Gato
Gato
Gato
Areia, 2017
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
CURSO DE BACHARELADO EM MEDICINA VETERINÁRIA
Julho, 2017
2
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA
FOLHA DE APROVAÇÃO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título
de Bacharel em Medicina Veterinária, pela Universidade Federal da Paraíba.
Aprovada em:
Nota:
Banca Examinadora
_________________________
Prof. Dr. Luiz Eduardo Carvalho Buquera
_________________________
Prof. Dr. Danila Barreiro Campos
_______________________________
MSc. Rafael Lima de Oliveira
______________________________
Prof. Dr. Oliveiro Caetano de Freire Neto
Coordenação de TCC
3
"Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram,
nem jamais penetrou em coração
humano o que Deus tem preparado para
aqueles que o amam." 1 Coríntios 2:9
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a todos os animais que ajudei e ainda vou ajudar em toda
minha jornada como Médica Veterinária.
5
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus e todo seu cuidado e proteção comigo até hoje.
Agradeço a meus pais Álvaro e Solange por terem não só me colocado no mundo, mas terem
me ensinado e incentivado a ser tudo que sou hoje, alimentando cada sonho desde a minha
infância a eles meu sempre e terno muito obrigado. A meus avós Ada, Valentim, Waldir in
memoriam e Aurea que sempre me deram amor, colo e carinho. A meus irmãos Bruno e
Leandro por terem me ensinado a dividir, a crescer, sonhar, brincar, por terem me defendido
sempre que precisei, por me acudirem em cada tombo, queixo aberto, dedos em corrente de
bicicleta e muitas histórias naquela casa de número 14. A meus tios e primos por me
ensinarem a ser família. A meu esposo e amigo Arnaldo por nunca ter me deixado desistir e
ser um dos meus maiores incentivadores em todos os meus sonhos e me ajudar a colocar o pé
no chão quando os pés estão altos demais. A meus sogros Arnaldo e Luzia por terem me
acolhido como filha e nunca ter me sentido de forma diferente. As minhas cunhadas Analyane
e Paula por serem as irmãs que nunca tive.
A minhas amigas irmãs Bárbara e Raisa por trilharem comigo boas memórias,
brincadeiras, risadas, conselhos, choros, vitórias. Minha vida não seria mesmo sem vocês. Ao
meu compadre Eduardo por ter chegado e se tornado tão especial em minha vida.
A cidade de Areia por ter me acolhido durantes todos esses anos e ter me dado
presentes em forma de amizade. A Millena, Talina, Micaelly e Jackeline minhas primeiras
amizades nessa nova jornada em busca de um sonho, a todas as noites mal dormidas, estudos,
trabalhos, festas, risadas, filmes, pipocas, choros e fofocas. A Nayane que chegou pra ser
amiga e confidente dividir não só o apartamento a vida. A meu compradre Neto que chegou
junto com Nay e logo se tornou parceiro forte. A Thayse que com um coração imenso e
conversas sem fim conquistou lugar também no meu coração e em toda essa jornada. A
Kalinne que chegou despretensiosa e assim sem entender se tornou amiga e companheira de
quarto.
6
aprender e crescer na universidade, pelo voto de confiança, pelos desafios propostos e aceitos
por me fazer enxergar um novo horizonte, uma nova área de atuação. A todos os amigos que
fiz no CCA.
A Luana por ter me ajudado a trilhar novos caminhos, me ajudado com esse TCC,
por ter se tornado amiga, confidente e parceira
7
JESUS, Sabrina Figueiredo de, Universidade Federal da Paraíba, julho de 2017. Antibióticos
e analgésicos em cirurgia nas clínicas de cães e gatos em João Pessoa-PB. Orientador: Luiz
Eduardo Carvalho Buquera Co-orientadores: Danila Barreiro Campos e Rafael Lima de
Oliveira.
RESUMO
8
JESUS, Sabrina Figueiredo de, Universidade Federal da Paraíba, July, 2017. Antibiotics and
analgesics in surgery at dogs and cats clinics in João Pessoa-PB. Adviser: Luiz Eduardo
Carvalho Buquera. Co-advisers: Danila Barreiro Campos and Rafael Lima de Oliveira.
ABSTRACT
The main goal of this work is to verify whether the protocols of analgesia and
antibiotic therapy in the pre, trans and postoperative periods practiced by the veterinarians in
different kinds of surgeries are consistent with the knowledge presented in the literature. The
data was acquired by an 11-question survey answered during visits to the veterinary clinics
that offer surgery services for small pets. Later, the data were recorded and analyzed through
Excel® software. According to our results, we realized the analgesic protocol used by
veterinarians is based on multimodal analgesia. In regular surgical procedures, such as
orchiectomy, ovariohysterectomy, periodontal treatment, and mastectomies, the veterinarians
do not use antibiotics for both pre and trans operative period. The antibiotic therapy is
performed in the postoperative period though. Furthermore, the most veterinarians do not
repeat the use of antibiotics during the procedure. On the other hand, in the case of post-
surgical infection, regardless the protocol of antibiotic therapy practiced, the infections used
to happen, being related by veterinarians due to the lack of care by the owner. Finally, we
realized none of the veterinarians perform surgical procedures without antibiotics application.
9
LISTA DE FIGURAS
10
SUMÁRIO
2 METODOLOGIA.................................................................................................. 17
3 RESULTADOS ...................................................................................................... 18
4 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 37
5 CONCLUSÃO........................................................................................................ 40
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 41
APÊNDICE A ......................................................................................................................... 44
11
1 INTRODUÇÃO E REVISÃO DE LITERATURA
1.1 Analgesia
A dor informa ao indivíduo sobre perigo real ou potencial para sua integridade
física. É classificada de duas formas: dor fisiológica e dor patológica. A dor
fisiológica induz respostas protetoras, como reflexo de retirada e ou reação de fuga,
com o intuito de interromper a exposição ao estímulo nocivo. No entanto, a dor
persistente pode levar a um estado de depressão semelhante ao desencadeado por
estímulos estressantes inevitáveis e, por consequência, não pode ser considerada uma
resposta adaptativa. Além disso, durante estados dolorosos prolongados, a
estimulação persistente dos aferentes nociceptivos induz alterações tanto centrais
como periféricas, que aumentam os efeitos deletérios da dor crônica, a qual passa a
assumir o caráter de dor patológica (PISERA, 2005).
12
Almeida et al. (2006). A dor não aliviada é prejudicial: as funções fisiológicas ficam
comprometidas, os animais diminuem a ingestão hídrica e alimentar, ocorrem
alterações cardiovasculares e respiratórias, imunossupressão e retardo no processo de
cicatrização (SAMPAIO, 2010).
A dor pode ser classificada em aguda e crônica. A dor aguda alerta para a
presença de uma lesão tecidual real ou potencial, exercendo importante função
biológica. Desta forma, a capacidade de perceber a dor pode ser um mecanismo de
sobrevivência. No entanto, a dor crônica pode também causar sofrimento insuportável.
Este tipo de dor apresenta uma natureza multidimensional, perdendo a função
biológica que caracteriza a dor aguda Ribeiro et al. (2002). A dor aguda, além do
sofrimento, contribui para a ocorrência de complicações pós-cirúrgicas (ALVES et al.,
2001).
13
(2006) ou a administração pré-cirúrgica de anestésicos por via epidural, Sibanda et al.,
2006) e ainda o uso de anestésicos locais (SHAFFORD et al, 2004).
Todas as feridas cirúrgicas são contaminadas com bactérias, mas nem todas se
tornam infectadas. Um nível crítico de contaminação é necessário antes que ocorra a
infecção. A contaminação bacteriana durante um procedimento cirúrgico pode se
originar da própria flora do animal (bactéria endógena) ou do ambiente ou de
contaminantes temporários da pele (bactéria exógena). (CRHIS, 2014)
14
O uso profilático de antimicrobianos só pretende atingir o período de tempo do
procedimento em si e aproximadamente 3 a 6 h depois do fechamento da ferida
cirúrgica (i. e., até que um selo de fibrina se forme). Ele não pretende prevenir a
contaminação pós-operatória. (CRHIS, 2014)
15
apenas em conjunto com outros fatores. A confiança no uso antimicrobiano para
compensar conduta hospitalar ou com o paciente inadequadas, é cara, ineficaz e
constituirá a base para surtos de infecções adquiridas no hospital e resistentes aos
medicamentos. (SHALES, 2014)
1.3 Objetivo
16
2 METODOLOGIA
17
3 RESULTADOS
18
Nas orquiectomias, destacou-se o uso de meloxicam no pós-cirúrgico e o
não uso de analgésicos para o pré e trans cirúrgicos. (Figura 2)
Tramadol+dipirona 5,26%
5,26%
Xilazina+lidocaína 5,26%
5,26%
Pré
Dipirona+meloxicam 10,53%
10,53%
Tramadol 21,05%
31,58%
5,26%
Cetaprofeno 10,53%
Tras
10,53%
Tramadol 26,32%
63,16%
5,26%
Tramadol+meloxicam+dipirona 5,26%
5,26%
Pós
Cetaprofeno 10,53%
15,79%
Tramadol 21,05%
21,05%
Meloxicam 36,84%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
19
A associação de dipirona e meloxicam ou o uso isolado de tramadol, foram os
mais citados para uso no pós-operatório de ovariohisterectomias. Já no pré e trans
operatório, prevaleceu o não uso de analgésicos . (figura 3)
5,56%
Cetamina+xilazina 5,56%
5,56%
Tramadol+dipirona+carprofeno 5,56%
Pré
5,56%
Dipirona+Enro 5,56%
16,67%
Dipirona+meloxicam 16,67%
38,89%
5,56%
Meloxicam 11,11%
Trans
11,11%
Dipirona 11,11%
22,22%
não utiliza 44,44%
dipirona 5,56%
5,56%
Carprofeno+tramadol 5,56%
5,56%
Meloxicam+tramadol 11,11%
Pós
11,11%
Meloxicam 16,67%
16,67%
Carprofeno 16,67%
22,22%
Tramadol 27,78%
0,00%10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
20
Para tratamento cirúrgico de hérnias, no pré e trans cirúrgico não foi utilizado
analgésico pela maioria dos veterinários. No pós-operatório, tramadol ou meloxicam
são os mais receitados. (Figura 4).
fenilbitazona 5,88%
Tramadol+meloxicam 5,88%
Tramadol+dipriona 5,88%
Carprofeno 5,88%
Tramadol+dipirona+meloxicam 5,88%
Enro+dipirona 5,88%
Tramadol+dipirona+carprofeno 5,88%
Acepram+tramadol 5,88%
Cetamina+xilaxina 5,88%
Pré
Meloxicam 5,88%
Cetoprofeno 5,88%
Dipirona 5,88%
Metadona 5,88%
Meperidina 5,88%
Morfina 11,76%
Meloxicam+dipirona 17,65%
Tramadol 17,65%
não utiliza 23,53%
gabapentina 5,88%
Tramadol+meloxicam 5,88%
Tramadol+dipirona 5,88%
Trans
Dipirona 11,76%
Cetoprofeno 11,76%
Tramadol 17,65%
não utiliza
cetoprofeno 5,88%
Dipirona+carprofeno 5,88%
Tramadol+dipirona+meloxicam 5,88%
Dipirona 11,76%
Pós
Carprofeno 11,76%
Figura 4: Protocolo de analgesia utilizado no pré, trans e pós-operatório de tratamento
cirúrgico de hérnias.
21
No tratamento periodontal temos a dipirona como o mais administrado no pós-
operatório. No Pré e trans operatório a maior parte dos veterinários não utiliza
analgésicos. (Figura 5)
Dipirona 5,56%
Metadona 5,56%
Meloxicam 5,56%
Xilazina+cetamina 5,56%
Dipirona 5,56%
Xilazina 5,56%
Acepram+tramadol 5,56%
Pré
Carprofeno 5,56%
Dipirona+tramadol+prednisolona 5,56%
Dipirona+tramadol+carprofeno 5,56%
Meloxicam+dipirona 11,11%
Dipirona 11,11%
Tramadol 16,67%
não utiliza 33,33%
Metadona 5,56%
Dipirona
Trans
11,11%
Cetoprofeno 11,11%
Tramadol 27,78%
não utiliza 61,11%
Dipirona+meloxicam 5,56%
Dipirona+enro 5,56%
Meloxicam+Dipirona 5,56%
Prednisolona 5,56%
Dipirona+tramadol+prednisolona 5,56%
Pós
22
No pré-operatório de ortopedia temos o tramadol como analgésico mais
utilizado, já no trans operatório a maioria dos veterinários não utiliza analgésicos. No
pós-operatório temos o meloxicam e tramadol como os mais prescritos. (Figura 6)
fenilbutazona 9,09%
Carprofeno+dipirona 9,09%
Acepram+tramadol 9,09%
Carprofeno 9,09%
Meloxicam 9,09%
Cetamina+xilazina+tramadol 9,09%
Pré
Morfina 9,09%
Tramadol+dipirona+meloxicam 9,09%
Dipirona 18,18%
Tramadol+dipirona 18,18%
não utiliza 27,27%
Tramadol 27,27%
Tramadol+dipirona 9,09%
Meloxicam 9,09%
Flk 9,09%
Trans
Mlk 9,09%
Meloxicam 9,09%
Dipirona 9,09%
Tramadol 36,36%
não utiliza
Tramadol+meloxicam 9,09%
Morfina 9,09%
Cetaprofeno+tramadol 9,09%
Cetoprofeno 9,09%
Carprofeno+tramadol 9,09%
Pós
Carprofeno+meloxicam 9,09%
Carprofeno+dipirona 9,09%
Tramadol+meloxicam+dipirona 18,18%
Figura 6: Protocolo de analgesia utilizado no pré, trans e pós-operatório de ortopedia.
23
Na mastectomia o tramadol é mais mencionado no pré e pós-operatório, já no
trans-operatório não é utilizado analgésicos por grande parte dos veterinários.
(Figuras 7)
24
Figura 8: Eficácia do protocolo de analgesia utilizado.
Quando foram questionados sobre quais critérios utilizam para avaliar dor nos
pacientes, o comportamento foi referido mais frequentemente. (Figura 9)
70,00%
57,89%
60,00%
50,00%
40,00% 36,84%
31,58% 31,58% 31,58%
30,00%
21,05% 21,05%
20,00% 15,79% 15,79%
10,53%
10,00% 5,26% 5,26% 5,26% 5,26%
0,00%
25
Quanto à necessidade de adição de outros fármacos ou de alterações de doses,
grande parte dos veterinários responderam afirmativamente, sendo que a morfina foi o
mais utilizado. (Figura 10)
26
Figura 11: Critérios para seleção de antibiótico, na rotina cirúrgica pelos clínicos veterinários
de pequenos animais de João Pessoa- PB.
27
Pentabiótico 5,26%
Ceftriaxona 5,26%
Enrofloxacina 10,53%
Pré
Cefalotina 10,53%
Penicilina 15,79%
Não realiza 57,89%
Ampicilina 5,26%
Cefalotina 10,53%
Trans
Ceftriaxona 15,79%
Enrofloxacina 15,79%
Não realiza 57,89%
Penicilina 5,26%
Amoxicilina 5,26%
Cefalexicina 47,37%
Enrofloxacina 52,63%
0,00%10,00%20,00%30,00%40,00%50,00%60,00%70,00%
28
Pentabiótico 5,56%
Ampicilina 11,11%
Pré
EnroFloxacina 11,11%
Ceftriaxona 16,67%
Cefalotina 16,67%
Enrofloxacina 5,56%
Ampicilina 5,56%
Trans
Cefalotina 16,67%
Ceftriaxona 16,67%
Lincomicina 5,56%
Ampilicina 5,56%
Clindamicina 11,11%
Marbofloxacina 16,67%
Amoxicilina 16,67%
Enrofloxacino 44,44%
Cefalexina 61,11%
29
Quando do tratamento cirúrgico das hérnias, para os períodos pré e trans cirúrgico
o protocolo dominante foi o não uso de antibióticos. Já a conduta no pós-operatório a
cefalexina foi o mais receitado. (Figura 14)
Figura 14: Protocolo de antibiótico profilaxia no pré, trans e pós-operatório para o tratamento
cirúrgico de hérnias.
30
No tratamento periodontal e nas mastectomias, a maioria dos veterinários utilizou
fármacos antimicrobianos somente no pós-operatório, mais frequentemente a
clindamicina e a cefalexina, respectivamente. (Figuras 15 e 16)
Pentabiótico 5,56%
Amoxicilina 5,56%
Metronidazol 5,56%
Ciprofloxacina 5,56%
Cefalexicina 5,56%
Ampicilina 5,56%
Pré
Amoxicilina+clavulanato 5,56%
Ceftriaxona 11,11%
Cefalotina 11,11%
Penicilina 11,11%
Enrofloxina 11,11%
Clindamicina 22,22%
Não realiza 33,33%
Ampicilina 5,56%
Cefalotina 22,22%
Trans
Ceftriaxona 5,56%
Enrofloxacino 5,56%
Não realiza 50,00%
Penicilina 5,56%
Marbofloxacina 5,56%
Lincomicina 5,56%
Ciprofloxacina 5,56%
Ampicilina 5,56%
Pós
Figura 15: Protocolo de antibiótico profilaxia no pré, trans e pós-operatório para o tratamento
periodontal.
31
Enrofloxacina 5,56%
Cefalexina 5,56%
Amoxicilina+clavulanato 5,56%
Penicilina 5,56%
Pré
Ampicilina 11,11%
Ceftriaxona 11,11%
Cefalotina 16,67%
Não realiza 50,00%
Enrofloxacina 5,56%
Ampicilina 5,56%
Trans
Ceftriaxona 11,11%
Cefalotina 16,67%
Não realiza 55,56%
Cefalexina+metronidazol 5,56%
Amoxicilina 5,56%
Amoxicilina com Clav+Marbofloxacina 5,56%
Lincomicina 11,11%
Pós
Ampicilina 11,11%
Amoxicilina com Clav 11,11%
Marbofloxacina 11,11%
Clindamicina 16,67%
Enrofloxacina 33,33%
Cefalexina 66,67%
32
Nos procedimentos cirúrgicos ortopédicos não se utilizaram antibióticos no pré-
operatório, no trans operatório houve uma divisão equânime entre os que não fizeram
uso e os que elegeram a ceftriaxona e no pós, receitou-se cefalexina à maioria dos
pacientes. (Figuras 17)
Amoxicilina+clavulanato 9,09%
Ampicilina 9,09%
Enrofloxacina 9,09%
Clindamicina 9,09%
Pré
Cefalotina 18,18%
Cefalexina 18,18%
Ceftriaxona 18,18%
Ampicilina 9,09%
Trans
Cefalotina 18,18%
Ceftriaxona 36,36%
Amoxicilina 18,18%
Marbofloxacina 18,18%
Amoxicilina+clavulanato 9,09%
Ampicilina 9,09%
Pós
Enrofloxacina 27,27%
Enrofloxacina+metronidazol 9,09%
Cefalexicina+metronidazol 9,09%
Cefalexina 36,36%
33
Sobre a repetição de antibiótico(s) durante o procedimento cirúrgico, foi
observado que a maioria dos veterinários não fazem uso de antibiótico durante o
procedimento. (Figura 18)
34
Figura 19: Causas de infecção no pós-operatório
35
Figura 20: Mudança do protocolo de antibiótico profilaxia em novo procedimento cirúrgico.
36
4 DISCUSSÃO
37
e trans operatório, contradizendo a literatura pesquisada, como por exemplo,
Rubenstein et al. (1994). Os autores afirmam que o uso de antibiótico no pré e trans
operatórios só é justificado para procedimentos nos quais a infecção da ferida
cirúrgica seria catastrófica, uso de implante permanente, ou aquelas cirurgias limpas
em que o procedimento cirúrgico tem duração relativamente longa, acima de 90 min
da primeira incisão. A profilaxia antimicrobiana aumenta a proporção de organismos
resistentes em uma população bacteriana hospitalar e, portanto, a administração deve
ser justificada em todos os casos. Quando se faz necessário seu uso, o início e
interrup ão a a ministra ão os anti ióticos é importante para o resulta o avor vel
da profilaxia, é necessário haver concentração adequada do antibiótico no momento
da incisão inicial e ao longo de todo o procedimento. Na maioria das situações, uma
única dose parenteral administrada logo antes da incisão pode garantir níveis
adequados durante toda a cirurgia. Adão et al. (2008). O uso de antimicrobianos não
substitui o planejamento pré-operatório apropriado, seleção de casos, boa técnica
cirúrgica, cuidados pós-operatórios adequados e estratégias apropriadas de controle de
infecção. Brown et al. (1997); Martin el al (1998); Song et al (1998); Bailly, (2001).
Os antimicrobianos perioperatórios não têm efeito sobre a incidência de infecção da
ferida em procedimentos cirúrgicos veterinários de rotina normais realizados por
cirurgiões experientes Vasseur et al., (1985); Brown et al., (1997); Vasseur et al.,
(1998). Fossum (2014) diz que os antibióticos profiláticos intravenosos devem ser
administrados de 30 min a 1h antes da primeira incisão e devem ser interrompidos no
final do procedimento cirúrgico ou no máximo em 24 horas após o procedimento.
38
cada duas horas, ou, se a droga tiver meia-vida longa no intervalo terapêutico usual do
procedimento. Estudos clínicos em cães, revelaram que a pele inicia a reinstalação das
suas colônias de bactérias inerentes 90 minutos após a preparação asséptica,
transformando um procedimento cirúrgico limpo em uma cirurgia limpa contaminada
(DIANNE, 2014)
39
5 CONCLUSÃO
40
REFERÊNCIAS
41
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619, 2005
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SHAFFORD, Heidi L.; HELLYER, Peter W.; TURNER, A. Simon. Intra‐ articular
lidocaine plus bupivacaine in sheep undergoing stifle arthrotomy. Veterinary
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long‐ acting sufentanil formulation for analgesia after ovariohysterectomy in dogs.
Veterinary anaesthesia and analgesia, Bristol, UK, v. 33, n. 5, p. 313-327, 2006.
SILVA, Francisco Lima; DA SILVA, Catarina Rafaela Alves; COSTA, Amilton
43
APÊNDICE A
Clínica veterinária:
a( ) Orquiectomia
b( ) Ovariohisterectomia
c( ) Redução de Hérniais
i( ) umbilicais
ii( ) inguinal
iii( ) perineal
d( ) tratamento periodontal
e( ) ortopedia
f( ) mastectomia
( ) < 50% dos pacientes ( ) 50% dos pacientes ( ) 75% dos pacientes
( ) 100% dos pacientes
44
5.Em alguns procedimentos tem sido necessário adicionar outros fármacos ou
realizar alterações das doses para aliviar a dor dos pacientes? Se sim, descreva.
45
APÊNDICE B
Você está sendo convidado (a) como voluntário (a) a participar da pesquisa:
“Antibióticos e analgésicos em cirurgia nas clínicas de cães e gatos em João Pessoa-
PB”, com objetivo de verificar os protocolos de analgesia e uso de antibióticos
praticados pelos médicos veterinários em diferentes tipos de cirurgias.
SIGILO E PRIVACIDADE
Estou ciente de que minha privacidade será respeitada, ou seja, meu nome e o
nome do meu estabelecimento, ou qualquer forma, de me identificar, será mantido em
sigilo. O pesquisador se responsabiliza pela guarda e confidencialidade dos dados.
DECLARAÇÃO
Declaro que li e entendi todas as informações presentes neste Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido e tive a oportunidade de discutir as informações
deste termo. Todas as minhas perguntas foram respondidas e estou satisfeito com as
respostas. Entendo que receberei uma via assinada e datada deste documento e que
outra via assinada e datada será arquivada pelo pesquisador responsável pelo estudo.
Enfim, tendo sido orientado quanto ao teor de todo o aqui mencionado e
compreendida a natureza e o objetivo do já referido estudo, manifesto meu livre
consentimento em participar, estando totalmente ciente de que não há nenhum valor
econômico, a receber ou a pagar, por minha participação.
Dados do participante da pesquisa
Nome:
Telefone:
e-mail:
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