Simulado Filo-Socio 2º
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Professor: Modelo: 1 2 3 4
Questão 01
Mas, sendo minha intenção escrever algo de útil para quem por tal se interesse, pareceu-me mais conveniente ir
em busca da verdade extraída dos fatos e não à imaginação dos mesmos, pois muitos conceberam repúblicas e
principados jamais vistos ou conhecidos como tendo realmente existido.
MAQUIAVEL, N. O príncipe. Disponível em: www.culturabrasil.pro.br. Acesso em: 4 abr. 2013.
A partir do texto, é possível perceber a crítica maquiaveliana à filosofia política de Platão, pois há nesta a
A) O método utilizado por Sócrates consistia em um exercício dialético, cujo objetivo era livrar o seu interlocutor
do erro e do preconceito − com o prévio reconhecimento da própria ignorância −, e levá-lo a formular conceitos
de validade universal (definições).
B) Sócrates era, na verdade, um filósofo da natureza. Para ele, a investigação filosófica é a busca pela arché,
pelo princípio supremo do cosmos. Por isso, o método socrático era idêntico aos utilizados pelos filósofos que o
antecederam (pré-socráticos).
C) O método socrático era empregado simplesmente para ridicularizar os homens, colocando-os diante da
própria ignorância. Para Sócrates, conceitos universais são inatingíveis para o homem, por isso, para ele, as
definições são sempre relativas e subjetivas, algo que ele confirmou com a máxima “o homem é a medida de
todas as coisas”.
D) Sócrates desejava melhorar os seus concidadãos por meio da investigação filosófica. Para ele, isso implicava
não buscar “o que é”, mas aperfeiçoar “o que parece ser”. Por isso, diz o filósofo, o fundamento da vida moral é,
em última instância, o egoísmo, ou seja, o que é o bem para o indivíduo num dado momento de sua existência.
Questão 03
Os defensores desta corrente de pensamento surgida na Inglaterra preconizam que a fonte principal do nosso
conhecimento é a experiência. (...) essa perspectiva filosófica sustenta que, antes de receber os dados
fornecidos pela nossa experiência, a nossa razão seria como uma “folha em branco”, em que nenhuma palavra
fora escrita; ou ainda, nossa razão seria uma “tábula rasa”, em que nada fora gravado. Assim, do ponto de vista
do processo ensinoaprendizado, por exemplo, há que se levar em conta, principalmente, a experiência e/ou a
vivência de mundo do sujeito.
A corrente de pensamento referida é o:
A) Racionalismo.
B) Inatismo.
C) Criticismo.
D) Naturalismo.
E) Empirismo
Questão 04
Texto 1: “Por princípio da utilidade entende-se aquele princípio que aprova ou desaprova qualquer ação,
segundo a tendência que tem a aumentar ou a diminuir a felicidade da pessoa cujo interesse está em jogo, ou, o
que é a mesma coisa em outros termos, segundo a tendência de promover ou comprometer a referida felicidade.
Digo qualquer ação, com o que tenciono dizer que isto vale não somente para qualquer ação de um indivíduo
particular, mas também de qualquer ato ou medida de governo. [...] A comunidade constitui um corpo fictício,
composto de pessoas individuais que se consideram como constituindo os seus membros. Qual é, nesse caso, o
interesse da comunidade? A soma dos interesses dos diversos membros que integram a referida comunidade”.
(BENTHAM, Jeremy. Uma introdução aos princípios da moral e da legislação. São Paulo: Abril Cultural, 1974. p.
10)
Texto 2: “Para compreendermos o valor que Mill atribui à democracia, é necessário observar com mais atenção a
sua concepção de sociedade e indivíduo [...]. O governo democrático é melhor porque nele encontramos as
condições que favorecem o desenvolvimento das capacidades de cada cidadão”. (WEFFORT, F. (org.). Os
clássicos da política 2. 3 ed. São Paulo: Ática, 1991. p. 197-98).
Sobre o utilitarismo e o pensamento de Bentham e Stuart Mill, é INCORRETO afirmar.
A) Para o utilitarismo clássico, o principal critério para a moralidade é o princípio da utilidade, que defende como
morais as ações que promovem a felicidade e o bem-estar para o maior número de pessoas envolvidas.
B) Para os utilitaristas Bentham e Stuart Mill, uma ação é considerada moralmente correta se promove a
felicidade e o bem-estar para o indivíduo, não importando suas consequências em relação ao conjunto da
sociedade.
C) Utilitaristas como Bentham defendem que o papel do legislador é o de produzir leis que sejam do interesse
dos indivíduos que constituem uma comunidade e que resultem na maior felicidade para o maior número deles.
D) O pensamento de Stuart Mill propõe mudanças importantes à agenda política, na medida em que reconhece
que a participação política não pode ser tomada como privilégio de poucos. O Estado deverá, portanto, adotar
mecanismos que garantam a institucionalização da participação mais ampliada dos cidadãos.
E) Enquanto Bentham defendia a democracia representativa como sendo uma forma de impedir que os governos
imponham seus interesses aos do povo, Stuart Mill defende tal forma de governo como a melhor forma para se
controlar os governantes e ao mesmo tempo aumentar a riqueza total da sociedade.
Questão 05
Thomas Hobbes é um pensador político contratualista. Isso significa que ele pode ser incluído na rica tradição da
filosofia política que floresceu entre o século XVI e o XVIII, que reivindicava que a origem do Estado e/ou da
sociedade civil (nesta tradição os dois conceitos se equivalem) residiria num contrato estabelecido pelos homens
entre si, que poria fim ao estado de natureza. Contudo, a concepção hobbesiana do contrato distingue-se
profundamente dos demais contratualistas. Com relação aos principais elementos da concepção contratualista de
Hobbes, é correto afirmar que:
A) O estado de natureza é uma condição de liberdade e sua superação através do contrato visa instaurar o
controle social sobre o direito de propriedade.
B) O estado de natureza é a condição autêntica do homem antes de sua corrupção pelo contrato que estabelece
a artificialidade do Estado na regulação do intercâmbio social entre os homens.
C) O estado de natureza é marcado pela presença de alguns direitos naturais e o contrato visa estabelecer um
pacto de consentimento que cria o Estado para preservar e consolidar os direitos que os homens já possuíam
anteriormente.
D) O estado de natureza é uma condição de paz relativa, concórdia e harmonia entre os homens e sua
superação através do contrato que institui o Estado visa apenas assegurar juridicamente a defesa da propriedade
e a proteção da nação contra as ameaças externas.
E) O estado de natureza é concebido como uma condição permanente de guerra de todos contra todos e sua
superação só pode ocorrer através do estabelecimento de um contrato firmado por aqueles que vão se tornar
súditos, que transfere integralmente o poder para a figura do soberano.
Questão 06
Observe a imagem a seguir.
As diferentes formas de classificação e julgamento da realidade social são parte constitutiva do etnocentrismo.
Sobre o etnocentrismo e os estudos sobre diferenças culturais, assinale a alternativa correta.
A) A capacidade das ciências para a produção de verdades, imparciais e racionais, garantiu, nas mais diferentes
épocas históricas, a contínua desnaturalização e desmitificação do etnocentrismo.
B) O etnocentrismo é uma prática social de dominação cultural, cuja raiz histórica originou-se na sociedade
moderna ocidental, com a eugenia e o nazismo em países europeus, a partir da década de 1930.
C) O etnocentrismo caracteriza-se por formas extremas de intolerância cultural, religiosa e política, quando se
expressam em condutas explícitas e irracionais de rejeição ao grupo dominado.
D) O etnocentrismo corresponde a uma visão segundo a qual os valores próprios de um grupo é o centro de
todas as coisas e todos os outros grupos são medidos e avaliados em relação a esses valores.
E) O evolucionismo do século XIX, ao propor os estágios de um desenvolvimento unilinear, permitiu a ruptura
com o etnocentrismo e com a ideia de superioridade do grupo dominante.
Questão 07
Considere as afirmativas abaixo sobre a noção de cultura.
I) A inevitabilidade do choque cultural é um fato, pois as culturas naturalmente possuem bases e estruturas
diferentes, dando significação à vida de formas distintas. Prova disso estaria no papel social assumido pelas
mulheres, que certamente não possuem os mesmos direitos enquanto pessoa humana em sociedades ocidentais
e orientais.
II) Tomar conhecimento do outro sem aceitar sua lógica de pensamento e de seus hábitos acaba por gerar uma
visão etnocêntrica e preconceituosa, o que pode até mesmo se desdobrar em conflitos diretos. O etnocentrismo
está, certamente, entre as principais causas da intolerância internacional e da xenofobia (preconceito contra
estrangeiros ou pessoas oriundas de outras origens).
III) Se a cultura no que tange aos valores e visões de mundo é fundamental para nossa constituição enquanto
indivíduos (servindo-nos como parâmetro para nosso comportamento moral, por exemplo), limitar-se a ela,
desconhecendo ou depreciando as demais culturas de povos ou grupos dos quais não fazemos parte, pode nos
levar a uma visão estreita das dimensões da vida humana.
Está correto o contido em:
A) I apenas
B) II apenas
C) III apenas
D) I e III apenas
E) I, II e III
Questão 08
Observe a charge.
A) o fazer cultural é influenciado pela lógica da produção industrial, mas atinge prioritariamente as crianças.
B) a tecnologia se desenvolvendo, as técnicas se aprimorando e a produção aumentando, a cultura também se
democratiza.
C) existe, sob o corolário do “lucro acima de tudo”, a idealização de produtos adaptados para consumo das
massas e sua alienação.
D) na “indústria cultural” se fabricam ilusões que se mercantilizam, mas que mantêm o intuito de reproduzir os
interesses de cada cultura específica.
Questão 09
A teoria da democracia participativa é construída em torno da afirmação central de que os indivíduos e suas
instituições não podem ser considerados isoladamente. A existência de instituições representativas em nível
nacional não basta para a democracia; pois o máximo de participação de todas as pessoas, a socialização ou
“treinamento social” precisa ocorrer em outras esferas, de modo que as atitudes e as qualidades psicológicas
necessárias possam se desenvolver. Esse desenvolvimento ocorre por meio do próprio processo de participação.
A principal função da participação na teoria democrática participativa é, portanto, educativa.
PATEMAN, C. Participação e teoria democrática. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
Nessa teoria, a associação entre participação e educação tem como fundamento a
LOYOLA, Paulo Ricardo Gontijo.[omissis]. Argumentos, ano 1, n. 2, 2009, p. 132. Disponível em: . Acesso em: 5
mar. 2019.
O texto descreve o principal conceito trabalhado por Karl Marx em sua obra O Capital, que é
A) a força de trabalho.
B) a mais-valia.
C) a carga horária de trabalho.
D) a alienação do trabalho.
E) o direito trabalhista.