Caderno de Farmacologia - Ufma (2015.1)
Caderno de Farmacologia - Ufma (2015.1)
Caderno de Farmacologia - Ufma (2015.1)
Farmacologia
(Centésima Primeira Turma De Medicina Da Universidade Federal Do
Maranhão)
INTRODUÇÃO
Ana Josephy da Silva Costa
A meia-vida é o tempo que o fármaco leva para a metade dele ser eliminado,
excretado. Existe um pico alcançado no plasma em determinado tempo que é o
tempo de meia-vida. Se o tempo de meia-vida do fármaco é de 6 horas, então
não se pode administrar o fármaco de 3 em 3 horas porque vai acumular no
organismo, pois o pico dele tá sendo atingido em 6 horas. E também não
poderá administrar o fármaco de 12 em 12 horas porque em 6 horas ele já está
na metade, então se esperar 12 horas para administrar novamente, o fármaco
já foi todo eliminado do organismo do paciente e não terá manutenção do efeito
terapêutico esperado. Então o clínico tem que ter conhecimento do tempo de
meia-vida dos fármacos para poder estabelecer a posologia.
Efeito tóxico é quando o fármaco tem uma ação principal de ser prejudicial, ou
seja, o seu efeito maléfico é mais predisponente que o seu efeito benéfico.
Pode até servir para algumas finalidades, mas é tão maléfico que não pode se
tornar medicamento. É o exemplo da cocaína. Cocaína tem o mesmo efeito da
adrenalina, é uma droga por modificar o sistema biológico e é ilícita porque
pode levar a morte dependendo da dose. A cocaína estimula tanto o coração
que o paciente pode apresentar em um infarto, um processo de isquemia e
morrer de overdose. Então a cocaína quando foi descoberta não foi tornada
medicamento, ela ficou como droga.
Outro exemplo é o da talidomida que foi por muito tempo utilizada por
gestantes para conter vômitos atuando no sistema nervoso central, mas com o
tempo, mesmo após já ter sido lançada no mercado foi confirmado que ela era
teratogênica, causando mal formação fetal. Na época ela foi retirada do
mercado e mas hoje voltou com o uso estrito hospitalar e para o tratamento de
pessoas com câncer e hanseníase. A talidomida continua sendo medicamento
em baixas doses.
bose, é revestida para não sofrer ação do pH ácido. E, a Aspirina Infantil que
tem uma liberação convencional. O início de ação de cada uma pode ser
modificado de acordo com a forma farmacêutica, apesar de todos serem
comprimidos, mas há a modificação do tipo de comprimido.
A farmacologia estuda o modo pelo qual a função dos sistemas é afetada pelos
mediadores químicos. Para entender o que é a farmacologia deve-se entender
o que é mediador químico. Mediador químico é toda substância química
produzida endogenamente, ou seja, no nosso próprio organismo, que agem em
moléculas chamadas de receptores. Esses receptores estão localizados em
células que são chamadas células-alvo; o contato do mediador químico com o
receptor provoca um efeito ou resposta biológica. Então a farmacologia parte
desse princípio que a substância química para gerar um efeito biológico tem
que primeiramente interagir com moléculas chamadas de receptores.
1- Seleção do alvo:
4- Síntese
Desenvolvimento clínico
Para que a FDA (Food and Drug Administration) dos EUA aprove o pedido de
um medicamento em investigação, este fármaco deve ser submetido a uma
avaliação clínica no ser humano que envolve 4 fases:
Estudos clínicos com pessoas que apresentam a doença para a qual a droga é
considerada eficaz. segurança no uso e biodisponibilidade
✓ Enzimas
✓ Moléculas transportadoras
✓ Canais iônicos
✓ Receptores
✓ DNA/RNA
CONCEITOS DE FARMACOLOGIA
✓ Nome químico: nome científico que descreve com precisão sua estrutura
anatômica e molecular. Ex.: ácido acetilsalicílico.
✓ Nome genérico: denominação do fármaco ou princípio ativo de registro
legalmente obrigatório em embalagem. Ex.: o ácido acetilsalicílico tem o nome
genérico de aspirina (nome simples/comum)
✓ Nome comercial: é um nome fantasia escolhido pela companhia
farmacêutica que vende o produto (devem ser acompanhados pelo símbolo ®).
Ex.: Bufferin®
2- Medicamento de referência
3- Medicamentos genérico
7- Efeitos adversos:
8- Interações medicamentosas:
Tipos:
→ Biodisponibilidade
✓ Formas farmacêuticas
✓ Objetivos Terapêuticos
✓ Condições físicas e patológicas do paciente
✓ Menor latência
✓ Menor posologia
✓ Maior eficácia
✓ Menor toxidade
Em geral, a via escolhida é aquela que nos permite obter maior disponibilidade
e uma concentração mais adequada junto a biofase, que seja de fácil
administração, baixo custo, riscos diminuídos e que não cause desconforto ao
paciente. A via de administração em geral influencia significativamente a
velocidade, duração e intensidade dos efeitos. Podem ser de:
→Via Oral
→Via Sublingual
→Via Retal
Via Parental: Recebe-se a substância por outra forma que não pelo trato
digestivo.
Vias diretas
→Intradérmica
→Subcutânea
→Intramuscular
→Endovenosa
Vias Indiretas
→Respiratória
→Vaginal
→Cutânea
✓ Via Oral
o Motilidade gastrointestinal
o Fluxo sanguíneo esplâncnico
o Tamanhos das partículas e formulações
o Fatores físico-químicos
VANTAGENS
- Comum
- Simples
- Segura
- Econômica
DESVANTAGENS
1ª passagem >Fígado
✓ Via Sublingual
VANTAGENS
- Rápida absorção
- Evita 1ª passagem fenômeno onde o farmaco é metabolizado pelo fígado, fazendo com que este
tenha a concentração significativamente reduzida antes mesmo de entrar na
DESVANTAGENS corrente sanguínea
✓ Via Retal
VANTAGENS
DESVANTAGEM
Via Cutânea
Pode ser administrada via pomadas, loções, cremes, patchs, etc, tendo efeito
geralmente local.
Via Intradérmica
VANTAGENS
DESVANTAGENS
VANTAGENS
DESVANTAGENS
- Injeção intravascular
- Formação de abscessos
RECOMENDAÇÕES
- Pessoal treinado
Via Endovenosa
VANTAGENS
- Biodisponibilidade de 100%
DESVANTAGENS
- Dificulta a automedicação
- Mais dispendiosa
Via Respiratória
VANTAGENS
DESVANTAGENS
Via Vaginal
CHOQUE ANAFILÁTICO
É uma reação alérgica intensa que ocorre minutos após a exposição a uma
substância causadora de alergia, chamada alergeno. Alguns exemplos são a
penicilina e picada de animais. Tem como sintomas:
- Sensação de desmaio
- Taquicardia
- Dispneia
- Náusea e vômitos
- Dores gástricas
2. ABSORÇÃO
Toda droga ingerida, para chegar na corrente sanguínea, sofre ação do epitélio
gastrointestinal; o sistema linfático também interfere na condução dessa droga.
A barreira hematoencefálica prediz a ação de determinadas drogas no SNC.
Essa barreira é um conjunto de células que unidas formam espaços que podem
ou não permitir a passagem do fármaco, de acordo com sua lipossolubilidade;
os muitos lipossolúveis tem dificuldade de atravessá-la. O sistema circulatório
cerebral também contém membranas que atuam como barreiras.
✓ Membrana plasmática
✓ Mecanismos de transporte
o Difusão simples:
▪ Mais frequente, pois a maioria dos fármacos é lipossolúvel
▪ O fármaco passa da região mais concentrada para a menos concentrada
▪ A favor de um gradiente de concentração
▪ Sem gasto de energia
o Difusão facilitada
▪ Substâncias hidrossolúveis
o Transporte ativo
▪ Macromoléculas hidrossolúveis
▪ Com gasto de energia
▪ Ex: bombas
o Pinocitose
▪ Engloba/invagina
3. DISTRIBUIÇÃO
4 3. BIOTRANSFORMAÇÃO
● Importância
● Finalidades
● Local da biotransformação
Qualquer tecido examinado possui a capacidade de biotransformação. No
entanto, o principal órgão responsável por este processo é o fígado e em
segundo plano trato digestivo, rins e pulmões. Os processos enzimáticos
envolvidos nas reações de fase 1 são metabolizados principalmente no REL e
os de fase 2 principalmente no citosol.
As reações tipo II, citossólicas, não ocorrem a nível de retículo e nem são
microssomas, e consiste em conjugação a moléculas bastante polares,
possibilitando a excreção. As enzimas presentes são sintetases e transferases.
Por exemplo, o Xantinon, que é metionina, importante como coadjuvantes
dessas enzimas com o ácido glicurônico. São dos tipos glicuronidação,
acetilação e sulfonação.
4. BIOEXCREÇÃO
O fármaco pode ser removido do organismo em sua forma inalterada, caso seja
hidrossolúvel, ou como metabólito polar, caso seja lipossolúvel, tendo, portanto,
que passar pelo processo de biotransformação. Dos pulmões e do fígado o
fármaco é então direcionado aos rins, nos quais passará a ser excretado
através da urina, ou ainda poderá ser excretado através do trato digestório
(como bile ou fezes), pelos pulmões (no ar exalado), pelas secreções das
glândulas mamárias, pelo suor, pela saliva, lágrimas etc. Todavia, excreção
pela urina e pelas fezes são as vias mais importantes de eliminação das
drogas.
EXCREÇÃO RENAL:
Via Biliar - o fármaco passa pelo fígado, sofrendo (ou nao) metabolização, se junta aos sais biliares no
caminho do intestino, onde será excretado na forma de fezes
fatores que alteram
doenças do fígado (hepatopatias)
estase biliar
alteração na circulação hepática
indução ou inibição enzimatica
Farmacodinâmica
Carolina Rodrigues Cunha Guimarães Drumond
As funções dos receptores são: reconhecer seus ligantes, acoplar aos seus
ligantes com elevada afinidade, atuar como transdutor, determinar as relações
entre dose da droga e efeito farmacológico, são responsáveis pela seletividade
das drogas e determinam ações dos agonistas e antagonistas.
Dose:
1) Dose terapêutica: dose-padrão.
2) Dose profilática: relacionada com a DE50. dose terapeutica para 50% dos individuos
3) Dose tóxica: gera efeitos indesejados. Relacionada com a DL50.
4) Dose de manutenção: manter a concentração de equilíbrio e
evitar a variação terapêutica.
5) Dose de impregnação: para alcançar a concentração desejada.
a) Dose padrão
C
b) DE50: dose que produz 50% da resposta máxima. Quanto menor,
maior a segurança do fármaco.
c) DL50: dose letal para 50% dos indivíduos. Quanto maior, maior a
segurança do fármaco.
DT50 - dose toxica para 50% dos individuos
Obs: Quanto menor a quantidade para se causar óbito, mais tóxica a droga.
O antagonista são fármacos que se ligam aos receptores sem efeito regulador,
porém sua ligação bloqueia a ligação dos agonistas endógenos. Antagonista
competitivo reversível compete com o agonista pelos receptores do sítio de
ação, com o aumento da dose do agonista há deslocamento do antagonista do
receptor, há efeito máximo- o gráfico possui deslocamento para a direita.
Antagonista competitivo irreversível o aumento da dose do agonista não
desloca o antagonista, o antagonista se dissocia muito lentamente do receptor,
não há efeito máximo, uma vez que se estabelece uma ligação covalente entre
o receptor e o antagonista, impedindo que o agonista se ligue. O antagonista
não competitivo bloqueará algum ponto da cadeia de produção da resposta
biológica, não necessariamente o receptor- o gráfico possui deslocamento para
a direita e redução do efeito máximo.
Receptores nucleares: ligados ao DNA. resposta mais demorada (e relativamente mais perigosa)
sintese de proteinas ex hormonios
Proteína G: A proteína G ativada age sobre uma molécula efetora, neste caso,
um canal iônico, cuja condutância será indiretamente modificada.
Receptores intracelulares
Receptores fisiológicos
-receptores proteicos.
Receptores colinérgicos
Receptores Adrenérgicos
1. SISTEMA HEMATOPOIÉTICO
2. ANEMIA
-FERROPRIVA
-MEGALOBLÁSTICA
ANEMIA FERROPRIVA
-Ferripolimaltose
-Sulfato ferroso
-Fumarato ferroso
-Gluconato ferroso
ANEMIA MEGALOBLÁSTICA
É causada pela deficiência de vitamina B12 e ácido fólico que provoca redução
seletiva na síntese de DNA e provoca células megaloblásticas. Trata-se de
uma anemia macrocítica, ou seja, eritrócitos com tamanho aumentado. O folato
e a vitamina B12 são essências para a síntese da timina que compõe o DNA, a
sua carência provoca uma menor síntese de DNA enquanto o citoplasma com
RNA continua a produzir proteína provocando aumento do tamanho da célula.
A hemácia aumentada possui um tempo de vida menor, ocorrendo hemólise da
mesma sem tempo suficiente para reposição em uma taxa suficiente.
2. INIBIDORES ADRENÉRGICOS
Dentro do grupo dos alfa bloqueadores é preciso salientar que estes bloqueiam
os receptores alfa do sistema nervoso aoutônomo. Precisam ser associados
com outros ant-hipertensivos para que exista ação relevante, além de
causarem em alguns casos tolerância medicamentosa. Como exemplos
tem-se: doxazonina e prazosin. São benéficos em pacientes com hiperplasia
benéfica da próstata, além de propiciarem melhora no metabolismo de
gorduras. Vale ressaltar que não são medicamentos de primeira escolha.
b) α-bloqueadores
Bloqueiam os receptores alfa do sistema nervoso autônomo envolvidos no
controle da pressão arterial. Apresentam efeito hipotensor discreto em longo
prazo como terapia isolada, devendo, portanto, ser associados com outros
anti-hipertensivos. Podem induzir o aparecimento de tolerância medicamentosa
(perda do efeito com o tempo), o que exige o uso de doses gradativamente
crescentes.
Exemplos desse grupo são: a doxazonina e o prazosin. Têm a vantagem de
propiciar melhora discreta no metabolismo das gorduras e dos sintomas de
pacientes com hipertrofia prostática benigna (prostatismo).
Reações adversas: hipotensão postural (queda da pressão arterial ao ficar de
pé, o que é mais evidente com a primeira dose, sobretudo se a dose inicial for
alta), palpitações e, eventualmente, fraqueza.
Os alfabloqueadores não são medicamentos de primeira escolha para o
tratamento da hipertensão arterial.
c) Betabloquadores
- Mecanismo de ação:
- Efeitos colaterais:
✓ Broncoconstrição
✓ Vasoconstrição coronária e muscular
✓ Glicogenólise e neoglicogênese diminuída
✓ Inibição da liberação de insulina
✓ Antagonismo do tremor induzido pelas catecolaminas
Angiopril®)
– Perindopril (Coversyl®)
b) Minoxidil
7. Tratamento
a) Monoterapia
b) Associação de fármacos
8. Eficiência individual
✓ Os diuréticos são mais ou menos eficientes quando usados em doses
baixas, principalmente a hidroclorotiazida.
✓ Os betabloqueadores aos poucos vão perder seu uso no controle da
hipertensão arterial sistêmica, devido ao efeito deletério sobre a tolerância a
glicose e a resistência a insulina e também por desenvolvimento da diabetes
tipo 2.
✓ Os inibidores de receptor da angiotensina II não são tão potentes
quando usados em monoterapia, por isso eles são úteis na fase inicial. Mas na
segunda e terceira fase não são muito eficientes e são administrados junto a
bloqueadores dos canais de cálcio ou diuréticos.
✓ O aumento das doses dos inibidores da enzima conversora de
angiotensina II não aumentam os efeitos colaterais.
os anticoagulantes não são tão potentes quanto trombolíticos/fibrinolíticos (estes agem quase imediatamente ao
desfazer o trombo, enquanto os primeiros agem em semanas/meses). Essa diferença é vital na escolha do caso em
questão, já que quanto maior a potência, maior o risco de sangramento/hemorragia
boa parte dos anticoagulantes orais nao sao recomendados para pacientes com função renal comprometida
Farmacologia Anticoagulante
Gustavo Mesquita Bruno
tentar perfurar o mesmo local seguidamente ou "bater" para destacar o vaso podem fazer com que
o coagulo migre para um vaso de menor calibre, podendo provocar complicações
crescimento de tecido fibroso no interior do vaso.
1. Salicilatos (Aspirina)
A aspirina age bloqueando a produção de tromboxano A2 a partir do ácido
araquidônico, produzindo acetilação irreversível na enzima COX
(cicloxigenase). Entretanto, devido ao fato de a plaqueta não conter núcleo,
esta não sintetizará novamente uma quantidade adicional desta enzima, logo,
deve-se atentar para o uso limitado de aspirinas. O uso clinico da aspirina
busca a prevenção e tratamento de Infarto do Miocárdio, Acidente Vascular
Cerebral, fibrilação arterial e arritmias graves. Seus efeitos adversos incluem
Síndrome de Reye em crianças menores de 12 anos, broncoespasmos e
o efeito dura durante o ciclo de via plaquetatio, ha indicações de ser mais efetivo a noite
o efeito depende da dose
hemorragias gastrointestinais.
2. Inibidores de Fofosdiesterase
Devido à inibição desta enzima, impedem a decomposição de AMPc nas
plaquetas, diminuindo a atividade desta célula. Tem como efeitos adversos
hipotensão, cefaleia, erupções cutâneas e desconforto abdominal.
A protrombina vai ser ativada pela adição de cálcio, por uma enzima,
convertendo-se em trombina, que converte o fibrinogênio em monômeros de
fibrina, que se polimerizam e na presença de cálcio se estabiliza. Os
anticoagulantes atuam inibindo a trombina.
5. Vitamina K
Reconhecida como fator anti-hemorrágico. É fundamental à biossíntese de
protrombina, FatoresII,VII, IX e X. É lipossolúvel e absorvida apenas na
presença de sais biliares. É ministrada por via oral ou intravenosa. Carreada no
plasma ligada à albumina. Possui duas formas: vitamina K1 (filoquinona) (óleos
e vegetais folhosos); vitamina K2 (menaquinonas, bactérias intestinais,
inclusive). Os Cumarínicos (Warfarina) atuam como anticoagulantes por
interferirem nas fases envolvidas na resíntese da Vitamina K ativa. Pessoas
que tem diarreia constante perdem a flora intestinal, sendo que a vitamina K é
sintetizada por bactérias intestinais, acabam por ter tendências hemorrágicas.
6. Heparina
catalisador da anti trombina e da trombina
É um anticoagulante indireto, atuando sobre a antitrombina III potencializando
em até mil vezes o seu efeito. É sintetizada nos mastócitos. Antigamente era
extraída de animais, hoje se sintetiza heparina de baixa intensidade. Divide-se
em:
1. Farmacoterapia da Angina
✓ O que causa?
✓ Tratamento da angina
a) Nitratos
Os nitratos são potentes vasodilatadores, pois podem levar a formação de
óxido nítrico, resultado da doação de nitrogênio, correspondendo o fator
essencial em tal processo. O óxido nítrico é fator de relaxamento vascular,
dilatando os vasos e facilitando o fluxo sanguíneo para o órgão afetado, como
o coração.
Efeitos adversos
✓ Profilaxia da angina
✓ Interromper crises agudas de angina
✓ Para pacientes com sintomas frequentes
✓ Para pacientes que não respondem ou não toleram os β-bloqueadores e
bloqueadores de canais de Ca2+
Benefícios
✓ Melhora da tolerância aos exercícios
✓ Dilatação direta das artérias coronarianas sadias
Contraindicações
b) Anti-agregante plaquetário:
✓ Clopidogrel
✓ Ticlopidina
c) Betabloqueador
Atuam na melhora da performance cardíaca, controlando a frequência e
contratilidade cardíaca. Como o coração está com uma obstrução de fluxo e a
disponibilidade de oxigênio está baixa, próximo ao processo de infarto,
existindo consequentemente a necessidade de aumento do trabalho cardíaco,
mas a concentração de oxigênio não é aumentada. Resumidamente, os
betabloqueadores controlam a frequência cardíaca, diminuindo o trabalho
cardíaco e evitando foco de necrose.
e) Inibidores da ECA
f) Vastatina
e) L-arginina
Causas:
✓ Enzimáticos
✓ Não enzimático
✓ Específicos
✓ Outros
Tratamento de IAM:
✓ O que é ICC?
✓ Focos ectópicos:
São células miocárdicas fora do Sistema Autônomo que assumem
anormalmente função marcapasso.
✓ Ritmos Reentrantes:
✓ Terapia farmacológica:
Classe Ia:
Classe Ib:
Classe Ic:
✓ Classe II – Beta-bloqueadores
Uso clínico: reduzir a mortalidade após infarto do miocárdio e impedir a recorrência de
taquiarritmia provocada por atividade simpática.
Farmacocinética: boa absorção VO, pico plasmático 1-3h, metabolização hepática -
baixa biodisponibilidade (1a passagem); grande volume de distribuição, meia-vida:
3-6h.
Efeitos adversos: síndrome de abstinência: nervosismo, taquicardia, angina,
aumentam PA e outros efeitos: diarréia, constipação, náuseas, vômitos, distúrbios do
sono, depressão.
✓ Classe III
Amiodarona (Ancoron®)
Farmacocinética - A absorção por via oral é deficiente (biodisponibilidade de 45%). O
pico de concentração plasmática ocorre por volta de 5 ou 6 horas após a dose oral.
Sendo metabolizada lentamente no fígado. Sua meia-vida de 10 a 100 dias.
Acumula-se no organismo, por esta razão usa-se dose de ataque em uma veia central
(pois causa flebite em vaso periférico).
✓ Classe IV
Verapamil e Diltiazem
Farmacocinética - Boa absorção por via oral, mas a biodisponibilidade é prejudicada
pelo efeito 1ª passagem. O pico plasmático ocorre em torno dos 30 minutos. Cerca de
70 a 99% liga-se às proteínas plasmáticas e possuem meia-vida de 6 a 8 horas. O
metabolismo hepático produz metabólitos ativos.
Assim como a amiodarona , quando associado à digoxina, esta deverá ser reduzida,
pois o verapamil desloca também a digoxina dos sítios de ligação e reduz sua
eliminação renal predispondo ao acúmulo e toxicidade (disritmia grave).