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Resumo Seminário Percepção Social

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DO LESTE DE MINAS GERAIS

DISCIPLINA – Psicologia Social


Prof. Antônio Honório
Grupo: Barbaral Moll, Camila Araújo, Carla Florêncio, Daniella Garcia, Helena Abib,
Karoline Oliveira, Renata Carlini.

Seminário: Percepção Social


A “Percepção Social” é um fenômeno que acontece a partir da interação entre os
indivíduos em sociedade. Essa correlação do homem com o ambiente e as demais pessoas que
integram o espaço foi analisada por diversos filósofos ao longo do tempo, como podemos
notar na afirmativa de Aristóteles “O homem é um ser social porque é um animal que precisa
dos outros membros da espécie.” Dessa forma, a percepção que temos dos outros dentro das
relações sociais é fundamental para determinar nosso comportamento em sociedade.
Nesse aspecto, de acordo com o texto do livro “Temas em Psicologia Social” dos
autores Elaine Maria Braghirolli, Siloé Pereira e Luiz Antônio Rizzom, afirmam que é nas
interações sociais que encontramos satisfação de parte das nossas necessidades. Essa
interação social, se inicia quando percebemos os outros, e essa percepção é definida pelos
autores como “Percepção Social”. É a partir da percepção social que é definido como será o
comportamento apresentado pelo individuo em relação ao outro.
A percepção do outro inicia com informações do contexto externo, como a
observação: do comportamento verbal e não verbal, da conduta do sujeito e informações sobre
o ambiente que se insere. Essas informações, em conjunto, formam a construção de
impressões, podemos salientar a importância que os autores dirigem a “primeira impressão”.
Essa, por sua vez, é formada de maneira rápida, com poucas informações que captamos sobre
o individuo em análise, como: a aparência física, roupas, tom de voz, entre outras
características. Conforme é mencionado no texto, a primeira impressão que fazemos dos
outro, apesar de ser composto de poucas informações, é bem extensa, completa e duradoura.
Isso acontece pois o ser humano não suporta informações incompletas, e com a percepção
social, fazemos um juízo, muitas vezes de forma equivocada, dos outros. Essa primeira
impressão do recém conhecido, depois que formada, muitas vezes não se modifica, além
disso, pode ser que haja muito do próprio individuo que percebe.
Por outro lado, um dos aspectos investigados sobre a percepção social é o grau de
exatidão que é formado pelos julgamentos. Podemos notar, que a maioria das pessoas acredita

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que sabem fazer muito bem a avaliação das características de personalidade e comportamento
das outras pessoas. Sobre isso, muitos pesquisadores do campo da psicologia social, atem suas
pesquisas a questão de reconhecimento das emoções para a percepção e formação de juízos,
os resultados listam seis grupos de emoções, que são: amor, surpresa, medo, cólera, repulsa e
desprezo. Esse estudo apresenta que as pessoas são hábeis em identificar as emoções por
grupos ao comparados em identificar isoladamente as emoções.
Esses estudos, em contrapartida, analisam a dificuldade de construir com exatidão a
avaliação das emoções, pois não há uma expressão, seja ela física ou comportamental, que
determine com precisão determinada emoção, por exemplo: pessoas felizes não
necessariamente iram apresentar comportamentos eufóricos e com semblantes sorridentes. As
pesquisas e estudos sobre a exatidão da percepção das emoções, apresentam uma limitação no
que se refere ao instrumento de análise quantitativa das percepções do indivíduo. Pois, os
resultados mostram uma tendencia das pessoas serem imprecisas ao avaliarem outras.
Além dos fatores listados anteriormente que podem levar a enganos, os autores
afirmam no texto que existem muitos outros motivos que podem interferir no erro de
percepção social. Estudos demonstram que, um dos fatores é o próprio estado do percebedor
que pode influenciar fortemente nas suas percepções. Dessa forma, as pessoas tendem a
projetar seus próprios sentimentos, intenções, valores entre outras questões pessoais; nos
outros. Além disso, podem apresentar maior sensibilidade a algumas características do outro,
de acordo com o próprio estado emocional.
Outro fator que pode influenciar na percepção social é a teoria “implícita de
personalidade”, que se caracteriza pelo modo que fazemos inferência acerca da personalidade
dos outros. Essa teoria esta relacionada ao ato de atribuir a uma pessoa determinadas
características de personalidade, ou seja, um conjunto de crenças a respeito de como
determinados traços de personalidade se cruzam na construção da percepção social do
indivíduo.
Ademais, sobre essa teoria, alguns estudiosos denominam essa ação como “efeito
halo”, que se apresenta como a tendencia de projetar a “positividade” ou a “negatividade”.
Dessa forma, ao posicionar o individuo em determinada dimensão, seja essa “boa” o “má”,
essa impressão transcende-se para outras características que podem ser destinadas ao sujeito.
Por isso, as teorias implícitas individuais, podem ser muito simplórias e conter poucos
construtos. O texto aponta que essa teoria, seria utilizada por pessoas mais imaturas ou menos
sofisticadas cognitivamente, de encontro a essa afirmação cita o autor Gahagan:

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“[...] quanto mais maduros e complexos nos tornamos, mais
aptos estamos a apreciar as múltiplas dimensões da
personalidade individual e os paradoxos que ela comporta.”
(1976, p.73)

Portanto, apesar de cada um de nós poder ter a sua própria teoria implícita de
personalidade, também existem aquelas que são compartilhadas por pessoas de uma mesma
cultura que iram se constituir como os estereótipos. Esses por sua vez, complementa o que
compreendemos como a teoria implícita da personalidade, pois algumas características são
amplamente relacionadas a determinados grupos da sociedade. Dessa forma o estereotipo
define determinado padrão da sociedade uma ideia preconcebida que acaba colocando as
pessoas ou grupos sociais em padrões, criando rótulos, ditando seus comportamentos e
padronizando sua imagem. A formação do estereotipo concebe-se a partir de uma super
generalização, muitas vezes vinculada ao sistema de crenças e valores das classes dominantes,
de uma característica para todo um grupo.
Além disso, outro fator que influencia na percepção social são os “efeitos das
expectativas”, nesse aspecto as pessoas produzem induções sobre o comportamento das
outras. Nessa perspectiva, podemos ilustrar como relatado no texto, que quando um irmão se
apresenta como eficiente nas tarefas escolares, os pais criam a expectativa que o outro filho
também se sairá bem academicamente. Neste exemplo, notamos que os pais, a partir da
observação do comportamento e resultado de um dos filhos, projetou a expectativa que o
outro apresentaria o mesmo desempenho. Contudo, os autores apresentam informações que
existe uma tendencia das pessoas a corresponder as expectativas que esperamos sobre ela,
principalmente se tratando da expectativa que os pais projetam nos filhos.
Em conclusão, é fundamental compreendermos os processos que integram a
construção da percepção social, pois nossos comportamentos são definidos a partir da análise
e sistematização da leitura que temos dos outros. Por isso, é crucial entender que muitas vezes
esse processo pode ser influenciado por fatores externos e intrínsecos ao próprio individuo, e
desse modo fazer uma percepção equivocada de um determinado sujeito. Ademais, a reflexão
sobre padrões, construídos historicamente e socialmente, deve ser feita de forma a afastar pré-
julgamentos que impactam negativamente a forma de viver em sociedade com os diferentes
grupos que nos completam.

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