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Fundamentos Logistica

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Referências

ABNT. NBR 6022: informação e documentação: artigo em publicação periódica científica


impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 5 p.

ABNT. NBR 6023: informação e documentação: elaboração: referências. Rio de Janeiro,


2002. 24 p.

ABNT. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação.


Rio de Janeiro, 2002. 6 p.

COMARELLA, Rafaela Lunardi. Educação superior a distância: evasão discente.


Florianópolis, 2009. 125 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia e Gestão do
Conhecimento) – Centro Tecnológico, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis,
2009.
Fundamentos da Logística
DAL MOLIN, Beatriz Helena et al. Mapa referencial para construção de material
didático para o Programa e-Tec Brasil. Florianópolis: UFSC, 2008. 73 p. Glávio Leal Paura

SOBRENOME, Nome. Título do livro. Cidade: Editora, ano.

SOBRENOME, Nome. Título do artigo: complemento. Nome da Revista, Cidade, v. X, n.


X, p. XX-XX, mês ano.

SOBRENOME, Nome. Título do trabalho publicado. In: NOME DO CONGRESSO. Número,


ano, cidade onde se realizou o Congresso. Anais ou Proceedings ou Resumos... Local
de publicação: Editora: data de publicação. Volume, se houver. Páginas inicial e final do
trabalho.

AUTOR. Título. Informações complementares (Coordenação, desenvolvida por,


apresenta..., quando houver etc...). Disponível em: <http://www...>. Acesso em: dia mês
ano.

PARANÁ

Curitiba-PR
2012
Presidência da República Federativa do Brasil

Ministério da Educação

Secretaria de Educação a Distância

© INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA – PARANÁ –


EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Este Caderno foi elaborado pelo Instituto Federal do Paraná para o Sistema Escola
Técnica Aberta do Brasil – e-Tec Brasil.

Prof. Irineu Mario Colombo Prof.ª Mércia Freire Rocha Cordeiro Machado
Reitor Diretora de Ensino, Pesquisa e Extensão –
DEPE/EaD
Profª. Mara Christina Vilas Boas
Chefe de Gabinete Profª Márcia Denise Gomes Machado Carlini
Coordenadora de Ensino Médio e Técnico
Prof. Ezequiel Westphal do Câmpus EaD
Pró-Reitoria de Ensino - PROENS
Prof. Roberto José Medeiros Junior
Prof. Gilmar José Ferreira dos Santos Coordenador do Curso
Pró-Reitoria de Administração - PROAD
Prof.ª Ediane Santos Silva
Prof. Silvestre Labiak Vice-coordenadora do Curso
Pró-Reitoria de Extensão, Pesquisa e
Inovação - PROEPI Adriana Valore de Sousa Bello
Cassiano Luiz Gonzaga da Silva
Neide Alves Jéssica Brisola Stori
Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas e Denise Glovaski Souto
Assuntos Estudantis - PROGEPE Assistência Pedagógica

Bruno Pereira Faraco Prof.ª Ester dos Santos Oliveira


Pró-Reitoria de Planejamento e Prof.ª Sheila Cristina Mocellin
Desenvolvimento Idamara Lobo Dias
Institucional - PROPLAN Revisão Editorial

Prof. José Carlos Ciccarino Eduardo Artigas Antoniacomi


Diretor Geral do Câmpus EaD Flávia Terezinha Vianna da Silva
Diagramação
Prof. Ricardo Herrera
Diretor de Planejamento e Administração e-Tec/MEC
do Câmpus EaD Projeto Gráfico

Catalogação na fonte pela Biblioteca do Instituto Federal do Paraná


Apresentação e-Tec Brasil

Prezado estudante,

Bem-vindo ao e-Tec Brasil!

Você faz parte de uma rede nacional pública de ensino, a Escola Técnica
Aberta do Brasil, instituída pelo Decreto nº 6.301, de 12 de dezembro 2007,
com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino técnico público, na
modalidade a distância. O programa é resultado de uma parceria entre o
Ministério da Educação, por meio das Secretarias de Educação a Distância
(SEED) e de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), as universidades e
escolas técnicas estaduais e federais.

A educação a distância no nosso país, de dimensões continentais e grande


diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas ao
garantir acesso à educação de qualidade, e promover o fortalecimento da
formação de jovens moradores de regiões distantes, geograficamente ou
economicamente, dos grandes centros.

O e-Tec Brasil leva os cursos técnicos a locais distantes das instituições de


ensino e para a periferia das grandes cidades, incentivando os jovens a
concluir o ensino médio. Os cursos são ofertados pelas instituições públicas
de ensino e o atendimento ao estudante é realizado em escolas-polo
integrantes das redes públicas municipais e estaduais.

O Ministério da Educação, as instituições públicas de ensino técnico, seus


servidores técnicos e professores acreditam que uma educação profissional
qualificada – integradora do ensino médio e educação técnica, – é capaz
de promover o cidadão com capacidades para produzir, mas também com
autonomia diante das diferentes dimensões da realidade: cultural, social,
familiar, esportiva, política e ética.

Nós acreditamos em você!


Desejamos sucesso na sua formação profissional!
Ministério da Educação
Janeiro de 2010

Nosso contato
etecbrasil@mec.gov.br

3 e-Tec Brasil
Indicação de ícones

Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas de


linguagem e facilitar a organização e a leitura hipertextual.

Atenção: indica pontos de maior relevância no texto.

Saiba mais: oferece novas informações que enriquecem o


assunto ou “curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao
tema estudado.

Glossário: indica a definição de um termo, palavra ou expressão


utilizada no texto.

Mídias integradas: sempre que se desejar que os estudantes


desenvolvam atividades empregando diferentes mídias: vídeos,
filmes, jornais, ambiente AVEA e outras.

Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em


diferentes níveis de aprendizagem para que o estudante possa
realizá-las e conferir o seu domínio do tema estudado.

5 e-Tec Brasil
-

Sumário

Palavra do professor-autor 11

Aula 1 – Introdução à logística 13


1.1 Introdução 13
1.2 Surgimento 13
1.3 Primeiros passos como ciência 15

Aula 2 – O
 papel da logística na atualidade 19
2.1 Logística e necessidades 19
2.2 Por que estudar logística? 19
2.3 Importância da logística 20
2.4 Destaques 21

Aula 3 – A logística nas empresas 23


3.1 Logística: uma ferramenta importante 23
3.2 Logística e a empresa 23
3.3 Globalização 24

Aula 4 – O comércio e a logística 27


4.1 A logística no comércio 27
4.2 Estímulo ao comércio 28
4.3 Casos de sucesso no varejo determinado pela logística 29

Aula 5 – A base da logística 31


5.1 Atividades base da logística 31
5.2 A relação entre as atividades primárias 33

Aula 6 – Logística não é transporte 35


6.1 Por que alguns confundem? 35
6.2 Transporte e logística 35
6.3 Modais de Transporte 36

Aula 7 – A importância do estoque 39


7.1 Estoque e armazém 39
7.2 Manutenção dos estoques 40
7.3 Estoque na cadeia logística 41

e-Tec Brasil
Aula 8 – A
 importância da tecnologia da
informação na logística 43
8.1 Tecnologia da informação 43
8.2 C
 ustos que envolvem tecnologia da informação 44
8.3 P rocessamento de Pedidos e Tecnologia de Informação 45

Aula 9 – Atividades de apoio à logística 47


9.1 Atividades de apoio 47
9.2 Atividades de apoio ao transporte 48
9.3 A
 tividades de apoio à manutenção de estoques 48
9.4 A
 tividades logísticas de apoio ao
processamento de pedidos 49

Aula 10 – A logística e a sociedade 51


10.1 Logística como essencial na sociedade 51
10.2 Período de desenvolvimento 52

Aula 11 – A importante ligação da logística e as


demais áreas administrativas 55
11.1 A importância das interfaces na logística 55
11.2 A importante ligação entre logística e marketing 56
11.3 Logística e produção 57
11.4 Logística e finanças 57

Aula 12 – Embalagem na logística 59


12.1 A embalagem na logística 59
12.2 A Embalagem e a obrigatoriedade de seu retorno 61

Aula 13 – Processos logísticos 63


13.1 O que são processos logísticos? 63
13.2 Indicadores de desempenho 64
13.3 As estratégias e os indicadores de desempenho 65
13.4 Classificação dos indicadores de desempenho 65

Aula 14 – Importância dos sistemas de transportes 67


14.1 A importância econômica 67
14.2 Os sistemas de transporte no mundo 68
14.3 A logística e os sistemas de transporte 69

e-Tec Brasil
Aula 15 – O que é distribuição física? 71
15.1 Distribuição física 71
15.2 Tipos de distribuição física 72
15.3 Métodos de distribuição 73

Aula 16 – Administração de materiais 75


16.1 A administração de materiais 75
16.2 Objetivos da administração de materiais 76
16.3 Gerência de materiais 76

Aula 17 – Ramos e atuações da logística 79


17.1 E mpresas que utilizam conceitos logísticos 79
17.2 Atuação da logística 80
17.3 Ramos da logística 80

Aula 18 – Evoluções da logística 83


18.1 Supply Chain é a evolução da logística? 83
18.2 Evolução logística 84

Aula 19 – Aquisição e programação 87


19.1 Introdução 87
19.2 Programação 87
19.3 C
 onceitos básicos de programação da produção 88

Aula 20 – O
 papel e o futuro do profissional de logística 91
20.1 O papel do profissional de logística 91
20.2 O futuro do profissional de logística 93

Referências 95

Atividades autoinstrutivas 97

Currículo do professor-autor 111

e-Tec Brasil
-

Palavra do professor-autor

Prezado Aluno,

Seja bem-vindo!

A logística não é apenas assunto vital nas empresas hoje. É acima de tudo
tema essencial para o desenvolvimento de qualquer empresa, quer seja ela
de pequeno ou grande porte. O mercado nacional e internacional tem ne-
cessidade de profissionais gabaritados, qualificados na área e a procura por
um profissional com esse perfil é muito grande.

O foco da disciplina Fundamentos da Logística é propiciar uma sólida base


de conhecimentos teóricos e práticos. Mas o que fará de você um excelente
profissional, satisfeito e realizado com a profissão escolhida, acredite, serão
sua garra, persistência, interesse e responsabilidade. Procure sempre manter-se
antenado, atualizado com novidades do mercado global.

Bons estudos!

O autor.

Palavra do professor-autor 11 e-Tec Brasil


-

Aula 1 – Introdução à logística

Nesta aula vamos entender um pouco de como a logística surgiu.


Vivenciaremos um pouco de história, uma vez que este surgimento
é muito mais antigo do que se imagina, pois os conceitos logísticos
nos soam ainda muito recentes. Também compreenderá porque a
II Guerra Mundial teve papel fundamental no desenvolvimento da
ciência logística, como conhecemos hoje...

1.1 Introdução
Estamos constantemente lendo ou ouvindo expressões como: a logística
desta empresa é boa; o problema daquele evento foi à falta de logística; a
logística desta instituição foi fundamental para o sucesso do projeto. Estas e
outras expressões são frequentes no dia a dia de várias pessoas.

Mas, afinal, o que é Logística?

Como o conceito é amplo, ficaremos apenas com o parecer de Ronald


Ballou, (1999). Para ele, “Logística é o processo de planejamento do
fluxo de materiais, objetivando a entrega das necessidades na quali-
dade desejada no tempo certo, otimizando recursos e aumentando a
qualidade nos serviços.”

No entanto, a busca pela qualidade pode, às vezes, soar estranho para quem
tem como um dos objetivos a redução de custos. E esse é outro importante
ponto de estudo, ou seja, reduzir para aumentar a qualidade. Por se tratar
de um processo que envolve redução de custo e, às vezes, até de investimen-
to, a logística tornou-se ponto estratégico dentro das empresas, até porque
todas aplicam conceitos de logística. Porém alguns destes conceitos têm um
tom de importância maior entre as empresas.

1.2 Surgimento
Na verdade o surgimento da logística não tem data definida. Sabe-se que
algumas técnicas foram usadas em campanhas de guerras. Por exemplo, as
tropas de Alexandre, o Grande (310 a. C.), eram estrategicamente organi-
zadas. Nada faltava aos soldados. Mantimentos, munições, água, tudo era
perfeitamente distribuído a todos os pontos da tropa.

Aula 1 – Introdução à logística 13 e-Tec Brasil


Figura 1.1: Alexandre, o Grande
Fonte: www.umserpensante.com

Curiosidade

Alexandre, conhecido como o Grande ou Magno, nasceu em 20 de julho


de 356 a.C. na Macedônia, e morreu em 10 de junho de 323 a.C. Na Babi-
lônia, foi príncipe e rei da Macedônia, e um dos três filhos do rei Filipe II e de
Olímpia, da cidade de Épiro. Considerado também o mais célebre conquista-
dor do mundo antigo. Em sua juventude, teve como seu educador o filósofo
Aristóteles.
Adaptado: http://pt.wikipedia.org/wiki/Alexandre,_o_Grande

A construção das pirâmides do antigo Egito foi um evento que exigiu pla-
Para saber mais, assista ao filme nejamento muito bem organizado. Conceitos de logísticas, como prazos de
Alexandre, o Grande, com construção, materiais escolhidos, movimentação dos materiais, aquisição de
Colin Farrell e Angelina Jolie,
dirigido por Oliver Stone. mão de obra, e outros, estavam envolvidos.

Figura 1.2: Organização do Egito Antigo


Fonte: http://bionikos.blogspot.com

e-Tec Brasil 14 Fundamentos da Logística


No século XVIII, início do XIX, o exército de Napoleão foi derrotado pela
Rússia, devido a grande estratégia utilizada pelo povo. À medida que o exérci-
to de Bonaparte avançava por vilas e cidades russas, os moradores fugiam para
regiões cada vez mais remotas, porém antes destruíam suas casas e cidades,
a fim de não deixarem mantimentos e nem condições favoráveis aos intrusos.
Essa técnica foi vital para o sucesso da nação que estava sendo atacada.

Figura 1.3: Napoleão em Moscou


Fonte: http://pt.wikipedia.org

Você sabia?

Napoleão Bonaparte foi um líder político e militar durante os últimos


estágios da Revolução Francesa. Adotou o nome de Napoleão I; foi
imperador da França de 18 de maio de 1804 a 06 de abril de 1814, posição Hegemonia
É a supremacia de um povo
que voltou a ocupar por poucos meses em 1815. Sua reforma legal, o sobre outros, seja através da
introdução de sua cultura ou por
Código Napoleônico, teve grande influência na legislação de vários países. meios militares.
Através das guerras napoleônicas, ele foi responsável por estabelecer a
hegemonia francesa sobre a maior parte da Europa.
Adaptado: http://pt.wikipedia.org/wiki/Napole%C3%A3o_Bonaparte

1.3 Primeiros passos como ciência


A Segunda Guerra Mundial – conflito que teve suas origens no final da
década de 30 – foi um grande divisor de águas para o estudo da logística,
isso porque tivemos o surgimento da logística como ciência, uma vez que a
guerra necessitava não apenas de atitudes rápidas, como de mantimento no
lugar certo e no tempo necessário.

Aula 1 – Introdução à logística 15 e-Tec Brasil


É interessante observar que os conceitos da logística já existiam. Não foram
descobertos ou inventados naquela época. Foram sempre usados de forma
subjetiva, sem serem percebidos como tal. A cada ano, os conceitos de téc-
nicas e os de área foram sendo aperfeiçoados e aprimorados.

As tropas de Hitler cometeram praticamente o mesmo erro que as tropas


de Napoleão: subestimaram o exército russo e a população russa. As tropas
alemãs tinham como objetivo invadir Moscou. À medida que a popula-
ção soviética fugia para áreas remotas, o povo ia destruindo suas cidades
para que não sobrasse nenhum tipo de facilidade para o exército nazista.
Procuravam dificultar ao máximo o avanço dos alemães. Ao chegarem às
cidades, os alemães encontravam somente cinzas e destruição; não havia
sequer mantimentos ou munições. Ao se aproximarem de Moscou, os ho-
mens, sob o comando de Hitler, sucumbiam à fome e ao frio. A logística
dos invasores havia falhado, pois partiam do princípio que aproveitariam
os insumos locais.

Destacaremos, também, o outro lado deste conflito onde os americanos e


seus aliados planejavam a questão operacional, garantindo a chegada de
munição para os combatentes em condições de atirar, no local da frente de
batalha e no tempo adequado. Podemos pegar esse relato como o amadu-
recimento da logística moderna que a partir do segundo conflito mundial
ganhava forças com uma atenção especial por parte dos militares.

Analogamente, os conceitos passaram a servir de base para a gestão de


operações em empresas de forma a promover uma sincronia com as demais
ações das empresas. Surgia aí a Logística Empresarial.

Resumo
A logística tem suas bases em civilizações antigas. Líderes, como Alexan-
dre, o Grande, faziam valer conhecimentos de técnicas de guerra para que
a logística aplicada fosse eficiente. As tropas de Napoleão e as de Hitler
sucumbiram à falta de planejamento logístico ao tentar invadir a Rússia. A
Segunda Guerra Mundial é considerada berço da logística moderna. Impor-
tante observar que os povos antigos já utilizavam os conceitos de logística
de forma bastante subjetiva.

e-Tec Brasil 16 Fundamentos da Logística


Atividades de aprendizagem
1. Se os antigos não conheciam formalmente os conceitos logísticos, como
podiam utilizá-los? Explique.

2. Logisticamente qual foi a falha de Napoleão ao invadir a Rússia? Como


ele poderia ter vencido?
Leia o artigo sobre o surgimento
da logística empresarial em:
http://www.newslog.com.
br/site/default.asp?TroncoI
D=907492&SecaoID=5080
74&SubsecaoID=091451&T
emplate=../artigosnoticias/
user_exibir.p&ID=546116&
Titulo=ENTENDENDO%20
O%20SURGIMENTO%20
DA%20LOG%CDSTICA%20
EMPRESARIAL Acesso em 8 de
maio de 2011.

3. Por que a II Guerra Mundial é considerada o berço da Logística moderna?

4. Faça uma comparação entre a logística da guerra e a empresarial.

Aula 1 – Introdução à logística 17 e-Tec Brasil


-

Aula 2 – O papel da logística


na atualidade

Nesta aula, entenderemos o papel da logística nas empresas pú-


blicas e privadas e de que maneira ela promove melhorias opera-
cionais.

Ao final desta aula, você será capaz de compreender que a logística


é importante ferramenta de controle administrativo.

2.1 Logística e necessidades


A busca pela satisfação do cliente é algo essencial para a vida de uma empresa
nos dias atuais. A concorrência é ampla e, às vezes, até desleal. O que imediata-
mente vem à mente quando se fala na satisfação do cliente é a qualidade; po-
rém em um mundo globalizado isso passou de diferencial para obrigação. Onde
entra a logística neste contexto atual? Diferencial competitivo é a expressão que
pode definir o papel desta importante ferramenta de gestão na atualidade.

Pense! A partir do momento em que o mercado possui vários concorrentes que


conseguem qualidade satisfatória na visão do consumidor, então as empresas
precisam otimizar recursos para que possa vender mais barato ou mesmo
para maximizar ganhos, se quiser permanecer no mercado. Outro ponto que
merece reflexão é saber se o cliente pode encontrar a qualidade que deseja
entre os concorrentes e se os preços similares são o diferencial que precisa estar
na prestação de serviços.

Com a otimização de recursos, a logística pode proporcionar a qualquer empresa


uma maximização dos lucros ou mesmo vislumbrar novas possibilidades de
mercado.

2.2 Por que estudar logística?


Cada vez mais conceitos como a maximização de lucros, o aumento de qua-
lidade, a agilidade e eficiência em fluxos são debatidos e aplicados em em-
presas, para que tenham diferencial competitivo perante outras empresas.

Aula 2 - O papel da logística na atualidade 19 e-Tec Brasil


Esse assunto é de suma importância, uma vez que absorve quantias consideráveis
do orçamento operacional de uma instituição. Os investimentos nessa área devem
ser muito bem planejados e objetivando sempre o aumento de qualidade, com
redução de custos. Vendo por essa óptica é fácil entender porque um profissional
na área de logística é considerado um dos corações estratégicos das empresas.

Figura 2.1: O investimento em alguns setores da


logística é considerável
Fonte: http://jornale.com.br

Na figura 2.1, temos a imagem de algumas atividades da logística, cujo


investimento em infraestrutura e em mão de obra é, muitas vezes altíssimo;
mas se for bem aplicado se reverterá em benefício para a própria empresa.

Muitas pessoas estudam a Logística por ser assunto interessante e funda-


mental, pois hoje os conceitos vão muito além do mundo empresarial. É
Para saber mais, assista ao filme imprescindível o estudo da logística, uma vez que há necessidade de pro-
Alexandre, o Grande, com
Colin Farrell e Angelina Jolie, fissionais especialmente treinados e qualificados para colocar em práticas
dirigido por Oliver Stone. conceitos que apontem e administrem a necessidade de investimentos e a
operacionalidade de tal.

2.3 Importância da logística


É comum abordar a importância desta ciência somente no que diz respeito
à situação empresarial, porém logística vai muito, além disso. A organização
de cidades deve obedecer a conceitos simples de fluxo de transporte e infra-
estrutura, para que haja maior qualidade de vida e eficiência com a opera-
cionalidade das vias públicas, ou seja, a importância está além de questões
empresariais e vai ao encontro da população. Por exemplo, a manutenção
de vias públicas pode tornar a qualidade de vida melhor em determinada
região e ao mesmo tempo reduzir custos operacionais de uma empresa, isto
é, quando os conceitos são utilizados de forma eficiente pela administração
pública, há ganhos na economia e no dia a dia da população.

e-Tec Brasil 20 Fundamentos da Logística


2.4 Destaques
Estados Unidos, Canadá e Europa são claros exemplos de países que se des-
tacam em suas eficiências e estruturas operacionais.

Nos Estados Unidos, todas as suas regiões são ligadas por infraestrutura logísti-
ca. Isto significa dizer que qualquer tipo de mercadoria pode ser tranquilamente
transportado de um estado a outro do país. Todas as regiões são atendidas Malha viária
Diz respeito às rodovias,
por algum tipo de malha viária, o que torna a movimentação de mercadorias ferrovias, hidrovias e aeroportos.
muito mais simples e barata, aumentando inclusive a qualidade de vida local.

Na Europa, acontece situação semelhante, você é capaz de cruzar todas as


regiões através do modal ferroviário, uma vez que todas estão interligadas
por esse tipo de via, é claro que a ligação rodoviária é outro ponto de
integração do continente como um todo.

No Brasil e na América do Sul acontece, infelizmente, o contrário. Se com-


pararmos a infraestrutura de nosso país com a dos países do continente
Europeu, por exemplo, veremos que temos uma malha viária extremamente
ruim. E como isso afeta a logística de sua empresa? De todas as formas.
Exemplificando: se você reside em um lugar onde só tem rodovia, por exem-
plo, e essa seja muito ruim, com certeza o frete para aquela região será bem
mais caro do que para outro lugar. Pense comigo: se você necessita adquirir
uma matéria prima de outro lugar, o valor do frete tornará sua encomenda
mais cara e automaticamente seu produto ficará mais caro. Essa lógica vale
Você sabia que a malha
também para o caso de você precisar distribuir seu produto acabado. Se a rodoviária de São Paulo
sua região está em local de difícil acesso, ficará caro operacionalizar a distri- ultrapassa 33 mil quilômetros?
Para saber mais acesse: http://
buição para fora dessa região e obviamente seu produto será mais caro do www.portaldetecnologia.com.
br/tags/malha-rodoviaria/
que os oriundos de regiões melhor atendidas pela infraestrutura logística. e leia o artigo: Programa de
recuperação de rodovias vicinais
do Estado de São Paulo.
No que diz respeito ao quesito infraestrutura, a responsabilidade pela
melhoria das vias é do poder público.

Resumo
A logística ajuda não somente as empresas, mas a qualidade de vida local,
no que diz respeito ao desenvolvimento de infraestrutura para sua opera-
cionalidade. O tema logística hoje é vital para as empresas à medida que
otimiza recursos e aumenta a qualidade, o que significa, gastar menos com
resultados melhores. A infraestrutura logística das cidades e das regiões é de
responsabilidade do poder público. No Brasil, temos malhas viárias conside-
radas muito ruim em relação a Europa e Estados Unidos.

Aula 2 – O papel da logística na atualidade 21 e-Tec Brasil


Atividades de aprendizagem
• Pesquise como se apresenta a malha rodoviária brasileira na região em
que você reside e aponte os aspectos positivos e negativos.

Anotações

e-Tec Brasil 22 Fundamentos da Logística


-

Aula 3 – A logística nas empresas

Nesta aula, você conhecerá a atuação da Logística nas empresas,


e entenderá de que forma essa atuação pode possibilitar ganhos,
aumentar lucratividade e aumentar o nível de serviço.

3.1 Logística: uma ferramenta importante


O profissional de logística empresarial estuda como prover, de forma eficien-
te, a lucratividade (1) nos serviços de distribuição ao cliente, (2) no fluxo de
materiais dentro da empresa, (3) no planejamento de compra, passando
pelo controle e organização de estoques de matérias-primas e produtos aca-
bados, (4) no planejamento de controle da produção, e (5) no controle de
transporte de embalagens. Vamos analisar?

Quando uma empresa é constituída, a demanda pelos seus produtos ou


serviços estão localizados normalmente em uma área ampla, porém distante
do consumidor final. Infelizmente é o que acontece. Ao planejar uma empre- Demanda
Vontade de comprar uma deter-
sa, o empresário deve buscar (1) um local onde obtenha matéria-prima mais minada mercadoria ou contratar
em conta e com qualidade, (2) mão de obra mais qualificada e barata e (3) um determinado serviço por
parte do consumidor.
incentivo fiscal por parte do governo. Por isso a logística é fundamentalmen-
te vital para o negócio, isso porque ajudará a organizar todas as questões
de fluxo de mercadorias, ou seja: Quando mandar? De que forma mandar?
Quanto mandar?

Essas serão algumas das questões que o profissional de logística responderá


para que tenha equilíbrio entre o que se gasta em relação ao que se fatura.
É uma busca constante por reduzir preços e melhorar a qualidade.

3.2 Logística e a empresa


Em uma empresa, a logística surge com a necessidade de se organizar o fluxo
de produtos e serviços. Nesse momento você deve estar pensando: Mas isso
é óbvio! Concordo, porém devemos refletir sobre o seguinte: Será que toda a
empresa tem essa organização eficiente e integrada? Será que toda empresa
está pensando em todas as possibilidades do negócio ou pensa somente em
reduzir custos a qualquer preço, mesmo que ocasione perda de qualidade?

Aula 3 - A logística nas empresas 23 e-Tec Brasil


Uma organização empresarial que tem compromisso com a qualidade, com
a satisfação do cliente e com preço justo, tem como base de sua adminis-
tração um bom planejamento logístico, uma vez que isso leva a um fluxo de
materiais mais racional, ou seja, desde o momento da compra de matéria-
-prima até a entrega do produto acabado ao cliente, tudo é planejado para
se evitar desperdício de tempo e dinheiro.

O grande problema das empresas hoje é querer reduzir seus custos a qual
quer preço. Infelizmente isso não é logística e muito menos constitui o pen-
samento de um profissional da área. É comum nos depararmos com situa-
Processo de consultoria ções onde um profissional não especializado foi colocado para exercer uma
É quando uma empresa contrata,
por certo período, terceiros para função que necessita de conhecimentos na área de logística. Quando isso
acompanhar seu negócio e ocorre fatalmente tal empresa passará por um processo de consultoria,
apontar melhorias.
para que possa rever melhor os motivos pelos quais os negócios não vão
bem e o lucro está diminuindo consideravelmente.

3.3 Globalização
A importância da logística atinge níveis globais, uma vez que temos um
mundo completamente interligado. Graças à globalização é possível entrar
em um site e comprar um produto que esteja em outro país sem maiores
problemas, e este será entregue em um prazo determinado. Isso nos mostra
que os conceitos de logística e a sua necessidade ultrapassam a fronteiras.

Na economia mundial, os países desenvolvidos podem ser considerados mo-


delos no que diz respeito à organização logística de suas empresas. Porém a
organização logística empresarial não surte efeito por simples planejamento
da própria instituição, o governo deve estar bem alinhado com esses obje-
tivos, uma vez que é o principal responsável pela infraestrutura que dará
suporte a todos que operam naquela região.

Você deve estar se perguntando: onde o governo influencia no planejamen-


to de uma empresa, principalmente no que diz respeito à logística? Na ver-
dade, o governo é o principal responsável por manter de forma satisfatória
as vias de transporte em condições de uso.

O transporte é a base para que um planejamento empresarial dê certo. O em-


presário sempre necessitará adquirir matéria-prima e transportá-la até suas
instalações. A necessidade de enviar ou de buscar a mercadoria é outro pon-
to que fica evidente a correta operação de vias de transporte seja ela qual for.

e-Tec Brasil 24 Fundamentos da Logística


Como o governo é o responsável por mantê-las em condições de uso, esta-
mos falando de uma parceria, mesmo de forma indireta. A figura 3.1, mostra
uma rodovia em condições péssimas, o que compromete todo o planeja-
mento de distribuição de uma empresa, por exemplo.

Figura 3.1: Precariedade de vias é um sério problema para a


logística
http://acertodecontas.blog.br

Resumo
A logística empresarial é responsável por planejar desde a compra da ma-
téria-prima, o armazenamento, a escolha das embalagens e a forma como
o produto chegará até o cliente A organização e integração dos setores da
empresa é algo fundamental e de responsabilidade de um profissional da
área de logística. Entretanto, nada pode ser feito se o governo não assumir
sua responsabilidade com a infraestrutura viária, que é o suporte para o
trabalho da Logística.

Atividades de aprendizagem
• Pesquise como estão as malhas viárias na sua região e, se possível, le-
vante quais as metas do governo local para este assunto. Caso as metas
sejam atingidas, o que melhorará?

Aula 3 – A logística nas empresas 25 e-Tec Brasil


-

Aula 4 – O comércio e a logística

Nesta aula entenderemos a dependência do comércio dos serviços


e conceitos da logística.

Ao final você será capaz de compreender de que forma a logística


pode auxiliar para o sucesso de operações no comércio.

4.1 A logística no comércio


Já vimos quão importante é a logística nas empresas e indústrias. Para o co-
mércio, a logística é considerada fundamental por diversos fatores, os quais
veremos a partir de agora.

Primeiramente, vale frisar que o comércio é o cliente direto de muitas empresas.


Como assim? Por exemplo: Onde você compra iogurte? Muito provavelmen-
te, responderá que é no mercado, salvo em algumas exceções. Então pense
comigo, a indústria de iogurte, tem como seu cliente o mercado. O produtor
não vende diretamente para você, ele vende para o estabelecimento onde os
clientes adquirem. Você é o cliente final, mas o mercado é o cliente direto de
quem fabrica.

Agora, vamos entender onde entra a logística nisso. Se você compra em um


local de varejo, significa que esta empresa depende diretamente da distribui-
ção do produtor, que neste caso é o fornecedor. Este por sinal depende di-
retamente do cumprimento de prazos de entrega para que tenha o produto
disponível para você. Este é um ponto onde a logística atua de forma direta
no comércio.

Podemos destacar, também, o estoque dos mercados com outro ponto onde
a logística tem importante papel no comércio. A organização do processo de
estoque envolve não apenas o controle do que entra e do que sai, mas tam-
bém as informações necessárias para a solicitação de mais pedidos. Isso sem
mencionar a necessidade de controle de temperatura de alguns produtos.

Um comércio onde a logística é bem estruturada, muitas vezes, tem seus


produtos em melhores condições e com preços justos.

Aula 4 – O comércio e a logística 27 e-Tec Brasil


4.2 Estímulo ao comércio
Quando afirmamos que os estabelecimentos que têm processos logísticos
bem organizados, planejados, e possuem melhores condições de preços sig-
Processos logísticos nifica que o custo logístico dele é reduzido.
São todas as atividades que
compõem a logística de uma
empresa, indústria ou comércio. Custos logísticos representam um fator chave para o estímulo do comércio.
Vamos pensar em uma situação mais globalizada. O que estimula o comércio
entre países e regiões? Muito provavelmente será o custo. Às vezes o custo
de produção em uma determinada região ou país pode compensar os custos
logísticos necessários para o transporte entre regiões.

Figura 4.1: Estoque, parte da logística fundamental no varejo.


Fonte: http://marquesi-newsletter.blogspot.com/

Quando mencionamos custos de produção, estamos falando de tudo aquilo


que é gasto por uma empresa para produzir. Nesta conta é necessário levan-
tar realmente tudo, por exemplo:

• Impostos;
• Mão de obra;
• Preço da matéria-prima;
• Contas para manter a infraestrutura: luz, água, telefone, etc;
• Gastos com insumos: papel, computadores, bobina de fax, etc;
• Equipamentos;
• Embalagens;
• Transporte.

Esses são apenas alguns exemplos do que se deve levar em conta na hora
de chegar ao valor de quanto o empresário gasta para produzir, ou seja, o
custo de produção. Note que diversos pontos do que se necessita para pro-

e-Tec Brasil 28 Fundamentos da Logística


duzir, podem ter seus custos reduzidos pela logística. Neste caso podemos
destacar os custos que envolvem pedidos de compra de matérias-primas,
armazenamento, transporte, pessoal e embalagem.

4.3 Casos de sucesso no varejo determinado


pela logística
Chegamos à conclusão que a logística é fator de sucesso para um comér
cio que tem como objetivo principal o bom atendimento a um preço mais
baixo. Porém, como isso pode ser determinante para um estabelecimento
se destacar perante os demais, primeiramente vamos aperfeiçoar nosso en- Agregar valor
Fazer com que o consumidor
tendimento de como a logística pode agregar valor a um produto que um esteja disposto a pagar mais do
estabelecimento vende. que a mercadoria realmente vale.
TV de LED 62’’ Full HD
Televisor que usa tecnologia de
Imagine que o seu sonho de consumo é ter uma sala que seja um verdadeiro LED para gerar imagens de alta
definição em uma tela que tem o
cinema, ou seja, ter uma TV de LED de 62’ Full HD com Home Thea- tamanho de 62 polegadas.
ter de alta fidelidade de som. Pense que este seu sonho custe em média Home Theater
R$13.000 (treze mil reais). Você resolve juntar dinheiro para comprar à vista, Aparelho sonoro que dá mais
realidade ao som gerado pelo
a fim de economizar e não pagar juros. Depois de dois anos de muito traba- televisor.
lho consegue, então, juntar a quantia.

Sai a procura de uma loja para fechar negócio, se depara com uma que está
em promoção e que seu sonho sairá por R$11.500 (onze mil e quinhentos
reais), porém tem uma condição, esperar 30 dias para que o produto seja
entregue na sua casa. Insatisfeito com o prazo de entrega, afinal foi uma
espera de dois anos juntando as economias para que esse dia chegasse e a
disposição para esperar mais trinta dias é pouca, busca outra loja. Entrando na
segunda loja o vendedor garante a instalação para o mesmo dia e que a noite
você terá sua sala-cinema montada, porém o produto custará R$13.500 (treze
mil e quinhentos reais), e isso significa quinhentos reais a mais do que estava
disposto a pagar, e dois mil reais a mais do que a primeira loja. Por se tratar
de sonho é muito provável que neste momento você feche negócio com a
segunda loja, isso porque além de seu desejo pelos produtos, desejas o menor
prazo. E a segunda loja somente possui menor prazo de entrega porque tem
os produtos em estoque o que nos mostra que a segunda loja é logisticamente
mais preparada que a primeira e venderá, em nosso exemplo, por conta disso.

Percebe-se claramente como a logística pode conduzir o gerente, o pro-


prietário a fazer boas vendas e estimular o consumidor a comprar neste ou
naquele estabelecimento. Realmente a logística é ferramenta fundamental
para o comércio!

Aula 4 – O comércio e a logística 29 e-Tec Brasil


Resumo
A logística tem grande influência no comércio, uma vez que proporciona
uma redução nos custos operacionais e, consequentemente, uma melhora
nos níveis de serviços e possível baixa nos preços repassados ao consumi-
dor. Os processos logísticos que mais influenciam o comércio são: Estoques,
Transporte, Armazenagem, Compras, entre outros.

Atividades de aprendizagem
• Pesquise casos de sucessos de empresas que conseguiram com a logística
um maior volume de vendas e a consolidação no mercado.

Anotações

e-Tec Brasil 30 Fundamentos da Logística


-

Aula 5 – A base da logística

Nesta aula, você não só aprenderá que a logística possui atividades


bases como também verá cada atividade

Ao final desta aula, você será capaz de compreender cada atividade


que dá suporte a cadeia logística.

5.1 Atividades base da logística


A logística é composta por diversas atividades. Começaremos estudando,
na aula de hoje, as atividades primárias. E as atividades de apoio à logística,
veremos em uma oportunidade mais adiante.

As atividades primárias da logística são:


• Transportes;
• Manutenção de estoques;
• Processamento de pedidos.

As três atividades são consideradas bases da logística ou porque contribuem


com a maior parcela do custo total da logística, ou elas são essenciais para a
coordenação e o cumprimento da tarefa logística. Estamos falando da repre-
sentativa dessas atividades em relação ao que se gasta dentro de uma cadeia
logística. Em valores aproximados podemos dizer que o item Transporte con-
some cerca de 45% a 50% de tudo que uma empresa gasta com logística. É
importante ressaltar neste momento que isto não é uma fatia de tudo que a
empresa gasta, e sim do que ela gasta com logística, certo?

Figura 5.1: Transportes representam de


45 a 50% dos gastos logísticos dentro
de uma empresa.
Fonte: http://noticiaweb.info

Aula 5 – A base da logística 31 e-Tec Brasil


Quando falamos em gastos com a cadeia logística, é importante reconhecer
que a manutenção do estoque representa de 35 a 45% uma fatia dos re-
cursos destinados a logística, tornando o estoque junto com o transporte, o
processo logístico no topo da lista dos mais caros para a empresa.

Figura 5.2: O estoque assume o papel de ativida-


de primária consumindo importante fatia do que
se gasta com logística.
Fonte: www.logisticadescomplicada.com

O processamento de pedidos ou o sistema de informações representam en-


tre as atividades primárias a que despende o menor custo, pois representam
de 1 a 3% de tudo que uma empresa gasta com logística. Neste caso, você
deve estar se perguntando: Se representa uma fatia tão pequena por que
é considerada uma atividade primária? Porque ela representa um conjunto
de processos e setores integrados. Assim, a necessidade desta integração
é garantida pelo sistema de informação implantado na empresa. A impor-
tância dentro do contexto logístico é muito grande. Por isso é considerada
atividade primária pela grande maioria dos autores e empresas do ramo ou
que dependam da logística.

Figura 5.3: A eficiência do sistema de informação


usado pelas empresas é de fundamental impor-
tância para o sucesso de seu planejamento.
Fonte: www.lexcompany.com.br

e-Tec Brasil 32 Fundamentos da Logística


5.2 A relação entre as atividades primárias
Segundo Ronald Ballou, importante autor de livros na área de logística, as
três atividades primárias da logística podem ser colocadas em perspectiva
notando-se sua importância naquilo que pode ser chamado de “ciclo crítico
de atividades logísticas.” O tempo requerido para um cliente receber um
pedido depende do tempo necessário para entregar o pedido.

Lembrando sempre que o principal objetivo é prover no tempo correto e de


forma íntegra a mercadoria ao cliente, observando a otimização de serviços
visando à redução de custos e melhoria nos serviços.

Figura 5.4: Relação entre as atividades primárias da logística


Fonte: Adaptado Ballou, H. Ronald – Logística Empresarial

Resumo
A logística possui um trio de atividades consideradas a base da logística. São
conhecidas como atividades primárias:Transporte, Manutenção de Estoques
e Processamento de Pedidos. A integração entre essas três atividades é fator
crítico para que uma cadeia logística tenha um serviço adequado.

Atividades de aprendizagem
• Escolha uma empresa onde você tem acesso e pesquise entre os funcio-
nários qual a importância de cada uma das três atividades (transporte,
manutenção de estoque e processamento de pedidos) para aquela em-
presa.

Aula 5 – A base da logística 33 e-Tec Brasil


-

Aula 6 – Logística não é transporte

Nesta aula aprenderemos que a logística, como várias pessoas


acreditam, não é transporte, pelo contrário é uma ferramenta que
está muito além dessa importante atividade.

Ao final desta aula, você será capaz de compreender a logística


como sendo um conjunto de diversas atividades denominadas de
processos logísticos.

6.1 Por que alguns confundem?


Um erro muito comum entre as pessoas leigas em logística é confundir essa
importante ferramenta com o processo de movimentação de materiais, ou
seja, elas confundem com transporte.

Infelizmente, esse equívoco está diretamente relacionado ao fato de que


quando o assunto logística veio com força no mercado brasileiro muitos pro-
prietários de transportadoras acharam o nome mais comercial e começaram
as trocas nas suas pinturas no caminhão. Eles retiraram o nome Transporta-
dora, e de forma errada, colocaram Logística.

6.2 Transporte e logística


O transporte, na verdade, é uma importante atividade dentro da logística.
Na aula passada, vimos inclusive que transporte é considerado atividade pri-
mária. Ele consiste basicamente na movimentação de mercadorias, não so-
mente de uma região para outra, mas também dentro da empresa. Se você
necessita levar uma mercadoria de um estoque para outro dentro da filial da
mesma empresa, essa movimentação é considerada transporte e inclusive
quando é feito o levantamento de custos entra como custo de transporte.

O item transporte é fundamental para o funcionamento de qualquer em-


presa em qualquer parte de mundo. E mesmo que a empresa não use esse
serviço de forma direta, ela o usa de forma indireta. Como assim? Imagine
que você trabalha em uma panificadora. E se é você mesmo quem compra
os produtos para produzir os pães, então é você que está fazendo o serviço

Aula 6 – logística não é transporte 35 e-Tec Brasil


de transporte! E tem mais: como a matéria-prima necessária para produzir
os pães chegou à loja onde você compra o material? Houve um transporte
do fabricante da farinha, por exemplo, até a loja onde você adquire este
material; e depois o transporte da loja até sua panificadora.

Com esse exemplo, ficou mais simples entender de que forma qualquer
empresa utiliza transporte. Essa pode nem ser uma atividade direta de sua
empresa, mas de qualquer forma ninguém consegue administrar um negó-
cio sem a atividade de transporte. Sem essa atividade não conseguiríamos
desenvolver nossa economia, por exemplo.

O transporte é fator de desenvolvimento econômico para qualquer país, es-


tado ou cidade em qualquer ponto do planeta. Vamos entender essa im-
portância? Imagine um produtor no Estado do Mato Grosso, cujas estradas
são de terra e intrafegáveis no período das chuvas. Os caminhões atolam,
demoram dias, semanas para cobrir um espaço de 100km, onde em con-
dições normais esse mesmo espaço seria percorrido em aproximadamente
uma hora e quarenta minutos. Como se trata de região agrícola, esse pro-
dutor jamais arriscaria transportar seus produtos que poderiam perecer se a
viagem durasse mais de uma semana. Sabedor dessa dificuldade, o produtor
se limita a produzir somente o que consegue vender na região, pois seu pro-
duto não tem competitividade em cidades ou capitais distantes.

Agora vamos supor que o governo resolva dar uma manutenção mínima
para essa estrada, isto é, resolva asfaltá-la. Com essa certeza o produtor
local - que antes produzia certa quantidade - aumentaria consideravelmente
sua produção, e com o aumento da produção resultaria na contratação de
mais funcionários. Toda essa manobra significa para a região mais empregos,
consequentemente mais dinheiro circulando, proporcionando um desenvol-
vimento econômico à região. Esse foi somente um exemplo de como uma
via, no caso rodovia, pode ser um fator de desenvolvimento econômico.

6.3 Modais de Transporte


Existem vários tipos de transporte, os quais são chamados modais de trans-
porte, são eles:
• Rodoviário.
• Hidroviário.
• Ferroviário.
• Dutoviário.
• Aéreo.

e-Tec Brasil 36 Fundamentos da Logística


Basicamente esses são os principais modais de transporte, comumente utili-
zados para transporte entre regiões diferentes. Essa observação é importan-
te à medida que é considerado transporte qualquer movimentação de carga.
Um elevador, uma esteira elétrica é considerada transporte, porém nenhum
deles se enquadra nos principais modais.

No Brasil, o principal modal utilizado é o rodoviário que se utiliza de carros, carre-


tas e caminhões para o transporte. De todos os modais é o que apresenta maior
flexibilidade, uma vez que com ele chegamos a vários pontos da cidade, do estado
e do país.

Outro modal amplamente utilizado é o ferroviário. Infelizmente em nosso país é


pouco utilizado concentrando as maiores operações nas regiões Sul e Sudeste.
Este modal utiliza-se de trens para o transporte de cargas, e tem uma capacidade
extremamente maior de locomoção do que o transporte rodoviário, uma opera-
ção com esse tipo de transporte costuma ser mais barato do que o rodoviário.

O modal hidroviário tem importância muito grande no que diz respeito a


transporte de cargas entre diferentes países. Dentro da classificação deste
modal temos o transporte marítimo feito por navios no mar, o fluvial feito
por navios ou balsas em rios, e o lacustre feito por navios ou balsas em lagos.
É amplamente usado em operações de comércio exterior.

O modal dutoviário é o menos comum entre todos. Ele é feito através de


dutos. Podem se apresentar como oleoduto usado para o transporte de óleos e
derivados de petróleo; o gasoduto usado para o transporte de gás; o aqueduto
utilizado para o transporte de água e o mineroduto utilizado para o transporte Dutos
Canos que transportam óleo,
de sólidos utilizando a força da água para tal, comum em mineradoras. água, minérios, gás, etc.
Grau de avaria
O modal aéreo é importante no que diz respeito ao transporte entre países e Possibilidade de danificar.

regiões distantes, porém menos utilizado do que o modal hidroviário devido ao


seu alto custo. De todos os modais, este é o mais eficiente, pois apresenta me-
nor grau de avaria as mercadorias e maior velocidade entre todos. Por outro
lado pagamos mais por essa eficiência, por ser também mais caro de se operar.

Resumo
Nesta aula vimos que a logística não é somente transporte e que este é somente
um processo dentro da cadeia logística de uma empresa. Aprendemos também
que transporte ocorre em qualquer situação onde movimentamos a carga mesmo
que seja dentro da própria empresa. Conhecemos os vários tipos de transporte e os
principais se dividem em: rodoviários, ferroviários, hidroviário, dutoviário e aéreos.

Aula 6 – Logística não é transporte 37 e-Tec Brasil


Atividades de aprendizagem
• Pesquise em sua região qual dos modais está disponível e qual é mais
utilizado para transportar a produção local.

Anotações

e-Tec Brasil 38 Fundamentos da Logística


-

Aula 7 – A importância do estoque

Nesta aula aprenderemos como o estoque é essencial para as em-


presas e porque é considerada uma atividade primária.

Ao final desta aula você será capaz de compreender o papel do es-


toque na logística, que apesar de ser um processo caro, é de grande
importância para as instituições que operam com essa atividade.

7.1 Estoque e armazém


Começaremos estabelecendo a diferença entre estoque e armazém. É im-
portante entender essa diferença uma vez que serão expressões muito utili-
zadas no dia a dia do profissional da área de logística.

O armazém é basicamente a estrutura que se utiliza para guardar os produ-


tos ou mercadorias. O estoque é quanto de um determinado produto se tem
guardado. Observe a expressão:

Eu tenho guardado no armazém meus estoques de feijão e soja.

Repare nessa expressão como armazém e estoque se diferem, um é o espaço


físico e o outro é o que se tem estocado ali.

É comum em empresas que um se torne sinônimo do outro. Muitas vezes


um armazém guarda somente um tipo de mercadoria. Aí teremos um arma-
zém que estoca arroz, por exemplo, Neste armazém posso afirmar que está
meu estoque de arroz, acaba virando quase que a mesma coisa, porém não
podemos esquecer desta diferença básica.

Figura 7.1: À esquerda temos a estrutura de um armazém e à direita um


estoque de arroz.
Fonte: www.bahianoticias.com.br

Aula 7 – A importância do estoque 39 e-Tec Brasil


7.2 Manutenção dos estoques
O estoque é uma ferramenta importante para as empresas, pois consegue
deixar disponível determinado tipo de mercadoria. Imagine-se trabalhando
em uma empresa em que essa não tenha no estoque a peça para terminar
o produto que está sendo manufaturado. Quando isso ocorre, a empresa
é obrigada a paralisar a produção, e esperar pela peça solicitada. Tudo isso
Manufaturando seria evitado se a empresa possuísse seu estoque.
Vem de manufaturar e significa
transformar a matéria-prima em
produto acabado. Esse raciocínio vale também ao cliente. Quando vai às compras, ele deseja
que o produto comprado seja entregue o mais rápido possível. No caso
de possuir estoque, a entrega pode e deve ser feita com velocidade maior,
inclusive no mesmo dia.

Essa facilidade do estoque traz vantagem competitiva para sua empresa, pois
agrega valor ao produto. Você deve estar se perguntando: De que forma?
Simples. Uma vez que a empresa tenha o produto a disposição do cliente em
um menor tempo, em relação aos seus concorrentes, pode levar o consumi-
dor a optar por pagar um pouco mais para ter o produto em menor tempo.

Figura 7.2: O estoque pode agregar valor ao seu


produto
Fonte: www.ladderti.com.br

Geralmente, não é interessante que a produção seja baseada no volume de


venda, pois a empresa corre o risco de não conseguir atender os clientes de
forma satisfatória, e isso pode significar perdas imensuráveis.

e-Tec Brasil 40 Fundamentos da Logística


7.3 Estoque na cadeia logística
O estoque representa uma importante atividade na logística; representa uma
parcela significativa do que se gasta em logística na empresa, essa “fatia”
de custo pode variar entre 40 a 50% dos custos e investimentos de logística
de uma empresa.

Se a empresa tem um estoque mal planejado ou com um controle deficitá-


rio, pode ter grandes prejuízos uma vez que é um dos processos logístico
que mais exige investimento, pois parte do princípio que há a necessidade
de uma estrutura para manter produtos disponíveis.

Os estoques e armazéns de empresas podem ser próprios ou alugados. Hoje é


comum termos empresas terceirizando este serviço ou mesmo alugando a estru-
tura. Se a empresa decide investir na compra de um armazém, ela terá um capi-
tal parado; e aí entramos em uma discussão financeira. Muitas vezes a empresa
deve deixar de ganhar dinheiro e investir alto para manter sua própria estrutura.

O que podemos observar é que o transporte agrega um valor geográfico,


ou seja, um valor de lugar ao produto, pois é o responsável por levar o pro-
duto onde é necessário; e o estoque agrega valor tempo. Conforme Ronald
Ballou, para agregar este valor dinâmico, o estoque deve ser posicionado
próximo aos consumidores ou aos pontos de manufatura.

Várias empresas notaram uma melhora significativa quanto aos serviços e


preços depois da instalação de um armazém. Podemos citar como exemplo
uma famosa rede de mercados francesa, instalada em Manaus. Enquanto não
tinham um armazém que suportasse a capacidade de vendas da empresa, seus
produtos iam de forma direta para o mercado, o que causava um aumento no
valor do frete. Às vezes iam somente os produtos com necessidade. Ao instalar
uma estrutura de estoques a empresa pode notar a possibilidade de redução do
preço dos produtos, por conta da economia que estavam tendo com transporte
e um melhor serviço. Agora dificilmente possuem mercadorias em falta.

Resumo
O estoque proporciona uma economia no que diz respeito ao transporte e man-
tém os produtos disponíveis para que possam proporcionar um valor agregado
ao produto. Vimos que estoque é um dos processos logísticos mais caros e que
podem ou não ser fator de entrada do produto do mercado. Uma vez que a em-
presa faça uma escolha errada de local, ou mesmo um controle ineficiente, a ca-
deia logística será mais cara, tornando o produto inviável perante a concorrência.

Aula 7 – A importância do estoque 41 e-Tec Brasil


Atividades de aprendizagem
• Diversas empresas não começam com um controle de estoques ideal,
pesquise em sua região uma empresa que tenha um caso de sucesso
após a implantação deste importante processo logístico.

Anotações

e-Tec Brasil 42 Fundamentos da Logística


-

Aula 8 – A importância da tecnologia


da informação na logística

Nesta aula você compreenderá sobre a importante contribuição da


Tecnologia da Informação na cadeia logística e de que forma isso
auxilia no dia a dia do profissional da área.

Ao final desta aula você será capaz de entender um pouco mais


em se ter uma estrutura logística com informações integradas.

8.1 Tecnologia da informação


O primeiro passo para a compreensão da importância da tecnologia da infor-
mação na logística é entender a necessidade que a área tem em manter seus
setores com informações integradas, no tempo certo e na forma necessária.

Vimos que existem vários processos logísticos ao longo de uma cadeia logísti-
ca. A saber: Fornecedor, Estoque de Matéria Prima, Produção, Estoque de Pro-
dutos Acabados e Distribuição Física. Vamos pegar esse simples exemplo de
cadeia logística para exemplificar a importância da tecnologia de informação.
O planejamento logístico tem seu início a partir da demanda, ou seja, na or-
dem inversa de como é a lógica do fluxo de materiais. Vamos entender melhor.

Quando estamos prontos para fazer um planejamento logístico a primeira


informação que precisaremos ter para tal é a previsão da demanda, ou seja,
quanto de procura terá seu produto. Partindo desta informação, traçamos
o planejamento e a organização dos estoques de produtos acabados, uma
vez que já temos a previsão de quanto vamos vender. Continuando nosso
raciocínio, agora que teoricamente elaboramos o que é necessário para o
estoque de produtos acabados, temos informações para começar o plane-
jamento de produção, pois baseado na necessidade do estoque é que ela-
boramos a produção, que por sinal ao concluir esse planejamento teremos
dados suficientes para planejar o estoque de matéria-prima, que abastece
a produção. Com base nesta necessidade, o estoque de matéria-prima vai
elaborar sua organização. Concluída a questão do estoque de matéria pri-
ma, estaremos aptos a elaborar a necessidade de compras uma vez que este
setor é o responsável por abastecer o estoque de matéria-prima.

Aula 8 – A importância da tenologoa da informação na logística 43 e-Tec Brasil


Veja como a integração entre todos os setores e processos que fazem parte
da cadeia logística é de extrema importância. Sem as informações fieis um
setor não consegue se planejar e consequentemente não consegue enviar as
informações para outro. Tem-se, então, um grande problema, pois o plane-
jamento não poderá ser feito em processo algum e em nível algum.

Basicamente as informações são essenciais para que possamos manter a cadeia


logística em funcionamento. É a alma da operacionalidade de nossa Logística.

8.2 Custos que envolvem tecnologia da


informação
Ao contrário do Transporte que apresenta um gasto de aproximadamente
50% da cadeia logística, e do Estoque que consome uma fatia de 40%, em
média o que se gasta com tecnologia de informação gira em torno de 1 a
4% dos custos com cadeia logística.

Talvez, por esse motivo, muitas empresas dão pouca atenção a esta atividade
que é a base para o processamento de pedidos, atividade primária da logísti-
ca. O que a maioria das pessoas não sabe é os prejuízos que um sistema de
informações mal gerenciado ou mal escolhido pode trazer são enormes. Para
que você entenda melhor, vamos exemplificar com uma historinha fictícia.

Você chega tarde e cansado do trabalho. Para relaxar, resolve entrar no site
de uma grande empresa, dessas que vendem produtos somente pela internet.
Pesquisa preço para comprar um novo aparelho de DVD que custa cerca de
R$199. Você efetua a compra cujo frete é gratuito. Neste dia, o sistema de in-
formações desse site está com defeito e informa ao estoque que você efetuou
uma compra de uma TV 29`` tubo de imagem, que é um aparelho grande.
Quando esse produto chegar a sua casa dirá ao entregador que não foi esse o
produto comprado, recusa-se a receber a TV e deseja que o aparelho de DVD
solicitado fosse entregue. A empresa que vendeu, arcou com as despesas de
frete até a sua casa, arcará com as despesas de frete da sua casa até o retorno
ao estoque e arcará ainda mais com o novo frete até a sua casa.

Muito provavelmente você deve estar pensando que isso não tem um custo tão
elevado assim, afinal é somente um cliente. Concordo, mas se o sistema de infor-
mação apresenta algum defeito e ao longo daquela noite, imagine quantos pedi-
dos errados foram emitidos e quanto tempo eles demoraram para perceber isso?
Olha o tamanho do prejuízo de se ter um sistema defeituoso somente uma noite.

e-Tec Brasil 44 Fundamentos da Logística


Figura 8.1: Sistema de informações é
a base logística para se evitar perdas.
Fonte: www.hoteliernews.com.br

8.3 Processamento de Pedidos e Tecnologia


de Informação
Como já vimos, a tecnologia da informação dá suporte a uma atividade básica
e primária da logística que é o processamento de pedidos. O que não podemos
confundir é esta atividade com fornecedores ou com setor de compras e vendas.

Quando se fala em processamento de pedidos, refere-se a pedidos de um


fornecedor, ou de setor de compras de uma determinada empresa, ou pode
ainda ser pedidos vindos entre os setores da própria empresa. Outra confu-
são que precisa ser esclarecida é em relação à tecnologia da informação (TI).
Quando se fala em TI, muitas pessoas relacionam a sistemas de computadores,
controle automático, código de barras e etc. Na verdade, TI refere-se a qual-
quer coisa que se utiliza para controlar e obter as informações. Por exemplo,
uma pessoa que controla o que entra e sai do estoque em uma prancheta e
um papel e no fim do dia preenche uma ficha informando tudo que ocorreu
ao longo daquele dia, é considerado um sistema de informação, que pode
até ser eficiente dependendo do tamanho do negócio. Então, tecnologia da
informação é o conhecimento aplicado para controle e obtenção de dados.
Mas obviamente que hoje em dia as empresas já tenham isso informatizado.

Resumo
A tecnologia da informação é a base para um sistema de informação confiável,
e quando falamos desses dois pontos estamos, principalmente, nos referindo à
atividade primária de processamentos de pedido. Apesar de ter um custo muito
baixo em relação as demais atividades primárias da logística sua importância é
igualmente compartilhada com o transporte e o estoque, uma vez que pode
representar o fracasso de uma operação ou o sucesso absoluto.

Aula 8 – A importância da tenologoa da informação na logística 45 e-Tec Brasil


Atividades de aprendizagem
• Pesquise as formas que a tecnologia da informação auxilia a Logística, e
também os principais sistemas e os modelos usados por eles que auxiliam
no controle de estoques.

Anotações

e-Tec Brasil 46 Fundamentos da Logística


-

Aula 9 – Atividades de apoio à logística

Nesta aula conheceremos as atividades que dão suporte à logística


e de que forma elas se organizam em uma empresa.

Ao final desta aula, você será capaz de compreender melhor como


analisar uma cadeia logística completa e quais as atividades que a
envolvem.

9.1 Atividades de apoio


Vimos em aulas anteriores que a logística tem como base as atividades primárias.
Vamos recordá-las:

• Transporte – é a atividade de movimentação de materiais, sendo dentro


da própria empresa ou entre regiões diferentes.

• Manutenção de Estoques – refere-se a todas as atividades necessárias


para que um estoque funcione. A manutenção de estoque agrega valor
de tempo para o produto e mantém disponíveis os materiais e produtos
necessários.

• Processamento de Pedidos – é a atividade com um custo relativamente


baixo, porém de grande importância, pois mantém os processos logísti-
cos abastecido de informações necessárias para o planejamento.

Agora que relembramos as atividades primárias chegou a hora de conhecer


quais são as atividades que apóiam cada uma delas. Apesar de serem co-
nhecidas como atividades de apoio ou atividades secundárias, a importância
delas é muito grande, pois dão total e completo suporte para que as ativi-
dades primárias possam acontecer de forma mais tranquila. Essas atividades
contribuem para a disponibilidade e a condição física de bens e serviços e
para que os processos fluam de forma satisfatória.

Aula 9 – Atividades de apoio à logística 47 e-Tec Brasil


9.2 Atividades de apoio ao transporte
Este é o setor que conta com várias atividades de apoio, por exemplo, o setor
de manutenção que cuida da mecânica da frota. Porém, nesta aula, tratare-
mos somente das atividades que apóiam o Transporte logisticamente, que
são: manuseio de materiais e embalagem de proteção.

O manuseio de materiais está associado com a armazenagem, que também


apoia a manutenção de estoques. Esta atividade está relacionada à movi-
mentação do produto no local de estocagem. O manuseio de materiais é
igualmente importante tanto para o setor de transporte quanto para o de
estoque; uma vez que movimentar a mercadoria de um ponto para outro
do armazém ou mesmo do estoque, são situações muitas vezes necessárias
para que possa haver um bom fluxo de materiais dentro deste setor.

O foco principal da atividade de embalagem é oferecer proteção ao produto


ao longo do trajeto de transporte e armazenagem. Um dos objetivos da lo-
gística é manter a integridade do produto.

9.3 Atividades de apoio à manutenção de


estoques
As atividades de apoio à manutenção de estoques são várias. Mas para o
nosso estudo, veremos apenas duas atividades de apoio. São elas: progra-
mação do produto e a manutenção de informações.

A programação do produto é importante para que o profissional de logísti-


ca possa planejar melhor os estoques. Quando uma empresa decide alterar
as características de um produto, por exemplo, o volume, possivelmente
haverá necessidade de reorganizar o layout de estoque por conta daquela
alteração. Outro exemplo a empresa decide lançar um novo produto. É
natural que em algumas ocasiões se utilize o mesmo armazém para dife-
rentes produtos, o que pode ter como consequência uma reorganização
dos equipamentos dos estoques.

Quanto à manutenção de informações pode - a primeira vista - soar como ati-


vidade muito próxima do processamento de pedidos; mas para a manutenção
de estoques é o ponto fundamental para suas atividades de planejamento,
uma vez que se baseia na informação passada pelo setor imediatamente a sua
frente, no que diz respeito a fluxo. Essas informações são essenciais até para
continuidade do planejamento da cadeia logística como um todo.

e-Tec Brasil 48 Fundamentos da Logística


9.4 A
 tividades logísticas de apoio ao
processamento de pedidos
Tais atividades são de armazenagem e de obtenção.

A princípio, parece estranho falar de armazenagem como apoio a proces-


samento de pedidos e não ao estoque. Primeiro, devemos entender que a
armazenagem é sim uma atividade de apoio aos estoques, porém para o
processamento de pedidos sua importância também é grande, pois com o
controle da armazenagem pode-se chegar às informações que levaram a
organização e planejamento da produção, que dará informações ao estoque
de produtos acabados e fornecerá informações ao setor de compras para
que acione o fornecedor. Viu? Entendendo um pouco mais nem soa tão
estranho, não é mesmo?

Conforme Ronald Ballou, a obtenção é a atividade que deixa o produto dis-


ponível para o sistema logístico e não deve ser confundida com a função de
compras. A obtenção trata da seleção de fontes de suprimento, das quan-
tidades a serem adquiridas, da programação das compras e da forma pela
qual o produto é comprado.

É importante observar que as atividades de apoio relacionadas podem ajudar


de alguma forma qualquer outra atividade que não a específica, mostrando
de forma fácil quem auxilia quem.

Resumo
As atividades de apoio para os processos primários da logística são manu-
tenção das informações, armazenagem, obtenção, embalagem de prote-
ção, manuseio de materiais e programação de produto. O que relacionamos
como atividade de apoio pode naturalmente auxiliar todas as atividades pri-
márias, porém algumas auxiliam mais do que outras, dependendo do caso.

Atividades de aprendizagem
• Escolha uma loja da sua região e verifique se as atividades de apoio são
realmente realizadas; quais são e o que elas apoiam.

Aula 9 – Atividades de apoio à logística 49 e-Tec Brasil


-

Aula 10 – A logística e a sociedade

Nesta aula, aprenderemos a analisar como a sociedade influencia


na logística e de que forma esta influencia e auxilia a sociedade.

Ao final desta, você compreenderá um pouco mais de como a


sociedade influencia as tendências de logística do mundo a fora.

10.1 Logística como essencial na sociedade


Primeiramente, vamos entender a importância da logística na sociedade
atual e como essa importância foi se desenvolvendo ao longo dos anos. O
homem, no período da pré-história, era nômade, ou seja, vivia mudando
de um lugar a outro, consumindo tudo que tinha por ali. Quando acabava,
levantava acampamento, e se dirigia para outra região que provesse suas
necessidades. Aos poucos, o homem conseguiu ter o domínio de certas cul-
turas agrícolas, e não havia mais a necessidade de ser nômade. Começa aqui
o desenvolvimento das atividades logísticas, pois ao cultivar o alimento, ha-
via necessidade de armazenamento uma vez que ele não pode ir a qualquer
época do ano colher o que consumirá no instante que precisa. Nasce, assim,
o casamento da logística com a sociedade.

Nos dias atuais, a logística tem uma importância muito maior, pois vivemos e
temos uma sociedade baseada no consumo, onde cada vez mais os clientes
são exigentes com o que acreditam, e não pode ser diferente. Quando fala-
mos do uso da logística hoje, estamos mencionando qualidade de serviços
com um nível interessante, e queda nos preços, ou seja, entregar o produto
no tempo certo, da forma correta e da maneira ideal.

Não vivemos mais sem a atividade de movimentação de mercadorias, o vo-


lume de pessoas nas metrópoles é cada vez maior. Isso torna a distribuição,
a manufatura, e demais atividades, muito complexas para que tenhamos
que nos preocupar com a logística como modismo do mercado. Portanto,
logística é assunto vital para as empresa e necessidade para a sociedade, ou
seja, não é assunto da moda!

Aula 10 – A logística e a sociedade 51 e-Tec Brasil


Hoje, com uma realidade global, a comunicação com outros países é muito
mais fácil e rápida. Consequentemente o comércio entre regiões distantes
é relativamente simples, uma vez que temos um transporte evoluído em
relação a décadas anteriores, portanto os conhecimentos logísticos se
tornam essenciais.

10.2 Período de desenvolvimento


Muitos autores relacionam as décadas de 1960 e 1970 como sendo o pe-
ríodo de maior desenvolvimento no que diz respeito à logística. A justifica-
tiva é que o ambiente estava favorável para este desenvolvimento, pois já
tínhamos o marketing bem estabelecido em instituições de estudos o que
proporcionou orientar as empresas da forma melhor.

As condições econômicas daquele período foram extremamente interessan-


tes. A logística se consolidou de vez no meio empresarial devido às seguintes
situações:

• Alteração no padrão de consumo;


• As indústrias pressionavam os custos;
• Avanço na tecnologia dos computadores e consequentemente da tecnologia
de informação;
• E o recém terminado período de guerra, que deu uma proximidade com
conceitos da logística.

Figura 10.1: O avanço do marketing e o avanço da tecnologia da informação foram


fatores principais para o desenvolvimento da logística empresarial - I
Fonte: http://josekuller.wordpress.com
Fonte: www.carroantigo.com/portugues/conteudo/fotos_60.htm

e-Tec Brasil 52 Fundamentos da Logística


10.3 Os anos de desenvolvimento
Na década de 1970, conforme Ronald Ballou, a logística entra em um estado
de semimaturidade. Ele afirma isto por conta de várias empresas já terem esta-
belecido os princípios da logística em seus planejamentos e organizações. Aos
poucos as empresas se deparavam com a necessidade de redução de custos
e melhoria nos níveis de serviço. Os consumidores estavam cada vez mais
exigentes. Ainda na década de 80, muitos consumidores continuavam fiéis a
determinadas marcas. Porém, com a concorrência crescendo muito, ocorreu
uma mudança nos hábitos de consumo. O crescente fortalecimento da eco-
nomia, tanto no Brasil quanto no mundo, dá uma nova realidade ao mercado: Produto Substituto
Aquele produto, diferente do
vários concorrentes, diversos produtos substitutos, o consumidor passa a ter ofertado por sua empresa, que
uma infinidade de opções a sua frente. A consequência desta nova realidade é o cliente pode comprar ao invés
do seu.
a necessidade de competir com preço, pois o consumidor certamente se pre-
ocupa com a qualidade porém o preço sempre terá peso na hora da escolha.

As empresas entram, portanto, em um dilema: Como reduzir os custos para


poder reduzir o preço final, mantendo a qualidade que os clientes exigem?
Neste momento, a necessidade dos conhecimentos na área de logística co-
meça a ficar em evidência, uma vez que somente com esse instrumento de
gerenciamento podemos atingir tal objetivo.

Como já mencionado em aulas anteriores, a logística tem vários objetivos.


Mas os principais são: garantir o fluxo de materiais; reduzir custos operacio-
nais; otimizar recursos disponíveis; preservar a integridade física do produto
até o destino; melhorar serviços.

A logística consegue garantir a redução de custos, otimizando recursos dis-


poníveis e consequentemente aumentando o nível dos serviços. A necessi-
dade da sociedade atual de manter abastecidos os grandes centros e regi-
ões mais afastadas torna a logística um assunto de grande importância não
somente para empresas, mas para cidades e regiões inteiras. Por isso que
o transporte é fator de desenvolvimento econômico de uma região. O fato
de movimentar mais mercadorias e mais produtos faz com que a economia
cresça. Sem a possibilidade de uma logística bem planejada, sem a existência
de uma infraestrutura que dê base a essa logística, uma região está fadada a
demorar muito mais para se desenvolver ou mesmo manter se ativa.

Aula 10 – A logística e a sociedade 53 e-Tec Brasil


Resumo
A logística é essencial para a sociedade. É uma poderosa ferramenta que
aquece a economia local com a movimentação de mercadorias. Nos anos
1960 e 1970, a logística deu um grande passo para seu desenvolvimento e
adaptação junto às empresas, uma vez que é oriunda do setor militar. Após
a década de 1970, a logística enfrenta forte desenvolvimento e consolidação
nos planejamentos e organizações.

Atividades de aprendizagem
• Pesquise de que forma a logística ajuda sua região a se desenvolver;
e quais os principais problemas de infraestrutura enfrentados pela sua
região.

Anotações

e-Tec Brasil 54 Fundamentos da Logística


-

Aula 11 – A importante ligação da


logística e as demais áreas
administrativas

Aprenderemos, neste encontro, que a logística tem importante


ligação com as áreas administrativas de produção, marketing,
finanças e recursos humanos.

Ao final, você compreenderá um pouco mais de como estas áreas


trabalham em parceria para o desenvolvimento da organização.

11.1 A importância das interfaces na logística


Primeiramente precisamos entender a importância da logística estabelecer
parceria com outros setores da administração.

Até agora vimos, em nossas aulas, como é complexo o trabalho da logística,


pois proporciona vários benefícios de ordem financeira e de qualidade a insti-
tuição, a indústria ou empresa. Porém, a logística sozinha não pode ser con-
siderada a salvação ou mesmo a ferramenta perfeita para a empresa. O que
constrói o sucesso de uma organização é o trabalho em parceria dos diversos
setores que compõe uma empresa. Aos poucos, vai se percebendo como é
importante o trabalho de outros profissionais e de outros setores empresariais
para a logística. Afinal, o trabalho em parceria é um serviço de completa inter-
dependência de um setor para com o outro.

Para entender a importância da ligação da logística com as demais áreas da


empresa, alguns questionamentos são necessários: (1) Como posso contro-
lar o estoque de produtos acabados sem informações e sem o serviço do
setor de produção, por exemplo? (2) Como posso treinar um funcionário da
empresa para que receba uma promoção sem um plano de desenvolvimento
de carreira do setor de recursos humanos? (3) Como posso começar um pla-
nejamento logístico sem possuir dados confiáveis da demanda da empresa?

Esses questionamentos nos mostram que o trabalho do profissional de logísti-


ca só consegue ser completo se tiver o resultado do trabalho de diversos outros
profissionais, principalmente dos profissionais envolvidos de forma direta com
o desenvolvimento do planejamento estratégico e operacional da empresa.

Aula 11 – A importante ligação da logística e as demais áreas administrativas 55 e-Tec Brasil


11.2 A
 importante ligação entre logística e
marketing
Em muitas empresas onde a cultura organizacional apresenta falhas, é co-
mum que os setores de logística e marketing tenham uma disputa. Porém
isso é completamente maléfico no que diz respeito à organização de negó-
cios da qual fazem parte. A logística e o marketing são considerados, em
muitas instituições, a principal interface de uma empresa, ou seja, são os
setores que se não tiverem cooperação podem significar permanência ou
não da empresa no mercado. Essa ligação de trabalho em parceria vai desde
o controle e gerenciamento da demanda até a escolha da embalagem e dis-
tribuição para o cliente. Talvez, você possa estar se questionando: Mas como
isso acontece? Vamos pegar uma ligação entre logística e marketing que
você pode acompanhar em qualquer mercado de qualquer região do país:
a embalagem. Isso mesmo, essa é uma importante ligação entre as duas
ferramentas de gestão.

A logística se preocupa com um tipo de embalagem que não apenas man-


tenha a integridade do produto, mas que chegue intacta até o consumidor
final, ou seja, a logística se preocupa com o material da embalagem com o
intuito de que o produto a ser acondicionado deva permanecer em condi-
ções de uso até o fim da operação. E o marketing se preocupa com a apa-
rência desta embalagem para que ela se torne atrativa para o consumidor.
Para que ele olhe e deseje comprar o produto. Em resumo, a logística se
preocupa com a qualidade do material, e se ele conseguirá manter o pro-
duto íntegro, intacto durante o transporte, armazenamento e novamente
o transporte até o consumidor final. Já o marketing precisa que esse pro-
duto se torne atrativo, que estimule o consumidor a comprá-lo. Exemplifi-
cando: temos duas embalagens de iogurte. Uma é destinada às crianças;
a outra aos adultos. Qual a diferença básica que nos vem à mente? A em-
balagem de adulto costuma vir com cores menos chamativas, com menos
desenhos, priorizando identificar os benefícios à saúde, uma figura que
representa o sabor do iogurte. A embalagem de criança apresenta cores
e figuras incrivelmente chamativas. Agora, qual é o objetivo de tudo isso?
É porque o adulto consome iogurte baseado nos benefícios da saúde; e a
criança deseja o produto por estímulo. As cores chamativas nos iogurtes de
crianças são para atraí-las a pedirem aos pais para comprar. Isso é trabalho
do marketing. Agora repare que o material usado em iogurte direcionado
para adultos é o mesmo para as crianças. Isso porque o acondicionamento
neste tipo de embalagem proporciona um grau de segurança ao produto
que ele chegará, na maioria das vezes, de forma íntegra ao consumidor
final. Isso é trabalho da logística.

e-Tec Brasil 56 Fundamentos da Logística


O exemplo é bem interessante para perceber que a embalagem, por exem-
plo, representa os esforços de dois setores distintos de uma organização e
que esse trabalho em parceria só tem a agregar a empresa e a qualidade dos
produtos por ela manufaturados.

11.3 Logística e produção


Outra importante ligação com a logística dentro de uma empresa é o setor
de produção. O interessante é que a logística não trabalha com o marketing
somente. Ela tem diversos pontos da cadeia de suprimentos que sofrem a
ação de trabalho entre setores, o que prova que uma empresa depende da
integração entre os setores, algo que é sempre mencionado em logística.

Agora, vamos parar para pensar um pouco: O que a logística tem a ver com
a produção dentro de uma indústria? A primeira impressão é que esses dois
setores nada possuem em comum entre eles. Já foi dito anteriormente que
o estoque de produtos acabados envia informações para que o setor de
produção possa desenvolver seu planejamento de produção, baseado na
demanda e no quanto tem ainda disponível em estoque? Então isso pode ser
usado como exemplo para que possamos perceber o primeiro ponto comum
entre essas importantes áreas.

Outro ponto interessante é o seguinte, a logística tem como um de seus princi-


pais objetivos o fluxo de mercadorias, certo? Isso vai ao encontro de uma grande
necessidade do setor de produção que é o fluxo na linha de produção. E aí entra
o trabalho do profissional de logística, pois o ajuste do layout na linha de pro-
dução é trabalho do profissional da logística e não do profissional de produção.

No que diz respeito a ligação produção – logística, constatamos que há


muito mais do que simples troca de informações nos estoques.

11.4 Logística e finanças


Estamos mais uma vez entrando em uma ligação em que muitos podem nem des-
confiar, mas logística e finanças tem muito mais em comum do que se imagina.

Primeiramente vamos relembrar um dos grandes objetivos da logística, a re-


dução de custos. Para saber se realmente estamos reduzindo o custo total das
operações, precisaremos da orientação do profissional de finanças para saber se
realmente estamos proporcionando uma redução, ou se esta redução, que a lo-
gística esta indicando, por exemplo, não está gerando aumento em outro setor.

Aula 11 – A importante ligação da logística e as demais áreas administrativas 57 e-Tec Brasil


Outra interessante ligação entre logística e finanças é a necessidade do cálculo
de impostos ao longo de uma operação logística. Um outro exemplo seria a ne-
cessidade de calcular exatamente o quanto cobrar por um produto baseado em
todos os processos que ele passou. Confirma-se, assim, que a logística vai muito
além de um trabalho solitário. É na verdade um serviço que exige parceria.

Resumo
A logística possui grandes e importantes ligações entre diversos setores, que
são o setor de marketing, produção, finanças e recursos humanos.

Sem o trabalho em parceria com esses setores não conseguiríamos comple-


tar ou simplesmente começar um planejamento logístico. A operacionalida-
de não existiria sem essas parcerias.

Atividades de aprendizagem
• Escolha uma empresa onde você tenha acesso fácil, e pesquise quais as
interfaces, com quais setores, ou ligações a logística possui.

e-Tec Brasil 58 Fundamentos da Logística


-

Aula 12 – Embalagem na logística

Nesta aula vamos ver a preocupação que a logística tem ao elaborar


uma embalagem e qual a função deste processo durante a cadeia
de suprimentos.

Ao final desta conheceremos os tipos de embalagem e como


facilitam os processos logísticos a se tornarem mais ágeis.

12.1 A embalagem na logística


Uma importante interface entre a logística e o marketing é a embalagem,
porém nesta aula trataremos desse assunto somente sob a óptica da logística.

O foco principal de uma embalagem é proteger e distribuir produtos ao


menor custo possível. O custo é reduzido à medida que a adoção de uma
embalagem diminui as avarias ao longo de todo o processo de distribuição.
As embalagens podem ser classificadas em: primárias, secundárias e terciá-
rias. As embalagens primárias são os invólucros que protegem diretamente
o produto. Podemos notar principalmente neste tipo de embalagem a inter-
face entre a logística e o marketing, ou seja, a logística preocupa-se com a
qualidade do material a ser utilizado para embalar o produto; e o marketing
se preocupa com o formato, com as cores e desenhos para que as emba-
lagens sejam chamativas e despertem no consumidor o desejo em adquirir
determinado produto.

Figura 12.1: Exemplos de embalagens primárias


Fonte: www.matrizdesenho.com.br

Aula 12 – A embalagem na logística 59 e-Tec Brasil


As embalagens secundárias são os acessórios que se somam à embalagem
primária. Antigamente as cervejas vinham embaladas em caixas de papelão;
hoje são unidas por plásticos.

Figura 12.2: Exemplo de embalagem


secundária.
Fonte: www.inpev.org.br/

As embalagens terciárias são também conhecidas como embalagens de


transporte, pois são utilizadas para proteção dos produtos durante o ar-
mazenamento e o transporte. Essas embalagens são mais difíceis de serem
vistas pela maioria dos consumidores. Elas não têm apelo comercial e cum-
prem com os objetivos logísticos: proteger no momento da armazenagem
ou mesmo do transporte.

Figura 12.3: Exemplo de embalagem terciária.


Fonte: www.solostocks.com.br

Quando estamos projetando a embalagem de um produto deve-se levar em


conta a fragilidade do produto. Quanto mais frágil o produto, mais resis-
tente precisa ser o material para embalar o produto, sempre respeitando
a individualidade da substância que corresponde ao que será embalado. O
volume e o peso do produto são levados em conta quando estamos elabo-
rando o projeto. O projeto consiste basicamente em escolher o material mais
indicado para compor a embalagem e seu formato, objetivando uma melhor
praticidade tanto para transportar quanto para armazenar.

e-Tec Brasil 60 Fundamentos da Logística


As embalagens podem ser de papelão, tambores, fardos, plásticos, isopor,
plástico bolha entre outros. O que será usado dependerá muito do que é
composto o produto que será embalado. Essa escolha depende de vários
fatores, entre eles: o estado físico e como ele se apresenta; se há necessida-
de de controlar a temperatura; se o produto é perecível ou não. Tudo isso
influencia na escolha do material para compor a embalagem.

12.2 A
 Embalagem e a obrigatoriedade de
seu retorno
Hoje em dia é mais difícil de comprarmos um produto que tenha embalagem
retornável. Nos anos 1980 e 1990 era mais fácil encontrar produtos cujas
embalagens eram retornáveis, ou seja, para adquirir o produto você deveria
levar a embalagem antiga. Também era comum comprarmos refrigerantes
em garrafas de vidro. Para comprar um novo refrigerante era necessário levar
a garrafa vazia que em algumas regiões do Brasil é conhecido como “casco”.
Aos poucos as empresas de refrigerante foram abandonando as embalagens
de vidro e adotando as de plástico. São mais baratas e não necessitam de
todos os gastos que uma embalagem retornável precisa.

Muitas empresas, por força da lei, necessitam ter toda a logística preparada
para atender as embalagens retornáveis, por exemplo. É o caso das produtoras
de agrotóxicos. Essas empresas têm por obrigação legal recolher as embalagens
utilizadas pelos consumidores. Na nota fiscal desses produtos consta o exato
local ou mesmo telefone para que seja efetuada a devolução desses produtos.

As embalagens plásticas de refrigerante, conhecidas como garrafa pet, são eco-


nômicas para a empresa, que gasta menos, e para o consumidor, que não pre-
cisa levar uma garrafa pet vazia quando for comprar outra. Porém o material da
garrafa pet é extremamente poluidor, o que torna um problema, pois se por um
lado é economicamente melhor para as empresas, por outro, é extremamente
prejudicial ao meio ambiente e, consequentemente, para nossa vida.

Resumo
As embalagens são importantes ferramentas para manter o produto íntegro
desde seu acondicionamento até o consumidor final passando pelo estoque.

Existem embalagens primárias, secundárias e terciárias que variam dependendo


do nível que se queira utilizar em um determinado produto.

Aula 12 – A embalagem na logística 61 e-Tec Brasil


Atividades de aprendizagem
• Pesquise no mercado local se existem produtos que utilizam a embala-
gem secundária como ferramenta de divulgação, e cite os nomes desses
produtos.

Anotações

e-Tec Brasil 62 Fundamentos da Logística


-

Aula 13 – Processos logísticos

Nesta aula aprenderemos o que são processos logísticos e quais as


necessidades básicas de cada um.

Ao final desta, você certamente saberá estabelecer diferenças


entre a logística empresarial , operacional e financeira.

13.1 O que são processos logísticos?


Processos logísticos são cada um dos diferentes processos que envolvem flu-
xo de materiais dentro de uma empresa. Por exemplo, quando você fala em
escolher um fornecedor adequado ao seu negócio, está mencionando um
processo; quando fala em estoque de matéria-prima também. Então, tudo
que faz parte da cadeia logística pertence ao que chamamos de processos
logísticos. A figura 13.1 mostra alguns dos principais processos.

Figura 13.1: Alguns dos principais processos logísticos e a ordem do fluxo de materiais.
Fonte: Elaborado por Glávio Paura

O profissional de logística não pode esquecer que os processos logísticos


necessitam trabalhar de forma integrada, ou seja, se não houver cooperação
entre os processos não haverá eficiência formada na cadeia logística. Conse-
guir esta integração é algo extremamente complexo de se implantar, porque
envolve não somente sistemas de informações, como também a cultura dos
funcionários da empresa.

Aula 13 – Processos logísticos 63 e-Tec Brasil


13.2 Indicadores de desempenho
Os processos por trabalharem de forma integrada, passam por avaliações pe-
riódicas com a intenção de antever o problema, pois se houver algo que possa
atrapalhar a cadeia, o problema deve ser imediatamente solucionado, a fim
de se evitar uma produção parada. E se isso acontecer as perdas serão muitas.

Quando mencionamos nível de serviço em um processo logístico, estamos


nos referindo à qualidade com que o fluxo de bens e serviços é gerenciado,
ou seja, o desempenho em que um setor está se saindo. O desempenho se-
torial pode ser medido de várias formas. Tal avaliação dependerá da empresa
e da necessidade. O profissional de logística pode usar como parâmetro para
mediar o desempenho as seguintes sugestões:

• Tempo do ciclo do pedido


• Média de pedidos e valor faturado
• Porcentagem de pedidos de produção não realizados a tempo
• Número de atrasos na produção

Esses são apenas alguns exemplos que podem ser utilizados para mensurar
o desempenho logístico do processo fornecedor. Então, se o profissional
de logística checar regularmente os processos logísticos poderá dizer se o
fornecedor está ou não atendendo as expectativas da empresa.

Figura 13.2: Mostra o ciclo avaliativo de cada pro-


cesso.
Fonte: www.sunnver.com.br

e-Tec Brasil 64 Fundamentos da Logística


13.3 A
 s estratégias e os indicadores de
desempenho
Mencionamos várias vezes a necessidade de se planejar logisticamente uma
empresa. Quando os profissionais traçam o planejamento estratégico, eles
estão definindo aonde a empresa quer chegar, se o tal planejamento serve
como guia para o desenvolvimento da empresa, se serão utilizados recursos
chaves para atingir os objetivos desejados em um ambiente dinâmico e com-
petitivo. No entanto, os impactos que as estratégias têm sobre as operações
são dependentes de como elas são transmitidas para a organização e da
sistemática de avaliação delas.

Desenvolver um setor que trabalhe dentro das expectativas de uma em-


presa, ou seja, que tenha compatibilidade com a estratégia empresarial
adotada, tem grande influência no acompanhamento de indicadores de
desempenho, pois é um meio de se analisar se os objetivos previamente
traçados pelo planejamento estratégico da empresa estão verdadeiramen-
te sendo cumpridos. Nas empresas os indicadores tornaram-se populares,
pois estamos falando de controlar a qualidade do setor e da eficiência de
toda a cadeia. Na logística, os indicadores têm o papel de auxiliar a perfor-
mance daquela cadeia.

13.4 C
 lassificação dos indicadores de
desempenho
Quando o profissional está em busca de um bom desempenho na cadeia lo-
gística, é porque ele quer dar qualidade aos serviços dessa ou daquela área.
Por exemplo: se o profissional quer que o cliente receba o mais alto nível de
serviço, obviamente ele também precisa ter dentro da empresa o mais alto
nível. Atualmente para se chegar a um alto desempenho não basta que as
atividades internas estejam aprimoradas. É fundamental que exista um alto
nível de integração entre os parceiros de uma mesma cadeia, ou entre os
setores de uma mesma empresa.

Felizmente, os empresários estão cada vez mais se dando conta de que


não é possível atender exigências oriundas dos consumidores e, ao mesmo
tempo, cumprir com os objetivos de custo da empresa, sem trabalhar de
forma coordenada com outros participantes da cadeia de suprimentos ou
mesmo da cadeia logística de uma empresa. Os indicadores de desempenho
desta forma exercem papel fundamental, uma vez que podem monitorar
a qualidade das atividades logísticas internas à empresa ou a de seus
parceiros.

Aula 13 – Processos logísticos 65 e-Tec Brasil


Resumo
Os indicadores de desempenho logísticos são fatores a serem medidos den-
tro de cada processo logístico, e deve também trabalhar integrado e em
parceria com os demais parceiros.

Os processos logísticos são todas as atividades que compõem uma cadeia


logística ou mesmo uma cadeia de suprimentos.

Atividades de aprendizagem
• Identifique, na empresa que você tem acesso, se os processos logísticos
são utilizados, e como a empresa mede o desempenho de cada um des-
ses processos.

e-Tec Brasil 66 Fundamentos da Logística


-

Aula 14 – Importância dos sistemas


de transportes

Nesta aula compreenderemos como o sistema de transporte se


conecta com toda a cadeia logística..

Ao final desta, você será capaz de analisar os sistemas de transportes


dentro de um planejamento logístico.

14.1 A importância econômica


Em aulas anteriores falamos da importância econômica que tem o sistema de
transporte. Também destacamos o sistema rodoviário como essencial para
a economia do Brasil, mais especificamente para as regiões que dependem
deste tipo de transporte.

Vamos agora entender um pouco mais sobre esses modais no Brasil. Antes
é interessante analisar como os modais apresentam diferentes impactos de-
pendendo da região, quer seja no Brasil ou em qualquer parte do mundo.

No Brasil, o modal rodoviário representa mais de 80% das cargas transpor-


tadas e é muito significativo para quatro das cinco regiões brasileiras (Sul,
Sudeste, Centro-oeste e Nordeste). A Região Norte é a única onde o modal
predominante é o fluvial, até pelo aspecto geográfico da região que favorece
o uso. Se observar no mapa, você verá que todas as cidades da região Norte
estão sempre próximas a grandes rios, pois o principal modal é o fluvial, e a
economia “corre” através deste transporte.

É interessante observar que no exterior, países de dimensões territoriais grandes,


optam pelo modal ferroviário; enquanto que no Brasil, a predominância é pelo
rodoviário.

As regiões atendidas por rios navegáveis exploram o modal fluvial de forma


eficiente. Por exemplo, temos a região de fronteira do Canadá com os Esta-
dos Unidos, onde os Grandes Lagos possuem uma movimentação de cargas
bem expressiva.

Aula 14 – Importância dos sistemas de transporte 67 e-Tec Brasil


14.2 Os sistemas de transporte no mundo
Sabe-se que quanto mais moderno e bem desenvolvido for o sistema de
transporte de uma região, melhor economicamente será aquela região. Isso
prova que o sistema de transporte é fator preponderante no desenvolvi-
mento econômico, pois faz com que a produção circule gerando um natural
desenvolvimento econômico que, consequentemente, desenvolve o social,
o político, o cultural, etc.

Vamos pegar o sistema de transporte ferroviário como exemplo. A ferrovia é um


modal que tem como característica o baixo consumo energético, sua capacida-
de de carga é muito grande e a operacionalidade é bem mais barata. É um mo-
dal muito indicado para regiões que tenham dimensões geográficas grandes.

Na figura 14.1, todas as regiões do país são atendidas modal ferroviário. A


pessoa de qualquer região americana pode tranquilamente despachar sua
produção para qualquer outra região do país.

Figura 14.1: Malha ferroviária americana


Fonte: www.portogente.com.br

Observe também que a maior concentração da malha ferroviária americana


concentra-se na região leste dos Estados Unidos, ou seja, esta é a parte mais
desenvolvida economicamente falando.

e-Tec Brasil 68 Fundamentos da Logística


Agora, vamos analisar a malha ferroviária brasileira (figura 14.2).

Figura 14.2: Malha ferroviária brasileira


Fonte: http://isape.wordpress.com

As nossas ferrovias basicamente se concentram no Sul e Sudeste, que por coin-


cidência são as duas regiões mais desenvolvidas economicamente no Brasil.

Comparando as figuras 14.1 e 14.2, percebe-se grande diferença entre a


malha ferroviária americana e a brasileira. Vamos supor que não tivéssemos
a informação de qual país é mais desenvolvido economicamente. Seria fácil
deduzir! Basta observar a quantidade de modal ferroviário instalado neste ou
naquele país. Estas análises provam, mais uma vez, que o fator de desenvol-
vimento econômico atrelado ao transporte é um indicador forte e confiável.

14.3 A logística e os sistemas de transporte


Para uma operação logística satisfatória, as empresas dependem de um sis-
tema de transporte eficiente para transportar matéria-prima do fornecedor
até a fábrica e desta para o cliente. Sem um sistema de transporte eficiente
a cadeia logística de uma empresa estará completamente comprometida por
conta dos altos custos que terão para o escoamento da produção.

Aula 14 – Importância dos sistemas de transporte 69 e-Tec Brasil


Resumo
O sistema de transporte de uma região é fator imprescindível de desenvolvi-
mento. O transporte ferroviário é um importante modal de transporte para
países e regiões com grandes dimensões geográficas. O Brasil possui uma
malha ferroviária extremamente deficitária comparada aos Estados Unidos.

Atividades de aprendizagem
• Pesquise países que possuem malhas de transporte diferentes da do
Brasil, a fim de comprovar que o transporte é fator de desenvolvimento
regional.

Anotações

e-Tec Brasil 70 Fundamentos da Logística


-

Aula 15 – O que é distribuição física?

Nesta aula, veremos o que vem a ser esse importante processo


logístico conhecido como distribuição física.

Ao final desta, você compreenderá todos os processos que


compõem a distribuição física.

15.1 Distribuição física


A distribuição física se preocupa principalmente com a movimentação de
produtos para o cliente. Vale lembrar que não estamos nos referindo ao
cliente final. Geralmente o cliente de uma fábrica não é o consumidor final
do produto. Por exemplo, uma empresa de doces não vende seu produto
diretamente a pessoa que irá consumir o doce. O produto é vendido a um
revendedor (atacadista ou varejista). E só depois chega ao cliente final, isto
é, aquele que realmente quer comprar para comer.

O processo logístico responsável por essa movimentação é a distribuição


física. Algum tempo atrás, especialista no assunto consideravam que era
uma fonte de custos que consumia os ganhos de um determinado perí-
odo. Porém, se queremos em minimizar custos totais da empresa e, ao
mesmo tempo, maximizar a renda, a abordagem deverá ser feita de tal
maneira que um aumento de custo em determinado setor seja, no mínimo,
equivalente à redução de custo em outro. Como mencionamos em aulas
anteriores, nem sempre aumentar o custo em um processo significa gastar
mais. Um custo elevado em um ponto pode significar redução de custos
em outro. Cabe, portanto, decidir e calcular se essa redução compensa em
relação ao custo extra.

Quando se fala em distribuição física é comum essa expressão ser remetida


diretamente ao transporte. Porém, esse processo logístico envolve muito
mais que isso. A embalagem, por exemplo, faz parte deste processo, uma
vez que o material escolhido para a proteção do produto depende do mo-
dal de transporte utilizado e da roterização escolhida. Você já percebeu
que estamos falando de um dos processos logísticos mais complexos den-
tro da cadeia.

Aula 15 – O que é distribuição física? 71 e-Tec Brasil


15.2 Tipos de distribuição física
Como a distribuição física é complexa, é natural que haja alguns tipos, os
quais variarão de acordo com as diversas circunstâncias que a empresa pode
enfrentar. Os principais tipos de distribuição são:

• Pelo sistema próprio de vendas;


• Pelo sistema de vendas de terceiros;
• Através de agentes e representantes comissionados;
• Através de distribuidores especializados.

Segundo Marco Aurélio Dias, em seu livro Administração de Materiais, a


escolha de cada um dos tipos de distribuição dependerá de uma série de
fatores tanto de origem quanto de destinação, tais como bens de produção
ou de consumo, conforme os citados a seguir:

• Produção em ritmo acelerado;


• Produção dentro de um plano industrial esquematizado;
• Produto destinado ao consumo em massa;
• Produto especializado para uso técnico;
• Produto de transformação destinado às indústrias;
• Produto de uso supérfluo.

Esses são apenas alguns exemplos de fatores de origem que influenciam na


distribuição física.

Figura 15.1: A triagem faz parte da distri-


buição física
Fonte: www.microservice.com.br

e-Tec Brasil 72 Fundamentos da Logística


15.3 Métodos de distribuição
A distribuição feita pela própria organização de venda é o método mais
indicado quando existe produção em grande escala para uma distribuição
necessariamente acelerada. Pode ser indicada para empresas que produzem
máquinas pesadas e distribuem direto ao cliente final.

De todos os métodos, este é o mais difícil de encontrar no mercado. A maior


parte dos produtos não é comprada diretamente do fabricante, ou do pro-
dutor. Quando isso acontece, significa que o produtor está utilizando a dis-
tribuição por meio de organização de vendas realizado por terceiros, que é
a mais indicada para esse tipo de venda. Nem sempre a fábrica está localiza-
da onde a demanda pelo produto está. Existe outro aspecto: a quantidade
comprada pelo consumidor. Por ser pequeno o volume de pedido, torna-se
inviável para a fábrica enviar a cada um, o pedido de compra.

Imagine que você seja um produtor de bolachas recheadas. O consumidor,


quando adquire esse tipo de produto, compra no máximo três pacotes.
Imagine se a fábrica fosse responsável em enviar o produto solicitado?
Com certeza seria uma distribuição extremamente assombrosa e inviabili-
zaria o processo.

É fácil agora compreender porque não devemos comprar direto da fábrica,


digo isso porque alguns devem pensar que se fosse eliminado o varejista,
o processo poderia se tornar mais barato. Esse raciocínio é válido somente
para grandes quantidades; caso contrário é uma opção cara.

Figura 15.2: A figura do varejista é necessária para atender os


consumidores finais.
Fonte: http://ideiacorporativa.blogspot.com

Aula 15 – O que é distribuição física? 73 e-Tec Brasil


Resumo
A distribuição física é um dos processos logísticos mais complexos por
envolver situações como transporte, embalagem e roterização. Existem
vários tipos de distribuição para que se possa adaptar a realidade de cada
empresa e de cada produto a ser distribuído.

Atividades de aprendizagem
• Pesquise mais tipos de distribuição que não foram abordadas em nossa
aula fazendo a relação de quando é mais indicado.

Anotações

e-Tec Brasil 74 Fundamentos da Logística


-

Aula 16 – Administração de materiais

Nesta aula compreenderemos um pouco mais desta parte da


administração diretamente ligada ao fluxo de mercadorias e
consequentemente a logística.

Ao final desta conheceremos conceitos ligados a administração de


materiais e de que forma este conhecimento agrega ao profissional
de logística.

16.1 A administração de materiais


Quando começamos a estudar logística empresarial, o lugar do fluxo de mate-
riais. Talvez não fosse tão claro, devido às diversas abordagens, que a logística
pode apresentar. O profissional, ao ver na internet textos informativos sobre
conceitos logísticos, é comum ao profissional se depare com situações que o fa-
çam se lembrar de transportes. Podemos falar que só recentemente começamos
a agregar os conceitos de administração de materiais aos conceitos de logística.
É comum pessoas confundirem administração de materiais com logística, por
diversas razões. As áreas são muito próximas, e os conceitos que antes eram
somente de administração de materiais, hoje engloba situações logísticas.

Segundo Ballou, o fato de tratar as duas áreas de conhecimento de forma tão


linear se deve provavelmente a duas razões. Primeira, os custos de movimen-
tação de suprimentos das empresas tendem a ser menores do que os custos
de distribuição, (média de 3 a 7% das vendas). A distribuição física apresenta
valores para sua operação que ultrapassam o dobro do que o limite superior da
média gasta com suprimentos. Previsivelmente, a atenção dos administradores
concentrou-se naquelas atividades com maior impacto econômico.

A segunda razão é que determinar o local do suprimento dentro das atividades


logísticas não é tarefa das mais fáceis. Este assunto ainda é motivo de debates
de vários estudiosos de logística, sem tomar nenhuma decisão. O que vale sa-
ber é que determinadas atividades executadas pelos agentes compradores e
gerentes podem afetar enormemente os fluxo de produtos e de informações e,
portanto, o desempenho logístico.

Aula 16 – Administração de materiais 75 e-Tec Brasil


Figura 16.1: Fluxos típicos de bens de informações num canal de suprimentos
Fonte: BALLOU, Ronald. Logística Empresarial. Editora Atlas, p. 60, 1997.

16.2 Objetivos da administração de materiais


Um bom gerenciamento de materiais pode ser melhor valorizada, quando
os bens necessários não se encontram disponíveis no instante certo para
atender as necessidades da produção. É importante refletimos sobre isso,
pois pode parecer óbvio informar que é importante que se administre o fluxo
de materiais com um planejamento adequado. Muita empresa erra, e perde
grandes quantias em dinheiro. Aí surge a pergunta: Por que as empresas
erram em ponto que parece óbvio? E por parecer tão simples é que funcio-
nários mal preparados deixam certos processos de lado, julgando que tudo
vai transcorrer da forma que deve acontecer. Grande engano! Na logística
algumas atividades podem soar como óbvias, porém é de grande complexi-
dade controlar o fluxo de materiais. Toda a cadeia logística depende disso, e
como é fator crítico da logística, ou seja, fator que pode levar ao sucesso ou
ao fracasso deve-se dar a devida atenção com o objetivo de ser eficiente, e
evitar o desperdício de dinheiro.

Na visão de Ronald Ballou, a boa administração de materiais significa coor-


denar a movimentação de suprimentos com as exigências de operação. Isto
significa aplicar o conceito de custo total às atividades de suprimento de
modo a tirar vantagens dos custos operacionais.

16.3 Gerência de materiais


A logística de hoje agrega todas as atividades estudadas pela administra-
ção de materiais. Historicamente empresas não agregavam a administração
do fluxo de produtos desde os fornecedores ou fontes de matérias primas.
Como mencionado em aulas passadas, antigamente a preocupação com os

e-Tec Brasil 76 Fundamentos da Logística


custos era grande; não havia preocupação com a eficiência dos serviços, uma
vez que tínhamos pouca concorrência para determinados segmentos. Com
uma realidade completamente oposta, as empresas viram a necessidade de
agregar valor ao seu produto melhorando os níveis de serviços. Precisavam
reduzir custos aumentando a qualidade do produto, pois o consumidor hoje
em dia é muito exigente. E por conta disso muitos autores concordam que
qualidade não é mais diferencial de produto algum. Na verdade, virou obri-
gação do produtor. Ninguém hoje compra uma marca simplesmente porque
é barata. Claro que existem pessoas que ainda agem assim. Mas a grande
maioria busca preço baixo com qualidade, fazendo dessa um ponto de obri-
gação e não de diferencial. Aquele que não tem qualidade, pode até ter
preço, mas particularmente, eu não acredito em uma demanda que possa
atender os interesses da empresa que opere dessa forma.

Figura 16.2: Atuação da administração de materiais


Fonte: http://tijolossa.blogspot.com

Portanto, a logística hoje depende, de forma direta, dos conceitos de admi-


nistração de materiais até porque é o fluxo dos materiais que ela gerencia.

Resumo
A logística utiliza os conceitos de administração de materiais em sua aplica-
ção, porém essa realidade demorou a chegar às empresas que tinham difi-
culdades de ver a importância de se gerenciar fluxos dos fornecedores até a
distribuição para cliente. Aos poucos a administração de materiais se tornou
algo essencial para a logística.

Aula 16 – Administração de materiais 77 e-Tec Brasil


Atividades de aprendizagem
• Faça uma pesquisa sobre a evolução da administração de materiais; des-
de quando surgiram os primeiros conceitos até o momento em que, pra-
ticamente, se fundiram com a logística.

Anotações

e-Tec Brasil 78 Fundamentos da Logística


-

Aula 17 – Ramos e atuações da logística

Nesta aula aprenderemos os ramos e as áreas de atuação da


logística. Ao final desta, você compreenderá cada uma das
atuações da logística.

17.1 E
 mpresas que utilizam conceitos
logísticos
É muito interessante parar para pensar em quantas empresas utilizam con-
ceitos logísticos no seu dia a dia. O que mais chama a atenção é que todas,
de alguma forma, utilizam o conceito de logística. Claro que existem em-
presas que utilizam mais, e outras menos. Isso porque algumas dependem
de forma direta, e outras não. Imaginemos, por exemplo, um banco. Esta
instituição é um prestador de serviço na área financeira. Em uma primeira
análise, podemos até duvidar que o banco utilize conceitos logísticos em sua
operação. Veja os questionamentos:

• O banco necessita de suprimentos?


• O banco usa serviços de manutenção?
• O banco necessita repor dinheiro nos caixas eletrônicos?
• O banco depende da fidelidade das informações?
• O banco envia produtos diretamente ao cliente?

Repare que a resposta para as perguntas acima foi convicto sim. Isso porque
o banco utiliza conceitos logísticos no seu dia a dia. Vamos analisar a primei-
ra pergunta: O banco precisa de suprimentos? Sim. Ele não usa papéis, tintas
ou tones de impressoras? Então, ele precisa de um planejamento para repo-
sição desses suprimentos uma vez que sem eles várias atividades financeiras
do banco não conseguiriam ser completadas ou simplesmente iniciadas.

Com tudo isso, concluímos que todas as empresas de alguma forma utilizam
conceitos logísticos. O que muda de uma para outra é o fato de que algu-
mas empresas dependem da logística para sobreviver, principalmente com as
destinadas a produtos; e as destinadas a serviços, os conceitos podem não
ser vitais, mas são utilizados.

Aula 17 – Ramos e atuações da logística 79 e-Tec Brasil


17.2 Atuação da logística
A logística está presente em todo ambiente que necessite de otimização e
organização, quer seja para reduzir tempo e custo, quer seja para manter ou
aumentar a qualidade. A logística atua no gerenciamento do fluxo de mate-
riais, preocupando-se com os custos que envolvem os processos.

As empresas que mais utilizam a logística são aquelas destinadas a produto,


ou seja, que tenha como resultado final de seus processos um produto. Isso
acontece por que estarmos falando de um material como produto final, e
como a logística gerencia fluxo de materiais, essas empresas dependem de
forma direta dos conceitos logísticos para que possam ter uma otimização
que leve a redução dos custos dos processos.

Quando uma empresa é destinada a serviço, pode ser, que a logística não
seja vital para ela uma vez que seu trabalho pode não representar movimen-
tação de mercadorias, mas de alguma forma os conceitos estarão presentes.
Toda e qualquer empresa necessita de reposição de suprimentos. Assim, a lo-
gística, de forma direta, atua em toda empresa que necessite de estocagem,
suprimentos, almoxarifado, transporte, compras, entre outros.

17.3 Ramos da logística


A logística é composta de vários processos que tranquilamente podem ser
alvo de um estudo completamente a parte, tamanha é a complexidade de
cada um. Podemos destacar como ramos da logística:

• Transporte – complexo, pois envolve escolha de modais, roterização,


manutenção de frota, controle de gastos, entre outros.
• Estocagem – tem em sua maior complexidade a escolha do local da
instalação e seu controle eficiente. Junto com o transporte é o que mais
consome dinheiro da empresa.
• Distribuição Física – o profissional encarregado desta gestão deve se
preocupar com diversos fatores, entre eles a embalagem de transporte
e armazenagem, além do tempo certo, e da forma correta com que a
mercadoria será entregue.
• Comprar – departamento responsável por repor o estoque de matérias-
-primas.
• Logística Reversa – Logística do pós venda. Preocupa-se com a sobra
do consumo de seu produto ou mesmo a assistência para os consumido-
res de seus produtos.
• Sistemas de Informação – Essencial para o desenvolvimento de todo e
qualquer planejamento e operação na logística.

e-Tec Brasil 80 Fundamentos da Logística


Como você pôde perceber, os ramos de atuação da logística são muitos.
Os itens relacionados acima são apenas uma pequena parte de onde o pro-
fissional de logística pode atuar. E qualquer que seja a área escolhida tem
muito a aprender. Na verdade, cada um desses itens citados pode ser tema
de qualquer curso. Aqui, neste curso, você está aprendendo logística de uma
forma geral, mais ampla. Os ramos citados tornam-se cada vez mais impor-
tante para as empresas à medida que o tempo passa. O atual cenário eco-
nômico que vivemos hoje faz com que as empresas busquem um diferencial
competitivo, coisa que a logística consegue idealizar de forma relativamente
natural. Até porque nunca podemos esquecer de que um dos nossos princi-
pais objetivos como profissional da área, é manter ou aumentar a qualidade
reduzindo os custos.

Resumo
A logística hoje atua em diversas frentes, desde a obtenção de materiais até
a distribuição para o consumidor final. Qualquer que seja a área a se apro-
fundar, os estudos serão interessantes à medida que cada processo logístico
tem sua particularidade e complexidade, e o principal desafio é atingir a
integração entre os setores.

Atividades de aprendizagem
• Pesquise um ramo da logística que mais chamou sua atenção. Busque em
uma empresa de que forma ela funciona, e quais os principais conceitos
que deve saber para gerenciá-lo.

Aula 17 – Ramos e atuações da logística 81 e-Tec Brasil


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Aula 18 – Evoluções da logística

Nesta aula entenderemos a origem da cadeia de suprimentos ou


supply chain e por que alguns autores acreditam que seja uma
evolução da logística.

Ao final desta aula você será capaz de identificar possíveis evoluções


de processos logísticos nos dias de hoje.

18.1 Supply Chain é a evolução da logística?


Vários autores concordam que o Supply Chain ou simplesmente Cadeia de
Suprimentos é uma evolução da logística. Infelizmente discordo dessa afir-
mação, e vamos já entender as razões. Antes de qualquer análise precisare-
mos entender o que é cadeia de suprimentos.

A cadeia de suprimentos é um conjunto de empresas que trabalham em par-


ceria, ou seja, o raciocínio não pode ser enquanto uma perde outra ganha.
Parceria é quando uma ganha, todas também ganham; quando uma perde
todas seguem o mesmo caminho. O trabalho interligado de todas as empresas
é monitorado de perto para não ter surpresas desagradáveis mais adiante.

Para entender melhor a cadeia de suprimentos, imagine que você é um pro-


dutor de sucos enlatados de laranja. Você somente espreme e coloca o suco
na embalagem. O produtor de laranja é seu fornecedor, porém é uma em-
presa a parte. Vamos pensar que seu suprimento de laranja dure mais 24h
e seu produtor não deu nem satisfação. Você com certeza terá problemas.
É por isso que o trabalho deve ser de parceria. O fornecedor fica sabendo
o tempo correto de reabastecer; assim, a sua produção não corre o risco de
ficar parada. Veja que temos duas empresas, o produtor e o consumidor.
Como temos duas empresas trabalhando em comum acordo com a fábrica
consideramos as duas como uma cadeia de suprimentos.

Assim, cadeia de suprimentos é cadeia de suprimentos e não uma evolução


da logística.

Aula 18 – Evolução da logística 83 e-Tec Brasil


18.2 Evolução logística
No Brasil, a logística começou a dar seus primeiros passos por volta do início
dos anos 1980. Logo após a tecnologia da informação começou a crescer
em solo pátrio. Nesse período começamos a experimentar o crescimento da
concorrência e a necessidade de se diferenciar por serviços.

Surge nessa época, conforme Josival Soares (2006), em sua matéria sobre a evo-
lução da logística, entidades como a Associação Brasileira de Supermercados,
Associação Brasileira de Logística e o Instituto de Movimentação e Armazena-
gem com a difícil missão de disseminar a Logística no país. A cultura de se pre-
ocupar primeiramente com o preço estava enraizada nos empresários da época.

A Associação Brasileira de Logística define logística como: “Processo de planejar,


implementar e controlar eficientemente, ao custo correto, o fluxo e armazenagem
de matéria-prima, estoque durante a produção e produtos acabados, desde do
ponto de origem até o consumidor final, visando atender os requisitos do cliente.”

Quanto ao seu processo de evolução até os dias atuais, podemos relatar:

• Na década de 1980, apenas com o foco nas metodologias e modais de


transportar e armazenar.

• Na década de 1990, começaram a se fazer cálculos, pois daí iniciou o


conhecimento cientifico, estudos das relações, dispersões, movimentos
etc., com foco em Administração de Matérias, Distribuição, Movimen-
tação e Armazenagem de Matérias.

• Hoje muito mais complexo e amplo, com foco em Controle, Planejamento,


Tecnologia da Informação, Finanças e Serviço ao Cliente. Todas essas
evoluções, aliadas ao processo de globalização, trouxeram novos
desafios para as organizações, que é a competitividade no mercado
globalizado. Daí surge a necessidade de se produzir e distribuir a custos
mais adequados, sem perda de eficiências e qualidades do produto.

A nova realidade exigiu uma mudança de comportamento nas organizações,


chegando à fusão de algumas. Como foi o caso da AmBev (Companhia de
Bebidas das Américas) que juntou as três principais marcas de cervejas do
mercado, e tudo isso só foi possível mediante estudo de viabilidade Logística,
fazendo com que as três marcas fossem produzidas em unidade fabris únicas
espalhadas pelo Brasil, utilizando as mesmas tecnologias e mão de obra. Este

e-Tec Brasil 84 Fundamentos da Logística


processo levou ao fechamento de algumas unidades fabris e uma seleção
natural da mão de obra. Isso valeu o posicionamento entre as três maiores
do mundo, tirando do ranking empresas tradicionais do Sistema Pilsen. A
tecnologia tem um papel fundamental na evolução Logística, com o surgi-
mento dos ERP´s (Enterprise Resource Planning ou Planejamento dos Recur-
sos do Negócio) trata da integração dos departamentos das organizações,
facilitando o controle e planejamento; WMS´s (Warehouse Management
Systems ou Sistemas de Gerenciamento de Armazém) controla e otimiza a
movimentação de mercadorias.

Os sistemas de Rastreamentos (tecnologia embarcada) são utilizados para


rastrear as unidades móveis de diversos tipos modais; Roterizadores são utili-
zados para otimizar as rotas, proporcionando a menor dispersão de tempo e
quilometragem possível; Etiquetas RFID (Radiofrequency Identification Data
ou Identificação Via Radiofrequência) são também conhecidas como etique-
tas inteligentes, utilizadas para comunicação e identificação de produtos, via
rádio frequência, bem como a separação de mercadorias por comando de
voz, que utiliza a tecnologia RFID; RFDC - Radiofrequency Data Collection ou
Coleta de Dados por Radiofrequência, entre outros. Esses três últimos com
ajuda da microeletrônica, que desde 1968, a USP (Universidade de São Pau-
lo) vem desenvolvendo pesquisa para o avanço tecnológico. Essas tecnolo-
gias melhoraram bastante as relações entre fornecedores e empresas varejis-
tas, distribuidores e atacadistas, tornando possível interface na comunicação
de dados, a ponto dos fornecedores controlarem on-line, ou seja, em tempo
real, a necessidade do mercado, através do monitoramento dos estoques.

Aliado as ferramentas de marketing de relacionamento, cuja finalidade prin-


cipal é controlar o consumo de cada cliente final, a exemplo da utilizada
pelo grupo Wall Mart (Bom Club), pode se chegar a variadas características
de consumo de um determinado mercado. Hoje, podemos afirmar que a
logística brasileira está bem servida de tecnologias.

O ponto ainda vulnerável na Logística é o capital humano, que apesar do


conceito, relativamente novo no Brasil, em função do pouco tempo, foi me-
nos desenvolvido que as tecnologias. As organizações chegam a ponto de
ruptura do desenvolvimento por falta destes profissionais. Somente ao final
da década de 90, surgiram as graduações e especializações e até mesmo os
cursos de aperfeiçoamentos na área específica. Ainda hoje são mais utiliza-
das e valorizadas as experiências práticas que o conhecimento cientifico. O
que não é suficiente para atender o mercado competitivo e exigente que

Aula 18 – Evolução da logística 85 e-Tec Brasil


busca sempre a excelência e a eficácia no atendimento. Essa mão de obra
busca o conhecimento e especialização neste novo conceito, o que facilita
bastante em função da experiência prática, mas a existência de entidades
para esse fim ainda não é suficiente e fica limitado aos grandes centros.
Uma boa novidade foi a alteração da grade curricular de ensino de algumas
graduações voltado para gestão de negócios, que possibilitou a inclusão da
matéria de Logística. Enfim, a logística por ser uma unidade de “despesas”
é ainda a principal iniciativa de redução de custo de uma organização. Não
dá para falar em otimização dos recursos (produtividade), redução de custo,
sem antes pensar em Logística. Daí a necessidade de aliar conhecimento,
habilidade e atitude ao capital humano.

Resumo
Muitos autores consideram a cadeia de suprimentos como evolução da logística,
somente porque apresentam processos, às vezes, similares. A logística cresce e
se desenvolve no Brasil, a partir dos anos 1980, e se aperfeiçoou na década de
90. A evolução se dá à medida que os recursos vão se modernizando.

Atividades de aprendizagem
• Escreva a opinião dos autores que dizem que a cadeia de suprimentos é
a evolução da logística. E em seguida, dê a sua opinião e explique suas
razões.

e-Tec Brasil 86 Fundamentos da Logística


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Aula 19 – Aquisição e programação

Nesta aula compreenderemos os processos de aquisição e de


programação dentro do contexto logístico.

Ao final desta aula você será capaz de analisar os processos de


aquisição e de programação.

19.1 Introdução
No intuito de atingir um grau de serviços elevados, muitas vezes o profis-
sional da área de logística pode coordenar esforços com atividades que não
estão completamente sob seu controle. A aquisição, suprimento, obtenção
de matéria-prima são sinônimos, porém são processos que pertencem ao
setor de compras. Compete ao profissional de logística abastecer este setor
de informações para que o responsável por ele efetue o que for necessário
para a aquisição.

A programação de produção é tradicionalmente uma responsabilidade do


setor de transformação, ou seja, do profissional de produção industrial, a
exemplo do setor de aquisição. A grande responsabilidade do profissional
da logística é o envio das informações para este setor, que assim poderá
compor a programação. Porém é importante ressaltar que a administração
do setor de aquisição e o de produção tem impactos significativos nos ob-
jetivos logísticos. Cada vez mais, esses dois setores estão se tornando parte
das responsabilidades do pessoal de logística. Por isso, estes setores devem
se preocupar com os aspectos que envolvem aquisição e programação.

Certamente você deve estar pensando que a parte de aquisição é relativamen-


Figura 19.1: O ato de aquisição
te simples, pois é só verificar o menor preço e comprar. Sinto dizer que está está cada vez mais sob a res-
ponsabilidade do profissional
equivocado. Aquele que compra, compra de um fornecedor que já tem uma de logística
sistemática própria para que o comprador possa comprar da melhor forma, Fonte: www.trabalhando.com

visando atender as necessidades de volume, prazo de entrega e preço justo.

19.2 Programação
A maior dúvida em relação à programação da produção está em quanto
produzir, quando produzir e onde produzir. Isso geralmente ocorre devido

Aula 19 – Aquisição e programação 87 e-Tec Brasil


à capacidade de produção de uma empresa ser limitada e, muitas vezes,
geograficamente dispersa, e ainda à dificuldade de prover as mercadorias
certas no instante e local necessário para a manufatura. A programação da
matéria-prima para que o processo produtivo possa ter início, afeta direta-
mente a eficiência com que o processo de transformação é executado.

Podemos concluir que se o fluxo de materiais é fator crítico para a progra-


mação da produção, este não é apenas um problema da administração do
setor, mas envolve o pessoal de logística.

O profissional da logística preocupa-se muito mais com o plano agregado


de produção do que com o programa detalhado. Isso é muito comum em
executivos da área de logística. Ele precisa que os produtos para atender a
demanda estejam no lugar certo, no momento que for necessário.

O trabalho do profissional de logística às vezes ultrapassa o fato de cuidar


dos processos específicos da logística. Como vimos anteriormente, o traba-
lho de cada setor que constitui uma cadeia logística deve ser integrado e
com isso as responsabilidades da logística podem e vão interferir de forma
direta em setores que não dominamos, mas que somos capazes de adminis-
trar com uma visão logística.

Figura 19.2: Programação da produção tam-


bém é de responsabilidade do profissional de
logística junto ao de produção industrial.
Fonte: http://dbarbosaconsultoria.blogspot.com

19.3 C
 onceitos básicos de programação da
produção
Em seu livro Logística Empresarial, Ballou apresenta os conceitos básicos
de programação produtiva agregada, os fatores críticos da dinâmica do
fluxo de materiais e a responsabilidade do profissional de logística no pro-
cesso de produção.

e-Tec Brasil 88 Fundamentos da Logística


A seguir, detalhes dos conceitos básicos de programação da produção:

• As entradas:
A programação somente inicia se tivermos uma estimativa de demanda pre-
sente e futura, e conhecimento do que temos disponível agora.

• Lista de materiais:
Outro componente importante da programação da produção é a lista de
matérias-primas necessárias para que a manufatura ocorra.

• Lead time:
Este termo é muito usado na logística, e se refere ao tempo de espera entre
um pedido e uma reposição, a programação da produção depende disso
para que possa ter um planejamento visando minimizar erros.

• Custos:
Os custos usados para a programação da produção são os mesmos do contro-
le de estoques. Ou seja, há compensação de custos entre os custos associados
a liberar pedidos de suprimento para fornecedores externos, e para outras
divisões da mesma empresa muito antes das necessidades de fabricação.

Notou algo de semelhante nos conceitos que envolvem a programação da


produção e o trabalho do profissional da área de logística? Então, o trabalho
e responsabilidade da logística estão tomando dimensões cada vez maiores
nas empresas, setores que antes eram autossuficientes, hoje dependem da
orientação de um profissional da área. Isso prova e comprova que a profis-
são ganha importância cada vez maior. Também mostra como o trabalho in-
tegrado é a chave para o sucesso de qualquer processo logístico ou qualquer
que seja a cadeia logística.

Resumo
Os responsáveis pela aquisição são as pessoas do setor de compras, porém
sem o controle e as informações passadas pelos profissionais de logística, o
trabalho desses profissionais fica com uma lacuna difícil de ser preenchida.
O mesmo acontece com os profissionais da produção industrial, quando o
assunto é programação da produção, para tal serviço o profissional da área
de logística tem muito mais respostas.

Aula 19 – Aquisição e programação 89 e-Tec Brasil


Atividades de aprendizagem
• Pesquise a importância do profissional de logística no setor de marketing,
e mostre de que forma isso pode afetar a programação da produção.

Anotações

e-Tec Brasil 90 Fundamentos da Logística


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Aula 20 – O papel e o futuro do


profissional de logística

Nesta aula analisaremos o papel do profissional de logística


no mercado de trabalho e as oportunidades que aparecerão
concernentes à carreira.

Ao final desta aula você será capaz de compreender o importante


papel desse profissional.

20.1 O papel do profissional de logística


O profissional de logística, como vimos é o responsável pelo fluxo de ma-
teriais, otimização de recursos objetivando sempre reduzir os custos, au-
mentando a qualidade dos serviços. Além de todo o conhecimento técnico
em sua área de atuação, o profissional deve ter alguns atributos adicionais
visando um desempenho cada vez melhor.

Se existe hoje uma ferramenta administrativa estratégica para a empresa


esta é a logística, onde já existe investimento na formação de novos profis-
sionais, em todos os níveis da cadeia de suprimentos.

Vejamos alguns atributos para um bom profissional da área:

a) Capacidade de liderança:
O líder na logística tem papel de destaque na organização de negócio, Passa
a ser o profissional responsável pelos fornecedores, clientes e empresas ter-
ceirizadas na otimização de serviços e redução de custos. Nesta situação, o
desenvolvimento da liderança é essencial pra obter resultados satisfatórios.

b) Visão estratégica:
Os custos logísticos representam cada vez mais fator estratégico importante
para as empresas. A logística está muito além de ser um setor operacional
uma vez que através dela se consegue diferenciais competitivos. Em alguns
casos, vislumbrando oportunidades, o profissional que estiver apto a encarar
os desafios, conhecendo o plano estratégico da organização, tem tudo para
ser um profissional de sucesso.

Aula 20 – O papel e o futuro do profissional de logística 91 e-Tec Brasil


c) Visão globalizada:
Hoje as oportunidades estão em todas as partes, espalhadas pelo mundo
afora. Empresas grandes ou pequenas estão buscando mercados internacio-
nais para distribuir seus produtos acabados ou mesmo adquirir matéria-pri-
ma mais barata, ou mesmo aquelas que não existam no Brasil. O movimento
de materiais através de diferentes países cresce exponencialmente, aliado
com uma grande facilidade de comunicação que não existia antes. Um dos
principais diferenciais de um profissional logístico é saber o idioma inglês,
pois o mundo globalizado se comunica neste idioma. Qualquer empresa que
esteja apta a operar internacionalmente tem um funcionário com o domínio
deste idioma. Conhecer outros idiomas, entender e respeitar outras culturas,
e acompanhar os acontecimentos mundiais são alguns dos diferenciais para
o desempenho do profissional que atua na cadeia de suprimentos globais.

d) Conhecimento gerencial e organizacional:


Os processos logísticos estão completamente interligados com outras áreas
da empresa. A otimização dos processos e a adequação do serviço pela lo-
gística a outros setores só ocorrerá com uma visão gerencial e organizada.
Um processo pode parece adequado, mas quando for inserido no contexto
da cadeia de suprimentos, onde vários processos atuam com total interde-
pendência, podemos observar que não foi tão adequado assim. Por isso, o
profissional deve ter um conhecimento gerencial mais amplo investindo em
um treinamento que aborde as questões de conhecimento de organização
empresarial.

Figura 20.1: Estar preparado para ser um profissional


de logística exige bem mais que os conhecimentos es-
pecíficos. Vale à pena.
Fonte: http://ogerente.com/

e-Tec Brasil 92 Fundamentos da Logística


e) Interesse tecnológico:
A presença da tecnologia nos processos da cadeia de suprimento está cada
vez mais forte, e também se tornou um diferencial competitivo para muitas
empresas. Com ela se obtém uma produtividade nunca antes imaginada,
obtendo a redução de custos, agilidade na movimentação de materiais, e
informações estratégicas para a organização. O profissional inserido neste
cenário não pode ficar atrás da tecnologia.

20.2 O futuro do profissional de logística


A presença da logística no Brasil existe a pouco mais de 20 anos, e nunca um
profissional teve tanto destaque. Uma empresa que coloca um profissional
capacitado em outras áreas para gerenciar os processos logísticos, comete
sério erro. Cedo ou tarde essa empresa pode passar por uma consultoria, a
fim de ajustar o que está errado.

Com isso o profissional de logística se torna cada vez mais valorizado, inclu-
sive aparecendo as primeiras oportunidades de concurso público exclusivo
para Tecnólogos em Logística, que são os profissionais com nível superior.

A valorização desses profissionais está no fato de serem dinâmicos, criativos


e motivados em solucionar problemas e a superar novos desafios. A dificul-
dade serve como motivador e não como obstáculo profissional. Em geral,
são profissionais com boa capacidade de comunicação, hábeis na negocia-
ção e tem facilidade de trabalhar em equipe, além de alta flexibilidade e
adaptabilidade as mudanças.

As grandes e médias empresas, no setor da indústria e do comércio, estão


carentes de excelentes profissionais, nos níveis operacional, tático e estraté-
gico, que lhes proporcione o desenvolvimento de uma completa hierarquia
de cargos na área, comportando desde um estagiário ou trainee especializa-
do a um diretor ou vice-presidente de logística, permitindo o encarreiramen-
to de médio e longo prazo destes profissionais. Aos poucos o setor terciário
(bancos, hospitais, instituições de ensino, serviços públicos e a indústria do
lazer e do entretenimento) se renderá à ciência logística, se constituirá num
excelente e promissor mercado. A própria abrangência da área de Logística,
ultrapassando os limites da atividade de transportes e distribuição, se esten-
derá ao PPCP, Gestão do Pedido do Cliente, Gestão de Compras, Gestão
PPCP
dos Estoques, Movimentação e Armazenagem, Logística Estratégica, Gestão Planejamento e Controle da
dos Transportes, etc. Criará infinitas combinações de oportunidades futuras Produção

Aula 20 – O papel e o futuro do profissional de logística 93 e-Tec Brasil


para os profissionais da área. Portanto, se você ainda tinha alguma dúvida
em seguir por uma área que até então era sinônimo de expedição e trans-
porte, não fique mais. Aproveite a excelente oportunidade que está à sua
frente. E se você já atua na área, continue insistindo; os bons frutos não
demorarão a serem colhidos.

Resumo
Os profissionais da área de logística estão cada vez mais sendo requisita-
dos e recebendo valorização do mercado, inclusive com o surgimento de
concursos públicos onde começam a ser ofertadas vagas exclusivas para o
profissional da área.

Atividades de aprendizagem
• Pesquisar todos os atributos necessários para os profissionais de logísti-
ca. Entreviste um profissional de uma empresa em que ele diga o que se
espera de um profissional da área.

e-Tec Brasil 94 Fundamentos da Logística


-

Referências

BALLOU, Ronald. Logística Empresarial. São Paulo: Atlas, 1993.

DIAS, Marco Aurélio. Administração de Materiais. São Paulo: Atlas,1993.

Referências de sites

ÂNGELO, Lívia B. Indicadores de Desempenho Logístico. Disponível em: http://


pessoal.utfpr.edu.br/anacristina/arquivos/A6%20TextoIndicadores.pdf. Acesso em 21
maio 2011. E-mail: liviabangelo@hotmail.com.

SANTOS, Josival Novaes. Evolução Logística no Brasil. Disponível em: http://www.


administradores.com.br/informe-se/artigos/evolucao-logistica-no-brasil/13574/. Acesso
em 22 maio 2011.

Referências das figuras

Figura 1.1 - Alexandre, o Grande


Fonte:http://www.umserpensante.co.cc/wp/os-3-ultimos-pedidos-de-alexandre-o-grande/552

Figura 1.2 - Organização do Egito Antigo


Fonte:http://bionikos.blogspot.com/2010/05/arte-part-1-egito-antigo.html

Figura 1.3 - Napoleão em Moscou


Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Campanha_da_Rússia_(1812)

Figura 2.1 - O investimento em alguns setores da logística é considerável


http://jornale.com.br/mirian/?p=4166

Figura 3.1 - Precariedade de vias é um sério problema para a logística


Fonte:http://acertodecontas.blog.br/atualidades/cnt-aponta-problemas-em-74-das-rodovias-do-pais/

Figura 4.1 - Estoque, parte da logística fundamental no varejo.


Fonte:http://marquesi-newsletter.blogspot.com/2008/03/gesto-de-estoques-e-compras-no-varejo.html

Figura 5.1 - Transportes representam de 45 a 50% dos gastos logísticos dentro de uma empresa.
Fonte: http://noticiaweb.info/logistica-nao-e-so-transporte

Figura 5.2 - O estoque assume o papel de atividade primária consumindo importante fatia do que se gasta com logística.
Fonte:http://www.logisticadescomplicada.com/reduzir-os-estoques-para-melhorar-os-custos

Figura 5.3 - A eficiência do sistema de informação usado pelas empresas é de fundamental importância para o sucesso de
seu planejamento.
Fonte: http://www.lexcompany.com.br/callcenter.asp

Figura 7.1 - À esquerda temos a estrutura de um armazém e à direita um estoque de arroz.


Fonte:http://www.bahianoticias.com.br/noticias/2008/5/5/noticia.html

Figura 7.2 - O estoque pode agregar valor ao seu produto


Fonte: http://www.ladderti.com.br

Referências 95 e-Tec Brasil


Figura 8.1 - Sistema de informações é a base logística para se evitar perdas.
Fonte:http://www.hoteliernews.com.br/HotelierNews/Hn.Site.4/NoticiasConteudo.aspx?Noticia=52448

Figura 10.1 - O avanço do marketing e o avanço da tecnologia da informação foram fatores principais para o desenvolvi-
mento da logística empresarial - I
Fonte:http://josekuller.wordpress.com/2008/07/17/as-artes-plasticas-na-decada-de-60-e-em-maio-de-68/

Figura 10.1 - O avanço do marketing e o avanço da tecnologia da informação foram fatores principais para o desenvolvi-
mento da logística empresarial - II
Fonte:http://www.carroantigo.com/portugues/conteudo/fotos_60.htm

Figura 12.1 - Exemplos de embalagens primárias


Fonte: http://www.matrizdesenho.com.br/pt/uniliver_fs

Figura 12.2 - Exemplo de embalagem secundária.


Fonte: http://www.inpev.org.br/responsabilidades/triplice_lavagem/tipos_embalagens/tipos_embalagens.asp

Figura 12.3 - Exemplo de embalagem terciária.


Fonte:http://www.solostocks.com.br/venda-produtos/empacotamento-embalagens-logistica/embalagens-sacos-caixas/
embalagem-para-transporte-de-pedras-203891

Figura 13.1 - Alguns dos principais processos logísticos e a ordem do fluxo de materiais.
Fonte: Elaborado pelo autor

Figura 13.2 - Mostra o ciclo avaliativo de cada processo.


Fonte: http://www.sunnver.com.br/joomla/index.php?option=com_content&view=section&layout=blog&id=15&Item
id=59

Figura 14.1 - Malha ferroviária americana.


Fonte: http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=16858

Figura 14.2 - Malha ferroviária brasileira.


Fonte: http://isape.wordpress.com/2010/10/03/infraestrutura-panorama-das-areas-de-transporte-telefonia-e-energia-que-
-o-novo-presidente-encontrara-no-brasil/

Figura 15.1 - A triagem faz parte da distribuição física


Fonte:http://www.microservice.com.br/ps/opticalmedia/Paginas/home.aspx

Figura 15.2 - A figura do varejista é necessária para atender os consumidores finais.


Fonte: http://ideiacorporativa.blogspot.com/2011/05/taxas-de-cartoes-de-credito-ideias-de.html

Figura 16.1 - Fluxos típicos de bens de informações num canal de suprimentos


Fonte: Ronald Ballou, Logística Empresarial – Editora Atlas página 60 – 1997

Figura 16.2 - Atuação da administração de materiais


Fonte:http://tijolossa.blogspot.com/2009/04/gerencia-de-materiais.tml

Figura 19.1 - O ato de aquisição está cada vez mais sob a responsabilidade do profissional de logística.
Fonte:http://www.trabalhando.com/detallecontenido/idnoticia/6790/c/empresa/seja-adquirido.html

Figura 19.2 - Programação da produção também é de responsabilidade do profissional de logística junto ao de produção
industrial.
Fonte: http://dbarbosaconsultoria.blogspot.com

Figura 20.1 - Estar preparado para ser um profissional de logística exige bem mais que os conhecimentos específicos. Vale
à pena.
Fonte:http://ogerente.com/logisticando/2006/10/20/caracteristicas-do-profissional-de-logistica/

e-Tec Brasil 96 Introdução à Logística


-

Atividades autoinstrutivas

1. Marque a alternativa que melhor define a logística:

a) Planejamento do fluxo de materiais.


b) Planejamento do transporte de cargas.
c) Planejamento do estoque.
d) Planejamento de compras.
e) Planejamento de contratações.

2. Qual processo logístico aparentemente ficou carente em planeja-


mento na campanha de Napoleão na Rússia?

a) Transporte.
b) Distribuição.
c) Estoque.
d) Fornecedor.
e) Compras.

3. Assinale a alternativa que indica um importante suporte, de res-


ponsabilidade governamental, ao trabalho da logística:

a) Preço mais baixo.


b) Transporte.
c) Infraestrutura de transporte.
d) Pedágios.
e) Polícia Rodoviária.

4. O que vem a ser malha viária?

a) Rede de conhecimentos.
b) Vias que se cruzam.
c) Intersecção de vias.
d) Estrutura como rodovias, ferrovias, hidrovias, etc.
e) Malha de impostos aplicados à logística.

Atividades autoinstrutivas 97 e-Tec Brasil


5. Assinale a alternativa que considera a logística vital para as em-
presas:

a) Otimiza os valores de transporte.


b) Gera empregos onde antes não havia.
c) Elimina possibilidades de erros.
d) Aumenta os custos operacionais.
e) Otimiza recursos e aumenta a qualidade dos serviços.

6. Assinale a alternativa CORRETA que indica a primeira informação


que o profissional deve ter para começar um planejamento logístico:

a) Sobre o tamanho do estoque.


b) Sobre os recursos disponíveis.
c) Sobre a demanda do produto.
d) Sobre o modal de transporte disponível.
e) Sobre a matéria-prima disponível.

7. Por que a globalização afeta a logística?

a) Para a cobrança de taxas.


b) Com novas oportunidades fora do país.
c) Com taxas de embarque nos meios de transportes.
d) Com redução dos processos logísticos.
e) Aumento da economia local.

8. No Brasil, qual o principal problema enfrentando pela logística?

a) Infraestrutura das rodovias.


b) Falta de mão de obra.
c) Grande concorrência entre empresas.
d) Falta de mercadorias para frete.
e) Grandes malhas ferroviárias.

e-Tec Brasil 98 Introdução à Logística


9. A melhor forma de a logística auxiliar o comércio é apresentando:

a) produtos em melhores condições e melhores preços.


b) produtos no tempo certo na casa do consumidor.
c) mais opções para o transporte de mercadorias.
d) mais opções de estruturas de armazenagem.
e) mais opções de mão de obra qualificada.

10. Identifique a alternativa que define processos logísticos.

a) Processos judiciais contra profissionais logísticos.


b) Atividades do setor de transportes.
c) Processos de manufaturas.
d) Atividades de cada setor da logística.
e) Atividades primárias da logística.

11. Assinale a alternativa que indica as atividades primárias da logística.

a) Transporte, Estoque e Tecnologia da Informação.


b) Estoque, transporte e suprimentos.
c) Estoque, armazenagem e suprimentos.
d) Processos de pedidos, vendas e compras.
e) Manutenção de estoques e preços baixos.

12. A
 ssinale a alternativa CORRETA que representa a atividade pri-
mária da logística.

a) Estoques.
b) Transportes.
c) Sistemas de Informações.
d) Contratação.
e) Implementação de controle.

Atividades autoinstrutivas 99 e-Tec Brasil


13. A
 ssinale a alternativa que explica por que algumas pessoas con-
fundem logística com transporte.

a) Porque realmente logística é transporte.


b) Porque transporte é a maior atividade da logística.
c) Porque algumas empresas de transporte trocaram seu nome para logística.
d) Por ordem judicial transporte é logística.
e) Pelo grande número de caminhões nas ruas.

14. A
 ssinale a alternativa que define a importância do Transporte
para a Logística.

a) Movimentação de mercadorias.
b) Cobrança de frete.
c) Planejamento de transporte.
d) Identificação de novos talentos.
e) Oportunidade de desenvolvimento de produtos.

15. Assinale a opção que representa o modal dutoviário:

a) Rodovias.
b) Ferrovia.
c) Porto.
d) Gasoduto.
e) Aeroporto.

16. Principal característica do modal Ferroviário:

a) Ágil.
b) Rápido.
c) Energeticamente econômico.
d) Perigoso.
e) Grau de avaria do produto é baixo.

e-Tec Brasil 100 Introdução à Logística


17. Assinale a atividade primária que tem como função disponibilizar
o produto no tempo certo:

a) Transporte.
b) Sistema de Informação.
c) Estoques.
d) Processamento de Pedidos.
e) Profissionais qualificados.

18. Assinale a atividade própria do estoque:

a) pesagem da mercadoria.
b) controle do que entra e sai.
c) etiquetagem.
d) manufatura.
e) movimentação.

19. Complete: O estoque agrega valor .

a) de tempo.
b) estético.
c) de identidade.
d) qualidade.
e) de status.

20. Assinale o processo logístico responsável por manufaturar o produto:

a) Estoque.
b) Transformação.
c) Transporte.
d) Compras.
e) Fornecedores.

Atividades autoinstrutivas 101 e-Tec Brasil


21. A
 ssinale a alternativa que representa a área responsável por
manter os setores integrados:

a) Estoques.
b) Demanda.
c) Tecnologia da Informação.
d) Marketing.
e) Vendas.

22. A
 ssinale o processo logístico considerado atividade primária que
menos custa dentro de uma cadeia logística.

a) Estoque.
b) Transporte.
c) Embalagem.
d) Armazém.
e) Processamento de Pedidos.

23. A
 ssinale a alternativa CORRETA que identifica as atividades prin-
cipais de apoio para o transporte:

a) manuseio de materiais e embalagem de proteção.


b) produção e estoque.
c) processamento de pedidos e faturamento.
d) armazenagem e pedidos.
e) compras e vendas.

24. A
 ssinale a alternativa que identifica as atividades de apoio ao
estoque:

a) produção e estoque.
b) programação do produto e manutenção de informações.
c) transporte e movimentação.
d) armazenagem e processamento de pedidos.
e) compras e vendas.

e-Tec Brasil 102 Introdução à Logística


25. A
 ssinale a alternativa que aponta uma necessidade da sociedade
moderna suprida pela logística.

a) energia.
b) carros.
c) harmonia na vizinhança.
d) produtos certos no momento certo e sem avarias.
e) distribuição.

26. A
 ssinale a alternativa que mostra o período, considerado pelos
estudiosos, como marco do desenvolvimento da logística:

a) período de Alexandre, o Grande.


b) anos de 1990 a 2000.
c) anos de 1960 a 1970.
d) anos de 1935 a 1945.
e) anos de 1980 a 1990.

27. Identifique a alternativa CORRETA que considera a década da se-


mimaturidade da logística.

a) 1990.
b) 1980.
c) 2000.
d) 2010.
e) 1970.

28. A embalagem representa uma interface da logística com a área de:

a) produção.
b) vendas.
c) recursos humanos.
d) marketing.
e) finanças.

Atividades autoinstrutivas 103 e-Tec Brasil


29. O
 layout de onde o produto será manufaturo, é uma interface
entre:

a) marketing e logística.
b) logística e recursos humanos.
c) logística e finanças.
d) produção industrial e logística.
e) marketing e produção.

30. Impostos representam um trabalho de parceria entre as áreas de:

a) marketing e vendas.
b) finanças e logística.
c) administração e logística.
d) logística e compras.
e) compras e vendas.

31. A
 ssinale a alternativa que identifica os tipos de embalagens uti-
lizadas pela logística.

a) primárias, secundárias e terciárias.


b) para caminhão e trem.
c) para transporte de avião.
d) para unitização da carga.
e) para transporte de navio.

32. As embalagens primárias têm como principal função:

a) Divulgar o produto.
b) Proteger a integridade do produto.
c) Unitizar várias unidades do produto.
d) Agregar valor ao produto.
e) Proteger várias unidades do mesmo produto.

e-Tec Brasil 104 Introdução à Logística


33. Embalagens retornáveis exigem um planejamento de:

a) vendas.
b) compras.
c) logística de estoques.
d) logística reversa.
e) logística de mercado.

34. I dentifique a alternativa CORRETA que serve para mensurar ativi-


dades em uma empresa:

a) Avaliação logística.
b) Indicadores de desempenho.
c) Valores de mercado.
d) Demanda.
e) Histórico de vendas.

35. O modal de transporte ferroviário é indicado para:

a) pequenas distâncias.
b) pequenos volumes.
c) grandes distâncias.
d) produtos perecíveis.
e) produtos de alto valor.

36. A
 ssinale a alternativa que (apenas uma) representa uma interfa-
ce entre a produção e a logística:

a) Embalagem.
b) Processamento de Pedidos.
c) Redução de Custos.
d) Transporte.
e) Estoque.

Atividades autoinstrutivas 105 e-Tec Brasil


37. A
 ssinale a alternativa CORRETA que representa um processo
logístico:

a) Atendimento ao cliente.
b) Pesquisa de mercado.
c) Escolha de outdoor.
d) Estoque de matéria-prima.
e) Contas a receber.

38. O
 modal de transporte mais indicado para regiões de dimensões
continentais é:

a) Ferroviário.
b) Rodoviário.
c) Dutoviário.
d) Caminhões.
e) Navios.

39. A
 ssinale a alternativa que representa o processo logístico respon-
sável pela entrega da mercadoria ao cliente.

a) Transporte.
b) Estoque.
c) Distribuição física.
d) Fornecedores.
e) Produção.

40. Assinale a alternativa que representa um tipo de distribuição física.

a) Marítimo.
b) Sistema próprio de vendas.
c) Ferroviário.
d) Rodoviário.
e) Terrestre.

e-Tec Brasil 106 Introdução à Logística


41. A área da Administração mais próxima da Logística é:

a) Administração da Produção.
b) Administração Financeira.
c) Administração Orçamentária.
d) Administração de Materiais.
e) Marketing.

42. A
 ssinale a alternativa CORRETA que identifica para que tipo de
empresas a logística não tem muita importância:

a) Bancos.
b) Transportadoras.
c) Produtores de leite.
d) Produtores de frutas.
e) Produtores automobilísticos.

43. A
 ssinale a alternativa que mostra a empresa onde a logística tem
participação fundamental:

a) Casas lotéricas.
b) Cabeleireiro.
c) Costureira.
d) Produtor de sabonete.
e) Instituição escolar.

44. A logística reversa é responsável por:

a) venda de produtos.
b) atendimento no balcão.
c) atendimento do pós venda.
d) atendimento primário.
e) planejamento da logística empresarial.

Atividades autoinstrutivas 107 e-Tec Brasil


45. Assinale o sinônimo de aquisição segundo a logística:

a) obtenção.
b) fornecedor.
c) produtor.
d) cliente.
e) consumidor.

46. A
 principal atividade do profissional de logística no setor de pro-
dução é:

a) planejamento da produção.
b) calibragem das máquinas.
c) ajuste fino de iluminação.
d) layout do setor.
e) fluxo elétrico.

47. A definição CORRETA de lead time é:

a) tempo de entrega.
b) representação de fornecedor.
c) setor de compras.
d) tempo de viagem .
e) tempo da demanda.

48. A
 ssinale a alternativa que identifica o nome do setor responsável
em enviar as informações necessárias ao setor de produção para
que este possa efetuar o planejamento.

a) marketing.
b) estoque de matérias primas.
c) estoque de produtos acabados.
d) distribuição física.
e) transporte.

e-Tec Brasil 108 Introdução à Logística


49. O
 processo logístico ligado a movimentação de produtos no es-
toque:

a) administração de materiais.
b) estoque.
c) armazenagem.
d) transporte.
e) distribuição.

50. A
 ssinale a alternativa que identifica para qual atividade logística
os estoques proporcionam uma boa economia.

a) transporte.
b) produção.
c) fornecedores.
d) compras.
e) vendas.

Atividades autoinstrutivas 109 e-Tec Brasil


-

Currículo do professor-autor

Glavio Leal Paura


Licenciado em Física (2002), Especialista em Logística Empresarial e Interna-
cional (2004) e Mestre em Engenharia da Produção (2005) pela Universidade
do Estado do Rio de Janeiro

É professor desde 1999 e professor universitário desde 2004, tem trabalhos


publicados na área de Logística e em Física. Recentemente foi convidado a
participar como delegado da Conferência Européia de Logística e Supply
Chain 2010 em Praga.

Currículo do professor-autor 111 e-Tec Brasil

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