Exercícios Romantismo PROSA
Exercícios Romantismo PROSA
Exercícios Romantismo PROSA
CAMPUS ARARANGUÁ
Literatura Brasileira – ROMANTISMO PROSA
Curso Técnico Integrado em Vestuário e Eletromecânica
Professora Karla Goularte da Silva Gründler
R: O autor é fascinado pela natureza e usa também essas características para exaltar
sua nação
02. A Terceira Geração Romântica, também conhecida como byroniana, por influência do
escritor inglês Lord Byron, deixou de lado o egocentrismo e tratou de problemas sociais,
como a escravidão.
08. Castro Alves, denominado “Poeta dos Escravos”, foi o mais expressivo representante
da geração condoreira. Ele dedicou-se apenas à poesia social, deixando de lado
temáticas que falam sobre amores e mulheres idealizadas.
16. José de Alencar foi um dos principais escritores do Romantismo brasileiro, dedicando-
se essencialmente à poesia indianista.
SOMATÓRIO: ( ) ___________________________
3) Leia os textos a seguir:
TEXTO I
— Que linda menina! exclamei para meu companheiro, que também admirava. Como deve
ser pura a alma que mora naquele rosto mimoso!
Um embaraço imprevisto, causado por duas gôndolas, tinha feito parar o carro. A moça
ouvia-me; voltou ligeiramente a cabeça para olhar-me, e sorriu. Qual é a mulher bonita que
não sorri a um elogio espontâneo e a um grito ingênuo de admiração' Se não sorri nos
lábios, sorri no coração.
— Não sei; mas o homem a quem ela amar deve ser bem feliz!
Texto II
[...] sem se descuidar um instante da rapariga, tinha para ela extremas solicitudes de
namorado; levava-lhe a comida à boca, bebia do seu copo, apertava-lhe os dedos por baixo
da mesa.
Logo em seguida, após alguns goles de vinho, dona Isabel adormeceu. Estavam,
pois, perfeitamente a sós.
- Vem cá, minha flor!... disse-lhe, puxando-a contra si e deixando-se cair sobre um
divã. Sabes? Eu te quero cada vez mais!... Estou louca por ti!
- Que tolice a tua...! Não vês que sou mulher, tolinha?... De que tens medo?... Olha!
Vou dar exemplo! [...]
Texto III
O cristão moveu o passo vacilante. De repente, entre os ramos das árvores, seus
olhos viram, sentada à porta da cabana, Iracema com o filho no regaço e o cão a brincar.
Seu coração o arrastou de um ímpeto, e toda a alma lhe estalou nos lábios:
— Iracema!...
A triste esposa e mãe soabriu os olhos, ouvindo a voz amada. Com esforço grande,
pôde erguer o filho nos braços e apresentá-lo ao pai, que o olhava extático em seu amor.
— Recebe o filho de teu sangue. Chegastes a tempo; meus seios ingratos já não
tinham alimento para dar-lhe!
Há anos raiou no céu fluminense uma nova estrela. Desde o momento de sua
ascensão ninguém lhe disputou o cetro; foi proclamada a rainha dos salões. Tornou-se a
deusa dos bailes; a musa dos poetas e o ídolo dos noivos em disponibilidade. Era rica e
formosa. Duas opulências, que se realçam como a flor em vaso de alabastro; dois
esplendores que se refletem, como o raio de sol no prisma do diamante. Quem não se
recorda da Aurélia Camargo, que atravessou o firmamento da Corte como brilhante
meteoro, e apagou-se de repente no meio do deslumbramento que produzira o seu fulgor?
Tinha ela dezoito anos quando apareceu a primeira vez na sociedade. Não a conheciam; e
logo buscaram todos com avidez informações acerca da grande novidade do dia. Dizia-se
muita coisa que não repetirei agora, pois a seu tempo saberemos a verdade, sem os
comentos malévolos de que usam vesti-la os noveleiros. Aurélia era órfã; e tinha em sua
companhia uma velha parenta, viúva, D. Firmina Mascarenhas, que sempre a
acompanhava na sociedade. Mas essa parenta não passava de mãe de encomenda, para
condescender com os escrúpulos da sociedade brasileira, que naquele tempo não tinha
admitido ainda certa emancipação feminina.
01. o texto I descreve uma mulher idealizada, típica do romance urbano de José de
Alencar.
02. pelas características dos trechos dos romances, podemos afirmar que os textos I e II
não pertencem ao Romantismo brasileiro.
04. O texto II refere-se ao assédio de uma mulher a uma garota. Esse comportamento
libidinoso não cabe à descrição das personagens femininas do Romantismo brasileiro.
08. o texto II é o único que não pertence ao Romantismo brasileiro, por não idealizar a
mulher.
16. no texto III do romance “Iracema”, quando lemos o trecho: “O esposo viu então como
a dor tinha murchado seu belo corpo”, podemos afirmar que às vezes nos romances
indianistas a mulher não é idealizada.
SOMATÓRIO: ( ) ___________________________
a) I e IV.
b) I, II e IV.
c) II e V.
d) II, III e V.
e) I e III.
“Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais atrevida
criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse
a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o
autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não
digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía
das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a
outro indivíduo, para os fins secretos da criação.”
(ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Jackson,1957.)
9) Leia o trecho da resenha de Ana Paula A. Santos (2011) sobre “Solfieri”, história de
Álvares de Azevedo presente no livro “Noite na Taverna”:
I – Iracema
II – Senhora
III – Lucíola
IV - Úrsula
A) Em IV há uma trágica história de amor entre dois jovens: uma pura e simples moça
com um nobre bacharel. Foi considerada uma clássica história de amor impossível,
como muitas de seu tempo.
B) Em II, o enredo é desenvolvido de tal maneira a condenar o casamento de
conveniência.
C) Observa-se em III a atitude romântica de eleger uma prostituta como centro da
narrativa, procurando justificar suas dores e compreendendo o tipo de vida que
levava.
D) Em I, são contados os primeiros contatos dos índios com os europeus
colonizadores.
E) Todos os romances pertencem ao romantismo brasileiro e são de autoria de José
de Alencar.
11) Partindo do princípio de que o artista, pautado pelos traços ideológicos (sobretudo
vivendo em meio a um contexto social, político, econômico e histórico) que norteiam a sua
forma de expressar frente à realidade que o cerca, leia o fragmento do romance de José
de Alencar, intitulado “Senhora”:
- Mas o senhor não me abandonou pelo amor de Adelaide e sim por seu dote, um
mesquinho dote de trinta contos! Eis o que não tinha o direito de fazer, e que jamais lhe
podia perdoar! Desprezasse-me embora, mas não descesse da altura em que o havia
colocado dentro de minha alma. Eu tinha um ídolo; o senhor abateu-o de seu pedestal, e
atirou-o no pó. Essa degradação do homem a quem eu adorava, eis o seu crime; a
sociedade não tem leis para puni-lo, mas há um remorso para ele. Não se assassina
assim um coração que Deus criou para amar, incutindo-lhe a descrença e o ódio.
Seixas, que tinha curvado a fronte, ergueu-a de novo, e fitou os olhos na moça.
- A riqueza que Deus me concedeu chegou tarde; nem ao menos permitiu-me o prazer da
ilusão, que têm as mulheres enganadas. Quando a recebi, já conhecia o mundo e suas
misérias; já sabia que a moça rica é um arranjo e não uma esposa; pois bem, disse eu,
essa riqueza servirá para dar-me a única satisfação que ainda posso ter neste mundo.
Mostrar a esse homem que não me soube compreender, que mulher o amava, e que
alma perdeu. Entretanto ainda eu afagava uma esperança. Se ele recusa nobremente a
proposta aviltante, eu irei lançar-me a seus pés. Suplicar-lhe-ei que aceite a minha
riqueza, que a dissipe se quiser; consinta-me que eu o ame. Essa última consolação, o
senhor a arrebatou. Que me restava? Outrora atava-se o cadáver ao homicida, para
expiação da culpa; o senhor matou-me o coração, era justo que o prendesse ao despojo
de sua vítima. Mas não desespere, o suplício não pode ser longo: este constante martírio
a que estamos condenados acabará por extinguir-me o último alento; o senhor ficará livre
e rico.