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Variedade Chamada Espaço de Minkowski

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O Universo é tudo o que existe fisicamente, a soma do espaço e do tempo e as mais

variadas formas de matéria, como planetas, estrelas, galáxias e os componentes


do espaço intergaláctico.[2][3][4][5][6][7] O termo Universo pode ser usado em sentidos contextuais
ligeiramente diferentes, denotando conceitos como o cosmo, o mundo ou a natureza.
O universo observável tem de raio cerca de 46 bilhões de anos-luz.[8] A observação
científica do Universo levou a inferências de suas fases anteriores. Estas observações
sugerem que o Universo é governado pelas mesmas leis físicas e constantes durante a
maior parte de sua extensão e história. A teoria do Big Bang é o modelo cosmológico
prevalente que descreve como o Universo evoluiu desde os primeiros 10−44 segundos
(Tempo de Planck) até hoje.[9][10] Observações de supernovas têm mostrado que o Universo
está se expandindo a uma velocidade acelerada.[11]
Os valores anteriores para o número de galáxias no Universo giravam em,
aproximadamente, cem bilhões de galáxias.[12] Mas em outubro de 2016 dados reunidos em
duas décadas de imagens colhidas pelo Hubble mostraram que o número de galáxias gira
em torno de 20 vezes mais, saltando para 2 trilhões de galáxias, aproximadamente.[13][14] Os
espaços vazios do Universo podem estar repletos de matéria escura, de natureza ainda
desconhecida. De acordo com o modelo científico vigente, conhecido como Big Bang, o
Universo surgiu de um único ponto ou singularidade onde toda a matéria e energia
do universo observável encontrava-se concentrada numa fase densa e extremamente
quente chamada Era de Planck.
A partir dessa era, o Universo vem-se expandindo, possivelmente em curtos períodos
(menos que 10−32 segundos) de inflação cósmica. Diversas medições experimentais
independentes apoiam teoricamente tal expansão e a teoria do Big Bang. Esta expansão
tem-se acelerado por ação da energia escura, uma força contrária à gravidade que está
agindo mais que esta devido ao fato das dimensões do Universo serem grandes o
bastante para dissipar a força gravitacional.[15] Porém, graças ao escasso conhecimento a
respeito da energia escura, é ainda pequeno o entendimento do fenômeno e sua influência
no destino do Universo.[15]
Há alguns anos, a sonda WMAP coletou dados que levaram à determinação da Idade do
Universo em 13,73 (± 0,12) bilhões de anos.[16] Entretanto, com base em dados coletados
pelo satélite Planck, as interpretações de observações astronômicas indicam que a idade
do Universo seria de 13,799 ± 0,021 bilhões de anos,[1] enquanto o diâmetro do universo
observável seria de 91 bilhões de anos-luz ou 8,80 ×1026 metros.[17] De acordo com a teoria
da relatividade geral, o espaço pode expandir-se a uma velocidade superior à da luz,
embora possamos ver somente uma pequena fração da matéria visível do Universo devido
à limitação imposta pela velocidade da luz. É incerto se a dimensão do espaço é finita ou
infinita. Trezentos mil anos depois do Big Bang, teriam surgido átomos de matéria. As
formas de vida teriam aparecido 11,2 bilhões de anos depois.[18]

Etimologia
Ver também: Cosmo e Natureza
A palavra Universo deriva do latim universum.[19] A palavra latina foi usada por Cícero e
posteriormente por outros autores com o mesmo sentido que é empregada atualmente.[20] A
palavra latina é derivada da contração poética unvorsum — utilizada primeiramente
por Lucrécio no Livro IV (linha 262) de seu De rerum natura (Sobre a Natureza das
coisas) — que conecta un, uni (a forma combinada de unus, ou "one") com vorsum,
versum (um substantivo derivado do particípio passivo perfeito de vertere, que significa
"algo rodado, rolado ou mudado").[20]
Uma interpretação alternativa de unvorsum é "tudo girando como um" ou "tudo girando
através de um". Nesse sentido, pode ser considerada a tradução de uma palavra para
Universo no grego antigo, περιφορα, "algo transportado em um círculo", originalmente
utilizada para descrever o percurso de uma refeição, a comida sendo carregada em torno
de um círculo de mesas.[21]
Cronologia
Ver artigos principais: Big Bang e Cronologia do Universo

Este é o conceito artístico da


expansão do Universo, onde o espaço (incluindo hipotéticas partes não observáveis do
Universo) é representado em cada momento, em seções circulares. O esquema é
decorado com imagens do satélite WMAP
O modelo prevalecente para a evolução do Universo é a teoria do Big Bang. O modelo do
Big Bang afirma que o estado mais antigo do Universo era extremamente quente e denso
e que posteriormente se expandiu. O modelo baseia-se na relatividade geral e na
simplificação de suposições como a homogeneidade e a isotropia do espaço. Uma versão
do modelo com uma constante cosmológica (Lambda) e matéria escura fria, conhecida
como modelo Lambda-CDM, é o modelo mais simples que fornece um relato
razoavelmente bom de várias observações sobre o Universo. O modelo do Big Bang é
responsável por observações como a correlação da distância e o desvio para o
vermelho das galáxias, a razão entre o número de átomos de hidrogênio e de hélio e
a radiação cósmica de fundo.[22][23]
O estado quente e denso inicial é chamado de era de Planck, um breve período que se
estende do tempo zero a uma unidade de tempo de Planck de aproximadamente
10−43 segundos. Durante a época de Planck, todos os tipos de matéria e todos os tipos
de energia estavam concentrados em um estado denso, onde acredita-se que
a gravitação tenha sido tão forte quanto as outras forças fundamentais, sendo que todas
as forças podem ter sido unificadas. Desde a época de Planck, o Universo vem
se expandindo para sua forma atual, possivelmente com um período muito breve de
inflação cósmica que fez com que o Universo atingisse um tamanho muito maior em
menos de 10-32 segundos.[24]
Cronologia natural
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Expansão cósmica
Primeira luz
Aceleração cósmica
Sistema Solar
Água
Vida unicelular
Fotossíntese
Vida
multicelular
Vertebrados
Início da gravidade
Energia escura
Matéria escura

Início do Universo (-13.8)

Primeira galáxia

Primeiro quasar

Omega Centauri

Galáxia de Andrômeda

Via Láctea
com braços espirais

NGC 188

Alpha Centauri

Início da Terra
(-4.54)

Origem da vida

Início do oxigênio

Oxigênio atmosférico

Reprodução sexual

Explosão Cambriana

Humanos
V
i
d
a

P
r
i
m
o
r
d
i
a
l
Escala do eixo em bilhões de anos.
Depois da época de Planck e da inflação, vieram as épocas de quark, hadron e lépton.
Juntas, essas épocas abrangiam menos de dez segundos de tempo após o Big Bang. A
abundância observada dos elementos pode ser explicada pela combinação da expansão
global do espaço com a física nuclear e atômica. À medida que o Universo se expande,
a densidade de energia da radiação eletromagnética diminui mais rapidamente do que a
da matéria, porque a energia de um fóton diminui com seu comprimento de onda.[24]
À medida que o Universo se expandia e se esfriava, partículas elementares associavam-se
de forma estável a combinações cada vez maiores. Assim, na primeira parte da era
dominada pela matéria, formaram-se prótons e nêutrons estáveis, que então formaram
núcleos atômicos através de reações nucleares. Este processo, conhecido
como nucleossíntese do Big Bang, levou à abundância presente de núcleos mais leves,
particularmente hidrogênio, deutério e hélio. A nucleossíntese do Big Bang terminou cerca
de vinte minutos após o Big Bang, quando o Universo tinha esfriado o suficiente para que
a fusão nuclear não pudesse mais ocorrer. Nesta fase, a matéria no Universo era
principalmente um plasma quente e denso de elétrons carregados
negativamente, neutrinos neutros e núcleos positivos. Esta era, chamada época fotônica,
durou cerca de 380 mil anos.[24]
Eventualmente, em um momento conhecido como recombinação, elétrons e núcleos
formaram átomos estáveis, que são transparentes para a maioria dos comprimentos de
onda de radiação. Com os fótons dissociados da matéria, o Universo entrou na era
dominada pela matéria. A luz desta era podia viajar livremente e pode ainda ser vista no
Universo como radiação cósmica de fundo. Depois de cerca de cem milhões de anos, as
primeiras estrelas se formaram; estas eram provavelmente muito maciças, luminosas e
responsáveis pela reionização do Universo. Não tendo elementos mais pesados que o lítio,
essas estrelas também produziram os primeiros elementos pesados através
da nucleossíntese estelar.[25] O Universo também contém uma energia misteriosa chamada
energia escura, cuja densidade não muda ao longo do tempo. Após cerca de 9,8 bilhões
de anos, o Universo se expandiu suficientemente para que a densidade da matéria fosse
menor que a densidade da energia escura, marcando o início da atual era dominada pela
energia escura. Nesta época, a expansão do Universo está se acelerando devido à
energia escura.[26]

Propriedades
O espaço-tempo do Universo é geralmente interpretado a partir de uma
perspectiva euclidiana, onde o espaço é constituído por três dimensões e o tempo consiste
de uma dimensão, a "quarta dimensão". Ao combinar espaço e tempo em uma
única variedade chamada espaço de Minkowski, os físicos simplificaram várias teorias da
física, bem como descreveram de forma mais uniforme o funcionamento do Universo nos
níveis supergaláctico e subatômico.[27]
Os eventos do espaço-tempo não são absolutamente definidos espacialmente e
temporalmente, mas são conhecidos relativamente ao movimento de um observador.
O espaço de Minkowski aproxima o Universo sem gravidade; as variedades
pseudoriemannianas da relatividade geral descrevem o espaço-tempo com a matéria e a
gravidade. A teoria das cordas postula a existência de dimensões adicionais. Das quatro
interações fundamentais, a gravitação é dominante em escalas de comprimento
cosmológico, incluindo galáxias e estruturas de maior escala. Os efeitos da gravidade são
cumulativos; em contraste, os efeitos das cargas positivas e negativas tendem a se anular
mutuamente, tornando o eletromagnetismo relativamente insignificante nas escalas de
comprimento cosmológico. As duas interações restantes, as forças nucleares
fracas e fortes, declinam muito rapidamente com a distância; seus efeitos estão confinados
principalmente a escalas de comprimento subatômico.[28]
O Universo parece ter muito mais matéria do que antimatéria, uma assimetria
possivelmente relacionada com as observações da violação CP.[29] O Universo também
parece não ter Momento linear ou angular. A ausência de carga líquida e impulso resultaria
das leis físicas aceitas (lei de Gauss e da não divergência do pseudotensor energia-
estresse-momento, respectivamente) se o Universo fosse finito.[30]

O local da Terra no Universo: Terra Sistema Solar Vizinhança estelar Via Láctea Grupo
Local Superaglomerado de Virgem Superaglomerados locais Universo observável

Forma

A geometria geral do Universo é determinada pelo


parâmetro cosmológico Omega ser menor, igual ou maior que 1. De cima para baixo
estão um Universo fechado com curvatura positiva, um Universo hiperbólico com
curvatura negativa e um Universo plano com zero curvatura
Ver artigo principal: Forma do Universo
A relatividade geral descreve o espaço-tempo como curvado e dobrado pela massa e pela
energia. A topologia ou geometria do Universo inclui a geometria local no Universo
observável e geometria global. Os cosmólogos trabalham frequentemente com uma fatia
do espaço-tempo chamada de coordenadas comóveis. A seção do espaço-tempo que
pode ser observada é o cone de luz traseiro, que delimita o horizonte
cosmológico (também chamado de horizonte de partículas ou de luz), que é a distância
máxima a partir da qual as partículas podem ter viajado para o observador na idade do
Universo. Este horizonte representa a fronteira entre as regiões observáveis e as não
observáveis do Universo. A existência, as propriedades e o significado de um horizonte
cosmológico dependem do modelo cosmológico usado.[31][32]
Um parâmetro importante que determina a evolução futura da teoria do Universo é
o parâmetro de densidade, Omega (Ω), definido como a densidade média da matéria do
Universo dividida por um valor crítico desta densidade. Isto seleciona uma das três
geometrias possíveis dependendo se Ω é igual a, menor ou maior que um. Estes são
chamados, respectivamente, de universos planos, abertos e fechados.[33]
Observações, como as obtidas pelo Cosmic Background Explorer (COBE), Wilkinson
Microwave Anisotropy Probe (WMAP) e mapas da Planck da radiação cósmica de fundo
sugerem que o Universo é infinito em extensão, mas com uma idade finita, como descrito
por Friedmann-Lemaître-Robertson-Walker (FLRW).[34][35][36][37] Estes modelos FLRW assim
apoiam modelos inflacionários e o modelo padrão da cosmologia, descrevendo um
universo plano e homogêneo atualmente dominado pela matéria escura e pela energia
escura.[10][38]
Tamanho e regiões
Ver artigos principais: Universo observável e Cosmologia observacional

Visualização de todo o Universo observável


O tamanho do Universo é um pouco difícil de definir. De acordo com uma definição
restritiva, o Universo é tudo dentro do nosso espaço-tempo conectado que poderia ter uma
chance de interagir conosco e vice-versa.[39] Segundo a teoria geral da relatividade,
algumas regiões do espaço podem nunca interagir conosco durante a existência do
Universo devido à velocidade finita da luz e à expansão contínua do espaço. Por exemplo,
as mensagens de rádio enviadas da Terra talvez nunca cheguem a algumas regiões do
espaço, mesmo que o Universo exista para sempre: o espaço pode se expandir mais
rápido do que a luz pode atravessá-lo.[40]
Supõe-se que regiões distantes do espaço existem e fazem parte da realidade tanto
quanto nós, mesmo que nunca possamos interagir com elas. A região espacial que
podemos afetar e ser afetada é o Universo observável. O Universo observável depende da
localização do observador. Viajando, um observador pode entrar em contato com uma
região maior do espaço-tempo do que um observador que permanece imóvel. No entanto,
mesmo o viajante mais rápido não será capaz de interagir com todo o espaço.
Tipicamente, o Universo observável significa a porção do Universo que é observável de
nosso ponto de observação na Via Láctea.[41]
A distância apropriada - a distância medida em um momento específico, incluindo o
presente - entre a Terra e a borda do Universo observável é de 46 bilhões de anos-luz (14
bilhões de parsecs), fazendo com que o diâmetro do Universo observável seja de cerca de
91 bilhões anos-luz (28 × 109 pc). A distância que a luz da borda do Universo observável
percorreu é muito próxima da idade do Universo vezes a velocidade da luz, 13,8 bilhões de
anos-luz (4,2 × 109 pc), mas isto não representa a distância a qualquer tempo porque a
borda do Universo observável e a Terra se separaram desde então.[42] Para comparação, o
diâmetro de uma galáxia típica é de trinta mil anos-luz (9,198 parsecs) e a distância típica
entre duas galáxias vizinhas é de três milhões de anos-luz (919,8 mil parsecs).[43] Por
exemplo, a Via Láctea tem cerca de cem mil anos-luz de diâmetro[44] e a galáxia mais
próxima da Via Láctea, a Galáxia de Andrômeda, está a cerca de 2,5 milhões de anos-luz
de distância.[45] Como não podemos observar o espaço além da borda do Universo
observável, desconhece-se se o tamanho do Universo é finito ou infinito.[46][47][48]

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