Politicas de Saude
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Politicas de Saude
Unidade 4
Diretor Executivo
Gerente Editorial
ALESSANDRA FERREIRA
Projeto Gráfico
TIAGO DA ROCHA
Autoria
4 POLÍTICA DE SAÚDE
Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que:
ÍCONES
Para o início do
Houver necessidade
desenvolvimento
de apresentar um
de uma nova
novo conceito.
OBJETIVO competência. DEFINIÇÃO
Quando necessárias
As observações
observações ou
escritas tiveram que
complementações
ser priorizadas para
para o seu
NOTA IMPORTANTE você.
conhecimento.
Curiosidades e
Algo precisa ser indagações lúdicas
Unidade 4
melhor explicado ou sobre o tema em
EXPLICANDO detalhado. estudo, se forem
MELHOR VOCÊ SABIA?
necessárias.
Se houver a
necessidade de Quando for preciso
chamar a atenção fazer um resumo
sobre algo a acumulativo das
REFLITA ser refletido ou RESUMINDO últimas abordagens.
discutido.
POLÍTICA DE SAÚDE 5
Conhecendo os indicadores epidemiológicos.......................... 9
SUMÁRIO
Epidemiologia........................................................................................................ 9
Transição epidemiológica.................................................................................. 11
Transição demográfica....................................................................................... 14
Condições de saúde........................................................................................... 16
Trabalho em saúde............................................................................................. 21
Educação Continuada......................................................................... 24
Educação em Serviço.......................................................................... 28
Unidade 4
Educação Permanente........................................................................ 28
Avanços do SUS.................................................................................................. 43
Desafios do SUS.................................................................................................. 51
6 POLÍTICA DE SAÚDE
Olá aluno! Nesta unidade vamos estudar os conceitos de
epidemiologia, que serão importantes para compreender sobre
APRESENTAÇÃO
a transição epidemiológica e transição demográfica, que também
vamos conversar nesta unidade.
Unidade 4
na assistência à saúde.
POLÍTICA DE SAÚDE 7
Olá. Seja muito bem-vinda (o). Nosso propósito é
auxiliar você no desenvolvimento das seguintes objetivos de
OBJETIVOS
8 POLÍTICA DE SAÚDE
Conhecendo os indicadores
epidemiológicos
Neste capítulo vamos falar sobre epidemiologia
e seus conceitos, compreender o que são os
indicadores epidemiológicos e sobre a transição
OBJETIVO epidemiológica e demográfica, bem como a relação
entre elas. E então? Motivado para desenvolver
esta competência? Então vamos lá!
Epidemiologia
A epidemiologia estuda a frequência, a distribuição e os
determinantes sociais de saúde nas populações utilizando os
Unidade 4
resultados para o controle dos eventos relacionados com saúde.
POLÍTICA DE SAÚDE 9
Já ouviu falar da Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida (SIDA)? Com certeza já, mas com o nome
em inglês: Acquired Immunodeficiency Syndrome
VOCÊ SABIA? (AIDS). Pois é, essa doença é o último estágio da
infecção pelo HIV (Human Immunodeficiency Virus),
quando não tratada.
Fonte: Wikimedia
10 POLÍTICA DE SAÚDE
Para que esses estudos sejam realizados é necessário
conhecer de forma detalhada as condições de vida e de trabalho
da população estudada para poder planejar e programar as ações
de saúde, que podem ir desde melhorias nos determinantes mais
amplos como moradia, saneamento básico e nutrição, até ações
pontuais e especificas como ações para cessação tabágica.
Transição epidemiológica
Está relacionada com as modificações dos padrões de mor-
bidade e mortalidade que caracterizam determinada população
acontecendo em conjunto com as transições demográficas, so-
ciais e econômicas.
Unidade 4
são saudáveis e não precisam de cuidados em hospitais,
procedimentos médicos ou terapêuticos, mas durante toda
a vida essa mesma pessoa precisa de água potável, ar puro,
ambiente saudável, alimentação adequada, situações sociais,
econômicas e culturais favoráveis, educação, informação bem
como a prevenção de problemas específicos de saúde.
POLÍTICA DE SAÚDE 11
com o uso de indicadores de saúde que são medidas que
refletem as características dessa população e, segundo Moreira
(2018) podem ser divididos em três categorias:
Fonte: Freepik
12 POLÍTICA DE SAÚDE
e invalidez da população o que, geralmente, modifica junto com
outras transformações demográficas, sociais e econômicas as
quais são conhecidas como transições epidemiológicas.
Unidade 4
Segundo Schramm (2004, p. 898) transição epidemiológica
são “as mudanças ocorridas no tempo nos padrões de morte,
morbidade e invalidez que caracterizam uma população
específica e que, em geral, ocorrem em conjunto com outras
transformações demográficas, sociais e econômicas”. Para que
esse processo aconteça há três mudanças básicas:
POLÍTICA DE SAÚDE 13
organiza de acordo com essas condições por meio dos sistemas
de atenção à saúde.
Transição demográfica
É possível perceber a modificação do perfil demográfico,
as mudanças nos padrões de consumo e nos estilos de vida,
a urbanização acelerada e as estratégias mercadológicas tem
relação direta com essa mudança do perfil das condições
de saúde, ou seja, a transição demográfica e epidemiológica
acontece juntas e inter-relacionadas.
14 POLÍTICA DE SAÚDE
Figura 03 – Perfil demográfico da população brasileira (2017)
Unidade 4
POLÍTICA DE SAÚDE 15
infecciosas em pacientes mais jovens e jovens adultos, juntamente
com a maior exposição aos fatores de risco associados às doenças
crônicas e o aumento a população idosa e da expectativa de vida,
observando maior prevalência das doenças crônicas de saúde.
Além disso, temos uma baixa taxa de fecundidade e natalidade,
ou seja, estão nascendo menos crianças.
Condições de saúde
Tenho certeza que você utiliza o termo doença em seu
dia-a-dia, mas ele é mais comum quando estamos analisando
a etiopatogenia, principalmente em estudos epidemiológicos.
16 POLÍTICA DE SAÚDE
Nesses estudos as doenças são divididas, em geral, em
transmissíveis e doenças crônicas não transmissíveis.
Unidade 4
Dessa forma, Mendes (2011) define condições de saúde como
as circunstâncias na saúde das pessoas que se apresentam de
forma mais ou menos persistente e que exigem respostas sociais
reativas ou proativas, eventuais ou contínuas e fragmentadas ou
integradas dos sistemas de atenção à saúde. As condições de
saúde podem ser: condições agudas e condições crônicas, sendo
baseada no tempo de duração dessa situação do paciente
• Iniciarem repentinamente;
• Curta duração;
POLÍTICA DE SAÚDE 17
Nesses casos, o diagnóstico deve ser rápido e preciso, sendo
necessário conhecimento e experiência do profissional. Após o
tratamento, a pessoa reestabelece a saúde podendo voltar a sua
rotina de vida.
Figura 04 – Cuidado da condição de saúde aguda, após a medicalização vem a cura
Unidade 4
Fonte: Pixabay
18 POLÍTICA DE SAÚDE
importante ter em mente que condições agudas não tratadas de
forma correta podem se tornar condições crônicas.
Unidade 4
Você consegue perceber que quando falamos de
doença, o foco do profissional é o tratamento,
tendo então, um modelo curativo de atenção?
REFLITA Agora, quando mudamos o foco para a condição de
saúde do paciente, mudamos também a forma de
atuação, passamos a observar a multicausalidade,
por isso, é necessária a mudança no sistema
de saúde. Você consegue perceber que existe a
necessidade de passarmos de um modelo curativo
biomédico para um modelo mais complexo como
o descrito no conceito ampliado de saúde?
POLÍTICA DE SAÚDE 19
E então? Consegui aprender sobre epidemiologia,
transição epidemiológica e transição demográfica?
E sobre a relação entre elas? Compreender que
RESUMINDO o perfil do adoecimento vem se modificando e
que são necessárias modificações nas políticas
de saúde é de grande importância para melhorar
a vida dos indivíduos o que exige a capacitação
permanente dos profissionais de saúde, para
que os mesmos se mantenham atualizados em
relação à assistência à saúde, mas sobre isso
conversaremos no próximo tópico.
Unidade 4
20 POLÍTICA DE SAÚDE
Compreendendo sobre o
trabalho em saúde
Já vimos em outra unidade como o trabalho é
importante para o homem. Desde a antiguidade
o ser humano está ligado à produtividade. Neste
OBJETIVO capítulo vamos conversar sobre o trabalho na
área da saúde, dos profissionais de saúde, sua
importância não apenas para as políticas públicas,
mas também para o indivíduo e a necessidade da
capacitação permanente. E então? Motivado para
desenvolver esta competência? Então vamos lá.
Avante!
Trabalho em saúde
Unidade 4
Segundo Pires (2008 p. 85) o trabalho em saúde:
é um trabalho essencial para a vida humana e é
parte do setor de serviços. É um trabalho da esfera
da produção não material, que se completa no ato
de sua realização. Não tem como resultado um
produto material, independente do processo de
produção e comercializável no mercado. O produto
é indissociável do processo que o produz; é a própria
realização da atividade.
POLÍTICA DE SAÚDE 21
conhecimentos somados são mais efetivos e a transformação do
seu processo de trabalho.
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Figura 05 – Na área da saúde o estudo nunca para
Fonte: Pixabay
Unidade 4
As mudanças que acontecem no sistema de saúde e na
população exigem dos profissionais que prestam esses serviços
conhecimento e atualização constante. E, para garantir a
educação continuada ou capacitação dos profissionais da saúde,
além de condições de trabalho favorável, o governo insere o
conceito de gestão do trabalho e educação em saúde.
POLÍTICA DE SAÚDE 23
• Melhorar o desempenho do pessoal em todos os
níveis de atenção e funções do respectivo processo de
produção;
Educação Continuada
A educação continuada tem como objetivo melhorar
a qualidade no serviço prestado para os pacientes, já para os
profissionais da área é utilizada como forma de aprendizagem.
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saúde, centrada nas necessidades de transformação da prática
(SILVA, CONCEIÇÃO; LEITE, 2008).
Unidade 4
que se situa no final ou após o processo de aquisição de
conhecimentos. Por este fato se produz uma distância
entre a prática e o saber (compreendido como o saber
acadêmico) e uma desconexão do saber como solução
dos problemas da prática;
POLÍTICA DE SAÚDE 25
e reflexões sobre o processo de trabalho dos profissionais da
saúde.
26 POLÍTICA DE SAÚDE
Figura 06 – Modelo antigo de educação
Unidade 4
Fonte: Pixabay
POLÍTICA DE SAÚDE 27
Além da transmissão de conhecimento, outra metodologia
comum de ser utilizada é o condicionamento. Muito utilizada na
educação infantil, é baseado em estímulos e recompensas capaz
de “condicionar” o aprendiz a emitir as respostas desejadas, tendo
como aspecto mais importante os resultados comportamentais.
Educação em Serviço
Pode ser considerado um tipo de Educação Continuada, pois
está relacionada com as atividades e atribuições do profissional.
Esse tipo de educação profissional acontece no ambiente de
trabalho com objetivo de reconstruir os métodos de trabalho
a fim de promover a melhora do serviço realizado assim os
profissionais da área da saúde percebam as falhas e trabalhem
Unidade 4
Educação Permanente
No Brasil, a formação dos profissionais de saúde passou a
ter maior ênfase no texto da Constituição Federal (Artigo 200), no
qual fica estabelecido que “ao sistema único de saúde compete,
além de outras atribuições, nos termos da lei, ordenar a formação
de recursos humanos na área da saúde”.
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educação atua de forma transformadora dos profissionais nos
serviços de saúde através de um processo coletivo entre eles,
utilizando metodologia de atuação multidisciplinar (FARAH, 2006).
Unidade 4
• Incorporando o ensino e o aprendizado à vida cotidiana
das organizações e às práticas sociais e laborais, no
contexto real em que ocorrem;
POLÍTICA DE SAÚDE 29
É baseado no “ensino centrado no aluno” cujo conhecimento
existe no âmbito da percepção individual e a aprendizagem é
construída por meio da ressignificação das experiências pessoais
de forma que a educação assume um caráter mais amplo
organizando-se no sentido da formação total do indivíduo.
Fonte: Freepik
30 POLÍTICA DE SAÚDE
Por isso, em 2003 que o Ministério da Saúde, criou a
Secretaria de Gestão de Trabalho e da Educação em Saúde
(SGTES), que se tornou responsável por formular políticas
orientadoras da gestão, formação, qualificação e regulação dos
trabalhadores da saúde no Brasil. E em 2004, foi implantada a
Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS)
pela Portaria nº 198, na qual o Ministério da Saúde assume a
responsabilidade constitucional de ordenar a formação seus
recursos humanos.
Unidade 4
em saúde. Nessa unidade vimos alguns deles, mas
vale a leitura na integra para conhecer os demais
programas existentes. Link de acesso:
POLÍTICA DE SAÚDE 31
Compreendendo sobre a
dicotomia público privada
Neste capítulo vamos compreender sobre o
conceito de direito público e privado para poder
entender sobre a dicotomia público privado na
OBJETIVO assistência à saúde. E então? Motivado para
desenvolver esta competência? Então vamos lá.
Avante!
Dessa forma, você deve entender que o direito não pode ser
visto apenas como uma regra ou comando, pois, essa convivência
ordenada, exige valores, consensos, diálogo, cooperação, graus
de violência suportáveis socialmente, solidariedade social
(MAGALHÃES, 2017).
32 POLÍTICA DE SAÚDE
Quando falamos de direito, Magalhães (2017, p.16) traz as
três principais funções do direito:
Instrumental: própria da noção de direito como
estrutura normativa de regulação da vida social,
que expressa o dever e ser, como proibir, permitir,
incentivar, promover, penalizar, e os parâmetros de
decidibilidade dos conflitos sociais;
Unidade 4
Figura 8 – Três principais funções do direito
POLÍTICA DE SAÚDE 33
autoridade é o Estado que representa o poder público e a
produção de normas que são socialmente válidas e vigentes.
34 POLÍTICA DE SAÚDE
trabalhando o mínimo necessário, não é? Agora a empresa
prefere pagar o mínimo possível com a maior carga horária.
Unidade 4
acordo, desde que não passe de 44 horas semanais, com pelo
menos um dia de folga, e intervalo entre jornadas.
Figura 9 – Acordo entre empregado e empregador, bom para ambas as partes
Fonte: PIxabay
POLÍTICA DE SAÚDE 35
Já no direito público, o Estado está acima do individual, mas
não quer dizer o Estado como soberano. Espera! O Estado busca
o direito do coletivo, lembra? Então, no direito público é o direito
de todos prevalecer ao direito do indivíduo.
36 POLÍTICA DE SAÚDE
Dicotomia público privado na saúde
A saúde pública a muito tempo passou a ser objeto de
políticas públicas e de intervenções das diversas esferas do
Estado. Como já vimos, no Brasil, foi em 1988 que a saúde
foi incorporada como direito de todos e dever do Estado na
Constituição Nacional.
Unidade 4
consultório médico, em uma consulta rápida o médico o
diagnostica com hipertensão, prescreve os medicamentos,
mudanças no estilo de vida, hábitos alimentares, entre outros,
de forma muito rápida e resumida.
POLÍTICA DE SAÚDE 37
Figura 10 – Medos e ansiedade do paciente
Fonte: Freepik
38 POLÍTICA DE SAÚDE
cuidados dos indivíduos que tinham emprego e pagavam pela
assistência.
Unidade 4
Figura 11 – Estabelecimentos de saúde privados e a dúvida de qual caminho seguir
Fonte: Freepik
POLÍTICA DE SAÚDE 39
Nesse novo momento os municípios passam a ter
autonomia e a busca por maior transparência ao processo
de credenciamento de empresas médicas, bem como um
monitoramento dos serviços que eram contratados, ameaçando,
em alguns casos, as relações duvidosas entre o público e o
privado (BODSTEIN; SOUZA, 2003).
40 POLÍTICA DE SAÚDE
E eu pergunto para você aluno, qual sua visão
do SUS hoje? O que você vê na mídia sobre os
atendimentos pelo SUS? As ações voltadas à saúde
REFLITA da família que vem tendo grandes resultados
desde sua implementação como um programa
municipal do nordeste, e agora de forma nacional
ao se tornar uma estratégia? Ou as grandes filas
nos hospitais com falta de leitos e atendimento?
Não digo que o SUS não tem problemas, mas acredito que
temos que ter em mente que ele tem 30 anos! Alguns municípios
conseguiram receber recursos Federais apenas no ano 2000,
pois não tinha se adaptado as novas normas.
Unidade 4
acontecendo, mas, enquanto as tragédias forem notícias mais
impactantes do que os avanços, enquanto as melhorias não
começarem a aparecer nos jornais e na televisão, ainda teremos
muitas pessoas reclamando do SUS enquanto são beneficiadas
por ele sem realmente valorizá-lo.
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Figura 12 – Grandes dúvidas que permanecem
Fonte: Freepik
42 POLÍTICA DE SAÚDE
Conhecendo os avanços e
desafios do SUS
Neste capítulo vamos falar sobre os avanço e
desafios do SUS nesses 30 anos de história. E então?
Motivado para desenvolver esta competência?
OBJETIVO Então vamos lá. Avante!
Avanços do SUS
Ao longo desses 30 anos de existência, aconteceram muitos
avanços relacionados às políticas de saúde, alguma reconhecidas
pela Organização Mundial da Saúde como exemplos de
Unidade 4
experiências positivas para outros países.
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• Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher
(PNAISM);
serviços de saúde.
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de vendas e de propagandas, além de aumentar o aces-
so do fumante a métodos eficazes para a cessação do
tabagismo;
Unidade 4
• Promoção da cultura de paz e não violência: capaci-
tação de profissionais e gestores em relação ao acolhi-
mento e condução de casos de violência doméstica e
sexual, incentivo aos municípios para elaboração e im-
plantação de programas de enfrentamento da violên-
cia, articulação entre setores para redução doo turismo
e exploração sexual.
Figura 15 – Mudança no estilo de vida
a) b)
Fonte: Freepik
POLÍTICA DE SAÚDE 45
Perceba que essas ações são voltadas para os determinantes
de saúde, atuando de forma ampla para melhorar a qualidade
de vida da população obtendo resultados gerais com mudanças
em todas as camadas da sociedade atuando da coletividade
aos indivíduos, a partir da educação e do estimulo das pessoas
a terem hábitos saudáveis e incentivando-as a participarem de
forma ativa em discussões, eventos, associações, locais onde
possam ser formuladas propostas de melhorias (SOLHA, 2014)
46 POLÍTICA DE SAÚDE
do cuidado deve ser um tema presente na gestão dos serviços
e situações de cuidado à população, para isso, foram traçadas
diretrizes importantes como:
Unidade 4
• Valorização do trabalho e do trabalhador;
Fonte: Freepik
POLÍTICA DE SAÚDE 47
A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) tem como
legislação a Portaria nº 2.488 de 2011 e a Portaria nº 2.436 de
2017, ambas estabelecem a revisão de diretrizes e normas para
organização da Atenção Básica, sendo a primeira voltada para
a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes
Comunitários de Saúde (PACS) e a segunda trata sobre essa
organização no âmbito do SUS como um todo.
48 POLÍTICA DE SAÚDE
como nível central dentro do sistema com responsabilidades
como coordenar a integralidade da assistência através de ações
de promoção, prevenção e de cura em relação às doenças e seus
agravos, ou seja, em relação as condições de saúde.
Unidade 4
• e-SUS AB: disponibilidade de prontuários eletrônicos
gratuitos para os municípios;
POLÍTICA DE SAÚDE 49
saúde a prevenção de doenças e a reabilitação dos indivíduos e
da comunidade. Além disso, esse programa visa a humanização
do SUS com a valorização dos aspectos que influenciam a saúde
das pessoas fora do ambiente hospitalar. (BASSANI, MORA;
RIBEIRO, 2009)
Fonte: Pixabay
50 POLÍTICA DE SAÚDE
O crescimento das equipes de Saúde da Família (eSF) nos
dados trazidos por Melo (2018), o qual destaca que em 2013
havia 34.724 eSF no Brasil e em 2015 esse valor chega a 40.162.
Ainda assim alguns pontos críticos ainda prevaleciam como
o subfinanciamento, precarização da formação profissional,
dificuldade da integração da Atenção Básica com os demais
componentes das redes de atenção, entre outros.
Unidade 4
agente comunitário de saúde atuando em conformidade com as
diretrizes do SUS e da PNAB.
Desafios do SUS
Quando lembramos o conceito de saúde atual, seus fatores
determinantes e condicionantes e observamos na prática como
acontece o cuidado no SUS, percebemos que esse ainda é um
grande desafio: a melhoria dos serviços de saúde, é claro que
POLÍTICA DE SAÚDE 51
observamos grandes avanços como o novo modelo de Atenção
Básica que já conversamos, mas ainda há muito que melhorar.
52 POLÍTICA DE SAÚDE
Neste capítulo vimos os avanços importantes
voltados à assistência em saúde, como algumas
Políticas Nacionais, o Programa Saúde da Família
RESUMINDO e a Estratégia Saúde da Família. Esses avanços nos
mostram que houve grande mudança no perfil do
cuidado, deixando o atendimento hospilatocêntrico
e passando a cuidar do indivíduo em seu local.
Mas ainda há muito que melhorar nesse perfil de
atendimento, por isso, também se enquadra como
um desafio, em conjunto com o subfinanciamento
e a má gestão dos mesmos. E então? O que achou
sobre os avanços do SUS nesses 30 anos? E esses
desafios? Será que conseguiremos superá-los?
Bom, só o tempo e movimentação da população
que poderá resolver essas dificuldades.
Unidade 4
POLÍTICA DE SAÚDE 53
BASSANI, G., MORA, J., & RIBEIRO, J. (2009). O Programa Saúde da Fa-
mília como estratégia de Atenção Primária para o Sistema Único
REFERÊNCIAS
nível em http://www.ufjf.br/nates/files/2009/12/Tribuna.pdf
LIMA, L., CARVALHO, M., & COELI, C. (2018). Sistema Único de Saúde:
30 anos de avanços e desafios. Cadernos de Saúde Pública, 34(7).
Acesso em 24 de 02 de 2020, disponível em https://www.scielosp.
org/pdf/csp/2018.v34n7/e00117118/pt
54 POLÍTICA DE SAÚDE
MAGALHÃES, C. (2017). Instituições de direito público e privado.
Salvador: UFBA, Faculdade de Ciências Contábeis.
Unidade 4
atencao_mendes_2.pdf
POLÍTICA DE SAÚDE 55
so em 27 de 01 de 2020, disponível em http://scielo.isciii.es/pdf/eg/
v12n29/pt_revision1.pdf
56 POLÍTICA DE SAÚDE