Variedade Chamada Espaço de Minkowski
Variedade Chamada Espaço de Minkowski
Variedade Chamada Espaço de Minkowski
Etimologia
Ver também: Cosmo e Natureza
A palavra Universo deriva do latim universum.[19] A palavra latina foi usada por Cícero e
posteriormente por outros autores com o mesmo sentido que é empregada atualmente.[20] A
palavra latina é derivada da contração poética unvorsum — utilizada primeiramente
por Lucrécio no Livro IV (linha 262) de seu De rerum natura (Sobre a Natureza das
coisas) — que conecta un, uni (a forma combinada de unus, ou "one") com vorsum,
versum (um substantivo derivado do particípio passivo perfeito de vertere, que significa
"algo rodado, rolado ou mudado").[20]
Uma interpretação alternativa de unvorsum é "tudo girando como um" ou "tudo girando
através de um". Nesse sentido, pode ser considerada a tradução de uma palavra para
Universo no grego antigo, περιφορα, "algo transportado em um círculo", originalmente
utilizada para descrever o percurso de uma refeição, a comida sendo carregada em torno
de um círculo de mesas.[21]
Cronologia
Ver artigos principais: Big Bang e Cronologia do Universo
P
r
i
m
o
r
d
i
a
l
Escala do eixo em bilhões de anos.
Depois da época de Planck e da inflação, vieram as épocas de quark, hadron e lépton.
Juntas, essas épocas abrangiam menos de dez segundos de tempo após o Big Bang. A
abundância observada dos elementos pode ser explicada pela combinação da expansão
global do espaço com a física nuclear e atômica. À medida que o Universo se expande,
a densidade de energia da radiação eletromagnética diminui mais rapidamente do que a
da matéria, porque a energia de um fóton diminui com seu comprimento de onda.[24]
À medida que o Universo se expandia e se esfriava, partículas elementares associavam-se
de forma estável a combinações cada vez maiores. Assim, na primeira parte da era
dominada pela matéria, formaram-se prótons e nêutrons estáveis, que então formaram
núcleos atômicos através de reações nucleares. Este processo, conhecido
como nucleossíntese do Big Bang, levou à abundância presente de núcleos mais leves,
particularmente hidrogênio, deutério e hélio. A nucleossíntese do Big Bang terminou cerca
de vinte minutos após o Big Bang, quando o Universo tinha esfriado o suficiente para que
a fusão nuclear não pudesse mais ocorrer. Nesta fase, a matéria no Universo era
principalmente um plasma quente e denso de elétrons carregados
negativamente, neutrinos neutros e núcleos positivos. Esta era, chamada época fotônica,
durou cerca de 380 mil anos.[24]
Eventualmente, em um momento conhecido como recombinação, elétrons e núcleos
formaram átomos estáveis, que são transparentes para a maioria dos comprimentos de
onda de radiação. Com os fótons dissociados da matéria, o Universo entrou na era
dominada pela matéria. A luz desta era podia viajar livremente e pode ainda ser vista no
Universo como radiação cósmica de fundo. Depois de cerca de cem milhões de anos, as
primeiras estrelas se formaram; estas eram provavelmente muito maciças, luminosas e
responsáveis pela reionização do Universo. Não tendo elementos mais pesados que o lítio,
essas estrelas também produziram os primeiros elementos pesados através
da nucleossíntese estelar.[25] O Universo também contém uma energia misteriosa chamada
energia escura, cuja densidade não muda ao longo do tempo. Após cerca de 9,8 bilhões
de anos, o Universo se expandiu suficientemente para que a densidade da matéria fosse
menor que a densidade da energia escura, marcando o início da atual era dominada pela
energia escura. Nesta época, a expansão do Universo está se acelerando devido à
energia escura.[26]
Propriedades
O espaço-tempo do Universo é geralmente interpretado a partir de uma
perspectiva euclidiana, onde o espaço é constituído por três dimensões e o tempo consiste
de uma dimensão, a "quarta dimensão". Ao combinar espaço e tempo em uma
única variedade chamada espaço de Minkowski, os físicos simplificaram várias teorias da
física, bem como descreveram de forma mais uniforme o funcionamento do Universo nos
níveis supergaláctico e subatômico.[27]
Os eventos do espaço-tempo não são absolutamente definidos espacialmente e
temporalmente, mas são conhecidos relativamente ao movimento de um observador.
O espaço de Minkowski aproxima o Universo sem gravidade; as variedades
pseudoriemannianas da relatividade geral descrevem o espaço-tempo com a matéria e a
gravidade. A teoria das cordas postula a existência de dimensões adicionais. Das quatro
interações fundamentais, a gravitação é dominante em escalas de comprimento
cosmológico, incluindo galáxias e estruturas de maior escala. Os efeitos da gravidade são
cumulativos; em contraste, os efeitos das cargas positivas e negativas tendem a se anular
mutuamente, tornando o eletromagnetismo relativamente insignificante nas escalas de
comprimento cosmológico. As duas interações restantes, as forças nucleares
fracas e fortes, declinam muito rapidamente com a distância; seus efeitos estão confinados
principalmente a escalas de comprimento subatômico.[28]
O Universo parece ter muito mais matéria do que antimatéria, uma assimetria
possivelmente relacionada com as observações da violação CP.[29] O Universo também
parece não ter Momento linear ou angular. A ausência de carga líquida e impulso resultaria
das leis físicas aceitas (lei de Gauss e da não divergência do pseudotensor energia-
estresse-momento, respectivamente) se o Universo fosse finito.[30]
O local da Terra no Universo: Terra Sistema Solar Vizinhança estelar Via Láctea Grupo
Local Superaglomerado de Virgem Superaglomerados locais Universo observável
Forma