Abnt NBR 16071 8 2021
Abnt NBR 16071 8 2021
Abnt NBR 16071 8 2021
790/0001-95
Playgrounds
Parte 8: Requisitos para playground inclusivo
Playgrounds
Part 8: Requirements for inclusive playground
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -
Número de referência
ABNT NBR 16071-8:2021
28 páginas
© ABNT 2021
Impresso por: RS - Porto Alegre - IMPRESSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95
© ABNT 2021
Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser
reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por
escrito da ABNT.
ABNT
Av.Treze de Maio, 13 - 28º andar
20031-901 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: + 55 21 3974-2300
Fax: + 55 21 3974-2346
abnt@abnt.org.br
www.abnt.org.br
Sumário Página
Prefácio.................................................................................................................................................v
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Requisitos ...........................................................................................................................5
4.1 Requisitos gerais ...............................................................................................................5
4.2 Requisitos específicos ......................................................................................................6
4.2.1 Quantidade mínima de equipamentos por rota acessível ..............................................6
4.2.2 Rotas acessíveis.................................................................................................................7
4.2.3 Área livre de piso .............................................................................................................19
4.2.4 Entradas ou assentos.......................................................................................................21
4.2.5 Mesas lúdicas ...................................................................................................................21
4.2.6 Alcance manual ................................................................................................................22
4.2.7 Estruturas confinadas com componentes macios .......................................................23
4.2.8 Mapa tátil ...........................................................................................................................24
Anexo A (normativo) Limite máximo para inclinação das rampas .................................................26
Anexo B (informativo) Desenho universal e seus princípios..........................................................27
Bibliografia..........................................................................................................................................28
Figuras
Figura 1 – Exemplo de rota acessível ao nível do solo....................................................................7
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -
Tabela
Tabela 1 – Quantidade mínima de equipamentos por rota acessível..............................................6
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -
Prefácio
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as
datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
A ABNT NBR 16071-8 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Brinquedos (ABNT/CB-198), pela
Comissão de Estudo de Brinquedos de Playground (CE-198:003.001). O Projeto circulou em Consulta
Nacional conforme Edital nº 02, de 05.02.2021 a 08.03.2021.
A ABNT NBR 16071, sob título geral “Playgrounds”, tem previsão de conter as seguintes partes:
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -
— Parte 1: Terminologia;
— Parte 6: Instalação;
Scope
This Part of ABNT NBR 16071 defines the requirements for playground inclusive areas.
a) new recreation areas designed or built for children of two years or more;
NOTE For new buildings, the playgrounds may be placed in several locations, for example, parks,
schools, nurseries, shopping centers, social public areas, and others.
This Standard presents the peculiarities of an inclusive playground, in which different types of play
components were developed based in practical experience with the use of the equipment itself. These
types have included, but not limited to, child activities such as swing, rotate, escalade and slide.
Ramps, transfer areas, platforms and roofs are not considered playground equipments. These elements
are used as complement or part from a playground structure and, in spite of promoting socialization
and play intention,they were not designed for play.
The number of children that can use an equipment at the same time does not fix the number of available
equipments in the area. One playground equipment may serve to many children, but it is considered
only as one activity form or equipment in the playground.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -
Playgrounds
Parte 8: Requisitos para playground inclusivo
1 Escopo
Esta Parte da ABNT NBR 16071 define os requisitos para áreas de playgrounds inclusivos.
NOTA Para as construções novas considerar os playgrounds em locais diversos, por exemplo,
parques, escolas, creches, centros comerciais, áreas públicas sociais entre outros.
incluem, mas não se limitam a, atividades como balançar, girar, escalar e escorregar.
O número de crianças que podem utilizar um equipamento ao mesmo tempo não determina a quantidade
de brinquedos a serem disponibilizados na área. Um brinquedo pode atender a muitas crianças, mas
é considerado apenas como uma forma de atividade ou um equipamento em um playground.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para
referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR 16071-3, Playgrounds ‒ Parte 3: Requisitos de segurança para pisos absorventes de impacto
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 16071-1 e os
seguintes.
3.1
acessibilidade
possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para utilização, com segurança
e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e
comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como outros serviços e instalações abertos
ao público, de uso público ou privado de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa
com deficiência ou mobilidade reduzida
3.2
acesso ao equipamento de playground
elemento por onde o usuário irá transferir-se ou ter acesso ao equipamento de playground
3.3
alcance manual
distância necessária para tocar, manipular, mover ou interagir com o objeto desejado
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -
3.4
alteração
mudança em uma construção ou instalação que afete ou possa afetar a sua capacidade de utilização
de modo total ou parcial
NOTA Manutenção normal não é uma alteração a menos que seja alterado o seu uso.
3.5
altura livre
distância entre o piso e o obstáculo superior
3.6
área de aproximação
espaço sem obstáculos, destinado a garantir manobra, deslocamento e aproximação de todas as
pessoas, para utilização de mobiliário ou elemento com autonomia e segurança
NOTA Área de manobra é definida como a área necessária para uma cadeira de rodas fazer o giro de 180º.
3.7
área de playground inclusiva
espaço projetado para equipamentos lúdicos construídos para atividades físicas de crianças com
deficiência ou não
3.8
área de transferência
espaço livre de obstáculos, correspondente no mínimo a um módulo de referência, a ser utilizado para
transferência por pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida, observando as áreas de circulação
e manobra
3.9
área de transição
espaço sugerido para harmonizar pisos adjacentes com níveis diferentes
3.10
assento acessível coletivo
equipamento de playground desenvolvido para acomodar, na posição sentada, mais de uma criança
com ou sem deficiência
3.11
assento acessível individual
equipamento de playground desenvolvido para acomodar, na posição sentada, uma criança com ou
sem deficiência
3.12
berma
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -
superfície em desnível natural em uma área de playground com topografia irregular ou patamares
construídos
3.13
componente de playground ao nível do piso
componente de playground com entrada e saída ao nível do chão
3.14
componente de playground elevado
componente de playground que pode ser acessado acima ou abaixo do nível do chão por meio de
patamares, rampas e sistemas de transferência
3.15
componente do equipamento de playground
peça, com função lúdica ou funcional, que compõe um equipamento de playground
EXEMPLO Assentos, escorregadores, painéis interativos, tubos de bombeiro, escadas, alças de segurança,
entre outros.
3.16
degrau de transferência
uma das estruturas construtivas que compõe um sistema de transferência para a transição entre
o piso (ou patamar) inferior e o superior
3.17
desnível de uma rampa
distância vertical entre as duas superfícies interligadas por uma superfície plana inclinada
3.18
elemento construtivo de um equipamento de playground
rampas, sistemas de transferência, degraus, plataformas e telhados
3.19
equipamento de playground ao nível do piso
equipamento de playground com entrada e saída ao nível do chão
3.20
equipamento de playground elevado
equipamento de playground que pode ser acessado acima ou abaixo do nível do chão por meio de
patamares, rampas e sistemas de transferência
3.21
estacionamento de cadeira de rodas
área livre para estacionar a cadeira de rodas ou outras órteses, comumente localizada próxima a
plataformas de transferência, onde a permanência da cadeira ou órtese não obstrua o acesso ao
equipamento
3.22
estrutura confinada com componente macio
estrutura de brincar composta por um ou mais equipamentos de playground, onde o usuário entra em
um ambiente totalmente fechado em que se utilizam materiais maleáveis
3.23
guarda-corpos
elemento destinado a proteger as pessoas que permaneçam ou circulem na sua proximidade contra o
risco de queda fortuita sem, no entanto, impedir sua passagem forçada ou voluntária
3.24
inclinação longitudinal
inclinação que é paralela à direção de deslocamento
3.25
inclinação transversal
inclinação que é perpendicular à direção de deslocamento
3.26
mesa lúdica
equipamento ou componente de playground, em forma de bancada, com espaço adequado para
aproximação e alcance manual inclusive de crianças com cadeiras de rodas para execução de
atividades manuais
3.27
painel interativo
equipamento ou componente de playground, em forma de painel vertical ou inclinado, que promove
a interação com usuário
3.28
patamar
superfície nivelada no topo e na base de cada trecho de rampa
3.29
plataforma de transferência
elemento construtivo em forma de plataforma com o objetivo de auxiliar um indivíduo com deficiência
locomotora a deixar e recuperar sua cadeira de rodas ou órtese ao entrar e sair do equipamento de
playground
3.30
plataforma elevatória
dispositivo mecânico, de acionamento elétrico ou manual, de elevação vertical
3.31
rampa
elemento construtivo que permite ao usuário em cadeira de rodas ou órtese o acesso aos pisos, em
níveis distintos, sem a necessidade de realizar transferências
3.32
rota acessível
trajeto configurado para promover o acesso de pessoas com e sem deficiência com autonomia e
segurança, interligando todos os pontos de acesso, entradas e saídas dos equipamentos e componentes
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -
3.33
sistema de transferência
sistema, composto por elementos construtivos, que proporciona acesso ao usuário a superfícies em
diferentes alturas, sendo composto por plataforma, degrau e suporte de transferência
3.34
suporte de transferência
elemento construtivo que auxilia o usuário na transferência e na mobilidade em geral, incluindo
corrimãos, pegadores ou alças especialmente projetadas
4 Requisitos
4.1 Requisitos gerais
Os playgrounds inclusivos devem atender aos requisitos da ABNT NBR 16071 (todas as partes).
Para que um playground seja considerado inclusivo, este deve possuir uma rota acessível e uma
quantidade mínima de equipamentos por essa rota acessada, conforme Tabela 1.
2a4 1 1
5a7 2 2
8 a 10 3 3
11 a 13 4 3
14 a 16 5 3
17 a 19 6 3
20 a 22 7 4
23 a 25 8 4
8 + 1 para cada 3 acima
Mais de 25 5
dos 25
Quando mais de um equipamento ao nível do piso for requerido em uma rota acessível, estes devem
estar integrados. O projeto deve levar em consideração um leiaute eficaz que incentive a interação e a
socialização entre todas as crianças. A reunião de todos esses equipamentos acessados por crianças
com deficiências em um local (núcleo) não constitui integração.
Há dois requisitos que indicam quantos equipamentos ao nível do solo devem estar em uma rota
acessível:
O objetivo é fornecer uma variedade de atividades para os indivíduos que optem por continuar com
suas órteses ou que escolham pela não transferência para bases elevadas.
Não são necessários componentes adicionais sempre que rampas promoverem o acesso a pelo
menos 50 % dos componentes elevados (que devem incluir pelo menos três diferentes tipos).
No mínimo 50 % dos equipamentos elevados devem estar inseridos em uma rota acessível.
Playgrounds com 20 equipamentos ou mais devem possuir rampas para conectar no mínimo
25 % destes equipamentos. Deve constar um sistema de transferência ou rampas que conecte os
equipamentos elevados requeridos na rota acessível.
a) ao nível do solo;
c) elevada.
A rota acessível ao nível do solo (ver Figura 1) deve ter as seguintes características:
Recomenda-se o uso de áreas de circulação mais amplas entre componentes de uso intenso, pois
estes espaços adicionais melhoram a circulação, o acesso e a segurança para todos.
Excepcionalmente, a rota acessível pode ter largura mínima de 900 mm ao longo de uma extensão de
no máximo 2 100 mm. Isso permite a flexibilidade de trabalhar com os recursos existentes no espaço,
como equipamentos ou árvores, ver exemplo na Figura 2.
A altura livre de ≥ 2 100 mm é aplicável somente para rotas ao nível do solo. São admitidos recursos
como coberturas e abrigos (Ver Figura 3).
4.2.2.1.1 Quando uma rota acessível sobrepuser uma área de uso de algum equipamento ou
componente de playground, esta deve estar de acordo com os requisitos de absorção de impacto
deste equipamento, conforme a ABNT NBR 16071-3.
4.2.2.1.2 Em rotas acessíveis, as grelhas e juntas de dilatação devem estar fora do fluxo principal de
circulação. Quando não possível tecnicamente, os vãos devem ter dimensão máxima de 8 mm, devem
ser instalados perpendicularmente ao fluxo principal ou ter vãos de formato quadriculado/circular,
quando houver fluxos em mais de um sentido de circulação
4.2.2.2 Berma
As bermas podem ser utilizadas para promover o acesso em áreas elevadas, conforme especificado
na Figura 4.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -
Legenda
1 desnível igual ou inferior a 0,60 m e inclinação igual ou superior a 1:2
2 lateral em nível com pelo menos 0,60 m de largura
3 proteção lateral – com no mínimo 0,15 m de altura e superfície de topo com contraste visual
4 proteção lateral
5 guarda corpo
6 desnível superior a 0,60 m e inclinação igual ou superior a 1:2
A área livre de piso dentro de um equipamento de playground deve estar posicionada de forma a
proporcionar uma aproximação frontal ou paralela.
O percurso da rota acessível elevada deve prever no mínimo uma área de aproximação (ver Figura 6).
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -
4.2.2.4 Rampas
Espaçamento de
250 mm a 320 mm
entre o piso tátil e
o início do declive
300 mm
(altura da
rampa)
Vista Lateral
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -
Piso tátil
Perpectiva
Largura mín.
da rampa
de 900 mm
4.2.2.4.1 Patamares
Os patamares devem ter a mesma largura das rampas nas quais estão conectados. O comprimento
mínimo deve ser de 1 500 mm.
Se as rampas mudarem de direção, a dimensão mínima do patamar deve ser de 1 500 mm com
amplitude para possibilitar o giro de 360°.
Pelo menos uma área de aproximação deve ser disponibilizada no mesmo nível dos equipamentos
do playground.
As medidas necessárias para a manobra de cadeira de rodas sem deslocamento, conforme a Figura 9, são:
A Figura 9 mostra a área de aproximação, que pode estar localizada atrás ou em frente à balança,
desde que esteja imediatamente adjacente à balança.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -
Para manobra de cadeiras de rodas com deslocamento ver ABNT NBR 9050.
4.2.2.4.3 Corrimãos
Os corrimãos (ver Figura 10) devem ser colocados nos dois lados das rampas conectando os
equipamentos.
A face superior do corrimão deve estar entre no mínimo 480 mm e no máximo 720 mm acima da
superfície da rampa.
O espaço livre mínimo entre corrimãos em superfícies inclinadas e superfícies adjacentes deve ser de
40 mm.
Os corrimãos em superfícies inclinadas devem ter continuidade em todo o percurso e não podem
sofrer obstruções em seus patamares e lados. O limite máximo para obstrução da parte inferior da
superfície de pegada dos corrimãos é de 20 % do comprimento de cada trecho. Quando existirem,
projeções horizontais devem estar no mínimo a 40 mm abaixo da superfície de pegada do corrimão.
O sistema de transferência (ver Figura 11) deve estar conectado a uma rota acessível.
a) vista superior
b) vista frontal
Figura 11 (conclusão)
4.2.2.5.1 Plataforma de transferência
d) um lado livre.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -
Deve haver área livre para estacionar a cadeira de rodas ou outras órteses junto à plataforma de
transferência, (comumente chamado de “estacionamento de cadeira de rodas”).
O estacionamento de cadeira de rodas (ver Figura 13) deve ter um espaço mínimo de 1 200 mm × 800 mm
posicionado de forma que o lado de 1 200 mm fique paralelo ao lado de 600 mm da plataforma de
transferência.
Deve ter um suporte para transferência (ver Figura 15) para a entrada ou assento em um equipamento.
A área livre de piso dentro de um equipamento de playground deve estar posicionada de forma a
proporcionar uma aproximação frontal ou paralela.
O equipamento interativo tem uma área livre de piso, que permite interação frontal ou lateral.
1 200 mm
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -
Pelo menos uma área de aproximação deve ser prevista no mesmo nível no qual se encontra um
componente de playground, quando este for acessado pela rampa. Esta área de aproximação deve
ter uma inclinação inferior a 3 % em todas as direções.
Não pode haver objetos protuberantes nas áreas de manobra ao nível do chão ou a menos de 2 m
acima do nível do solo.
Área livre de piso junto aos componentes ou equipamentos de playground e áreas de manobra podem
sobrepor-se à rota acessível, conforme a Figura 1.
As superfícies de piso de áreas de playground, áreas livres e áreas de manobra, devem estar de
acordo com a ABNT NBR 16071-3.
A metodologia de avaliação da acessibilidade de uma superfície é medir a força que o indivíduo deve
exercer para impulsionar a cadeira de rodas conforme o Anexo A. Inclui testes de esforço tanto para
avançar em linha reta como manobras curvas, usando dispositivo de medição em uma cadeira de
rodas. A força N requerida deve ser menor do que a necessária para impulsionar a cadeira de rodas
em uma rampa com inclinação de 1:16, medida conforme Anexo A.
Se localizadas dentro da zona de uso (ver Figura 18), as superfícies de piso das rotas acessíveis
devem também ser atenuadoras de impacto e estar conforme a ABNT NBR 16071-3. A superfície
absorvedora de impacto deve atender no mínimo a uma queda de 800 mm.
As superfícies dos pisos devem ser inspecionadas e preservadas regular e frequentemente para
garantir e atender continuamente a ABNT NBR 16071-3. A frequência de manutenção e inspeção
de superfícies resilientes depende da intensidade de uso, do tipo de piso instalado e das condições
climáticas de onde for instalado.
Superfícies de fibra de madeira requerem manutenção frequente para atender à ABNT NBR 16071-3
por causa do deslocamento dos materiais que compõem a superfície conforme a intensidade de
uso ou outros fatores. Projetistas e proprietários podem optar por materiais que melhor atendam às
necessidades de cada área do playground, considerando que o tipo de material selecionado afeta a
frequência e o custo de manutenção.
Podem ser combinados diferentes tipos de superfícies para fornecer variedade e estímulos na área
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -
de playground.
Todos os desníveis dentro da área de playground devem conter chanfro com angulação máxima
de 6,25 % (Ver Figura 19).
Quando os equipamentos de playground estiverem locados em uma rota acessível, a altura necessária
para a transferência direta ao ponto de entrada ou assento de um equipamento deve ter no mínimo
280 mm e no máximo 610 mm.
Equipamento projetado para brincar com areia, água, para escrever ou desenhar ou locais de reunião
e outras atividades.
Mesas lúdicas (ver Figura 20) podem ser localizadas ao nível do chão ou elevadas em uma composição
do equipamento de playground.
Considerar a rota acessível, área livre de piso ao nível do solo e áreas de manobra para mesas
acessíveis para crianças em cadeira de rodas.
Para mesas lúdicas localizadas em uma rota acessível, as dimensões livres recomendadas para o uso
de crianças em cadeira de rodas devem ser:
Deve-se considerar as medidas de alcance manual (ver Figura 21) quando houver equipamentos ou
componentes de playground com elementos de manipulação ou interatividade para crianças em cadeira
de rodas. As seguintes medidas de alcance frontal e lateral em relação ao piso são recomendadas:
As medidas de alcance manual adequadas para acessar equipamentos de brinquedos para crianças
em cadeira de rodas ou outras órteses destinam-se a equipamentos ao nível do chão e a equipamentos
elevados acessados por rampas.
Medidas de alcance manual não são apropriadas para equipamentos de brinquedos acessados por
sistemas de transferência.
O painel interativo deve ser instalado em uma altura apropriada para uma criança que utiliza uma
cadeira de rodas, porém devem contemplar outras alturas, considerando também as crianças em pé.
Estrutura de brincar composta por um ou mais equipamentos, onde o usuário entra em um ambiente
totalmente fechado em que se utilizam materiais maleáveis (por exemplo, plástico, pano, tecido).
Brinquedos com componentes macios devem ter pelo menos uma entrada em uma rota acessível
sempre que houver três ou menos pontos de entrada.
Se houver quatro ou mais pontos de entrada, pelo menos dois pontos de entrada devem estar
localizados em uma rota acessível.
Espaços de brincar macios possuem tipicamente locais limitados de entrada e saída, com equipamentos
lúdicos integrados ao projeto como um todo.
Sistemas de transferência ou plataformas elevatórias podem fazer parte de uma rota acessível
conectando pontos de entrada em estruturas com componentes macios.
Deve estar posicionado nas entradas das rotas acessíveis e na mesma orientação norte-sul da área
do playground (ver Figura 22). Deve conter informações sobre a posição dos equipamentos e leiaute
da área de playground.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -
A sinalização tátil de alerta deve medir entre 250 mm e 600 mm na base e no topo de rampas, com
inclinação igual ou superior a 5 %. Na base não pode haver afastamento entre a sinalização tátil e o
início do declive. No topo, a sinalização tátil pode se afastar de 250 mm a 320 mm do início do declive,
conforme a Figura 23. Rampas com inclinação inferior a 5 % não precisam ser sinalizadas.
Anexo A
(normativo)
Para garantir que a rampa seja acessível o limite máximo de inclinação é de 6,25 % em relação ao
nível do solo e o acesso a área do equipamento, a fim de que o usuário não dispenda força excessiva.
(ver Figura A.1).
A metodologia de avaliação da acessibilidade de uma superfície é medir a força que o indivíduo deve
exercer para impulsionar a cadeira de rodas. Inclui testes de esforço tanto para avançar em linha
reta como manobras curvas, usando dispositivo de medição em uma cadeira de rodas. A força N
requerida deve ser menor do que a necessária para impulsionar a cadeira de rodas em uma rampa
com inclinação de 1:16.
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -
Anexo B
(informativo)
O conceito de desenho universal está definido conforme legislação vigente e pelas normas técnicas.
Este conceito propõe uma arquitetura e um design mais centrados no ser humano e na sua diversidade.
Estabelece critérios para que edificações, ambientes internos, urbanos e produtos atendam a um maior
número de usuários, independentemente de suas características físicas, habilidades e faixa etária,
favorecendo a biodiversidade humana e proporcionando uma melhor ergonomia para todos. Para
tanto, foram definidos sete princípios do Desenho Universal, apresentados a seguir, que passaram
a ser mundialmente adotados em planejamentos e obras de acessibilidade:
1) uso equitativo: é a característica do ambiente ou elemento espacial que faz com que ele possa ser
usado por diversas pessoas, independentemente de idade ou habilidade. Para ter o uso equitativo
deve-se: propiciar o mesmo significado de uso para todos; eliminar uma possível segregação
e estigmatização; promover o uso com privacidade, segurança e conforto, sem deixar de ser um
ambiente atraente ao usuário;
2) uso flexível: é a característica que faz com que o ambiente ou elemento espacial atenda a uma
grande parte das preferências e habilidades das pessoas. Para tal, devem-se oferecer diferentes
maneiras de uso, possibilitar o uso para destros e canhotos, facilitar a precisão e destreza
do usuário e possibilitar o uso de pessoas com diferentes tempos de reação a estímulos;
3) uso simples e intuitivo: é a característica do ambiente ou elemento espacial que possibilita que
seu uso seja de fácil compreensão, dispensando, para tal, experiência, conhecimento, habilidades
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -
4) informação de fácil percepção: essa característica do ambiente ou elemento espacial faz com
que seja redundante e legível quanto a apresentações de informações vitais. Essas informações
devem se apresentar em diferentes modos (visuais, verbais, táteis), fazendo com que a legibilidade
da informação seja maximizada, sendo percebida por pessoas com diferentes habilidades (cegos,
surdos, analfabetos, entre outros);
5) tolerância ao erro: é uma característica que possibilita que se minimizem os riscos e consequências
adversas de ações acidentais ou não intencionais na utilização do ambiente ou elemento espacial.
Para tal, devem-se agrupar os elementos que apresentam risco, isolando-os ou eliminando-os,
empregar avisos de risco ou erro, fornecer opções de minimizar as falhas e evitar ações
inconscientes em tarefas que requeiram vigilância;
6) baixo esforço físico: nesse princípio, o ambiente ou elemento espacial deve oferecer condições de ser
usado de maneira eficiente e confortável, com o mínimo de fadiga muscular do usuário. Para alcançar
esse princípio deve-se: possibilitar que os usuários mantenham o corpo em posição neutra, usar força
de operação razoável, minimizar ações repetidas e minimizar a sustentação do esforço físico;
7) dimensão e espaço para aproximação e uso: essa característica diz que o ambiente ou elemento
espacial deve ter dimensão e espaço apropriado para aproximação, alcance, manipulação e uso,
independentemente de tamanho de corpo, postura e mobilidade do usuário. Desta forma, deve-se:
implantar sinalização em elementos importantes e tornar confortavelmente alcançáveis todos os
componentes para usuários sentados ou em pé, acomodar variações de mãos e empunhadura e,
por último, implantar espaços adequados para uso de tecnologias assistivas ou assistentes pessoais.
Bibliografia
[1] Houston, L.,Worthington, R. and Harrop, P. (2006) Design guidance for playspaces. Accessed
online at:https://www.forestry.gov.uk/pdf/fce-design-guidance-for-play-spaces.pdf/$FILE/fce-design-
guidance-for-play-spaces.pdf
[3] ABNT NBR 16537, Acessibilidade – Sinalização tátil no piso – Diretrizes para elaboração de
projetos e instalação
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -