Os Efeitos Psicossomáticos Do Estresse: Centro Universitário de Brasília Faculdade de Ciências Da Saúde
Os Efeitos Psicossomáticos Do Estresse: Centro Universitário de Brasília Faculdade de Ciências Da Saúde
Os Efeitos Psicossomáticos Do Estresse: Centro Universitário de Brasília Faculdade de Ciências Da Saúde
Os efeitos psicossomáticos do
estresse
Brasília – 2002
Centro Universitário de Brasília – UniCEUB
Faculdade de Ciências da Saúde – FACS
Licenciatura em Ciências Biológicas
Os efeitos psicossomáticos do
estresse
Brasília – 2002
Dedico essa monografia a minha mãe
Marilene, por me fazer acreditar no
meu potencial e por estar sempre ao
meu lado. Te amo, mãe!!!
Agradecimentos
Agradeço primeiramente a Deus e Sua Santíssima Mãe por terem me
abençoado e dado força para vencer mais essa fase da minha vida.
A minha família, por toda a confiança depositada.
A Nalda, pela demonstração de força, coragem e determinação.
Ao afilhado André Júnior, razão da minha vida.
A Maria Inês, pelos conhecimentos transmitidos com tanta paciência e
pela credibilidade no meu trabalho.
A todos os alunos, que com muito respeito, sempre me incentivaram.
Aos amigos da Radiobrás, em especial Deocleciano, Luzinete, Lusmarina
e Vânia, por toda a atenção e ajuda.
A minha mãe, por todo o amor e carinho.
As amigas Alena e Otaylda pelo incentivo e paciência.
Priscilla, Giselle, Patrícia e Clysses pela amizade.
Ao meu orientador, Professor Claúdio Henrique, por todas as dicas e
ajuda.
E a todos aqueles que, de uma maneira ou de outra, colaboraram para a
realização deste projeto.
Obrigada a todos!
Resumo
1. Introdução........................................................................................................1
2. Os tipos de Estresse.........................................................................................2
3. As causas do Estresse ......................................................................................4
4. Processos bioquímicos desencadeados pelo Estresse ...................................5
5. Os efeitos do Estresse ......................................................................................8
5.1. No sistema digestório...................................................................................8
5.2. No sistema imunológico...............................................................................8
5.3. No sistema muscular....................................................................................9
5.4. No sistema cardiovascular ..........................................................................9
5.5. Na pele ........................................................................................................10
6. A relação entre Estresse e Câncer ...............................................................10
7. Tratamento ....................................................................................................11
7.1. Atividade física...........................................................................................11
7.2. Alimentação................................................................................................12
7.3. Biofeedback ................................................................................................13
7.4. A Hipnose ...................................................................................................14
7.5. Psicoterapia medicamentosa.....................................................................14
8. Conclusão .......................................................................................................14
9. Referências bibliográficas ............................................................................16
1. Introdução
1
O sistema nervoso recebe as informações vindas dos órgãos sensoriais
processando-as, fazendo com que o organismo elabore as respostas. As reações do
organismo são determinadas pela descarga de impulsos nervosos e neuro-
hormônios como: hormônio liberador de corticotropina (CRH), hormônio
adrecocorticotrófico (ACTH), hormônio liberador de gonadotrofina (GHRH),
hormônio estimulante da tireóide (TSH), hormônio liberador de tireotropina
(TRH), oriundos de estímulos comandados pelo hipotálamo. Além disso, o
chamado Sistema Límbico exerce fundamental importância, uma vez que este faz
parte do sistema nervoso, regulando a função do córtex da supra-renal, estando
intimamente relacionado às tensões emocionais.
2. Os tipos de estresse
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indivíduo se defronta com o agente estressor (um susto, por exemplo), cujos
efeitos são: contração do baço, para estabilizar o oxigênio do organismo; liberação
de glicose pelo fígado, usada como energia para o cérebro e músculos; o número
de linfócitos aumenta, na preparação para possíveis problemas (Ballone 2002 a).
Na Reação de Alarme, o Sistema Nervoso Autônomo - (Sistema Simpático) ativa
ou inibe glândulas, vísceras ou sistemas, determinando alterações fisiológicas. O
Sistema Nervoso Central (Hipotálamo) libera um hormônio, o qual estimula a
Hipófise, fazendo-a secretar o ACTH e outros neuro-hormônios. Quando a
necessidade do estresse termina, há uma tendência do organismo regredir ou parar
todas essas ações anteriormente citadas e retornar seu equilíbrio (homeostase).
Porém, se o estímulo continua, o organismo insiste em buscar um ajuste à
situação.
A segunda fase do estresse denomina-se Fase de Resistência e é a
continuidade da ação por causa de um agente. O organismo se acostuma com os
agentes estressores e faz com que a resposta a esse estímulo seja antecipada, uma
vez que já é sabido o que vai acontecer (Ballone 2002 a). É a partir daqui,
segundo Bernik 2002, que começam a aparecer as primeiras conseqüências
emocionais, mentais e físicas do estresse (agora chamado crônico).
Na terceira fase do estresse, a Fase de Exaustão, o organismo já tem
“falhas no seu mecanismo de adaptação e déficit das reservas de energia”. São
modificações nas funções da capacidade de controle devido ao esgotamento
causado pelo agente estressor. Há destituição de nutrientes e desgaste da energia
mental, resultando em queda na produtividade e capacidade de trabalho. É a partir
daí que o indivíduo pode adoecer, pois fica submetido às circunstâncias
estressantes. Os sintomas são inespecíficos e misteriosos e muitas vezes não são
identificados por médicos. Variam de pessoas para pessoa, de acordo com
características próprias, predisposição genética ou bagagem adquirida ao longo da
vida diante de situações estressantes (Ballone 2002 a).
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3. As causas do Estresse
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querido (Andrade & Okabe 1998). Portanto, a estimulação externa é uma ameaça
externa à pessoa (Ballone 2002 a).
Os agentes estressores internos são aqueles dentro do organismo e
provêem de conflitos pessoais de cada um, os quais refletem na sensibilidade
afetiva diante da vida na situação atual, nas expectativas do futuro e no passado
(Ballone 2002 a).
As pessoas diferem quanto a sua forma de reagir aos agentes estressores.
Algumas pessoas são capazes de superar, outras podem iniciar um transtorno
psiquiátrico. Portanto, as variáveis individuais representam um papel muito
importante na formação do problema psicopatológico. É certo que existe uma
vulnerabilidade biológica e também psicológica necessários para a formação de
um transtorno (Scarpato 2002).
Nem todos os indivíduos desenvolvem o mesmo tipo de respostas diante
dos mesmos estímulos (Pinheiro & Estarque 2002), e os agentes estressores
podem variar na determinação da resposta, ainda que seja na mesma pessoa,
porém em épocas diferentes (Tortora & Grabowski 2000).
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nervoso autônomo, passa pela medula espinhal e atinge o órgão final. Quando a
ativação neural é feita via sistema simpático, ela tem como efeito generalizado a
estimulação do órgão final, enquanto a ativação via sistema parassimpático é
relacionada à inibição (Lipp 2001).
O hipotálamo é uma área pequena do cérebro pesando cerca de quatro
gramas. Ele é o foco central do sistema límbico no cérebro. Límbico significa
limite e esta palavra foi usada para a descrição do limite entre as funções da mente
do córtex e as estruturas do cérebro envolvidas com a regulação de emoções, além
da fisiologia do corpo (Rossi 2001). Vários cientistas descreveram que o sistema
límbico é a região cerebral através da qual as emoções se expressariam. Está
localizado no sistema nervoso central, avaliando e interpretando qualquer
novidade como ameaça. O hipotálamo recebe sinais de todas as partes do sistema
nervoso, de maneira que funcione como intercâmbio central de informações
voltadas para o bem-estar do corpo como um todo (Rossi 2001). Dez bilionésimos
de segundo depois de ativado, o sistema límbico desencadeia uma série de reações
bioquímicas que acelera o funcionamento do organismo (Barboza 1997).
O sistema nervoso autônomo é o sistema responsável pelo controle dos
músculos lisos e glândulas. A denominação autônomo é usada porque este “opera
por si mesmo”, para influenciar o funcionamento interno do organismo, como
batimento cardíacos, digestão e atividade glandular (Myers 1998 apud Arantes &
Viera 2002). Tal sistema também se relaciona com as reações orgânicas
desenvolvidas nas situações de estresse. Também ocorre a participação corporal,
motilidade, secreção gastrointestinal, esvaziamento da bexiga, além de outras.
Possui dois componentes: o sistema nervoso simpático (controla a sudorese,
freqüência cardíaca, aumento do metabolismo), cujo neuro-hormônio é a
adrenalina, e o sistema nervoso parassimpático, que tem como neuro-hormônio a
acetilcolina.
A diferença entre os dois sistemas, além da distribuição anatômica distinta,
está no efeito da estimulação deles, que são antagônicos um ao outro. O que se
observa é que enquanto um estimula, o outro inibe, com o objetivo de manter um
equilíbrio orgânico (Arantes & Vieira 2002).
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Em presença de perigo ou estímulos que alertam para o perigo,
manifestam-se também reações endócrinas (Andrade 1998). Várias estruturas são
ativadas principalmente as amígdalas, mas também o hipotálamo. Em decorrência
dessa ativação são secretados diversos hormônios. Ocorre a estimulação da
glândula hipófise (situada na base do cérebro), que secreta o principal hormônio
do estresse: hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). Tal hormônio é carregado
pelo sangue, indo até a parte cortical (camada externa) das glândulas adrenais,
provocando o aumento da secreção de hormônios chamados corticosteróides. Tais
hormônios são divididos em três grupos, os mineralocorticóides (a aldosterona é o
principal hormônio deste grupo), glicocorticóides (cortisol) e androgênios
(androsterona). Estes hormônios têm amplas ações sobre praticamente todos os
tecidos do corpo, alterando o seu metabolismo, a síntese de proteínas, a resistência
imunológica, e também as infecções provocadas por agressões externas, além de
outras. O cortisol também mobiliza as reservas de gordura dos tecidos adiposos e
o aumento do nível de lipídeos no sangue, os triglicerídeos e o colesterol (Stroebe
& Stroebe 1995).
A tireóide ou tiróide, que segundo Singi (2001) também secreta hormônios
essenciais para as atividades metabólicas do organismo, é uma glândula endócrina
situada na parte ântero-inferior do pescoço, possuindo dois lobos achatados que se
ligam por um istmo mediano. Essa glândula é estimulada pelo hormônio TSH,
também chamado de tireotrofina.
Os hormônios da tireóide – triiodotironina (T3) e o tetraiodotironina (T4) –
desempenham um papel essencial na regulação dos processos metabólicos de
quase todos os tecidos do corpo. Os níveis gerenciais de atividade do corpo,
tensão emocional e saúde são todos uma função de como a tireóide regula a
engrenagem metabólica das células. A tireóide opera agindo diretamente sobre o
material genético (Rossi 2001).
Essas respostas (hormonais e neurais) aos agentes estressores ocorrem
durante a fase da “Síndrome Geral de Adaptação”. E a partir daí, se o organismo
continuar sob a ação destes agentes estressores (nível altos de cortisol), se dá a
fase de Exaustão, na qual são observadas as doenças causadas pelo estresse
(Tortora & Grabowski 2000).
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5. Os efeitos do Estresse
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entre as pessoas que tem maior ou menor suscetibilidade às doenças” (Scarpato
2002).
O termo imunidade é a capacidade de se proteger contra agentes estranhos
específicos, como bactérias, vírus, toxinas, corpos estranhos (Guyton apud
Arantes & Vieira 2002). Existem os linfócitos B (formam anticorpo para o
extermínio dos agentes invasores) e os T (produtores de células T sensibilizadas e
que estimulam a produção de anticorpos chamados auxiliadores). Quando ocorre a
situação de estresse, ocorre a diminuição dos linfócitos T, é quando podem surgir
manifestações do herpes, por exemplo (Arantes & Vieira 2002). Porém outras
diversas doenças também podem ser causadas pela baixa imunidade: câncer, lúpus
ou uma gripe (Filho 1992).
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aparecimento de arritmias cardíacas, arteriosclerose coronariana, isquemia ou
necrose do miocárdio e insuficiência cardíaca (Arantes & Vieira 2002).
Grande parte das evidências sobre a relação estresse e doença coronária
está baseada em estudos retrospectivos, os quais utilizam fatos acontecidos na
vida do paciente, o que deixa claro que certos indivíduos já têm um risco elevado
(tendência) de desenvolverem doenças coronárias (Stroebe & Stroebe 1995).
5.5.Na pele
Raiva, frustrações ou vergonha podem causar a vermelhidão e coceira na
pele, além de desencadear a chamada Dermatite Atópica (Scarpato 2002). O
estresse pode causar várias doenças de pele: a acne, que é extremamente comum,
atinge quase 100% dos adolescentes e grande número de adultos; a calvície, que
afeta 65% dos homens e 10% das mulheres, determinada por uma série de fatores;
a rosácea, a qual é uma alteração que se localiza no rosto e se acompanha de
pápulas, semelhantes às da acne, possuindo coloração vermelho-vivo (Lima
2002).
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sistema imunológico, inibindo ou estimulando seus componentes, ou seja,
aumentando a morbidade e mortalidade, por excesso ou por falta desses
mecanismos de proteção (Ballone 2002 b).
Existe uma grande variedade de processos no sistema imunológico que
protegem contra a formação de tumores. Os macrófagos, os linfócitos-B, também
as células Killer (K), as células Natural Killer (NK) e as células T. As células K
são dependentes de anticorpos para suas atividades e por isso são chamadas de
células citotóxicas dependentes de anticorpos. As células NK tem suas atividades
contra as células cancerígenas aumentadas pelo interferon, que é um fator
imunológico liberado pelas células-T e macrófagos. Além disso, as células NK
desempenham fundamental fator contra uma variedade de infecções virais,
inclusive aquelas derivantes do herpes e do câncer produzido por vírus. A
formação do tumor acontece quando os componentes do sistema imunológico
estão deprimidos ou hipoativos (Rossi 2001).
7. Tratamento
Para o tratamento do estresse é aconselhável controlar as tensões diárias,
regularizar a alimentação, determinar o descanso e evitar a vida sedentária.
Também são utilizados tratamentos como o biofeedback, a hipnose e, dependendo
da necessidade, medicamentos.
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Deve-se tomar cuidados na realização dos exercícios, como utilizar
acessórios adequados ( tênis apropriado) , realizar alongamentos específicos
antes e depois dos mesmos e fazer a hidratação adequada para repor a perda de
água (Rio 1996).
7.2. Alimentação
A alimentação exerce um papel fundamental no combate ao estresse, o
qual rapidamente esgota o suprimento de glicose, o principal combustível do
corpo. O organismo começa a sofrer um desgaste de proteínas existentes nos
músculos quando o indivíduo enfrenta situações de estresse. Assim é
recomendado o consumo de carboidratos e também uma quantidade extra de
proteínas, para impedir o desgaste muscular. Uma alimentação equilibrada, rica
em frutas, vegetais e grãos integrais, repõe as vitaminas e minerais perdidos por
causa do estresse (Bertolucci 2002).
Existem muitos indícios de que a vitamina C (ácido ascórbico) é essencial
para o funcionamento eficaz do sistema imunológico. Os mecanismos desse
sistema envolvem certas moléculas, principalmente moléculas de proteínas que
estão presentes em soluções fluidas no corpo.(Pauling 1986).
As principais fontes de vitamina C são: vegetais folhosos (beterraba,
brócolis, couve, salsa); legumes (nabo, pimentão, tomate); frutas (acerola, caju,
laranja, manga, melão, goiaba, morango, kiwi e limão). A dose recomendada para
um adulto é de 60mg/dia. A dose terapêutica é de 100 a 2000mg/dia, nas situações
de baixa defesa imunológica (Pallaoro 1997).
A diminuição dos níveis de glicose no sangue devido ao estresse pode
desencadear o desejo da ingestão de alimentos ricos em açúcar, como o chocolate.
Há uma elevação dos níveis de triptofano no cérebro, onde é transformado em
serotonina (um neurotransmissor) muito conhecido como “substância química
calmante”. Mas outros alimentos, segundo Bertolucci (2002), também possuem
propriedades sedativas, como por exemplo, o maracujá, camomila, erva doce e
raiz de valeriana (Valeriana officinalis). Não há dieta ideal para todas as pessoas,
porque determinados fatores interferem nas necessidades nutricionais : sexo,
idade, atividade física, hereditariedade, etc (Rio 1996).
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7.3. Biofeedback
Biofeedback é a utilização de instrumentos que mostram os processos que
acontecem no corpo de forma despercebida, para ajudar a controlá-los
voluntariamente. Os equipamentos de biofeedback oferecem informações
imediatas sobre as condições biológicas, como a tensão muscular, temperatura da
superfície da pele, freqüência cardíaca, atividades das ondas cerebrais e pressão
sangüínea, segundo Eshelman et al. (1982). O monitor destes instrumentos
seleciona sistemas corporais que podem ser captados por eletrodos e
transformados em um sinal externo (som, luz piscando ou leituras num medidor).
São mais comumentes utilizadas cinco formas de biofeedback, chamadas
modalidades –padrão. São elas:
a) Treinamento de eletromiograma (EMG), que monitora a tensão
muscular, através de três sensores sobre a pele;
b) Treinamento do termógrafo, que medem as oscilações na temperatura
corporal, sendo colocado um semicondutor sensível ao calor no dedo
ou pé;
c) Treinamento da resposta galvânica cutânea (GSR), onde um
dermógrafo mede a condutância na pele e monitora as pequenas
mudanças na concentração de sal e água nos ductos das glândulas
sudoríparas;
d) Treinamento do eletroencefalograma (ECG), que monitora as ondas
cerebrais;
e) Treinamento da freqüência cardíaca, na qual um monitor mede os
batimentos por minuto e oferece um retorno imediato sobre as formas
como os esforços estão afetando o ritmo cardíaco (Eshelman et al.
1982).
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7.4. A Hipnose
A auto-hipnose é uma forte arma contra o estresse, pois é um método
rápido de relaxamento. Em alguns aspectos, a hipnose pode ser comparada ao
sono, uma vez que há redução de consciência, além de inércia e passividade,
Porém, na hipnose nunca há perda total de consciência, o que acontece no sono
(Eshelman et al. 1982).
Na hipnose são percebidos alguns aspectos: redução da atividade
muscular, perda de energia, diminuição da atenção e capacidade de criar a
sensação de leveza nos ombros. Quando se utiliza esse método, são observados
vários benefícios (habilidade para anestesiar partes do corpo e controlar sintomas
dolorosos ou controlar funções orgânicas). Esta técnica tem sido clinicamente
utilizada para combater a insônia, dores crônicas, dores de cabeça, tensão
muscular e ansiedades sendo também muito indicado para o tratamento da fadiga
crônica (Eshelman et al. 1982).
8. Conclusão
Com a popularização do conceito de estresse, foi possível um estudo mais
abrangente de suas causas e conseqüências no organismo. Com base nesses
estudos, foi possível desenvolver maneiras de lutar contra os sintomas causados
pelo distresse, devido à exposição excessiva dos agentes estressores: alimentação,
biofeedback, hipnose e outros. Porém o impacto do estresse psicossocial se
relaciona tanto à fisiologia do corpo quanto ao comportamento do indivíduo,
ressaltando sua pré-disponibilidade genética.
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Cada um tem manifestações psicológicas quando está estressado e estes são os
padrões pessoais do estresse. Essas manifestações variam de pessoa para pessoa,
porém são perceptíveis. São suficientemente repetitivas para serem bem
reconhecidas.
As pressões repetidas que ocorrem em virtude de uma combinação de
fatores no dia-a-dia é que colocam o indivíduo em estado de tensão e alerta
contínuos, não permitindo pausas suficientes para relaxamento e recuperação do
desgaste psicofísico.
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9. Referências bibliográficas
BARBOZA, F. 1997. O stress que vem da TV. Revista Viver Psicologia, n 55,
p.15. 1997.
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DANTAS, H. L. Relax – Como vencer as tensões. Editora Cultrix, São Paulo, SP,
1976. p. 29-41.
17
PAULING, L. Como viver mais e melhor – O que os médicos não dizem sobre
sua saúde. 2ªed, Editora Nova Cultural, São Paulo, SP, 1986.
RIO, P. do. O Fascínio do stress. Editora Dunya, Rio de Janeiro, RJ, 1996.
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