Articulacao Sintactica Do Texto
Articulacao Sintactica Do Texto
Articulacao Sintactica Do Texto
Curso: Enfermagem
1º Ano
O Tutor:
Discente:
CURSO DE ENFERMAGEM
1º ANO
NOME DO ACADÊMICO:
TRABALHO DE CAMPO
TITULO DO TRABALHO:
1.Introdução .................................................................................................................................... 4
1.2. Objectivos ............................................................................................................................... 5
1.3.Metodologia .............................................................................................................................. 5
1.4. NOÇÃO GERAL DO TEXTO ................................................................................................ 6
1.5. ARTICULAÇÃO SINTÁCTICA DO TEXTO ....................................................................... 7
1.5.1.Textualidade ........................................................................................................................... 8
1.5.1.1.Sequência Textual ............................................................................................................... 8
1.5.1.2.Progressão Textual .............................................................................................................. 9
1.5.2. Coerência e Coesão Textual.................................................................................................. 9
1.5.2.1. A Coerência Textual .......................................................................................................... 9
1.5.2.2.A Coesão Textual .............................................................................................................. 10
1.5.3. Marcadores e conectores discursivos .................................................................................. 11
1.5.3.1.Marcadores Discursivos .................................................................................................... 11
1.5.3.2.Conectores Discursivos ..................................................................................................... 12
1.5.3.2.1.Tipos de conectores........................................................................................................ 13
2.Conclusão................................................................................................................................... 14
3.Referências Bibliográficas ......................................................................................................... 15
1.Introdução
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1 https://canal.cecierj.edu.br/012016/bb1d45396b025e2265dd9126f04ffe85.pdf
Geral
➢ Tem como objectivo dar a conhecer a Articulação Sintáctica do texto.
Específicos
1.3.Metodologia
Do ponto de vista metodológico, esse trabalho consiste em uma revisão bibliográfica de
literaturas que tratam da Articulação Sintáctica do texto, buscando retirar dessa vasta literatura,
inclusive oriunda de tendências teóricas diferentes e até divergentes, as informações que
demonstram ser válida a hipótese levantada.
“Obra escrita considerada na sua redacção original e autêntica (por oposição a sumário, tradução,
notas, comentários, etc.)”.[3]
"Um texto é uma ocorrência linguística, escrita ou falada de qualquer extensão, dotada de
unidade sociocomunicativa, semântica e formal. É uma unidade de linguagem em uso."[4]
Segundo Cavalcante (2011), entende-se por texto toda e qualquer unidade de linguagem dotada
de sentidos, que realiza uma função comunicativa destinada a certo grupo de pessoas, levando-se
em consideração as especificações de uso, a época e os aspectos culturais dos envolvidos no
processo de enunciação. Segundo Platão e Fiorin (2000, p. 17), dificilmente podemos definir o
que é um texto. Entretanto, esses autores nos dão algumas características do que um texto deve
apresentar. Para eles, um texto deve conter coerência de sentido, pois não podemos apenas
disponibilizar algumas frases sem conectá-las adequadamente umas às outras. Ao utilizarmos os
conectivos adequados estaremos interligando as orações e diminuiremos o risco de comprometer
a ideia central do texto.
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4 COSTA VAL, M. da Graça. Redação e textualidade. São Paulo, Martins Fontes, 1991.
A coesão sequencial no texto ocorre por meio de articuladores sintácticos, que estabelecem
relações sintácticas de coordenação e subordinação. Vejamos algumas articulações. [5]
Os articuladores da subordinação concessiva são: embora, muito embora, conquanto, ainda que,
mesmo que, posto que, bem que, se bem que, apesar de que, nem que.
As conjunções subordinativas que manifestam finalidade de são: para que, a fim de que, que.
1.5.1.Textualidade
A textualidade pode ser definida, com base em Beaugrande & Dressler (1981), como um
conjunto de características que fazem com que um texto seja considerado como tal, e não como
um amontoado de palavras e frases, para as quais seja impossível construir algum sentido, dentro
de um determinado contexto de produção e recepção.
Dois blocos de sete factores, segundo Beaugrande e Dressler (1981), são os responsáveis pela
construção da textualidade de qualquer texto, a saber: factores relacionados com o material
conceitual e linguístico do texto (coerência e coesão) e factores pragmáticos envolvidos no
processo sociocomunicativo (intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, informatividade,
intertextualidade).
1.5.1.1.Sequência Textual
Foi pensada por Jean-Michel Adam que conceitua sequência textual como um mecanismo de
textualização e um conjunto de proposições psicológicas que se estabilizam como recurso
composicional de vários géneros. O autor baseou-se nas reflexões de géneros discursivo e
enunciado de Bakhtin, protótipo de Rosch, base e tipo de texto de Werlich e superestrutura de
Van Dick. Desta forma, são cinco as sequências - narrativa, argumentativa, explicativa, dialogal
e descritiva.
A progressão textual (sequenciação) diz respeito aos procedimentos linguísticos por meio dos
quais se estabelecem, entre segmentos do texto (enunciados, partes de enunciados, parágrafos e
mesmo sequências textuais), diversos tipos de relações semânticas e/ou pragmático-discursivas,à
medida que se faz o texto progredir. (Ingedore G. Villaça Koch)
Progressão textual pode realizar-se por meio de atividades formulativas em que o locutor opta
por introduzir no texto recorrências de variados tipos, entre as quais se podem destacar:
reiteração de elementos fonológicos, de tempos verbais etc. A reiteração ou repetição de itens
lexicais tem por efeito trazer ao enunciado um acréscimo de sentido, que ele não teria se o item
fosse usado somente uma vez. Em se tratando de recorrência de recursos fonológicos segmentais
e/ou suprassegmentais, tem-se a existência de uma variante fonológica, como igualdade de
metro, ritmo, rima, assonância, aliterações etc. (Ingedore G. Villaça Koch). [6]
É o factor relacionado aos sentidos do texto. É importante para o seu entendimento, para a sua
compreensão. Quando um texto é produzido, o seu autor tem em mente o(s) possível(is)
destinatário(s) e, é claro, deseja ser compreendido por ele(s). “Todo texto tem, portanto, a sua
coerência”. (CAVALCANTE, 2011, p.28).
Para se alcançar a compreensão textual, devem-se levar em consideração alguns aspectos como o
pragmático, o semântico-conceitual e o formal. A coerência não é um ente concreto, que pode ser
visualizado, sublinhado ou apontado no texto.
É algo subjectivo que o leitor capta com base em um conjunto de elementos a partir do contexto
e levando-se em consideração o contexto, a situação comunicativa, os seus conhecimentos
sociocognitivos e interacionais, além do material linguístico.
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5 https://canal.cecierj.edu.br/012016/bb1d45396b025e2265dd9126f04ffe85.pdf
6 http://resumos.netsaber.com.br/resumo-132991/a-progressao-textual
a) A continuidade
b) A progressão
c) Não contradição
d) A articulação
Segundo Xavier (2011), de acordo com as concepções da Linguística Textual, a coesão não é
um factor necessário para que se considere uma produção oral ou escrita como texto, pois a sua
ausência não chega a comprometer o seu sentido.
Koch (1994) divide a coesão em duas grandes modalidades que são a coesão referencial e a
coesão sequencial. Assim se expressa a autora:
Chamo, pois, de coesão referencial aquela em que um componente da superfície do texto faz
remissão a outro(s) elemento(s) do universo textual. Ao primeiro, denomino forma referencial ou
remissiva e ao segundo, elemento de referência ou referente textual. (KOCH, 1994, p. 30). A
coesão sequencial diz respeito aos procedimentos linguísticos por meio dos quais se
estabelecem, entre segmentos do texto (enunciados, partes de enunciados, parágrafos e mesmo
sequências textuais), diversos tipos de relações semânticas e/ou pragmáticas, à medida que se
faz o texto progredir. (KOCH, 1994, p. 49).
Em outras palavras, a coesão referencial é aquela que se realiza por meio de aspectos
semânticos, enquanto que a sequencial se realiza por meio de elementos conectivos.
1.5.3.1.Marcadores Discursivos
Fraser (1999), a fim de esclarecer o funcionamento dos Marcadores Discursivos (MD), define-os
como uma classe de expressões lexicais extraídas das classes de conjunções, sintagmas
adverbiais e preposicionais, que sinalizam uma relação entre o segmento que introduzem (S2) e o
segmento anterior (S1). Segundo o autor, os MD impõem à S2 um determinado conjunto de
interpretações, considerando-se interpretação de S1 e o sentido do marcador.
Fraser defende a ideia de que essas expressões possuem um sentido nuclear que é procedural, e
não conceitual, e sua interpretação mais específica é“negociada” pelo contexto, tanto linguístico
como conceitual. Essa ideia está baseada em Blakemore (1992), que afirma que os marcadores
devem ser compreendidos como expressões que impõem restrições semânticas aos tipos de
implicatórias que o interlocutor pode extrair do que o falante diz.
A autora propõe que os marcadores devem ser analisados como formas de restrição da
interpretação de enunciados. Um dos estudos mais modernos e mais completos de língua
espanhola é o de José Portolés (1998a) (que foi desenvolvido posteriormente em conjunto com
Martín Zorraquino em 1999), que, ao considerar as observações feitas aos elementos periféricos
e aos enlaces extraoracionais , e também os estudos de MD feitos, principalmente, por Schiffrin,
Fraser e Ducrot, assim os definiu:
Martín e Portolés (1999) complementam que os MD têm certa mobilidade dentro do enunciado e
se encontram geralmente entre pausas. Além disso, não podem ser coordenados entre si, não
podem ser negados, carecem (a maioria) da possibilidade de receber especificadores e adjacentes
complementários e têm uma relação sintáctica com a totalidade do sintagma nominal. Portolés
apresenta exemplos para distinguir os marcadores discursivos de outros elementos que fazem
parte das mesmas categorias gramaticais como, por exemplo, Portanto e por esse motivo։
O investigador afirma que os marcadores que se gramaticalizaram como advérbios são palavras
invariáveis. Dessa forma, portanto é um marcador do discurso, pois se trata de um advérbio que
possui forma fixa (não existe, por exemplo, portantos ), já por esse motivo conserva sua
capacidade de flexão e de receber especificadores e complementos (por exemplo, até por esses
pequenos motivos ).
Um outro autor, Schiffrin (1987), refere que os marcadores discursivos são como dispositivos
multifuncionais que restringem unidades de fala e apresentam variados contornos prosódicos.
Estas estruturas correspondem a expressões linguísticas como: conjunções, interjeições,
advérbios, frases lexicalizadas e dispositivos não-verbais (gestos ou características
paralinguísticas). Evidencia, ainda, que os marcadores discursivos são importantes na
estruturação de um discurso coerente, abrangendo tanto dimensões linguísticas como não
linguísticas da comunicação (Cabarrão, et al, 2016).
1.5.3.2.Conectores Discursivos
1.5.3.2.1.Tipos de conectores
De acordo com http://tondinho.blogspot.com/2010/11/conectores-discursivos.html, eis alguns
conectores: [7]
Adição - e, além disso, e ainda, também, igualmente, do mesmo modo, não só… mas também
/como ainda, bem como, assim como, por um lado… por outro lado, nem… nem (negativa), de
novo, incluindo.
Certeza - com certeza, decerto, naturalmente, é evidente que, evidentemente, certamente, sem
dúvida que.
Oposição/ contraste - mas, porém, todavia e além disso, contudo, no entanto, doutro modo, ao
contrário, pelo contrário, contrariamente, não obstante, por outro lado.
Concessão - ainda que, apesar de, embora, mesmo que, por mais que, se bem que, ainda assim,
mesmo assim, posto que.
Conclusão /síntese / resumo - pois, portanto. por conseguinte, assim, logo, enfim, concluindo,
em conclusão, em síntese, consequentemente, em consequência, por outras palavras, ou seja, em
resumo, em suma, ou melhor.
Confirmação - com efeito, efectivamente, na verdade, de facto.
Conclusão / síntese / resumo - pois, portanto, por conseguinte, assim, logo, enfim, concluindo,
conclusivamente, em conclusão, em síntese, consequentemente, em consequência, por outras
palavras, ou seja, em resumo, ou melhor, pois, por isso, deste modo, em suma, sintetizando,
finalizando.
Opinião - na minha opinião, a meu ver, em meu entender, parece-me que, estou em crer que.
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7 http://tondinho.blogspot.com/2010/11/conectores-discursivos.html
Como vimos anteriormente, os elementos de um texto estão em relação uns com os outros,
formando um "tecido" em que os fios se acham tramados. Mas essas relações não dizem respeito
somente aos referentes que aparecem no texto; dizem respeito também às relações entre
proposições.
BAKHTIN, Mikhail M. Os gêneros do discurso. In: ___. Estética da criação verbal, São Paulo:
Martins Fontes, 2000, p. 278-326.
Cabarrão, V., Moniz, H., Ferreira, J., Batista, F., Trancoso, I., Mata, A. I., Curto, S. (2016).
Classificação prosódica de marcadores discursivos. Revista da Associação Portuguesa de
Linguística, nº 2-10, pp. 69-95
COSTA VAL, M. da Graça. Redação e textualidade. São Paulo, Martins Fontes, 1991.
COSTA VAL, Maria da Graça. Redação e textualidade. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
FIORIN, José Luiz; PLATÃO, Francisco Savioli. Lições de texto: Leitura e redação. 4. ed. São
Paulo: Ática, 2000.
KOCH, Ingedore Villaça. A coesão textual. 7 ed. São Paulo: Contexto, 1994.
KOCH, I. G. V. G. e TRAVAGLIA, L. C. (1989). Texto e Coerência. 4ª. ed. São Paulo: Cortez.
XAVIER, Antonio Carlos dos Santos. Como se faz um texto: a construção da dissertação
argumentativa. 5 ed. Catanduva: Rêspel, 2011.
INTERNET
https://canal.cecierj.edu.br/012016/bb1d45396b025e2265dd9126f04ffe85.pdf
https://canal.cecierj.edu.br/012016/bb1d45396b025e2265dd9126f04ffe85.pdf
http://resumos.netsaber.com.br/resumo-132991/a-progressao-textual
http://tondinho.blogspot.com/2010/11/conectores-discursivos.html