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Metodos de Pesquisa em Geografia Fisica - Narcisia

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema:
Metodologia de Pesquisa em Geografia Física: Caso da Geomorfologia

Nome: Narcísia Ernesto Mombe - 708214969

Disciplina: Técnicas e Metodologias de Pesquisa em Geografia Física

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia

Ano de Frequência: 3o Ano

Tutor: Víctor Eduardo Pedro Roque

Maputo, Setembro de 2023


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problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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ÍNDICE
0. Introdução.................................................................................................................. 5

0.1. Objectivos .......................................................................................................... 5

0.2. Metodologia ....................................................................................................... 5

1. Metodologia de Pesquisa em Geografia Física: Caso da Geomorfologia ................. 6

1.1. A Geomorfologia ............................................................................................... 6

1.1.1. Níveis de abordagem da Geomorfologia ........................................................ 6

1.2. Métodos e técnicas de pesquisa em Geomorfologia e sua aplicabilidade ......... 7

1.2.1. Método de observação .................................................................................... 7

1.2.2. Método cartográfico ....................................................................................... 8

1.2.3. Método estatístico .......................................................................................... 8

1.2.4. Método de datação ......................................................................................... 9

1.3. Princípios usados nas pesquisas em Geomorfologia ......................................... 9

2. Conclusão ................................................................................................................ 11

3. Referências Bibliográficas ...................................................................................... 12


0. Introdução
A Geomorfologia é uma geociência que estuda, de forma racional e sistemática, as
formas de relevo, tomando por base as leis que determinam a génese e a evolução
dessas formas, ou seja, a Geomorfologia é uma ciência de conhecimentos
sistematizados, virados para o estudo da superfície da crosta terrestre. O estudo é
apresentando de uma forma específica de análise relevo, que incorpora o necessário
conhecimento do jogo de forças antagónicas, sistematizadas pelas actividades
endógenas e exógenos, responsáveis pelas formas estruturais de relevo observado
(Cesário, 2010).

Assim, como qualquer outra ciência a Geomorfologia também possui métodos e


técnicas específicas para o seu estudo. É neste contexto que o presente trabalho, inserido
na disciplina de “Técnicas e Metodologias de Pesquisa em Geografia Física”,
pretendemos abordar o seguinte tema: “Metodologia de Pesquisa em Geografia
Física: Caso da Geomorfologia”.

0.1. Objectivos
Para o desenvolvimento do presente trabalho definimos os seguintes objectivos:

 Identificar os métodos, técnicas e instrumentos aplicáveis para pesquisa/recolha


de dados em Geomorfologia;

 Explicar a aplicação dos métodos na pesquisa/recolha de dados nas pesquisas em


Geomorfologia.

0.2. Metodologia
Em termos metodológicos, o nosso trabalho é essencialmente bibliográficos. De acordo
com Gil (1999), a pesquisa bibliográfica “é desenvolvida com base em material já
elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Assim, este
método permitiu a consulta de manuais físicos e electrónicos, citados nas referências
bibliográficas, de modo a dar suporte teórico, através da revisão da literatura.
1. Metodologia de Pesquisa em Geografia Física: Caso da Geomorfologia

1.1. A Geomorfologia
De acordo com Cesário (2010) o conceito de Geomorfologia está directamente
vinculado à etimologia da palavra: Geo = “Terra”; morfo = “forma”; logia = estudo.
Assim, segundo este autor, trata-se do estudo sobre a forma da Terra, ou seja, as
manifestações do relevo e toda a dinâmica estrutural a ele relacionada. É, portanto, uma
importante ferramenta de compreensão da realidade, pois permite um maior e melhor
conhecimento sobre a composição natural do nosso planeta.

Por seu turno, Casseti (1994) entende que a Geomorfologia é uma área Geografia Física
responsável pelo estudo das formas superficiais de relevo, tanto em suas fisionomias
actuais quanto em seu processo geológico e histórico de formação e transformação.
Casseti (1994) acrescenta que a Geomorfologia não estuda somente o relevo de maneira
estática, mas todo o conjunto de processos que levam à sua transformação nas mais
diversas escalas temporais. Assim, levam-se em consideração os estudos sobre os
factores endógenos e os factores exógenos de transformação do relevo, isto é, os
elementos naturais que atuam internamente (tectonismo, terremotos etc.) e os que atuam
externamente (erosão, intemperismo etc.). Com isso, entendemos melhor a formação
dos tipos de relevo, a constituição dos solos e a melhor maneira de conservá-los."

Portanto, o seu objecto de estudo é a superfície da crosta terrestre, a qual no entanto,


não se restringe à ciência geomorfológica, que possui sua forma específica de análise do
relevo. Assim, o trabalho geomorfológico, que pressupõe do pesquisador uma série de
conhecimentos de outras ciências, implica nas seguintes actividades: descrição,
localização e dimensionamento dos diversos compartimentos e feições de relevo
verificados na epigeoesfera. Além dessas preocupações, a Geomorfologia volta-se,
principalmente, à génese e à evolução do relevo terrestre.

1.1.1. Níveis de abordagem da Geomorfologia


De acordo com Casseti (1994), existem três principais níveis de abordagem da
Geomorfologia ou estudos segmentados, que envolvem: a compartimentação
morfológica, o levantamento da estrutura superficial e o estudo da fisiologia da
paisagem, onde:
a) Compartimentação morfológica – preocupa-se com análise e observação do
relevo e as variações de suas topografias (o conjunto de acidentes geográficos e
variações de altitude). É um procedimento útil na definição das áreas de
ocupação e da delimitação das áreas de risco que um determinado ambiente
possui, sendo importante e necessário para o correto uso do solo;
b) Levantamento da estrutura superficial – define as características e,
enfaticamente, a fragilidade que um determinado terreno possui. É responsável
também pela análise do histórico de formação por meio da actuação dos agentes
exógenos e endógenos;
c) Estudo da fisiologia da paisagem – preocupa-se em estudar a fisiologia de uma
paisagem significa analisar o seu conjunto de funções e, no presente caso, a
acção e impactos dos processos morfodinâmicos (movimentação das formas de
relevo) na actualidade, o que inclui os efeitos da acção humana sobre o meio.

1.2. Métodos e técnicas de pesquisa em Geomorfologia e sua aplicabilidade


De acordo com Cesário (2010) para o estudo da Geomorfologia, recorre-se a diversos
métodos assim como técnicas, sendo que as técnicas fundamentais utilizadas no
processo de investigação são: a) observação; b) método cartográfico e; c) o método
estatístico. Segundo este autor, estes métodos nas suas diversas técnicas funcionam
como um conjunto de regras básicas para um cientista desenvolver uma experiência
controlada para o bem da ciência, forma de pensar para se chegar à natureza de um
determinado problema, quer seja para estudá-lo ou explicá-lo.

1.2.1. Método de observação


Uma das técnicas fundamentais utilizadas no processo de investigação é a observação,
em qualquer uma das formas em que se processe. Quer a observação assuma uma
dimensão mais ou menos estruturada, ou mais ou menos participante, ela pretende
sobretudo, observar e registar dados para futura análise (Cesário, 2010).

De acordo com Lakatos e Marconi (2003) na observação (sistemática) utilizam-se


instrumentos para a colecta dos dados ou fenómenos observados, em situações
condições controladas, para responder a propósitos preestabelecidos. Todavia, as
normas não devem ser padronizadas nem rígidas demais, pois tanto as situações quanto
os objectos e objectivos da investigação podem ser muito diferentes.
Assim, nas pesquisas em Geomorfologia, o método de observação é indispensável, uma
vez que permite ao pesquisador analisar as paisagens no seu ambiente natural.

1.2.2. Método cartográfico


De acordo com Cesário (2010) o método cartográfico de investigação consiste na
aplicação de mapas para a descrição e análise no estudo dos fenómenos, com o
objectivo de obter novos conhecimentos, características e investigação de suas
interacções espaciais e sua previsão. Este autor, afirma que a aplicação prática e
científica dos mapas nos estudos em Geomorfologia tem as seguintes funções:

a) Comunicativa – conservação e transmissão da informação espacial;


b) Operativa – conectado directamente à solução de tarefas áticas (navegação,
planeamento rural, etc);
c) Construtiva – para o desenvolvimento e implementação de vários projectos
económicos e sociais;
d) Cognitiva – a investigações temporal e espacial dos fenómenos naturais e
sociais;
e) Previsão – prever os fenómenos, a distribuição, as mudanças ao longo do tempo
e os seus estados futuros.

Portanto, em Geomofologia, o método cartográfico utiliza mapas diferentes opções de


uso: análise directa de mapas separados, a análise comparativa de diferentes mapas
temáticos para um único território, a análise comparativa dos mapas de horários
diferentes para o mesmo território, estudo comparativo entre o Mapa-análogos, análises
relacionadas à transformação da representação cartográfica, a desintegração da
representação cartográfica dos componentes. Isso serve para melhor compreender o
estudo de diferentes fenómenos naturais e socioeconómicos em pesquisas científicas
diversas, tendo em conta que os mapas são os modelos temporal e espacial da realidade
(Cesário, 2010).

1.2.3. Método estatístico


A Pesquisa mostra que a estatística é um método que se aplica ao estudo dos fenómenos
aleatórios e, praticamente, todos os fenómenos que ocorrem na natureza são aleatórios,
como as pessoas, o divórcio, um rebanho de gado, a actividade profissional, um bairro
residencial, os produtos electrodomésticos, a opinião pública etc. A primordial função
desse método é a representação e explicação sistemática das observações quantitativas
numéricas relativas a factores oriundos das Ciências Sociais, como padrão cultural,
comportamental, condições ambientais, físicas, psicológicas, económicas etc., que
ocorrem em determinada sociedade, ou de fenómenos de diversas naturezas
pertencentes a outras ciências, como na Física (Cesário, 2010).

Portanto, em Geomofologia, mediante a utilização de testes estatísticos, torna-se


possível determinar, em termos numéricos, a probabilidade de acerto de determinada
conclusão, bem como a margem de erro de um valor obtido. Portanto, o método
estatístico passa a caracterizar-se por razoável grau de precisão, o que a torna bastante
aceito por parte dos pesquisadores com preocupação de ordem quantitativa.

1.2.4. Método de datação


Este método subdivide-se em dois grupos: datação relativa e datação absoluta.

a) Datação relativa – consiste me procedimentos que permitem estabelecer a


sequência temporal das paisagens, representada por registos situados num
contexto espacial definido, entretanto sem expressar as idades em números de
anos;
b) Datação absoluta – é uma técnica geocronológicas1 da variam quanto ao seu
alcance (idades mínimas e máximas) e precisão.

1.3. Princípios usados nas pesquisas em Geomorfologia


De acordo com Sales (2004) para além da análise sistémica, geossistémica e dialéctica,
a Geografia Física, e em particular a Geomorfologia, tem na geocronologia (é um
campo de investigação científica que se preocupa em determinar a idade das rochas
através da datação relativa e absoluta) um importante instrumento de apoio à análise
física do espaço, baseado no princípio de actualismo ou uniformitarianismo. dos
ingleses James Hutton (1740-1797) e Charles Lyell (1802).

Num outro desenvolvimento, Sales (2004) explica que a perspectiva uniformitarianista


apoia-se na interpretação da dinâmica dos processos actuais e da consideração de que
estes, submetidos sempre às mesmas leis físicas, actuaram de forma semelhante, ainda
que com intensidades diferenciadas, ao longo da história natural da Terra. Segundo o
mesmo autor, a apreensão dessa dinâmica é obtida por clássicas técnicas de
levantamento de campo, análises laboratoriais e interpretação de cartas, hoje agregando
instrumentos novos oriundos de técnicas da informatização (construção de modelos
numéricos de terreno) e do Sensoriamento remoto da superfície da Terra (radar,
satélite).

Portanto, o princípio do actualismo, surge, numa perspectiva geográfica, espacial, a


recomposição da longa história das paisagens naturais, a descodificação da monumental
história dos continentes, o desvendamento dos processos de nascimento e extinção de
oceanos e mares, a identificação da origem e evolução dos grandes volumes de relevo, a
compreensão da estruturação espacial de bacias hidrográficas, a reconstituição dos
climas do passado, inclusive daqueles que subsidiaram o alvorecer da sociedade humana
em seus primeiros e ulteriores passos históricos (Sales, 2004).
2. Conclusão
“Metodologia de Pesquisa em Geografia Física: Caso da Geomorfologia” foi o tema
abordado ao longo presente trabalho, do qual, em jeito de conclusão tecemos as
seguintes considerações finais.

A Geomorfologia é uma área Geografia Física responsável pelo estudo das formas
superficiais de relevo, tanto em suas fisionomias actuais quanto em seu processo
geológico e histórico de formação e transformação. Para o estudo da Geomorfologia,
recorre-se a diversos métodos assim como técnicas, sendo que as técnicas fundamentais
utilizadas no processo de investigação são: a) observação; b) método cartográfico e; c)
o método estatístico.

Assim, os métodos são elementos chaves e pretendem sobretudo, observar e registar


dados para futura análise. A importância da observação pode ser verificada pela
descrição e tem a finalidade de avaliar o ambiente no local, tendo em conta a natureza
dos aspectos e fenómenos em estudo, o método cartográfico utiliza mapas de diferentes
opções de uso: análise directa de mapas separados, a análise comparativa de diferentes
mapas temáticos para um estudo comparativo de território, análise de mapas de
diferentes épocas para o mesmo estudo comparativo assim como a transformação da
representação cartográfica, a desintegração da representação cartográfica, enquanto o
método estatístico faz a descrição dos dados colectados e devem ser apresentados em
gráficos assim como tabelas e ou relatórios e serve tanto a prospecção de uma ou mais
variáveis para posterior aplicação ou não de testes estatísticos bem como a apresentação
de resultados de delineamentos experimentais.

A perspectiva uniformitarianista apoia-se na interpretação da dinâmica dos processos


actuais e da consideração de que estes, submetidos sempre às mesmas leis físicas,
actuaram de forma semelhante, ainda que com intensidades diferenciadas, ao longo da
história natural da Terra.
3. Referências Bibliográficas
Casseti, V. (1994). Elementos de Geomorfologia. Goiânia: UFG.

Cesário, A. (2010). Módulo de Geomorfologia. Beira: UCM-IED.

Gil, A.C. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social (5ª ed.). São Paulo: Editora
Atlas, S. A.

Lakatos, E.M. e Marconi, M.A. (2003). Fundamentos da metodologia científica. 5ed.


São Paulo: Atlas.

Sales, V.C. (2004). Geografia, Sistemas e Análise Ambiental: Abordagem Crítica. São
Paulo: Geousp.

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