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Artigo Político Pscicanálise

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Regulamenta a profissão de psicanalista.

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~ _ Constituição e Justiça e de Redação (Art, 54)

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CÂMARA DOS DEPUTADOS

PROJETO DE LEI N° 3.944, DE 2000


(DO SR. EBER SILVA)

Regulamenta a profissão de psicanalista.


O PÚBLICO; E DE
(ÀS COMISSÕES DE TR PL. - 3. 944/00
NOVO DESPACHO: (02/04/2001)
CONSTITUiÇÃO E JUSTIÇ
ÀS COMISSÕES DE: Art. 24, I1
_ Seguridade Social c Família . "
_ Trabalho, de Administração c ServIço PúblIco
_ Constituição e Justiça e de Redação (Art. 54)

Capítulo I - Da Profissão e suas atribuições

Capítulo n - Da Formação do Psicanalista


Capítulo III - Das Sociedades Psicanalíticas

Capítulo IV - Do Órgão Nacional de Fiscalização da Profissão e sua Constituição

Capítulo V - Da Fiscalização do exercício da profissão nas Unidades da Federação

Capítulo VI - Das Disposições gerais e Transitórias

Arrazoado geral :
CONSIDERANDO a existência de fato da Psicanálise como profissão;
CONSIDERANDO tratar-se a Psicanálise de uma profissão de nível superior;
CONSIDERANDO tratar-se a Psicanálise de uma profissão de caráter clínico;
CONSIDERANDO a existência de várias correntes de Psicanálise;
CONSIDERANDO a existência no Brasil de muitas sociedades psicanalíticas e até
organismos particulares que as aglomera;
CONSIDERANDO a existência de risco às pessoas que procuram tratamento psicanalítico;
CONSIDERANDO a necessidade de disciplinar-se o processo de formação desses
profi ssionai s;
CONSIDERANDO a necessidade de fiscalização nacional do exercício desta profissão;
CONSIDERANDO que as sociedades psicanalíticas existentes no Brasil já formam,
credenciam e fiscalizam em nível associacional os seus profissionais;
CONSIDERANDO a necessidade de normatizar o exercício profissional da psicanálise até
por motivos contributivos;
CONSIDERANDO a existência de conflitos políticos e epistemológicos intra-sociedades
psicanalíticas e até profissões já regulamentadas que se sentem ameaçadas;
CONSIDERANDO que o Aviso 257/57, de 06 de junho de 1957, do Ministério da Saúde já
estabelecia a necessidade de "Lei que estatuasse a respeito", ou seja que regulamentasse a
referida profissão;
CONSIDERANDO que a Portaria 1334 , de 21/12/94 que institui a Classificação Brasileira
de Ocupações, classifica o Psicanalista no Código 0-79.90, reconhecendo, de fato, a
existência da profissão de Psicanalista, mas que isto não é o bastante, pois não a
regulamenta;
CONSIDERANDO que psicanálise não se confunde nem trata de patologias tributárias de
nenhuma outra profissão;
CONSIDERANDO que o método psicanalítico não é princípio técnico de nenhuma outra
profissão regulamentada;
CONSIDERANDO que a figura do psicanalista é mundialmente conhecida e acatada;
CONSIDERANDO que o exercício da psicanálise tem sido objeto de Pareceres dos
Conselhos Profissionais interfacetários, dando conta de sua independência (CFM e CFP);
CONSIDERANDO que já existe Cursos de Pós- Graduação, tanto em nível de Lato Sensu
quanto de Mestrado, em Teoria Psicanalítica, nas Universidades Federais e Particulares ;
CONSIDERANDO que os Cursos de Pós-Graduação não formam profissionais;
CONSIDERANDO que os verbetes sobre psicanálise em todos os dicionários, inclusive na
Enciclopédia Saraiva de Direito explicitam a mesma em sua independência,
APRESENTAMOS AS SEGUINTES JUSTIFICATIVAS, APÓS O QUE SEGUE O
PROJETO DE LEI:

1 - Estamos diante de uma profissão que existe, de fato, no Brasil. A mesma está entre nós
há mais ou menos um século, e vem crescendo significativamente;
2 - A verdade é que a formação e a fiscalização do exercício do profissional da psicanálise
nunca foram normatizados, valendo tão somente os princípios doutrinários de cada corrente
de psicanálise, nem sempre acordes e quantas vezes frontais, tomando a classe do
psicanalistas até suspeita, o que demanda uma urgente regulamentação que discipline todo
os ângulos dessa profissão, socialmente útil e legalmente fiscalizável , acabando com os
partidarismos e com as reais ameaças à saúde do povo;
3 - Quanto às sociedades psicanalíticas, as mesmas estão aí e não podem ser ignoradas.
Historicamente elas vêm formando psicanalistas, e, dentro dos seus particulares princípios,
abastecendo o mercado e sustentando a ciência psicanalítica. Portanto, não há outro meio
capaz de preparar psicanalistas, razão porque esta formação lhes precisa continuar confiada.
ti
Além do mais, em todos os países os tais profissionais são formados por estas sociedades,
inexistindo cursos ou processos nos meios universitários;
4 - Quanto aos psicanalistas existentes, são eles os bandeirantes desta ciência, lutadores
honrados e preocupados com o destino da mesma, razão porque terão que ser reconhecidos
como os pioneiros na profissão, registrados como tais e reconhecida a sua titulação, já que
os mesmos serão os formadores da próxima geração de psicanalistas;
5 - Quanto ao processo de formação, esta Lei capacitará o Conselho Federal de Medicina
para registrar os novos profissionais, fixar o código de ética e seguir com os procedimentos
corporativistas pertinentes;
6 - O projeto que ora apresento, não cria corporatlvlsmos nem limita a prática da
psicanálise a uma determinada corrente, o que seria inconstitucional, mas normatiza sua
prática em meio a pluralidade de doutrinas;
7 - O projeto que ora apresento, também reconhece as sociedades psicanalíticas existentes e
devidamente registradas como sociedades formadoras;
8 - O projeto é oportuno e de vanguarda, como de vanguarda é o Brasil e oportunos os
movimentos que culminem com a sua grandeza. Assim, para um Brasil grande - leis
modernas, profissões que atendam a realidade, tanto em termos de carência como em
termos de proteção à sociedade;
9 - O projeto é oportuno, ainda, por abrir, legalmente, uma nova modalidade de tratamento
aos portadores de psicopatologias, especialmente as de natureza neurótica, desafogando o
sistema de saúde, equalizando a sociedade e diminuindo, significativamente os focos de
tensão, maiores causadores de delitos e infelicidade humana;
10 - Tenho certeza que os colegas abraçarão este projeto, o aprovarão e farão história na
saúde mental, no Brasil e no mundo .

Capítulo I - Da Profissão, do Profissional e suas atribuições

Artigo 10 - É reconhecida a profissão de Psicanalista e designado o título de Psicanalista


Clínico que é prerrogativa dos profissionais formados e regularmente registrados de acordo
com esta Lei.
Parágrafo Único - Doravante, nesta Lei e normas dela oriundas, adotar-se-á os títulos de
Psicanalista Clínico ou Psicanalista.
Artigo 20 - A profissão de Psicanalista consiste em tratar dos pacientes portadores de
distúrbios psíquicos de natureza inconsciente, tais quais as perturbações caracterológicas e
estados neuróticos, perturbações sexuais, perturbações somáticas de origem psíquica e
psicoses de origem funcional, decorrentes de afetamento inconsciente, tratando, através do
método da livre associação, as necessidades, complexos, traumas, repressões e recalques e
tudo mais que perturbe o psiquismo, trazendo-os à tona da consciência, a fim de removê-
los, possibilitando o equilíbrio emocional do indivíduo, inclusive quando os tais pacientes
estiverem sob assistência de outro profissional de saúde.
Artigo 3° - O Psicanalista Clínico é o profissional que obteve o título em processo de
formação levado a efeito por sociedade psicanalítica devidamente registrada nos termos
desta Lei .
Artigo 4° - A atividade de Psicanalista Clínico será exercida em consultórios, clínicas,
hospitais e instituições que atuem nas áreas de saúde mental.

Capítulo II - Da formação do psicanalista clínico


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Artigo 5° - A formação do psicanalista clínico será feita pelas sociedades psicanalíticas
devidamente registradas, que tenham atendido as exigências e normas adicionais
estabelecidas pelo Ministério de Educação e Cultura.
Parágrafo único- O Ministério da Educação e Cultura estabelecerá:
a) O tempo mínimo e máximo para a formação do psicanalista;
b) O currículo mínimo para a formação do psicanalista;
c) As matérias complementares para os psicanalistas que se encontram em processo de
formação;

,
d) o estágio a ser cumprido pelo psicanalista em formação ;
e) A obrigatoriedade da análise didática e sua quantidade mínima de sessões ;
1) As exigências para a formação de docentes em psicanálise.

Artigo 6° - Será reconhecido como Psicanalista Clínico quem obtiver a formação em


sociedade psicanalítica no exterior, desde que o País da Sociedade formadora garanta
reciprocidade aos psicanalistas formados no Brasil.
Parágrafo Único - Os psicanalistas referidos no caput serão submetidos a um processo de
complementação curricular, a ser fixado pelo Ministério da Educação e Cultura, a ser
cumprida em uma sociedade psicanalítica credenciada .
Artigo 7° - O Ministério da Educação e Cultura validará todos os títulos, nos níveis em que
tenham sido expedidos pelas sociedades, bem como os dos psicanalistas a serem formados
de que trata o Artigo 5°, desde que tenham iniciado o processo de formação antes da
publicação desta lei, acrescido do estabelecido em seu Parágrafo único, no que tange ao
conteúdo adicional.
Parágrafo Primeiro - O Ministério da Educação e Cultura baixará norma estabelecendo o
prazo para que os psicanalistas em formação, objeto do previsto no caput deste Artigo,
concluam o referido processo.
Parágrafo Segundo - As sociedades psicanalíticas têm o prazo de 90 (noventa) dias a partir
da publicação desta Lei , para submeter ao Ministério da Educação e Cultura a relação dos
psicanalistas em formação, especificando sua qualificação completa, formação cultural
acadêmica, início do processo de formação e tempo provável para conclusão do referido
processo.
Artigo 8° - Para ingresso no processo de formação de psicanalistas clínicos, além das
exigências feitas pelas sociedades psicanalíticas, é indispensável que o candidato possua
formação sl!perior em nível de graduação plena ou equivalente.
Parágrafo Unico - No caso de candidato com formação em instituição de enSInO no
exterior, observar-se-á sua equivalência de acordo com a legislação em vigor.

Capítulo UI - Das sociedades psicanalíticas

Artigo 90 - São reconhecidas como sociedades psicanalíticas formadoras de psicanalistas


clínicos, todas que tenham sido registradas de acordo com o Código Civil Brasileiro antes
da vigência desta Lei .
Parágrafo Primeiro - Para que as sociedades usufruam do direito de formar psicanalistas
clínicos, terão que apresentar ao Ministério da Educação e Cultura, em 60 (sessenta) dias, a
contar da publicação desta lei, seus Estatutos, Regimentos Internos e/ou Acadêmicos,
normas que tenham sido fixadas, processo de formação sistematizado e descrito em
detalhes, Código de Ética, corpo docente credenciado, relação total dos psicanalistas que
/1
constituem os seus quadros, com qualificação e titulação completas.
Parágrafo segundo - O Ministério da Educação e Cultura poderá fixar normas determinando
alterações estatutárias, regimentais e demais atos, visando a adequar a esta Lei, as
sociedades psicanalíticas.
Parágrafo terceiro - O Ministério da Educação e Cultura descredenciará da condição de
sociedade psicanalítica formadora a sociedade que descumprir o estabelecido nos
Parágrafos primeiro e segundo.
Parágrafo Quarto - As sociedades psicanalíticas, terão o prazo de 60 (sessenta)dias, a partir
da publicação desta lei para submeter ao Ministério da Educação e Cultura a relação de
seus Psicanalistas Didatas, fixando suas áreas de especialização.
Parágrafo Quinto - Fica estabelecida como área de atuação das Sociedades Psicanalíticas,
a Unidade da Federação onde esteja localizada sua sede e filiais.
Parágrafo Sexto - O titulo conferido ao psicanalista será registrado no Ministério de
Educação e Cultura ou Universidade por ele designada.
Parágrafo Sétimo - O Ministério da Educação e Cultura fi xará norma estabelecendo a
nomenclatura e título a ser conferido pelas sociedades formadoras .
Artigo 10. - O Ministério da Educação e Cultura fixará os critérios para credenciamento de
novas sociedades psicanalíticas como sociedades formadoras.

Capítulo IV - Do Órgão nacional de fiscalização, normatização e sua constituição.

Artigo 11 . - Compete aos Conselhos Federal e Regionais de Medicina registrar os


psicanalistas e fiscalizar o exercício desta profissão.

Capítulo V - Da fiscalização do exercício profissional nas Unidades da Federação ou


regiões

Artigo 12 - O registro de psicanalista clínico e a fiscalização do exercício profissional serão


feitos pelos Conselhos Regionais de Medicina, sob a supervisão do Conselho Federal de
Medicina , mediante comprovação da condição de psicanalista nos termos desta Lei .
Parágrafo Único - O Conselho Regional de Medicina emitirá registro profissional em nome
do Conselho Federal de Medicina, obedecendo às normas estabelecidas por este Conselho .

Capítulo VI - Das disposições gerais e transitórias

Artigo 13 - O psicanalista clínico que já exercia a profissão sem estar vinculado a qualquer
sociedade psicanalítica, terá seus direitos assegurados, nos termos desta lei .

Parágrafo Único - A comprovação da condição de psicanalista clínico de não filiados às


sociedades, obedecerá aos seguintes critérios: /)
a - Apresentação de Certificado, Diploma ou Passe fornecido por uma das sociedades L""
psicanalíticas reconhecidas que comprove a condição de psicanalista, ou;
b - Comprovação de que não exerce atividade psicoterápica em documento emitido pelos
Conselhos Regional de Medicina e Regional de Psicologia, e de que não se trata de
membros dos mesmos, e;
c - Comprovação de exercício da profissão de Psicanalista através de alvará de
funcionamento do consultório dos últimos doze meses, ou;
d - Comprovação feita através de publicação em revistas, livros e jornais especializados, na
condição de psicanalista, antes da vigência desta Lei.
Artigo 14 - O profissional que tiver comprovado a condição de psicanalista clínico nos
termos do Artigo 13, será devidamente registrado como psicanalista provisionado.
Artigo 15 - O Conselho Federal de Medicina poderá fixar normas que se fi zerem
necessárias, nos termos desta lei.
Artigo 16 - O Conselho Federal de Medicina fixará o Código de Ética Psicanalítica, ao
qual terão que ser compatibilizados os códigos de ética das sociedades credenciadas, no
prazo de 180 dias.
Artigo 17 - Os Psicanalistas terão, nos Conselhos Federal e Regionais de Medicina, os
mesmos direitos institucionais.
Artigo 18 - Os Conselhos Federal e Regionais de Medicina criarão, quando e se for o caso,
dentro dos seus quadros, uma Câmara de Assuntos Psicanalíticos.
Artigo 19 - Os casos omissos serão decididos pelo Conselho Federal de Medicina
Artigo 20 - Revogam-se as disposições em contrário.

Sala das Sessões, em 13 de dezembro de 2.000

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Deputado Eber Silva / ~~!é7


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LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA
COORDENAÇÃO DE ESTUDOS LEGISLA TTVOS-CeDl

PORTARIA N° 1.334, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1994.

o MINISTÉRIO DE ESTADO DO TRABALHO, no uso das


atribuições que lhe confere o Art. 87, parágrafo único, inciso rI, da
Constituição Federal:
Considerando a necessidade de uniformizar os títulos e codificar as
ocupações brasileiras, para fins de pesquisa sobre o mercado de trabalho e a
estrutura ocupacional;
Considerando os estudos da Organização Internacional do Trabalho,
consolidados na Classificação Internacional Uniforme de Ocupações;
Considerando que o "Projeto de Planejamento de Recursos
Humanos" Bra/70/550 decorrente do convênio entre o governo do Brasil e o
programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD), com a
colaboração da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização
das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), previu,
entre seus objetivos, a elaboração de uma Classificação Nacional de
Ocupações a fim de unificar a nomenclatura para as estatísticas de trabalho;
RESOLVE:
Art. 1° Aprovar a Classificação Brasileira de Ocupações - CBO,
versão 94, para uso em todo o território nacional ;
Art. 2° Determinar que os títulos e códigos constantes na
Classificação Brasileira de Ocupações - CBO sejam adotados ;
L nas atividades de registro, inscrição, colocação e outras
desenvolvidas pelo Sistema Nacional de Emprego (SINE);
11. na Relação anual de Informações Sociais (RAIS) ;
IIl. nas relações dos empregados admitidos e desligados
- CAGED, de que trata a Lei N° 4923 , de 23 de dezembro de 1965 ;
IV. na autorização de trabalho para mão-de-obra
estrangeira (imigração - anexo - I);
V. nas atividades de preenchimento do certificado de
dispensa do Seguro Desemprego (CD);
VI. no preenchimento do contrato de trabalho na CTPS ;
VII. nas atividades e programas do Ministério do
Trabalho, quando for o caso;
Art. 3° A Secretaria de Políticas de Emprego e Salário fica
autorizada a celebrar convênios com a Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) e com outras instituições, com o objetivo de

LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA


COORDENAÇÃO DE ESTUDOS LEGISLA TTVOS-CeDl

compatibilizar as Classificações atuais com a Classificação Brasileira de


Ocupações (CBO);
Art. 4° A Secretaria de Políticas de Emprego e Salário baixará as
normas necessárias à regulamentação da utilização da Classificação Brasileira
de Ocupações (CBO).
Parágrafo único - Caberá à Coordenação de Identificação e Registro
Profissional, através da Divisão da Classificação Brasileira de Ocupações,
atualizar a Classificação Brasileira de Ocupações - CBO, procedendo às
revisões técnicas necessárias com base na experiência de seu uso.
Art. 5° Os efeitos de uniformização pretendida pela Classificação
Brasileira de Ocupações (CBO) são de ordem administrativa e não se
estendem às relações de emprego, não havendo obrigações decorrentes da
simples mudança da nomenclatura do cargo exercido pelo empregado;
Art. 6° Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação,
ficando obrigado o uso da nova nomenclatura nos documentos oficiais a que
aludem os itens II, III, IV, V e VI, da artigo 2°.
Art. 7° Fica revogada a Portaria 3654, de 24 de novembro de 1977,
e demais disposições em contrário.
MARCELO PIMENTEL
CÂMARA DOS DEPUTADOS

REQUERIMENTO
(Do Sr. Paulo Delgado)

Senhor Presidente,

Nos termos do art. 141 do Regimento Interno da Câmara dos


Deputados, requeiro novo despacho à tramitação do PL 3944/2000, do Sr. Eber Silva para


incluir a Comissão de Seguridade Social e Família.
Nestes termos, pede deferimento.

JUSTIFICATIVA

A psicanálise é modalidade terapêutica que tradicionalmente é


exercida após processo chamado de "formação" cujas exigências são definidas em cada
escola ou agremiação. Evidentemente existem alguns consensos éticos, tais como
necessidade de supervisão, de submeter-se a análise pessoal, regras éticas na relação
terapeuta paciente etc. Não é uma profissão médica, posição defendida pelo fundador da
disciplina, S. Freud, em "A questão da análise leiga", publicado nos anos 20. Por isto não
existe a profissão, em nenhum país do mundo. Aliás, é bom que nem tudo possa ser
classificado ou estar submetido à taxionomia derivada das normas tradicionais que regem a

• profissionalização das atividades no âmbito das organizações internacionais de trabalho .


Este é felizmente o caso da psicanálise.
Dadas as impropriedade contidas no projeto, tais como: remissão ao
Conselho Federal de Medicina do encargo de regulamentação do exercício da profissão,
atribuição ao MEC da função de diplomação e estabelecimento de curriculum, inúmeras
atribuições técnicas da área médica, deve o projeto ser também e melhor analisado pela
Comissão de Seguridade Social e Família.

Deputado PAULO DELGADO


/ PT-MG

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GER 3.17.23 .004-2 (MA I/9S)


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CÂMARA DOS DEPUTADOS

RM 732/01

Ref.Req .Dep.PauloDelgadoPl.3 944/00


Nos termos do artigo 141 do RICD, defiro a solicitação de redistribuição e
revejo o despacho inicial aposto ao PL n° 3.944/00, para incluir a CSSF, que
deverá pronunciar-se antes da CTASP. Oficie-se aos Requerentes e, após,
publique-se.
Em 02/04/01

11 111111 111I11111111 1I
Documento : 135 - 1

GER 3.17.23.004-2 (JUNtOO)


CÂMARA DOS DEPUTADOS
ERRATA

(Republica-se em virtude de novo despacho do Sr. Presidente)

ONDE SE LÊ:
PROJETO DE LEI Nº 3.944, DE 2000
(DO SR. EBER SILVA)

Regulamenta a profissão de psicanalista.

(ÀS COMISSÕES DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERViÇO PÚBLICO ; E DE CONSTITUiÇÃO


E JUSTiÇA E DE REDAÇÃO (ART. 54) - ART. 24, 11)

LEIA-SE:

PROJETO DE LEI Nº 3.944, DE 2000


(DO SR. EBER SILVA)

Regulamenta a profissão de psicanalista.

(À' COMISSÕES DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMíLIA; DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO


PÚBLICA E SERViÇO PÚBLICO; E DE CONSTITUiÇÃO E JUSTiÇA E DE REDAÇÃO (ART. 54) - ART.
24, 11)
CÂMARA DOS DEPUTADOS

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMíliA

TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS


PROJETO DE lEI N° 3.944/00

Nos termos do art . 11 9 , c a p u t , I, do Reg i m e nto


Interno da Câmara dos Deputados , a Sra . Presidente
determinou a abertura - e d ivulgação na Ordem do Dia
das Comissões - de prazo para apresentação de
Emendas , a partir de 08 de maio de 2001 , por cinco
sessões. Esgotado o prazo , não foram apresentadas
emendas ao projeto .

Sala da Comissão , em 15 de maio de 2001 .

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Gardene Mar reira de Aguiar
tária

GER 317 .23004-2 (JUN/99)


CÂMARA DOS DEPUTADOS

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMíLIA

PROJETO DE LEI N° 3.944, DE 2000

Regulamenta a profissão de
psicanalista.

Autor: Deputado Eber Silva


Relator: Deputado Rafael Guerra

I - RELATÓRIO

A proposição sob análise objetiva regulamentar a profissão


de psicanalista, dispondo em seis capítulos seus dispositivos.

o Capítulo I reconhece a profissão


,
de Psicanalista,
definindo-a como aquela voltada para o tratamento de pacientes portadores de
distúrbios psíquicos de natureza inconsciente, elencando quais seriam estes
distúrbios. Ademais, prevê que a atividade do psicanalista será exercida em
consultórios, clínicas, hospitais e instituições com atuação em saúde mental.

o Capítulo 11 estabelece que serão responsáveis pela


formação do Psicanalista as sociedades psicanalíticas que atendam as
exigências e normas do Ministério de Educação e Cultura, que disporá sobre o
tempo máximo e mínimo, bem como o currículo mínimo e as matérias
complementares para os psicanalistas que estejam em processo de formação, o
estágio a ser cumprido, a obrigação da análise didática e a quantidade mínima de
sessões e as condições para a formação de docentes em psicanálise.

Prevê, ainda, o reconhecimento do psicanalista formado em


sociedade psicanalítica de outro país, desde que haja reciprocidade , e a
validação, pelo Ministério da Educação e Cultura,, de todos os títulos de

7611

GER 3 17 23 004-2 (JUN/99)


2

CÂMARA DOS DEPUTADOS

psicanalista já concedidos pelas diversas sociedades , assim como para aqueles


que tenham iniciado a formação antes da publicação da Lei. Exige , também , que
o candidato ao processo de formação de psicanalista tenha nível superior.

o Capítulo 111 prevê o reconhecimento , como formadoras de


novos psicanalistas , de todas as sociedades psicanalíticas registradas , antes da
vigência desta Lei, de acordo com o Código Civil Brasileiro . Para que possam
exercer o papel formador, as sociedades devem atender exigências
estabelecidas pelo Ministério da Educação e Cultura. Acrescenta que o título de
psicanalista será registrado nesse Ministério ou em universidade por ele indicada .

o Capítulo IV e V definem que o órgão responsável pelo


registro , pela fiscalização e pela normatização da profissão de psicanalista será o
Conselho Federal de Medicina , que descentralizará suas açoes para os
Conselhos Regionais de Medicina.

o Capítulo VI elenca disposições gerais e transitórias ,


disciplinando as condições para comprovar a condição de psicanalista para os
não filiados às sociedades, fixando prazo de 180 dias para o Conselho Federal
de Medicina criar o Código de Ética Psicanalítica , reconhecendo os mesmos
direitos institucionais dos psicanalistas no âmbito dos Conselhos de Medicina ,
prevendo a criação de uma Câmara de Assuntos Psicanalíticos nos Conselhos
de Medicina e remetendo ao Conselho Federal de Medicina as decisões sobre os
casos omissos.

Em sua justificativa, cabe destacar, o autor considera que a


psicanálise já é uma profissão de fato há cerca de um século , em nosso País .
Considera a existência de várias correntes , "nem sempre acordes e quantas
vezes frontais ", como a principal razão para uma urgente regulamentação da
profissão.

Não foram apresentadas emendas no prazo regimental.

Esta Comissão tem poder conclusivo sobre a matéria , nos


termos do art. 24 , 11 , do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.

7611

GER 317 23 004-2 (JUN/99)


3

CÂMARA DOS DEPUTADOS

11 - VOTO DO RELATOR

A psicanálise, em quase um século de existência, tem-se


caracterizado pelo trabalho sistemático de escuta e interpretação do
inconsciente, em um processo altamente complexo e diferenciado das demais
atividades clínicas.

Com princípios, métodos e técnicas próprios, a psicanálise


tem traçado um longo e difícil caminho, que consolídou, em praticamente todos
os países do mundo, uma tradição de respeitabilidade tanto junto aos círculos
acadêmicos quanto à classe médica e à sociedade em geral.

Sustentadas por bases teóricas fortes o suficiente para


permitir a multiplicidade de interpretações e condutas no estudo e na pratica
psicanalítica, e balizadas em preceitos éticos, as inúmeras sociedades de

psicanalistas, em todo o mundo, conseguiram manter a qualidade de seus
serviços por todo o século XX, sem ter sido necessária a intervenção do Estado.

Assim, não se conhece qualquer país que tenha regulado


as atividades dos psicanalistas. Seja pela ausência de demanda dos que são
analisados, seja pelo desinteresse e, principalmente, pela convicção da grande
maioria dos psicanalistas de que suas sociedades são suficientemente
preparadas para disciplinar suas próprias ações, o fato é que a regulamentação
da profissão de analista sempre pareceu incoerente com a própria psicanálise.

Argumenta-se que seria praticamente impossível, e de todo


inadequado, estabelecer regras para um processo de análise que se desenvolve
de forma extremamente subjetiva, de acordo com as peculiaridades de cada caso
individual. Impossível estabelecer prazos ou uma dinâmica prévia para que uma
pessoa tenha acesso aos mecanismos de seu próprio inconsciente com o suporte
de um psicanalista.

Esta é uma questão da maior importância. É a própria


análise pessoal - a mais profunda e completa possível - o elemento central dQ

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L-__________________________________________________ __ -
4

CÂMARA DOS DEPUTADOS

processo de formação de psicanalistas. Essa atividade essencial deve ser


complementada por cursos teóricos e pela supervisão dos casos clínicos, uma
tríade conduzida por psicanalistas mais experientes e coordenada por uma
sociedade estreitamente vinculada à tradição teórica e prática da psicanálise.

É assim que todas as tentativas de regulamentação legal


foram arquivadas ou rejeitadas pelo Congresso Nacional. Não encontraram
suporte para prosperar, na estrita razão da peculiaridade de seus fundamentos e
funções .

A proposlçao em tela apresenta-se como mais uma


tentativa de regulamentar a profissão de psicanalista . Para tanto , apresenta uma
série de considerandos e argumentos, que merecem todo nosso respeito e
consideração.

Entendemos ser absolutamente legítima a iniciativa do


ilustre autor. As bases de sua justificativa, contudo , não apresentam a
consistência necessária para reverter o posicionamento histórico dos
psicanalistas de todo o mundo contra a regulamentação. Senão vejamos:

- A existência de várias correntes dentro da psicanálise não


constitui um mal em si mesmo. Os próprios psicanalistas de longa data
consideram-na como um aspecto positivo , que tem permitido o aperfeiçoamento
da compreensão do pensamento psicanalítico.

- Quanto à existência de risco relativamente às pessoas que


procuram tratamento psicanalítico , consideramos uma preocupação relevante ,
pelo menos em tese. A verdade, porém , é que as sociedades psicanalíticas têm-
se mantido extremamente zelosas de sua tradição, , insistindo na formação de
profissionais segundo seus próprios critérios, que se traduzem pela tríade a que
nos referimos acima . Evidencia-se, pois, a predominância de uma ética e de uma
postura de responsabilidade em relação à formação dos psicanalistas . Dito de
outro modo, a ser mantida essa tradição , que é a própria garantia de legitimidade
da psicanálise, a regulamentação , por si só , não viria a reduzi r os eventuais
riscos em relação aos analisandos.

- Quanto à necessidade de fiscalização em âmbito nacional


do exercício da profissão , novamente reafirmamos que historicamente as
sociedades psicanalíticas já cumprem esse papel.

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5

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Sendo esses os aspectos centrais da argumentação ,


entendemos que não se mostram suficientes para justificar a regulamentação
legal da atividade dos psicanalistas . Em nosso ponto de vista , somente na
hipótese de ruptura dessa tradição , ocasionada por uma apropriação superficial e
indevida ou um arremedo inconsistente dos métodos da psicanálise, por meio da
qual se colocassem no mercado profissionais despreparados, com risco real para
os usuários, somente assim, pela incidência de fatores externos, aí se
apresentasse a imperiosa necessidade de intervenção do Estado, mediante
regulamentação. Em todo caso, e como pressuposto inarredável , entendemos
que as sociedades psicanalíticas brasileiras deveriam ser necessariamente
ouvidas para apresentar propostas ou soluções. .

Poderiam argumentar que esta situação já existe. Nos


últimos anos, realmente , têm surgido denúncias da existência de grupos que se
pretendem de psicanálise, formando "psicanalistas" sem atender aos critérios
considerados, desde Freud , essenciais, defendidos e utilizados pelas sociedades
psicanalíticas com tradição e vínculos internacionais. Esta nova realidade tem
levado muitos psicanalistas a repensarem a já consolidada posição de não
regulamentação de sua atividade .

De toda forma , a análise criteriosa deste projeto nao


conclui por sua aprovação , até porque , nos termos propostos , configuram-se
alguns riscos para os psicanalistas e para a sociedade. Um deles está no
reconhecimento automático de todos os títulos expedidos por todas as
sociedades ditas psicanalíticas, tradicionais ou não, inclusive para aqueles que
estiverem em processo de formação quando da entrada em vigor da lei. Dessa
forma , os psicanalistas formados sem atender os critérios essências da tríade
mencionada - análise pessoal , cursos teóricos e supervisão de casos clínicos-
teriam definitivamente adquirido o mesmo status de um psicanalista formado
dentro dessas exigências. Esta, a nosso ver, é uma grande contradição , porque
justamente o indesejável - a formação inadequada, a justificar a possível
regulamentação - seria legitimado em lei.

Da mesma forma , a proposicao em apreciação legitimaria


sociedades que formam profissionais sem atender às çondições essenciais e sem
qualquer vínculo com a tradição histórica da psicanálise . Tal como prevê o
projeto , seria suficiente terem sido registradas em conformidade com o Código
Civil Brasileiro. Sem dúvida, um outro grande contra-senso .

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6

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Também a designação do Conselho Federal de Medicina e


suas regionais como responsáveis pelo registro dos psicanalistas e pela
fiscalização da profissão apresenta-se como solução incompreensível. Em
nenhum momento da proposição identifica-se qualquer elemento que justificasse
a transferência dessa função para o órgão de fiscalização da profissão médica. ,
até porque o projeto não caracteriza a psicanálise como especialidade da
Medicina. Exige apenas que o psicanalista seja portador de diploma de nível
superior, com título de especialista em Psicanálise. Portanto , não se entende o
sentido da proposta , que ainda inclui o estabelecimento, pelo Conselho Federal
de Medicina, do Código de Ética Psicanalítica, e a concessão,
, aos psicanalistas ,
dos mesmos direitos dos médicos. A se caracterizar a Psicanálise como
profissão, teríamos também que , por analogia classificar, da mesma forma , como
profissões a Cardiologia, a Psiquiatria, a Nefrologia assim por diante.

Poderíamos nos alongar ainda mais demonstrando a


incapacidade do projeto de lei de oferecer os meios fundamentais para uma
possível regulamentação das atividades do psicanalista . Os aspectos abordados ,
todavia , já indicam que, se aprovado , poderá provocar grandes prejuízos ao
desenvolvimento da psicanálise no Brasil, com sérios transtornos para as
sociedades psicanal íticas que, ao longo de muitos e muitos anos, vêm
conseguindo angariar o respeito e a confiança de todos os segmentos da
sociedade. Além disso, sem sombra de dúvida , os que se utilizam de seus
serviços serão as maiores vítimas.

Todas as discussões, debates e estudos de que


participamos deram-nos a forte convicção da impor:tância da psicanálise e da
complexidade de todos os aspectos que a envolvem , seja de sua linguagem , de
seus estudos , de sua organização e dos mecanismos de formação de
psicanalistas, entre outros tantos fatores.

Diante dessa realidade , estamos convencidos de que


qualquer regulamentação deve acautelar-se para não cercear o constante
processo de aperfeiçoamento dos estudos e da prática psicanalítica , e de que só
será possível disciplinar a matéria com a efetiva participação da comunidade
psicanalítica brasileira , em um longo e criterioso processo de discussão.

Por todas essas razões , entendemos que a proposição em


tela não justificou a necessidade de regulamentação da profissão . A análise do
mérito, por sua vez, revelou que os dispositivos são contraditórios e muitas

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7

CÂMARA DOS DEPUTADOS

vezes incompreensíveis, refletindo a ausência , em seu processo de elaboração ,


daqueles que seriam o objeto precípuo da iniciativa. '

Diante do exposto, manifestamos nosso voto contrário ao


PL n03.944, de 2.000 .

Sala da Comissão, em ){) de Qu.~ de 2001 .

prpI3944-00psicanalista110691 -060 .doc

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- - -- - - - -

CÂMARA DOS DEPUTADOS

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMíLIA

PROJETO DE LEI N° 3.944, DE 2000

111 - PARECER DA COMISSÃO

A Comissão de Seguridade Social e Família, em


reunião ordinária realizada hoje, rejeitou , unanimemente, o Projeto de
Lei nº 3.944, de 2000, nos termos do parecer do Relator, Deputado
Rafael Guerra.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:

Laura Carneiro - Presidente; José Unhares, Ângela


Guadagnin e Vicente Caropreso - Vice-Presidentes ; Antônio Joaquim
Araújo , Ariston Andrade , Armando Abílio , Arnaldo Faria de Sá, Carlos
Mosconi , Cleuber Carneiro, Darci Coelho, Darcísio Perondi , Dr.
Rosinha, Eduardo Barbosa, Elias Murad , Eni Voltolini , Euler Morais,
Henrique Fontana, Ildefonço Cordeiro , Ivan Paixão, Ivânio Guerra,
Jandira Feghali , Jonival Lucas Júnior, Jorge Alberto, Lavoisier Maia,
Lídia Ouinan , Marcondes Gadelha, Miriam Reid, Oliveira Filho,
Orlando Desconsi , Orlando Fantazzini , Osmar Terra, Pedro Canedo,
Pimentel Gomes, Rafael Guerra, Raimundo Gomes de Matos,
Salomão Gurgel , Saulo Coelho, Saulo Pedrosa , Sebastião Madeira,
Serafim Venzon , Teté Bezerra e Ursicino Oueiroz.

Sala da Comissão, em 10 de outubro de 2001.

aJv .
Deputada LAURA C
Presidente

GER 3.17.23 .004-2 (JUN/OO)


CÂMARA DOS DEPUTADOS

PROJETO DE LEI N° 3.944-A, DE 2000


(DO SR . EBER SILVA)

Regulamenta a pro fissão de psicanal ista .

(ÀS COMI SSÕ ES DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMíLIA ; DE TRABALHO , DE


ADMINIªTRAÇÃO PÚBLICA E SERViÇO PÚBLICO ; E DE CONSTITUiÇÃO E JUSTiÇA E DE
REDAÇAO (ART. 5'+) - ART. 24 , 11)

SUMÁRIO

I - Projeto In icial

eNaComissão de Seguridade Social e Família :


- termo de rece bi men to de emendas
parece r do re lator
- parece r da COlll issão
*PROJETO DE LEI N° 3.944-A, DE 2000
(DO SR. EBER SILVA)

Regulamenta a profis são de psicanalista ; tendo parecer da Comissão de Seguridade Soc ial e
Família, pela rejeiç50 (relator: DEP . RAFAEL GUERRA).
. - ,
AS COMiSSOES DE SEGU RIDADE SOCIAL E FAMILlA ; DE TRABALHO , DE
ADMINI~TRAÇÀ O PÚBLICA E SERViÇO PÚBLICO ; E DE CONSTITUiÇÃO E JUSTiÇA E DE
REDAÇAO (AR T. 54) - ART. 24, 11)

*Projeto in icia l p ub lic ado no OCO de 10/03/01

PAREC ER DA CO MISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMíLIA

,
SUMARIO

- termo de rece bi mento de emendas


- parecer do relédo r
- parecer da Com issã o
Prejudicado. tendo em vista a aprovação do parecer lia
Comissão de Seguridade Social e Família. P ublique-5e
,

Em j9 / ;H 10 1
I/(} ('\"l 'U'f('/fJ da

CÂMARA DOS DEPUTADO~

COMISSÃO DE TRABALHO , DE I-\UIVIII'4I':) I r\I-\yl-\U I:: ':)I::r\ V lyU t"'UOLlvU

Of. Preso n.º 143/01


Brasília, 27 de junho de 2001

Senhor Presidente ,

Solicito, com base no artigo 52 , § 6º do Regimento Interno


desta Casa, o envio do Projeto de Lei nº 3.944/00, do Sr. Éber Silva , que
"regulamenta a profissão de psicanalista", a esta Comissão, por ter expirado o
prazo na Comissão de Seguridade Social e Família.

Na oportunidade, renovo a Vossa Excelência votos de


consideração e apreço.

Atenciosamente ,

Deputado
residente

A Sua Excelência, o Senhor


Deputado AÉCIO NEVES
0.0. Presidente da Câmara dos Deputados
NE S TA

GER 3.17.23.004-2 (JUN/OO)


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Publiqu e-se.

CÂMARA DOS DEPUTADOS

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMíliA

Ofício nº 751 /2001-P


Brasília, 10 de outubro de 2001.

Sen ho r Preside nte,

Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento ao


disposto no art. 58 do Reg imento Interno, a apreciação , por este
Órgão Técnico , do Projeto de Lei nº 3.944, de 2000.
Solicito a Vossa Excelência autorizar a publicação do
referido projeto e do respectivo parecer.

Respe itosamente ,

~----~ ~~~~~~~--
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Deputada
Presidente

A Sua Excelência o Senhor


Deputado AÉCIO NEVES
Presidente da Câmara dos Deputados
Nesta

GER 3.17.23.004-2 (JUNtOO)


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CÂMARA DOS DEPUTADOS

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERViÇO PÚBLICO

TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDAS

PROJETO DE LEI N° 3.944-AlOO

• Nos termos do art. 119, caput, 11 e § 1º, do Regimento Interno da Câmara


dos Deputados, o Sr. Presidente determinou a abertura - e divulgação na Ordem do Dia
das Comissões - de prazo para apresentação de emendas, a partir de 28/11/01 , por
cinco sessões. Esgotado o prazo, não foram recebidas emendas ao Projeto.

Sala da Comissão, em 11 de dezembro de 2001.

GER 3.17 23004-2 (JUN/OOl



1

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERViÇO PÚBLICO

PROJETO DE LEI N° 3.944-A, DE 2000

"Regulamenta a profissão de
psicanalista. "

Autor: Deputado EBER SILVA

• Relator: Deputado FREIRE JÚNIOR

I - RELATÓRIO

A presente iniciativa visa regulamentar as atividades


profissionais dos psicanalistas.

o projeto de lei proposto se divide em seis capítulos.

O Capítulo I (Da Profissão, do Profissional e suas

• atribuições) dispõe sobre o exercício da profissão de psicanalista ou psicanalista


clínico, estabelecendo que somente será permitido aos profissionais formados e
registrados de acordo com a presente lei e quais são as suas atribuições.

o Capítulo 11 (Da formação do psicanalista clínico) determina


que "A formação do psicanalista clínico será feita pelas sociedades psicanalíticas
devidamente registradas, que tenham atendido as exigências e normas adicionais
estabelecidas pelo Ministério da Educação e Cultura. " Estabelece, ainda, que "O
Ministério da Educação e Cultura validará todos os títulos, nos níveis em que
tenham sido expedidos pelas sociedades, bem como os dos psicanalistas a
serem formados de que trata o art. 5°, desde que tenham iniciado o processo de
formação antes da publicação desta lei (... r.
2

o Capítulo 111 (Das sociedades psicanalíticas) reconhece


como sociedades psicanalíticas formadoras de psicanalistas clínicos todas que
tenham sido registradas de acordo com o Código Civil Brasileiro antes da vigência
desta lei. Dispõe também sobre a obrigatoriedade de as sociedades
apresentarem ao Ministério da Educação "seus estatutos, Regimentos Internos
elou Acadêmicos, normas que tenham sido fixadas , processo de formação
sistematizado e descrito em detalhes, Código de Ética, corpo docente
credenciado, relação total dos psicanalistas que constituem seus quadros, com
qualificação e titulação completas.n Permite, ainda, que o Ministério da Educação
e Cultura fixe os critérios para credenciamento de novas sociedades
psicanalíticas como sociedades formadoras .

• o Capítulo IV e V (Do órgão nacional de fiscalização,


normatização e sua constituição; Da fiscalização do exercício profissional nas
Unidades da federação ou regiões) estabelecem que compete aos Conselhos
Federal e regionais de Medicina registrar os psicanalistas e fiscalizar o exercício
desta profissão.

o Capítulo VI (Das disposições gerais e transitórias) dispõe


que "O psicanalista clínico que já exercia a profissão sem estar vinculado a
qualquer sociedade psicanalítica, terá seus direitos assegurados.n Estabelece,
ainda, critérios para a comprovação da condição de psicanalista clínico de não
filiados às sociedades.

Em sua justificação, após vários considerandos, alega o


• Autor, em síntese, que a profissão de psicanalista já existe, de fato, em nosso
País, mas que "a formação e a fiscalização do exercício profissional da
psicanálise nunca foram normatizados, valendo tão somente os princípios
doutrinários de cada corrente de psicanálise, nem sempre acordes e quantas
vezes frontais, tornando a classe dos psicanalistas até suspeita, o que demanda
uma urgente regulamentação que discipline todos os ângulos dessa profissão,
socialmente útil e legalmente fiscalizável , acabando com os partidarismos e com
as reais ameaças à saúde do povo.

proposição.
No prazo regimental, não foram apresentadas emendas à -
1 1)
M
C
W

É o relatório.
~~ ~
co
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3

11 - VOTO DO RELATOR

• Cabe a esta Comissão de Trabalho, de Administração e


Serviço Público analisar o mérito da matéria.

Importante frisar que sempre fui um insistente defensor da


não-regulamentação de muitas profissões.

A regulamentação de uma atividade profissional somente é


viável quando se pretende defender interesses sociais acima dos individuais.
Dessa forma, é necessário que a mesma seja fundamentada em conhecimentos
técnicos e científicos especializados e, principalmente, que seu exercício
inadequado, ineficiente ou inconseqüente possa trazer danos sociais, com riscos
à segurança, à integridade física e à saúde da coletividade .

• Vemos, portanto, que a profissão ora em debate está entre


aquelas que merecem ser regulamentadas, tendo em vista que o exercício da
psicanálise deve ser cercado das cautelas mais amplas e da necessária
fiscalização para a formação dos profissionais.

Assim, após implementarmos vanas discussões com


profissionais da área, ficamos convencidos da necessidade de se regulamentar o
exercício dessa atividade, para que pessoas despreparadas não assumam, por
quaisquer motivos, os lugares de profissionais tão indispensáveis em nossa
sociedade.

Entretanto consideramos necessana uma modificação do


projeto original, para adequá-lo à prática atual das mais diversas sociedades
psicanalíticas, o que é de total interesse de toda a sociedade.
,
4

Isto posto, somos pela aprovação do Projeto de Lei nO


3.944-A, de 2.000, com o Substitutivo que ora apresentamos.

Sala da Comissão, em ~~ de ~ ~ de 2002.


f)

{JflJr\
• Deputado REIRE JÚ 10
elator

21040300.138
5

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERViÇO PÚBLICO

SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI N° 3.944-A, DE 2000

Dispõe sobre o exercício da profissão


de Psicanalista .


o Congresso Nacional decreta:

Art. 10 O exercício da profissão de Psicanalista é regulado


pela presente lei.

Art. 20 O Psicanalista estuda, pesquisa e avalia o


desenvolvimento emocional e os processos mentais e sociais de indivíduos,
grupos e instituições, com a finalidade de análise, tratamento, orientação e
educação; diagnostica e avalia distúrbios emocionais e mentais e de adaptação
social, elucidando conflitos e questões e acompanhando o(s) paciente(s) durante
o processo de tratamento ou cura; investiga os fatores inconscientes do
comportamento individual e grupal, tornando-os conscientes; desenvolve
pesquisas experimentais, teóricas e clínicas e coordena equipes e atividades da
área e afins.

Art. 30 Poderão exercer a profissão de Psicanalista no País


os possuidores de diplomas de nível superior em Medicina , Psicologia ou em
cursos afins, expedidos no Brasil por escolas oficiais ou reconhecidas pelo
Governo Federal, que se submeterem à formação psicanalítica .
6

§ 1° A formação de Psicanalistas, que deverá ser orientada


pelos Institutos das Sociedades de Psicanálise filiadas à Associação Brasileira de
Psicanálise ou entidades por ela indicadas, deve compreender, no mínimo:

I - análise didática, que será feita por um período mínimo de


cinco anos, com freqüência mínima de quatro sessões semanais, com cinqüenta
minutos cada uma;

11 - aprendizado teórico, que obedecerá a uma programação


de, no mínimo, quatro anos, aprovada pela Comissão de Ensino dos Institutos de
Psicanálise; e

111 - supervisão oficial de no mínimo dois casos clínicos em

• análise com os pretendentes a psicanalistas.

§ 2° Poderão também exercer a atividade de psicanalista os


diplomados em Medicina, Psicologia ou áreas afins por escolas estrangeiras
reconhecidas pelas leis de seus países e que revalidarem seus diplomas de
acordo com a legislação em vigor no Brasil, desde que se submetam à avaliação
de algum Instituto de Psicanalistas das referidas Sociedades de Psicanálise.

§ 3° Casos excepcionais serão resolvidos pelas Comissões


de Ensino dos Institutos de Psicanálise das Sociedades, conforme estabelecido
no § 1°.

• Art. 4° O exercício da profissão de Psicanalista em


discordância com os dispositivos desta lei caracteriza exercício ilegal da
profissão.

Art. 5° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, de ~u-",,,,", ~ de 2002 . .....


~=~
;(' c
I~
Deputado FREIRE J
=;~
~~~
elator
• ,
çoordenação.Áe Comissões Permanentes

PROJETO DE LEI N~ 3. 944, de 2000 / (DO SR. ES!:R Sl~


Re gulamenta a profi ssão de psicanalista.

DESPAC HO: 02/04/2001 - ÀS COMISSÕES O SEGURIDADE SOCIAL E FAMíLIA ; DE TRABALHO ,


DE AD MIN ISTRAÇÃO ?ÚBLlCA E SERViÇO PÚBL;90; E DE CONSTITUiÇÃO E
JUSTiÇA E DE REDAÇAO (ART. 54) - ART. 24 , 11 /

ORDINÁRIA

10103/200 1 - DCD /
02/04/2001 - À. PU BLl CAC' ÃO
02/04 /2001 - A CTAS P
02/04 /2001 - Entrada na Comissão
02/04/2 001 - Requeri mento do sr. Paulo Delgado solicita revisão do despacho de distribuição a fim de
se incluir a CSSF. DESPACHO: Nos termos do artigo 141 do RICO , defiro a solicitação de
red istrib uição e revejo o despacho inicial aposto ao PL nº 3.944/00 , para incluir a CSSF ,
que deve rá pronunc iar-se antes da CTASP.
02/04/2001 - À CTASP o Memo nº 68/01 solicitando a devolução deste.
19 ~/200 1 - Entrada na Comissão
03. /2 001 - Di stribu ído Ao Sr. RAFAEL GUERRA
08/05/2001 - Início do pra zo para apresentação de emendas ao projeto
i 5/05/2001 - Findo o prazo , não foram apresentadas emendas ao Projeto.
"3 1/08.2001 - Encam in hado à CSSF o Memo nº 187/01 solicitando que este seja encaminhado à
CTASP.
10/ 10/2001 - A Comis são de Seguridade Social e Família, em reunião ordinária realizada hoje .
rejeitou. Llilanimemente , o Projeto de Lei nº 3.944 , de 2000 , nos termos do parecer do
Re iato!', u:::putado Rafael Guerra.
11/10,200, - Saída de. co m iss ão~'
11/10/2001 - Entrada na Comissão .
11/10/2 001 - OCO - LETR A A " ,/.,/
1$ k6/2GO f> - LE TRA A - parecer da CSSF - P~LlCAÇÃO PARCIAL
(9)\~~~ 1


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Defiro. Ellcaminhe-se o PL
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se e, após, jJuhlique-se.
CÂMARA DOS DEPUTADOS

EIIlQ 1,1 v~ / J 1
COMISSÃO DE TRABALHO, DE A ~ . _. _ _.... y . , .... ... v .... ,,, V IVU r-UOLI~U

Of. Preso n.º 143/01


Bras ília, 27 de junho de 2001

Senhor Presidente,

Solicito , com base no artigo 52 , § 6º do Regimento Interno

• desta Casa , o envio do Projeto de Lei nº 3.944/00, do Sr. Éber Silva, que
"regulamenta a profissão de psicanalista", a esta Comissão , por ter expirado o
prazo na Comissão de Seguridade Social e Família.

Na , oportunidade , renovo a Vossa Excelência votos de


consideração e apreço. ,

Atenciosamente,

Deputado
residente


A Sua Excelência , o Senhor
Deputado AÉCIO NEVES
D.D, Presidente da Câmara dos Deputados
NE S TA

GER 3.17.23 .004-2 (JUN/OO)

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