DG 2022
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Tema do Projecto:
A Reforma Da Educação Em Moçambique E o seu Impacto
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Índice
1. Introdução ................................................................................................................................ 1
1.1. Objectivos ..................................................................................................................... 2
1.1.1. Geral .......................................................................................................................... 2
Neste trabalho iremos falar da educação num contexto de mudança, da Escola como centro do
processo educativo e da didáctica de Geografia como disciplina científica. A educação é um
processo assente num sistema de ideias e de práticas cuja finalidade é o desenvolvimento
harmonioso do indivíduo enquanto ser humano e enquanto cidadão, apto para contribuir para o
seu bem-estar, e capaz de contribuir para a felicidade dos que o rodeiam, intervindo e ajudando a
edificar uma sociedade mais próspera, mais justa e mais livre.
O trabalho possui a seguinte estrutura: capa; Folha de Feedback; Folha para recomendações de
melhoria: A ser preenchida pelo tutor; índice; introdução; objectivos; metodologia; análise e
discussão (desenvolvimento); considerações finais (conclusão); e referencias bibliográficas.
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1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
Analisar a Reforma da Educação em Moçambique e o seu Impacto.
1.1.2. Específicos
Explicar a educação no contexto de mudança;
Destacar o papel da escola no processo educativo;
Destacar a importância da didáctica de Geografia como disciplina científica.
1.2.Metodologia
Para o desenvolvimento do presente trabalho foi utilizada a metodologia de pesquisa
bibliográfica, utilizando a abordagem qualitativa, que é uma técnica de pesquisa que utiliza como
base de dados conteúdos materiais já publicados em revistas, livros, artigos e teses, assim como
também materiais disponíveis na internet.
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2. A Reforma da Educação em Moçambique e o seu Impacto
2.1.A Educação Num Contexto de Mudança
Quando falamos de educação num mundo em mudança, acho que será importante compreender
como a mudança afecta a educação, mas também como a segunda está a (e pode) responder a
essa mudança. Em primeiro lugar será, então, importante situarmo-nos no contexto actual de
mudança: desde a catástrofe climática à pandemia, passando pela instabilidade económica que
vivenciamos desde a crise financeira de 2008 - exacerbada pelas já referidas pandemia e
catástrofe climática a curto/médio prazo - e simultaneamente a contínua luta por direitos civis e
maior igualdade de várias minorias (Lima, 2020).
Neste contexto de instabilidade, surgem várias questões e críticas aos sistemas atuais de poder e
diferentes perspectivas sobre como estes têm de evoluir para responder aos problemas já
referidos. A educação surge desta forma como uma parte destes sistemas, já que a sua simples
disponibilização (ou não) e a quem, representa um factor de discriminação no acesso à
informação, conhecimentos e competências. Nesta única vertente da educação é possível
perspectivar uma variedade de diferentes posições, desde a disponibilização da educação a todos
da forma o mais igualitária possível ou apenas a quem a pode pagar, a disponibilizar educação
apenas àqueles que demonstram maior aptidão (Lima, 2020).
Outra clara demonstração de um sistema em conflito está na implementação de uma nova gestão
pública, que procura a mutação das instituições públicas seguindo o modelo da gestão privada -
partindo da ideia de que a gestão privada é homogénea e admitindo que esta forma de gestão
organizacional é a mais racional, ou seja científica e empiricamente orientada, e por isso a correta
a para qualquer contexto, seja este público ou privado. Esta forma de gestão procura então o
aumento da eficácia e eficiência com o objectivo de maximizar resultados (Lima, 2020).
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No contexto do ensino básico e secundário isto pode ser verificado em várias situações, sendo a
mais clara a privatização em lato senso como descrita por Lima (2020), que resulta numa
reorganização da cultura das escolas e não numa simples importação de métodos de gestão mais
eficientes. É assim criado um ambiente escolar que se foca especialmente em resultados e na sua
realização da forma mais eficiente, especificamente verificados na significativa valorização dos
testes, tanto internos às escolas como externos, ou seja, uma hipervalorização de resultados
mensuráveis
Segundo Jemuce (s/d), refere-se que seria excessiva ingenuidade ou pretensiosismo procurar
explicar suavemente esse fenómeno que, sendo de hoje, não é novo, já que as causas são
múltiplas e complexas; por falta de explicação convincente não há também solução óbvia e o que
se pode fazer de mais útil é apresentar propostas e dar sugestões para motivar alunos e
professores de modo a que estes se envolvam com gosto no processo de ensino-aprendizagem.
A escola deve manter-se cada vez mais próxima da realidade na sua organização e
funcionamento. Os agentes educativos (alunos, professores, famílias, comunidade, devem
sentir-se participes do processo, com alto nível de intervenção, desde a formulação do
curriculum até a sua materialização.
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A escola deve formar homens com uma atitude crítica e consciente, interveniente,
solidário, e, não estruturada numa perspectiva académica geradora de acentuado grau de
teorização que responde mal aos desafios da vida activa, como tem sido.
A escola e os outros parceiros educativos devem-se organizar no sentido de poder
responder às adversidades sócio - culturais e económicos dos alunos que a massificarão
do ensino implicou, reproduzindo estratificações culturais, em sentido lato, que, na
prática, cerceiam o direito ao sucesso educativo e à cidadania.
A escola e a comunidade local devem fomentar a compreensão da complementaridade de
vivências escolares e não escolares e, a compreensão do povo que somos e dos povos e
culturas a que estamos indissoluvelmente ligados, como base indispensável à nossa
afirmação e participação na solução dos problemas e desafios que se perspectivam no
futuro.
Deste modo, é urgente criar uma nova atitude, onde a Escola se localiza numa perspectiva de
Centro Educativo não isolado do exterior, não distante da vida social, mas funcionalmente
interactua-te com o meio e com os outros centros educativos, e livre, solidária e
responsavelmente associada em termos de Territórios Educativos de dimensão variável e não
estáticas. É na modificação do entendimento da escola, da sua reversão, que se joga a verdadeira
reforma da Educação (Jemuce, s/d).
Da reflexão sobre a reforma da educação acima apresentada, se pode concluir que a realização
deste trabalho é de extrema importância na medida que, objectiva servir de mais um instrumento
para a reforma educativa e/ou de ensino da Geografia escolar, tendo em conta os princípios
fundamentais da didáctica de geografia (Jemuce, s/d).
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Jemuce (s/d), entre a didáctica de geografia e o desenvolvimento de capacidades, habilidades,
hábitos e/ou costumes existe uma relação de dependência e reciprocidade na medida em que:
A Geografia escolar está relacionada com o saber escolar, e, através do qual o aluno constrói o
seu conhecimento sistematizado (saber do aluno). Porém, o sucesso do processo de ensino –
aprendizagem depende da interacção entre o professor, o aluno e os saberes instituídos, que
constituem os vértices do triângulo didáctico.
O saber;
O professor;
Os alunos
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O Formar, situado entre o professor e os alunos;
O Aprender, situado entre os alunos e o saber.
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Quando o processo exacerbado é o Aprender- Lugar do morto é do Professor. Estudantes
e conhecimento são privilegiados em detrimento do professor que limita a sua atividade
na facilitação da aprendizagem dos alunos por si mesmos. O método de ensino
privilegiado é o construtivista: o aluno deve construir seu próprio conhecimento e não
reproduzir o conhecimento ensinado. Estudantes podem até sentir uma sensação de
solidão e se trabalha o auto didactismo, devendo o professor apenas orientá-los na sua
aprendizagem (Afonso, 2013).
A prática escolar não se reduz a um destes aspectos, mas sim nos relacionamentos binários e
ternários que são possíveis entre eles. Se tomamos a Didáctica como porta de entrada do ensino,
ou o Conhecimento, precisamos pensar que eles são apenas portas de entrada e não podem deixar
em segundo plano os outros pólos. Uma suspensão temporária pode acontecer, como uma
técnica, mas será sempre necessário pensar neste conjunto de elementos constitutivos para uma
boa situação de educação (Afonso, 2013).
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3. Conclusão
Conclui-se que, a escola é o centro do processo educativo, só que, se não tiver condições e
recursos adequados não poderá ser jamais um lugar atraente e motivador de aprendizagem.
Condições e recursos são requisitos necessários, mas não suficientes; há que ter consciência de
que o eventual estágio do ensino em Moçambique, não se deve exclusivamente à falta de recursos
e condições.
Seria excessiva ingenuidade ou pretensiosismo procurar explicar suavemente esse fenómeno que,
sendo de hoje, não é novo, já que as causas são múltiplas e complexas; por falta de explicação
convincente não há também solução óbvia e o que se pode fazer de mais útil é apresentar
propostas e dar sugestões para motivar alunos e professores de modo a que estes se envolvam
com gosto no processo de ensino-aprendizagem.
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4. Referências Bibliográficas
Afonso, A. J. (2013). The emergence of accountability in the Portuguese education system.
European Journal of Curriculum Studies, Vol. 1, No. 2, 125-132
Lima, L. C., & Torres, L. L. (2020). Políticas, dinâmicas e perfis dos agrupamentos de escolas
em Portugal. Análise Social, 55(4 (237), 748-774.
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