Programas Nutricionais Frangos de Corte
Programas Nutricionais Frangos de Corte
Programas Nutricionais Frangos de Corte
Pirassununga
2013
RENATA BARBIERI TREVISAN
“Versão corrigida”
Pirassununga
2013
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Roberto Trevisan e Olga Maria Barbieri Trevisan, de meus irmãos Daniel e Luciana,
transmitidos e dedicação.
Cláudio por toda dedicação e amizade. Obrigada por todo auxílio na condução do
experimento.
comprometimento de vocês.
A minha companheira Raquel que suportou todo meu mau humor, agradeço por ter
A realização desta dissertação marca o fim de uma importante etapa da minha vida.
Gostaria de agradecer a todos aqueles que contribuíram de forma decisiva para esta
concretização e principalmente a Deus pela vida e por toda saúde que tenho.
RESUMO
TREVISAN, R.B. Feeding programs and their effects on broiler performance and
economic indexes. 2013. 82p. M.Sc. Dissertation – Faculdade de Zootecnia e
Engenharia de Alimentos, Universidade de São Paulo, Pirassununga, 2013.
randomized experimental design with 5 treatments and 8 replicates with 30 birds per
experimental unit. The feeding programs consisted of: Cobb 500® Manual (2008);
NRC (1994); Rostagno et al. (2005); Rostagno et al. (2011) and Rostagno et al.
(2011) modified. Feed intake, body weight, weight gain, feed conversion, viability,
characteristics were evaluated in the period from 1 to 46 days of age. The gross
trade margin was calculated for economic analysis. The results were evaluated
based on a variance analysis, and the Tukey test (P<0.05) was used to compare
treatment means. It is concluded that the feeding program based on the Cobb 500®
manual (2008) showed the best trade gross margin, while NRC [1994] the worst.
the Cobb 500® manual (2008) should be used as a means of achieving greater
Figura 5. Eletrochoque (A), corte veia jugular (B), sangria (C), escalda (D),
depenação (E) e evisceração (F) das aves .......................................................... 48
Tabela 15. Custos médio das dietas (CMD) e margem bruta de comercialização
(MB) em função dos programas nutricionais e preços médios corrigidos ............ 65
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CA Conversão alimentar
CC Conversão calórica
CE Consumo de energia
CR Consumo de ração
CV Coeficiente de variação
EM Energia metabolizável
g Gramas
GP Ganho de peso
Kcal Quilocaloria
Kg Quilograma
m Metro
m2 Metro quadrado
mcg Micrograma
mg Miligrama
PB Proteína bruta
PC Peso corporal
UI Unidade Internacional
VC Viabilidade criatória
LISTA DE SÍMBOLOS
® Marca Registrada
± Mais ou Menos
< Menor
°C Graus Celsius
% Porcentagem
+ Sinal de adição
/ Sinal de divisão
= Sinal de igualdade
x Sinal de multiplicação
- Sinal de subtração
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 16
5. CONCLUSÕES ................................................................................................ 67
6. REFERÊNCIAS ................................................................................................ 68
7. ANEXOS .......................................................................................................... 81
16
1. INTRODUÇÃO
de produtividade e de ajuste na sua organização que a colocam como uma das mais
variações nos preços das principais matérias primas, como o milho e a soja, é
necessário definir estratégias que dêem melhores resultados financeiros. Para isto é
das rações oferecidas às aves (MOOSAVI et al., 2011). Algumas destas tecnologias
são a determinação de níveis nutricionais para cada fase de criação. Para conseguir
objetivos. Esse quadro impõe um desafio aos formuladores de rações, isto porque
corte atuais de alto rendimento são diferentes daquelas criadas há alguns anos e
2. REVISÃO DE LITERATURA
rações para frangos de corte e que, encontrar os níveis ótimos dos nutrientes para
nutricionais das aves para ajustar os nutrientes das rações, resultando em uma
recebem diferentes rações de acordo com a idade, fato importante, pois durante o
crescimento das aves ocorrem alterações nas exigências nutricionais das mesmas.
basear-se nas recomendações das tabelas publicadas nos Estados Unidos (SCOTT
mediante a divisão das rações com base na fase de criação das aves em dias com
ração pré-inicial) e ainda o programa de cinco fases, com uma pré-inicial e duas de
nos quais um grande número de dietas é fornecido às aves durante sua criação.
Porém vale ressaltar que a divisão em muitas fases pode se tornar inviável
custo de produção. Shiroma et al. (1996) concluíram que frangos de corte, durante o
fases.
de uma dieta para o primeiro dia e diluída proporcionalmente a cada dois dias com
uma dieta para o dia 56. Com base nos dados referentes ao desempenho, o autor
de 28 rações.
iniciais, foi observado que as aves são capazes de se adaptar a regimes alimentares
programa alimentar com quatro dietas foi o que proporcionou menor custo/kg de
21
desempenho para frangos de corte (ZÚNIGA et al., 1994; ARAÚJO et al., 1999).
Segundo Nir (1998) e Penz e Vieira (1998), manter a dieta pré-inicial por períodos
superiores a sete dias compromete seus benefícios, visto que a partir desse período
digestório.
corte varia enormemente de país para país, com metas que se baseiam na
níveis de aminoácidos acima das exigências reais das aves. Com isso, o excesso de
até ácido úrico, subindo o nível desse composto no sangue. Além disso, parte da
proteína na ração não significam apenas alto custo da formulação, mas também
em aminoácidos totais (ROSTAGNO et al., 1995). Esse tipo de formulação tem sido
dieta como o desempenho dos frangos de corte (LEANDRO et al., 2003; CORRÊA et
al., 2008).
1998). De acordo com o NRC (1994), pode-se definir a energia dos alimentos não
como um nutriente, mas como uma propriedade dos nutrientes de render energia
excluindo as suas perdas com fezes e urina, aproximando desta forma do valor de
energia que será efetivamente utilizado pelo animal nos seus requerimentos
significativa para ganho de peso com níveis de energia variando entre 2700 a 3300
constante para todas as aves, os mesmos autores verificaram maior peso corporal
(PC) e melhor CA nas aves que receberam níveis mais elevados de energia.
Utilizando quatro níveis de EM (2990, 3050, 3200, 3350 kcal EM/kg de ração)
foram melhores para aves alimentadas com níveis mais elevados de EM.
foram estudados por Sakomura et al. (2004) com o objetivo de avaliar seus efeitos
da ração. No entanto, Silva Filho et al. (2004) trabalhando com machos e fêmeas de
22 a 42 dias de idade, recebendo seis níveis de EM (3000, 3050, 3100, 3150, 3200 e
3250 kcal) não observaram efeito sobre o CR, a CA e o GP dos frangos de corte o
que pode ser justificado pela pequena diferença entre os níveis de energia
metabolizável estudados (50 kcal). Araújo et al. (2005) observou que o GP aumentou
e a CA melhorou com o aumento dos níveis de EM (3200, 3400 e 3600 kcal EM/kg
idade.
(ZAVIESO, 2000).
ótimo crescimento e utilização dos alimentos, compostos por lisina, histidina, leucina,
crescimento.
corte, Dean et al. (2006) observaram que rações contendo 16,2% de PB, mesmo
ração contendo 16,2% de PB, esses autores observaram ganho de peso similar ao
21 a 42 dias de idade, alimentados com rações com 20; 18,5 ou 17% de PB,
(2005) utilizando rações com 22; 20 ou 18% de PB e Tabeidian et al. (2005) com
pelo NRC (1994), não encontraram influência dos níveis de PB avaliados no GP, CR
al., 2006).
avanço da idade das aves. Os fatores que determinam as exigências são: a redução
estão presentes na ração em uma concentração inferior à exigida pelos animais para
al. (2005) informa que na maioria das formulações para frangos de corte, a
produção das aves, tendo como principal função a síntese de proteína muscular
(AJINOMOTO, 2012).
crescimento e final, verificadas na edição de 2005 das Tabelas Brasileiras para Aves
final, respectivamente.
desempenho médio são 0,944; 0,814; 0,773 e 0,732%, com relações metionina +
respectivmente.
0,38% e 0,72%.
importante à medida que a idade dos animais avança, pois a proporção da exigência
sintética (BERRES et al., 2007). Baixo conteúdo de treonina é encontrado nos grãos,
fábricas de rações para aves. Num futuro breve espera-se que a L-Valina também
com cerca de 42 dias e um peso médio de 2,5 kg (MENDES et al., 2004). Porém
tais números.
pela genética, mas a composição da carcaça pode ser afetada pela nutrição e pelo
(BRITO, 2007).
Deve-se atentar à nutrição dos pintos nas primeiras semanas de vida, pois
gordura corporal, que esta relacionada com a maturidade relativa e que ocorre na
maioria dos animais (BRITO, 2007). Quando se aumenta o nível energético da dieta
2001). Mendes et al. (2004) avaliaram diferentes níveis de EM (2900, 2960, 3020,
3080, 3140, 3200 kcal EM/kg) sobre a deposição de gordura abdominal em frangos
corte. Por outro lado, Araújo et al. (2005) não observaram efeitos dois níveis de EM
significativo dos níveis de EM (2900, 3100 e 3300 kcal EM/ kg) em frangos de corte
aos 42 dias de idade. Por outro lado, Araújo et al. (2005) trabalhando com níveis
carcaça dos frangos (aos 55 dias de idade) que receberam rações com maiores
níveis energéticos (3400 e 3600 kcal/kg) quando comparados com aqueles que
aos 49 dias de idade. Por outro lado, este resultado difere dos encontrados por
Moran Jr. et al. (1992) e Kolling et al. (2005), que encontraram menor peso absoluto
Kolling et al. (2005) verificaram menor peso de peito em frangos alimentados com
carcaça são perfeitamente possíveis, se ocorrer limitação de lisina, pois seu teor é
carne de peito representa cerca de 30% do total de carne no frango e 50% do total
genético das aves, os nutricionistas buscam rações mais econômicas que atendam
custo total de produção, tendo as fontes protéicas grande contribuição neste valor,
primas de boa qualidade, tais como o milho farelo de soja, para a indústria de rações
milho e farelo de soja, que são ingredientes primordiais em alimentação das aves. A
decisões mais importantes na hora de formular dietas para frangos de corte são
grande tanto no custo da dieta como nos lucros obtidos com os frangos de corte.
formular rações de custo mínimo, são medidas que resultam em maior eficiência na
produção avícola.
conceito de proteína bruta. As dietas formuladas por proteína ideal mesmo custando
Ao contrário das vitaminas e minerais, que são fornecidos como suplementos para
além das exigências dos animais. Os preços dos ingredientes completam os dados
para a decisão dos níveis a serem utilizados para otimizar determinado parâmetro de
produção. As variações nos preços desses ingredientes podem fazer com que os
1996).
35
3. MATERIAL E MÉTODOS
comercial Cobb 500®, com peso inicial médio de 44,50 g, provenientes de matrizes
distribuição das aves foi em delineamento inteiramente casualizado (DIC), com cinco
com 24 horas de luz/dia. Para o aquecimento das aves até o 15º dia foram utilizadas
galpão também era equipado com cortinas laterais e dois ventiladores acionados
250 Watts.
Newcastle via ocular. Ração e água foram fornecidas à vontade durante todo o
período experimental.
22 dias (fase inicial), 23 a 42 dias (fase crescimento) e 43 a 46 dias (fase final). Para
teores de matéria seca, proteína bruta e extrato etéreo do milho e farelo de soja
semanalmente como consumo de ração (CR), peso corporal (PC), ganho de peso
ave.
O GP foi calculado pela diferença entre o peso médio das aves ao final do
somadas com o peso final, e deste resultado é subtraído o peso inicial da unidade
experimental.
VC = 100% - % mortalidade
As aves ficaram em jejum de alimento por 8 horas. Após este período foram
carcaça eviscerada (com cabeça, pés e pescoço) foi resfriada por 24 horas. Após
este período foram obtidos os cortes de asa, coxa, sobrecoxa e peito sem pele e
osso. Todos estes cortes, como também a carcaça eviscerada foram pesados em
modificações.
48
A B
C D
E F
Figura 5 – Eletrochoque (A), corte veia jugular (B), sangria (C), escalda (D),
plantar foi realizada por meio da observação da integridade do coxim plantar das
versão 9.2). Para comparação entre as médias dos tratamentos utilizou-se o teste de
(2009). O cálculo do CMD foi feito através do custo da dieta e do consumo de ração
frango foram levantados junto ao mercado, no mês de janeiro de 2012 (Tabela 8), e
para o mês de janeiro de 2012; e o INPCt o índice para o mês t. Os preços corrigidos
encontram-se na Tabela 8.
seguinte fórmula:
1,92 R$/kg), CDi o custo da dieta (em R$/kg) consumida pelo frango i no período
total do experimento, GPTi o ganho de peso total e CRTi o consumo de ração total.
probabilidade.
53
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
características peso corporal (PC) e ganho de peso (GP), houve diferença estatística
trabalho de Araújo et al. (1999) foi observado que o peso dos frangos que
receberam ração inicial foi inferior ao encontrado para frangos alimentados com
dieta pré-inicial até os sete dias. O menor GP do T2 talvez pode ter sido influenciado
pela composição energética da ração. Como citado por Duarte et al. (2006), o nível
das aves são atendidas com menor consumo alimentar; e segundo, a taxa de
resultados abaixo do esperado, de acordo com os manuais. Este fato pode ser
pleno verão. Segundo Abu-Dieyeh (2006), ao sofrerem estresse por calor, as aves
(P<0,05) para CR. Este tratamento possui um nível protéico mais baixo que os
demais, e as aves que consumiram esta dieta podem ter aumentado seu consumo
também refletiu na piora da CA. Nesse mesmo sentido, Rocha et al. (1999), em
estudo sobre os níveis de proteína bruta (20, 23 e 26%) para frangos de 1 a 7 dias,
55
melhores para a dieta contendo 23% de proteína bruta. Porém vários pesquisadores
(HAN et al., 1992; BRAGA e BAIÃO, 1999; FARIA FILHO et al., 1999; TOLEDO et
al., 2004) observaram que a redução dos níveis de proteína, na fase inicial,
desempenho das aves. Aletor et al. (2000) indicam que quando a proteína é
sanguínea, que, para serem metabolizados gastam energia extra. Quanto ao CR, os
prejudicado o consumo das aves. Este resultado esta de acordo com Reginatto et al.
efeito dos níveis energéticos para desempenho. Já Mendes et al. (2004) avaliaram o
para permitir o atendimento das necessidades nutricionais das aves e também para
CA das aves, resultado este que corrobora com Mendes et al. (2004) que também
receberam ração com nível mais alto de aminoácidos sulfurosos tiveram melhor
desempenho. Nos estudos de Barboza et al. (1998) e Pesti et al. (1999), níveis mais
CA. Resultados semelhantes foram encontrados por Araújo et al. (2002), que ao
diminuição do CR.
cistina digestível e a uma relação de 72% com a lisina digestível, para melhor
com a lisina digestível, para melhores resultados de CA. Neste trabalho as rações
74,6% com a lisina digestível no tratamento 5. Alguns autores relatam que o excesso
GP, CR, VC e IEP, não apresentaram diferença (P<0,05). Para CA, o tratamento 1
foi o que apresentou o pior resultado. Para o CE, pode-se observar que o tratamento
experimental), entre as variáveis PC, GP, CR, CA, VC e IEP, não houve diferença
aminoácidos digestíveis.
dieta de crescimento (21 a 42 dias) e para 0,85% na fase final (42 a 49 dias),
diminuição esta que parece muito acentuada e que vários autores têm procurado
influenciou também a CA no período total. As aves que consumiram esta dieta, com
nível protéico mais baixo, aumentaram o CR. Isto pode ter ocorrido na tentativa de
suprir alguma deficiência nutricional. O nível energético mais baixo desta dieta
efeito oposto foi observado por Braga e Baião (2001), Mendes et al. (2004) e Duarte
et al. (2006) que, ao avaliarem dietas na fase final com diferentes níveis energéticos,
observaram que o maior nível energético determinou melhor CA. Porém, Lima et al.
(2008) observaram que a CA, tanto dos machos quanto das fêmeas, nos períodos
Como observado por Rodrigueiro et al. (2000), não houve efeito significativo
resultado este que corrobora com o proposto por Oliveira Neto et al. (2000), Leandro
et al. (2003) e Araújo (2010). Pesti e Miller (1997) justificam o aumento do consumo
Araújo (2010), em que observou que o maior CE, com o aumento da energia da
dieta, não proporcionou uma melhora linear na CC. Dozier et al. (2006), embora não
59 dias de idade. Reginatto et al. (2000) também observaram que dietas de baixa
energia foram inferiores às dietas com alta energia no que diz respeito à CC
(P<0,01), sendo consumida mais energia por unidade de peso ganho, para machos
provavelmente, ao maior ganho de peso das aves que receberam dietas com alta
energia.
62
rendimento mais baixo pode ser justificado pela quantidade de lisina utilizada nesta
Cobb (2008) e Rostagno et al. (2005 e 2011), em que suas recomendações são
principal nutriente a ser trabalhado (Moran, 1992). O uso quase exclusivo da lisina
para o acréscimo de proteína corporal (Pack, 1995) faz com que a quantidade de
63
aminoácido, desde que esse aumento seja acompanhado dos demais aminoácidos.
Este fato também é confirmado por Almeida et al. (2002), que constataram
de frangos. Porém, Almeida et al. (2002) concluíram que o nível superior de lisina
com Trindade Neto et al. (2009), pode-se afirmar que o nível proposto pelo NRC
(1994) não atende às demandas das linhagens encontradas no mercado, uma vez
que níveis mais elevados de lisina melhoram o rendimento de carne de peito na fase
para frangos de corte machos no período de 37 a 49 dias de idade não deve ser
maior rendimento de peito (P<0,05) foi quando os frangos receberam o nível mais
alto de aminoácidos, o que está de acordo com relatos de Café et al. (2002) e
Wijtten et al. (2004) de que níveis mais altos de treonina e lisina aumentam o
Kidd et al. (2005) não observaram influência dos níveis de aminoácidos sobre o
vez que a energia pode ser oriunda da desaminação de proteínas. Assim, o excesso
1996).
o maior valor. Este mesmo resultado foi observado por Graña (2008), que afirma que
dietas com baixo teor de proteína (17,5% PB) tiveram aumento significativo (P<0,05)
energia pela ave e o aumento de gordura na carcaça como indica Aftab et al (2006).
Os resultados concordam com os obtidos por Costa et al. (2001) e Silva (2004).
al. (2008) não observaram efeitos dos níveis de energia e aminoácidos sobre o
da observação da integridade do coxim plantar das duas patas das aves, não foram
Ao observar os custos das dietas nas Tabelas 14 e 15, nota-se que a dieta
que seguiu as recomendações de Cobb (2008) foi a que apresentou o menor valor
as rações (milho, farelo de soja e óleo de soja), o tratamento Cobb (2008) continuou
mínimo (ARAÚJO et al., 2002). Neste estudo, pode-se observar que as dietas que
estavam de acordo com o NRC (1994) utilizaram em sua composição altos teores de
Cobb (2008). Isto fez com que os custos das primeiras dietas fossem maiores e,
5. CONCLUSÕES
com o manual Cobb 500® (2008) foi o que apresentou melhor margem bruta de
corte.
68
6. REFERÊNCIAS
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7. ANEXOS