Carta de Paulo Aos Romanos
Carta de Paulo Aos Romanos
Carta de Paulo Aos Romanos
CARTA DE PAULO
AOS ROMANOS
Introdução:
Paulo estando hospedado na casa da irmã Febe (16:1) da igreja de Cencréia, uma das
cidades portuárias de Corinto, escreve esta carta aos irmãos da cidade de Roma por
volta do ano 56 D.C. Ele ainda não havia visitado a igreja de Roma e nem foi fundador
dela. Provavelmente, os que no dia de Pentecostes se converteram, levaram o evangelho
até lá (Atos 2:5) (Atos2:10). A igreja de Roma é formada de judeus, prosélitos e gentios,
para os quais o apóstolo Paulo escreve diversas exortações a fim de aperfeiçoa-los no
evangelho de Cristo, apresentando a graça de Deus pela fé.
Capítulo 01
1. Apresentação da Carta
O chamado de Deus
Ao apostolado (Vs.1;5): Paulo inicia a carta dizendo que foi chamado para o apostolado
e separado para o evangelho (Atos 9:15). Quem chama é Deus conforme seu propósito
usando os seus profetas. No caso de Paulo Deus usou o discípulo Ananias dando-lhe
uma visão a respeito do chamamento dele. Este foi chamado para pregar entre os
gentios em obediência da fé (Atos 13:47).
A profecia do Messias
Pelas escrituras (Vs.2-4): Anunciado pelos profetas sobre da vinda de Cristo Jesus que
nasceu da descendência de Davi na carne e declarado filho de Deus pela sua
santificação e ressurreição (Isaías 7:14), (Jeremias 23:5),(Ezequiel 37:24).
2. Endereço da carta
Roma (Vs.6-7): A todos os santos que estão em Roma, chamados para serem de Jesus
Cristo.
3. Objetivo da carta
Fortalecimento da igreja (Vs.8-15): Paulo grato a Deus pela igreja que está em Roma,
deseja muito estar com os romanos para participar da fé mútua, pois a fé deles ficou
conhecida em todo mundo. Sempre orando pelos irmãos de Roma para que Deus lhe dê
oportunidade de ir até lá com objetivo de compartilhar as experiências e
aperfeiçoamento dos romanos para darem bons frutos. Paulo se declara devedor a todos,
pois sente o peso da obrigação de anunciar o evangelho. (1Cor. 9:16)
4. O Evangelho de Cristo
Não envergonha (Vs.16): O evangelho de Cristo nunca envergonhou a Paulo, pois
Deus o usou com poder e sinais para todo aquele que crê. O verbo crêr, πιστεύοντι
(pisteuonte) está no presente particípio ativo na 3ª pessoa do singular, ou seja, o verbo
se torna o sujeito que recebe a ação. A melhor tradução seria a palavra “crente” que
recebe a ação da “salvação”. Como o verbo está no presente continuo, todos, sem
exceção, que permanecerem crentes até o fim receberão a salvação.
Pela fé (Vs.17): A justiça de Deus, que é Jesus, revelada pelo evangelho “de fé em fé.
Mas o justo viverá da fé”. No grego essa expressão é: εἰς πίστιν, καθὼς γέγραπται, Ὁ
δὲ δίκαιος ἐκ πίστεως ζήσεται, que literalmente quer dizer: “de dentro da fé para
dentro da fé como está escrito: de dentro da fé o justo viverá”. Traz um sentido de ir
mais fundo a cada momento para dentro da fé dando idéia de um túnel ou canal que nos
conduz. Então podemos afirmar que só pela fé temos salvação em Cristo Jesus.
Da lascívia descontrolada
O homossexualismo (Vs.24-32): Esses homens conhecendo a Deus e não se
importando com os pecados que eles cometeram, foram entregues a paixões mundanas
por causa disso, pois davam mais valor a essas concunpiciências carnais do que
obedecer a vontade do Soberano. Pecaram sem remorso algum se inflamando no
homossexualisno, homens com homens e mulheres com mulheres. Atenção ao verso 24
onde fala que Deus os entregou aos desejos carnais, isso não quer dizer que foram
forçados a pecarem por ser essa a vontade soberana de Deus decretada desde a
Eternidade passada. Absolutamente, o real motivo não é esse, mas é o que está no
próprio contexto do verso 28 ao 32. Está escrito no verso 32:
“os quais, conhecendo a justiça de Deus ( que são dignos de morte os que tais
coisas praticam ), não somente as fazem, mas também consentem aos que as
fazem.”
Capítulo 02
1. O julgamento de Deus
“o qual recompensará cada um segundo as suas obras,”( Rm 2:6)
Desobediência à lei de Moisés (Vs:12-13): Quem pecar sem lei perece não tendo lei, e
os que pecarem na lei por ela serão julgados.Os que pecaramm sem lei foram os gentios
que não a receberam como Israel recebeu pelas mãos de Moisés. Os que serão julgados
pela lei são todos os judeus ligados ao judaísmo, bem como aqueles que morreram antes
da vinda de Cristo. Portanto os que serão justificados são aqueles que não apenas
ouvem a lei, mas praticam no coração.
Capítulo 03
1. A justiça de Deus é a verdade
A respeito dos judeus
Sobre a incredulidade dos judeus (Vs.1-6): Deus revela-se primeiro aos judeus,
chamados os da circuncisão, revelando sua palavra a eles para que fossem fiéis, mas
porque alguns foram incrédulos, isso não anula a fidelidade de Deus. Paulo cita um
salmo para reafirmar a justiça de Deus:
Sobre a mentira dos judeus (Vs.7-8): Paulo se defende, pois alguns judeus incrédulos e
contenciosos blasfemavam dele e afirmavam que ele estava pregando mentira. Mas
como seria mentira a pregação dele se a cada dia Deus estava sendo mais glorificado
ainda? Cada vez mais aumentavam o número de salvos? A esses que proferem mentira
a condenação é justa.
Todos são pecadores (Vs.9): Não existem vantagens dos gentios em relação aos judeus,
mesmo que estes últimos fora incrédulos e rejeitaram o filho de Deus, todos foram
encerrados debaixo do pecado.
Alerta aos judeus incrédulos (Vs.10-20): Mas existe aqui uma referência mais
específica para os judeus, por causa das perguntas iniciais que foram feitas no verso 01
do capítulo 03: “Qual é, logo, a vantagem do judeu? Ou qual a utilidade da
circuncisão?” Também nos versos Paulo cita alguns salmos para exortar aos judeus que
conhecem a lei que se converteram em Roma para não se desviarem da verdade:
Citação 01 (Salmo 14-1| Salmo 53:1-6)
Davi também fala que não há quem busque a Deus. Atenção aqui também!
Quando fala que não há quem busque a Deus, está falando de antes da Vinda de
Cristo, por isso que a citação é nas Escrituras do Velho Testamento, portanto
não está falando do tempo da graça em que vivemos, senão estaríamos ainda
separados de Deus. O próprio Senhor Jesus disse: “Mas buscai primeiro o
Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.”
Como podemos buscar a Deus se não há quem busque? Cuidado com as más
interpretações.
Davi continua falando que também não há quem faça o bem, nenhum só, e se
levarmos ao pé da letra, mesmo estando nós no tempo da graça, todos iríamos
para o lago de fogo. Essa referência é também a respeito do tempo da lei, mas
no tempo dessa graça maravilhosa a própria palavra de Deus diz em Romanos
2:7: “a saber: a vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem,
procuram glória, e honra, e incorrupção;” Há dezenas de textos colocando
essa responsabilidade sobre nós em fazer o bem, inclusive o maior mandamento
de amar o próximo como a nós mesmos.
Nessa citação de Paulo aos (Vs.13), Davi fala que Deus não tem prazer na
iniquidade e destruirá aqueles que proferem mentiras com sua boca para
desviarem os homens do caminho do Senhor (Salmo 5). Davi fala também dos
homens maus que propuseram desviá-lo do caminho com palavras cheias de
peçonhas, mas aos justos, Deus os sustentará e dará salvação (Salmo 140). Os
dois salmos foram escritos para o mestre de canto, portanto relacionados ao
povo de Israel especificamente.
Nessa citação de Paulo aos Romanos (Vs.18), Davi fala dos prevaricadores que
não tem temor de Deus promovendo o engano e malícia com os lábios e
maquinam o mal. Esse Salmo também foi escrito ao mestre de canto para
celebração dos judeus.
Justificação pela Fé
A justiça de Deus é Cristo (Vs.21-31): As obras da lei não justificam ninguém, no
entanto, a justiça de Deus que é Cristo Jesus, estava profetizado na lei e pelos profetas
(Jo 5:39) (Lc 24:44). Pela lei vem o conhecimento do pecado (Rm 7:7) e a condenação
de todos que a infringe (Hb 10:28), mas justificados serão todos os que pela fé creem
em Cristo Jesus, pois todos pecaram, mas pelo sangue de Cristo, a graça de Deus trouxe
salvação. A justificação é pela fé no sangue de Cristo, então se a justificação é pela fé,
anula-se a lei? Não, pois não há diferença entre judeus e gentios, mas a lei agora está
estabelecida nos corações. O fim da lei é Cristo (Rm 10:4).
Capítulo 04
Justificação pela fé (continuação)
A justificação de Abraão (Vs.1-5): Abraão que é o exemplo da fé, chamado de pai da
fé, não foi justificado pelas obras da lei, pois a lei não justifica ninguém, mas pela fé
alcançou a graça de Deus. No verso 5 diz que Abraão creu e depois foi lhe imputada a
fé como justiça. No grego existe uma diferença entre a palavra crer, πιστευω (pisteuo) e
a palavra fé, πιστις (pistis), e é muito interessante aprender isso, pois acontecem
centenas de vezes no novo testamento.
A palavra crer (pisteuo) no grego significa: estar persuadido de, acreditar, depositar
confiança em. Um dos significados é depositar a confiança em Deus, mesmo não tendo
certeza do que acontecerá no dia de amanhã. O outro significado que é ser persuadido
está explicado quando Paulo chegou a Roma e disse: “os quais declarava com bom
testemunho o Reino de Deus e procurava persuadi-los a respeito de Jesus” (At. 28:23).
O evangelho pregado tende a persuadir o homem a crer (pisteuo) em Jesus, ou melhor
dizendo, está ligado a fé salvadora e não ao Dom da fé que vem de Deus. Esse crer aqui
é do homem pra Deus, pois tem que ser depositado em Deus.
Davi Profetizou a justificação pela fé (Vs.6-8): Paulo cita o salmo 32:1-2 de Davi que
diz ser feliz o homem a quem Deus não imputa o pecado e suas maldades são perdoadas
e os pecados encobertos, independentemente das obras. Essa é uma profecia que
apontava para a salvação dos gentios, aos quais não fora proclamada a lei.
Capítulo 05
1. A Graça de Deus
A fé é a entrada à Graça de Deus
Superabundou sobre o pecado (Vs.17-21): Por uma ofensa trouxe juízo sobre todos os
homens e a lei denunciou o pecado desses para condenação, mas por um só ato de
justiça superabundou a graça sobre todos os homens. Vamos analisar o verso 18:
“Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para
condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os
homens para justificação de vida.”
Capítulo 06
1. A Graça de Deus (continuação)
A Graça de Deus reinou sobre o pecado
Morto para o pecado (Vs.1-11): Se a abundante graça reinou continuaremos no
pecado? Foi a pergunta de Paulo. E a resposta é claro que não! Nosso velho homem foi
crucificado e sepultado com Cristo pelo batismo, por isso morremos também para o
pecado e ressuscitarmos junto com ele em novidade de vida. Aquele que morreu para o
pecado não permanece nele, mas vive agora para Cristo (Gl.2:20).
Capítulo 07
A lei do pecado
A luta da carne e o espírito (Vs.7-25): Paulo faz uma pergunta se a lei é pecado. Claro
que não! A lei despertou o pecado em nossos membros e tornou o pecado ainda mais
maligno. A lei é santa e o mandamento justo, pois são os nossos desejos carnais que nos
fazem pecar. É uma luta interior dentro do homem, pois o espírito que tem prazer na lei
de Deus quer fazer o bem, mas a carne faz o mal por causa da lei do pecado que habita
em nossos membros (Gl.5:17). Por isso Paulo fala que fomos vendidos ao pecado
(Is.52:3)e chama o nosso corpo de “corpo da morte”.
Capítulo 08
A lei do pecado leva a morte, mas a lei do Espírito para a vida e paz. A carne é
inimizade contra Deus porque nenhum homem conseguiu estar em completa submissão
a lei, portanto a própria lei, que está enferma, trouxe inimizade contra Deus (Ef.2:15).
Um recado de Deus aos que andam na carne é que se tornam inimigos de Deus, pois se
inclinam aos desejos mundanos e pecaminosos trazendo a morte sobre si. Paulo exorta:
“Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita
em vós.”. Somente quem anda pelo Espírito Santo pertence a Ele (Jo.3:6). O Senhor
Jesus pagou um preço com sua morte e condenou o pecado para que não andássemos
mais conforme nossos desejos carnais, mas conforme sua vontade em Espírito.
O evangelho não escraviza o homem, apesar dos icrédulos dizerem que ser servo de
Deus é está preso a um sistema que não deixa fazer nada ( realmente existem alguns
sistemas assim, mas não é ensinado na Bíblia), mas pelo contrário, Deus não nos deu
Espírito de escravidão, mas sim de adoção de filhos. E esse mesmo Espírito testifica
com o nosso espírito que somos filhos herdeiros de Deus, e co-herdeiros com Cristo.
A esperança da Salvação
O gemido da alma (Vs.18 -27): Independente das tribulações que sofremos aqui na
terra, não se pode comparar com a glória que se revelará. Existe uma expectativa de
toda a criatura na sua alma, isto é, uma sede do Deus vivo (Sl. 42:2). Por esse motivo
esperam a manifestação dos filhos de Deus, que são os arautos para pregar o evangelho,
na esperança de que estes também sejam libertos da servidão do pecado. A salvação
vem da fé no evangelho de Cristo (Rm.10:17), por isso a suma importância de pregar o
evangelho a toda criatura. A figura das dores de parto (Vs.22) aponta para diversas
profecias, desde os sinais na natureza, que também geme, até o preparo para a Grande
Tribulação (1Ts.5:3) (Ap.12:2). Nós que também gememos por causa da injustiça e da
podridão do pecado que está aumentando a cada dia, esperamos com paciência essa
Glória, isto é, a redenção do nosso corpo na vinda gloriosa de Cristo e até chegar esse
dia, o Espírito Santo nos ajuda nas fraquesas e intercede pelos santos de Deus.
“E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a
obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação”,
(1Pe 1:17)
Aos que Deus predestinou, a esses também fez o chamado para uma vocação na sua
obra (At.13:2). O chamado está totalmente ligado às obras de cada um em favor do
Reino de Deus, sendo que alguns foram chamados para ser apóstolos, que foi o caso de
Paulo (Rm.1:1), outros são chamados para o louvor, outros para o ensino e outros para o
que Deus os vocacionou. Para entender a questão que nem todos são chamados para o
evangelho, vamos mergulhar no texto de 1 Coríntios 1:23 e 24 que diz diz:
Que texto bem explicativo. O evangelho será sim pregado a toda criatura (Mt.24:14),
mas nem todos o receberão por causa da dureza e incredulidade do coração, mas
aqueles que o receber serão chamados para levar o reino de Deus conforme a vocação
de cada um, no entanto, cabe a cada um perseverar até o fim (1 Tm.6:12).
Aqueles que aceitarem o chamado, pela fé serão justificados no sangue de Cristo. Sem a
fé é impossível realizar a Obra de Deus. Mas porque? A justificação traz paz com Deus
(Rm.5:1), pois os pecados são perdoados. Sem fé não é possível suportar as tribulações
e nem realizar sinais feitos pelo Espírito Santo de Deus através do crente, e isto é
marcante na obra de Deus (Mt.21:21) porque a palavra diz que o justo viverá pela fé
(Gl.3:11).
E por último depois de ter passado por todo esse processo: Pela presciência de Deus,
depois pela predestinação, depois pelo chamado, depois justificado, agora será
glórificado e estará pronto para que Deus use como vaso de honra. A palavra
glórificado aqui no sentido que Deus é glorificado na vida de seus servos (Rm.9:23).
No grego, ἐδόξασεν.(doxazo), significa também: “vestido de esplendor”. A glória de
Deus reflete através dos seus servos fiéis.
Capítulo 09
1. O povo de Israel
A incredulidade de Israel
A eleição de Israel (Vs.1-5): O assunto principal desse capítulo é sobre Israel e sua
incredulidade, mas também sobre sua eleição. Paulo fala de Israel, com muita tristeza,
por causa da dureza do coração do seu povo, ele mesmo desejaria ser considerado como
maldito e ser separado de Cristo para que eles fossem salvos. Paulo sabia que o povo de
Israel era particular e escolhido do Senhor (Dt.7:6), ao qual pertence a Lei, o culto, as
promessas, a adoção de filhos, isto é, a redenção do corpo (Rm.8:23) e a descendência
de Cristo, segundo a carne.
Os verdadeiros filhos de Deus
A Palavra de Deus não falha (Vs.6): Paulo com grande tristeza por causa da
incredulidade do seu povo, defende que a Palavra de Deus não falhou em seu
cumprimento em relação a Israel. Existe um aspecto histórico, quando é dito que nem
todos os de Israel são Israelitas, pois no período onde a Assíria invadiu o reino de norte
de Israel por volta de 722 A.C. , levou para cativeiro o povo do norte e muitos povos
gentios do norte assentaram-se em Israel e possivelmente se misturaram com esses
povos, tanto os que foram para o exílio, também como os poucos que ficaram na terra.
Por isso o pré-conceito do povo judeu com os israelitas do norte, pois dizem que as
gerações posteriores foram de mistura com os povos gentios.
Os filhos da promessa (Vs.7-10): Existem dois aspectos que precisam ser estudados
nesse texto a respeito da promessa de Deus:
“Porque a palavra da promessa é esta: Por este tempo virei, e Sara terá um
filho.E não somente esta, mas também Rebeca, quando concebeu de um, de
Isaque, nosso pai;” (Rm 9:9-10)
A Eleição dos filhos de Deus (Vs.11-13): Deus não elegeu a Jacó por causa das obras,
ou por mérito dele, mas por causa da mesma fé de Abraão que agradou a Deus quando
valorizou mais a promessa do que Esaú, que vendeu sua benção por um prato de
lentilha. E Deus conhecendo de antemão o coração, elegeu a Jacó. Quando no texto fala
que antes que eles nascessem e fizessem bem ou mal, Deus já havia escolhido a Jacó,
apenas quer dizer que pela presciência de Deus, antes da criação do mundo, antes deles
terem nascidos, o Eterno Criador já conhecia o coração dos dois irmãos. O texto diz que
é para cumprir o propósito de Deus pelo seu chamado: “...mas por aquele que chama.”
Vamos lembrar novamente que o chamado não garante a salvação de ninguém
(Mt.22:14), mas permanecer nele até o fim agrada ao Pai Eterno que é galardoador.
Qual foi então o chamado de Jacó?
A justiça de Deus
Deus não é injusto (Vs.14): Deus nunca foi e nem será injusto, muito menos por ter
aborrecido a Esaú e amado a Jacó (Dt.32:4), pois Esaú era fornicador e profano, sem
arrependimento, depois que rejeitou a benção vendendo-a por um repasto (Hb.12:16-
17). Por acaso Deus foi injusto com Esaú? De outro lado Jacó amava a benção e a
alcançou pela fé.
Deus se compadece dos justos (Vs.15-16): Cabe lembrar que nesse tempo de Paulo o
novo testamento não havia sido totalmente escrito, então foi usado as Escrituras do
velho testamento para se pregar aos romanos e alertar principalmente os judeus que se
converteram do judaísmo, para não voltarem a velhice da lei. Esse texto então citado
por Paulo foi uma palavra de alerta aos irmãos.
O texto citado é Êxodo 33:19, onde o povo de Israel havia cometido um enorme pecado
de idolatria, o qual era digno de morte, pois fabricaram um bezerro de ouro e adoraram-
no enquanto Moisés estava no monte (Ex.32:1-4). Deus já havia consumido milhares de
israelitas na sua ira por causa desse pecado (Ex.32:35), mas Moisés ora a Deus pedindo
perdão pelo povo e pede para ver a glória Dele (Ex.33:18). Então Deus disse que ia
decidir o que ia fazer ao povo (Ex.33:5). Se Deus tivesse eliminado todo o povo seria
justo, pois tinham acabado de pecar pra morte, violando o maior mandamento da lei,
mas Deus não o fez, visto sua grande misericórdia e bondade conforme está escrito no
próprio texto citado por Paulo (Ex.33:19): “...Eu farei passar toda a minha bondade
por diante de ti e apregoarei o nome do SENHOR diante de ti...” e na própria
continuação do texto é que Deus ia decidir o que fazer com o povo: “e terei
misericórdia de quem eu tiver misericórdia e me compadecerei de quem me
compadecer”.
Por acaso Deus não se compadece de quem é justo? Deus sem misericórdia condenaria
o justo simplesmente porque na sua soberania o quis fazer assim? Escolher este ou
aquele sem critério nenhum? Poderia um servo temente a Deus que durante toda sua
vida pregou a Palavra de Deus e muitos se converteram através de sua pregação, sendo
este fiel em todos os dias da sua vida e após a sua morte quando Jesus vier em glória,
poderia dizer a este: “Você foi fiel a mim por toda a sua vida, mas no meu projeto
soberano você estava na lista dos condenados. Vai-te ao lago de fogo”. Seria esse o
entendimento correto do texto? Cuidado com a corrente teológica do “salvo uma vez,
salvo para sempre”. Observe o que a Palavra de Deus diz:
“Porém ele lhe disse: Mau servo, pela tua boca te julgarei...” (Lc.19:22)
“para que sejam julgados todos os que não creram a verdade; antes, tiveram
prazer na iniqüidade. (2Ts 2:12)”
“Porque o Filho do Homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e,
então, dará a cada um segundo as suas obras”. ( Mt 16:27)
Deus é quem endurece o coração? (Vs.17-18): Paulo agora cita outro texto do velho
testamento referente a Faraó e a sua dureza de coração, pois não deixava o povo do
Senhor ir embora do Egito. Esse episódio acontece em Êxodo do capítulo 03 a 14. Em
Êxodo 4:21, quando o Senhor disse que ia endurecer o coração de Faraó, Deus não
estava forçando-o a fazer isso, pois já o coração de Faraó não temia a Deus e estava
decidido não liberar o povo de Israel.
Antes de Deus falar que ia endurecer o coração de Faraó, já antevendo isso, diz em
Êxodo 3:19: “ Eu sei, porém, que o rei do Egito não vos deixará ir, nem ainda por uma
mão forte”. Mas Deus, O Senhor dos senhores ia mostrar seu poder e destruir a Faraó e
a seu exército. O Senhor endurece a quem ele quer, isso é verdade, mas nunca
endureceu o coração de um homem arrependido (Lc.15:10). O coração do homem é
endurecido por causa da incredulidade e do pecado:
“Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama
Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado.” ( Hb 3:13)
“nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para
que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a
imagem de Deus.” (2Co 4:4)
Quem resiste a vontade de Deus? (Vs.19) – Esse texto relata que não devemos
questionar a Deus pelo que ele fez e pelo que somos, pois ele assim o determinou
segundo sua presciência. Existe uma pergunta também: “Porquanto, quem resiste à sua
vontade?”(Vs.19).Vamos desmistificar essa pergunta que é usada muito por um grupo
de teólogos para afirmar que a vontade de Deus é soberana independentemente da
postura humana. Então qual seria a real vontade de Deus segundo as Escrituras? Vamos
contemplar alguns textos:
“Assim também não é vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes
pequeninos se perca.”( Mt 18:14)
“Porquanto qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha
irmã, e minha mãe.”( Mc 3:35)
Qualquer pessoa, sem restrição, que fizer a vontade de Deus torna-se da família de
Cristo.
“Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: que todo aquele que vê o
Filho e crê nele tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último Dia.”( Jo
6:40)
“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação
do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e
perfeita vontade de Deus.”( Rm 12:2)
Deus quer que o homem deixe para trás a velha vida para experimentar a sua boa,
agradável e perfeita vontade. Os atributos de Deus estão inseridos em sua vontade,
então, seria possível ser a vontade de Deus condenar ao lago de fogo aquele que é fiel e
temente a Deus? E só no final da vida descobrir que independente da postura cristã que
levou todos os seus anos, já estava condenado ao inferno? Cuidado com essas correntes
teológicas.
A plena vontade de Deus é a santificação dos seus servos para agradar a seu Senhor,
pois a santificação nos aproxima do Pai Eterno.
Encerrando essa parte sobre a vontade de Deus podemos concluir pelas Escrituras que
ninguém pode resistir a sua vontade, isso é a absoluta verdade, como escrito no verso
que estamos estudando (Vs.19), é por isso que devemos compreende-la biblicamente
(Ef.5:17), pois todos, sem exceção, que obedecerem a sua vontade serão salvos.
Quem é o homem para questionar a Deus? (Vs.20): Paulo cita agora o texto do profeta
Isaías 45:9 e seu contexto. Israel não estava buscando mais a Deus e inclinado a
idolatria, então o Senhor já prevê o cativeiro do seu povo e a libertação por mãos do rei
Ciro, quando permitiu o povo voltar para reconstruiur o templo. Por isso Deus faz a
pergunta: “quem és tu, que a Deus replicas?”ou “Porque me fizestes assim?” Como
poderia o povo questionar a Deus estando nessa situação de pecado? A desobediência
traz consequências. Escrito aos irmãos em Roma, em especial os judeus convertidos que
conhecem a lei, os profetas e toda a história que aconteceu com o povo de Israel por
causa da desobediência, alertando a perseverar na fé e não voltar a escravidão da lei e
do pecado.
Os vasos de honra e de desonra (Vs.21-24): Esse texto são duas perguntas: O verso 21
é uma e do versículo 22 ao 24 é uma pergunta só, tendo o pano de fundo a Israel e
fazendo uma referência aos gentios também. O assunto é sobre os vasos de honra e os
de desonra. A pergunta: “O oleiro tem poder pra fazer da mesma massa vaso de honra
e vaso de desonra?” Sim, claro! Quando diz da mesma massa, quer dizer de um mesmo
povo, onde podemos ver que foi exatamente o que aconteceu com os israelitas, onde
uns aceitaram o Salvador, os vasos de honra, e outros o desonraram. Em João 7:18,
Jesus repreende os judeus por terem dito que ele tinha demônio e diz: “...antes, honro a
meu Pai, e vós me desonrais”. Esses são os vasos de desonra que o Senhor suportou
com muita paciência. O texto não implica que era o desejo do coração Deus criar vasos
de desonra, mas que estes já tinham o coração cheio de maldade e rapina (Mt.23:25). A
esses reservam a condenação. Da mesma forma aqueles que honraram ao Senhor Jesus
e Paulo faz essa referência aos irmãos de Roma, tanto judeus como gentios, que
aceitaram o chamado de Cristo.
Israel deixa de buscar a Deus (Vs.27-28): Paulo cita agora o texto do profeta Isaías
10:22-23 tocando mais umavez a respeito do povo de israel e de seu pecado, pois
deixaram de buscar ao Senhor. O Senhor usa o profeta Isaías pra clamar por Israel, pois
o cerco da Assíria viria sobre eles e a promessa de destruição da Assíria também, mas
diante de todo esse cenário, o profeta diz que só um restante de Israel se salvaria.
Depois de tantos textos citados por Paulo a respeito do povo de Israel para servir de
alerta aos irmãos de Roma, com isso também tinha o intuito Deus de firmar a fé dos
irmãos para que não se subjulgassem novamente debaixo da lei do pecado e lembrar a
justiça do Pai Eterno sobre todos que cairam na desobediência e na incredulidade.
Israel não alcançou a justiça da fé (Vs.30-33): Os gentios que não tinham o mesmo
conhecimento de Israel, que receberam a lei e a Cristo em carne, mas mesmo não
recebendo a lei e nem buscando ela, os gentios alcançaram a justiça que é pela fé em
Jesus. No verso 33, Paulo faz referência a Isaías 28:16 citando a Israel que buscava a
justiça pelas obras da lei, mas tropeçou nela e não a alcançou, pois não tiveram fé que o
Senhor Jesus era o filho de Deus que veio justifica-los. Querendo Deus dar descanso e
refrigério a seu povo (Is. 28:12) que só se inclinava ao pecado, então Deus deu-lhes lei
sobre lei para que eles ficassem presos e enlaçados por ela (Is.28:13). Mas todo aquele
que nele crer não será confundido pelo Senhor Jesus na sua vinda.
Capítulo 10
A justiça de Deus
A justiça da lei
Israel se embaraçou na lei (Vs.1-5): Paulo mais uma vez expressando o desejo dele em
relação a salvação do povo de Israel, tem orado por eles, pois tinham zelo da lei, mas
não entenderam a justiça de Deus que é pela fé em Jesus Cristo e nem se sujeitaram a
ela, mas a sua própria justiça conforme o entendimento deles. A lei serviu para conduzir
o homem a Cristo por meio das profecias das escrituras que se alcança somente pela fé
para justificação (Gl.3:24). O verso 4 diz:“Porque o fim da lei é Cristo para justiça de
todo aquele que crê”, isto é, a profecia se cumpriu na vinda de Cristo para que todo
aquele que nele crer tenha Vida Eterna. O verso 5 é uma referência a Levítico 18:5 que
diz que o homem que pratica a lei viverá por elas. Mas tendo em vista que a lei mostra o
pecado do homem, viver integralmente por ela é quase impossível, pois todos pecam e a
lei é clara sobre a condenação. Aquele que pecar morrerá (Hb. 10:28).
A justiça da fé
Cristo é o filho de Deus (Vs.6-8): Uma referência a Deuteronômio 30:12-14, onde o
contexto profeticamente fala da morte e ressureição de Cristo. Ele é a lei que justifica
pela Fé e não por sinais visíveis, pois muitos querem ver milagres acontecer, como os
próprios judeus incrédulos pediram um sinal pra Jesus para que eles pudessem crer nele
(Mt.12:39). Mas a salvação pela fé é para aquele que crê que Jesus morreu descendo ao
abismo, mas ressuscitou entre os mortos e subiu ao Céu e para se assentar a direita de
Deus Pai. E essa pregação da fé está hoje disponível a todo que crer no coração e na
boca para anunciar que Cristo está vivo e voltará. Deus dá ao homem a liberdade de
escolher e essa era a intenção de Paulo, alertar seu povo que existia uma escolha a fazer.
Veja o versículo do contexto do livro de Deuteronômio citado:
“Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te tenho proposto
a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas,
tu e a tua semente”, (Dt 30:19)
O evangelho da salvação
De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus. (vs.17)
Pregar a todas as gentes (Vs.12-15): Não há acepção entre judeus e gentios, mas a
Palavra garante que o Senhor abençoará ricamente com a salvação a todos que o
invocam. Paulo cita nesse contexto a profecia de Joel 2:32 (Vs.13) que se refere aos fins
dos tempos, mas especificamente sobre a grande aflição que virá sobre o mundo e os
sinais da Vinda de Cristo. E naquele dia quem invocar o nome do Senhor Jesus será
salvo também. Como a Salvação é para aquele que crer e confessar com os lábios a
Cristo, Paulo faz algumas perguntas nesse contexto: Como invocarão ao Senhor em
quem não creram? Para isso deve haver quem pregue, para que os ouvidos possam
ouvir a pregação e crer. E como pregarão se não forem enviados? Muitas igrejas se
preocupam com cultos entre quatro paredes e esquecem-se da maior ordenança de Jesus
para ir e pregar o evangelho a toda criatura (Mc.16:15). As igrejas precisam investir nos
pregadores da Palavra de Deus. Esse é o processo da Salvação expresso aqui, por isso
Paulo dá tanta ênfase aos pregadores da Palavra de Deus, citando o profeta Isaías:
Quão suaves são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz
ouvir a paz, que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu
Deus reina! (Is.52:7)
Nos versos 20 e 21 Paulo cita Isaías 65:1-2 que é uma referência aos gentios que
aceitariam ao evangelho de Cristo sem ter recebido a lei ou visto a Cristo em carne, mas
buscariam ao Senhor pela fé e o Senhor os responderia, pois esses aceitaram de bom
grado o Evangelho da Salvação, já a situação de Israel no mesmo contexto é de idolatria
e muita rebeldia contra Deus, onde sempre o desejo do Pai Eterno era abençoar seu
povo. A referência de que Deus todo o dia estendia suas mãos a um povo rebelde e
contradizente, quer dizer que a todo o momento Ele quis salvar Israel, mas Israel não o
quiz. Essa era uma comparação ao que estava acontecendo no período de Paulo onde os
judeus em toda a trajetória de sua pregação do evangelho, ele foi perseguido,
contraditado e por muitas vezes apedrejado pelos rebeldes do seu próprio povo.
Capítulo 11
O futuro de Israel
A eleição de Israel
Eleitos pela presciência de Deus (Vs.1-5): Paulo pergunta se Deus tinha rejeitado a seu
povo, Israel, mas ele responde que não, pois o Senhor havia elegido alguns segundo a
graça e não pelas obras, sendo ele mesmo prova disso, pois Paulo era judeu da tribo de
Benjamin (Vs.1). Deus não rejeitou a Israel, mas foi Israel que rejeitou a Deus, no
entanto, não foram todos que o rejeitaram. Para exemplificar a situação atual, Paulo cita
sobre os pecados de Israel no tempo do rei Acabe e da rainha Jezabel, idólatras que
perverteram o povo a adorar a Baal e não ouvir mais os profetas (1Reis 19:14). Nesse
contexto, Elias sendo perseguido pelo rei que queria matá-lo, ele clama ao Senhor
pensando que estava só, mas a resposta divina foi que Deus tinha reservado pra ele
homens fiéis que não se encurvaram perante o deus Baal. Paulo quis dizer com isso que
também havia aqueles que creram no Senhor Jesus, eleitos segundo a graça (Vs.5),
tendo em vista a presciência de Deus a respeito daqueles que aceitariam seu filho Jesus
como o messias prometido nas escrituras. Essa presciência está citada no verso 2:
“Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu”. A expressão grifada no grego é
προέγνω (proegnō), isto é, conhecer de antemão, prever. Vamos citar mais um texto
que confirma que a eleição é segundo a presciência de Deus. O mesmo se encontra na
primeira carta de Pedro:
Apenas os eleitos receberam a graça (Vs.6-7): O povo de Israel que buscava alcançar a
graça pelas obras não a alcançou, pois somente pela fé temos acesso a essa Graça
(Ef.2:8). Mas no texto original diz que a “Eleição os alcançou” e o restante foram
endurecidos. A eleição foi de Deus segundo sua presciência como explicado
anteriormente, mas quando disse: “os outros foram endurecidos”, no grego o verbo
ἐπωρώθησαν (epōrōthēsan), significa “criou-se um calo por cima”, isto é, endureceram
de tanto desobedecerem a Deus. Isso não quer dizer que Deus desde sua eternidade
passada decidiu ou foi sua plena vontade que o povo endurecesse o coração. Claro que
não! Por acaso existe na escritura sagrada algum caso de um homem com o coração
contrito e temente a Deus ser endurecido sem motivo? Mas para o povo de Israel isso
foi notório pela quantidade de vezes que Deus falou ao seu povo, trouxe juízos sobre os
rebeldes, mas o povo cada vez mais se endurecia.
O sono espiritual de Israel (Vs.8-10): Paulo cita Isaías 29:10 onde o assunto foi o
selamento dos profetas e das profecias do povo de Israel para que não enxergassem a
verdade, isto é, ficassem sem entender os propósitos de Deus na vinda do seu filho
Jesus. A má interpretação desse texto faz que o leitor conclua de forma errada que foi
Deus quem cegou a Israel apenas pelo seu bel prazer. Vamos lembrar que Paulo está
citando uma profecia de Isaías para o povo de Israel por causa da sua rebeldia e de seus
pecados. A profecia foi uma consequência daquilo que o povo estava fazendo em torno
de 600 A.C, mas que revelaria a mesma conduta deles no tempo de Paulo. Nesse
próprio contexto de Isaías, Deus diz que o coração do seu povo está longe dele
(Is.29:13), e chama o povo de perverso, pois diziam que Deus não os criou, intentando
assim encobrirem as suas obras obscuras para que o Senhor não as visse (Is.29:15-16).
No mesmo paralelo, os judeus não aceitaram ao Senhor Jesus como Deus, e nem ao seu
evangelho que era da parte dele. Foi por isso que Paulo disse que o “sono espiritual” do
povo de Israel permanecia “até ao dia de hoje”, isto é, até nos dias de sua pregação.
Nos versos 9 e 10 Paulo cita o Salmo 69:22-23, salmo de Davi, que é a figura profética
do sofrimento de Cristo por causa daqueles que o perseguiram e o crucificaram. O
salmo profetiza o juízo de Deus sobre os escarnecedores de Cristo, fazendo da lei o seu
próprio laço de ruina e cegueira para tropeço dos incrédulos (Rm.9:33). Esse salmo era
propício para a época de Paulo, pois além de alertar os irmãos, especialmente os judeus
convertidos da lei, também condenou pelo evangelho os pecados dos judeus
desobedientes, pincipalmente os líderes religiosos.
De tanto rejeitarem ao Senhor por causa da iniquidade deles, cada vez ficavam mais
duros de coração, “como um calo por cima”. Por isso a expressão “Acrescenta
iniqüidade à iniqüidade deles”, pois já havia iniquidades dentro deles. Deus nunca
acrescentou iniquidade ao temor ou ao arrependimento de alguém, nem nunca
endureceu um coração mole, mas entrega o homem ao seu próprio pecado (Rm.1:24). A
condenação desses é eminente: “Sejam riscados do livro da vida”.
Deus tem a sua bondade para aqueles que permanecerem na fé, mas severidade para
aqueles que caírem dela. Da mesma forma Deus cortará aqueles que não permanecerem
nessa fé e restaurará o povo de Israel, aqueles que não permanecerem na incredulidade.
A incredulidade é responsável pela queda do homem da fé, pois o próprio Jesus deixou
de realizar sinais por causa dela (Mt.13:58) , deixando o homem cego ao evangelho de
Cristo (2 Cor.4:4) e por final cavando sua própria condenação (Ap.21:8).
O concerto de Deus com Israel (Vs.26-28): Paulo faz uma referência a profecia de
Isaías 59:20-21 sobre a vinda de Cristo como homem sendo ele o concerto e a lei para
tirar os pecados do seu povo. E muitos endureceram o coração a respeito desta profecia
e do evangelho, mas alguns também creram. Então depois que esse evangelho for
pregado a todos os povos, quando virá o Grande dia do Senhor após a grande tribulação
que sobrevirá sobre o mundo, e o palco principal será em Jerusalém, quando Deus tratar
com Israel, seu povo eleito.
Ao Deus insondável (Vs.33-36): Paulo encerra o assunto sobre o povo de Israel e louva
a Deus pelas riquezas de sua ciência e sabedoria que são insondáveis. Ninguém entende
os intentos de Deus e ninguém aconselha a ele.
Capítulo 12
A palavra conformar (Vs.3) significa tomar forma. Não tomar a forma desse mundo, e
buscar ter uma nova mente, isto é, a mente de Cristo para que haja transformação de
vida e a vontade do Senhor que é boa, agradável e perfeita se cumpra neste (1Ts.4:3).
As pessoas se enfadam em aprender coisas que não cabem a estas saber, todavia Deus
revela seus caminhos conforme a medida da fé de cada um, em outras palavras, buscar
aquilo que for útil para a vocação que cada um foi chamado (1 Co.4:6).
Os dons da Graça de Deus (Vs.6-8): Deus dá a cada um o dom que for útil levando em
consideração o perfil e habilidade individual.
Dom de Profecia: A profecia é dada conforme a medida da fé, isto é, de acordo com a
confiança e dependência no Senhor. É natural o profeta ser mais ousado na fé pra
entregar a profecia para qualquer pessoa, incluindo autoridades.
Aos que ensinam: o dom é dado a quem gosta de ler muito e estudar a Palavra de Deus.
Tem prazer no que faz e não retêm para si o conhecimento, mas tem prazer em ensinar a
outrem.
Ao que exorta: A palavra exortar aqui no original é: παρακαλῶν (parakalōn) que quer
dizer: “Chamar para ao lado”. Quem exorta não agride com palavras, mas chama para
assentar ao seu lado e a ensinar e corrigir com amor.
Ao que preside: Um dom para aqueles que estão à frente das pessoas e com
característica de fazer com diligência. A palavra diligência no original grego, σπουδῇ
(spoudē), tem um significado de “fazer o mais rápido possível”. Isso remete na presteza
em atender as necessidades da igreja com rapidez e eficácia.
Ao que exercita misericórdia: Um dom essencial no meio da igreja, pois este tem a
maior característica o amor. A palavra misericórdia possui a essência de não aplicar
juízo para aquele que comete a falha. Misericórdia tem haver com perdão e não pode ter
ressentimentos ao liberar, pois é liberado com alegria.
Amor ao próximo
Ser verdadeiro (Vs.12:9-10): A Palavra de Deus ordena amar ao próximo sem
fingimento e “apegar ao bem”. No original grego, a palavra apegar, κολλώμενοι
(kollōmenoi), que literalmente significa “colar ou cimentar”, isto é, tem que fazer parte
da vida do crente. O amor deve ser verdadeiro e fraternal, dando honra uns aos outros,
isto é, dando maior importância ao nosso irmão do que a nós mesmos (1Co.12:23).
Presteza no socorro (Vs.11): Não devemos ser lentos no cuidado com o próximo e
sempre atender de prontidão às necessidades dele não fazendo vista grossa, mas
fervorosos no Espírito.
Ser humilde (Vs.13-16): Devemos nos alegrar e chorar junto com os irmãos.
Comunicar com os irmãos quando as necessidades vierem para que haja socorro por
parte da igreja. Devemos contentar com a vida humilde e sem ambição de coisas altas.
Amar os inimigos (Vs.17-21): Não amaldiçoar os que nos perseguem, mas devemos
abençoá-los, principalmente quando necessitarem de algo. Devemos ter paz com todos
os homens sem espírito de vingança, pois isso trará bênçãos sobre nós. Até os nossos
inimigos a Palavra de Deus orienta para ajuda-los caso necessitem.
Capítulo 13
Qualidades do cristão fiel
Submissão às autoridades
São ministros de Deus (Vs.1-7): Toda autoridade é ministrada e ordenada por Deus.
Ter sujeição a todas elas. Os que resistem as autoridades e praticam o mal, resiste a
ordenação de Deus e trarão sobre si a condenação, mas para quem pratica o bem terá o
louvor delas. Devemos respeitar as autoridades, não só por medo, mas por boa
consciência cristã, cumprindo com nossos deveres de cidadãos.
Amor ao próximo
Ser praticado (Vs.8): Se alguém deve alguma coisa ao irmão busque pagar, pois só
podemos dever o amor ao próximo. O amor não se cobra, mas se demonstra, pois é
muito fácil falar que ama da boca pra fora, mas o verdadeiro amor é demonstrado com
ações. Jesus demonstrou o maior amor do mundo vindo ao mundo para morrer por
todos.
O maior mandamento (Vs.9-10): O amor é a única lei que ficou. Nos dez
mandamentos que o Senhor deu a Moisés, os primeiros cincos são devidos a Deus e os
demais cinco são devidos ao próximo. Mas todos eles se resumem em amarás ao teu
próximo como a ti mesmo, pois que ama ao próximo ama também a Deus que é a
imagem e semelhança (Gl.5:14). O verso 10 parece óbvio demais, todavia porque as
pessoas fazem mais mal do que bem para o seu próximo? Porque não se tem mais
paciência para escutá-lo? Porque não compartilhar o pouco que tem com ele?
Estar vigilante
Filhos da luz (Vs.11-14): É hora do povo de Deus se despertar para o Evangelho do
amor (Ef.5:14), visto que o mundo e seus ardis sufocam a todos desviando do real
propósito do Pai Eterno. Nossa redenção está próxima e não somos mais filhos das
trevas e sim filhos da luz. Vestir as armas da luz é “entrar dentro” da oração, do jejum,
da leitura das Escrituras, se envolver até ser cheios do Espírito Santo, a fim de não dar
mais lugar aos pecados da nossa carne.
Capítulo 14
A Liberdade do Espírito
Não julgar e nem desprezar o irmão
porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e
alegria no Espírito Santo.( Rm 14:17)
Em relação à comida (Vs.2-4): A respeito das comidas, aquele que come carne de
porco, javali ou quaisquer tipos, não deve julgar àquele que entende que só deve comer
legumes crendo que comer carne é pecado. Vamos entender que Paulo estava falando
para o povo que ainda estava se desvencilhando da lei de Moisés que condenava comer
alguns tipos de carnes. Mas Cristo veio trazer um novo mandamento que é o amor
(Jo.13:34)que nos comprou por alto preço. Paulo orienta aos irmãos a não desprezarem
e nem a julgarem aquele que come carne ou aquele que só come legumes, pois todos
são do Senhor e é Ele quem sustenta a todos.
Em relação aos dias (Vs.5-9): Alguns guardam os sábados, outros os domingos, outros
não fazem diferença entre dias, e se fazem todas essas coisas com gratidão, para o
Senhor o fazem e isso lhe apraz (1Co.10:31). Então Deus faz a pergunta: Quem és tu
que julgas o servo alheio? Por acaso somos melhores do que os outros? Quem somos
nós? Apenas barro e para o pó voltaremos. Não nos julguemos irmãos a respeito dessas
coisas, pois todos são do Senhor, quer na vida quer na morte, e no dia da sua Vinda de
Cristo arrebatará os vivos e ressuscitará os mortos para glória.
O julgamento é de Deus (Vs.10): Deus está fazendo essa pergunta pela segunda vez:
“Mas tu, por que julgas teu irmão?” Quem é o dono da verdade? Por acaso o homem
conhece o coração do outrem? Mas Deus faz outra pergunta: “por que desprezas teu
irmão?”. Desprezo é não dar importância àquele que faz parte do corpo. Pode um
membro do corpo desprezar outro? Pode o braço desprezar a mão? Onde está o amor? O
próprio Senhor Jesus disse: Não julgueis, para que não sejais julgados (Mt.7:1)Atente
ao que Deus disse no verso 10: “Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de
Cristo”.
o que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca,
isso é o que contamina o homem. (Mt 15:11)
Paulo dizia com toda certeza que se alguém considerar imunda uma comida para esse é,
mas isso não pode ser causa de discursões, pois seja conforme a medida da fé de cada
um, para que não escandalize e nem destruas a ninguém por causa dos julgamentos do
homem, todavia este que o fizer será julgado por Deus.
Sermos exemplos edificantes (Vs.16-21): Não ser motivo de escândalo para nosso
irmão, pois se por algum costume, tradição ou por qualquer outro motivo pessoal,
comer ou beber quaisquer tipos de alimentos forem escândalo para o nosso próximo
(1Co.8:8), não faça, para que não destrua a fé dele e ele caia no laço do diabo. Sirvamos
a Deus da forma que lhe agrada seguindo a paz e fazendo tudo para edificação de
nossos irmãos, pois o Reino de Deus é justiça, paz e alegria do Espírito Santo.
Boa consciência (Vs.22-23): Se tens fé que tudo aquilo que come é limpo e sem
escândalo (Mt.15:11), faça-o em oculto, pois se fizer aos olhos daquele que pode se
escandalizar, mesmo que para você é lícito, atraiu condenação para si. Mas aquele que
com dúvida come, este come sem fé e a palavra diz: “tudo que não é de fé é
pecado”(Vs.23), e por isso está condenado.
Capítulo 15
O exemplo de Cristo
Negar a si mesmo
Dar suporte aos irmãos (Vs.1-7) O verbo suportar aqui é dar suporte, e não ter que
“engolir” o irmão, como alguns usam esse versículo como muleta para dizer que não
gostam do irmão, mas tem que conviver com ele. O verbo suportar aqui significa ser
base para nossos irmãos mais fracos, não agradando a nós mesmos (1Co.9:22). No
verso 3 Paulo cita o livro dos salmos 69:9 onde Davi estava profetizando como Cristo
se entregaria por nós, não agradando a si mesmo, assim também devemos nos entregar
pelos nossos irmãos, sofrer injúrias, perseguições, tribulações por causa deles. Ter o
mesmo sentimento de Cristo em nossos corações para ter paciência, perdoar e amar a
todos.
“Porque tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito, para que,
pela paciência e consolação das Escrituras, tenhamos esperança.” (Vs.4)
Pregação do evangelho
Aceitação do Evangelho (Vs.14) Admoestar significa advertir, aconselhar alguém. Os
irmãos devem ter essa liberdade para fazerem uns aos outros, caso em algum momento,
estes se comportarem fora da palavra de Deus. Mas para fazer isso é como Paulo disse:
“que vós mesmos estais cheios de bondade, cheios de todo o conhecimento”. Essas
virtudes que é a bondade, isto é, sempre querendo o bem dos irmãos e cheios do
conhecimento, isto é, saber admoestar dentro da Palavra de Deus, sem elas os homens
machucam uns aos outros com palavras duras e sem amor.
O poder do Evangelho (Vs.15-20) Paulo fala que o propósito maior dele era pregar o
evangelho onde ainda não havia sido pregado como ele disse no verso 20: “para não
edificar sobre fundamento alheio”. Paulo se preocupava com a salvação dos gentios
nesse momento, especialmente os romanos, pois queria ensinar o evangelho não por
palavras apenas, mas pelo poder dos sinais e prodígios, na virtude do Espírito de Deus.
A seriedade de Paulo era tanta em relação à verdade do evangelho, pois esmerava pelo
seu exemplo como ministro de Cristo e não ousaria dizer nada que Cristo não tinha feito
por ele, isto é, não acrescentaria nada além daquilo que recebeu do Senhor Jesus, para
obediência dos gentios à Palavra de Deus.
Salvação dos Gentios (Vs.21) Paulo faz citação a Isaías 52:15 que é a profecia da
salvação dos gentios em todas as partes do mundo, mesmo que estes não viram ao
Senhor Jesus em carne como os israelitas, mas o evangelho os alcançaria. No verso 15
de Isaías, o verbo borrifar no hebraico, ( ַיֶּז֙הyaz·Zeh), que significa salpicar ou borrifar,
como gotículas, como uma brisa, não tão volumosa. Para Israel foi o contrário, pois
viram o messias face a face, receberam a promessa e a lei e mesmo assim não o
receberam como tal. Mas para os gentios esse sacrifício tão maravilhoso que salpicou
todas as nações e gerou tão grande salvação a estes.
Ajudar os fiéis pobres (Vs.25-27) Paulo quando esteve em Éfeso subiu ao seu coração o
desejo de ir a Jerusalém depois de passar pela Macedônia e pela Acaia (At.19:21). E
aconteceu que depois de ter passado pela macedônia que ficava ao norte e decido até a
Acaia que ficava ao sul, determinou voltar para Jerusalém para ministrar aos santos e
levar as coletas que os irmãos dessas regiões deram de bom grado e agradecidos pelo
evangelho ter chegado até eles. Eram as coletas para os pobres dentre os santos de
Jerusalém.
Com oração e temor (Vs.30-33) Paulo em sua carta aos romanos pede aos irmãos que
orem por ele para que os da Judéia aceitem de bom grado a ajuda e que Deus o livre dos
judeus rebeldes de lá, pois Paulo queria que o mais breve possível ele pudesse subir a
Roma e alegrar com os irmãos e depois ir a Wspanha conforme ele já estava
planejando. O seu pedido foi como convocação para uma batalha: “que combatais
comigo nas vossas orações por mim a Deus” (Vs.30). Sempre quando se trata desse
assunto realmente é uma batalha.
Capítulo 16
Saudações e recomendações
Muitos cristãos não gostam de ler as recomendações finais das cartas bíblicas, talvez por
acharem entediantes, mas perdem uma grande oportunidade de conhecerem alguns valentes da
história dos cristãos. Muitos nomes aqui aparecem apenas uma vez em toda Bíblia, mas o autor
faz questão de mencioná-los.
Os valentes de Cristo
(Vs.1-2) A irmã Febe foi recomendada a Roma para ajudar as igrejas lá. O pedido de
Paulo é que a recebam “como convém aos santos”, isto é, com amor, dando honra uns
aos outros (Rm.12:10). Outro pedido também foi que “e a ajudeis em qualquer coisa
que de vós nescessitar”, incondicionalmente seja qual for a sua necessidade. E a razão
disso ele explica que Febe hospedara a muitos dos irmãos, inclusive ele mesmo. Isso
devido à perseguição dos cristãos sob o império romano onde muitos foram expulsos
das suas próprias casas. Merece honra esta irmã.
(Vs.6) Saudou a Maria que trabalhou muito pela igreja. Essa Maria não é a mãe de Jesus
porque era em torno do ano 54 D.C, Maria mãe de Jesus deveria estar com quase 80
anos, ou já não vivia nessa data.
(Vs.12) Saudou Trifena e Trifosa, que trabalham no Senhor, e a Pérside que trabalhou
muito.
(Vs.13) Saudou a Rufo, eleito no Senhor e a sua mãe. Rufo foi filho de Simão Cireneu
que ajudou a Jesus levar a cruz (Marcos.15:21). Que experiência maravilhosa aconteceu
nessa família que vendo o exemplo do pai, nesse encontro nada casual, mas divinal,
aprouve a Deus salvar a casa de Simão Cireneu.
Os falsos crentes
Alerta aos líderes
Identificar os hereges (Vs.17-18) Um alerta aos líderes que identifiquem os que causam
dissenções e destorcem a palavra de Deus e querem pra si toda honra. A ordem é:
desviar desses. Faz uma alusão ao espírito do anticristo que já operava naquela época
quando escreve: “com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos símplices.”
(Leia Marcos 13:6)
Buscar conhecimento (Vs.19) Um conselho para ser sábio do bem, isto é, buscar todo
conhecimento, seja da terra, seja da palavra de Deus para fazer o bem ao próximo. Ser
símplice no mal, isto é, não se instruir e nem usar de artimanhas para fazer o mal e
prejudicar o próximo.
Firmes na promessa (Vs.20) Uma mensagem de consolo para a igreja que estava sendo
atacada pelas perseguições e falsos apóstolos que em breve na Vinda gloriosa de Cristo
satanás será esmagado.
As saudações finais
Os companheiros de Paulo
(Vs.21) Aqueles que estavam com Paulo saúdam as igrejas de Roma. Timóteo que era
um grande cooperador de Paulo foi achado em Listra e acompanhou Paulo em quase
todas as suas viagens. Lúcio era um dos profetas e mestres de Antioquia. Saúdam
Sosípatro, parente de Paulo e Jasom de Tessalônica, este hospedara vários irmãos e
tinha sido interrogado pelos judeus desobedientes (Atos 17:5-9).
(Vs.22) Tércio foi quem escreveu essa carta aos romanos, a mesma ditado por Paulo.
“E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco:
convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e
nos Profetas, e nos Salmos.” (Lc 24:44)