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Resumo - HGP 6º

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A Revolução francesa e os seus reflexos em

Portugal
Razões do descontentamento dos Portugueses
apesar da derrota dos franceses, muitos portugueses continuaram
descontentes porque:
1. o comercio, a industria e a agricultura estavam em crise e o país
destruído;
2. os ingleses passaram a controlar o exercito, o comércio e o governo
português. D. João e a corte continuaram no Brasil sem qualquer
preocupação sobre o que se passava em Portugal;
3. em 1808, D. João tinha aberto os portos brasileiros ao comercio
estrangeiro, o que prejudicou em muito a burguesia portuguesa pois o
comercio portugues dependi em grande parte da venda de produtos ao
brasil e da exportação dos produtos brasileiros.
Muitos portugueses (os Liberais) queriam fazer uma revolução de acordo com
as ideias de liberdade, igualdade e fraternidade vindas de França.
Conspiração – revolta contra o governo preparada secretamente.
Revolução – Revolta que provoca grandes mudanças num pais no modo de o
governar, na economia e na sociedade.
Governo Provisório – Governo nomeado após uma revolução e que deve
governar até ser aprovada uma Constituição ou eleito um governo.

A revolução Liberal Portuguesa


em 1817, o General Gomes Freire de Andrade, provocou uma conspiração
para pôr fim ao domínio inglês em Portugal e à monarquia absoluta tendo sido
descobertos e mortos.
Em 1818, um grupo de liberais do Porto formou uma organização secreta,
sinérdio para preparar a revolução. Esta organização era composta por
burgueses (juízes, comerciantes e militares).
A 15 de setembro de 1820, em Lisboa, um movimento militar depôs os
regentes e Constituiu a Junta revolucionária de Lisboa, tendo a Revolução
Liberal triunfado.
A 28 de setembro, os revolucionários do Porto juntaram-se aos de Lisboa e os
ingleses afastados do governo surgindo um governo provisório que incluía
liberais de Lisboa e do Porto.

Uma constituição e uma nova monarquia


O governo provisório (Junta Provisional do Governo Supremo do Reino), teve
como missão governar o pais e organizar as primeiras eleições para deputados
às Cortes Constituintes elaborando uma constituição com base nos ideais de
liberdade, igualdade e fraternidade. A Constituição foi aprovada em 1822 com
o fim da monarquia absoluta.
D. João VI, regressado do Brasil, assinou a Constituição comprometendo-se a
respeitá-la, continuando Portugal ter um Rei que respeitava a constituição.
Como a constituição foi elaborada de acordo com as ideias liberais de:
– Igualdade: as leis eram iguais para todos;
– liberdade: passou a haver eleições para as pessoas com direito de voto
escolherem livremente os deputados;
a monarquia constitucional era conhecida como monarquia liberal.

As ideais liberais na Constituição de 1822:


A constituição estabeleceu que:
– As leis eram iguais para todos os portugueses, por exemplo todos
pagavam impostos;
– A soberania da nação, o rei submetia-se à vontade dos cidadãos que,
pelo voto, escolhiam os seus representantes.
Não podiam votar os analfabetos cuja percentagem no universo da população
era 90%, os frades e as mulheres. Só votavam os homens que sabiam ler e
escrever e que tivessem mais de vinte anos ou vinte se fossem casados.
Atualmente na constituição portuguesa o voto é universal (todos os homens e
mulheres, acima dos dezoito anos, podem votar).
Os poderes passaram a estar repartidos:
– Poder legislativo: as leis eram feitas por deputados nas Cortes;
– Poder executivo: o rei e os secretários de estados ou ministros
governavam;
– Poder judicial: os juízes julgavam quem não cumpriam a lei nos
tribunais.
Constituição: lei principal de um país, onde constam a forma de governo e os
direitos e deveres dos cidadãos, todas as ouras leis têm de estar de acordo
com a Constitucão.

D. Pedro declara a independência do Brasil:


D. João VI, no Brasil, desenvolveu o território construindo estradas, escolas,
hospitais, teatros e bibliotecas, Rio de Janeiro era a sede do governo.
Em 1808, o Brasil deixou de fazer comércio apenas com Portugal passando
também a fazer com outros países (a burguesia brasileira viu o seu lucro a
aumentarem e a portuguesa a diminuir), fazendo com que em 1815, o Brasil
deixasse de ser uma colónia e passasse a ser um reino. O reino unido de
Portugal, Brasil e dos Algarves.
Em 1822, as cortes constituintes portuguesas exigiram que o Brasil voltasse a
ser uma colónia e que D. Pedro regressasse ao reino, mas D. Pedro não
concordou tendo declarado a Independência do Brasil em 7 de Setembro de
1822. Portugal perde o território que mais lucro dera no séc. XVIII.

D. Maria rainha, D. Miguel regente:


Quando D. João VI morreu em 1826, D. Pedro o filho mais velho, foi declarado
rei de Portugal, mas como ele era também Imperador do Brasil, Portugal e o
Brasil não gostaram dessa ideia. D. Pedro decidiu abdicar do trono português a
favor da sua filha, D Maria, que tinha apenas 7 anos, sendo muito nova para
assumir o governo.
D. Miguel, irmão de D. Pedro estava exilado (é a saída de uma pessoa do seu
país, por razões políticas, sendo obrigado a ir viver no para o estrangeiro) na
Áustria porque organizou revoltas contra a monarquia liberal. Essas revoltas
foram também muito apoiadas pela nobreza e pelo clero que desejavam a
monarquia absoluta para não perderem privilégios.
D. Pedro decidiu que para o irmão regressar a Portugal, teria de se casar com a
sobrinha D. Maria e aceitasse governar como regente respeitando a monarquia
liberal, acordo que D. Miguel aceitou.

D. Miguel, rei absoluto: os liberais perseguidos.


D. Pedro IV – defensor da monarquia liberal, tinha o apoio de muitos
burgueses.
D. Miguel - era defensor da monarquia absoluta, tinha o apoio de quase todo o
clero e nobreza e alguns populares.
D. Miguel, em 1828 trai o acordo que fez com o irmão, faz se aclamar rei de
Portugal, dissolveu as cortes e passou a governar como rei absoluto tendo
perseguido muitos liberais.
Em 1831, D. Pedro abdica do trono brasileiro, regressa a Europa (Inglaterra)
para procurar apoios, e refugia-se nos Açores com os apoiantes.
Em 1832, D. Pedro partiu dos Açores com um exército liberal e desembarcou
na praia de Mindelo marchando em direção ao Porto conseguindo ocupar a
cidade sem resistência pois as tropas absolutistas foram apanhadas de
surpresa. D. Miguel cercou o Porto dando início à Guerra Civil (guerra dentro
de um país entre grupos de habitantes desse país). Os liberais resistiram cerca
de um ano ao cerco dos absolutistas.
Uma parte do exército liberal saiu do Porto de barco e dirigiu-se ao Algarve
tendo partido dali para Lisboa. D. Miguel, quando tomou conhecimento do
avanço das tropas liberais, levanta o cerco ao Porto dirigindo-se à capital do
reino (Lisboa). Próximo de Santarém, as tropas absolutistas e liberais
enfrentam-se nas batalhas de Almoster e Asseiceira, ganhas pelos liberais.
Em 1834, D. Miguel assinou a paz na convenção de Evoramonte sendo
declarado o fim da Guerra Civil e continuando a reinar a monarquia liberal.

Guerras, atraso da agricultura e falta de alimentos.


Durante a primeira metade do séc XIX vários acontecimentos prejudicaram
Portugal: provocaram muitas mortes, as culturas, casas e campos estavam
todos destruídos e a atividade económica também foi muito prejudicada por
causa da independência do Brasil.
Em meados do século XIX, a maioria da população portuguesa trabalhava na
agricultura mas, no entanto, haviam muitos problemas:
– Ainda havia muitas terras não cultivadas;
– Falta de conhecimento;
– Instrumentos antiquados;
– Produção fraca;
– Falta de alimentos;
– Importação de produtos agrícolas de outros países mais desenvolvidos.
A partir de 1851, os governos liberais foram tomando medidas para
desenvolver e modernizar Portugal → Regeneração.

Paz, mais terras cultivadas e maior produção.


Durante a Regeneração, os governos liberais tomaram várias medidas para
desenvolver a agricultura:
– A venda das propriedades dos nobres a burgueses.
– A entrega de terras não cultivadas a camponeses para eles a explorarem.
– O fim do direito do morgadio (direito que o filho mais velho tinha de
herdar todos os bens paternos), passando todos os filhos a serem
herdeiros.
– O cultivo das terras que ficavam um ano em descanso.
– A utilização progressiva de máquinas agrícolas.
Todas estas medidas contribuíram para o desenvolvimento das culturas, como
por exemplo a vinha, o trigo, a batata, o milho e o arroz. A produção foi assim
aumentando e tornando-se mais variada.

Do artesanato à Industria mecanizada


Os produtos eram feitos pelos artesãos com a ajuda de instrumentos muito
simples no entanto os produtos eram poucos e por isso o seu custo muito
elevado. Progressivamente, foram surgindo locais de produção maiores.
A grande revolução na industria deu-se em Inglaterra no séc. XVIII com a
invenção da máquina a vapor que utilizava o carvão como fonte de energia.
Surgiram assim as fábricas, grandes espaços com muitos operários e muitas
máquinas que funcionavam ao mesmo tempo surgiu assim a indústria
mecanizada.
Em Portugal, até 1881, foram instaladas 238 máquinas a vapor na indústria,
contudo a produção continuou a ser insuficiente obrigando a continuar a
importar muitos produtos.
O número de fábricas aumentou nas zonas do Porto, Braga, Guimarães, Lisboa
Seixal e Setúbal. A concentração de fábricas nessas zonas deveu-se ao facto de
serem muito populosas fornecendo, não só mão de obra barata, mas também
um maior número de consumidores.
As fábricas das cidades do litoral dispunham ainda de portos marítimos que
permitiam os abastecimento mais fácil de matérias primas e a distribuição
mais rápida dos produtos fabricados.
As regiões da Covilhã, Castelo Branco e Portalegre eram centros da indústria
têxtil (criação de ovelhas, produção de lã).
Apesar do desenvolvimento da indústria a agricultura continuou a ser a
principal atividade económica.
O desenvolvimento da indústria que se verificou na segunda metade do século
XIX levou ao aparecimento de um novo grupo social: o proletariado
(operariado), formado por operários das fábricas.
Estes operários, homens, mulheres e por vezes crianças trabalhavam:
– Em muito más condições;
– Podiam ir até às 16h diárias de trabalho;
– Recebiam baixos salários;
– Habitavam em bairros sem esgotos nem água canalizada;
– Casas muito húmidas, apenas tinham cozinha e quarto com famílias
muito numerosas.
As más condições de vida e as doenças (tuberculose) levaram ao aumento de
doentes abandonados levando ao aumento de doentes abandonados.
Com vidas e problemas semelhantes, os operários foram se unindo criando
associações operárias, sindicatos, recorrendo à greve para lutar por melhores
salários e por melhores condições de trabalho.

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