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TCC Masteque Versao Final

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DESEMPENHO PRODUTIVO DO PIMENTO (Capsicum annuum L.

) SOB
DIFERENTES FORMAS DE IRRIGAÇÃO NO DISTRITO DE MOCUBA.

ERNESTO SEBASTIÃO MASTEQUE


UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONÓMICA E FLORESTAL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRONÓMICA

DESEMPENHO PRODUTIVO DO PIMENTO (Capsicum annuum L.) SOB


DIFERENTES FORMAS DE IRRIGAÇÃO NO DISTRITO DE MOCUBA.

Autor: Ernesto Sebastião Masteque

Mocuba

Dezembro, 2021
UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONÓMICA E FLORESTAL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRONÓMICA

DESEMPENHO PRODUTIVO DO PIMENTO (Capsicum annuum L.) SOB


DIFERENTES FORMAS DE IRRIGAÇÃO NO DISTRITO DE MOCUBA.

Autor: Ernesto Sebastião Masteque

Supervisor: Eng.º Leonel Abel Alberto (MSc)

Co-supervisora: Eng.ª Ricardina António Janeque (MSc)

Monografia submetida à Faculdade de


Engenharia Agronómica e Florestal, da
Universidade Zambeze, em parcial
cumprimento dos requisitos para a
obtenção do nível de Licenciatura em
Engenharia Agronómica.

MOCUBA

Dezembro, 2021
DECLARAÇÃO

Eu, Ernesto Sebastião Masteque, declaro que esta Monografia é resultado do meu
próprio trabalho e esta a ser submetida para a obtenção do grau de Licenciatura na
Universidade Zambeze, na Faculdade de Engenharia Agronómica e Florestal, Mocuba.
Esta monografia não foi submetida antes para a obtenção de nenhum grau ou para
avaliação em nenhuma Universidade. Qualquer semelhança com outros trabalhos já
publicados é mera coincidência.

___________________________________________________

(Ernesto Sebastião Masteque)

Mocuba ________ de ______________________de 2021


DEDICATÓRIA

DEDICO ESTE TRABALHO Á:

Meus Pais: Sebastião Mastique e Maria de Lurdes Rui Racumane (em memória);
Meus irmãos: Adélia, Teresa, Marcos, Belly e Deyse Masteque;
Minha namorada: Luísa António Domingos
Meus ávos: Ernesto, Adélia, Rui (em memória) e Teresa;
Todos Agricultores do nosso mais valioso e belo país!

OFEREÇO ESTE TRABALHO Á:

Minha mãe: Maria de Lurdes Rui Racumane (em memória);


Minha namorada: Luísa António Domingos;
Meus irmãos: Adélia, Teresa, Marcos, Belly e Deyse Masteque;
Minha tia: Constância;
Meus amigos: Tomane, celestino, Ramadan, Eng.º Sérgio, Salvador; e
Meus Sobrinhos, Wesley, Berta, Aimany, Lili, Magui, Junior.

Por serem o motivo do meu almejo profissional,

a razão desta conquista e para que sigam o exemplo.


AGRADECIMENTO
Elevo os meus sinceros agradecimentos á Deus, Pai todo poderoso, criador do Céu e da
Terra, fonte de misericórdia, que me agraciou com mais uma das suas infinitas bondade,
fazendo com que eu chegasse até aqui, me dando sabedoria, saúde, inteligência, força
para estudar e por fazer com que o meu sonho se tornasse uma realidade.
Ao meu pai, Sebastião Mastique agradeço pela vida, pelo amor e apoio incondicional
transmitido a mim durante este percurso e por ser o motivo do meu almejo profissional e
a minha mãe Maria de Lurdes Rui Racumane (em memória) pela vida, educação, carinho
e amor incondicional, pois sem ela nada seria.
Aos Meus irmãos, Adélia, Teresa, Marcos, Belly e Deyse Masteque pelo amor e apoio
incondicional.
Minha namorada: Luísa António Domingos, meu amor, minha melhor amiga, minha
companheira, pelo amor e apoio incondicional, por acreditar em mim e sempre estando
presente nos tempos difíceis e por suportar-me por todo esse tempo.
Endereço os mais profundos agradecimentos à todos docentes da FEAF, que directa ou
indirectamente contribuíram para minha formação, com especial destaque ao meu
supervisor Eng.o Leonel Abel Alberto (MSc) e minha co-supervisora Eng.a Ricardina
António Janeque (MSc) pelo contínuo acompanhamento e encorajamento; pela
disponibilização de materiais e meios para realização deste trabalho, sem me esquecer do
apoio prestado na revisão bibliográfica e análise dos dados. Ao Eng.o Machau, Eng.o
Manuel Jorge e dr Aliasse pelo ensinamento na área de produção.
Agradeco a ZAMADZI pelo financiamento desse trabalho e acompanhamento contínuo.
Aos meus familiares: Ernesto, Teresa, Adélia, Santos, Marcos, Francisco, Masteque,
Margarida, José, Elisa, Mena, Sitole, Lizete, Constância, Inês, Bernardo, Linda, Rui,
Janete, Rui (em memória) e os de mais muito obrigado.
A todos meus colegas da FEAF em especial a turma de Agronomia geração 2017, e aos
meus amigos, em especial Salvador, Ramadan, Junqueiro, Eng.o Sérgio, Eng.o Santarém,
Eng.o Gildo, Tomane, Miguel, Eng.o Zezema, Eng.o Alberto, celestino, Ibraimo, Zaca,
Babu, Manuel, Árabe, Santos, Carlos, Amândio e as minhas amigas Berta, Bárcia, Eng.a
Justina, Alice, Carla, Lídia, Núria, Freia pelo apoio e amizade. Aos meus primos e
sobrinhos em especial Wesley. A todos os que de alguma modo, tornaram possível esta
conquista.
Meu muito obrigado
(NAPEREKHA THAKHUTA!).
EPÍGRAFE

Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Bati e vos será aberto.

Porque todo aquele que pede, recebe. Que busca acha. A quem bate se abrirá.

(Mateus 7:7,8)

Se A é o sucesso. Então A é igual a X mais Y mais Z.

Onde o trabalho é X; Y é o lazer; e o Z é manter a boca Fechada.

(Albert Einstein)
ÍNDICE

Conteúdo Pág
RESUMO ....................................................................................................................... i

ABSTRACT.................................................................................................................. ii

LISTA DE QUADROS ............................................................................................... iii

LISTA DE TABELAS ................................................................................................. iv

LISTA DE FIGURAS ................................................................................................... v

LISTA DE APÊNDICES ............................................................................................. vi

LISTA DE SIMBÓLOS E ABREVIATURAS .......................................................... vii

I. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1

1.1 Generalidades .......................................................................................................... 1

1.2. Problema e Justificativa ......................................................................................... 2

1.3 Objectivos ............................................................................................................... 5

1.3.1 Geral: ................................................................................................................... 5

1.3.2 Específicos: .......................................................................................................... 5

II. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................ 5

2. 1 Descrição geral da cultura do pimento (Capsicum annuum L.)............................. 6

2.2 Produção de pimento em Moçambique e em Mocuba ............................................ 8

2.3 Principais factores que afectam a produção de Pimento ......................................... 9

2.3.1 Factores limitantes de produção......................................................................... 12

2.4 A Irrigação ............................................................................................................ 12

2.4.1. Principais métodos e sistemas de irrigação ....................................................... 13

2.4.2 Sistemas de Irrigação de Baixo Custo ............................................................... 14

2.4.3 Implicações de tipos de irrigações ..................................................................... 15

2.5 Dotações de Água vs Resposta da cultura do pimento (Capsicum annuum L.) ... 15

III. MATÉRIAIS E MÉTODOS ................................................................................. 17

3.1 Áreas de estudo ..................................................................................................... 17


3.2 Condução de ensaio .............................................................................................. 19

3.3 Parâmetros avaliados ............................................................................................ 21

3.3.1 Determinação de quantidades de água ............................................................... 21

3.3.2 Parâmetros Agronómicos e de Rendimento. ...................................................... 22

3. 4 Análise estatística dos dados................................................................................ 23

IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO.......................................................................... 23

4.1 Quantidade de Água gasta em cada tratamento .................................................... 24

4.2 Análise de Parâmetros Agronómicos e de Rendimento ........................................ 25

4.2.1 Altura de Planta (cm) ......................................................................................... 25

4.2.2 Números de frutos por planta (NF) .................................................................... 27

4.2.3 Diâmetro do fruto (cm) ...................................................................................... 28

4.2.4 Comprimento do fruto (cm) ............................................................................... 29

4.2.5 Peso dos frutos (g) ............................................................................................. 30

4.2.6 Rendimento total da cultura (Rend) ................................................................... 31

V. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 33

VI. RECOMENDAÇÕES ........................................................................................... 35

VII. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .................................................................... 35

VIII. APÊNDICES...................................................................................................... 42
RESUMO
O objectivo do estudo foi avaliar o desempenho produtivo do pimento (Capsicum annuum
L.), sob diferentes formas de irrigação no distrito de Mocuba. O experimento foi
conduzido no campo experimental da Faculdade de Engenharia Agronómica e Florestal
da Universidade Zambeze, com coordenadas geográficas 16°53ʼ52ʺ latitude Sul e
36°56ʼ51ʺ longitude Oeste, num Delineamento de Blocos Completos Casualizados
(DBCC), constituído por três tratamentos (T1 - Rega manual uma vez ao dia, T2 - Rega
manual duas vezes ao dia e T3 - Rega com recurso a garrafas PET) e três repetições. Cada
bloco tinha três parcelas de 2.5mx2m, totalizando 9 parcelas numa área útil de 68m2
(8.5mx8m). As variáveis avaliadas foram: Quantidade de água gasta em cada tratamento,
Altura da planta, Número de frutos por planta, Peso do fruto, Comprimento do fruto,
Diâmetro do fruto e Rendimento total da cultura por cada tratamento. Os valores obtidos
destes parâmetros foram introduzidos no pacote estatístico STATISTIX versão 10 para
análise de variância realizadas com o teste de Fisher a 5% de probabilidade e testes de
comparação das médias de Tukey a nível de significância de 5%. O tratamento 3 foi a que
teve rendimento superior (2327.8 kg/ha), apresentando diferença significativa quando
comparado com o tratamento 2 (1825.9 kg/ha) e tratamento 1 (1185.2 kg/ha), resultados
estes justificados por o T3 apresentar-se superior em todos parâmetros que influenciam
directamente no rendimento, mostrando um desenvolvimento/comportamento satisfatório
no parâmetro altura da planta (36.00cm), número de frutos comerciais (8.00), diâmetro
de frutos (5.80cm), comprimento de frutos (7.23cm) e peso do fruto (82.54g).

Palavras-chaves: Pimento (Capsicum annuum L.); Irrigação; Garrafas PET;


Desempenho; Produtividade.

i
ABSTRACT
The aim of the study was to evaluate the productive performance of pepper (Capsicum
annuum L.) under different forms of irrigation in the district of Mocuba. The experiment
was conducted in the experimental field of the Faculty of Agronomic and Forestry
Engineering at the Zambezi University, with geographic coordinate’s 16°53ʼ52ʺ South
latitude and 36°56ʼ51ʺ West longitude, in a randomized complete blocks Design (DBCC),
consisting of three treatments (T1 - manual watering once a day, T2 - manual watering
twice a day and T3 - watering using PET bottles) and three replications. Each block had
three plots of (2.5mx2m), totaling plots in a useful area of 68m2 (8.5mx8m). The variables
evaluated were: amount of water used in each treatment, plant height, number of fruits
per plant, fruit of weight, fruit length, fruit diameter and total crop yield for each
treatment. The values obtained from these parameters were introduced in the Statistix
version 10 Statistical package for analysis of variances performed with Fisher's test at 5%
probability and Tukey's mean comparison tests at 5% significance level. Treatment 3 had
the highest yield (2327.8 kg/ha) showing a significant difference when compared to
treatment 2 (1825.9 kg/ha) and treatment 1 (1185.2 kg/ha), these results are justified by
the fact that o T3 is superior in all parameters that directly influence the yield, showing a
satisfactory development/behavior in the parameter plant height (36.00cm), commercial
fruit number (8.00), diameter of fruits (5.80cm), length of fruits (7.23cm) and fruit of
weight (82.54g).

Keywords: Pepper (Capsicum annuum L.); Irrigation; PET bottles; Performance;


Productivity.

ii
LISTA DE QUADROS

Conteúdo Pág
Quadro 1: Exigências climáticas para o cultivo do pimento ....................................................... 9
Quadro 2: Descrição dos tratamentos ........................................................................................ 20

iii
LISTA DE TABELAS

Conteúdo Pág
Tabela 1: Comparação de médias para Altura de Planta (AP). ..................................... 26
Tabela 2: Comparação de médias para Números de frutos por planta (NF). ................ 27
Tabela 3: Comparação de médias para Diâmetro do fruto (DF). .................................. 28
Tabela 4: Comparação de médias para Comprimento do fruto (CF). ........................... 29
Tabela 5: Comparação de médias para Peso do fruto por planta (PF). ......................... 30
Tabela 6: Comparação de médias para Rendimento total da cultura (Kg/ha). .............. 32

iv
LISTA DE FIGURAS

Conteúdo Pág
Figura 1: Mapa do local de estudo ................................................................................ 17
Figura2:Gráfico de Precipitação média, Humidade Relativa e temperaturas (máximas e
mínimas) médias observado durante o ciclo da cultura, no período de Maio a Setembro
de 2021. .......................................................................................................................... 19
Figura 3: cultura de Pimento no Alfobre (A) ................................................................ 42
Figura 4: Preparação e demarcação do campo (B), realização de transplante (C) ........ 43
Figura 5: Montagem de tutores para alocar as Garrafas PET (D) ................................. 43
Figura 6: Montagem de Garrafas para sistema gota-a-gota (E) .................................... 43
Figura 7: Colheita (F) .................................................................................................... 43

v
LISTA DE APÊNDICES

Conteúdo Pág
Apêndice 1: Layout do ensaio .................................................................................................... 42
Apêndice 2: Condução do ensaio ............................................................................................... 42
Apêndice 3: Resumo de dados colhidos ..................................................................................... 44
Apêndice 4:Teste de Normalidade dos resíduos (Shapiro-Wilk) a 5% de probabilidade........... 45
Apêndice 5: Teste de Homogeneidade de Levene's ................................................................... 45
Apêndice 6: Análise da variância para o parâmetro altura da planta.......................................... 46
Apêndice 7: Análise da variância para o parâmetro números de frutos por planta . .................. 46
Apêndice 8: Análise da variância para o parâmetro Diâmetro do fruto . ................................... 46
Apêndice 9: Análise da variância para o parâmetro Comprimento do fruto. ............................. 47
Apêndice 10: Análise da variância para o parâmetro Peso do fruto. .......................................... 47
Apêndice 11: Análise da variância para o parâmetro Rendimento da cultura............................ 47
Apêndice 12: Comparação de médias de altura da planta. ......................................................... 48
Apêndice 13: Comparação de médias de números de frutos por planta..................................... 48
Apêndice 14: Comparação de médias de Diâmetro do fruto . .................................................... 48
Apêndice 15: Comparação de médias de Comprimento do fruto............................................... 49
Apêndice 16: Comparação de médias de Peso do fruto. ............................................................ 49
Apêndice 17: Comparação de médias de Rendimento da cultura. ............................................. 49

vi
LISTA DE SIMBÓLOS E ABREVIATURAS

FEAF: Faculdade de Engenharia Agronómica e Florestal

PET: Politereftalato de etileno

DBCC: Delineamento de Blocos completamente casualizado

°C: Graus Celsius

m: Metro

m2: Metro quadrado

l: Litro

l/d: Litro por dia

ml: Mililitro

km: Quilómetro

Ton/ha: Tonelada por hectare

Kg/ha: Quilograma por hectare

g: Gramas

mm: Milímetro

cm: Centímetro

T1: Tratamento 1

T2: Tratamento 2

T3: Tratamento 3

SDAE: Serviço Distrital de Actividades Económicas

FAOSTAT: Estatísticas da FAO

FAO: Fundo das Nações Unidas para a Agricultura

INE: Instituto Nacional de Estatística

vii
ANOVA: Análise de variância

QM: Quadrado médio

GL: Grau de liberdade

CV: Coeficiente de variação

FV: Fonte de variação

Hr: Humidade relativa

Eng.o: Engenheiro

Eng.a: Engenheira

PH: potencial de Hidrogénio

DDA: Dias antes de Transplante

DDT: Dias depois de Transplante

DDS: Dias depois da sementeira

AP: Altura da planta

NF: Número de frutos

DF: Diâmetro do fruto

PF: Peso do fruto

CF: Comprimento do fruto

Rend.: Rendimento

𝟏𝐗 : uma vez

2X: Duas vezes

viii
DESEMPENHO PRODUTIVO DO PIMENTO (Capsicum annuum L.), SOB DIFERENTES FORMAS DE
IRRIGAÇÃO NO DISTRITO DE MOCUBA.

I. INTRODUÇÃO
1.1 Generalidades
O pimento (Capsicum annuum L.) vem se destacando como uma das olerícolas de grande
importância económica em muitos países, sendo cultivado em diferentes regiões do mundo.
Pertence a família solanaceae, tal como a batata-reno, o tomate, e a beringela. É nativo do Sul do
México e América central (ECOLE et al., 2011). É uma hortaliça rica em vitaminas e sais minerais,
é uma boa fonte de vitamina C, contendo ainda vitamina A e pequenas quantidades de cálcio,
fósforo, ferro e sódio (REVISTA VERDE, 2009).
Seu fruto pode ser colhido e consumido no estádio verde ou maduro (vermelho, amarelo, laranja,
creme e roxo), no entanto o consumo de frutos verdes é bem mais expressivo. Possui melhor
desenvolvimento em temperaturas entre 25° e 30°C, sendo sensível a baixas temperaturas e
intolerância a geadas (COSTA et al., 2012).
Segundo Leme (2012) o pimento apresenta elevado valor comercial e está entre as hortaliças mais
consumidas, pois são utilizados na fabricação de corantes naturais, condimentos, temperos,
conservas e molhos, também em preparações culinárias, aprimorando o sabor, aroma e coloração
dos pratos.
As hortaliças têm inequívoco potencial para reduzir a desnutrição em Moçambique, mas no seu
geral têm sido limitadas principalmente na fase de desenvolvimento pela condição da humidade
do solo. Muitas das vezes tem sido pela deficiência da água, pois em termos mundiais, a eficiência
de irrigação (relacionando a quantidade de água efectivamente utilizada pela planta e o volume
retirado da fonte) é ainda muito baixa (FILGUEIRA, 2003).
O pimento é uma cultura que depende de uma distribuição de água regular durante o ciclo, no
entanto o excesso de humidade pode causar danos à cultura, que contribui para ocorrência de
doenças fúngicas na parte aérea da planta e nos frutos, em contrapartida o déficit hídrico pode
provocar abortamento e queda de flores, sendo um dos principais factores limitantes de altas
produtividades (NASCIMENTO, 2014). Sua necessidade hídrica depende de variáveis
meteorológicas, sistema de irrigação e de cultivo. Em termos gerais, a necessidade hídrica do
pimento varia de 500 a 800 mm, podendo ultrapassar os 1000 mm para cultivares de ciclo longo
(MAROUELLI & SILVA, 2012).

Autor: Ernesto Sebastião Masteque (ernestomasteque@gmail.com) Página 1


DESEMPENHO PRODUTIVO DO PIMENTO (Capsicum annuum L.), SOB DIFERENTES FORMAS DE
IRRIGAÇÃO NO DISTRITO DE MOCUBA.

Para o desenvolvimento satisfatório das pimenteiras, o sistema de cultivo e o maneio da irrigação


têm sido essenciais. O uso eficiente da água de irrigação minimiza as perdas e suprindo a
necessidade hídrica da cultura no momento adequado, assim o maneio da irrigação deve ser
realizado de forma correcta, para obtenção de sucesso na produção como também na preservação
do meio (LIMA et al., 2013).
O uso da água pelas plantas e todos os processos fisiológicos estão directamente relacionados ao
seu status no sistema solo-água-planta-clima, sendo assim, o conhecimento das inter-relações entre
esses factores são fundamentais para o planeamento e a operação de sistemas de irrigação para se
obter máxima produção e boa qualidade do produto (MAROUELLI& SILVA, 2012).

Autor: Ernesto Sebastião Masteque (ernestomasteque@gmail.com) Página 2


DESEMPENHO PRODUTIVO DO PIMENTO (Capsicum annuum L.), SOB DIFERENTES FORMAS DE
IRRIGAÇÃO NO DISTRITO DE MOCUBA.

1.2. Problema e Justificativa


A conservação da água consiste em quaisquer medidas, políticas e de gestão, ou práticas dos
utilizadores que visem querer conservar e preservar os recursos hídricos potencialmente
disponíveis, tanto em termos de quantidade como de qualidade, evitando perdas e/ou combatendo
a degradação dos recursos hídricos disponíveis (PEREIRA et al., 2002).
No Distrito de Mocuba, os níveis de produção e produtividade de hortícolas não respondem a
demanda actual dos consumidores. Dentre os vários factores, destaca-se a dependência de chuvas
para a produção, sendo o caudal dos rios a principal fonte de água, em que verifica-se que durante
o verão, o mesmo apresenta-se num nível baixo, inviabilizando a produção de hortícolas
(PEREIRA et al., 2002). Outro factor limitante na produção de hortícolas em Mocuba são as
temperaturas altas que dificultam o desenvolvimento pleno das culturas, visto que a maioria dos
solos do distrito apresentam baixa capacidade de retenção de água (SDAE- Mocuba, 2018).
Portanto, devido a estas limitações, o distrito torna-se dependente do mercado externo na
disponibilidade de hortícolas e com isso, os preços das mesmas tendem a ser altos. Todos esses
problemas contribuem para prevalência de problemas de desnutrição, insegurança alimentar,
desemprego, poucas fontes de renda, fraca inclusão social, entre outros ao nível do distrito e do
país em geral (SDAE- Mocuba, 2018).
As hortaliças são culturas bastante susceptíveis às deficiências hídricas, principalmente às grandes
variações do nível de água no solo, resultando em um crescimento reduzido e desuniforme dos
frutos. Tanto a falta, quanto o excesso de água tem efeito prejudicial sobre a produtividade e a
qualidade de frutos (MAROUELLI & SILVA, 2006).
Entretanto, a irrigação é muitas vezes realizada de forma inadequada por grande parte dos
produtores, tornando-se fundamental a adopção de estratégias para o maneio adequado de água,
de forma a racionalizar seu uso, minimizar o gasto de energia, a incidência de doenças e os
impactos ambientais, possibilitando maiores produtividades (MAROUELLI et al., 2012).
A utilização de estratégias de irrigação tem contributo importante para manutenção da
produtividade e aumento da eficiência de uso da água, sendo utilizado para controlar o uso da água
na irrigação em fases importantes no desenvolvimento da cultura, favorecendo a redução da
quantidade aplicada na agricultura e manutenção da produtividade (CHAI et al., 2016; SANTOS
et al., 2014).

Autor: Ernesto Sebastião Masteque (ernestomasteque@gmail.com) Página 3


DESEMPENHO PRODUTIVO DO PIMENTO (Capsicum annuum L.), SOB DIFERENTES FORMAS DE
IRRIGAÇÃO NO DISTRITO DE MOCUBA.

Portanto, o uso sustentável da água na agricultura tornou-se uma prioridade, e a adopção de


estratégias de maneio da irrigação podem permitir a economia de água de irrigação e manutenção
de rendimentos satisfatórios na cultura, melhorando a eficiência de uso da água, podendo assim,
contribuir para a preservação deste recurso cada vez mais restrito (ARAGÃO et al., 2012).
Nesse contexto, a escassez dos recursos hídricos faz com que sejam necessários maneios e usos
adequados de estratégias de irrigação para o controle e manutenção da disponibilidade da água,
em vista de ser o sector agrícola uma das actividades que demanda maiores quantidades hídricas,
devido às exigências de cada cultura (SILVA et al., 2011). Por isso o uso da água deve ser feito
de forma precisa para que se obtenham produções satisfatórias e altos rendimentos, o que exige o
conhecimento sobre o crescimento das culturas e seu rendimento em diferentes condições.
Por isso, o presente estudo se propõe a encontrar estratégias mais adequado de irrigação que
permita a racionalização e eficiência do uso da água de modo a garantir o crescimento e
produtividade das hortícolas atendendo plenamente a demanda a nível distrital.

Autor: Ernesto Sebastião Masteque (ernestomasteque@gmail.com) Página 4


DESEMPENHO PRODUTIVO DO PIMENTO (Capsicum annuum L.), SOB DIFERENTES FORMAS DE
IRRIGAÇÃO NO DISTRITO DE MOCUBA.

1.3 Objectivos
1.3.1 Geral:

 Avaliar o desempenho produtivo do pimento (Capsicum annuum L.) sob diferentes formas
de irrigação no distrito de Mocuba.

1.3.2 Específicos:
 Determinar a quantidade de água gasta em cada forma de irrigação;
 Analisar os parâmetros agronómicos e de rendimento da cultura.

1.4 Hipótese
Das 3 formas de irrigação testadas, pelo uma proporcionará alto rendimentos e melhor eficiência
de uso da água na cultura de pimento (Capsicum annuum L.).

Autor: Ernesto Sebastião Masteque (ernestomasteque@gmail.com) Página 5


DESEMPENHO PRODUTIVO DO PIMENTO (Capsicum annuum L.), SOB DIFERENTES FORMAS DE
IRRIGAÇÃO NO DISTRITO DE MOCUBA.

II. REVISÃO DE LITERATURA


2. 1 Descrição geral da cultura do pimento (Capsicum annuum L.)
O pimento (Capsicum annuum L.) pertence à família Solanaceae, onde se incluem outras espécies
hortícolas como a batata, o tomate e a beringela, ao género Capsicum, e o centro de origem é o
continente americano, onde, o México e os países vizinhos da América Central são considerados
centro de diversificação da espécie. E ocorre em formas silvestres desde o Sul dos Estados Unidos
da América até o Norte do Chile (FILGUEIRA, 2012).
Já era cultivado a mais de 7000 anos, e consumido pelos indígenas séculos antes da colonização
espanhola. Foi introduzido na Espanha por Colombo em 1493, de onde sua cultura expandiu-se ao
longo do século XVI para outras nações da Europa, Ásia e África, tornando-se um alimento
apreciadíssimo. Dentre as espécies do género Capsicum, cinco são domesticadas e largamente
cultivadas e utilizadas pelo homem: Capsicum annuum; C. bacccatum; C. chinense; C. frutescense
C. pubescens (ALMEIDA, 2005; SAMPAIO, 2013).
A diferença do pimento com outras espécies do género Capsicum se deve principalmente ou não
do composto químico capsacina. Este composto é responsável pela pungência do pimento. O
pimento figura entre as dez hortaliças mais importantes do mercado de oleícolas, sendo cultivado
e consumido em todo país. Utilizado como componente diário do cardápio da população, seu
consumo vem aumentando a cada dia. É caracterizada pela adaptação ao clima tropical sendo
sensível a baixa temperatura e intolerante a geada (MONTEIRO NETO et al., 2016; COÊLHO et
al., 2013).
O pimento (Capsicum annuum L.) apresenta elevado valor comercial e está entre as hortaliças mais
consumidas, pois são utilizados na fabricação de corantes naturais, condimentos, temperos,
conservas e molhos. É também usado em preparações culinárias, aprimorando o sabor, aroma e
coloração dos pratos (ALVES, 2015).
Sua importância nutritiva para o consumo in natura deve-se, em grande parte, ao alto teor de
vitamina C, chegando a 1.5g/100g de massa seca, além de 10% de proteínas. Contém ainda, em
sua composição, vitaminas A, B1 e B2 e minerais como o Ca, Fe e P, além de possuir baixa caloria
(FILGUEIRA, 2003).

Autor: Ernesto Sebastião Masteque (ernestomasteque@gmail.com) Página 6


DESEMPENHO PRODUTIVO DO PIMENTO (Capsicum annuum L.), SOB DIFERENTES FORMAS DE
IRRIGAÇÃO NO DISTRITO DE MOCUBA.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – FAO (2017),
no ano 2017, a produção mundial do pimento correspondeu a 6.90 milhões de toneladas, numa
área colhida de 568 mil hectares, com produtividade média de 12.15 ton/ha. Segundo FAO (2019)
os principais países produtores do pimento são a China, o México, Turquia, Índia.

O pimento (Capsicum annuum L.) classifica-se em:


Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Solanales
Família: Solanaceae
Gênero: Capsicum
Espécie: Capsicum annum

O pimento é uma planta herbácea, cultivada como anual nas regiões de clima temperado. O seu
crescimento é indeterminado, o seu porte é erecto, podendo atingir cerca de 1.5 m de altura (FELIX
et al., 2012; ALMEIDA, 2012; VAZ et al., 2007).
O seu sistema radicular é de uma forma geral, potente e profundo, formado por uma raiz principal
aprumada podendo atingir até 100 cm de profundidade, mas normalmente fica em torno dos 30 cm
(LIMA et al., 2006)
Os caules são herbáceos e ligeiramente lenhificados, razão pela qual se podem quebrar com
facilidade, podendo o peso dos seus frutos ser suficiente para que isto possa suceder (MARQUES
et al., 2002). Segundo LIMA et al. (2006) o caule é pubescente, cuja altura vária de 40-100 cm
para plantio no campo e de 75-150 cm em cultivo protegido.
As folhas do Pimento são alternas, peninérveas, ovadas ou lanceoladas e glabras. São inteiras, de
limbo mais ou menos comprido e de pecíolo curto, não apresentam pilosidade, sendo de tacto liso.
As flores aparecem solitárias nas axilas das folhas, são pequenas, de pétalas brancas e
hermafroditas. A fecundação é quase totalmente autogâmica, não ultrapassando os 10% de
alogamia (MARQUES et al., 2002).

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IRRIGAÇÃO NO DISTRITO DE MOCUBA.

A abertura da flor ocorre com maior frequência nas três primeiras horas do dia, permanecendo
abertas, em média 24 horas. A receptividade do estigma pode ocorrer desde a fase de botão, na
véspera da antese, até duas a três horas após a abertura (FILGUEIRA, 2003).
Os frutos possuem formas diversas, é classificado como fruto tipo baga, com um pericárpio um
tanto carnoso, constitui a parte utilizável e o epicarpo de cor verde-escura torna-se colorido quando
amadurece. É sempre oco, com sementes brancas, achatadas de 3 a 5 mm de comprimento, ligadas
a um cordão existente no interior do fruto. No que respeita à forma, podemos encontrar variedade
de frutos alongados, achatados, quadrados e paralelepípedo (ALMEIDA, 2005; FILGUEIRA,
2003).
As sementes inserem-se numa placenta cónica disposta centralmente, são arredondadas ou
reniformes, têm cor amarelada ou pálida, podendo um grama conter entre 150 a 250 unidades, com
um poder germinativo de 3 ou 4 anos (FELIX et al., 2012; VAZ et al., 2007).

2.2 Produção de pimento em Moçambique e em Mocuba


De acordo com o Ministério da Agricultura de Moçambique (MINAG, 2010), em Moçambique, é
caracterizado por uma baixa produção e um baixo rendimento das hortícolas e Segundo o GDM
(2013) em Moçambique a produção de hortícolas ainda é muito baixa ocupando apenas 5% da área
total cultivada, sendo as principais hortaliças o pimento, o tomate, as couves, os feijões e muitas
outras nativas.
Segundo SDAE - Mocuba (2018) a produção das hortícolas em particular cultura Pimento, no
distrito de Mocuba é praticada pelos pequenos produtores, nas margens dos rios (Licungo, Lugela,
Nagogolone), e outras partes altas. A agricultura no distrito de Mocuba é constituída
exclusivamente por pequenas explorações. Constata-se assim, que a agricultura nesta região é
praticamente familiar, dependendo totalmente da mão-de-obra da própria família. Nessa forma de
exploração há dependência exclusivamente da precipitação pluvial, onde o agricultor busca
aproveitar o máximo da área nesse curto período de tempo para a obtenção de melhores
rendimentos. De acordo (SDAE - Mocuba 2021), a produção de pimento no distrito de Mocuba,
correspondeu a 2.6 ton/ha e em 2020 a produção foi de 2.1 ton/ha.

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2.3 Principais factores que afectam a produção de Pimento


 Exigências climáticas
A cultura do pimento desenvolve e produz melhor sob temperaturas relativamente elevadas ou
amenas, sendo intolerante a baixas temperaturas e à geada. Diferenças entre as temperaturas
nocturnas e diúrnas de 6ºC favorecem a cultura (PEREIRA, 2006).
O pimento desenvolve satisfatoriamente em climas com temperaturas diúrnas entre 18 e 27ºC e
nocturnas entre 15 e 18ºC (Tabela 1), sendo que as temperaturas nocturnas inferiores provocam
maior ramificação e floração enquanto as altas induzem à floração precoce, sendo este efeito mais
pronunciado quando a intensidade de luz aumenta. Baixas temperaturas são limitantes
principalmente durante a germinação, emergência e desenvolvimento das mudas (SILVA, 2012).
O período mais adequado para a semeadura de pimento em Moçambique ocorre nos meses de
Setembro a Novembro em razões da sua exigência em calor. Em regiões de inverno quente, pode-
se plantar o ano todo (FILGUEIRA, 2003).
A humidade relativa óptima para a cutlura de pimento é de 50 a 70%. Acima destes valores podem
surgir problemas ligados à deiscência do pólen, ao vigamento dos frutos e toda uma série de
problemas fitossanitários para o pimento, normalmente associados a doenças criptogâmicas
(SILVA, 2012).

Quadro 1: Exigências climáticas para o cultivo do pimento

Estado de desenvolvimento Temperatura em ˚C


Mínima 13
Germinação Óptima 25
Máxima 40
Diúrna 18 e 27
Desenvolvimento óptimo Nocturna 15 e 18
Mínima 18-20
Floração Óptima 25
Máxima 35
Desenvolvimento deficiente - 15
Paralisação de desenvolvimento - 10
Fonte: (SILVA, 2012).

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 Solo
A cultura de pimento se adapta a diversos tipos de solo, mas a sua preferência são solos de textura
média ou franca, profundos e com boa drenagem, fértil, com boa disponibilidade de nitrogénio,
deve-se evitar os solos argilosos. Solos com PH entre 5.5 e 6.8 oferecem condições óptimas ao
desenvolvimento da planta (CARDOZO et al., 2016; CANTUÁRIO, 2012; CRUZ, 2002).
É uma planta susceptível à salinidade do solo. Também a própria água de rega não deverá ser
muito salina, pelo que se aconselha que as adubações sejam feitas com grande frequência e com
pequenas concentrações de sais na água de rega, o que poderia dificultar a absorção dos nutrientes
(MARQUES et al., 2002).

 Fotoperíodo
O pimento é uma planta de dias curtos facultativos, pós floresce e frutifica em qualquer
comprimento de dia, porém a floração, frutificação e maturação dos frutos são mais precoces em
dias curtos, favorecendo a produtividade (PEREIRA, 2006). Segundo CRUZ (2002) refere que em
geral os pimentos crescem melhor em condições de alta luminosidade, com pelo menos 4 horas de
insolação.

 Necessidades hídricas da cultura


A cultura de pimento é extremamente exigente em água, em todo seu ciclo produtivo. O
monitoramento da irrigação é importante (RIBEIRO, 2010). O excesso de humidade pode causar
danos à cultura, como apodrecimento de raiz e colo da planta, além disso, se for cultivada em
campo, pode ocasionar a ocorrência de doenças fúngicas na parte aérea da planta e nos frutos, onde
são verificadas as maiores perdas (LIMA, 2012).
Em contrapartida, o estresse hídrico excessivo, principalmente nos estágios de floração e
desenvolvimento dos frutos, reduz a produtividade em decorrência de abortamento e queda de
flores, abortamento de frutos e desequilíbrio nutricional, causando o “fundo preto”, doença
nutricional do pimento (RIBEIRO, 2010).
Bons rendimentos com a cultura do pimento são obtidos em condições de precipitação de 600 a
1200 mm bem distribuídos durante o período de crescimento. Precipitações intensas durante a
floração provocam queda de flores e o mau estabelecimento dos frutos (PEREIRA, 2006). A
humidade relativa óptima para esta cultura ronda os 50-70% (CRUZ, 2002).

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Sua necessidade hídrica depende de variáveis meteorológicas, sistema de irrigação e de cultivo.


Em termos gerais, a necessidade hídrica do pimento varia de 500 a 800 mm, podendo ultrapassar
os 1000 mm para cultivares de ciclo longo. A sua necessidade diária varia de 1.5l a 2l
(MAROUELLI & SILVA, 2012).

 Controlo fitossanitário
Em Moçambique o período de maior incidência de pragas é no verão, por isso neste período o
número de tratamentos fitossanitários deve ser maior (DE MATOS et al., 2011).
O pimento é constantemente atacado pelas mais diversas doenças e pragas. Em vista disso as
pulverizações com fungicidas devem ser preventivas e com insecticidas quando o nível de
infestação justificar. As principais pragas constituem os transmissores de viroses: Trips
(Thripstabaci), afídeos (Aphisgossypii) e Mosca branca (Bemisiatabaci); Lagartas desfolhadoras
e bloqueadoras dos frutos; Besouros desfolhadores e ácaros (ECOLE, 2011).
As principais doenças da cultura do pimento, causadas por fungos, são a podridão das raízes
(Fusarium solani f. sp. piperis), mancha bacteriana (Xanthomonas vesicatoria), Nemátodo de
galha (Meloidogyne spp.) e a murcha amarela (Fusarium oxysporum) que diminuem a produção,
a produtividade e a vida útil dos pimentais, quando ocorrem. A queima-do-fio (Koleroga noxia) e
a antracnose (Colletotrichum gloeosporioides) são comuns nos pimentais, mas não chegam a
causar danos à produção, sendo consideradas de menor importância (VASCONCELOS, 2014).

 Adubação
Para o adequado desenvolvimento da planta e obtenção de produtividades satisfatória, é essencial
a reposição de água e nutrientes, na quantidade ideal e no momento oportuno. Portanto, é
importante dosar rigorosamente as quantidades de nutrientes e fornecê-los segundo as
necessidades da planta (ARAÚJO, 2005).
Nas hortícolas a adubação é afecta por seguintes factores segundo ARAÚJO et al. (2005), Estágio
de crescimento, Humidade do solo, Densidade de planta, Variedade PH e textura do solo, bem
como o método de aplicação do fertilizante.

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2.3.1 Factores limitantes de produção


Um dos nutrientes mais limitantes para a cultura do pimento é o nitrogénio, porque influencia no
crescimento das plantas e produção dos frutos, a água, as pragas e doenças que causam perdas de
produção desta cultura (SEBRAE, 2011).
O transplante no período inadequado das mudas afecta a produção, pois deve ser realizado nas
horas mais frias do dia com altura de 5 a 8 cm, de forma que a terra cubra apenas o torrão formado
pelo substrato, evitando-se aterrar o colo da muda. A colheita dos frutos do pimento é feita
geralmente, a partir de 40 dias após o transplante das mudas para o local definitivo, e pode
estender-se por mais 4 a 5 meses em lavouras bem conduzidas, abaixo dos dias recomendado limita
a produtividade (ECOLE et al., 2011).
O ponto de colheita ideal é determinado visualmente, quando os frutos atingem o tamanho típico
de cada variedade com a cor específica demandada pelo mercado, aroma, tamanho e peso padrão.
A primeira colheita pode ser feita as plantas com porte muito baixo, obrigando os apanhadores a
se agachar ou sentarem em banquinhos posicionados ao lado das plantas. A maior vantagem do
cultivo do pimento é a flexibilidade do ponto de colheita, ele pode ser colhido desde o estádio
verde-maduro até o totalmente vermelho, durante o período de dez dias (RIBEIRO et al., 2010).

2.4 A Irrigação
A irrigação é uma prática fundamental para suprir a demanda hídrica das plantas, pois, tanto quanto
a falta de água, o excesso e a forma com que a água é aplicada às plantas têm efeito marcante sobre
o rendimento e a qualidade de frutos (MAROUELLI & SILVA, 2012).
Estimativa da FAO adverte que, aproximadamente 50% dos 250 milhões de hectares irrigados no
mundo já apresentam problemas de salinização e saturação do solo, e que 10 milhões de hectares
são abandonados anualmente, em virtude desses problemas. Em Moçambique, a irrigação
superficial ocupa 42 % da área irrigada, cabendo os restantes 8 e 50 % para a rega por gota-à-gota
e aspersão respectivamente (YAGHI et al., 2013).
A água é a principal causa de flutuação no rendimento das diferentes culturas, seja pela má
distribuição espacial e temporal, pela insuficiência ou pelo excesso, refere que, todas as
intervenções do agricultor actuam directa ou indirectamente sobre o comportamento da água no
solo e na atmosfera (OLIVEIRA, 2011).

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A maioria dos produtores irriga de forma empírica, geralmente inadequadamente sem ter em conta
as necessidades de água da cultura, apenas com base em observações visuais de sintomas de
deficiência de água na planta e no solo. Tais métodos, mesmo para produtores com experiência,
podem predispor à redução de rendimento e maior severidade de doenças, além de menor
eficiência no uso de água e nutrientes pelas plantas (MAROUELLI & SILVA, 2012).
Em termos mundiais a eficiência de irrigação (relacionando a quantidade de água efetivamente
utilizada pela planta e o volume retirado da fonte) é ainda muito baixa, situando-se, em termos
médios, em torno de 37% (SANTOS 2014).

2.4.1. Principais métodos e sistemas de irrigação


O método de irrigação é a forma pela qual a água pode ser aplicada às culturas enquanto sistema
de irrigação é o conjunto de equipamentos, acessórios, formas de operação e maneio, e que de
forma organizada realizará o acto de irrigar as culturas (ANDRADE, 2013).
Basicamente, são quatro os métodos de irrigação: superfície, aspersão, localizada e subirrigação.
Para cada método, há dois ou mais sistemas de irrigação que podem ser empregados. Entretanto
na cultura do Pimento, podem ser utilizados diferentes métodos de irrigação, desde que apresentem
distribuição uniforme e suprimento adequado de água às plantas (CARVALHO et al., 2013).

 Aspersão
A irrigação por aspersão tem a vantagem de ser de baixo custo de mão-de-obra, elevada eficiência
de aplicação, facilidade e eficiência na aplicação de fertilizantes com a fertirrigação e melhora no
controle lâmina de irrigação, e a desvantagem (implicações) é de proporcionar o aumento de
desenvolvimento de doenças (ALMEIDA, 2006).

 Subterrânea
A irrigação subterrânea consiste na aplicação de água no sistema radicular das plantas ou abaixo.
A irrigação subterrânea tem a vantagem de apresentar muita eficiência e uniformidade e a maior
desvantagem é alto custo de Instalação (CARVALHO, 2014).

 Irrigação Superficial
Neste sistema a água é conduzida para o ponto de infiltração directamente pela superfície do solo,
isso porque tem baixo custo de implementação, energia e manutenção, favorece o aumento de

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fotossíntese nas folhas mais baixas divido a reflexão da luz na água, o vento não limita a irrigação
e promove a fixação do nitrogénio atmosféricos, mais tem a implicação de águas paradas que
podem prejudicar as plantas, principalmente pela diminuição de respiração das raízes, bastante
declive do dependente do solo, erosões frequentes nos sulcos (ALMEIDA et al., 2016).

 Irrigação localizada
A irrigação localizada tem inúmeras vantagens, uma delas por ser de baixo custo de mão-de-obra
e de energia, facilidade e eficiência na aplicação de fertilizantes, mantém o solo uniformemente
húmido e com oxigénio, o vento e a declividade não limitam a irrigação, ajuda a não propagação
de doenças nas folhas e grandes adaptação aos diferentes solos (CARVALHO, 2014).

2.4.2 Sistemas de Irrigação de Baixo Custo


O sistema de irrigação de baixo custo consiste em utilizar materiais muito baratos ou
reaproveitáveis para a criação dos sistemas hidráulicos, para suprir as necessidades hídricas das
plantas na região com altas temperaturas que dificulta (influencia) o desempenho da cultura
(ALMEIDA et al., 2016).

 Sistema de irrigação localizada por (garrafas PET) na cultura do pimento


Como a maioria das hortaliças, o pimento é altamente sensível à deficiência e ao excesso de água
no solo. A falta de água durante a floração causa redução no pegamento dos frutos, enquanto
durante o início de frutificação pode restringir a translocação de cálcio, favorecendo o surgimento
de frutos com podridão apical (MAROUELLI, 2012)
O sistema de irrigação com uso de garrafas PET (Poli tereftalato de etilo) está sendo muito
utilizado, principalmente para irrigação de hortícolas e de fruteiras, quando transplantadas para o
campo, pois, na fase inicial, essas tradicionalmente cultivadas, sofrem muito com o déficit hídrico,
em virtude de suas raízes ainda não serem profundas suficientes para extrair água nas regiões mais
profundas do solo (ALMEIDA et al., 2016).
A técnica de gotejamento com as garrafas PET garante redução dos gastos com mão-de-obra, já
que o sistema pode ser automatizado desde a colecta até a dispersão de água, tornando possível o
planejamento do ciclo da cultura para que a colheita ocorra em épocas de maior valorização no
mercado e garante a produção durante todo o ano. Além do maior controle, poupança e eficiência
de água, oferecem vantagens de menor crescimento de plantas daninhas ao redor da plantação que
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são responsáveis pelo menor desenvolvimento da planta e dos frutos devido à competição por
nutrientes e água (SANTOS 2014; MELLO 2009; SILVA, 2009).
Quando mal conduzida, além de não produzir os resultados esperados, durante o período de
floração na cultura tem provocado aumento na queda de flores e redução no estabelecimento de
frutos, o que pode causar, também, crescimento vegetativo excessivo, atraso na Maturação e maior
ocorrência de doenças e pode causar perdas económicas e degradação ambiental (ALMEIDA,
2006).

2.4.3 Implicações de tipos de irrigações


A selecção do melhor método de irrigação tem a finalidade de estabelecer a viabilidade técnica e
económica, maximizando a eficiência e minimizando os custos de investimento e operação, e ao
mesmo tempo, mantendo as condições favoráveis ao desenvolvimento das culturas. Entre os
critérios mais utilizados, destacam-se: topografia, características do solo, quantidade e qualidade
da água, clima, cultura e considerações económicas (MELLO & SILVA, 2009).
A principal limitação do uso da aspersão na produção do pimento está relacionada ao aumento de
doenças da parte aérea favorecido pelo molhamento da folhagem, elevação da umidade no interior
do dossel vegetativo. Os problemas que tem limitado o uso do gotejamento na cultura do pimento
destacam-se: alto custo de implantação do sistema; alto custo de manutenção; limitação para
irrigação de outras culturas em rotação na entressafra; grande demanda de mão-de-obra
especializada para instalação e problemas de entupimento e predispõe a ocorrência de doenças de
solo, como a murcha-bacteriana (MAROUELLI, 2008).
A irrigação por sulco favorece maior propagação de doenças de solo que a aspersão, limitação no
crescimento das plantas, resultante da adoção de tal estratégia, tem pequeno efeito na produção
desde que o suprimento de água no estádio de frutificação seja adequado (CALBO, 2009).

2.5 Dotações de Água vs Resposta da cultura do pimento (Capsicum annuum L.)


A necessidade total de água pela cultura depende essencialmente das condições climáticas, duração
do ciclo, dos sistemas de cultivo e de irrigação adoptados (MELLO & SILVA, 2009).
Déficit hídrico na cultura do pimento reduz a altura da planta (limita o crescimento das plantas),
comprometendo o estádio de vegetação e consequente baixo desenvolvimento dos frutos e no
estádio de frutificação, que se prolonga até o início da maturação, é o mais crítico à deficiência
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hídrica e o que exige a máxima demanda de água. A ocorrência de déficit hídrico, no estádio de
frutificação, mesmo que moderado, reduz o comprimento de frutos, comprometendo a
produtividade. Já a ocorrência de déficit hídrico severo reduz a viabilidade do pólen e o número
de frutos por planta e peso do fruto, além de causar danos fisiológicos, como a podridão apical de
frutos (SILVA et al., 2009).

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III. MATÉRIAIS E MÉTODOS


3.1 Área de estudo
O Ensaio foi instalado e conduzido no campo experimental, pertencente à Faculdade de
Engenharia Agronómica e Florestal, Universidade Zambeze, província da Zambézia, distrito de
Mocuba, com as coordenadas 16º53'34'' de latitude sul e 36º56'38'' de longitude Este (Figura 1).

Figura 1: Mapa do local de estudo


Fonte: Autor (2021)

O Distrito de Mocuba localiza-se na parte central da Província da Zambézia. Faz limite, a norte
com o Distrito de Lugela, a noroeste com o Distrito de Milange, a oeste com o Distrito de
Morrumbala, a sul com os Distritos de Nicoadala e Namacurra, a leste com o Distrito de Maganja
da Costa e a nordeste com o Distrito de Ile.
O clima da região, segundo a classificação climática de Thorntwaite, é do tipo sub-húmido (sub
tropical), sendo influenciado pela Zona de Convergência Inter-Tropical, determinando o padrão
de precipitação, com a estação chuvosa de Dezembro a Fevereiro, associado a outras depressões
que condicionam o estado do tempo nas duas estações, chuvosa e seca. Resulta de Novembro a

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Fevereiro um tempo quente e húmido e de Março a Outubro um tempo seco e fresco, por vezes
com precipitações irregulares (MAE, 2005).
Quanto aos solos, o Distrito é caracterizado pela ocorrência de solos vermelhos argilosos,
moderadamente profundos a profundos, das planícies, solos argilosos pretos dos vales largos onde
eventualmente dominam condições hidromórficas, solos arenosos (invariavelmente) na planície
ou vales em terreno desenvolvido nas rochas ácidas, variando a cor de vermelho (nos topos e
declives), branco (nas partes altas e medias dos vales), amarelos (nas declives onde o lençol
freático se encontra mais perto da superfície), a cinzentos, acinzentados escuros e pretos (fundo
dos vales) (MAE, 2005).
A precipitação média anual varia de 850 mm na estação de Chingoma, a 1300 mm na estação de
Malei, a sul da Cidade de Mocuba, é cerca de 1175 mm na estação climática de Mocuba (MAE,
2005). Durante a condução o ensaio, o mês mais chuvoso foi registado em julho com uma
precipitação média mensal de 387 mm e o mês menos chuvoso foi registado em Agosto com uma
precipitação média mensal de 0.018mm (Figura 2).
Portanto, em termo da temperatura mensal varia entre 20 á 27º C, com a temperatura máxima
variando de 27 a 35º C, e a mínima de 15 a 22º C. Para a humidade relativa do ar, varia de 60%
nos meses secos e 80% nos meses húmidos (MAE, 2005). Com relação as temperaturas observadas
durante o ensaio, o mês de Agosto foi mais quente com a temperatura média mensal máxima de
29.4ºC e mínima de 17.7ºC e o mês de Julho foi menos quente com temperatura média mensal
máxima de 25.7 e mínima de 17.1ºC. A Humidade relativa do ar foi menor no mês de Agosto com
uma média mensal de 58.92% (Figura 2).

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Médias mensais das variáveis meteorólogico durante o ensaio

450 35
400 387
30
Prec. (mm) e Hrel (%)

Temp. Max e Min (˚C)


350 29,4 28,5 25
300 25,9 26,8 25,7
250 17,9 17,1 17,1 17,7 17,3 20
200 15
150
10
100 72,7 69,93 63,83 58,92 60
50 5
50 30
9 0,018
0 0
Maio Junho Julho Agosto Setembro

Precipitação Humidade Relativa Temp. Max Temp. Min

Figura2:Gráfico de Precipitação média, Humidade Relativa e temperaturas (máximas e mínimas) médias observado
durante o ciclo da cultura, no período de Maio a Setembro de 2021. Fonte: INAME- Mocuba, 2021.

3.2 Condução de ensaio


O experimento foi conduzido com a variedade California Wonder, por ser uma variedade
facilmente cultivada e resistente ao vírus do mosaico do tabaco. É uma variedade de ciclo precoce
e a planta produzem frutos de forma quadrado, de 10 cm de comprimento e 10 cm de largura, de
cor vermelha brilhante na sua maturidade e que requer solo bem drenado, húmido e rico em matéria
orgânica. O ensaio decorreu nos dias 20 de Maio de 2021 a 9 de Setembro de 2021 por ser, segundo
MAE (2005) época seca e fresca por vezes com precipitação irregular.
O preparo do alfobre realizou-se no dia 20 de Maio de 2021, tendo se iniciado com limpeza do
local com recurso enxada e com auxílio ancinho e para a demarcação do alfobre usou-se corda, fita
métrica, estacas. E a sementeira realizou-se no dia 21 de Maio de 2021. A rega foi diária, duas
vezes ao dia com uso de regadores de 10 litros, para garantir com que haja suficiente humidade
para a germinação.

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A preparação do campo definitivo realizou-se 27 e 28 dias antes do transplante (DAT), de forma


manual e remoção do capim (com auxílio ancinho), em seguida realizou-se a lavoura, com o
auxílio da enxada de cabo curto e para a demarcação da área experimental usou-se corda, fita
métrica, estacas para montagem das garrafas PET para o sistema de rega gota-a-gota e parafuso
para calibrar o sistema. As parcelas foram estabelecidas obedecendo ao layout previamente
estabelecido e dispostas em função das diferentes formas de irrigação.
Foi utilizado o Delineamento Experimental em Blocos Completos Casualizados (DBCC), com três
tratamentos e três Repetições (Quadro 2). O campo experimental tinha uma dimensão de 8.5 m de
comprimento e 8 m de largura, totalizando uma área de 68m2 que incluem área útil e espaçamentos
e área total do campo foi 100m2. Cada bloco com três parcelas de 5m2 (2.5mx2m) totalizando nove
(9) parcelas em toda área do campo. O espaçamento utilizado para transplante foi de 0.5mx0.4cm
entre linhas e plantas, respectivamente. Cada parcela com 25 plantas, totalizando 225 plantas em
toda área útil do ensaio e o espaçamento entre os blocos foi de 1 metro e entre as parcelas foi 0.5
metro. O padrão amostral foi um quadrado de 1.8m2 com 9 plantas amostrais.

Quadro 2: Descrição dos tratamentos

Tratamentos Descrição

T1 Rega manual uma vez ao dia (4 Regadores de 10 litros -


Correspondente a 40 litros por dia)

T2 Rega manual duas vezes ao dia (4 Regadores de 10 litros - 20


litros de manhã e 20 litros a tarde)

T3 Rega gota a gota com recurso a garrafas PET (garrafas de 1.5


litros)

O transplante foi realizado 30 dia depois da sementeira (DDS), mediante a selecção das plântulas
que apresentaram melhor postura e bem desenvolvidas e dois dias depois, montaram-se as garrafas

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PET nas respectivas parcelas conforme o Layout (apêndice 1), com auxílio de cordas e estacas. O
tratamento 3 (continha 25 garrafas PET de 1.5 litros para rega gota-a-gota, em cada bloco),
totalizando 75 garrafas PET em toda unidade experimental. Após o transplante, fez-se a rega com
recursos a regadores manuais, depois encheu-se as garrafas PET para o T3, para sistema gota-a-
gota, onde ficava dois dia a gotejar.
A primeira adubação foi realizada 14 DDT, de forma manual, com Fertilizante (ureia) e 30 DDT
realizou-se a segunda adubação usando-se Fertilizante (NPK: 12-24-12).
O controlo das pragas foi feito com base no método químico. Fez-se 3 (três) pulverizações ao
longo do ciclo da cultura do Pimento, realizadas 14 DDT, 28 DDT e 42 DDT a base do insecticida
Cyphemethrin (200 g/L), com objectivo de controlar as pragas, pois durante o ensaio observou-se
a presença da praga pulgão.
Durante todo o ciclo da cultura foram feitas duas sachas para o controlo de infestantes de forma a
reduzir a competição por nutrientes, água, luz de forma manual com recurso a enxadas, realizadas
25 DDT e 45 DDT
A colheita foi feita manualmente, quando os frutos atingiram o tamanho típico da variedade com
a cor especifica verde escuro, no total foram realizadas 3 colheitas, sendo que a primeira foi feita
61 DDT, a segunda 72 DDT, a terceira 80 DDT.

3.3 Parâmetros avaliados


Os parâmetros avaliados durante o estudo foram: Quantidade de água gasta em cada tratamento
(QA), Altura da planta (AP), Número de fruto por planta (NF), Diâmetro do fruto (DF),
Comprimento do fruto (CF), Peso do fruto (PF), Rendimento total da cultura (Rend).
Para todos os parâmetros avaliados, a amostragem foi feita seguindo o padrão de amostragem
“quadrado” com 1.8m2. No campo experimental observou-se 9 plantas da área útil, excluindo as
plantas das bordaduras, que não fizeram parte da análise. Para a determinação dos parâmetros
analisados fez-se depois de três (3) colheitas, exceptuando a altura da planta e a quantidade de
água gasta em cada tratamento.
3.3.1 Determinação de quantidades de água
Tendo em conta as diferentes formas de irrigação foi possível determinar as quantidades de água
recebida por dia pela planta, a quantidade de água fornecida em todo ciclo e observar a eficiência
do uso da água em cada tratamento.
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No tratamento 1, usou-se 4 regador de 10l, que correspondia 40 litro de água fornecida diariamente.
Neste tratamento regava-se manualmente uma vez ao dia durnte a manhã.
No tratamento 2, regou-se manualmente duas vezes ao dia (de manhã e tarde), onde recebia 2
regadores de 10 litro em cada período.
No tratamento 3 usou-se as garrafas PET com capacidade de 1.5 litro para montagem do sistema
gota-a-gota para irrigação. Este sistema permitia o fornecimento de água num período de 2 dias.

Em cada tratamento a quantidade de água gasta em todo o ciclo foi determinada através do
somatório das quantidades diarias fornecidas por parcela.

3.3.2 Parâmetros Agronómicos e de Rendimento.


Para responder os objectivos da pesquisa para os parâmetros (altura da planta, número de frutos
por planta, comprimento do fruto, diâmetro do fruto, peso dos frutos e Rendimento) foi usado fita-
métrica, paquímetro, uma balança analítica para auxiliar na recolha dos dados, medição dos
parâmetros e fórmula do rendimento.

 Altura da planta (cm)


Este parâmetro foi determinado aos 55 DDT pelo nível do crescimento vertical da planta, medindo-
se do colo da planta até a extremidade superior da última folha emitida do caule principal (nível
do solo até o ápice do broto terminal), com auxílio de uma fita métrica.

 Números de frutos por planta


Este parâmetro foi determinado a partir da contagem dos frutos das nove (9) plantas observadas
em cada parcela. Para a contagem dos frutos foram considerados os comerciais e sem deformações.
Frutos Comerciais e Frutos não comerciais
Foram considerados frutos comerciais aqueles não deformados, retilíneos, sem manchas e sem
lesões e isentas de ataque de pragas e doenças. São considerados não comerciais aqueles
deformados, não retilíneos, com manchas e lesões e atacadas por pragas e doenças, conforme
classifica MONTEIRO (2010).

 Diâmetro dos frutos (cm)


Este parâmetro foi determinado com ajuda de um paquímetro. Para medição desse parâmetro usou-
se todos os frutos amostrais sem deformações em (cm).
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 Comprimento do fruto (cm)


Com ajuda de um paquímetro retirou-se os dados de comprimentos de frutos. Os frutos colectados
nas 9 plantas amostrais foram medidos em (cm) em todas parcelas.

 Peso do fruto(g)
Este parâmetro foi determinado com a pesagem dos frutos em (g) numa balança analítica apenas
aqueles frutos classificados comercialmente, sem defeitos de conformação (ataque de pragas e
doenças) e deformações, usando todos os frutos colhidos nas plantas amostrais.

 Rendimento da cultura (Kg/ha)


Para determinação desse parâmetro realizou-se depois das colheitas nas 9 plantas observadas em
cada parcela, numa área de 1.8m2. A colheita realizou-se quando os frutos apresentaram 90% de
maturação fisiológica. Os valores obtidos na pesagem dos frutos, em gramas por de 1.8m2 foram
convertidos para quilograma por hectare (kg/ha). Tendo-se utilizado a seguinte formula para a
determinação do rendimento da cultura.
𝑷𝒇
𝐑𝐞𝐧𝐝 (𝐊𝐠/𝐡𝐚) = 𝐀𝐔*10000m2

Onde:
Rend= rendimento em quilograma por hectare (kg/ha).
Pf- peso do fruto em (g).
Au- área útil em (𝑚2 ).

3. 4 Análise estatística dos dados


Para a análise estatística, os dados de campo foram codificados no programa Microsoft Excel 2016
e posteriormente introduzidos e processados no pacote estatístico foi “Statistix versão 10”. Antes
da realização da ANOVA foi analisado os pressupostos de normalidade dos resíduos pelo teste de
Shapiro-willk, a nível de significância de 5% e todas as variáveis seguiram a distribuição normal
de resíduos e teste de homogeneidade de Levene's. Após a verificação dos pressupostos da
normalidade dos resíduos e fez-se as análises de variâncias (ANOVA) pelo teste de Fisher (F) e
para comparação de médias usou-se o teste de Tukey a 5% de probabilidade.

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IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO


Neste capítulo apresentar-se-á os resultados da quantidade de água fornecida durante o ciclo da
cultura, analise dos parâmetros Agronómicos (altura da planta, números de frutos por planta,
Diâmetro do fruto, Comprimento do fruto, Peso do fruto) e de rendimento.

4.1 Quantidade de Água gasta em cada tratamento


A diferente forma de irrigação instalada no ensaio ajudou a responder o objectivo da quantidade
de água fornecida por dia nas plantas em cada tratamento e determinar as quantidades de água
fornecida durante ciclo da cultura, pois segundo MAROUELLI (2008) a determinação correcta da
quantidade de água para a produção de hortícolas é de fundamental importância para a obtenção
de maiores produtividades e frutos com maior qualidade.
O tratamento 1, recebia água uma vez ao dia com 4 regadores de 10 litros. A quantidade de água
fornecida em uma semana por planta foi de 11.2 litros, em um mês recebeu 48 litros e em todo
ciclo da cultura (80 DDT) a quantidade de água fornecida foi de 128 litros por plantas. Pela sua
menor eficiência do uso da água não respondeu a componente da qualidade dos frutos e obtiveram-
se menores rendimentos. Dentre diversos factores na produção de pimento, a água limita o
rendimento com maior intensidade, exigindo o controle eficiente da humidade do solo para se obter
uma produção comercial de alta qualidade (FILGUEIRA, 2008).
No tratamento 2, recebia água duas vezes ao dia com regadores de 10 litros (dois regadores de 10
litros de manhã e dois regadores de tarde). Com essas quantidades de água fornecida diariamente
em uma semana, cada planta recebia 5.6 litros por planta de manhã, 5.6 litro por planta de tarde e
a quantidade de água fornecida em todo ciclo foi de 128 litros por plantas, tendo obtido
rendimentos médio, mais a eficiência de água não foi suficiente para suprir a necessidade total da
cultura. A necessidade total requerida pela cultura depende da fase, dos sistemas de cultivo e de
irrigação adoptados, podendo afectar a produção (MAROUELLI, 2016).
No tratamento 3 (sistema gota-a-gota), regava-se com garrafas PET com capacidade de 1.5 litros
num período de dois dias. com relação ao sistema gota-a-gota instalada, cada planta recebia uma
quantidade de 0.75 litros de água por dia, em uma semana a quantidade fornecida foi de 5.25 litros
por planta e em todo ciclo (80DDT), a quantidade de água fornecida durante o ciclo da cultura foi
de 60 litros por planta. Observou-se que na fase vegetativa a quantidade gasta foi 18 litros de água
por planta, na fase de floração o gasto de água foi de 27 litros por planta e na fase de maturação a

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quantidade de água foi 15 litros por planta. Segundo CHAGAS et al. (2013), determinar a
quantidade de água nas diferentes fases do desenvolvimento de determinada cultura é fundamental
para o dimensionamento de sistemas de irrigação e para o manejo da água na agricultura, visto que
se trata de um recurso natural limitado e importante para sustentabilidade dos sistemas de produção
agrícola.
A diferença entre o tratamento 3, com os de mais tratamentos foi na quantidade de água fornecida
e na forma de irrigação, onde observou-se que o tratamento 3, recebeu menos quantidades de água
em relação aos tratamentos 1 e 2, teve rendimentos superiores. Este facto provavelmente esteja
associado ao sistema de gotejamento utilizado e maior eficiência no uso da água e T1 e T2 teve
menor eficiência no uso da água por causa da forma de irrigação utilizada que foi de rega manual
com recurso ao regadores.

4.2 Análise de Parâmetros Agronómicos e de Rendimento


De acordo com os testes feitos, o teste de normalidade de Shapiro-Wilk mostrou que a variável
altura da planta (AP), números de frutos por planta (NF), Diâmetro do fruto (DF), Comprimento
do fruto (CF), Peso do fruto (PF) e Rendimento total da cultura (Rend.), seguiram a distribuição
normal (Apêndice 4). o teste de Levene mostrou que os dados são homogéneos (Apêndice 5),
cumprindo desta forma os pressupostos para análise de variância (ANOVA) a 5% de probabilidade
e comparação de médias pelo teste de Tukey.

4.2.1 Altura de Planta (cm)


Os resultados da altura de planta encontram-se na Tabela 1. Em função dos resultados, observa-se
que houve diferença estatisticamente significativa para altura da planta, tendo-se observado
superioridade no tratamento 3 (36.00cm) em relação aos demais tratamentos. Os T2 e T1 não
apresentaram diferenças estatisticamente significativas para a altura de planta quando comparados
entre si.

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Tabela 1: Comparação de médias para Altura de Planta (AP).

Tratamentos Médias (cm)

Rega com Recurso a Garrafas (T3) 36.00A

Rega Manual duas vezes ao dia (T2) 27.88 B

Rega Manual uma vez ao dia (T1) 26.37 B

CV = 6.37(%)
*As médias com as mesmas letras não diferem entre si pelo teste de Tukey a nível de 5% de significância.

A superioridade do T3 provavelmente, esteja associado com a eficiência do uso de água na planta,


o sistema de irrigação por gotejamento e humidade disponível do solo diariamente, que
favoreceram maior crescimento em campo, pois a menor perda de água influencia no crescimento
de altura das plantas (COSTA et al., 2012). A média inferior provavelmente, esteja associada a
menor a eficiência do uso da água e a forma irrigação utilizado para as plantas.
Nota-se que, cada planta no T3, recebeu diariamente menor quantidade de água (0.75l/d), mas por
causa dos sistemas instalado e a forma adequada do maneio houve maior aproveitamento de água
e a sua eficiência foi significativa durante o ciclo da cultura, comparado com os demais tratamentos
que cada planta fornecia maior quantidade de água.
Segundo EL NAIM et al. (2010) & SILVA et al. (2014) a contínua disposição de água é primordial
para as plantas em relação a quantidade de água fornecida. Avaliando a altura da planta, com
diferentes sistemas de irrigação BRITO et al. (2015) verificaram que o sistema por gotejamento
tem boa retenção de água resultando em maior desenvolvimento radicular da planta, onde planta
transfere fotoassimilados para as raízes buscando melhorar seu desenvolvimento.
Para SILVA et al. (2012) a eficiência do uso da água e condições climática adequada para a cultura
do pimento favorece a altura de planta, de tal forma obtendo na fase vegetativa um
desenvolvimento eficaz na altura da planta.
COSTA et al. (2012) ao encontrarem a máxima eficiência de uso da água com a aplicação da
menor lâmina de irrigação, concluíram que a manutenção da humidade do solo acima de 50% de
água, apresenta-se como a forma ideal para economia da água que proporciona a irrigação
aumentando o crescimento das plantas.

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Segundo AZEVEDO et al. (2005) avaliando a eficiência de uso da água nas pimenteiras (Capsicum
frutences L.) em condições climáticas de Pentecoste, no Ceará, constataram que eficiência de uso
da água adequada, proporcionou considerável aumento no crescimento das plantas, devido a
disponibilidade de água.

4.2.2 Números de frutos por planta (NF)


Os resultados de números de frutos na Tabela 2 mostram que houve uma diferença significativa
nos números de frutos, onde T3 foi superior (8.00), aos demais tratamentos. Os T2 e T1 não
apresentaram diferenças estatisticamente significativas quando comparados entre si.

Tabela 2: Comparação de médias para Números de frutos por planta (NF).

Tratamentos Médias

Rega com Recurso a Garrafas (T3) 8.00A

Rega Manual duas vezes ao dia (T2) 5.67 B

Rega Manual uma vez ao dia (T1) 5.00 B

CV = 14.17 (%)
*As médias com as mesmas letras não diferem entre si pelo teste de Tukey a nível de 5% de significância.

A média superior de números de frutos por planta observado no T3 provavelmente, esteja


associado a eficiência do sistema de irrigação de baixo custo (rega com garrafas PET) e as
condições climática observado durante o ensaio. SILVA (2012), afirma que a humidade relativa
óptima é de 50 a 70%, acima destes valores podem surgerem uma série de problemas
fitossanitários, normalmente associados a doenças criptogâmicas.
A média inferior obtidos pelos T2 e T1, pode estar provavelmente associado a baixa eficiência da
água no período de formação de frutos, pois PINTO et al. (2006) afirmam que o período de maior
exigência de água é na formação dos frutos, para suprir as temperaturas elevadas, favorecendo
maior crescimento do fruto, pois quando a quantidade de água utilizada não suprir as necessidades
hídrica afecta o pleno desenvolvimento da cultura do pimento.
Segundo PINTO et al. (2006) as médias de temperatura ideais para um bom desenvolvimento do
fruto do pimento se situam entre 21 e 30 °C e a média das temperaturas mínima e máxima de 18 e
35 °C, respectivamente, portanto havendo uma variação excessiva da Temperatura, afectará o

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número de fruto. O período crítico para deficiência de humidade do solo é na formação dos frutos,
quando eles crescem rapidamente. Durante o ensaio houve variação de temperatura e isso afectou
para a rega manual uma vez ao dia e duas vezes ao dia, respectivamente pois a disponibilidade de
água no solo não foi eficiente as altas temperaturas.
A rega com recurso a garrafas PET foi significativo para números de frutos por planta, pois em
período em que a planta mais necessita de água, o sistema instalado conseguiu suprir, dando
melhor resultados. De acordo com COSTA (2008), a quantidade de água assimilada pela parte
radicular da planta advém da quantidade de água disponível no solo para a planta, do arejamento,
da temperatura do solo, da concentração da solução e da taxa de transpiração, favorecendo maior
números de frutos do pimento e maior a produtividade.

4.2.3 Diâmetro do fruto (cm)


Os resultados obtidos da comparação de média em relação ao diâmetro dos frutos encontram-se
na tabela 3 abaixo. Os resultados revelam haver diferença estaticamente significativa entre o
tratamento 3 e o tratamento 1, não havendo diferença significativa com o T2. A superioridade da
média foi obtida no T3 (5.80cm), seguido de T2 (4.83cm).

Tabela 3: Comparação de médias para Diâmetro do fruto (DF).

Tratamentos Médias (cm)

Rega com Recurso a Garrafas (T3) 5.80A

Rega Manual duas vezes ao dia (T2) 4.83AB

Rega Manual uma vez ao dia (T1) 3.70 B

CV = 9.65 (%)
* As médias com as mesmas letras não diferem entre si pelo teste de Tukey a nível de 5% de significância

Conforme os resultados, a variável diâmetro do fruto mostra que o T3 foi superior e apresentou
melhor aproveitamento de água, comparado com os demais tratamentos, provavelmente este facto
esteja associado com maneio de irrigação e diferentes formas de irrigação estabelecida. Enquanto
a rega com garrafas PET, humedecia o solo frequentemente com pouca quantidade fazendo o bom
uso de água, os tratamentos 2 e 1 com maior quantidade de água, proporcionaram menor eficiência
uso de água devido a forma de irrigada, favorecendo com que não houvesse uma diferença

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significativa entre as médias. RODRÍGUEZ et al. (2014) afirmam que o planeamento adequado
das frequências e lâminas de irrigação podem favorecer algumas características dos parâmetros
agronómicos.
SANTANA et al. (2004) avaliaram o efeito de diferentes lâminas de água no solo para o pimento
verificaram que os diâmetros do fruto das plantas foram maiores quando a irrigação foi realizada
com menor lâmina de água no solo e que foi significativamente influenciado eficiência de água no
solo.
Segundo SOUZA & MATSURA (2004) a irrigação localizada aplica pequenas quantidades de
água próximo da zona radicular das plantas através de gotas em um sistema que trabalha com baixa
pressão e vazão, tornando-o mais eficiente no uso de água, e com consequência aumento de
diâmetro dos frutos, devido o bom crescimento do fruto, por isso neste presente o estudo o sistema
localizada proporcionou maior eficiência do uso da água garantindo maior diâmetro do fruto por
causa da disponibilidade de água no solo.

4.2.4 Comprimento do fruto (cm)


As médias do comprimento do fruto encontram-se na Tabela 4. Pelos resultados obtidos, observou-
se que há uma diferença significativa entre os tratamentos, onde o T3 apresentou superioridade em
termo dos resultados (7.23cm) em relação aos demais tratamentos.

Tabela 4: Comparação de médias para Comprimento do fruto (CF).

Tratamentos Médias (cm)

Rega com Recurso a Garrafas (T3) 7.23A

Rega Manual duas vezes ao dia (T2) 5.63 B

Rega Manual uma vez ao dia (T1) 4.57 C

CV = 6.23(%)
* As médias com as letras diferentes diferem entre si pelo teste de Tukey a nível de 5% de significância

A diferença significativa entre os tratamentos, provavelmente esteja associado a eficiência do uso


da água e as diferentes temperaturas observadas no durante o ensaio. A maior disponibilidade de

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água verificou-se no T3 proporcionando melhor comprimento de frutos quando comparados com


os T2 e T1.
Os T2 e T1 apresentaram inferioridade de média de comprimento de frutos, provavelmente esteja
associado pela baixa eficiência no uso da água pelas plantas devido a forma de irrigação, pois,
segundo SILVA et al. (2009) a ocorrência de déficit hídrico, no estádio de frutificação, mesmo
que moderado, reduz o comprimento de frutos, comprometendo a produtividade, por outro lado,
RODRÍGUEZ et al. (2014) salientam que a frequência de irrigação e a quantidade de água aplicada
de formas adequada têm efeitos sobre o comprimento de frutos comprometendo a produtividade .
RIBEIRO et al. (2000) afirmam que o pimento é uma cultura altamente exigente em fertilidade do
solo e a água e que não tolera as temperaturas muito baixas, com consequência se o sistema de
irrigação não suprir essas necessidades, o comprimento do fruto é afectado, prejudicando assim o
peso e o rendimento.

4.2.5 Peso dos frutos (g)


Os resultados da Tabela 5 mostram que houve uma diferença significativa em relação ao peso dos
frutos, onde o Tratamento 3 observou-se peso superior (82.54g) comparando aos demais
tratamentos.

Tabela 5: Comparação de médias para Peso do fruto por planta (PF).

Tratamentos Médias (g)

Rega com Recurso a Garrafas (T3) 82.54A

Rega Manual duas vezes ao dia (T2) 58.74 B

Rega Manual uma vez ao dia (T1) 43.46 C

CV = 5.95 (%)
* As médias com as letras diferentes diferem entre si pelo teste de Tukey a nível de 5% de significância

Provavelmente a superioridade da média obtido no Tratamento 3, esteja associado a eficiência do


uso da água pelas plantas, no período crítico da cultura (fase da floração e frutificação), pelo
sistema instalado de gotejamento a recurso a garrafas PET e pelas condições climáticas óptimas,

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proporcionando maior peso dos frutos. SOUZA et al. (2011) afirmam que o pimento é altamente
sensível a deficiências hídricas, resultando em crescimento reduzido e também ocorrendo
diminuição considerável do peso dos frutos.
A inferioridade da média obtida pode estar associada a baixa eficiência de uso água no período de
floração e frutificação e o tipo de sistema usado nos tratamentos 2 e 1, pois conforme SILVA et
al. (2000) as plantas apresentam períodos em que a falta de água ocasiona quedas pronunciadas na
produtividade e no peso do produto colhido.
ALMEIDA et al. (2015) & COSTA et al. (2007) afirmaram que, o peso do fruto pode variar de 80
a 300g dependendo da variedade, sistema de produção e sistema de irrigação durante todo o ciclo
da cultura do pimento, pois a água economizada da irrigação compensa o peso do fruto durante a
floração e a maturação.
Segundo Ribeiro et al. (2000) a associação de eficiência de água na cultura do pimento resulta em
maiores incrementos no peso de fruto da cultura, devido a disponibilidade do recurso hídrico
adequado em todas fases. PEREIRA (2006) declara que as culturas que recebem maior eficiência
de uso de água geralmente apresentam plantas com nutrição mais equilibrada, com
desenvolvimento melhor e maior peso e rendimento.
Resultados de maior peso do fruto de pimento foram observado por ABDELRAOUF et al. (2012)
& ALMEIDA et al. (2015), quando estudava a eficiência do uso da água devido ao gotejamento,
concluíram que possível causa desse resultado pode estar relacionada com o maior parcelamento
da lâmina a ser aplicada; modificando a distribuição de água no solo.
Para SEZEN et al. (2006) o pimento é altamente sensível a deficiências hídricas, resultando em
crescimento reduzido e desuniformidade dos frutos, também ocorrendo diminuição considerável
do peso dos fruto e FRIZZONE et al. (2001) estudando o peso unitário do fruto de pimento,
submetido a diferentes tensões de água, observaram que a maior frequência de irrigação contribuiu
para o aumento do peso médio de frutos na cultura do pimento.

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4.2.6 Rendimento total da cultura (Rend)


Os dados obtidos na Tabela 6 revelam que houve diferença estatisticamente significativa no
rendimento, tendo-se observado rendimento superior de 2327.8 Kg/ha no tratamento 3 em relação
ao tratamento 2 e tratamento 1

Tabela 6: Comparação de médias para Rendimento total da cultura (Kg/ha).

Tratamentos Médias (Kg/ha)

Rega com Recurso a Garrafas (T3) 2327.8A

Rega Manual duas vezes ao dia (T2) 1825.9 B

Rega Manual uma vez ao dia (T1) 1185.2 C

CV= 4.86 (%)


* As médias com as letras diferentes diferem entre si pelo teste de Tukey a nível de 5% de significância

O rendimento superior obtido pelo Rega com Recurso ao uso das Garrafas PET, provavelmente
esteja associado ao uso eficiente da água, pois para que a irrigação seja eficiente é essencial que
haja uma uniformidade de aplicação de água e o tipo de sistema de irrigação utilizado, pois
uniformidade de aplicação tem um efeito chave no rendimento de cultura (BARRETO FILHO et
al., 2000; SILVA, 2005; FAVETTA & BOTREL 2001). O T3 recebeu menor quantidade de água
de 0.75l/d por planta, mais de forma uniforme e manteve a disponibilidade de água no solo.
A inferioridade do rendimento obtido na rega manual uma vez e duas vezes ao dia, provavelmente
esteja relacionado com maiores perdas de água, por escoamento, percolação, que influencia no
desenvolvimento da cultura, favorecendo baixo rendimento (SILVA et al., 2012).
Segundo SILVA et al. (2005) afirmam que para se obter rendimentos elevados, com a cultura do
pimento, necessita-se manter o solo relativamente húmido durante todo o período de crescimento.
A redução do suprimento de água durante o período de crescimento tem em geral, efeito adverso
sobre o rendimento, sendo que a redução máxima ocorre quando existe escassez contínua de água
até o momento da primeira colheita. OLIVEIRA et al. (2014) ao trabalharem com fertilizante
líquido obteve maior produtividade de pimento em 240kg/ha e em média de 2370.7Kg/ha entre os

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tratamentos estudados, em sistema irrigado por gotejamento. Os resultados obtidos pelos autores
estão próximos ao do presente trabalho onde a média maior produtividade foi 2327.8kg/ha.
PEREIRA et al. (2006) afirmam que para obter maior produtividade das hortícolas, depende das
condições climáticas favoráveis, a eficiência do uso da água e ao sistema de irrigação, pois quando
os sistemas apresentam baixa uniformidade de aplicação de água propiciam quedas na produção.
A produtividade relativamente baixa obtida no tratamento 1 está ligado a baixa disponibilidade de
água no solo em virtude da forma de irrigação usada.

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V. CONCLUSÃO
Em função das condições edafo-climática da área do experimento e face a metodologia utilizada,
foram possíveis observar as seguintes conclusões:

 A quantidade de água fornecida pelo tratamento de rega com recurso ao uso das garrafas
PET foi de 0.75l/d em cada planta, que mostrou maior eficiência e aproveitamento de água
suprindo as necessidades hídrica no momento mais preciso e a quantidades fornecidas
pelos os tratamentos de rega manual foi de 40l/dia;
 Das três formas de irrigação utilizada, a rega com recurso ao uso das garrafas PET mostrou
comportamento superior nos parâmetros altura da planta (36.00cm), número de frutos
(8.00), diâmetro do fruto (5.80cm), comprimento de frutos (7.23cm) e peso médio do fruto
(82.54g);
 Obteve-se rendimento superior no tratamento de rega com recurso ao uso das garrafas PET
com (2327.8 kg/ha), resultados justificados pelo facto deste tratamento apresentarem-se
superiores nas principais componentes que determinam o rendimento da cultura do
pimento.

Autor: Ernesto Sebastião Masteque (ernestomasteque@gmail.com) Página 34


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IRRIGAÇÃO NO DISTRITO DE MOCUBA.

VI. RECOMENDAÇÕES
Aos Pesquisadores:
Que façam mais estudos sobre desempenho produtivo do pimento (Capsicum annuum L.), sob
diferentes formas de irrigação no Distrito de Mocuba com garrafas PET de maior capacidade de
modo a respeitar as necessidade da cultura;
Que repitam mais vezes este estudo para se averiguar a veracidade destes resultados com outras
hortícolas com pequenos produtores e grandes produtores de distritos diferentes.

Aos Agricultores:

Que optem pelo uso de sistema de irrigação PET por este ser de baixo custo, ambientalmente
saúvel pois reduz a poluição além gerar emprego nas cooperativas de catadores de lixo reciclável.

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DESEMPENHO PRODUTIVO DO PIMENTO (Capsicum annuum L.), SOB DIFERENTES FORMAS DE
IRRIGAÇÃO NO DISTRITO DE MOCUBA.

VII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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Autor: Ernesto Sebastião Masteque (ernestomasteque@gmail.com) Página 41


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VIII. APÊNDICES
Apêndice 1: Layout do ensaio

BLOCO1 BLOCO II BLOCO III


T3 (Rega com
T1 T2
2.5m garrafas PET)
Rega 1x ao dia Rega 2x ao dia

2m

T2 T3 (Rega com T1
Rega 2x ao dia 1m garrafas PET) Rega 1x ao dia 8.5m

0.5 m

T3 (Rega com T1 T2
garrafas PET) Rega 1x ao dia Rega 2x ao dia

Apêndice 2: Condução do ensaio


8m

Figura 3: cultura de Pimento no Alfobre (A). Fonte: Autor (2021)

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B C

Figura 4: Preparação e demarcação do campo (B), realização de transplante (C). Fonte: Autor (2021)

Figura 5: Montagem de tutores para alocar as Garrafas PET (D). Fonte: Autor (2021)

Figura 6: Montagem de Garrafas para sistema gota-a-gota (E). Fonte: Autor (2021)

Figura 7: Colheita (F). Fonte: Autor (2021)

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Apêndice 3: Resumo de dados colhidos

Rend. QA
Tratamentos Blocos AP (cm) NF DF (cm) CF (cm) PF (g) (kg/ha) (l/dia)
Rega Manual uma
vez ao dia 1 26.78 5 3.9 4.5 43.40 1205.6 1.6
Rega Manual uma
vez ao dia 2 23.78 4 3.2 4.3 49.5 1100 1.6
Rega Manual uma
vez ao dia 3 28.56 6 4 4.9 37.50 1250 1.6
Rega Manual duas
vezes ao dia 1 26.89 7 5.2 6.2 52.43 2038.9 1.6
Rega Manual duas
vezes ao dia 2 28.44 5 4.5 5.2 58.8 1633.3 1.6
Rega Manual duas
vezes ao dia 3 28.33 5 4.8 5.5 65 1805.6 1.6
Rega com Garrafas
PET 1 33.11 8 5.4 7.6 76.3 2466.7 0.75
Rega com Garrafas
PET 2 35.67 7 6.2 7.2 83.67 2211.1 0.75
Rega com Garrafas
PET 3 39.22 9 5.8 6.9 87.67 2305.6 0.75

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Apêndice 4:Teste de Normalidade dos resíduos (Shapiro-Wilk) a 5% de probabilidade


Shapiro-Wilk Normality Test

Variable N W P
AP 9 0.9074 0.2981
NF 9 0.9263 0.4470
DF 9 0.9810 0.9693
CF 9 0.9307 0.4881
PF 9 0.9473 0.6605
Rend 9 0.9221 0.4100
Cumpre-se os pressupostos de normalidade de resíduos, visto que *P> 0,05

Apêndice 5: Teste de Homogeneidade de Levene


variável AP
Homogeneity of Variances F P
Levene's Test 1.05 0.4810
variável NF
Homogeneity of Variances F P
Levene's Test 1.81 0.2894

variável DF
Homogeneity of Variances F P
Levene's Test 1.25 0.4183

variável CF
Homogeneity of Variances F P
Levene's Test 7.91 0.0350

variável PF
Homogeneity of Variances F P
Levene's Test 11.49 0.0182

variável Rendimento
Homogeneity of Variances F P
Levene's Test 11.49 0.0182

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Apêndice 6: Análise da variância para o parâmetro altura da planta.

Randomized Complete Block AOV Table for AP

Source DF SS MS F P
BLOCOS 2 17.317 8.6583
TRATAMENT 2 160.789 80.3945 21.90 0.0070
Error 4 14.681 3.6703
Total 8 192.787
Grand Mean 30.087
CV 6.37

Apêndice 7: Análise da variância para o parâmetro números de frutos por planta .

Randomized Complete Block AOV Table for NF


Source DF SS MS F P
BLOCOS 2 3.5556 1.77778
TRATAMENT 2 14.8889 7.44444 9.57 0.0299
Error 4 3.1111 0.77778
Total 8 21.5556
Grand Mean 6.2222
CV 14.17

Apêndice 8: Análise da variância para o parâmetro Diâmetro do fruto .

Randomized Complete Block AOV Table for DF


Source DF SS MS F P
Source DF SS MS F P
BLOCOS 2 0.09556 0.04778
TRATAMENT 2 6.62889 3.31444 15.58 0.0129
Error 4 0.85111 0.21278
Total 8 7.57556
Grand Mean 4.7778
CV 9.65

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IRRIGAÇÃO NO DISTRITO DE MOCUBA.

Apêndice 9: Análise da variância para o parâmetro Comprimento do fruto.

Randomized Complete Block AOV Table for CF


Source DF SS MS F P
BLOCOS 2 0.4356 0.21778
TRATAMENT 2 10.8089 5.40444 41.22 0.0021
Error 4 0.5244 0.13111
Total 8 11.7689
Grand Mean 5.8111
CV 6.23

Apêndice 10: Análise da variância para o parâmetro Peso do fruto.

Randomized Complete Block AOV Table for PF


Source DF SS MS F P
BLOCOS 2 80.26 40.13
TRATAMENT 2 2327.22 1163.61 33.90 0.0031
Error 4 137.29 34.32
Total 8 2544.77
Grand Mean 61.586
CV 9.51

Apêndice 11: Análise da variância para o parâmetro Rendimento da cultura.

Randomized Complete Block AOV Table for Rend


Source DF SS MS F P
BLOCOS 2 98245 49122
TRATAMENT 2 1967944 983972 131.59 0.0002
Error 4 29910 7478
Total 8 2096099
GrandMean 1779.6
CV 4.86

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IRRIGAÇÃO NO DISTRITO DE MOCUBA.

Apêndice 12: Comparação de médias de altura da planta.

Tukey HSD All-Pairwise Comparisons Test of AP for TRATAMENT


TRATAMENT Mean Homogeneous Groups
Rega com Recurso a G 36.000 A
Rega Manual duas vez 27.887 B
Rega Manual uma vez 26.373 B

Alpha 0.05 Standard Error for Comparison 1.5642


Critical Q Value 5.043 Critical Value for Comparison 5.5776
There are 2 groups (A and B) in which the means
are not significantly different from one another.

Apêndice 13: Comparação de médias de números de frutos por planta.

Tukey HSD All-Pairwise Comparisons Test of NF for TRATAMENT


TRATAMENT Mean Homogeneous Groups
TRATAMENT Mean Homogeneous Groups
Rega com Recurso a G 8.0000 A
Rega Manual duas vez 5.6667 B
Rega Manual uma vez 5.0000 B

Alpha 0.05 Standard Error for Comparison 0.7201


Critical Q Value 5.043 Critical Value for Comparison 2.5676
There are 2 groups (A and B) in which the means
are not significantly different from one another.

Apêndice 14: Comparação de médias de Diâmetro do fruto .

Tukey HSD All-Pairwise Comparisons Test of DF for TRATAMENT


TRATAMENT Mean Homogeneous Groups
Rega com Recurso a G 5.8000 A
Rega Manual duas vez 4.8333 AB
Rega Manual uma vez 3.7000 B

Alpha 0.05 Standard Error for Comparison 0.3766


Critical Q Value 5.043 Critical Value for Comparison 1.3430

Autor: Ernesto Sebastião Masteque (ernestomasteque@gmail.com) Página 48


DESEMPENHO PRODUTIVO DO PIMENTO (Capsicum annuum L.), SOB DIFERENTES FORMAS DE
IRRIGAÇÃO NO DISTRITO DE MOCUBA.

There are 2 groups (A and B) in which the means


are not significantly different from one another.

Apêndice 15: Comparação de médias de Comprimento do fruto.

Tukey HSD All-Pairwise Comparisons Test of CF for TRATAMENT


TRATAMENT Mean Homogeneous Groups
Rega com Recurso a G 7.2333 A
Rega Manual duas vez 5.6333 B
Rega Manual uma vez 4.5667 C
Alpha 0.05 Standard Error for Comparison 0.2956
Critical Q Value 5.043 Critical Value for Comparison 1.0542
All 3 means are significantly different from one another.

Apêndice 16: Comparação de médias de Peso do fruto.

Tukey HSD All-Pairwise Comparisons Test of PF for TRATAMENT


TRATAMENT Mean Homogeneous Groups
Rega com Recurso a G 82.547 A
Rega Manual duas vez 58.743 B
Rega Manual uma vez 43.467 C

Alpha 0.05 Standard Error for Comparison 4.7835


Critical Q Value 5.043 Critical Value for Comparison 17.056
All 3 means are significantly different from one another.

Apêndice 17: Comparação de médias de Rendimento da cultura.

Tukey HSD All-Pairwise Comparisons Test of Rend for TRATAMENT


TRATAMENT Mean Homogeneous Groups
Rega com Recurso a G 2327.8 A
Rega Manual duas vez 1825.9 B
Rega Manual uma vez 1185.2 C
Alpha 0.05 Standard Error for Comparison 70.605
Critical Q Value 5.043 Critical Value for Comparison 251.75
All 3 means are significantly different from one another.

Autor: Ernesto Sebastião Masteque (ernestomasteque@gmail.com) Página 49

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