Trabalho de Pa em Grupo Teorias de Aprendizagem
Trabalho de Pa em Grupo Teorias de Aprendizagem
Trabalho de Pa em Grupo Teorias de Aprendizagem
Teorias de aprendizagem
Universidade Licungo
Gurué, 2020
3º - Grupo:
Teorias de aprendizagem
Docente:
Dra. Joana Ilídio Filipe Matável
Psicologia de Aprendizagem
Universidade Licungo
Gurué, 2020
Índice
Introdução.........................................................................................................................................1
Teorias de aprendizagem..................................................................................................................2
Conclusão.......................................................................................................................................13
Referência Bibliográfica.................................................................................................................14
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Introdução
Pensar no processo de ensino e aprendizagem significa considerar uma variedade de aspectos que
se correlacionam para efectivação do processo de ensinar e aprender. Dentre as teorias da
aprendizagem pesquisadas, focalizamos aqui, as teorias behavioristas, cognitivas Gestaltilista,
social, interacionista de Piaget, Vygotsky, Bruner e Ausubel que analisam os processos de
desenvolvimento e aprendizagem considerando o sujeito cognitivamente activo.
Teorias de aprendizagem
A aprendizagem é o processo de transformação relativamente permanente do comportamento, em
resultado do desempenho prático da experiência de certas tarefas específicas.
Deste modo, o behaviorismo considera que se pode estabelecer uma ligação entre uma
determinada situação, condição ou estímulo e o comportamento do indivíduo. O behaviorismo foi
criado por John B. Watson (1878-1958), psicólogo americano, baseando-se nas investigações de
Ivan Pavlov.
Condicionamento clássico
Pavlov apresentou a um cão esfomeado um pedaço de carne e verificou que o cão salivou e
aproximou-se para comer a carne. Nesta experiência a carne é um estímulo incondicionado (Ei),
porque está ligado a satisfação de necessidades instintivas, a necessidades vitais, sendo, por isso,
um estímulo significativo. A salivação é um reflexo incondicionado (Ri), uma reacção
automática ligada aos instintos.
O condicionamento operante
Skinner (1904 – 1991), colocou um rato esfomeado numa gaiola, que para obter alimento teria
que pisar numa alavanca que despoletaria alimento. A fome funcionou como estímulo
incondicionado O rato começou por saltitar cegamente na gaiola durante muito tempo, tendo, por
acaso, pisado na alavanca e obtido alimento. O saltitar cegamente pela gaiola foi a reacção, o
comportamento do animal e o alimento a recompensa recebida.
Estas tentativas cegas verificaram-se várias vezes, tendo conduzido à obtenção de alimento
casualmente. Portanto, o rato aprendeu que pisar a alavanca conduz à obtenção dos alimentos. O
efeito do “pisar da alavanca” conduziu à aprendizagem do comportamento de “pisar a alavanca
para obter alimentação, sendo o efeito do pisar a alavanca reforçadora. O estímulo alimento é,
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O ensaio-erro
Edward L. Thorndike (1874-1949), elaborou a teoria de aprendizagem por ensaio-erro baseada
em experiências de colocação de ratos e gatos em caixas-labirinto. Os animais expostos em
situação de descoberta de caminho correcto para chegarem ao ponto onde se encontrava a saída e
o alimento, agiram por tentativas, experimentando êxitos e fracassos até terem sucesso.
Segundo Schunk (1991), a teoria de aprendizagem social de Rotter assenta em quatro constructos
básicos: potencial de comportamento (PC), expectativa (E), valor de reforço (VR) e situação
psicológica. O potencial para que ocorra um comportamento em dada situação em relação a dado
reforço é função da expectativa da ocorrência desse reforço no seguimento do comportamento e
do valor do reforço nessa situação, segundo a fórmula PC = E & VR.
O potencial de comportamento refere-se à probabilidade da ocorrência de determinado
comportamento em relação a outros comportamentos alternativos. O comportamento abrange
quer acções manifestas, como escrever, quer outros actos ocultos, como pensar e planificar,
que podem manifestar-se comportamentalmente.
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Segundo Bandura citado por Mwamwenda, (2005) o indivíduo, na interacção com outras pessoas,
aprende através da observação e da percepção de outras pessoas imitando o seu comportamento.
Trata-se aqui da aprendizagem por imitação.
Para Cabral e Nick (1997) por imitação entendesse a cópia de acções de outras pessoas de forma
intencional e é deste modo que a criança reproduz gestos, acções, manifestações verbais,
movimentos e modos de vestir das pessoas que a rodeiam. Quando os comportamentos imitados
são reforçados positivamente tendem a manter-se, enquanto aquelas acções e gestos que são
reforçados negativamente tendem a desaparecer.
Segundo Bruner e Zeltner (1994), a aprendizagem por imitação também pode ter lugar sem
reforço directo em determinadas condições, como por exemplo, quando o observador tem
disposição de assumir o comportamento ou a pessoa observada tem grande prestígio. Segundo o
que foi já exposto, o indivíduo aprende comportamentos de pessoas que a rodeiam que são ou não
reforçados.
Segundo o Schunk (1991) a teoria cognitiva social assenta nalguns pontos básicos, tais como:
A explicação dos processos de agência humana no quadro da reciprocidade triádica;
A distinção entre aprendizagem e desempenho;
A distinção entre aprendizagem por forma actuante e por forma vicariante;
A teorização da modelação;
A reformulação do conceito de reforço e;
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A Reciprocidade Triádica
Bandura (1986, 1989) afastou-se claramente do comportamentismo ao postular que o
comportamento humano deve ser entendido no quadro do determinismo recíproco ou
reciprocidade triádica. A reciprocidade triádica, postula interacções recíprocas entre três espécies
de factores:
Os factores pessoais (como as dimensões afectivas e cognitivas da personalidade);
Os comportamentos e;
As variáveis ambientais.
Teorização da Modelação
O observador, exposto a um modelo, pode ter o seu comportamento afectado de três maneiras
diferentes, as quais constituem três funções da modelação por:
Aprendizagem observacional dum novo comportamento
Facilitação dum comportamento anteriormente aprendido
Inibição ou desinibição dum comportamento anteriormente aprendido
Para os gestaltistas, a percepção tem também uma função defensiva que protege a estrutura
psíquica contra eventuais estímulos que venham a ser significados como ameaçadores ao sujeito.
A percepção é, assim, o seu guardião atento, que vai lutar pela sua integridade e nunca ficar a
serviço de sua destruição. Essa foi também uma grande preocupação da Psicanálise, inclusive
anterior às formulações dos gestaltistas.
Leis da Gestalt
Lei da proximidade;
Lei da semelhança;
Lei da continuidade;
Lei do fechamento;
Lei da unidade e;
Lei da pregnância.
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A motivação
É a predisposição do indivíduo para a aprendizagem. A motivação é provocada pelos impulsos da
curiosidade, da aquisição de competência e da reciprocidade ou de viver com outras pessoas e
cooperar com elas.
Deste modo, Bruner destaca a motivação intrínseca, a vontade de aprender como condição
principal que predispõe o indivíduo a aprender. A aprendizagem pode garantir a curiosidade caso
se baseie na descoberta e na resolução de problemas. Nestas condições exige-se a exploração de
alternativas através da activação, manutenção e direcção do processo (Sprinthall e Sprinthall,
1993: 240).
A activação designa a colocação de tarefas que envolvam um grau de dificuldade que esteja ao
nível das possibilidades de solução pelos alunos, que espevite sua curiosidade de procura de
alternativas de solução.
A estrutura
Para Bruner, citado por Sprinthall e Sprinthall (1993) a estrutura diz respeito à organização dos
conteúdos de um tema, assunto no processo de ensino-aprendizagem de modo a ser
compreensível pelos alunos. A organização dos conteúdos depende de modo de apresentação, da
economia de apresentação e do poder de apresentação.
A sequência
Ao tratar da estrutura dos conteúdos referiu-se à questão da sua organização. De facto, falar da
organização dos conteúdos implica referir-se à sua sequência lógica, à inter-relação entre os
conteúdos, à relação entre o simples e o complexo, ao modo de apresentação dos conteúdos de
modo a torná-los compreensíveis.
O reforço
Bruner citado por Sprinthall e Sprinthall (1993) o reforço tem relação com a motivação do aluno
no processo de ensino-aprendizagem. Refere-se à necessidade de se dar uma retro-informação aos
alunos no decurso da realização das tarefas, na realização dos diferentes passos das tarefas de
modo a conduzi-los a novos passos de solução e tarefas com êxito.
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Repetição mecânica
Designa a assimilação de informações sem compreensão, sem estabelecimento de ligações
baseadas no sentido, baseada na repetição e, consequente, fixação. Com isto não se pretende
afirmar que a aprendizagem por repetição mecânica não seja aplicável no processo de ensino-
aprendizagem. Muitas vezes os alunos terão que fixar cifras, datas e nomes, sem relação
significativa através da repetição mecânica.
Aprendizagem significativa
A aprendizagem significativa, por sua vez, designa a aquisição de conhecimentos com base na
compreensão do conteúdo, sua incorporação nos conhecimentos anteriores do sujeito que
aprende. A aprendizagem significativa é mais duradoira que a mecânica.
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Conclusão
Chegou-se ao fim do trabalho, concluiu-se que, o meio social em que vivemos faz parte de nossa
vida e contribuiu de maneira significativa para o desenvolvimento humano. A família, a escola, a
comunidade são grupos sociais aos quais somos inseridos em determinadas fases do
desenvolvimento e que contribuem para o desenvolvimento da aprendizagem. Portanto, conclui-
se também, que as teorias de aprendizagem de Piaget, Vygotsky, Bruner e Ausubel consideram o
processo de cognição com a intervenção especial do pensamento como mecanismo principal do
processo de ensino e aprendizagem, em que o aluno deve analisar os conteúdos partindo de seus
conhecimentos e experiências anteriores de modo a compreendê-los.
Onde, o professor tem como papel conduzir os alunos na procura das características gerais mais
essenciais dos objectos e fenómenos estudados, de modo a que eles cheguem a formular por si
sós os conceitos, as leis, a construir os conhecimentos e as leis. O professor tem, deste modo, um
papel mediador no processo de ensino-aprendizagem. O aluno tem o papel de analisar os casos,
os objectos, os fenómenos ou os problemas apresentados pelo professor, de discutir com seus
colegas os aspectos descobertos e, chegar por si próprio às conclusões gerais mais essenciais.
Como se pode ver, o aluno tem um papel activo.
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Referência Bibliográfica
AUSUBEL, David Paul; NOVAK, Joseph D.; HANESIAN, Helen. Psicologia educacional. Rio
de Janeiro: Interamericana, 1980.
FREUD, S. Três ensaios sobre a teoria da sexualidade (vol.VII). Edição Standard Brasileira das
Obras Psicológicas Completas (J. Salomão Trad.). Rio de Janeiro, 1996.
SKINNER, Frederic B. Ciência e comportamento humano. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
VIGOTSKI, L. S. Teoria e método em psicologia. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.