membranas são montagens não covalentes. As moléculas de
proteínas e lipídios que as constituem são mantidas juntas por muitas
interações não covalentes;
f) As membranas são assimétricas, ou seja, as duas faces das
membranas biológicas sempre diferem uma da outra;
g) As membranas são estruturas fluidas. As moléculas lipídicas difundem-
se rapidamente no plano da membrana, assim como as proteínas, a menos
que sejam ancoradas por interações específicas;
h) A maioria das membranas tem polaridade elétrica, com o lado interno
negativo. O potencial de membrana exerce um papel importante no transporte
e transformação de energia.
ESTRUTURA DA MEMBRANA
Os lipídios anfipáticos (com parte da cadeia polar e outra apolar), quando são
adicionados a um meio aquoso, tendem a agregar-se, organizando-se
prontamente em estruturas plurimoleculares chamadas de micelas. Estas
estruturas permitem maximizar as interações hidrofóbicas entre as cadeias
carbônicas, isolando-as da água, e deixar os grupos polares em contato com
a água, com o qual podem interagir. Tais arranjos moleculares constituem o
menor arranjo de energia livre para esses lipídios em água e resultam da
presença de duas regiões com solubilidade diferente na mesma molécula.
Lipídios com uma única cadeia carbônica, como sabões e detergentes,
devido à forma cônica e afinada de suas moléculas, formam,
preferencialmente, micelas. Nesta estrutura esférica, as cadeias de
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hidrocarboneto organizam-se no interior, isolando-se da água, e os grupos
polares posicionam-se na superfície externa, interagindo com o solvente.
A maioria dos fosfo e glicolipídios formam, ao invés de micela, uma camada
dupla de moléculas, chamada bicamada lipídica. Esta estrutura permite uma
agregação mais estável das moléculas destes lipídios, que têm uma forma
cilíndrica, devido à presença de duas cadeias apolares. As moléculas de
lipídios alinham-se lado a lado, formando duas monocamadas; as cadeias
carbônicas das monocamadas agrupam-se frente a frente, de modo a formar
um domínio hidrofóbico no meio da bicamada; os grupos hidrofílicos
dispõem-se na superfície das duas faces da bicamada, interagindo com a
água.
http://biologados2010.blogspot.com.br/2010/05/bicamada-lipidica.html
FLUIDEZ DA MEMBRANA
A consistência das membranas celulares varia com o comprimento e o grau
de insaturação das cadeias carbônicas dos seus lipídios estruturais e,
também, com a temperatura. A temperatura corpórea dos animais
homeotermos é sempre maior que a temperatura de transição de suas
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ligações nas caudas hidrofóbicas dos lipídios também influencia a fluidez:
quanto maior o número de insaturações, mais fluida a membrana pois menor
será a possibilidade de interação entre moléculas vizinhas. Animais que
hibernam, por exemplo, possuem mais gorduras insaturadas na constituição
da membrana, pois vivem em locais com temperatura muito baixas.
Também a concentração de colesterol influencia na fluidez: quanto mais
colesterol, mais fluida. O colesterol, por ser menor e mais rígido, interage
mais fortemente com os lipídios adjacentes, diminuindo sua capacidade de
movimentação. Temos que levar em conta que existem moléculas de
colesterol presentes nas membranas, pois este esteróide é um componente
básico de membranas biológicas. O colesterol rompe as interações tipo Van
der Waals entre as caudas dos fosfolipídios associando-se a elas, pois
apresenta grande estrutura lipofílica. Isso faz com que a membrana seja mais
fluída; portanto, uma maneira de se controlar a fluidez da membrana é
regulando o nível de colesterol na mesma. O colesterol remove a rigidez
das “caudas” dos fosfolípidos e por isso diminui a permeabilidade da
membrana a pequenas moléculas solúveis na água. Além disso, impede a
demasiada aproximação das “caudas” dos fosfolípidos, impedindo as
membranas de interagirem fortemente se cristalizando, ou seja, resultaria em
um estado gelatinoso.
http://www.colegioweb.com.br/membrana-plasmatica/a-estrutura-da-membrana-plasmatica.html
49
COLESTEROL
http://www.folhaextra.com/14-dicas-para-baixar-o-colesterol/8346
Estrutura do colesterol.
Dentre as principais lipoproteínas transportadoras de colesterol, pode-se citar:
LDL (lipoproteínas de baixa densidade), HDL (lipoproteínas de alta densidade)
e VLDL (lipoproteínas de muito baixa densidade).
VLDL são sintetizadas pelo fígado e transportam triacilglicerídios para os
50
músculos e para o tecido adiposo. Na medida em que perdem triacilglicerídios,
estas partículas podem coletar mais colesterol e tornarem-se LDL.
LDL carregam cerca de 70% de todo o colesterol que circula no sangue. Elas
são capazes de transportar o colesterol do sítio de síntese, o fígado, até as
células de vários outros tecidos. São pequenas e densas o suficiente para
atravessar os vasos sanguíneos e ligarem-se às membranas das células dos
tecidos. Por esta razão, as LDL são as lipoproteínas responsáveis pela
arteriosclerose. O nível elevado de LDL está associado com altos índices de
doenças cardiovasculares.
HDL são responsáveis pelo transporte reverso do colesterol: carrega o
colesterol em excesso de volta para o fígado onde é utilizado para a síntese
do ácido biliar. O nível elevado de HDL está associado com baixo índices de
doenças cardiovasculares.
http://www.medicinanet.com.br/m/conteudos/acp-
medicine/5658/diagnostico_e_tratamento_da_dislipidemia_%E2%80%93_john_d_brunzell_r_alan_failor.ht
m
51
http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=Lipoprote%C3%ADnas+HDL&lang=3
Estrutura das lipoproteínas de alta densidade (HDL).
GORDURA TRANS
http://revistavivasaude.uol.com.br/saude-nutricao/74/artigo140024-1.asp/
52
A gordura trans pode estar presente em diversos tipos de alimentos
industrializados como: salgadinhos, donuts, biscoitos recheados, massas de
bolos, tortas, sorvetes, margarinas e tudo que leva gordura hidrogenada,
pipoca de micro-ondas, além de vários itens de alimentos de fast-food como
batata frita, nuggets, tortinhas doces, etc.
Por conter uma conformação química diferente da gordura encontrada na
natureza, as gorduras trans não são utilizadas como materiais biológicos e
podem ser consideradas como estranha ao organismo. Como consequência
são capazes de interferir em determinados processos metabólicos no
organismo.
Os ácidos graxos com conformação "trans" presentes na membrana celular
enfraquecem a estrutura da membrana e sua função protetora. Eles alteram
a passagem normal de sais minerais e outros nutrientes pela membrana e
permitem que micróbios patogênicos e substâncias químicas tóxicas
penetrem na célula com mais facilidade. O resultado são células doentes e
enfraquecidas, mau funcionamento do organismo e um sistema imunológico
exausto, em resumo, queda da resistência e aumento do risco de doenças.
As gorduras "trans" também podem desorganizar o mecanismo normal do
organismo de eliminação do colesterol. O fígado costuma lançar o excesso
de colesterol na bile e enviá-lo para a vesícula, que se esvazia no intestino
delgado logo abaixo do estômago. As gorduras "trans" bloqueiam a
conversão normal do colesterol no fígado e contribuem para elevar o nível de
colesterol no sangue e, através disso, também provocam um aumento da
quantidade de lipoproteínas de baixa densidade (LDL), considerada um dos
principais causadores de arteriosclerose (endurecimento das artérias). Além
disso, as gorduras "trans" reduzem a quantidade de lipoproteínas de alta
densidade (HDL), que ajudam a proteger o sistema cardiovascular dos efeitos
nocivos das LDLs.
Outro efeito negativo das gorduras "trans" na dieta é o aumento dos
hormônios pró- inflamatórios do corpo (prostaglandina E2) e a inibição dos
tipos anti-inflamatórios (prostaglandinas E1 e E3). Esta influência indesejada
das gorduras "trans" sobre o equilíbrio das prostaglandinas pode deixar a
pessoa mais vulnerável a condições inflamatórias que vão custar a curar. As
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prostaglandinas também controlam muitas funções metabólicas. Quantidades
mínimas delas podem provocar grandes mudanças nas reações alérgicas, na
pressão sanguínea, na coagulação, nos níveis de colesterol, na atividade
hormonal, na função imunológica e na resposta inflamatória, para citar
apenas algumas de suas ações. O ácido elaídico, mostrado na Figura 15 é
um exemplo de gordura trans.
http://www.klickeducacao.com.br/simulados/simulados_mostra/0,7562,POR-14166-47-827-
2007,00.html
Estrutura do ácido elaídico: um tipo de gordura trans.
ANTIOXIDANTES E ÔMEGA 3
http://superdicasmodabeleza.blogspot.com.br/2011/09/omega-3-e-antioxidantes-beneficos-
para.html
FLAVONÓIDES
http://www.canalmaranhao.net/saiba-a-importancia-do-consumo-de-flavonoides/
ÔMEGA 3
http://espartasuplementacao.com.br/blog/omega-3-saude-e-vigor-fisico/
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As vantagens que esses compostos trazem para as pessoas são muitas,
como: ajuda na luta contra o câncer, redução do risco de AVC e doenças
cardiovasculares (porque Ômega 3 regulariza principalmente os níveis de
colesterol no sangue), aumento da capacidade mental de resposta e outros
benefícios. Além disso, alguns estudos afirmam que Ômega 3 pode prevenir
o mal de Alzheimer.
Esses ácidos graxos podem ser de origem animal ou vegetal. Os ácidos
graxos de origem vegetal podem ser encontrados principalmente no óleo de
linhaça enquanto os ácidos graxos de origem animal podem ser encontrados
em peixes de águas frias ou em óleo de peixes de água fria como: sardinha,
salmão e atum.
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REFERENCIAS
58
SOLOMONS, T.W.G. Química Orgânica, v.2. 6.ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996.
p. 354 - 496.
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