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Trabalho em Grupo de HST

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3º - Grupo

Betinho João José

Gamilo Manuel Gamilo

Gildo Tomas Jemussene

Isac Amade Abdala

Miguel Luís Brás

Vilma Da Graça Chico Parafino

Higiene nos Balneários

Licenciatura em Educação e Gestão de Educação

Universidade Licungo

Gurué
2020
3º - Grupo

Betinho João José

Gamilo Manuel Gamilo

Gildo Tomas Jemussene

Isac Amade Abdala

Miguel Luís Brás

Vilma Da Graça Chico Parafino

Higiene nos Balneários

Trabalho de carácter avaliativo a ser entregue na


cadeira de Higiene, Segurança no Trabalho (HST),
3˚Ano.

Docente:
Dra. Cidália Navaia

Universidade Licungo

Gurué

2020
Índice
Introdução................................................................................................................................... 1

Higiene nos Balneários ............................................................................................................... 2

Higiene ....................................................................................................................................... 2

Balneários: como evitar as infecções nos pés............................................................................... 5

Infecções nos pés por fungos ....................................................................................................... 5

Via de transmissão ...................................................................................................................... 7

Prevenção e diagnóstico .............................................................................................................. 7

Conclusão ................................................................................................................................... 8

Referencia Bibliográfica ............................................................................................................. 9


1

Introdução
O trabalho em epígrafe tem como tema ˝ Higiene nos Balneários, entretanto, objectiva-se de
maneira geral: contribuir para o desenvolvimento de hábitos de higiene saudáveis melhorando a
qualidade de vida da sociedade. Dentre os objectivos específicos destacam-se: definir o conceito
do termo higiene e balneário; incentivar os usuários dos balneários públicos, na identificação dos
bons hábitos de higiene; reflectir sobre suas acções diárias relacionadas com sua saúde; discutir
sobre as formas de higiene nos balneários e contribuir para que tenhamos um ambiente mais
agradável dentro do âmbito de higiene nos locais públicos.
2

Higiene nos Balneários

Higiene
Verifica-se que o conceito sobre higiene é um conjunto de conhecimentos e técnicas para evitar
doenças infecciosas usando desinfecção, esterilização e outros métodos de limpeza com o
objectivo de conservar e fortificar a saúde. De origem grega (υγιεινή [τέχνη] (hygieiné [téchne]))
que significa hygeinos, ou o que é saudável. É derivada da deusa grega da saúde, limpeza e
sanitariedade, Hígia (GASPAR, 2002).

Pacheco (1926:3), define higiene como parte da medicina que ensina a conservar a saúde.
Advoga que a saúde pode ser beneficiada ou prejudicada por modificadores, ou seja, por
influências físicas (calor, luz, electricidade, som e peso), químicas (ar, solo, agua, e alimentos),
biológicos (sexo, idade, hereditariedade, constituição e temperamento) e sociológicas (profissão,
família e nacionalidade). Destas definições resulta um conceito de higiene orientada na
manutenção da saúde através de desvio de comportamentos de risco pessoal e social.

Entretanto, de acordo com a OMS (1946), cita-se os pilares que regem o direito à saúde:

a) Saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não somente a ausência de
doenças enfermidades;

b) O gozo do maior padrão de saúde desejado é um direito fundamental de todos os seres


humanos, sem distinção de raça, religião, opção política e condição económica e social;

c) A saúde de todos os povos é fundamental para a consecução da paz e da segurança e depende


da cooperação dos indivíduos e dos Estados;

d) O sucesso de um país na promoção e na protecção da saúde é bom para todos os países; e) o


desenvolvimento iníquo em diferentes países para a promoção da saúde e o controle de doenças,
especialmente as contagiosas, é um perigo comum;

f) O desenvolvimento da saúde da criança é de importância básica;

g) A extensão para todos os povos dos benefícios advindos dos conhecimentos médicos,
psicológicos e afins é essencial para atingir a saúde;
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h) Opinião informada e cooperação activa do público são de importância crucial na melhoria da


saúde da população;

i) Governos têm a responsabilidade pela saúde de seus povos, que pode ser garantida apenas por
meio da adopção de medidas sociais e de saúde adequadas.

Balneários
Ao falarmos balneários, a primeira ideia que nos ocorre é a relação da água com a higiene. Mas
nem sempre foi assim, uma vez que os banhos públicos assumiram ao longo da história objectiva
e significados bem diferentes dos actuais. “Ainda que a sociedade contemporânea tenha
recalcado de diversas formas o culto da água, ele persiste nas associações que se estabeleceram,
desde a mais remota Antiguidade, entre a água, a religião, a pureza, a saúde, etc.”( Doria, 1998).

Na Idade Média, e nos países ocidentais, o banho era algo que não fazia parte das rotinas diárias
dos indivíduos. O papa Gregório I foi um dos mais importantes precursores do repúdio ao banho
ao afirmar que o contacto com o corpo era a via mais próxima do pecado. Dessa forma, tomar
banho transformou-se numa actividade anual e acontecia com um simples barril de água. Fora
disso, os asseios diários eram feitos pelo uso de panos húmidos “Duas práticas em particular, um
banho público e um banho privado, desaparecem quase totalmente entre o Sec. XVI e o Sec.
XVII” (Vigarello, 1988).

Na Europa é nos finais do séc. XVIII que se volta a difundir a prática do banho, com a instalação
de diversos balneários públicos, sendo no entanto privilégio apenas das elites, nomeadamente em
Paris “o banho instala-se lentamente nas práticas das elites, já mesmo no fim do séc. XVIII”
(Vigarello 1988).

No antigo Egipto os banhos públicos mais do que limpar o corpo, significavam a purificação da
alma, e esta crença era válida tanto para a realeza que era cortejada com óleos aromáticos e
massagens aplicadas pelos escravos, como para as populações mais pobres, que recorriam
inclusive a profissionais de rua quando não conseguiam tratar da própria beleza. A referência à
purificação pela imersão, pode ser lida no Livro dos Mortos: “Aquilo que de impuro havia em
mim é extirpado.
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Entretanto, os antigos egípcios realizavam rituais sagrados na água e banhavam-se diariamente,


dedicando os banhos a divindades como Thot que era o Deus do conhecimento, da sabedoria, da
escrita e da medicina, considerado a melhor divindade para cuidar das comunidades que se
banhavam e Bes o Deus da fertilidade e do casamento, que cuidava do parto e do banho das
crianças e mulheres “Se a água permite a existência da comunidade, garante também a fertilidade
humana, após a fecundação inicial, a água e as suas divindades zelam pelos nascimentos e
infância dos homens” (Doria, 1998).

Na Grécia os banhos públicos eram frequentados por indivíduos de todas as classes sociais,
excluindo os escravos. Alguns destes banhos públicos localizavam-se em anexos de ginásios e
eram utilizados pelos atletas na fase de relaxamento do treino pelas suas características termais e
odoríferas e representavam também uma extensão necessária da prática de ginástica, e
comummente os gregos antigos invocavam a protecção de Hera, a mulher de Zeus (também
conhecida como Deusa Juno), durante o banho, (Travert, 1973).

Os gregos tomavam banho por prazer e para ter uma vida saudável, motivados pela higiene,
espiritualidade e práticas desportivas, sendo que os médicos louvavam as virtudes ocasionadas
em função dos diferentes tipos de banho, aconselhando o uso de óleos na água para untar o corpo
antes de as pessoas se secarem, embora os gregos tenham iniciado a prática dos banhos públicos
no Ocidente, os pioneiros nos balneários colectivos foram os babilónios. Entretanto, a diferença é
que, na Grécia, o banho não era motivado apenas pela higiene e espiritualidade.
Entre 800 a.C. e 400 a.C., o desporto, particularmente a natação, era um dos três pilares da
educação juvenil, ao lado das letras e da música. Bom cidadão era aquele que sabia ler e nadar.
Nos banhos públicos aconteciam reuniões, encontros, conversas e acordos que impulsionavam
tanto a política como as artes e as ciências.

Mais do que um hábito de higiene, os banhos públicos romanos representavam um contexto de


sociabilidade e de entretenimento, fato que lhes confere particularidades distintas dos banhos
gregos que estiveram na sua origem, bastante mais ligados às práticas desportivas que tinham
lugar no gymnasium. No entanto, foi por influência dos hábitos refinados das elites helenísticas
dos territórios conquistados por Roma que surgiram na região da Campânia, no século III a.C.,
os primeiros banhos públicos romanos (balnea), que imitavam as salas de banho colectivo gregas
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(balaneia), dispensando, todavia, quaisquer actividades desportivas ou culturais (Malissard


1994).

Os romanos herdaram assim dos Gregos a adoração pelo banho tornando esse hábito objecto de
proporções inéditas dado os altos investimentos realizados e em que as visitas diárias às termas
tinham acima de tudo um cariz também religioso, uma vez que o banho público era um acto de
adoração à deusa Minerva, deusa do comércio, da educação e do vigor, especialmente bem
dotada para cuidar do banho. Fortuna, a deusa do destino, também era representada nas casas de
banho, para proteger as pessoas quando estavam mais vulneráveis, além disso, havia incontáveis
ninfas e espíritos associados a fontes e poços locais, venerados como guardiões do banho.

Os gregos e os romanos mantiveram pois o hábito de reunir-se em "banhos públicos", que se


tornaram em verdadeiros locais de discussões e decisões políticas e sociais. As termas eram um
ponto de encontro e de troca de informações, que se tornaram símbolos de luxo e, muitas vezes,
das decadências dos costumes.

Balneários: como evitar as infecções nos pés


Os balneários das piscinas e ginásios são sítios quentes, húmidos, por regra sem luz solar. Por
isso continuam a ser um ambiente de risco para doenças podológicas como dermatomicoses,
onicomicoses e verrugas, apesar dos avanços nos cuidados de higiene e de segurança.

A qualidade dos balneários tem melhorado muito nos últimos anos, mas isso não significa que
tenham deixado de ser locais de risco para infecções, em especial nos pés. “Os balneários são
sítios frequentados por um grande número de pessoas”, onde todos se calçam e descalçam, e é
sabido que “o ambiente quente, húmido e escuro favorece o crescimento e reprodução de
microrganismos, como os fungos que são responsáveis pelas micoses”.

Infecções nos pés por fungos


Como começa por explicar a podologista, “existem cerca de cem mil espécies de fungos, no
entanto só cerca de 150 espécies é que são fungos patogénicos para o Homem”. De entre estes,
“os fungos que mais se encontram a nível do pé são os dermatófitos e as leveduras, responsáveis
pelas onicomicoses (micoses da unha) e dermatomicoses (micoses da pele) ”. Este tipo de
problemas são muito frequentes – as micoses afectam cerca de 70% da população pelo menos
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uma vez na vida – mas um diagnóstico precoce ajuda à eficácia do tratamento e é importante
conhecer os sintomas.

 Onicomicoses
Alterações da unha, na cor, espessura e por vezes com cheiro são sinais de alerta. Numa fase
inicial, as onicomicoses não apresentam outra sintomatologia, “mas com o avançar da doença, a
alteração do aspecto da unha bem como do espessamento desta pode levar a que esta ‘encrave’, o
que origina dor”.

 Dermatomicoses
Os primeiros sinais de infecção podem revelar-se com o surgir de prurido (comichão),
descamação e por vezes mau cheiro. Só quando a dermatomicose se encontra num estádio mais
avançado e, além de fungo, também temos contaminação bacteriana, podemos dizer que estamos
perante o tão falado e conhecido pé de atleta. Entretanto, apesar do nome, esta variante pode
afectar qualquer pessoa com uma dermatomicose que evolua para um estádio crónico e em
concomitância com contaminação bacteriana. Nesse caso, a patologia é mais grave, com os
sintomas a surgirem mais exacerbados. Aos primeiros sintomas, é aconselhável consultar um
podologista para confirmar o diagnóstico e “atempadamente iniciar o tratamento adequado à
patologia em causa, o auto – tratamento nunca deve ser feito, há imensas doenças ungueais com
sinais semelhantes que surgem como consequência de doença sistémica, provocadas pela toma
de alguns medicamentos, ou estarmos perante outra patologia ungueal distinta.

 Verrugas
As piscinas e balneários são também locais propícios a infecção por vírus, revelada pelo
aparecimento de verrugas, causadas pelo HPV (vírus papiloma humano). Estas são um problema
menos frequente (os vírus são mais resistentes) e que afeta essencialmente os mais jovens, pois o
sistema imunitário ainda está em desenvolvimento, (7% a 10% da população). No entanto, a
doença não se desenvolve em todas as pessoas que entram em contacto com o HPV.

As verrugas por vezes são confundidas com os calos e, numa fase inicial, se não estiverem numa
zona submetida a carga/peso podem ser indolores. Como crescem para dentro, por vezes passam
despercebidas até atingirem um certo tamanho e surgir a dor.
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Via de transmissão
Para a transmissão do vírus HPV ou dos fungos é necessário haver uma “porta de entrada” que é,
na maioria das vezes, uma pequena lesão na pele invisível, no geral, a olho nu. Por esse motivo,
caminhar sobre as superfícies húmidas das piscinas, tomar banhos em chuveiros públicos
descalços ou permanecer descalço em água parada, aumenta o risco de contrair a doença.

Prevenção e diagnóstico
Como em quase todas as questões de saúde, também no que diz respeito à saúde dos pés,
prevenir é o melhor conselho. Para diminuir a possibilidade de contrair uma infecção no
balneário de uma piscina ou ginásio e garantir um diagnóstico precoce de qualquer problema que
possa eventualmente surgir, a podologista recomenda.
 Usar sempre chinelos quando frequentar um balneário ou outro sítio público;

 Nunca andar descalço perto da piscina, nem mesmo quando a ideia é só sair da toalha

para dar um mergulho. Nesse caso, deve levar os chinelos até mesmo à beira da água;

 Não trocar de sapatos com outra pessoa;

 Mudar de meias e de sapatos diariamente para os deixar “arejar”;

 Usar meias com a maior percentagem de algodão possível;

 Lavar todos os dias os pés, de preferência com sabão neutro;

 Secar cuidadosamente os pés, sem esquecer as zonas entre os dedos;

 Não cortar as cutículas das unhas dos pés;

 Observar com regularidade e atenção ao estado dos pés e estar a atento a qualquer

alteração, nomeadamente nas unhas;

 Não fazer auto – tratamentos;

 Consultar o podologista aos primeiros sinais de alteração na pele e/ou unhas dos pés.
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Conclusão
Concluindo, é de referir que a higiene é primordial para o ser humano na sua vida, nisso em que
tange também uma higiene colectiva nos certos locais públicos como nos balneários. Os
balneários têm como principal finalidade potenciar e efectivar um dos mais elementares direitos
sociais dos indivíduos na sua higiene.
Portanto, a falta de cuidado nos balneários como, caminhar sobre as superfícies húmidas das
piscinas, tomar banhos em chuveiros públicos descalços ou permanecer descalço em água
parada, aumenta o risco de contrair a doença. Entretanto, essas doenças podem ser:
Onicomicoses, Dermatomicoses e Verrugas. Nesta, podemos ter como prevenção, uso de
chinelos quando frequentar um balneário; não trocar de sapatos com outra pessoa; mudar de
meias e de sapatos diariamente para os deixar “arejar; lavar todos os dias os pés, de preferência
com sabão neutro; secar cuidadosamente os pés, sem esquecer as zonas entre os dedos e não
cortar as cutículas das unhas dos pés.
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Referencia Bibliográfica
CONCEIÇÃO, J.A.N. Conceito de saúde escolar. In: Saúde escolar: a criança, a vida e a
escola. São Paulo: Sarvier, p. 8-15, 1994.
DORIA, Miguel de França. Conceito de Balneário. EPAL, S.A. 1ª Edição Lisboa, 1998.

FERRIANI, M.G.C.; GOME, R. Saúde Escolar – Contradições e Desafios. Goiânia-GO: AB


Editora, 1997.

PACHECO, J. Noções gerais de higiene. Lisboa: Livraria Pacheco, 1926.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Constituição da Organização Mundial da


Saúde. Genebra, 1946.

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