Direito Eleitoral
Direito Eleitoral
Direito Eleitoral
ELEITORAL
SUMÁRIO
DIREITO ELEITORAL��������������������������������������������������������������������������������������������� 3
CONCEITO E FONTES��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 3
FONTES DO DIREITO ELEITORAL��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
RESOLUÇÕES DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL�������������������������������������������������������������������������������������������������������4
DIVERGÊNCIA��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������6
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DIREITO ELEITORAL
CONCEITO E FONTES
FONTES DO DIREITO ELEITORAL
ͫ As fontes do Direito Eleitoral podem ser classificadas em Primárias ou Secundárias, e em
Diretas ou Indiretas.
ͫ Primárias ou Secundárias
» Primárias: decorrentes do Poder Constituinte (originário ou derivado). Podem
criar direitos e obrigações, inovando na ordem jurídica. Sujeitam-se ao controle de
constitucionalidade.
» Secundárias: normas de interpretação e regulamentação das normas primárias. Não
podem inovar na ordem jurídica. Sujeitam-se a controle de legalidade.
Em Direito Eleitoral, podemos citar o Código Eleitoral como fonte primária e as resoluções do
TSE, como secundárias.
ͫ Diretas ou Indiretas
» Diretas: regulamentam de forma direta o assunto objeto da norma. Por exemplo,
são fontes diretas do Direito Eleitoral, as que tratam diretamente do assunto, como
o Código Eleitoral, as leis eleitorais etc.
» Indiretas: aplicam-se de forma subsidiária ou supletiva. Não tratam diretamente do
assunto, mas a ele se aplicam, indiretamente. Por exemplo, aplicam-se subsidiaria-
mente ao processo eleitoral, normas de Processo Civil e Processo Penal.
ͫ Fontes Diretas do Direito Eleitoral
» A Constituição Federal de 1988.
» O Código Eleitoral (Lei nº 4737/65).
» A Lei das Inelegibilidades (LC nº 64/90).
» A Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9096/95).
» A Lei das Eleições (Lei nº 9504/97).
» Leis Federais Eleitorais (L. nº 6091/74; L. nº 11.300/06; L. nº 12.034/09; L. nº
13.165/15 etc.).
ͫ Fontes Indiretas do Direito Eleitoral
» Código Penal.
» Código de Processo Penal.
» Código Civil.
» Código de Processo Civil.
» Doutrina.
» Jurisprudência.
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» Consultas.
Lei nº 9.504/97. Art. 105. Até o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal Superior
Eleitoral, ATENDENDO AO CARÁTER REGULAMENTAR E SEM RESTRINGIR DIREITOS OU
ESTABELECER SANÇÕES DISTINTAS DAS PREVISTAS NESTA LEI, poderá expedir todas as
instruções necessárias para sua fiel execução, ouvidos, previamente, em audiência pública,
os delegados ou representantes dos partidos políticos.
A divergência doutrinária:
CÂNDIDO, J. J. Direito Eleitoral Brasileiro. 14ª edição. EDIPRO, 2010.
“O direito eleitoral tem, mais do que as outras disciplinas, o direito constitucional como sede
principal de seus institutos e fonte imediata e natural de seus principais preceitos. Ainda como
fontes DIRETAS do direito eleitoral, aparecem a lei, exclusivamente federal (CF, art. 22, I), assim
como as Resoluções do tribunal superior eleitoral (CE, art. 1º, parágrafo único e art. 23, IX), que
têm força de lei ordinária”. (CÂNDIDO, 2010, p. 24)
Francisco Dirceu Barros: Direito Processual Eleitoral - 2010 - Editora Elsevier – página 3 – As
Resoluções emitidas pelo TSE figuram entre as fontes subsidiárias do Direito Eleitoral de maior
importância. Resolução do TSE: fonte subsidiária ou imprópria (indireta).
Resolução 20.993/2002 – verticalização das coligações partidárias. EC nº 52/06. Art. 17. § 1º (EC nº 97/17). ADI
2626 e 2628. Sem análise do mérito.
L. nº 9.504/97. Art. 6º. É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar coligações
para eleição majoritária, proporcional, ou para ambas, podendo, neste último caso, formar-se mais de uma coliga-
ção para a eleição proporcional dentre os partidos que integram a coligação para o pleito majoritário.
O TSE vinculou as coligações regionais às nacionais.
Art. 4º. § 1°. Os partidos políticos que lançarem, isoladamente ou em coligação, candidato/a à eleição de presidente
da República não poderão formar coligações para eleição de governador/a de Estado ou do Distrito Federal, sena-
dor/a, deputado/a federal e deputado/a estadual ou distrital com partido político que tenha, isoladamente ou em
aliança diversa, lançado candidato/a à eleição presidencial (Lei n° 9.504/97, art. 6°; Consulta n° 715, de 26.2.02).
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STF. A Resolução 20.993 é ato normativo secundário e, por isso, não pode ter sua constitucionalidade questio-
nada junto ao Supremo. Apenas atos primários são passíveis de controle pelo STF, conforme jurisprudência da
Corte.
Resolução 21.702/04 – criou tabela com o número de vereadores em relação à população municipal estabelecida
pelo IBGE para 2003. (STF/1992/Mira Estrela – decisão de 2003) – EC 58/09 – Art. 29, IV. Redução nacional de
60311 cadeiras para 51375. ADI 3214 NÃO CONHECIDA E ARQUIVADA.
O TSE editou ato de caráter secundário, fundamentado em competência administrativa outorgada pelo artigo 23,
inciso IX, da Lei 4.737/65. A resolução administrativa questionada poderia, no máximo, caracterizar uma ilegali-
dade, nunca uma inconstitucionalidade, o que inviabilizaria a utilização de ADI para discutir o assunto.
Resolução 22.610/2007 – disciplina o processo de perda de mandato eletivo por infidelidade partidária. ADI nº
3.999 e ADI nº 4.086. STF DECLARA CONSTITUCIONAL A RESOLUÇÃO. (MSs) 26602, 26603 e 26604. Mandatos
Proporcionais pertencem aos Partidos.
Posicionamento anterior: MS nº 20.927, rel. Min. Moreira Alves, DJ 15.04.1994.
STF. No julgamento dos mandados de segurança 26602, 26603 e 26604, realizado em 4 de outubro do ano
passado, a maioria dos ministros concordou no sentido de que o Supremo deve entender que o instituto da
fidelidade partidária começou a vigorar a partir da data da resposta dada pelo TSE à Consulta 1398, formulada
pelo então Partido da Frente Liberal – atual DEM. Naquele julgamento, realizado em 27 de março de 2007, o TSE
decidiu que os mandatos obtidos nas eleições, pelo sistema proporcional (deputados estaduais, federais e
vereadores), pertencem aos partidos políticos ou às coligações, e não aos candidatos eleitos.
STF. Na ADI 3999, o PSC alegava, entre outros, que a resolução do TSE violaria a Constituição Federal porque
teria usurpado competência legislativa, violando a separação de Poderes; teria legislado sobre direito eleitoral,
direito processual e procedimental; transgrediria o princípio do devido processo legal e hostilizaria o princípio do
direito de defesa; daria legitimidade ‘a quem tenha interesse jurídico’ e teria outorgado legitimidade ao Ministério
Público ao arrepio da lei própria da instituição.
Ao proferir seu voto, o ministro Cezar Peluso salientou que a edição da norma decorreu de preceito constitucio-
nal, qual seja, o da eficácia da coisa julgada material, isto é, de uma decisão do STF. Ele disse que, para dar efi-
cácia prática à decisão da Suprema Corte, coube ao TSE definir os procedimentos de sua atuação nos processos
envolvendo a fidelidade partidária.
O STF reconheceu a competência do Poder Legislativo para editar a matéria (art. 22, I da Constituição da Repú-
blica Federativa do Brasil), mas admitiu que o TSE, em virtude da demora legislativa em regulamentá-la, pode
expedir norma de caráter transitório e excepcional.
Logo, ao submeter a questão a controle de constitucionalidade, o STF considerou a Resolução um ato normativo
primário.
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DIVERGÊNCIA