O documento discute os principais filósofos da Antiguidade, como os pré-socráticos, Sócrates, Platão e Aristóteles. Aborda suas principais ideias sobre conhecimento, verdade e realidade.
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O documento discute os principais filósofos da Antiguidade, como os pré-socráticos, Sócrates, Platão e Aristóteles. Aborda suas principais ideias sobre conhecimento, verdade e realidade.
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A Busca da Verdade Sofistas: a arte de argumentar
Os filósofos da Antiguidade e da Idade Média se Período socrático.
preocuparam com questões relacionada ao conhecimento. Sofista: “sábio”; “professor da sabedoria”. Não colocaram em dúvida a capacidade humana de Posteriormente adquiriu termo pejorativo conhecer para denominar aquele que usa raciocínio A crítica do conhecimento só começaria na Idade Moderna, capcioso, de má fé, com intenção de enganar. com Descartes. Sábios e pedagogos. Sofreram críticas de Sócrates, Platão e Aristóteles. A filosofia pré-socrática Ocupam-se de um ensino itinerante, sem se A filosofia grega é dívida em três momentos: fixarem em nenhum lugar. 1. Pré-socrática (VII e VI a.C.) Geralmente costumavam cobrar pelas aulas – 2. Socrática (ou clássico, séc V e IV a.C) chamados de mercenários do saber. 3. Pós-Socrática (ou helenístico) Aceitação de opiniões contraditórias. Nos relatos míticos os fenômenos da natureza tinham Pronuncia de discursos vazios. explicação divina, os filósofos pré-socráticos investigavam Protágoras: “o homem é a medida de todas as essa origem de maneira racional. coisas” –exaltação da capacidade humana de Para eles, o princípio (arché) não se encontra na ordem do construir a verdade. tempo mítico, trata-se de um princípio teórico, fundamento de todas as coisas. Sócrates e o conceito 470-399 a.C. Heráclito (544-484 a.C.) –Tudo flui “Só sei que nada sei” –reconhecer a própria Procura entender a multiplicidade do real. ignorância, inicia a busca do saber. Todas as coisas mudam sem cessar –o que temos diante de Métodos de indagação: nós é diferente do que foi há pouco e do que será depois. Fase destrutiva (destruição da doxa): diante “Nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio” de quem se diz conhecedor de determinado Não somos os mesmos e as aguas também mudaram. assunto, Sócrates começa afirmando nada Para Heráclito, o ser é múltiplo, está cheio de oposições saber. Com hábeis pergunta, desmonta as internas –bem e mal, corpo e mente, etc. certezas até que o outro reconheça a própria O que mantem esse fluxo de movimento não e o aparecer ignorância (ou desista da discussão). de novos seres, mas a luta dos contrários. É da luta que nasce a harmonia, como síntese dos contrários. Maiêutica (parto): Após destruir o saber meramente opinativo (doxa) dava início a Parmênides (540-470 a.C.) –O ser é imóvel procura da definição do conceito, de modo Conclui que o ser é único, imutável e imóvel. que o conhecimento saísse “de dentro” de Entretanto não há como negar o movimento do mundo – cada um. Homenagem à sua mãe, que era coisas nascem e morrem. parteira –ele dizia que enquanto ela fazia O movimento existe apenas no mundo sensível (sentidos) e parto de corpos, ele fazia o parto de ideias. a percepção dos sentidos é ilusória, porque é baseada na opinião e, por isso, não é confiável. Sócrates privilegia as questões morais –por Só o mundo inteligível é verdadeiro, pois está submetido ao isso em muitos diálogos pergunto o que é a princípio de identidade e de não contradição. coragem, covardia, amizade, amor, ... Consequência da teoria de Parmênides: a identidade entre o ser e o pensar –ao pensarmos, pensamos algo que é, e não conseguimos pensar em algo que não é. Platão (438-347 a.C.) Aristóteles (384-322 a.C.) A República: Discípulo de Platão Alegoria da caverna Teoria do conhecimento: Pessoas acorrentadas desde a infância numa caverna. Critica a teoria da reminiscência Enxergam apenas uma parede no qual são projetadas Para ele os sentidos são a primeira fonte de sombras –pensam ser a realidade. conhecimento. São sombras de marionetes manipuladas. A origem das ideias é explicada pela abstração Se alguém se liberta e contempla os verdadeiros objetos é –o intelecto, partindo de imagens sensíveis considerado louco. das coisas particulares, elabora conceitos A alegoria representa as etapas da educação de um filósofo universais. ao sair do mundo das sombras (aparências) para alcançar o O primeiro princípio é estabelecido por conhecimento verdadeiro. indução –a partir de uma experiência Ele deve voltar à caverna e orientar os demais. particular cria uma generalização. A análise dessa alegoria pode ser feita sob o ponto de vista: Depois vem a dedução, forma mais 1. Político: a arte de governar sofisticada e rigorosa de pensar. Verdadeiro 2. Epistemológico: quando o filósofo volta para despertar caminho para alcançar a verdade. nos outros o conhecimento verdadeiro. Do geral para o particular
A dialética platônica Conhecimento pelas causas
Alegoria da caverna é a metáfora. Aristóteles define a ciência como Sair das sombras para o sol representa a passagem dos graus conhecimento verdadeiro. inferiores do conhecimento aos superiores. Recusa a teoria das ideias de Platão e sua TEORIA DAS IDEIAS interpretação sobre a oposição entre o O mundo sensível: ilusório –percebido pelos sentidos. mundo sensível e inteligível. O mundo dos fenômenos: depende das ideias Ele não separa esses mundos, ele junta os O mundo das ideias dois ter o caminho do conhecimento. O mundo inteligível: das ideias, elevação da alma. Três fundamentos:
Teoria da reminiscência 1. Substância: essência e acidente
Como é possível ultrapassar o mundo das aparências Reúne o sensível com inteligível no conceito ilusórias¿ de substância: cada ser que existe é uma Platão supõe que o puro espírito já teria contemplado o substância que possui atributos, que podem mundo das ideias, mas esquece tudo quando degrada ao se ser: tornar prisioneiro do corpo (túmulo da alma). Essência –é o atributo que se faltasse a Pela teoria da reminiscência, Platão explica como os substância não seria o que é sentidos são apenas ocasiões para despertar na alma Acidente –atributo que a substância pode ou lembranças adormecidas. não ter, sem deixar de ser o que é Conhecer é lembrar. “A alma é imortal” –renasceu diversas vezes na existência, 2. Matéria e Forma contemplou todas as coisas existentes tanto na terra como Princípios indissociáveis. no Hades, por isso não há nada que ela não conheça. Matéria –composição do mundo físico; Toda ciência é recordação. “aquilo de que é feito algo” Matéria indeterminada Forma –aquilo que faz com que uma coisa seja o que é; A forma em geral. Essência comum dos indivíduos da mesma espécie. 3. Potência e Ato A filosofia medieval: razão e fé Dois serem diferentes podem entrar em relação, atuando um Séc V ao XV. sobre o outro. Após a queda do império romano formaram- Potência –capacidade de tornar-se alguma coisa, aquilo que se os novos reinos bárbaros e lentamente é poderá vir a ser. Para se atualizar, todo ser precisa sofrer a introduzida a ordem feudal –nobre e clero no ação de outro já em ato. topo da pirâmide. Ato –Essência da coisa tal como é aqui e agora. É a potência A Igreja Católica se consolidou como força acontecendo a todo instante. espiritual e política. A Igreja representava um elemento Todo ser é uma substância constituída de matéria e forma; a agregador –ditava o certo e errado. matéria é potência, o que tende a ser; a forma é o ato. A herança greco-latina foi preservada nos O movimento é a forma atualizando a matéria, é a passagem mosteiros –em um mundo onde nem os da potência ao ato, possível ao real. nobres sabiam ler, os monges eram os únicos letrados. Teoria das causas O que justifica a impregnação religiosa nos Princípio da causalidade –tudo que se move é princípios morais, políticos e jurídicos da necessariamente movido pelo outro. sociedade medieval. Nada acontece de forma espontânea –tudo que acontece A grande questão discutida pelos intelectuais teve algo anterior que causou aquilo. da Idade Média era a relação entre razão e fé Há quatro sentidos para causa: material, formal, eficiente e –filosofia e teologia. final. Duas tendências filosóficas: patrística e a A causa material é aquilo de que a coisa é feita; escolástica. A causa eficiente é aquilo que dá impulso ao movimento; A causa formal é aquilo que a coisa tende a ser; Patrística A causa final é aquilo para o qual a coisa é feita. Filosofias dos padres, na Antiguidade. Influência na Alta Idade Média (1ª Metade) -Ex: uma estátua; é causa material é o mármore, a eficiente Para converter os pagões, combater heresias é o escultor que a modela, a formal é a forma que a estátua e justificar a fé, os religiosos escreveram adquire e a final pode ser beleza, devoção religiosa, etc. obras apologética para justificar o pensamento cristão. Deus: Primeiro Motor Imóvel Durante a Idade Média, a aliança entre fé e A filosofia de Aristóteles desemboca no divino, numa razão era reconhecer a razão como auxiliar teologia. da fé. Tenta explicar Deus de forma lógica. Agostinho: Creio para entender. Reconhecimento da existência um ser superior (Deus) Porque, se as coisas são contingentes (não tem em si mesmas Escolástica a razão de sua existência), é preciso concluir que são Baixa Idade Média (2ª Metade) produzidas por causas exteriores a ela. A razão buscava sua autonomia Esse primeiro motor imóvel (por não ser movido por nenhum Criação de universidades na Europa –gosto outro) é também puro ato (sem nenhuma potência). pelo racional; fermentação intelectual. Deus é a primeira causa de toda existência; Deus é a causa. A escolástica surgiu como nova expressão da filosofia cristã. Nesse período ainda persistiu a aliança entre razão e fé – razão serva da teologia. Durante a primeira metade da idade média Aristóteles era visto com desconfiança, mas a parti do séc XIII Tomás de Aquino, monge dominicano, utilizou traduções de Aristóteles. Tomás de Aquino – embora continuasse a valorizar a fé como instrumento de conhecimento, não desconsidera a importância do “conhecimento natural”. Se a razão não pode conhecer a essência de Deus, pode demostrar sua existência ou a criação divina do mundo. Para explicar o conhecimento, Aquino reconhece a participação dos sentidos e do intelecto –o conhecimento começa pelo contato das coisas concretas, passa pelos sentidos internos da fantasia ou imaginação até a apreensão de formas abstratas. Daí em diante a influência de Aristóteles tornou-se forte.