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Apostila Anatomia

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA NEUROANATOMIA

HISTÓRIA DA ANATOMIA

Imhotep

• Nervos sensoriais Vizir do Rei Djoser em 2667 a.c. Rei da 3ª dinastia

• Médico

• Participou da mumificação de Djoser

• Conhecimento anatômico

• Na construção das pirâmides (de sacra) teve um grande público para praticar – ele realizou uma trepanação (reali-
zada provavelmente em pessoas que estavam com desequilíbrio na pressão intracraniana – é muito grave – e prova-
velmente essa trepanação diminuiu a quantidade de dor que o paciente estava sentindo). Provavelmente ele foi a
primeira pessoa a realizar esse procedimento que até hoje é bastante utilizado nos casos de tumores de hipófise, de
tumores de crânio.

Atualmente essa técnica foi evoluída, mas possui o mesmo princípio. Hoje em dia não precisa abrir a cabeça em
todos os casos, faz-se mais uso da fraqueza relativa que a lâmia crivosa do etmóide possui, abrindo toda a base do
crânio através do nariz.

Alexandria

Herophilus e Erasistratus foram os maiores dissecadores da antiguidade.

Herophilus (335-280 a.C.)

• Dissecou mais de 600 corpos

• Mostrou que o cérebro é o centro do sistema nervoso e a sede da inteligência.

• Classificação dos nervos

Erasistratus (310-250 a.C.)

• Observou que a linfa continha gordura.

• Descreveu a função da epiglote.

• Valva tricúspide.

• Nervos sensoriais e motores

Maiores dissecadores da antiguidade.

“Ptolomeu”

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


NEUROANATOMIA

O SISTEMA NERVOSO

É um sistema complexo, formado por diversas estruturas e órgãos especializados, cuja finalidade é coordenar, integrar
e analisar as informações recebidas são armazená-las para que possamos torná-las conscientes ou não, realizando uma
integração do indivíduo a uma variedade de reações, comportamentos, emoções e etc.

• Coordenar: os outros sistemas. Trabalha em conjunto com o sistema endócrino.

• Integrar: integra as infromações.

• Analisar – interpreta da melhor maneira

O sistema nervoso é complexo, mas possui um grande poder de adaptação

Unidade Morfofuncional – O Neurônio

Os neurônios são a unidade morfofuncional do sistema nervoso. Os


neurônios formam redes neuronais, e agrupados funcionais. Eles vão
trabalhar a integração entre si.

→ Tipos de Neurônios

• Bipolar

• Multipolar

• Pseudounipolar

• Neurônios sensoriais - adquirem e processam informações provenientes do ambiente (rede sensitiva – aferente, que
leva da periferia para o centro).

• Neurônios motores - tornam possível ao organismo responder as informações sensitivas e gerar movimentos (rede
motora – eferente, trazem a informação para que uma musculatura especifica realize determinado movimento)

• Neurônios motores autônomos –responsáveis pela inervação dos músculos lisos, estriado cardíaco e as glândulas. In-
dependem da nossa vontade.

- São as terminações nervosas: receptora/aferente e efetora/eferente

** Xetostomia: um tumor na origem do nervo glossofaríngeo (que inerva a glândula parótida), no sulco posterior
do tronco encefálico pode comprimir o nervo, causando a baixa produção de saliva.

Células da Glia – Dão suporte ao sistema nervoso como um todo.

Gânglio é um aglomerado de corpos de neurônio.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


Divisão do Sistema Nervoso - Órgãos Constituintes

Telencéfalo
Cérebro Diencéfalo

Encéfalo Cerebelo
Mesencéfalo
Tronco Encefálico Ponte
Central
Bulbo
Medula Espinhal
Sistema
nervoso
Cranianos – 12 pares
Nervos Espinhais – 31 pares
Periférico
Gânglios – Aglomerados de corpos de neurônios
Terminações Receptores - sensitiva
nervosas
Efetores - motora

Critério Embriológico

O Tubo neural dá origem às vesículas prosencefálicas, que irão originar


o sistema nervoso central como um todo. O tubo neural permanece na
vida adulta, o canal central da medula é o principal resquício deste
tubo no adulto.

Esse critério divide o sistema nervoso de acordo com a origem que


cada um de seus órgãos constituintes tenha tido no espaço embrioló-
gico.

- O canal central da medula deriva do tubo neural, contendo células


ependimárias. Uma célula ependimária pode levar a um tipo de tumor:
ependimoma.

Critério Funcional

• Somático ou de vida de relação – adapta o organismo as condições do meio ambiente.

• Visceral ou de vida vegetativa – atua junto ao sistema endócrino na integração das partes constituintes do organismo.

Critério Metamérico

É aquele que divide o sistema nervoso em partes segmentares a su e supra-segmentares.

- Segmentares: a substância branca na periferia e cinzenta no seu centro – medula espinhal

- Supra-segmentares: a substância cinzenta na periferia e branca no seu centro – telencéfalo, cerebelo

Segmentar Supra-Segmentar
Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC
• Substância Cinzenta - Tecido nervoso constituido de neuroglia, corpos de neurônios
e fibras predominantemente amielínicas.

• Substância Branca - Tecido nervoso constituido de neuroglia e fibras


predominantemente mielínicas. (não há corpos de neurônios)

Núcleo
Massa de substância cinzenta dentro da substância branca, ou grupo delimitado de neurônios com aproximadamente a
mesma estrutura e função. Ex: necleos da base.

Tracto
Feixes de fibras nervosas com aproximadamente a mesma origem, mesma função e destino, podendo ser mielínicas ou
amielínicas. Ex: tracto espino-talâmico.

Fascículo
Usualmente o termo se refere a um tracto mais compacto.

Leminisco
Feixe em forma de fita. Ex: leminisco trigeminal

Córtex
Substância cinzenta que se dispõe em uma camada fina na superfície do cérebro e cerebelo.

** Núcleo negro ou substância nigra (em nível do mesencéfalo – cabeça do mikey) = se for afetado a
pessoa começa a ter movimentos involutórios, podendo levar a Parkinson.

TRAUMA E PATOLOGIAS

Atendimento Inicial Ao Politraumatizado

Suporte Avançado de Vida no Trauma

Método seguro e confiável para o controle imediato do doente traumatizado

Objetivos

- Avaliar a condição do doente de forma rápida e precisa;

- Reanimar e estabilizar o doente em obediência a prioridades definidas;

- Garantir que seja sempre prestado o melhor atendimento possível ;

- Iniciar a avaliação primária e secundária necessária dentro da “hora de ouro”, para o cuidado de emergência das lesões
agudas que implicam risco de vida.

• Trauma é uma doença!!

• Hospedeiro: o doente

• Vetor de transmissão: automóvel, arma de fogo, etc...

O trauma não discrimina idade, raça, sexo e nível econômico

Esse curso baseou-se na premissa de que o atendimento inicial, dado de forma adequada e em tempo hábil, poderia
melhorar significativamente o prognóstico de traumatizados graves.
Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC
Há necessidade de que uma equipe que presta atendimento tenha flexibilidade para agir e reagir de acordo com a
gravidade e complexidade de cada caso. O trauma atinge especialmente indivíduos jovens e potencialmente mais
produtivos

Distribuição Trimodal das Mortes

- 1º PICO – Morte em cena, no local (esmagamento...)

- 2º PICO – “Hora de ouro” – sofreu um acidente e está vivo (segue o ABCDE – de modo algum vira o pescoço); leva para
a unidade de trauma e tenta compensar

- 3º PICO – UTI, após todo o atendimento

ATLS

1. Preparação
2. Triagem
3. Exame primário (ABCDE) – busca diagnosticar e tratar as lesões com risco de vida eminente
4. Reanimação
5. Medida auxiliares ao exame primário e à reanimação
6. Exame secundário (da cabeça ao dedo do pé)
7. Medida auxiliares ao exame secundário
8. Reavaliação e monitorização contínua
9. Cuidados definitivos

EXAME PRIMÁRIO

✓ A Vias aéreas com proteção da coluna cervical – é o que mata primeiro, a via aérea tem que estar desobistruida
✓ B Respiração e ventilação
✓ C Circulação com controle da hemorragia
✓ D Incapacidade , estado neurológico
✓ E Exposição/controle do ambiente
Proteção da equipe: Gorro; mascara; avebtal; luvas; propés e óculos

A Vias aéreas com controle da coluna cervical

✓ Considerar inicialmente lesão de coluna cervical em todo politrauma

✓ Retirar o colar -conscientes


-após palpação
-dúvida: Rx Coluna Cervical e até tomografia

Considere uma lesão da coluna cervical em todo doente com traumatismos multissistêmicos!!!

MEDULA ESPINHAL

TRM – Traumatismo Raqui-Medular

• Lesão traumatica de raqui (coluna) e medula espinal resultando algum grau de comprometimento temporário ou
permanente das funções neurológicas (sensitivo – anestesia ou hipoestesia que é parcial; ou motor – plegia, que é
toral ou parestesia)

• TRM representa um problema epodêmico nos EuA e no mundo.

• Quadros muito graves com alta mortalidade

• Incidência crescente

• Atendimento de urgência e especializado

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


• maior causa é o acidente de trânsito – 50%

• Homem jovem 25 a 35 anos

• Brasil – 70 a 90 casos/100.000 habitantes

• Mortalidade – 30% no local


10% 1º ano
50% tetraplégico

• Principais causas (Acidente de carro – chicote; mergulho em aguas rasas; PAF; PAB; quedas esportes)

FISIOPATOLOGIA

• Trauma fechado

- Fratura cervical

Angulação aguda do pescoço por flexão e extensão violenta[

Acidente automobilistico e mergulho

- Trauma na medula a nível cervical – tetraplegia (perde o movimento de tudo)

- Trauma na medula a nível toracico – Paraplegia crural

- Paraplegia braquial – sindrome central da medula

Existem dois tipos de sensibilidade a sensibilidade superficial e a sensibilidade profunda:

- Superficial: ela é para dor e temperatura, e está relacionada com o tálamo, no trato espino talâmico – ocorre na parte
mais anterior da medula

- Profunda: parte do cordão posterior- é a propiosepção

Traumatismo raqui-medular:

Sindrome medular anterior – Perde a sensibilidade superficial e profunda

Sindrome centro-medular – Perda da sensibilidade superficial e paraplegia braquial

** Sindrome de Hemi secção medular – Lesão de faca. Corta metade da medula. A perda motora e sensitiva profunda
é ipsilateral e a parte se sensibilidade superficial é contralateral.

O cruzameno/decussação das fibras motoras é a nivel da pirâmide ; das fibras sensitivas profundas, no lemininsco medial,
a nivel medial; do trato espino talâmico, que é para a sensibilidade superficial se faz a nivel de medula.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


MEDULA ESPINHAL

Lesão entre C1-C3 : Nenhuma função é mantida do pescoço para baixo; sendo
necessária ventilação para manutenção da respiração e uso de cadeira de rodas
motorizada com dispositivo controlado pelo ombro, cabeça ou respiração.

Lesão entre C4-C5 : Diafragma , que permite respiração.

Lesão entre C6-C7 : Alguns músculos do braço e tórax que permitem à pessoa
alimentar-se, vestir-se parcialmente; é necessário cadeira de rodas manual.

Lesão entre T1-T3 : Função do braço intacta.

Lesão entre T4-T9 : Controle do tronco acima da cicatriz umbilical.

Lesão entre T10-L1 : A maioria dos músculos da coxa, o que permite caminhar com
longas talas nas pernas.

Lesão entre L1-L2 : A maioria dos músculos da perna, o que permite caminhar com
talas curtas nas pernas.

Etiologicamente : Medula = Miolo – estrutura que se encontra no centro

- No interior do osso: medula óssea


- No interor da adrenal: medula adrenal
- No interior das vertebras: medula vertebral

Conceito

É um cilindro (não uniforme, com intumescencias) de substância nervosa, situada no


interior do canal vertebral, que se estende desde o forame magno do osso occipital à
borda inferior da vértebra L1 ou borda superior de L2 (há variações anatômicas), sendo
circundada por um sistema de membranas denominadas menínges, que se
extendem por todo o sistema nervoso central.

Quanto ao estudo metamérico, num estudo por estratigrafia é um órgão segmentar (a


substância branca na periferia e cinzenta no seu centro).

As Raqui anestesias geralmente são aplicadas abaixo de L2 – para não correr o risco
de lesionar o corpo da medula.

Divisão

Porção cervical
Porção torácica
Porção lombar – só no início

Limites

• Superior: a nível do forame magno do osso occipital, mais ou menos 1 cm abaixo da decussação as pirâmides.

• Inferior : bordo inferior da vértebra L1 ou borda superior de L2 (cone medular).

Decussação (cruzamento oblíquo) ≠ Comissura (cruzamento transversal)

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


Intumescências

Apesar de ser um cilindro – a medula não é um cilindro uniforme, ela possui duas
dilatações (intumescências), uma cervical e outra lombar

- Cervical – dá rigem ao plexo braquial, que vai promover a inervaçao do membro


superior.
- Lombar – dá origem ao plexo lombo-sacral, vai inervar o membro inferior.

A medula acaba a nível de um cone, o cone medular.

Anatomia Comparada

- Tiranossauro rex (membros superiores diminutos e inferiores bem volumosos): o


plexo braquial é menor que o plexo lombo-sacral. O tamanho da intumescência está diretamente relacionado ao tama-
nho do membro.

- Baleia (não possui membro superior): a medula dela e um cilindro praticamente uniforme.

Divisão

31 Pares de Nervos Espinhais

8 Cervicais – são 7 vertebras cervicais com 8 nervos cervicais.


12 Torácicas
5 Lombares
5 Sacrais
1 Coccígeno

Meninges

A medula e o encéfalo, estão envoltos por três membranas concêntricas, essas membranas servem para a proteção,
designam espaços para procedimentos.

• Dura-máter - É a mais externa de todas, sendo constituída por uma espessa membrana fibrosa, que se estende
desde a abóbada craniana até a parte média do canal sacral. Recebe um nome a parte entre o cone medular e a
metade do canal sacral – saco dural. (Dobras – tenda do cerebelo, foice do cérebro). Faz o papel de periósteo dentro
do crânio.

• Aracnoide - É a membrana conjuntiva que se encontra acoplada à face interna da dura-máter.

• Pia-mater - É a mais interna das três meninges, estando recobrindo a face externa do neuro eixo a qual está aderida
intimamente. Dando origem aos ligamentos denticulados e ao filum terminal. É mais friável

Dura-máter Aracnóide Pia-máter

Espaços da Medula Espinhal

- Epidural: Coxin Adiposo (camada de gordura) e Plexo venoso (conjunto de veias_


- Subdural: Haverá uma mínima quantidade de LCR
- Sub-aracnoideo: LCR – líquido céfalo-raquidiano, que vem do 4º ventrículo através de
luschka (lateral) e magendie (medial).
- Subpial: é praticamente virtual, assim como o subdural.
Sub-pial
Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC
• Anestesia peridural: vai ser aplicada no espaço epidural, é uma aneste-
sia de curta duração e é mais rápida do que a raqui-anestesia, é aplicada
próxima a um plexo venoso (as veias drenam). Para saber que chegou no
espaço epidural é questão de tato deve-se sentir que chegou em um lu-
gar mais resistente (o ligamento longitudinal posterior) após esse local é
que chega no espaço epidural.

• Raquianestesia: é aplicada no espaço sub-aracnooideo. Sabe-se que


chegou nesse espaço quando começa a gotejar LCR.

** Na meningite é feita uma coleta (essa coleta pode ser feira em qual-
quer extensão da medula, ao contrário da raquianestesia) do LCR para
confirmar a suspeita. (vômito em jato, febre, rigidez de nuca)

** A presença de sangue no espaço sub-aracnoideo pode causar uma irritação e desencadear um quadro semelhante
à meningite (rigidez de nuca sem febre).

Meios de Fixação

• Cranialmente (superior) - pela continuação com o bulbo.

• Caldalmente (inferior) - pelo ligamento coccigeno ou filamento terminal.

• Lateralmente (latero-lateral) - pelos nervos espinhais e ligamentos denticulados, que partem da pia mater.

Nervo espinhal cervical: é horizontal

Nervo espinhal torácico: é oblíquo

Nervo espinhal lombar: é praticamente vertical

Filum Terminal ou Ligamento Inferior da M. E.

É um cordão fino e delgado que continua após o término da medula, a nível do cone
medular e que se estende até a face posterior do cóccix, onde se prende.

Os nervos espinhais até os 3 meses de vida fetal o tamanho da coluna e da medula são
iguais, mas depois a coluna começa a crescer mais rápido do que o sistema nervoso
central, então os nervos espinhais irão, na região lombar formar abaixo do cone medu-
lar e acima do saco dural observa-se nitidamente um conjunto de nervos espinhais jun-
tamente com filamento terminal, denominado de cauda equina.
Filamento Terminal
Meios de Proteção

• Vertebras (osso)

• Coxim adiposo – (gordura) proteção térmica e elétrica

• Sistema de meninges

• LCR

Constituição

• Canal Central – é o resquício do tubo neural, revestido por células ependimárias, possui uma certa função de produção
do LCR.

• Substância cinzenta – é central, caracterizando uma estrutura do tipo segmentar constituído de neuroglia, formada
por corpos celulares e por fibras nervosas amielínicas.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


A medula possui uma porção anterior e outra posterior, a substância branca está separada por sulcos (depressão rasa) e
fissuras (depressão profunda).

A medula possui uma fissura na substância branca e 5 sulcos a princípio, em um corte transversal. E no seu interior há a
substância cinzenta.

A divisão da substância branca:

Fissura (anterior): fissura mediana anterior. Em contraposição a ela há o sulco mediano posterior.

Lateralmente há os sulcos laterais: sulco lateral anterior direito e esquerdo e os sulcos laterais posteriores direito e es-
querdo.

- Sulcos

1) Sulco mediano posterior


2) Sulco intermédio posterior
3) Sulco lateral posterior
4) Sulco lateral anterior
5) Fissura mediana anterior

- A substância branca está dividida em funículos, que são delimitados pelos sulcos.

• Funículo anterior (a nível cervical divide-se em fascículo grácil e cuneiforme)


• Funículo lateral
• Funículo posterior

A nível cervical o funículo posterior dá origem a um novo sulco, o sulco intermédio posterior (direito e esquerdo), que
divide o funículo posterior em fascículo grácil (medialmente – sensibilidade profunda dos membros inferiores) e o fascí-
culo cuneiforme (lateralmente – sensibilidades profunda dos membros superiores).

A substância cinzenta está dividida em colunas ou cornos, então há a coluna anterior, lateral e posterior.

Na região torácica há a existência do corno lateral, já na região cervical há uma diminuição desse corno.

** não existem apenas núcleos da substância cinzenta, também existe núcleos da substância branca.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


MEDULA ESPINHAL SUBSTÂNCIA CINZENTA (NÚCLEOS)

LÂMINAS DE REXED

Poliomielite, inflamação dessa


lâmina- dano motor.

Cirurgias são realizadas nesse


lugar (DREZ)- fechando o por-
tão da dor.

Caminho Da Dor: Aferente traz o estímulo de dor das periferias, passa pelo gânglio e vai para a medula. Da medula
ascende como trato espino-talâmico e vai para o tálamo (centro das informações sensitivas). Do tálamo, o estímulo vai
para as radiações talâmicas, braço posterior da cápsula interna, corona radiata, áreas somestésicas I, II e III Parietal que
está localizada no córtex parietal, no giro pós-central. O estímulo é interpretado (dor) e a informação passa para a região
central onde estão as áreas VI, VIII, IX, X, XI e XII que mandam a informação para “baixo” e controlam a musculatura do
lado contrário. E para você fazer o movimento se tem algo lhe furando, você precisa de precisão e que a resposta da
musculatura seja ativa. Assim, a informação – fibra piramidal - passa pela pirâmide bulbar, pela decussação das pirâmides,
vai para o outro lado e chega no músculo e “diz”: contração.

A substância gelatinosa possui uma organização bastante complexa. Ela recebe fibras sensitivas oriundas da raiz dorsal,
e nela funciona o portão da dor, um mecanismo que regula a entrada no sistema nervoso de impulsos dolorosos.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


** O nervo espinhal é um nervo misto (ele possui uma raiz sensitiva e outra motora):

- Posterior: a raiz sensitiva se origina no sulco lateral posterior - segue e origina o gânglio espinhal que vai dar origem
ao nervo espinhal através da fusão com a raiz motora.

- Anterior: a raiz motora se origina no sulco lateral anterior – segue e forma o nervo espinhal.

O disco pode desidratar e comprimir, dando origem a herniações, que podem ser central anterior; central posterior;
lateral.

- Central anterior: vai comprimir o ligamento longitudinal anterior, sem muitas repercussões ao paciente.

- Lateral direita ou esquerda: pode pinçar o nervo espinhal, causando uma dor unilateral no paciente.

- Central posterior: a medula espinhal está passando, comprime a região anterior da medula – atingindo a sensibilidade
superficial (tato-pressão-termino dolorosa)

A via sensitiva (tato / pressão / termo-dolorosa)

Ela contém apenas 3 neurônios – o primeiro neurônio se encontra até o gânglio espinhal; no gânglio ocorre a sinapse e
seguem os prolongamentos do segundo neurônio que vão se prolongar até o corno posterior da medula; este segundo
neurônio emite os seus prolongamentos que irão até o tálamo (cruza a substância cinzenta formando o trato espino-
talâmico) fazendo a conexão com o terceiro neurônio e a informação segue até o córtex cerebral através de uma prolon-
gação do terceiro neurônio. A informação desse neurônio sensitivo é cruzada, pois ele passa para o outro lado da medula
para ascender. Ela é contralateral.

O nervo motor só é cruzado se for acima da decussação das pirâmides. A nível da medula não é cruzado.

Sensibilidade Profunda – Parte Posterior

Sensibilidade Superficial – Parte Anterior

Motricidade – Parte Lateral

Mielomeningocele

É uma cirurgia que pode ser feita dentro do útero. O tubo não fecha e a medula fica para fora. Pode acontecer de ter a
síndrome da medula presa.

A espinha bífida geralmente vem acompanhada de outros problemas


como:

-Risco elevado de hidrocefalia;


-Paralisia flácida;
-Diminuição da força muscular;
-Diminuição ou nenhum reflexo em alguns tendões;
-Incontinência dos esfíncteres de reto e bexiga;

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


-Malformações de origem paralítica e congênita.
-Diminuição ou nenhuma sensibilidade a estímulos externos e próprios abaixo do nível da lesão medular;
-A hidrocefalia frequentemente pode ser prevenida com uma cirurgia para garantir a drenagem adequada de LCR

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


TRONCO ENCEFÁLICO

É o primeiro segmento do encéfalo que se segue superiormente a medula espinhal. Do encé-


falo deriva o tronco encefálico, que está dividido em bulbo, ponte e mesencéfalo, três segmen-
tos consecutivos.

No sentido ínfero-superior o mais simples é o bulbo, tendo acima dele a ponte e o mais cranial
é o mesencéfalo. Topograficamente o tronco encefálico se encontra no mesmo plano do fo-
rame magno, pois é uma continuidade da medula espinhal. Encontra-se dorsalmente ao clivo
e à frente da fossa cerebelar.

Limites
Superior
- Superior: fitas ópticas e quiasma óptico.

- Inferior: plano horizontal que passa a nível do forame Magno do osso occipital, ou
1cm abaixo da decussação piramidal.

Inferior

Divisão – segmentos que formam o tronco encefálico

- Bulbo: também conhecido como medula oblonga, por ser uma continuidade da me-
dula.

- Ponte: eminência quadrilátera.

- Mesencéfalo

• BULBO OU MEDULA OBLONGA

Apesar de ser uma pequena parte do sistema nervoso central, é percorrido por um grande número de tractos motores e
sensitivos. Anteriormente vão descender as fibras motoras e posteriormente vão ascender as fibras sensitivas.

Sua principal função está relacionada aos comandos do sistema respiratório. Uma lesão de bulbo causa grandes proble-
mas de apneia durante o sono.

O nome ‘medula oblonga’ se dá uma vez que o bulbo é considerado uma continuidade da medula espinhal.

Limites:

• Inferior: plano horizontal que passa a nível do forame Magno do osso occipi-
tal, ou 1cm abaixo da decussação piramidal.

• Superior: sulco bulbo-pontino, chamado de ponto-medular ou pontino infe-


rior.

Estruturas

→ Face anterior

• A fissura mediana anterior também caminha pelo bulbo e acaba a nível do sulco bulbo-pontino num forame que não
tem abertura, o forame cego.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


• Decussação das pirâmides: por ela passa o trato piramidal (ou córtico espinhal). É o local do cruzamento das fibras
motoras descendentes (90% das que vem no córtex cerebral cruzam - contralateral, e 10% permanecem no mesmo
lado - ipsilateral).

Uma lesão ocorrida abaixo da decussação ela será ipsilateral, se for acima da decussação ela será conralateral.

• Pirâmide bulbar: fica acima da decussação. entre o sulco bulbo pontino e a decussação das pirâmides há uma eleva-
ção, de fibras motoras cortico-espinhal, que são eferentes – pirâmide bulbar.

É o local por onde passam as fibras descendentes motoras córtico-espinhais do trato cortio espinhal que não é fino e
delicado, ou seja, são movimentos mais grosseiros. Essas fibras que passam pela pirâmide, quando chegam na decus-
sação cruzam de lado, e 90% vão para o lado oposto (contra-lateral) e 10% permanece do mesmo lado (ipsilateral).
Então, movimentos bruscos do lado esquerdo é comandado pelo hemisfério do SNC direito (90% das funções).

• Sulco lateral anterior

• Funículo anterior: fica abaixo da decussação das pirâmides.

• Oliva Bulbar – É uma eminência arredondada, é bilateral; possui fibras predominantemente amielínicas (substância
cinzenta), presentes no plano horizontal da pirâmide - ela corrige a atividade motora, as conexões (fibras) olivo-cere-
belares estão envolvidas na aprendizagem motora (caderno da caligrafia).
A oliva está delimitada por dois sulcos, o que fica antes da oliva é denominado de pré-olivar; e o que fica após a oliva é
o sulco retro-olivar.

• Sulco pré-olivar – nele há a origem aparente do XII par dos nervos cranianos (hipoglosso – motor para a língua).

• Sulco retro-olivar

• Sulco lateral posterior - nele há a origem aparente do XI, X e IX pares dos nervos cranianos

• Nervo Hipoglosso: XII par dos nervos cranianos, formação motora responsável pela motricidade da língua (Sulco pré-
olivar).
A paralisia do nervo hipoglosso é ipsilateral.
-Ocorrendo uma paralisia do hipoglosso direito há uma hemiatrofia da língua direita e incapacidade de projetar a
língua para o lado esquerdo.
Hipoglosso direito – coloca a língua para fora pro lado esquerdo.
Hipoglosso esquerdo – coloca a língua para fora para o lado direito

• Nervo acessório: XI par dos nervos cranianos.


Raiz espinhal(forame magno) e cranial(forame jugular). Esse nervo é utilizado para neurotomizar o musculo del-
toide. Inerva o trapézio e esternocleidomastoideo
a) Fibras aferentes - sensitivas
b.1) fibras eferentes viscerais especiais.
Através do nervo laríngeo recorrente, inerva os músculos da laringe – trabalha com a parte vocal e ajuda na
deglutição
b.2) fibras eferentes viscerais gerais
Inervam as vísceras torácicas juntamente com o vago

• Nervo vago: X par dos nervos cranianos, sendo misto é o maior dos pares e possui territórios no pescoço, tórax e
abdômen.
Fibras aferentes viscerais gerais
Fibras eferentes viscerais especiais

inerva o tórax para promover inervação de vísceras torácicas. É o mais extenso dos nervos cranianos, chegando até a
cavidade abdominal. As fibras são aferente/eferente visceral geral; eferente viscerais especiais; trabalha com a parte
de deglutição e comando de vísceras toraco-abdominais (estomago).

• Nervo Glossofaríngeo: IX par dos nervos cranianos, formação mista. possui uma parte secreto-motora que inerva a
glândula parótida. Uma lesão que atinja o glossofaríngeo pode apresentar xerostomia (diminuição da saliva). É sensitivo
para o terço posterior da língua
Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC
** A paralisia dos nervos cranianos é ipsilateral

Visão posterior/ dorsal

Encontramos os mesmos componentes anatômicos presentes à nível da medula espinhal

• Sulco mediano posterior

• Sulco lateral posterior

• Sulco intermédio posterior: fica entre o sulco mediano posterior e o sulco lateral posterior

• Fascículo grácil (medial) – transporta as fibras sensitivas aferentes da sensibilidade profunda dos membros inferiores

• Fascículo Cuneiforme (lateral) - transporta as fibras sensitivas aferentes da sensibilidade profunda dos membros su-
periores

• Tubérculo do núcleo cuneiforme (lateral)

• Tubérculo do núcleo grácil (medial)

• Óbex – local onde acaba o sulco mediano posterior – onde vai ocorrer o afastamento e a formação do 4º ventrículo/
fossa rombóide

• PONTE

É uma eminência quadrilátera, situada entre o bulbo e o mesencéfalo

Limites:

• Inferior: sulco bulbo-pontino ou ponto-medular ou pontino inferior.

• Superior: sulco pontinho superior

Estruturas

• Sulco para a artéria basilar: fica no centro da ponte, que aloja a artéria basilar, oriunda da fusão das duas artérias
vertebrais – essa artéria nutre o Polígono de Willis.

• Eminências pontinas – as fibras motoras que vão para a pirâmide passam por elas.

• Braço da ponte ou pedúnculo cerebelar médio: fica na lateral das eminências

• A origem aparente do V par de nervos cranianos- Nervo trigêmeo (oftálmico; maxilar; mandibular), separa as eminen-
cias pontinas e o braço da ponte. É um nervo misto

Fibras de sensibilidade geral – responsável por captar os estímulos de tato, pressão, termino-dolorosas para a cabeça
numa hemiface

Fibras eferentes (motoras) – músculos da mastigação e ventre anterior do digástrico

• No sulco bulbo pontino da medial para a lateral há a origem aparente do VI; VII; VIII pares de nervos

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• Nervo Abducente: VI par dos nervos cranianos, formação motora para os músculos
extrínsecos do olho (músculo reto lateral) – incapacidade de abduzir o olho comprome-
tido do mesmo lado.

Lesão Da Base Da Ponte:(Síndrome De Millard-Gubler)

Lesão situada na base da ponte, comprometendo o tracto córtico-espinhal e as fibras


do nervo abducente, causando paralisia do músculo reto lateral do olho do mesmo lado
da lesão (ipsilateral), causando diplopia.

• Nervo Facial: VII par dos nervos cranianos, formação nervosa mista (sensitivo e motor)
– possui duas raízes, o nervo intermédio (menor na peça - sensitiva) e o nervo facial propriamente dito (maior – parte
motora).

• Nervo Vestíbulo coclear: VIII par dos nervos cranianos, formação sensitiva para captação de estímulos sonoros

Região posterior

• Fossa romboide ou quarto ventrículo: o sistema nervoso central apresenta cavidades (o terceiro ventrículo e o
quarto ventrículo se comunicam através do aqueduto cerebral ou aqueduto de Silvius)

• Terceiro ventrículo – se interliga com os ventrículos laterias

Os ventrículos possuem um tecido especial, o plexo coróide, que produz LCR.

Através dos forames de luschka (lateral) e magendie (medial) o LCR chega até o espaço subaracnóideo.

O quarto ventrículo é formado pelo assoalho do quarto ventrículo e pelo teto, que é composto pelo véu cerebelar
superior e posterior. O cerebelo se acopla ao tronco encefálico, fechando a parte posterior (a fossa romboide).

-Os pedúnculos são meios de fixação e meios pelos quais o cerebelo vai se comunicar com as três estruturas do tronco
encefálico mais a medula.

• Forame Cego: faz com que o canal central da medula desemboque a nível da fossa romboide.

• Pedúnculo cerebelar superior – conecta o mesencéfalo com o cerebelo

• Pedúnculo cerebelar médio – conecta a ponte com o cerebelo (é o maior)

• Pedúnculo cerebelar inferior – conecta a medula e o bulbo com o cerebelo.

Componentes do VI ventrículo/fossa romboide – no assoalho

• Óbex: é o ponto mais inferior

• Estrias medulares do IV ventrículo – divide em parte superior e inferior.

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• Sulco mediano do IV ventrículo: divide ele em lado esquerdo e direito

A continuidade cranial do sulco mediano equivale ao aqueduto cerebral – que é o meio pelo qual o III ventrículo se
conecta ao IV ventrículo

• Sulco limitante: limita o colículo facial e a eminência mediana

• Colículo facial: uma lesão nessa área resulta numa paralisia facial

• Locus Ceruleos: relacionado ao sono.

• Fóvea superior: as fibras oriundas da área vestibular


ascendem em direção a região cortical

• Área vestibular: relacionada ao núcleo do nervo vestí-


bulococlear

•Trígono do hipoglosso

•Trígono do vago

• Fóvea inferior

• Funículo Separans

• Área postrema: centro do vômito

No véu cerebelar inferior está bem presente o plexo co-


roide e a tela coróide do IV ventrículo. Assoalho do IV ventrículo

O MESENCÉFALO

Limites:

• Inferior: sulco pontinho superior.

• Superior: Fibras ópticas e quiasma óptico.

No mesencéfalo caminham dois conjuntos de fibras motoras descendentes: pedúnculos cere-


brais.

- Um corte transversal do mesencéfalo nos revela a existência de dois núcleos bastante importantes: o núcleo rubro e o
núcleo negro ou substância nigra:

Núcleo rubro: recebe fibras do cerebelo (núcleo denteado), envia fibras para o núcleo olivar inferior e origina as fibras
do trato rubro-espinhal.

Substância nigra (são neurônios que recebem melanina): a parte


reticular (ventral) recebe aferências do striatum (caudado e pu-
tamen) e projeta para o tálamo, colículo superior e formação re-
ticular. A parte compacta (dorsal) contém neurônios dopaminér-
gicos cujos axônios fazem sinapse no striatum.
- Ela está relacionada ao Mal de Parkinson

Entre os dois pedúnculos há a fossa interpeduncunlar, que em sua profundidade há a substância perfurada posterior (é
uma região cheia de microperfurações por onde as artérias perfurantes que irão irrigar substâncias profundas).

• Corpos mamilares: faz parte do diencéfalo.

• Tuber Cinéreo: a partir dele surge o infundíbulo que está ligado à hipófise - faz parte do diencéfalo.

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• Infundíbulo: se colocar no meio (na peça)

• Pedúnculo cerebral

• Fossa interpeduncular

Sulco medial do pedúnculo cerebral e sulco lateral do mesencéfalo: Delimitam o pedúnculo cerebral.

• Sulco medial do pedúnculo cerebral: o nervo oculomotor sai desse lugar.

-- Nervo Oculomotor: III par dos nervos cranianos – é um nervo motor que inerva musculatura extrínseca do olho (reto
superior, reto inferior, reto medial, levantador da pálpebra)

• Sulco lateral do mesencéfalo: divide o mesencéfalo na parte ventral e parte dorsal. Nele sai o 3º par de nervo craniano
o oculomotor (a nível da fossa interpeduncular). É uma entrada cirúrgica

Região dorsal do mesencéfalo

• Colículo superior (V): grupo responsável pela visão

• Colículo inferior (A): grupo responsável pela audição Tubérculo/Lâmina Quadrigêmea


• Sulco cruciforme: separa os colículos

• Véu medular superior: freio do véu medular superior – traciona o véu medular

• Origem aparente do IV par de nervos cranianos (troclear) - fica ao lado do freio do véu medular superior.

-- Nervo troclear IV par dos nervos cranianos, inerva musculatura extrínseca do olho (obliquo superior)

• Corpo geniculado medial - O colículo inferior emite o seu braço, que chegará a nível do corpo geniculado medial
(audição)

• Corpo geniculado lateral – O colículo superior emite o seu braço, que chegará a nível do corpo geniculado lateral
visão)

• Trígono do leminisco: fica na lateral dos colículos.

• Glândula pineal: faz arte do diencéfalo

-- Pulvinar do Tálamo (faz parte do diencéfalo) metade dele é audição e metade é visão. A metade medial é audição
e a metade lateral e visão

O MESENCÉFALO SE INTERPÕE ENTRE A PONTE E O BULBO

Considerações Anatomoclínicas - Conceituação de alguns termos

• Alterações da motricidade

Motricidade voluntária:

→ Do tônus: - Hipertonia Dos Reflexos: - Hiporreflexia


- Hipotonia - Hiperreflexia
- Atonia - Arreflexia

• Alterações da sensibilidade
- Anestesia: desaparecimento total de uma ou mais modalidades de sensibilidade.
- Hioestesia: Diminuição da sensibilidade.
- Hiperestesia: Aumento da sensibilidade
- Parestesia: Aparecimento, sem estimulação, de sensações espontâneas e mal definidas (formigamento).
- Algias: Dores em geral

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Caminho do Som: O som vem, bate no ouvido é captado pela parede do tímpano e é levado para o ouvido interno; no
ouvido interno ele vai se ligar ao nervo vestibulo-coclear (esse vem da lateral da ponte), ele caminha de fora para dentro
porque é sensitiva e caminha dentro da porção petrosa do osso temporal e chega na base do crânio pelo meato acústico
interno até a origem aparente do nervo vestíbulo-coclear. Segue para a área vestibular, depois manda fibras até o colículo
superior, daqui passa para o braço do colículo que chega ao corpo genicular medial que passa para o pulvinar do tálamo
medialmente. O tálamo é um centro retransmissor das informações sensitivas; o pulvinar do tálamo é a parte mais pos-
terior do tálamo. Do tálamo passa para baço posterior da capsula interna, depois para a corona radiada e segue para o
som ser interpretado que é lá no córtex cerebral numa área chamada ÁREA 41 E 42 DE BRODMANN que é da audição e
fica no giro temporal transverso anterior onde conseguirá interpretar e obterá resposta.

LESÃO DO TEGMENTO DO MESENCÉFALO (SINDROME DE BENEDIKT)

1) Lesão do oculomotor

2) Lesão do leminisco medial, espinhal e trigeminal (anestesia na metade posterior do corpo)

3) Lesão do núcleo rubro (tremores e movimentos anormais no lado oposto a lesão – contralateral; uma vez que
ocorre ates da decussação das pirâmides).

PAR NERVO - NOME ORIGEM APARENTE TIPO SAÍDA - FORAMES

I Par Olfatório Bulbo Olfatório Sensitivo Lâmina Crivosa do Etmoide

II Par Óptico Quiasma óptico corpo ge- Sensitivo Forame Óptico


niculado lateral
Sulco medial do pedún-
III Par Oculomotor Motor Fissura Orbitaria Superior
culo cerebral a nível da
fossa interpeduncular (?)
IV Par Troclear Ao lado do freio do véu Motor Fissura Orbitaria Superior
medular superior - dorsal

Trigêmeo (oftál- Separa as eminências Misto Oft. - Fissura Orbitaria Superior


V Par mico – maxilar – pontinas do braço da Max. - Forame Grande Redondo
mandibular) ponte. Man. - Forame Oval

VI Par Abducente Sulco bulbo pontino Motor Fissura Orbitaria Superior

VII Par Facial Sulco bulbo pontino Misto Meato Acústico Interno

VIII Par Vestíbulococlear Sulco bulbo pontino Sensitivo Meato Acústico Interno

IX Par Glossofaríngeo Sulco lateral posterior Misto Forame Jugular

X Par Vago Sulco lateral posterior Misto Forame Jugular

XI Par Acessório Sulco lateral posterior Motor Forame Jugular

XII Par Hipoglosso Sulco pré-olivar Motor Canal do hioglosso

**O sistema nervoso central possui 5 cavidades:


- Canal central da medula
- III Ventrículo
- IV Ventrículo
- Ventrículos laterais (são dois)
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DIENCÉFALO

Estrutura que está alocada lateralmente ao III ventriculo

Origem

• Provém da parte inferior do prosencéfalo.

• É a 2ª subdivisão do prosencéfalo e está quase que total-


mente envolvido pelos hemisférios cerebrais do telencéfalo.

• Se estende do tronco encefálico até o cérebro e circunda


o III ventrículo. estrutura que está alocada lateralmente ao
III ventriculo

• O diencéfalo são as paredes laterais do terceiro ventrículo.

Terceiro ventrículo

• É uma estreita fenda/cavidade, impar e mediana que faz comunicação com o IV ventrículo, através do aqueduto
cerebral e com os ventrículos laterais pelo forame interventricular.
A Cavidade bilateral que está mais alta, são os ventrículos laterais, eles vão convergir através dos forames interven-
triculares para o III ventrículo (cavidade ímpar e mediana).

Divisão do diencéfalo

O diencéfalo é segmentado em quatro partes principais:

- Tálamo

- Hipotálamo

- Epitálamo (mais posterior)

- Subtálamo (fica por baixo do tálamo)

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→ Estruturas do Telencéfalo:
Sépto pe-
- Corpo Caloso – está acima do septo pelúcido. O corpo caloso lúcido
Fórnix
equivale a um conjunto de fibras intercomissurais, e está divi-
dido em: rostro; joelho; tronco e esplênio 3
2
- Septo pelúcido: é uma membrana que separa o corno ante-
rior do ventrículo lateral. 1 4

Corpo Caloso
1 - Rostro
2 - Joelho
3 - Tronco
4 - Esplênio

TÁLAMO

O tálamo é o centro retransmissor das informações sensitivas

É formado por duas massas ovoides de tecido nervoso unidos pela aderência intertalâmica – cresce do meio para o lado.

• Forame interventricular: comunicação do III ventrículo com o ventrículo lateral. Está localiza o na região mais anterior
do fórnix.

• Sulco hipotalâmico: liga o forame interventricular ao aqueduto cerebral - separa o tálamo do hipotálamo

• Aderência intertalâmica: vai ligar o tálamo direito ao tálamo esquerdo

O tálamo apresenta as seguintes estruturas: neuroglia, corpos de neurônio e fibras predominantemente amielínicas –
substância cinzenta.

Delimitações

- Medialmente: III Ventrículo;

- Superiormente: fissura longitudinal e fissura transversa.

- Inferiormente: hipotálamo e subtálamo.

- Lateralmente: ramo posterior da cápsula interna (substância branca).


Capsula interna: ramo anterior; joelho da cápsula; ramo posterior.

• Ponto mais anterior do tálamo: Tubérculo anterior – ele está relacionado ao


núcleo anterior do tálamo que está relacionado às funções emocionais – sistema Corpo Geniculado medial
límbico. Audição

• Ponto mais posterior do tálamo: Pulvinar do tálamo (ele disse que de vez em Corpo Geniculado Lateral
Visão
quando coloca nas provas), que se projeta sobre os corpos geniculados lateral
(impulsos visuais) e medial (impulsos auditivos).

• O sulco intertalâmico ou hipotalâmico: separa o tálamo do hipotálamo – liga o forame interventricular até o aqueduto
cerebral.

• Percorrendo a parte mais alta das paredes laterais, há um feixe de fibras nervosas, estrias medulares, onde se insere a
plexo coróide, que forma o tecto do III Ventrículo.

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• Aderência intertalâmica: corresponde ao local onde um tálamo faz ligação com o Tubérculo Anterior do tálamo
outro tálamo

• As estrias medulares do tálamo fazem a separação entre as faces superior e medial.

O tálamo é, na realidade, um agregado de núcleos de conexões muito diferentes, o


que indicam funções também diversas.

• Plexo Coroide do III Ventrículo: tem início a nível do forame interventricular em di-
reção à estria medular do tálamo

Plexo Coroide
Estria medu-
lar do tálamo

Aderência In-
tertalâmica

Sulco Inter-
talâmico

Funções

- Faz parte do Sistema Límbico – que trabalha om emoções (núcleo


anterior);

- É a unidade responsável pelas emoções e comportamentos


sociais.

- Recebe as primeiras sensações de: tato; dor; temperatura; pressão


antes que cheguem ao córtex (VPL).

- Centro retansmissor de estimulos sensitivos (visão e audição –


pulvinar do tálamo).

- Manutenção dos estados de: consciência; vigília; sono; e atenção.

- Aquisição de conhecimento (cognição)

OBS: O tálamo é a principal estação retransmissora (relay station) para os impulsos sensoriais em seu caminho para o
cérebro, vindos da medula espinhal, tronco encefálico, cerebelo e outras partes do cérebro.

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Núcleos do tálamo

Anterior Grupos situados no tubérculo anterior do tálamo Comportamento Emocional

Posterior Compreendem estruturas que fazem conexões no pulvinar do tálamo Visão e audição

Mediano Possui conexões com o hipotálamo e tem relações com funções viscerais

Medial Trabalha com sistemas de ativação de funções do córtex cerebral.

Lateral Núcleo ventral anterior (VA) Motricidade somática

Participa da via cerebelo-tá-


Núcleo ventral lateral (VL) (Ventral Intermédio)
lamo-cortical

Vias sensitivas
Núcleo ventral postero lateral (VPL)
Tato epicrítico

Fibras do leminísco trigemi-


Núcleo ventral postero medial (VPM)
nal e projeta fibras para
áreas gustativas

FORAME INTERVEN-
TÁLAMO
TRICULAR
HIPOTALÂMICO

HIPOTÁLAMO
AQUEDUTO
CEREBRAL
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HIPOTÁLAMO

- Situa-se abaixo do tálamo e também está recoberta pelo telencéfalo.

- Atua como centro nervoso autônomo acelerando ou refreando certas funções do corpo e secreta vários hormônios (a
nível da hipófise).

- O hipotálamo mantém a homeostasia global do corpo

- É um órgão responsável pelas principais enfermidades psicossomáticas.


Fórnice
HIPOTÁLAMO

comissura
anterior

Túber cinéreo

Lâmina Terminal
Recesso
supraótico
Hipófise
Quiasma óptico

corpos mamilares infundíbulo

Principais Regiões

• Comissura anterior: conjunto de fibras intercomissurais. Está


muito relacionada com a memória

• Lâmina terminal – a frente da lâmina terminal há uma região


telencefálica denominada de área septal

• Corpos mamilares – sistema olfatório

• Recesso supraóptico: onde se forma o quiasma óptico

• Quiasma óptico: decussação dos nervos ópticos.

• Túber cinéreo: conecta a glândula hipófise ao hipotálamo.

• Infundíbulo: Prende a hipófise ao hipotálamo tem forma de fu-


nil.

• Recesso infundibular: visão interior do infundíbulo, onde ele cresce e nasce.

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Glândula Hipófise

- Tem a forma de uma Ervilha

- É apoiada na sela túrcica osso esfenoide – dentro da fossa


hipofisária

- Bastante Vascularizada

- É dividida em Lobos Anterior (Adeno-hipofise) e posterior


(Neuro-hipofise).

Principais Hormônios Da Hipófise

-Hormônio do crescimento (HC) ou Somatotrófico;

Este hormônio estimula o crescimento e a reprodução celulares em humanos e outros animais. Crescimento em idade
adulta = acromegalia.

Hormônio Tireotrófico (TSH)

É um hormônio que induz a maior ou menor atividade da tiroide. Hiper ou hipotireoidismo

Hormônio Adrenocorticotrófico (ACTH)

Atua sobre as células da camada cortical da glândula adrenal, estimulando-as a sintetizar e liberar seus hormônios,
principalmente o cortisol, também estimula o crescimento desta camada.

Hormônio Folículo Estimulante (FSH)

A FSH regula o desenvolvimento, crescimento, a maturação na puberdade e os processos reprodutivos.

Hormônio Luteinizante (LH)

É a proteína reguladora da secreção da progesterona na mulher e controla o amadurecimento dos folículos de Graaf a
ovulação, a iniciação do corpo lúteo. No homem, estimula as células de Leydig a produzir a testosterona, que é o hor-
mônio responsável pelo aparecimento dos caracteres sexuais secundários do macho e pelo apetite sexual.

Prolactina

Principal função estimular a produção


de leite pelas glândulas mamárias e o au-
mento das mamas

Ocitocina

Função de promover as contrações mus-


culares uterinas e reduzir o sangramento
durante o parto e para estimular a libera-
ção do leite materno

Hormônio Antidiurético (ADH)

No humano secretado em casos de desi-


dratação e queda da pressão arterial; fa-
zendo com que os rins conservem a água
no corpo, concentrando e reduzindo o vo-
lume da urina. Relacionado à diabetes in-
sipidus.

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Funções

- Regulação Cardiovascular

- Regulação da temperatura corpórea;

- Regulação da água e equilíbrio eletrolítico;

- Regulação da fome e controle da atividade gastrintestinal;

- Regulação do sono e vigília

- Resposta sexual: Hormônio Luteinizante (LH)

- Emoções (sistema limbico)

- Controle das funções endócrinas

EPITÁLAMO

Está localizado na parte superior e posterior do diencéfalo e contém formações endócrina e não endócrinas.

- Parte não-endócrina
• Comissura das habênulas: liga as duas porções não endócrinas...
• Trígono das habênulas: lateralmente à glândula pineal
• Comissura posterior: conjunto de fibras intercomissurais - anteriormente á comissura das habênulas.
As estrias medulares – partem do trígono das habênulas para a face medial do tálamo;

- Parte endócrina
• Glândula pineal: produz melatonina – que regula o nosso relógio biológico
• Recesso pineal:
Sua principal função em regular o sono; ou seja, em um ambiente escuro e calmo, os níveis de melatonina do organismo
aumentam, causando o sono.
Glândula
Pineal
Trígono das
habênulas

Glândula Pineal

SUBTÁLAMO

• Limitando-se superiormente com o tálamo e anteriormente com o hipotálamo;

• Contêm o núcleo subtalâmico responsável pelo controle dos movimentos.

• Principal função: controle muscular involuntário, mesmo na musculatura esquelética.

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CEREBELO

Eponímia - Do latim Cerebellum, diminuitivo de Cerebrum.

Segundo o critériometamérico: é um órgão do sistema nervoso supra segmentar (internamente com substância branca
e perifericamente com substância cinzenta – córtex cerebelar), derivado do metencéfalo.

Localização topográfica

Está localizado na fossa (posterior) cerebelar do osso occipital, dorsalmente ao bulbo e a ponte. Se encontra dorsal-
mente ao IV ventrículo, abaixo do lobo occipital do telencéfalo.

Conceito

Parte do SNC que deriva da divisão posterior do metencéfalo.

Situação

Fossas cerebelares da escama do occipital, abaixo do lobo occipital, separado pela tenda do cerebelo e posterior à
ponte e ao bulbo. Participa da formação do teto do quarto ventrículo.

IV Ventrículo e Cerebelo

Participa da formação do tecto do IV ventrículo, cuja presença de uma prega da dura mater, denominada tenda do
cerebelo, o separa do lobo occipital do cérebro.

Fixação

Ao mesencéfalo, ponte e bulbo através dos pedúnculos cerebelares (Superior; médio; inferior).

Forma

Elipse irregular – na formação da elipse há a presença de duas incisuras, a anterior (maior) e a posterior (menor).

Peso

140 Gramas

Dimensões

Transversal (8-10cm).

Anteroposterior (5,5-6,5cm).

Vertical (5cm).

Função do cerebelo

É a parte do encéfalo responsável pelo controle dos movimentos voluntários, aprendizagem motora (através da comu-
nicação com as olivas), controle do tônus muscular e equilíbrio.

Obs: Em lutas profissionais é proibido atacar o oponente na região na nuca, pois lá pode atingir o cerebelo afetando
principalmente o equilíbrio.

Visão Superior Visão anterior

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Divisões do cerebelo

Hemisfério cerebelar direito

Divisão ana- Hemisfério cerebelar esquerdo


tômica
Vérmis

Lobo anterior
Divisão onto-
Cerebelo
genética Lobo posterior

Flóculo-nodular

Arquiocerebelo
Divisão filo-
genética Paleocerebelo
Neocerebelo

DIVISÃO ANATÔMICA

- Vérmis: estrutura mediana que une o hemisfério cerebelar direito ao hemisfério cerebelar esquerdo

- Hemisfério cerebelar direito

- Hemisfério cerebelar esquerdo

Conformação Externa

• Vários sulcos (mais raso), fissuras (mais profundo), folhas, lóbos (conjuntos de fo-
lhas).

• Margens ou bordas anterior e posterior.


Árvore da vida do cerebelo
• Incisuras anterior (maior) e posterior (menor). Corte sagital mediano
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DIVISÃO ONTOGENÉTICA

A divisão ontogenética é baseada no desenvolvimento do homem. Nesta divisão consideramos o cerebelo dividido em:

- Lobo anterior Se a pessoa tiver um PAF no lobo anterior da divisão


Conexão: medula ontogenética, ele vai ter paralisia flácida; não terá
Função: regulação do tônus muscular e postura tônus e postura para ficar ereto, ou até mesmo sen-
tado.
- Lobo posterior Uma lesão nessa região, quem joga vôlei, por exemplo,
Conexão: córtex não conseguirá fazer aquelas jogadas, pois a sequência
Função: coordenação do movimento voluntário complexa de movimentos estará comprometida.

- Lobo flóculo-nodular
Conexão: vestibular
Função: equilíbrio

DIVISÃO FILLOGENÉTICA

Esta divisão se baseia no desenvolvimento do cerebelo considerando desde os seres mais simples até os mais comple-
xos. Para localizar as síndromes cerebelares devemos conhecer a sua divisão,que está baseada na filogênese do órgão
e é dividida em três fases.

Arquicerebelo ou Cerebelo Vestibular (equilíbrio)

A primeira fase de evolução aparece juntamente com os seres bem primitivos, os ciclóstomos. Estes animais têm a
necessidade de se manter em equilíbrio no meio líquido, por serem desprovidos de membros e fazer em movimentos
ondulatórios bem simples. O equilíbrio é conseguido pois o cerebelo consegue coordenar a atividade muscular dos
ciclóstomos, através de impulsos recebidos dos canais semicirculares que se encontram na parte vestibular da orelha
interna e dão informações sobre a posição do animal. (equilíbrio relacionado à lateralidade)

Paleocerebelo ou Cerebelo Espinhal (marcha e postura)

O cerebelo da segunda fase é assim chamado por que mantém conexões com a medula espinhal. Os animais surgidos
nessa fase são os peixes, que por apresentar os membros (nadadeiras) fazem movimentos mais elaborados do que os
ciclóstomos. O cerebelo já é capaz de controlar tônus muscular e manter a postura adequada. (relacionado a latera-
lidade e ao movimento de sobe e desce).

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Neocerebelo ou Cerebelo Cortical (problema motor)

É a última fase. Corresponde ao surgimento dos mamíferos. Esta parte do cerebelo mantém conexões com o córtex
cerebral, com o objetivo de manter o controle dos movimentos finos. Nesta fase se desenvolveu a capacidade de usar
os membros para movimentos delicados e assimétricos. (sequencias complexas do movimento)
Vestibulocerebelo
(Archiocerebelo)

Espinocerebelo
(Paleocerebelo)

Cerebrocerebelo
(Neocerebelo)

Cerebelo – Estrutura Macroscópica

- Vérmis cerebelar
- Hemisférios cerebelares
- Folhas do cerebelo
- Fissuras do cerebelo (sulcos mais profundos)
- Corpo medular do cerebelo
- Lâminas brancas do cerebelo
- Córtex cerebelar
- Arvore da vida

FISSURAS:
Prima
Prima – divide o lobo anterior e posterior

Horizontal

Pós-Clival

Postero-Lateral – divide lobo


posterior de flóculo-nodular
Horizontal – divide face anterior e posterior

Fólium Vérmis
Declive

Cúlmen Hemisférios Cerebelares


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Pedúnculos Cerebe- Cúlmen
Língula
lares
Dorso-Lateral

Retro-Tonsilar

Flóculo
Nódulo Úvula Tonsila

Lóbulos do Vermis Fissuras

- Língula – ponto mais anterior da face superior - Pré-central


- Lóbulo Central
- Pré-culminar (pré-culminal)
- Cúlmen – ponto mais alto do cerebelo
- Prima (primária)
- Declive
- Pós-clival
- Folium – ponto mais posterior da face superior
- Horizontal
- Túber
- Pré-piramidal
- Pirâmide

- Úvula - Pós-piramidal (secundária)

- Nódulo – fica abaixo do IV ventrículo - Póstero-lateral

Cúlmen Prima
Pré-Culminar

Declive

Lóbulo Central
Pós-Clival
Pré-central
Fólium
Língula
Horizontal
Véu Cerebelar Superior
Túber
Véu Cerebelar Inferior

Nódulo Pré -Piramidal

Pirâmide
Postero-Lateral

Pós -Piramidal

Úvula
L L CDF T PUN
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Núcleos Centrais do Cerebelo

- Denteado Corte coronal


- Emboliforme
Interpósito
- Globoso

- Fastigial

Disfunções Cerebelares

Em linhas gerais não acarretará distúrbios de consciência, paralisias nem alterações sensitivas, mas efeitos na atividade
motora. Como as conexões cerebelares não são cruzadas, as lesões cerebelares têm alterações homolaterais - ipsilate-
rais.

O cerebelo e o esporte

A performance no esporte depende do cérebro, mas não era assim no passado. Durante toda a história do esporte não
se ligava para o cérebro. Um atleta era considerado bom se tinha boa definição muscular e era bem coordenado. A
performance de elite está ligada no cérebro.

Quase todos os esportes são dinâmicos e exigem que as decisões sejam tomadas em milissegundos. Um erro em uma
pequena porcentagem ou em um décimo de segundo, você perde. E essa a diferença entre o atleta de excelência e o
bom.

E uma questão de coordenação mão, olho e treino, muito treino. Usamos os lóbulos frontais para aprender como exe-
cutar uma atividade, mas a área que mais se beneficia com o treino é o cerebelo. Ele é totalmente responsável pela
coordenação de uma sequência de movimentos que venha a ser complicada. Ele envia a 100 bilhões de células nervosas
do corpo, que por sua vez dizem aos músculos o que queremos que façam.

O lobo frontal monitora a atividade, mas na maior parte do tempo se afasta e permite que o cerebelo e o resto do
cérebro se envolvam com este comportamento que foi treinado tantas vezes. Os lóbulos frontais simplesmente não
conseguem acompanhar o processamento das informações necessárias para desempenhar uma tarefa de alto nível,
por isso o cerebelo assume com a sua memória de procedimento. É como se fosse um arquivo no qual se tem acesso a
essa memória motora já praticada. Por isso que quanto mais treino, mais reforçada as conexões neurais e assim o
cerebelo sabe quais músculos e nervos acionar cada vez.

Disfunções Cerebelares

É de grande importância conhecer as divisões do cerebelo, principalmente a filogenética, para entender como algumas
disfunções se manifestam fisicamente no indivíduo.

As lesões cerebelares produzem sinais e sintomas ipsilaterais, isto é, correspondem ao mesmo lado em que ocorreu a
lesão. As lesões no vérmis associam-se a manifestações no tronco e as dos hemisférios cerebelares nos membros.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


• Lesões no Arquicerebelo
São mais raras, geralmente causadas por tumores no teto do quarto ventrículo. Principais consequências: disfunção de
postura e estabilidade, ou seja, lesão do lóbulo anterior e lesão do lóbulo fóculo- nodular, afetando o equilíbrio).

• Lesões no paleocerebelo
São geralmente causadas por alcoolismo crônico. Sintomas: alargamento da marcha e tremores no final e no início do
movimento (ataxia, afetando principalmente as extremidades e também está relacionado a um desvio na marcha para
o lado eu aconteceu a lesão), podem causar disdiadococinesia (dificuldade de realizar movimentos rápidos alternada-
mente), fracionamento do movimento, dismetria (dificuldade de apontar. Não é Parkinson, pois nesse caso já envolve
subtálamo, que há dificuldade de controlar a musculatura, pois há um núcleo no subtálamo que faz conexões com o
estriato através das fibras nigroestriatais, em que o neurotransmissor é a dopamina).

• Lesões no neocerebelo
São lesões que causam problemas de rechaço, descoordenação entre os músculos agonistas e antagonistas (manobra
do rebote), nistagmo (descoordenação dos músculos do globo ocular no sentido horizontal e vertical, causando dicopia
no paciente, pois não coordena o movimento do olho direito com o olho esquerdo, formando a imagem no lugar er-
rado, tendo visão dupla), disartria (descoordenação nos músculos da laringe. Caracteriza uma fala lenta e indistinta.
Compromete o nervo craniano acessório).

• Ataxia (tremores no começo e no final do movimento)


• Ataxia cerebelo:
• Afeta principalmente as extremidades dos membros, acompanhando-se do desvio da marcha e do corpo para
o lado da lesão.
• Disdiadococinesia (dificuldade de realizar movimentos rápidos e coordenados)
• Dismetria (dificuldade em apontar um alvo) – cerebelopata
• Rechaço (descoordenação motora entre os M.m. agonistas e antagonistas)
• Nistagmo (é uma descoordenação dos M.m. do globo ocular, nos sentidos horizontal, vertical ou circular)
• Disartria (é uma descoordenação nos M.m. da laringe. fala lenta e indistinta)
• Decomposição de Movimentos (é a fragmentação dos movimentos articulação por articulação)

Síndrome do Paleocerebelo

Esta síndrome está ligada ao alcoolismo crônico. Ocorre como consequência da degeneração do córtex do lobo anterior.
O paciente perde o equilíbrio, necessitando andar com a base alargada - ataxia dos membros inferiores.

Vascularização e Síndromes vasculares o cerebelo

O cerebelo é irrigado por 3 vasos:

- Artéria cerebelar superior (vai para a parte superior) – lobo anterior - paleocerebelo

- Artéria cerebelar anterior e inferior – AICA (vai para a porção anterior-inferior) – lobo flóculo-nodular - arquicerebelo

- Artéria cerebelar posterior inferior – PAICA (vai para a porção posterior-inferior) -lobo posterior - neocerebelo

AVC

A lesão de uma dessas artérias causa uma lesão dos pedúnculos cerebelares.

→ Lesão de PAICA – lesão de cerebelo ipsilateral, alteração de sensibilidade contralateral e disfagia (atinge o bulbo) –
síndrome de wallenberg.

→ Lesão de AICA – alteração cerebelar ipsilateral, alteração de sensibilidade contralateral, com tontura e surdez (lesão
de núcleo vestibular e coclear)

→ Lesão cerebelosa superior – síndrome pontinha lateral superior – ataxia do lado da lesão... vômito e do lado oposto
a alteração da sensibilidade profunda

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


TELENCÉFALO

Telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais direito e esquerdo.

São separados (incompletamente) por uma fissura longitudinal do cérebro, cujo assoalho é formado por uma larga faixa
de fibras comissurais, o corpo caloso - que é a principal meio de união entre os dois hemisférios.

Ele é originado do tubo neural, o prosencéfalo vai dar origem ao telencéfalo.

fissura longi-
tudinal

Corpo Caloso

É a maior das comissuras inter-hemisféricas.

É formado por um grande número de fibras mielínicas que cruzam o


plano sagital mediano e penetram de cada lado no centro branco me-
dular do cérebro, unindo áreas simétricas do córtex de cada hemis-
fério.

Estabelece conexões entre áreas corticais simétricas dos dois hemis-


férios cerebrais, exceto as do lobo temporal (comissura anterior). Comissura
anterior
Permite a transferência de conhecimentos e informações de um he-
misfério ao outro para que funcionem em harmonia.

Pode ser seccionado para tratamento de epilepsia descontrolada,


cessando a transmissão de informações inter-hemisféricas

Comissura Anterior

Possui uma parte olfatória (assim como os corpos mamilares - diencéfalo) fazendo a ligação entre os tractos olfatórios.

Parte não olfatória que interliga os lobos temporais

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


Telencéfalo

Cada hemisfério cerebral consiste de uma camada externa - o córtex (massa de substância
cinzenta), e uma massa interna de substância branca (centro semi-oval). A massa de subs-
tância branca está repleta de núcleos de substância cinzenta (núcleos da base). Podemos
observar também a existência dos ventrículos laterais.

Quanto ao critério metamérico: é um órgão suprasegmentar.

Cada Hemisfério Possui três faces

• Supero lateral (em cima e do lado) - convexa

• Medial - plana

• Inferior - irregular

Supero Lateral Medial


Inferior

Cada Hemisfério Possui três pólos

• Frontal – ponto mais anterior

• Occipital – ponto mais posterior

• Temporal

Superficie cerebral

A superfície do cérebro do homem e de vários animais apresenta depressões denominadas sulcos, que delimitam os giros
ou circunvoluções cerebrais. A existência dos sulcos permite considerável aumento do volume cerebral e sabe-se que
cerca de dois terços da área ocupada pelo córtex cerebral estão “escondidos” nos sulcos.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


Os dois sulcos mais importantes

• Sulco Lateral ou de Sylvius: Tem início na base do cérebro late-


ralmente a substância perfurada anterior (presente na base da
estria olfatória) – está apoiada no Julgo Esfenoidal. É um sulco que
separa o lobo frontal do lobo temporal
-Está dividido em ramos: anterior, ascendente e posterior.

• Sulco central do cérebro ou de Rolando. Sulco profundo que per-


corre obliquamente a face súpero-lateral do hemisfério cerebral
separando os lobos frontal e parietal. É ladeado por dois giros pa-
ralelos, um anterior ou giro pré-central (zona motora) e um pos-
terior ou giro pós-central (zona sensitiva somestésica).

Lobos cerebrais

Os lobos cerebrais recebem o nome de acordo com a sua localização em relação aos ossos do crânio.

Temos cinco lobos: frontal, temporal, parietal, occipital e o lobo da ínsula, que é o único que não se relaciona com
nenhum osso do crânio, pois está situado profundamente no sulco lateral.

FACE SÚPERO-LATERAL

→ Lobo forontal – está acima do sulco lateral e a frente do sulco central

Sulcos:

- Sulco pré-central

- Sulco frontal superior

- Sulco frontal inferior

Giros:

- Giro pré-central (principal área motora)

- Giro frontal superior

- Giro frontal médio

- Giro frontal inferior (giro de broca – hemisfério esquerdo – centro cortical da palavra falada)

Parte orbital

Parte triangular

Parte opervcular

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Lobo Frontal

• Sulco Pré-central: mais ou menos paralelo ao sulco central.

• Sulco Frontal Superior: inicia-se na porção superior do sulco pré-central e dirige-se anteriormente no lobo frontal. É
perpendicular a ele.

• Sulco Frontal Inferior: partindo da porção inferior do sulco pré-central, dirige-se para frente e para baixo.

→ Homúnculo de Penfield (homúnculo sensitivo motor ou córtex sensitivo-motor primário)

Encontra-se na altura do giro pré-central (motor) e pós-central (sensitivo). É a representação do corpo humano no
córtex cerebral.

O córtex motor e o córtex sensitivo também são chamados de córtex cerebral primário secundário e terciário.

- Primário – possuem funções primárias bem estabelecidas. (só neurônios que controlam a parte motora/sensitiva)
- Secundário – associação. Auxiliam o córtex primário.
- Terciário – relacionado com funções cognitivas. Áreas de associação. Uma lesão nessa área causa um distúrbio
cognitivo mais complexo

∟ Face medial: membros inferiores (lesão de predomínio crural)

∟ Face supero-lateral: membros superiores, mão, face e região da fala (lesão de predomínio braquio-facial)

Uma lesão na cápsula interna resulta numa paralisia completa, pois as fibras se concentram nessa região.

OBS: cirurgias com pacientes tocando violão; cantando; sendo estimulados são feitas para que o cirurgião tenha uma
noção de que área ele está estimulando no momento da cirurgia, para que não haja sequelas graves.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


• Giro Pré-central: localiza-se entre o sulco central e o sulco pré-central. Neste giro se localiza
a área motora principal do cérebro (córtex motor). 4
4 de Brodmann
Faz movimentação de grupos musculares do lado oposto

6
9 8
• Giro Frontal Superior: localiza-se acima do sulco frontal superior. 10
6,8,9,10, 11 e 12 (12 é na face medial) de Brodmann 11
Concepção ou planejamento de sequências complexas de movimento
12
Área motora suplementar

• Giro Frontal Médio: localiza-se entre o sulco frontal superior e inferior. 10


10 (é uma projeção da área 10, estando relacionada aos movimentos complexos) e 47 47
(ligada a cognição - aquisição de conhecimento) de Brodmann.

• Giro Frontal Inferior: localiza-se abaixo do sulco frontal inferior. O giro frontal inferior do hemisfério esquerdo é o
centro cortical da palavra falada.
- Área de Broca situada entre a 44 e parte da 45, programação da atividade motora relacionada com a expressão da
linguagem.
- Controle dos músculos da vocalização (afasia) – problema = Afasia de broca
- Se divide em orbital; triangular opercular

*** O centro da fala determina a dominância hemisférica. Em pacientes destros 99% do centro da fala fica do lado
esquerdo – dominância cerebral esquerda. Em pacientes canhotos metade possui uma dominância cerebral direita
e a outra metade possui dominância cerebral direita

Área Triangular
Área 46 de Brodmann
Área Opercular
Área 44 de Brodmann
Área Orbital
Área 45 de Brodmann

Lobo Temporal

• Sulco Temporal Superior: inicia-se próximo ao polo temporal e dirige-se para trás paralelamente ao ramo posterior do
sulco lateral, terminando no lobo parietal.

• Sulco Temporal Inferior: paralelo ao sulco temporal superior é geralmente formado por duas ou mais partes descon-
tinuas.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


• Giro Temporal Superior: localiza-se entre o sulco lateral e o sulco temporal superior.
- Giro temporal transverso anterior - área 41 e 42 (audição)
- Giro temporal transverso posterior - Área de Wernicke
Relacionada com a área 22 B. compreensão da fala.
- Área 38 de B.
Relacionada com olfato e emoções Sulco temporal Sulco temporal
transverso ante- transverso poste-
rior rior

Giro Temporal Trans-


verso
Posterior - área de
Wernickie 22 (com-
Área 38 (ol- preensão da palavra)
fato e emo-
ções) Giro Temporal Transverso
Anterior - área 41 e 42 (au-
dição – colicolo inferior)

** Compreensão da fala – Dominância cerebral

Anatomia da linguagem

Distúrbios de linguagem: afasia

Dominância cerebral: é um conceito em que um dos hemisférios e relação ao outro. O hemisfério dominante é o
hemisfério onde se encontra a fala.
- Pessoa destra: em 99% o centro da fala se encontra no hemisfério esquerdo
- Pessoa canhota: o centro da fala se encontra 50% no lado direito e 50% do lado direito.
Eventualmente (muito raro) pode ocorrer um caso de codominância, onde o centro da fala fica em ambos os lados.

- Área de broca: parte motora da fala (na frente) – lesão nessa área: afasia motora
- Área de Wernickie: parte sensitiva da fala (atrás) – lesão nessa área: afasia sensitiva
- Lesão no fascículo arqueado: afasia de condução
- Lesão em tudo: afasia global

Para diferenciar deve-se analisar a fluência, compreensão e a repetição do discurso da pessoa.

∟ Uma pessoa com afasia motora (área de broca) – não consegue falar o que é quando perguntado. Não possui
fluência (não consegue dizer o nome, falar, expressar, verbalizar as coisas). Ele entende tudo o que fala, mas não
consegue verbalizar.

∟ Uma pessoa com afasia sensitiva (Área de Wernickie) – fala de maneira louca, mas não compreende o que fala ou
o que escuta (fala o tempo todo, mas fala coisas sem sentido).

∟ Uma pessoa com afasia de condução (fascículo arqueado): compreende, mas não consegue repetir (não consegue
repetir três palavras faladas)

Exame de mini mental.

Encefalopatia de wernicke korsakoff: quando um paciente alcoólatra recebe insulina sem repor vitamina B – leva a
uma degeneração, isso é uma causa metabólica de afasia – problema de metabolismo cerebral.

Obs: Disfasia/afasia é um problema de córtex cerebral.


Disatria: hipoglosso, tronco, hipoglosso (dificuldade de articular a linguagem, mas não da linguagem propria-
mente dita.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


• Giro Temporal Médio: localiza-se entre os sulcos temporal superior e o temporal inferior.
- Área 21 de Brodmann
Relacionada com forma visual e memória

• Giro Temporal Inferior: localiza-se abaixo do sulco temporal inferior e se limita com o sulco occípito-temporal.
- Área 20 de Brodmann
Relacionada com forma visual e memória
- Área 37 de Brodmann
Relacionada com percepção visão, palavra e leitura.

22
41/42
38 21
37
20
Incisura Pré-occipital
Lobo Parietal

• Sulco Pós-central: localiza-se posteriormente ao giro pós-central. É paralelo ao sulco central.

• Sulco Intraparietal: geralmente localiza-se perpendicular ao sulco pós-central (com o qual pode estar unido) e es-
tende-se para trás para terminar no lobo occipital.

• Giro Pós-central: localiza-se entre o sulco central e o sulco pós-central. É no giro pós-central que se localiza uma das
mais importantes áreas sensitivas do córtex, a área somestésica.
- Áreas 1,2,3 de Brodmann - vias sensitivas de tato, pressão, térmico-dolorosas.

• Lóbulo Parietal Superior: localiza-se superiormente ao sulco intra-parietal.


- Área 7 de Brodmann - relacionada a percepção
- Área 19 de Brodmann - relacionada a visão, cor, profundidade e movimento.

• Lóbulo Parietal Inferior: localiza-se inferiormente ao sulco intraparietal. Neste, descrevem-se dois giros: o giro su-
pramarginal, curvando em torno da extremidade do ramo posterior do sulco lateral, e o giro angular, curvando em
torno da porção terminal e ascendente do sulco temporal superior.
- Área 39 e 40 de Brodmann - relacionada ao olfato e emoções.

1
2
3 7
39
40 19

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


** (Prof. Francisco disse que não cai isso em prova, mas que é importante saber)
Lesões geralmente de córtex secundário e terciário (associação de funções) – lesões de lobo parietal, principalmente.
- Apraxia: perda da capacidade em executar movimentos e gestos precisos que conduziriam a um dado objetivo.
- Agnosia: Perda/deterioração da capacidade para reconhecer ou identificar objetos apesar de manterem a função sen-
sorial intacta (visão, audição e tato)
- Apraxia de vestimenta: não consegue abotoar a blusa, colocar um cinto (movimento complexo)
- Negligência sensorial / agnosia espacial: o paciente negligencia um lado do corpo (em condições normais)
- Agrafestesia: incapacidade de sentir letras escritas na própria mão
- Asteriognesia: incapacidade de reconhecer um objeto pelo toque
- Síndrome de Gerstmann: lesão no lobo parietal inferior dominante. Pode causar uma afasia de condução, Alexia (in-
capacidade de leitura). O paciente vai ter confusão direta esquerda, não consegue escrever, calcular (acalculia) e é
incapaz de reconhecer os dedos da mão.

Lobo Occipital

• O lobo occipital ocupa uma porção relativamente pequena da face súpero-lateral do cérebro, onde apresenta peque-
nos sulcos e giros irregulares e inconstantes. Os principais sulcos e giros desse lobo são visualizados na face medial do
cérebro.
• É uma área de associação visual, com o recurso de extração, forma integrando
funções de reconhecimento, de atenção.
- Áreas 19,18,17 de Brodmann – visão, cor, movimento e profundidade
- O sulco lunatus: é constante do lobo occipital
- Sulco occipital lateral: parte do lunatus em direção ao lobo temporal
- Sulco occipital transverso: chega próximo ao lunatos
Sulco Lunatus

Lobo da Ínsula

O lobo da ínsula é visualizado afastando-se os lábios do sulco lateral. A ínsula tem forma cônica e seu ápice, voltado
para baixo e para frente, é denominado de límen da ínsula.

• Sulco Central da Ínsula: parte do sulco circular, na porção superior da ínsula, e dirige-se no sentido antero-inferior.
Divide a ínsula em duas partes: giros longos e giros curtos.

• Sulco Circular da Ínsula: circunda a ínsula na sua borda superior.

• Giros Longos da Ínsula: estão localizados posteriormente ao sulco central da ínsula.

• Giros Curtos da Ínsula: estão localizados anteriormente ao sulco central da ínsula.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


FACE MEDIAL

→ Lobo frontal e parietal

Sulcos:

- Sulco do corpo caloso: ele vai margear o corpo caloso

- Sulco do cíngulo: se divide em duas partes: ramo marginal e ramo subparietal

- Sulco paracentral

- Sulco parieto-occipital: separa a região parietal da região occipital

- Sulco calcarino:

Giros:

- Giro do cíngulo

- Lóbulo paracentral (áreas motoras e sensitiva relacionadas com a perna e o pé) – área 5 de Brodmann (dividida em
duas, a primeira é 5m (motora) e a outra é 5s(sensitiva).

- Giro frontal superior

- Ístimo do Cíngulo (área 30 de Brodmann) – é um estreitamento posteriormente ao corpo caloso

- Gifo fasciolar – é a projeção do Ístimo do Cíngulo, continuidade da área 30.

- Giro occipitotemporal medial

- Área 24 – córtex anterior do cíngulo - límbica • Sistema límbico =


- Área 23 – córtex posterior do cíngulo - límbica relacionado a emoções
- Área 31 – córtex associativo límbico -límbica
- Área 25 (área septal) – córtex límbico
- Área 5 – córtex sensitivo somático sensorial (posteriormente) – motora e sensitiva
- Área 30 – córtex associativo límbico - límbica
- Área 19 – fica nos lábios do sulco calcarino, onde se encontra o centro da visão

Sulco Ramo marginal


Sulco do Paracentral do sulco do Ramo
cíngulo cíngulo subparietal
Sulco do
corpo caloso
Sulco pari-
eto-occipital

Sulco
calcarino
Fórnix
Ventrículo
lateral –
corno anterior

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


5m
5s

31
23

24 30 19
25
Giro Fasciolar

FÓRNIX Colunas do fór- Corpo do


nix anterior fórnix
Comissura
É uma estrutura que se encontra abaixo do septo pelú- do fórnix
cido. Ele começa a nível dos corpos mamilares e con-
verge para posterior dando origem ao hipocampo.

A coluna do fórnix posterior dá origem ao hipocampo Corpos


(estrutura que transforma a memória recente em me- Mamila-
res
mória permanente).
Colunas do fórnix
O local onde fica o hipocampo é o corno inferior do ven- posterior

trículo lateral.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


FACE INFERIOR

→Face inferior do frontal

- Sulco olfatório: fica abaixo do nervo olfatório


Face inferior do
- Sulcos orbitários frontal

- Giros Orbitários

- Giro reto

* As impressões digitiformes no teto da órbita do osso frontal


são impressas pelos giros e sulcos orbitários

• Nervo olfatório

Logo na frente da substância perfurada anterior ficam localizadas as 3 estrias olfatórias, que convergem e formam o
trato olfatório, que irá se dilatar e formará o bulbo olfatório, que vai estra a nível da lâmina crivosa do osso etmoide.

Bulbo
olfatório

Tracto
olfatório

Estria Estria
olfatória olfatória
medial lateral

Estria olfatória
intermédia
Substância perfurada anterior

→Face inferior do temporal

- Sulco Occipito-temporal

- Sulco Colateral

- Sulco Rinal

- Sulco do Hipocampo

- Sulco Calcarino (o mesmo da face medial)

- Giro Temporal inferior

- Giro Occipito-temporal lateral

- Giro Occipito-temporal medial

- Giro Parahipocampal

- Uncus – é o centro do olfato (próximo ao corpo


mamilar

- Ístimo do cíngulo
Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC
- Área 34 – córtex olfatório primário
Face inferior do
- Área 28 – córtex olfatório primário temporal

28 34

CIRCUITO DE PAPEZ E O LOBO LÍMBICO

Dr. James Papez foi professor de neuroanatomia em Cornell, Nova Ior-


que. É autor do livro "Neurologia Comparada", editado em 1929, e fa-
moso pela descrição de mecanismos da memória emotiva.

O Circuito de Papez, descrito em 1937, é uma região do cérebro que,


acredita-se, está relacionada à emoção e à memória recente, já que sua
lesão tem relação com amnésia. Esse é um circuito hipocampo-tálamo-
cingulado-hipocampal, que envolve um feixe de substância branca sob
o giro do cíngulo.

ÁREAS DE BRODMANN

A divisão por lobos e sulcos é apenas didática, pois o cérebro funciona como um todo independente dos lobos, porém
algumas áreas são específicas e bem localizadas

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


1. Somestésica
2. Visual
Sensitivas 3. Auditiva
Primárias 4. Vestibular
Áreas de Pro- 5. Olfatória
jeção 6. Gustativa
Motora
Primária

Sensitivas 1. Somestésica Secundária


Secundárias 2. Visual Secundária
3. Auditiva Secundária
Secundárias
Motora 1. Motora suplementar
Áreas de As- Secundárias 2. Pré-motora
sociação 3. de Broca

1. Pré-frontal
Terciárias 2. Temporoparietal
3. Límbicas

• Área Visual Primária


- Sulco calcarino
- Fibras eferentes: tracto geniculo-calcarino
(corpo geniculado lateral)
- Correspondência entre retina e córtex vi-
sual

• Área Auditiva Primária


- Giro temporal transverso anterior (giro de
Heschl)
- Fibras aferentes: radiação auditiva (oriun-
das do corpo geniculado medial
- Tonotopia

• Área Vestibular Primária


- Lobo parietal (região próxima da área somestésica da face
- Apreciação consciente da orientação no espaço

• Área Olfatória Primária


- Pequena área na parte anterior do ùncus e do giro para-hipocampal - Rinencéfalo

• Área Gustativa Primária


- Porção inferior do giro pós centra (região adjacente à área somestésica da língua)

→ Área Motora primária


- Giro pré-central
- Motricidade voluntária contralateral
- Conexões aferentes
Tálamo – informações oriundas do cerebelo
Área somestésica
Áreas pré-motora e motora suplementar
- Fibras eferentes: tractos córtico-espinhal e coticonuclear
- Somatotopia: homúnculo motor (Penfieild & Rasmussen, 1950)

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC
NUCLEOS DA BASE

• Definição: São núcleos neuronais (substância cinzenta) que possuem funções de controle motor, cognição e emocional
(sistema límbico). São um grupo de núcleos no cérebro interconectados com o córtex cerebral, tálamo e tronco cerebral.

• Localização: Na profundidade do cérebro, acima do corpo caloso e das estruturas límbicas (tálamo, corpo amigdaloide).
Localizam-se profundamente no prosencéfalo, atrás da extensão rostral dos ventrículos laterais.

• O telencéfalo, segundo o critério metamérico, é suprasegmentar, mas em sua substância branca ele apresenta alguns
núcleos de substancia cinzenta – os núcleos da base.

• Os núcleos da base ligam-se ao sistema límbico através das amigdalas (regula a percepção e a produção de emoções).

Gânglios da base: componentes

- NÚCLEO CAUDADO: com corpo + cabeça + cauda


CORPO
- PUTÂMEN NÚCLEO LENTIFORME ESTRIADO ESTRIATUM
- GLOBO PÁLIDO
- NÚCLEO ACCUBENS
- CORPO AMIGDALÓIDE Os núcleos da base podem fazer conexões entre si:
- NÚCLEO BASAL DE MEYNERT
Putâmen + Globo Pálido = Núcleo Lentiforme
- SUBSTÂNCIA NEGRA
Núcleo Lentiforme + Núcleo Caudado = Corpo Es-
- CLAUSTUM triado
- TÁLAMO (sistema límbico) Corpo estriado + Accumbens = Estriatum
- SUBTÁLAMO

Funções dos gânglios da base:

- Controle motor de atividades repetitivas: como tocar um violão

- Nos animais, “instintos” da sobrevivência: limpeza, higiene, alimentação...

- Funções emocionais e de conexão motora- emocional e emocional-motora

• Amigdala (corpo amidaloide): medo e raiva

• Núcleo Accumbes: prazer e busca de condutas que proporcionem prazer

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


SUBSTÂNCIA NEGRA

- A substância negra faz conexão com o corpo estriado,


ela apresenta neurônios que tem a peculiaridade de
possuírem melanina. Aqueduto de Sylvius

- Seu principal neuro transmissor é a dopamina (neurô- Decussação do


pedúnculo cerebe-
nios dopaminérgicos) lar superior

Substân- Substância negra


- Fibras nigro-estriatais cia perfu-
rada pos- Base do pedún-
- Fibras estriato-nigrais terior culo cerebral

Fossa
-Na degeneração destas fibras ocorre uma consequente Interpeduncular
diminuição da dopamina no corpo estriado ...
Nervo oculomo- Artérias cerebrais
A substância negra (dopamina) inibe o globo pálido e o tor posteriores
putamem (inibidores do tálamo. Ao inibir essas duas es-
truturas o tálamo (se estimula) é ativado. Globo pálido ativo = inibe o tálamo.

**Doença de Parkinson (perda de neurônios DA na substância negra que envia projeções para o núcleo caudado) –
Diminuição da capacidade de produzir emoções, diminuição da capacidade de lembrança e da volição - semelhantes a
esquizofrenia. Cirurgia no globo pálido ou neuroestimulação

VENTRÍCULOS LATERAIS

Os hemisférios cerebrais possuem cavidades revestidas de epêndima e contendo líquido cérebro-espinhal, os ventrículos
laterais esquerdo e direito, que se comunicam com o III ventrículo pelo forame interventricular.

- Corno anterior: cavidade que aparece no corte a nível do telencéfalo (acima do III ventrículo) – polo frontal
- Corpo
- Corno Posterior: cavidade que aparece no corte a nível do telencéfalo (abaixo do III ventrículo) – polo occipital
- Corno inferior: polo temporal

A estrutura que liga o III ventrículo ao ventrículo lateral é o forame interventricular

Morfologia dos ventrículos laterais

- Sua porção mais anterior está separada graças ao septo pelúcido


- Na sua parte inferior encontramos a cabeça do núcleo caudado
- Na sua porção media relaciona-se com o corpo do núcleo caudado, fórnix, plexo coroide, tálamo e corpo caloso.
- Na sua porção posterior relaciona-se com o corpo caloso em quase toda sua extensão
- No seu corno inferior relaciona-se principalmente com o corpo amgdalóide

• Com exceção do corno inferior, todas as partes do ventrículo laterais têm o teto formado pelo corpo caloso.
• O núcleo caudado não faz relação com o corno posterior

Forame interven-
trivcular

IV Ventrículo
Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC
HIPOCAMPO

Participa da regulação do comportamento emocional. Ele


está relacionado diretamente com a memória, ele con-
verte memória de curta duração (memória recente) em
coisas que possam relembradas por longo tempo (memó-
ria de longa duração/permanente). A memória perma-
nente é a de muitos anos. A memória recente vai ficar ar-
mazenada no hipocampo, se isso for importante ele vai
transportar até 72 hrs para os núcleo da base e vai ficar
armazena lá, e também vai ser enviado para o cortex ce-
rebral para as área 20 e 21 de Brodmann (memória re-
cente e permanente), mas memória recente mesmo é no
hipocampo.

O hipocampo consiste de dois cornos que se curvam para


trás em direção às amigdalas, e fica localizado a nível do corno inferior do ventrículo lateral

Se o hipocampo é lesado a pessoa não consegue construir novas memórias, e vive em um mundo estranho onde todas
as experiencias somem da mente, mas as memórias mais antigas, prévias ao dano, permanecem intactas) Isso aqui está
mais relacionado ao traumatismo no lobo temporal, tumores. Se a pessoa tiver uma lesão nas áreas 20 e 21 de Brod-
mann, juntamente com o hipocôndrio, ela não vai formar nenhuma nova memória. Ela só vai lembrar o que aconteceu
72hrs antes.

Se o hipocampo for pressionado por um tumor do lobo temporal, e depois retirar o tumor sem lesionar o hipocampo a
tendência é voltar a memória, quando está comprimido tem hora que vai conseguir converter a memória e tem horas
que não.

Ventrículo lateral
Corpo caloso (corno anterior)
(Joelho)
Septo Pelúcido

Fórnice (férnix)

Forame inter-
ventricular
3º Ventrículo

Tálamo

Cauda do Nú-
cleo caudado

Corpo caloso (Esplênio) Ventrículo lateral


(corno posterior)

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


CLAUSTRUM

Função desconhecida, mas devido a proximidade com o córtex da ínsula pode ter função límbica.

CORPO AMIGDALÓIDE

Massa esférica de substância cinzenta (2 cm) situada no polo tempo-


ral do Hemisfério cerebral.

Possui relação estreita com o núcleo caudado e também tem proximi-


dade com o hipocampo; discretamente saliente no tecto da parede
terminal do corno Inferior ventrolateral.

Faz parte do sistema límbico - Responsável pela regulação da agressi-


vidade e do Comportamento sexual.

Está relacionado ao comportamento emocional: conjunto de rea-


ções frente a uma sensação, discrimina principalmente estímulos
associados ao medo e alerta o organismo; disparador do medo e an-
siedade

- Emoções primárias relacionadas com as necessidades imediatas como alimentação (fome/saciedade), obtenção de
água (sede), sexo (libido), fugir do predador ou outra ameaça (medo), defender os filhotes (ira/agressão) ... Geram
comportamentos motivados

- Emoções secundárias. estados mais discriminativos e complexos como ansiedade, satisfação, prazer, amor, familia-
ridade e uma miríade de sentimentos mais subjetivos.

Envolve: Cognição (a percepção consciente das sensações); Afeto (percepção de si e dos outros); Motivação (o desejo
de agir); Alterações somáticas e viscerais (expressão).

Lesão bilateral da Amígdala

MUDANÇAS EMOCIONAIS - Ignora as expressões de medo e de ira nas outras pessoas


- Diminui a agressividade
- Não sente medo ou ansiedade
- Mas preserva o reconhecimento de sentimentos como alegria, prazer
Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC
CORPO ESTRIADO – É Motor

- Núcleo caudado
- Putâmen
Núcleo Lentiforme
- Globo pálido

• NÚCLEO CAUDADO

É uma massa volumosa de substância cinzenta, es-


tando dividido em cabeça, corpo e cauda

Núcleo Caudado = Massa volumosa e alongada, rela-


cionada em toda sua extensão com os ventrículos la-
terais, só não se relaciona com o corno posterior.

Cabeça → corno anterior


Corpo → Assoalho central
Cauda → Extremidade anterior do corno inferior

A cabeça do núcleo caudado se funde com a parte anterior do núcleo lentiforme, e está projetada dentro do corno
anterior do ventrículo lateral.

** Coréia de Huntington – atrofia do núcleo caudado – primeiros sintomas são semelhantes aos da esquizofrenia e aos
do transtorno de humor = pensamentos delirantes, depressão ou comportamento impulsivo inadequado.

• NÚCLEO LENTIFORME (Putâmen + Globo Pálido)

Tem a forma de uma castanha-do-pará.

Lateralmente – Córtex da ínsula, separado pela substância branca e pelo claustrum

Divisão: - Putâmen = lâmina lateral


- Globo pálido = lâmina mais medial e branca. Coloração mais clara = fibras mielínicas que a atravessam. Globo
pálido está dividido pela lâmina medular medial em uma porção externa e outra interna

Capsula interna: - Ramo Anterior


- Joelho
- Ramo posterior
1. Capsula interna
Lâmina medular lateral
2. Lâmina medular medial
Capsula externa (medial)
3. Lâmina medular lateral
Cápsula extrema (lateral)
* Entre a Cápsula externa e extrema há o Claustrum 4. Cápsula externa
5. Cápsula extrema

NÚCLEO ACCUMBENS

Massa de substância cinzenta na união entre a cabeça do núcleo caudado e o putâmen (de localização mais inerna) →
CORPO ESTRIADO VENTRAL

Está relacionado a condutas que proporcionem o prazer – SISTEMA LÍMBICO

NUCLEO BASAL DE MEYNERT

Localiza-se na base do cérebro entre a substância perfurada anterior e o globo pálido → substância inominada→ Produ-
ção de Acetilcolina. Trabalha com memórias e funções psíquicas superiores, tem conexões com o sistema límbico, neu-
rônios colinérgicos.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


Ele é constituído de um conjunto de neurônios colinérgicos grandes, situado na chamada substância inominada, que
ocupa o espaço entre o globo pálido e a superfície ventral do hemisfério cerebral.

Na doença de Alzheimer há degeneração de seus neurônios causando depleção de acetilcolina no córtex cerebral. Ele
tem uma memória antiga, mas ele não tem córtex para armazena memoria permanente, o problema de Alzheimer é
devido a diminuição no volume cortical.

1. Globo Pálido 3. Lâmina medular lateral 4. Lâmina medular medial


a) Globo Pálido interno (separa o globo pálido e o (separa o globo pálido em 2)
b) Globo Pálido externo putâmen)

Entres os núcleos existem lâminas de subst. branca separando-os

1. Capsula interna: o Braço posterior da cápsula interna está lateralmente ao tálamo e medialmente ao globo pálido
interno ou medial. A capsula interna tem também um braço/ramo anterior que estará lateralmente a cabeça do núcleo
caudado e terá um joelho.
2. Lâmina medular medial: separa o globo pálido medial ou interno do globo pálido lateral ou externo.
3. Lâmina medular lateral: separa o putâmen do globo pálido externo.
4. Capsula externa: separa o putâmen do claustrum.
5. Capsula extrema: separa o claustrum do córtex da insula.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


Então a sequência: tálamo, braço posterior da capsula interna, globo pálido interno, lâmina medular medial, globo pálido
externo, lâmina medular lateral, Putâmen, capsula externa, claustrum, capsula extrema, córtex da insula.

** Hemibalismo ou balismo (quando bilateral) é um distúrbio neuromotor raro caracterizado por movimentos involun-
tários abruptos e possivelmente violentos e envolve mais a musculatura proximal do que distal (especialmente nas ex-
tremidades dos membros superiores). Costuma prejudicar muito as atividades rotineiras como alimentação, higiene pes-
soal, trabalho e lazer, quase sempre exigindo ajuda de um cuidador e de adaptações.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


VASCULARIZAÇÃO DA CABEÇA

Coração: do ventrículo esquerdo, parte a artéria aorta com as suas 4 porções


(aorta ascendente; aorta horizontal; aorta descendente torácica e aorta descen-
dente).

Aorta Ascendente está quase que totalmente envolta pelo saco pericárdico e
pela bainha serosa da artéria pulmonar. Apresentando as seguintes relações:
- Anteriormente – Timo (no adulto é um órgão praticamente inexisteste), atro-
fiado ou no adulto saco de tecido adiposo
Da aorta ascendente surgem dois ramos (coronária direita e esquerda – que irri-
gam o próprio coração)

Da aorta horizontal vão surgir três ramos:


- Tronco arterial braquiocefálico: que se divide em artéria subclávia
direita e artéria carótida comum direita.
- Artéria carótida comum esquerda
- Artéria subclávia esquerda
Da subclavia surgem dois ramos as artérias vertebrais que vão se
fundir, formar a artéria basilar, que vai ser a nutridora do Poligono de
Willis.

CARÓTIDA COMUM

A carótida comum vai se estender na região cervical por cerca de 10 cm,


e logo depois ela irá se bifurcar em uma carótida externa e em uma ca-
rótida interna e carótida interna.

Limites da região cervical:


- Inferior: plano horizontal que passa da borda cranial do manúbrio do
esterno até o processo espinhoso de C7.
- Superior: plano horizontal que passa desde o forame magno do osso
occipital até a borda inferior da mandíbula.

A carótida comum faz uma dilatação, chamada de bulbo carotídeo, que é cheio de barosensores (sensores de pressão).
Uma compressão nessa região de bulbo vai dar alteração a nível da pressão e geralmente o telencéfalo tende a se desligar
pensando que vai faltar oxigênio para ele. Isso ocorre quando os lutadores de MMA dão o mata-leão, e a pessoa fica
desacordada.

A partir do bulbo carotídeo ela se divide em dois ramos: carótida interna (que vai para dentro do crânio) e carótida
externa (segue em direção à face).

FÁSCIAS (compartimentos do pescoço) - Elas delimitam todo um grupo de elementos musculares.

- Pele: Primeira estrutura que envolve todo o pescoço, superficialmente.

- Tela subcutânea: É uma camada de tecido adiposo que fica abaixo da pele.

* O músculo platisma fica alocado entre a pele e a fáscia superficial

- Fáscia superficial do pescoço: fica em baixo da tela subcutânea (envolve tudo).

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


- Fáscia infra-hioídea: fica abaixo da fáscia superficial, na parte anterior ela envolve os músculos infra-hióides, são eles:
esterno-hióide, esterno-tireóide, tiro-hióide, esternocleidomastoideo e omo-hióide.

- Fáscia pré-traqueal: localizada antes da traqueia, dentro dela se encontra a glândula tireoide (acima da borda superior
do manúbrio do esterno), não é a cartilagem tireoide.

- Fáscia buco-faríngea: ela vai delimitar posteriormente o espaço traqueal - onde se encontra a traqueia, o esôfago e o
nervo laríngeo recorrente - (responsável pelos músculos da vocalização). Numa traqueostomia podemos atingir o nervo
e, o paciente pode desenvolver um tipo de afasia - não vai mais falar (lesão periférica).

- Fáscia Alar: ela delimita o que anterior e posterior no pescoço. As estruturas que estão na frente da fáscia alar são
anteriores e, as que estão atrás, posteriores. Ela vai interligar as duas bainhas carotídeas, que também é uma fáscia.

- Bainha Carotídea: Dentro dela há o feixe vásculo-nervoso do pescoço, que se constitui da tem a artéria carótida co-
mum, veia jugular interna e, posteriormente entre elas, o nervo vago.

- Fáscia pré-vertebral: ela vai individualizar a vértebra e a musculatura paravertebral.

- Nervo frênico: Entre a fáscia pré-vertebral e a bainha carotídea há o nervo frênico, que vai inervar o musculo frênico
– envolvido nos processos respiratórios. Um acesso lateral no pescoço pode causar lesões nessa região podem levar à
paralisia respiratória; e ele está bem próximo da pele.

- Plexo simpático comum: é um nervo do sistema nervoso simpático

- Nervo laríngeo recorrente

- Entre os músculos/fáscias há espaços. No caso de ocorrer um abcesso no paciente eles podem facilmente migrar por
esses espaços, podendo comprimir alguns componentes anatômicos, sendo necessária uma abordagem cirúrgica para
manejar essas regiões.

ANTERIOR
Fáscia pré-traqueral
Fáscia superficial

Fáscia infra-ioídea
Nervo laríngeo
recorrente Traquéia
Fáscia Buco-faringea
Esôfago
Nervo frênico 2
3 1 Bainha carotídea
1. Veia jugular interna
Vértebra 2. Artéria carótida comum
Plexo simpático 3. Nervo vago
comum

Pele Fáscia Alar

Tela
subcutânea Fáscia pré-vertebral

POSTERIOR Corte Axial da Região Cervical

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


TRÍGONOS DO PESCOÇO

Os trígonos são espaços formados através da delimitação de alguns músculos e elementos ósseos. Eles fazem parte da
região cervical e são acessos cirúrgicos para realizar

- Trígono Carotídeo: Nele está contido o bulbo carotídeo e a sua divisão (lartéria carótida externa e interna)
Limites: Posterior: borda anterior do esternocleidomastoideo
Superior: borda inferior do ventre posterior do digástrico
Anterior: borda superior do ventre superior do omo-hióideo

- Trígono Muscular: (tricotomia e traqueostomia)


Limites: Posterior: borda anterior do esternocleidomastoideo
Superior: borda inferior/medial do omo-hióideo e pela borda inferior do osso hioide
Anterior: linha mediana do pescoço,

- Trígono supraclavicular: É através dele que se faz acesso central ou punção a nível da subclávia.
Limites: Inferior: cranial da clavícula.
Superior: borda inferior do ventre inferior do omo-hióideo
Anterior: borda posterior do esternocleidomastoideo

- Trígono Occipital: local para acesso cirúrgico para a coluna vertebral cervical
Limites: Posterior: borda anterior do trapézio,
Anterior: borda posterior do esternocleidomastoideo
Inferior: borda superior do ventre inferior do omo-hióideo

- Trígono Digástrico: delimitado pela borda inferior da mandíbula, borda superior do ventre posterior e borda superior
do ventre anterior do digástrico. Onde está a glândula submandibular, onde você acessa o assoa-
lho da boca.

- Trígono Submentual: delimitado pelo hióide, borda inferior do ventre anterior do digástrico e linha mediana do pes-
coço.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


RAMOS DA CARÓTIDA EXTERNA:

• Artéria Tireoidea Superior


Ela irriga a cartilagem tireoide e a glândula tireoide de cima para baixo.
A tireoide possui dois lobos que são conectadas pelo istmo. Quando a glân-
dula tireóidea é retirada, ele deve ligar a artéria tireóidea superior. Liga-se
primeiramente a artéria do lado da tireoide que está comprometido.
Como é feita a ligação: na artéria serão colocadas duas pinças hemostáticas A. Lingual
entre os locais que a artéria será ligada depois será colocado um fio de algo-
dão ou naillon ligando/amarrando cada lado da artéria e corta o vaso (ti-
rando as pinças posteriormente). Após a ligadura o médico irá retirar o lobo A. Faringea
infectado do paciente (lesão benigna – só tira o lobo infectado / lesão ma- Ascendente
ligna – retira os dois lobos

A artéria tireóidea inferior tem uma menor contribuição para essa irrigação e
ela vem do tronco tireo-cervical. A. Tireoidea
superior

• Artéria Faringea Ascendente


É o segundo ramo da carótida externa.

• Artéria Lingual: Ela possui 3 sub-ramos

- Dorsal da Língua
Ela irriga o arco palatoglosso, a tonsila, o Palato mole, a epiglote.

- Sublingual Lingual
Ela irriga a Glândula sublingual, o músculo milohi- profunda
oide e vizinhanças.

- Lingual Profunda ou ranina Dorsal da


Ela vai irrigar a língua em sua lateral. língua
* Os pacientes que possuem macroglossia - língua Lingual
maior - precisam fazer uma glossopastia (retirando
um bloco triangular central de tecido da língua; de-
pois reposiciona-se e sutura a língua). Essa diminui- Sublingual
ção é feita livrando a artéria lingual profunda, para
que não haja qualquer rico de comprometimento.

ARTÉRIA FACIAL RAMOS CERVICAIS

• Facial cervical
- Palatina Ascendente – vai em direção ao palato mole
- Tonsilar – vai para a tonsila
- Glandular – irriga a glândula submandibular
- Submentomiana – irriga o trígono submentual

•Facial propriamente dita


- Labial Inferior
- Labial Superior
- Nasal Lateral
- Angular

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


* A artéria oftálmica é um ramo da carótida interna, ela vem por dentro da órbita e emite 3 ramos: naso-ciliar, lacrimal
e frontal. O ramo frontal vai se anastomosar com a angular e vai gerar dois subramos: supraorbital medial e lateral,
que irrigam a fronte.

Frontal da
oftálmica
Temporal
superficial
Angular
Maxilar
interna
Nasal lateral

Labial superior
Facial
Propriamente
dita Palatina
Ascendente
Labial inferior
Tonsilar

Submentual Facial
Glandular Cervical

RAMOS COLATERAIS

- Artéria occipital: vai para a região occipital

- Transversa da Face – passa por baixo do arco zigomático. Ela irriga a parótida e o ducto parotídeo.

- Zigomaticoorbital – passa por cima do arco zigomático, emite dois ramos: palpebral inferior (para a pálpebra infe-
rior) e palpebral superior (para a pálpebra superior).

- Temporal Média

- Auricular Anterior: ela gera o ramo auricular posterior.

RAMOS TERMINAIS DA CARÓTIDA EXTERNA

• ARTERIA TEMPORAL SUPERFICIAL

A artéria carótida externa faz dois ramos terminais um é chamado artéria


maxilar interna e o outro de temporal superficial, que é dividido em dois
ramos:

- Frontal: irrigando a região frontal

- Parietal: irrigando a região parietal

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


Frontal
Parietal
Temporal média
Temporal
Zigomático superficial
orbital
Auricular
Transversa da face posterior

Maxilar
interna A. Occipital

Auricular
anterior

• ARTÉRIA MAXILAR INTERNA (gera 15 ramos) – ela vai para a parte de trás da mandíbula

PORÇÃO MANDIBULAR: fica atrás do côndilo da mandíbula

- Timpânica Inferior – irriga a parede do tímpano

- Meníngea Média – vai para as meninges

- Meníngea Acessória – vai para as meninges

- Alveolar Inferior – fica para inferior, dela surge um ramo (artéria milo hióidea, que fica no sulco para os vasos e
nervos milo hióides). Vai para a região de dentes e mandibulas

PORÇÃO PTERIGOIDEA ou muscular: fica lateralmente ao processo pterigoide. Ela só irriga músculo

- Temporal profunda: irriga o músculo temporal profundamente

- Pterigoidea: irriga o músculo pterigoideo medial e lateral

- Massetérica: irriga o músculo masseter

- Bucal: irriga o músculo bucinador

PORÇÃO PTERIGOPALATINA

- Alveolar Superior Posterior: irriga a maxila

- Infra Orbital: ela é ramo da maxilar interna da porção pterigopalatina. Sai pelo forame infra orbital. vai para orbita,
com 4 ramos: palpebral inferior, comunicante zigomático, para a asa do nariz e para o lábio superior.

- Canal Pterigoideo: Passa pelo canal pterigoide

- Faringea: irriga a faringe

- Esfeno Palatina: Ela penetra a fossa pterigo maxilar, e vai profundamente caminhando para a medial. No final da
fossa ela encontra o forame esfenopalatino indo para a cavidade nasal. Na cavidade nasal ela emite alguns ramos:
- Nasal superior posterior: para a concha nasal superior e média
- Nasal inferior posterior: para a concha nasal inferior
- Artéria palatina maior: para o palato duro de trás para a frente
- Artéria palatina menor: para o palato duro
- Artéria naso palatina: ela passa pelo forame incisivo e chega até a região anterior do palato duro

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


- Artéria naso-ciliar: ela emite 2 ramos
- Nasal externo: para o dorso do nariz
- Nasal interno: para a cavidade nasal

• A cavidade nasal está irrigada por: nasal superior posterior, nasopalatina, nasal inferior posterior, nasociliar,
nasal interna.
• O dorso do nariz é irrigado pela nasal externa.
• O Palato duro e mole são irrigados por: Palatina maior, palatina menor e o fim da nasal palatina
• O conjunto de vasos na região anterior do nariz é denominado de Plexo de Kiesselbach. É uma região onde
convergem os vasos que fazem a irrigação da cavidade nasal. É por isso que um trauma na região nasal leva a
uma grande quantidade de sangramento na face

Artéria Esfeno
Naso-ciliar palatina
Nasal
interno Meníngea
acessória
Nasal
externo Meníngea
média

Timpânica
Nasal Inferior
superior
Posterior
Temporal
Naso superficial
palatina
Nasal Maxilar
inferior Alveolar interna
Posterior inferior

Artéria milo Carótida


hióide externa
Artéria Artéria
palatina palatina
maior menor

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


CARÓTIDA INTERNA E AS ARTÉRIAS VERTEBRAIS

A carótida interna é responsável pela irrigação do encéfalo juntamente


com a artéria vertebral (a junção das artérias vertebrais direita e es-
querda formam a artéria basilar). Desse modo percebemos a existência
de um sistema carotídeo (anterior) e um sistema vertebro-basilar (pos-
terior), que fornecem toda a irrigação sanguínea para o encéfalo.

A carótida interna nasce da bifurcação da carótida comum em carótida


externa e carótida interna, e uma diferença marcante entre elas é que
a carótida interna não emite ramos no seu seguimento cervical. Está
relacionada com a região do ângulo da mandíbula, e com a borda ante-
rior do músculo esternocleidomastoideo.

O sistema carotídeo e o sistema vertebro-basilar irão se unir através de uma anastomose, que é de suma importância
pois o sistema nervoso demanda uma grande quantidade de glicose e de oxigênio (cerca de 20% do sangue bombarde-
ado pelo coração vai para o cérebro). O sistema nervoso é formado de estruturas nobres e altamente especializadas,
que exigem para o seu metabolismo um suprimento permanente de Glicose e oxigênio

A artéria carótida penetra no crânio através do canal carotídeo, enquanto que as artérias vertebrais penetram através
do forame magno.

POLIGONO DE WILLIS

O Polígono de Willis é uma rede anástomótica, que faz com que o sistema carotídeo do lado esquerdo e direito, junto
ao sistema vertebro-basilar estejam interligados. Desse modo, em teoria, ocorrendo um infarto/obstrução vascular de
um desses vasos o sangue pode passar por essas comunicações e continuar suprindo o cérebro.

→ Sistema vertebro-basilar
- Artérias vertebrais: Anastomosam-se formando a artéria basilar. Ela emite dois ramos:
-- Artéria cerebelar inferior posterior – PAICA – que vai irrigar a superfície posterior-inferior do cerebelo.
-- Artéria espinhal anterior – ela irriga todo o cordão anterior da medula

- Artéria Basilar: ela corre na frente da a ponte e termina se bifurcando nas artérias cerebrais posteriores. Por seu
caminho ela emite 3 ramos importantes:
-- Artéria cerebelar inferior anterior – AICA – ela irriga a superfície anterior inferior do cerebelo, principalmente
o lóbulo flóculo-nodular. Dela sai a Artéria do labirinto: ela irriga o labirinto.
-- Artéria da ponte/pontinas/circunflexas da ponte: irrigam a superfície frontal da ponte (o trato piramidal).
-- Artéria cerebelar superior: irriga a face superior/tentorial do cerebelo.

Artéria cerebe-
lar superior Artéria cerebral
posterior

Artéria basilar Artéria da ponte

Artéria cerebelar infe-


rior anterior - AICA

Artéria do labirinto

Artéria Vertebral

Artéria cerebelar
Artéria espi- inferior posterior
nhal anterior PAICA

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


→ Sistema Carotídeo

- Artéria oftálmica: irriga a órbita.

- Artéria coroidéa anterior: irriga o plexo coróide?. Uma le-


são deixa o paciente hemiplégico, pois há uma lesão da cáp-
sula interna.

A carótida interna faz uma bifurcação:

- Artéria cerebral média (tronco maior) - irriga quase toda a


superfície medial do cérebro, uma parte da região posterior
é irrigada pela artéria cerebral posterior.

- Artéria cerebral anterior (tronco menor) – irriga toda a su-


perfície supero-lateral do cérebro.

Existem duas artérias muito importantes, que são grande-


mente responsáveis pelas anastomoses vasculares, elas co-
Artéria do
municam os sistemas arteriais. labirinto

- Artéria comunicante posterior: comunica a artéria carótida


interna e a artéria cerebral posterior. Um aneurisma cere- AICA
bral pode romper e sangrar causando grande dor de cabeça
além de uma lesão no 3º nervo craniano.

- Artéria comunicante anterior: comunica as duas artérias


cerebrais anteriores.
PAICA

ARTÉRIA OFTÁLMICA (Aléx)

A Carótida interna entrando no crânio emite o seu primeiro ramo que vai para o olho, para a órbita, que é chamada a
artéria oftálmica. Ela passa pelo forame óptico e chega no globo ocular.

A artéria emite 3 ramos:


• Lacrimal: vai para a glândula lacrimal. Corre em cima do musculo retro-lateral, irrigando a glândula lateral, chegando
até a lateral da pálpebra superior
• Frontal: ele emite 2 ramos: - Para o Seio Frontal – irriga o seio frontal
- Supra-troclear: caminha no teto da órbita e irriga a pele da glabela. Ele passa por cima
da fóvea troclear
O frontal vai passar pela incisura frontal e se anastomosa com a angular, Formando a:
supraorbital medial e a supraorbital lateral.
*Retalho indiano – serve para recompor a pirâmide nasal (realocação de pele). Demarca-se o território da
supraorbital, corta o retalho e o roda para a região nasal, aproveitando o pedículo artério-venoso para que
ocorra a neovascularização. Após isso o pedículo é cortado e é feita a reconstrução da região frontal

• Naso-ciliar: emite ramos: - Etimoidal anterior: passa pelo Etimoidal anterior


- Etimoidal posterior: passa pelo forame etimoidal posterior
- Infra-troclear: vai para a lateral do nariz.

Ela geralmente penetra pelo forame etmoidal anterior ou posterior, ela passa pelo sulco
para o nervo naso-ciliar (nervo, artéria e veia), e vai para dentro da cavidade nasal através
da lâmina crivosa do etmoide. Quando chega dentro da cavidade nasal, em seu interior
ela emite Nasal Externo e Nasal Interno.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


Há ainda os 3 ramos, que partem do tronco comum (podem partir da Frontal
lacrimal, da frontal ou da nasociliar)

- Ciliares curtos: eles irrigam o fundo do olho.

- Ciliar Longo: vai para a frente, para a íris e córneas. Naso-ciliar

Ciliar
longo

Ciliares Lacrimal
curtos

Artéria
Oftálmica

Carótida interna

Parietal Supraorbital medial


Frontal Supraorbital lateral
Temporal superficial
Supra-troclear

Nasal Externo Frontal

Infra-troclear Lacrimal

Palpebral inferior Palpebral superior


Forame infraorbital Zigomático-orbital
Comunicante zigomático Palpebral inferior
Para a asa no nariz
Angular
Para o lábio superior
Nasal lateral
Transversa da face Labial superior
Facial
Ramo bucal propriamente dita
Ramo massetérico Labial inferior

Mentual

ARTÉRIA CEREBRAL ANTERIOR

• Ramo Estriado Medial: é um ramo profundo que irriga a porção anterior dos
Giro Giro
núcleos da base: a cabeça do núcleo caudado, a parte mais anterior do núcleo Reto Orbital
lentiforme.

• Ramos Inferiores ou Orbitais: A artéria cerebral posterior emerge na carótida Lobo


próximo da superfície anterior do lobo frontal sendo de se esperar que ela tenha olfatório
esses ramos inferiores ou orbitais, pois a superfície inferior do lobo frontal re-
pousa sobre os tetos das órbitas.

- Lobo olfatório: toda a parte do cérebro relacionada ao nervo olfatório

- Giro reto: parte mais medial e inferior do lobo frontal

- Giro orbital: estão em continuação com a porção orbital da área da fala.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


•• Ramos Médios – irrigam a maior parte da face me- Artéria Artéria
dial do cérebro, os dois terços anteriores. Caloso marginal Pericalosa

- Artéria Caloso marginal

- Artéria polar/fronto-polar: comumente envolvida


nos meningiomas (tumores benignos da dura-ma- Artéria
Polar
ter

- Cerebral anterior

- Artéria pericalosa: local de aneurismas.


Cerebral
Anterior

ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA

• Ramos Centrais: Denominadas de artérias lenticulo-estriadas, pois irrigam o núcleo lentiforme e o núcleo lentiforme. O
infarto das artérias lenticulo-estriadas é dos infartos cerebrais mais comuns que existem. Um infarto dela pode causar
fraqueza nas pernas e de predomínio bráquofacial
- Estriada lateral

- Núcleos da base

• Ramos Corticais: o nome de cada um depende da lo-


calização deles.
- Do sulco pré central
- Do sulco central
Ramos
- Do sulco pós -central Centrais
- Artéria Parietal anterior
- Pré frontal
- Frontal basilar lateral Ramos
Corticais
- Artéria do giro angular
- Artéria Temporo occipital
- Temporal posterior
- Temporal média
- Temporal anterior: comumente responsável por irrigar o meningioma que fica na fossa média, próximo ao esfenoide.

ARTÉRIA CEREBRAL POSTERIOR – irriga a face medial do lobo occipital e a parte mais ínfero-medial do lóbulo temporal

- Artéria parietal
- Artéria parieto-occipital
- Artéria do sulco calcarino
- Occipital média
- Temporais intermédios
- Occipital lateral

QUADRILÁTERO DE CHOMPRET
É um espaço anatômico onde as pessoas especializadas em bucomaxilofacial encontram a artéria vertebral em
cirurgias de trauma de face.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


DRENAGEM VENOSA DA CABEÇA

A drenagem da cabeça é feita basicamente pelas veias jugulares. A veia jugular direita e esquerda que é a junção da
jugular interna e externa. A veia que drena o encéfalo é a veia jugular interna. A veia jugular interna desemboca o forame
jugular, e todo o sangue irá desembocar nessa veia.
Seio
Drenagem da cabeça: Venoso
Veias cerebrais → Seios venosos → Veia Jugular

Seios venosos – são estruturas que se encontram dentro da dura


mater. É o lugar por onde o sangue venoso caminha para chegar na
veia jugular interna, na altura do forame jugular. É o lugar por onde Dura
Aracnoide mater
o sangue venoso circula. Veia
Cerebral
Pia
mater
DRENAGEM PROFUNDA

• Seio sagital superior: é um seio mediano, grande, que vem desde a parte frontal da cabeça até a protuberância occipital
externa. Ele corre por todo o plano mediano.

-- Confluência dos Seios ou Torcular de Herófilo: localiza-se na protuberância occipital externa, e é para onde os seios
venosos acabam confluindo. É a confluência do Seio Sagital Superior, Seio Reto, Seio Occipital, Seio transverso do lado
direito e do lado direito.

• Seio sagital inferior: junta-se com a veia cerebral magma (veia de Galeno) na ampola de galeno, formando o seio reto,
que segue para a confluência dos seios.
Seio Petroso Seio sagital
Seio Petroso superior superior
• Seio reto: corre na linha mediana por cima do ce- Inferior
rebelo (na tenda do cerebelo) e acaba na confluên- Seio sagital
Inferior
cia dos seios.
Veia Cerebral
• Seio Occipital: é mais relevante em crianças, em magna
adultos é menor.

• Seio transverso: se transforma em seio sigmóide Seio


reto
em seio sigmoide

• Seio Sigmoide: é a curva que o seio transverso faz


antes de desembocar na veia jugular interna Confluência
dos seios

Na porção petrosa do osso temporal, ele possui o


seio petroso superior e o petroso inferior Seio
Seio occipital
Sigmoide
• Seio Petroso superior: desemboca no seio trans-
Seio
verso; quase na junção que ele tem com o seio sig- Transverso
moide

• Seio petroso inferior: desemboca diretamente no forame jugular.

• Seio Cavernoso: ele drena para o seio petroso superior e para o seio petroso inferior. Se encontra atrás das órbitas,
logo abaixo dos nervos ópticos. A carótida interna passa por ele, assim como os nervos que vão para a órbita (nervos que
vão controlar a motricidade do globo ocular).

Seio
Cavernoso

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


Seio Petroso
superior
Seio
Seio
Occipital
Sigmóide

SUPERFÍCIE SUPERO LATERAL

• Veia Cerebral Média Superficial: a drenagem da superfície supero lateral do cérebro é feita basicamente pela veia ce-
rebral média superficial. Ela está na metade do caminho entre o seio sagital superior e o seio transverso, desse modo ela
lança mão das veias Anastomóticas Superior e Inferior. O Seio cavernoso também drena para essa veia.

• Veia Anastomótica Superior – Trollard - Vai para o Seio Sagital Superior. (Será a mais robusta nas imagens)

• Veia Anastomótica Inferior – Labbe – Vai para o Seio Transverso. Uma lesão causa um infarto completo do lobo temporal

Vv. cerebrais
superiores
V. anastomótica
superior
Trollard

V. cerebral Seio sagital


Média superior
superficial

V. anastomótica
inferior
Labbe

Seio V. cerebral
Tranverso inferior

FACE MEDIAL

• A Veia de Galeno ou Cerebral Magna é formada pela junção de 4 veias: Veias Basilares ou Basais e Veias Cerebrais
Internas.

• Veia Basilar ou Basal de Rosenthal

• Veia Cerebral Interna: está no teto do 3º ventrículo, e ela é formada pela Veia Anterior do Septo Pelúcido e pela Veia
Tálamo Estriada.

• Veia Cerebral Anterior: ela vai virar a veia Basilar que vai se juntar na Veia de Galeno
Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC
ANEURISMA

Clipagem de Aneurisma: o clip fica lá pelo resto da vida. O aneu-


risma é uma fraqueza na parede. Uma ruptura é muito grave, cerca
de 30% dos pacientes (quando sofrem uma ruptura de aneurisma)
morrem antes de chegar ao hospital. Um aneurisma bem clipado
jamais irá estourar

A retirada de um aneurisma só é feita quando o aneurisma é muito


grande e aperta o cérebro ao redor.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


DRENAGEM EXTERNA (Alex)

Supra-troclear Frontal Parietal


A infraorbital; palpebral inferior; ramo Veia Temporal
Supraorbital Superficial
comunicante zigomático; para a asa do Infra-troclear
nariz também só se troca o nome de ar- V. Auricular
anterior
téria por veia.
Ângular V. Auricular
posterior
A artéria maxilar interna emitia vários
ramos, no caso das veias há o plexo pte- Nasal lateral
rigóide. Ele drena pelas veias maxilares Veia Occipital
Labial
para a veia retromandibular. superior
Veias Maxilares
O que está acima do arco zigomático é Labial
inferior Veia retromandibular
gamado de veia temporal superficial.
Facial Veia facial comum
Abaixo do arco zigomático passando na
Veia lingual
frente do pavilhão auricular é chamada
de veia retromandibular. Tronco Tireolingofacial
Faríngea ascendente Veia Tereoidea
A veia facial se junta com a retromandi-
bular formando a veia facial comum. Tireoidea superior

A Facial comum se junta com a lingual e Veia jugular interna


com a tireóidea, formando o Tronco Ti-
reolingofacial, desembocando na veia
jugular interna.

A Faríngea ascendente, tireóidea supe-


rior também desembocam na jugular
interna.

A veia facial e o plexo pterigóide fazem comunicação com um seio da dura-mater, o seio cavernoso. A veia oftálmica
superior drena e vai para o seio cavernoso.

A oftálmica inferior faz comunicação com o plexo pterigóide. Há uma comu- V.Oftálmica
superior
nicação entre o plexo pterigóide e o seio cavernoso, a veia emissária que Seio
Cavernoso
passa do plexo pterigóide para o seio cavernoso, passando pelo forame de
Versalius.

-- Essas estruturas são de suma importância pois havendo um abcesso que


afete o plexo Pterigóide ou a veia facial pode ser que o sangue dê retorno -
uma vez que a veia estará colabada. Ao dar o retorno o sangue volta infecci-
onado e chega no seio cavernoso. As infecções que atingem o triangulo pe-
rigoso da face são de suma importância, pois elas podem levar para dentro
V. emissária do plexo V.Oftálmica
do seio cavernoso. Levando o paciente a ter uma tromboflebite do seio ca- pterigóide para o seio Plexo inferior
cavernoso pterigóide
vernoso.

-- Uma lesão no plexo ptrigóide (ex. infecção no 3º molar) também pode levar a uma infecção do seio cavernoso, (trom-
boflebite do seio cavernoso), que é uma infecção bastante complexa e em muitos dos casos leva o paciente a óbito.

A veia supratroclear é bastante importante. Pessoas que possuem rugas entre as sobrancelhas
(essa ruga é formada pela presença de dois músculos o prócero e o corrugador do supercílio. Para
retirar essa ruga os músculos devem ser bloqueados, mas deve-se ter cuidado para não injetar na
veia supratroclear (ela vai para o fundo do olho – caso seja injetado o produto nela pode-se causar
uma cegueia parcial ou permanente.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


Uma curiosidade sobre a veia lingual é que ela só tem a dorsal da língua e lingual pro-
funda. A veia sublingual vai pertencer a veia submentual.

Veia jugular
anterior
Na região anterior do pescoço há a jugular interna, a jugular externa e a jugular ante-
rior

• A jugular interna fica abaixo do externocleidomastoideo.


• A jugular externa fica superficialmente ao externocleidomastoideo, que desemboca
na veia subclávia
• A jugular anterior irriga toda a região do trígono muscular, e vai para a subclávia.

A auricular anterior e a auricular posterior drenam para a jugular externa. A parótida


também drena para a jugular externa. Veia jugular Veia jugular
externa interna

A veia jugular externa e a veia jugular anterior também desem- Veia Tireoidea
bocam na subclávia inferior Veia jugular
interna
A veia jugular interna se junta com a subclávia e dá origem ao
tronco braquiocefálico, e a junção dos dois troncos braquioce-
fálicos (direito e esquerdo) formam a veia cava superior, que Veia jugular Subclávia
vai drenar a nível do átrio direito. externa

Tronco venoso
A veia tireóidea inferior ela drena diretamente no tronco ve- braquiocefálico
Veia jugular
noso braquiocefálico. anterior
Veia Cava
Superior

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


NERVO FACIAL

O nervo facial é o 7º nervo dos pares cranianos. constitui, com o


homólogo contralateral, o sétimo (VII) par de nervos cranianos. É
constituído por uma raiz motora (nervo facial propriamente dito)
e uma raiz sensitiva (nervo intermédio).

Ele é um nervo misto, ou seja, possui uma raiz sensitiva e outra


motora, cujas fibras sensitivas estão divididas em sensibilidade ge-
ral e sensibilidade gustatória.

Raiz Sensitiva: Nervo Intermédio. É dividida em Sensibilidade ge-


ral (tato, pressão, térmico-dolorosa) e sensibilidade gustatória
(inerva os dois terços anteriores da língua no sentido da gusta-
ção)
a) Metade posterior do conduto auditivo externo
b) Membrana do tímpano
c) Porção posterior ao V lingual
d) Parte do pavilhão auricular

Raiz motora: Nervo Facial Propriamente Dito --- Fibras Eferentes


a) Músculos da expressão facial --- Fibras Aferentes
b) Ventre posterior do músculo digástrico
c) Músculo estilo-hioide
d) Músculo estapédio (dentro do ouvido)

Ex: Por dentro do meato acústico interno (osso temporal) passam dois nervos, o vestíbulo colear e o nervo facial, uma
fratura neste local pode ocasionar uma lesão/compressão nesses nervos.

Origem aparente: sulco bulbo pontinho, lateralmente ao nervo abducente e medialmente ao nervo vestibulocolear.

INERVAÇÃO DA LÍGUA:

A língua possui uma inervação bem característica


- V lingual: (onde estão as papilas circunvaladas) divide a língua
em um terço posterior e dois terços anteriores.
- Forame cego da língua: fica atrás do V lingual.
X
Motricidade para a língua: Nervo hipoglosso (XII)
IX VII
Sensibilidade geral) – Tato, pressão, térmico-dolorosa
Forame
cego
- Terço posterior: Nervo facial (VII); Glossofaríngeo (IX); Vago(X)

- Terços anteriores: Trigêmeo(V) – ramo do mandibular (nervo


lingual)
V V
Sensibilidade gustatória

- Terços anteriores: Corda do tímpano (VII) ramo do nervo facial

*O Nervo trigêmeo é o principal nervo sensitivo da face, enquanto o facial é o principal motor
Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC
Trajeto:

a) Trajeto da fossa posterior do crânio: É o trajeto do bulbo pontino (origem aparente) até o meato acústico in-
terno. Não emite ramos colaterais.

b) Trajeto intra-petroso: penetrando através do meato acústico interno e caminha dentro da porção petrosa do
osso temporal, se dirigindo até o gânglio geniculado.

c) Trajeto do canal facial: Quando ele chega numa dilatação do nervo Gânglio geniculado ou joelho do canal fa-
cial, ele faz uma curva para baixo, e vai sair do osso temporal pelo forame estilomastoideo e chega na base do
crânio externamente (perto do processo mastóide)

1) Parte labiríntica: Gânglio geniculado (joelho do facial)


2) Parte timpânica
3) Parte mastoidéa: perto do processo mastóide

** Do gânglio geniculado surgem os dois primeiros ramos que são chamados intrapetrosos que são colaterais e sensitivos:
petrosos superficiais maior e menor.

Nervo
facial
Cóclea

Núcleo do
Nervo facial
--- Trajeto da fossa posterior do crânio
Nervo Canais se- --- Trajeto intra-petroso
Vestíbulo micirculares --- Gânglio geniculado
coclear --- Trajeto do canal Facial

d) Trajeto extra-petroso: sai dessa parte externa do crânio e vai em para


dentro da glândula parótida, que é uma glândula salivar maior

e) Trajeto intra-parotídeo: depois de fazer esse trajeto por dentro da glân-


dula parótida (ele não inerva a parótida. Quem faz a parótida secretar é o
nervo glossofaríngeo) ele vai terminar como ramo terminal do nervo fa-
cial. Os ramos terminais são em número de 5 (Temporo-frontal; Zigomá-
tico; Bucal; Mandibular; Cervical).

Ramos colaterais: Nervo do


Petrosos Canal
Superficial Pterigóide
a) Intrapetrosos: vão sair de dentro da porção petrosa
Maior
do osso temporal. Eles partem dos gânglios genicula-
dos
a.1) Petrosos Superficial Maior
* O nervo do canal pterigóide é formado pelo pela
junção do nervo petroso superficial maior e do pe-
troso profundo. Ele segue para a região posterior da
cavidade bucal.
a.2) Petrosos Superficial Menor: vem da região tim- Petrosos
pânica e inerva a região de tímpano, conduto audi- Superficial
Menor Extrapetroso
tivo externo.

b) Extrapetrosos: externamente ao forame estilo mastoideo


Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC
Nervo estapédio: ele inerva o musculo estapédio, Porção Nervo grande Musculo
Gângio
dado a sua motricidade. É um musculo de dentro do intrapetrosa Geniculado petroso estapédio
superficial
pavilhão auricular, que faz tensão na parede timpâ-
nica

Nervo corda do tímpano: ele passa pela parede do


tímpano, pelo Canal de Huguier (assim como o liga-
mento martelo-mandibular), e pela fissura petro-tim- Canal
facial
pânica. Ele inerva a língua na sensibilidade gustatória
nos dois terços anteriores da língua. Ele também faz a
glândula sublingual e submandibular secretarem sa- Nervo corda
do tímpano
liva. Uma lesão nesse nervo causa Xerostomia, e indi- Ramo
retamente xeroftalmia, pois ele possui conexões com extrapetroso
o gânglio óptico.
Canal de Huguier
Ele se junta com o nervo lingual do trigêmeo, que
Fissura Petro-timpânica
inerva a língua sensitivamente nos dois terços anteri-
ores. Nervo lingual do trigemeo

Ramos extrapetrosos: depois que passa pelo forame estilo mas-


toideo.

a) Ramo comunicante com o glossofaríngeo – faz uma


anastomose com o glossofaringeo

b) Ramo sensitivo para o meato acústico externo – local


onde fica adaptado o fone de ouvido

c) Ramo auricular posterior – o musculo auricular poste-


rior é um musculo da expressão facial (motor), e todo
musculo da expressão facial é inervado pelo nervo facial

d) Ramo para o ventre posterior do digástrico e estilo-hi-


oide – o ventre anterior é inervado pelo trigêmeo.

Ramos terminais:

a) Têmporo-frontal: inerva a reião da fronte; feixe occipto-frontal e palpebral superior. Músculos corrugador do
supercílio, prócero, auricular superior e auricular anterior

b) Ramos cervicais-frontal
- Zigomáticos (3): inerva a região zigomática (zigomático menor, zigomático maior, levantador do lábio superior,
levantador do ângulo da boca, levantador comum da asa do nariz e do lábio superior).
- Bucal (3): inerva músculos da região bucal (bucinador, or- Temporo-
bicular da boca, depressor do septo, risório). frontal

- Marginal da Mandibula: ele inerva todo os músculos que Ramos extra-


são depressores do lábio inferior. Inerva os músculos: De- petrosos
Zigomáticos
pressor do ângulo da boca, depressor do lábio inferior,
mentual, parte do platisma
- Cervical anterior e posterior: inerva o platisma e o ven-
Bucal
tre posterior do occípto-frontal

* Um Tumor na Glândula parótida pode evoluir com uma paralisia Marginal da Cervical ante-
mandíbula rior e posterior
do nervo facial.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


PARALISIA DO NERVO FACIAL

A paralisia de Bell é uma paralisia do nervo facial (nervo craniano VII) que resulta em inabilidade para controlar os mús-
culos faciais (músculos da mímica facial) no lado afetado. Várias condições podem causar uma paralisia facial, por exem-
plo, tumor cerebral, AVC, etc. Porém, se nenhuma causa específica pode ser identificada, a condição é conhecida como
paralisia de Bell (idiopática). Nomeada pelo anatomista escocês Charles Bell, que primeiro descreveu-a, a paralisia de Bell
é a mononeuropatia aguda mais comum (doença em que apenas um nervo é acometido), e é a causa mais comum de
paralisia aguda de nervo facial. Geralmente deduz-se que o paciente tem uma infecção viral, e esse vírus possui uma
predileção pelo nervo e é levado a essa neuropatia do facial, e é feito o uso de antivirais – o prognóstico da doença
geralmente é muito bom
A expressão facial é a manifestação que pode demonstrar mais fielmente os sentimentos do indivíduo, às vezes trans-
mitindo muito mais informações que a própria comunicação oral.

Músculos da expressão facial

Paralisia é a perda temporária ou permanente da sensibilidade, ou perda da capacidade de mover ou controlar os mo-
vimentos. Ou ainda a suspensão temporária ou perda permanente da função, sobretudo a perda da sensação ou dos
movimentos.

A Paralisia Facial é um distúrbio (parésia) ou uma paralisia total de todos, ou alguns, músculos da expressão facial. Ela
pode levar a uma disartria, uma vez que a pessoa não consegue movimentar os músculos da boca (musculos labiais).

Quando se observa um paciente com paralisia facial a primeira coisa que se pede é para ele enrugar a testa, buscando
observar algum tipo de paralisia. O paciente não consegue enrugar a testa, não consegue fechar o olho... quando se
tenta fechar o olho, aparece apenas o branco da esclera (lagoftalmia).

Classificação:

- Central (contralateral/cachimbo)
Há lesões ou doenças no cérebro, mais exatamente no encéfalo (sis-
tema nervoso central), que envia informações para o nervo facial.
Via motora do nervo facial: ela sai do Homúnculo de Painfield, na parte
da face, ele desce pelo cérebro, substância branca, capsula interna, e
vai fazer a sinapse com o núcleo do nervo facial (direito e esquerdo). E
lesão é proximal ao núcleo do nervo facial. Toda vez que há uma lesão
nesse nervo ocorre uma paralisia central. Suas principais causas são: tu-
mores cerebrais, AVC.
Ela é Contralateral; pode-se observar o Sinal do Cachimbo (pede para o paciente soprar e ele só “bufa” de um lado da
boca, pois possui uma paralisia do andar inferior da face. O andar inferior da face fica mais comprometido, pois o andar
superior da face há inervação proveniente dos dois lados do cérebro.

- Periférica (ipsilateral)
Na periférica, há lesões ou doenças no próprio nervo facial, que inerva os músculos da face. É uma lesão decorrente da
via motora facial, na qual essa via é acometida a partir do nervo facial da ponte ate o seu fim nos músculos.
Suas principais causas são: traumas, infecção viral, infecção bacteriana.
Ela é ipsilateral/homolateral. E a paralisia é por igual no andar superior e inferior da face.
A lagoftalmia só é vista nesse tipo de paralisia. Essa incapacidade de o paciente fechar o olho e o que leva à complicação
mais temida de uma paralisia facial periférica Ceratite Neuroparalítica (uma inflamação da córnea, da esclera, por conta
de uma paralisia do nervo facial). Uma vez que a pessoa não consegue fechar o seu globo ocular, ele fica exposto a um
ressecamento, trauma, podendo levar à ceratite e até à cegueira. Para o tratamento o paciente faz uso de lágrima
artificial e tampão no olho, principalmente no período de sono.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


Causas: são as mais variadas

- Paralisia viral: vírus, por exemplo o hepes zoster. O nervo facial inerva a lingua de modo a
fornecer a sensibilidade gustatória nos dois terços anteriors da língua. Nessa foto podemos ver
uma paralisia facial na parte mais avermelhada, e um compormoetimento da parte sensitiva
do nervo facial

- Paralisia por bactérias (Otites): bactérias também podem levar a uma paralisia facial. Uma
otite pode levar a uma paralisia facial pois o nervo facial da uma volta na porção petrosa, então
qualquer alteração no ouvido médio pode causar uma paralisia esse nervo. Quando faz um
abcesso retroauricular, o que está atrás é a porção mastoidea então, dentro dessa porção vai
ter secreção purulenta e, dentro dela também tem o nervo facial, com isso, os agentes da in-
fecção vão atacar tal nervo e isso vai culminar numa paralisia facial transitória. Faz-se o uso de
antibiótico para cessar a paralisia. Traumatismos perinatais são outra causa de paralisia facial.

- Paralisia por Traumas Perinatais: traumatismo em bebes nascido a fórceps, podendo ocorrer
esmago facial na frente da orelha. Neles o processo matoide é praticamente inexistente (pe-
quena pontinha óssea). Então, quando se é colocado o fórceps, se não tem o processo mas-
toide, o nervo facial está exposto, com isso, o fórceps pode comprimir o nervo facial e provocar
uma paralisia facial

- Paralisia por traumas gerais: por PAB, PAF, acidentes na região da face, na região profunda
do pescoço, podem comprometer o nervo facial.

ANATOMIA E RAMOS DO NERVO FACIAL

GSPN

Estapédio

Lingual
Nervo
Corda do
tímpano

• O núcleo motor o nervo facial recebe os neurônios que vem no cérebro e fazem sinapse ali. Toda vez que há uma lesão
do neurônio que vem do cérebro para o núcleo do nervo facial ocorre uma paralisia central (contralateral/cachimbo).

• Se há uma lesão no nervo ou na trajetória que o nervo faz ocorre uma lesão periférica (ipsilateral)

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


Nervos que se originam do nervo facial:

• Nervo petroso grande superficial (GSPN) - O nervo facial ao passar entrar no meato acústico interno, a parte sensi-
tiva, faz uma sinapse no gânglio geniculado e emite um nervo (nervo petroso grande superficial -GSPN), e esse nervo
vai para o gânglio esfenopalatino, indo para as glândulas lacrimais para produzir as lágrimas. (A abordagem da fossa
média pode afetar esse nervo).

• Nervo para o Músculo Estapédio – o músculo Estapédio protege o sistema auditivo de sons mais altos (ele se contrai).
Ocorrendo uma lesão nesse nervo o paciente vai ter uma sensibilidade aumentada aos sons – hiperacusia. A hipoa-
cusia = surdez.

• Nervo corda do tímpano – ele sai do facial e vai fazer sinapse nas glândulas submandibular e sublingual para pro-
duzir saliva, e vai para a língua para fornecer toda a ineração sensitiva especial da gustação do paladar (ex. café na
temperatura boa e gostoso).

• Nervo Lingual – é um nervo do trigêmeo que se liga ao nervo facial, está relacionado à sensibilidade geral de dor e
temperatura na língua (ex. café quente)

Após a emissão desses três nervos o nervo facial passa pelo forame estilo-mastóideo e inerva os músculos da face ( que
se trata do nervo motor propriamente dito.

Exame do nervo facial


- Força motora: enrugar a testa, sorrir.
- Reflexo Nasolacrimal: coloca um estimulo irritativo no nariz para que ocorra a produção de lágrimas (Ex. Cheirar uma
cebola)
Nervo petroso superficial (GSPN)
- Reflexo estapediano: otorrinolaringologista – coloca um som para o paciente ouvir e vai aumentando gradativamente
até o paciente dizer que em determinado lado (lado paralisado) a tolerância do som é menor.
Nervo Estapédio

- Pesquisa do Paladar: pingar um doce na lingual em cada lado


Nervo Corda do Tímpano

As sete localizações da Lesão do Nervo Facial (da via motora)

- Lesão supranuclear: antes da via motora – antes da sinápse


Paralisia Facial Central

- Lesão nuclear: pega apenas o núcleo motor do nervo facial. Um Infarto da ponte pode machucar o núcleo do nervo
facial juntamente com o do 6º nervo, ocorrendo uma paralisia de ambos os nervos. Esse tipo de lesão é muito raro.

- Suprageniculada: Entre o núcleo Motor e o Gânglio Geniculado. A paralisia do ângulo ponto-cerebelar (tumor/lesão
no ângulo ponto-cerebelar). Um chivanoma – tumor benigno do nervo acústico - que começa a crescer nessa região
e comprimir. Ocorre uma paralisia completa do nervo facial, do 8º nervo (surdez, tontura, zumbido). Se for mais su-
perior pode atingir o nervo trigêmeo, causando uma anestesia de face. Se for mais inferior pode atingir o 9º e o 10º
nervo, causando disfagia. O nervo facial fica paralisado juntamente com outros nervos.

- Ângulo pontocerebelar

- Supraestapediano: Entre Gânglio Geniculado e o Nervo Estapédio. Ocorre uma paralisia facial motora, uma perda de
paladar, hiperacusia, e uma produção normal de lágimas

- Infraestapediano: Entre o Nervo Estapédio e o Nervo Corda do Tímpano. Ocorre uma paralisia facial, perda de paladar,
mas não ocorre a hiperacusia, tampouco dificuldade de produzir lágrimas

- Infracordais: Abaixo do Nervo Corda do Tímpano. O paciente apresenta uma paralisia facial, asem problemas de sali-
vação, paladar, heperacusia ou de produção de lágrimas.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


ANATOMIA DA ORELHA EXTERNA

Nós possuímos dois pavilhões auriculares, um direito e um esquerdo. E essas orelhas estão a nível do meato acústico
externo.

Helix: formado por cartilagem

Antihelix: se divide em dois ramos: ramo superior e ramo inferior

Fossa triangular: fica entre os ramos do helix

Fossa escafóide: fica em cima do ramo superior do antihelix

Concha

Tragus

Antitragus

Incisura Intertrágica: fica entre o tragus e o antitragus

Lóbulo da orelha: local onde se coloca o brinco

Tubérculo do hélix: onde se coloca piercings

A abertura é o meato acústico externo

Helix

Fossa Escafoide
Ramo superior
Tubérculo do Helix

Ramo inferior
Fossa Triangular
Antihelix

Concha
Tragus
Antitragus

Incisura intertrágica

Lóbulo

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


ANATOMIA DA ÓRBITA

Os olhos são a janela da alma, as portas pro infinito, convite ao paraíso, caminhos diversos penetráveis ou não. Arrisco
um palpite, são poucos, os preparados para mergulhar em sua imensidão.

Significado de Órbita: [Biologia] Cavidade óssea da face, em que está situado o olho; a arcada orbitária ou orbital.

A cavidade orbitária apresenta primeiro um grupo de ossos e um grupo de forames. Ela possui uma porção superior teto
da orbita; uma porção inferior – assoalho da orbita.

As duas órbitas estão separadas pelo osso etmóide.

Forames: Forame óptico: nervo óptico e artéria oftálmica.


Fenda esfenoidal, forame rasgado ou fissura orbitária superior: oculomotor, troclear, abducente e oftálmico.
Fissura orbitária inferior: nervo, artéria e veias infraorbitais.
Etmoidal anterior: vasos e nervos etmoidais anteriores.
O nervo nasociliar passa por um desses dois forames.
Etmoidal posterior: vasos e nervos etmoidais posteriores.
Forame zigomático orbital: vasos e nervos zigomáticos orbitais.

Arcabouço ósseo:
∟ Margem supraorbital; formado pelo frontal e por uma pequena porção do osso zigomático (bordo cortante e arre-
dondado, com o forame infraorbital).
∟ Margem infraorbital: formado pelo zigomático e pela maxila
∟ Parede medial: porção orbital do etmoide e o osso lacrimal
∟ Parede Lateral: face orbital da asa maior do esfenóide e a face orbital do osso zigomático
∟ Assoalho da órbita: osso zigomático, maxila e uma pequena porção do osso palatino.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


Fáscia bulbar

Ela reveste a cavidade orbitária, ela envolve a periórbita (que é a


periferia da órbita, onde estão os ossos – os ossos estão revestidos
pela fáscia bulbar).

Ela deriva da duramater – quando a duramater entra na cavidade


orbitaria, ela vai envolver a órbita e formar essa fáscia.

No interior dessa fáscia (entre ela e o globo ocular) se encontra o


tecido adiposo periorbitário

Também se encontra vasos e nervos que fazem a inervação do


olho.

Músculos do globo ocular

Nesta órbita está alocado o globo ocular, que apresenta uma série de músculos, que vão promover a movimentação do
globo ocular.
∟ Músculo levantador da pálpebra: vai abrir delicadamente a pálpebra, fica acima do reto superior.
∟ Músculo Reto Superior
∟ Músculo Reto Inferior
∟ Músculo Reto medial
∟ Músculo Reto lateral
∟ Músculo obliquo superior
∟ Músculo oblíquo inferior
- Para fechar o olho temos a presença do músculo orbicular do olho feixe palpebral.

Componentes anatômicos da via óptica


∟ Córnea – camada reveste externamente
∟ Conjuntiva: fica abaixo da córnea
∟ Esclera: é uma continuidade da conjuntiva
∟ Íris: é uma região circunscrita.
∟ Pupila: é uma região circunscrita dento da íris, ela possui
músculos intrínsecos do olho que irão promover uma maior
amplitude ou diminuição (midríase e miose)
∟ Lente: fica na região posterior da pupila. É o local que causa a difração da luz
∟ Humor vítreo

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∟ Coróide
∟ Local onde chega o nervo óptico
∟ Mácula
∟ Retina: é uma região altamente vascularizada para que haja suprimento permanente de glicose, oxigênio para os
fenômenos da visão.
Os diabéticos devem ter cuidado e estar fazendo periodicamente o exame de retinorafia (onde se avalia o fundo do
olho), pois pode ocorrer uma diminuição dessa vascularização.
Os vasos do fundo do olho são ramos dos ciliares curtos, que são ramos de vasos que estão na região da artéria
oftálmica, que é um ramo da carótida interna.
Os ramos ciliares longos irrigam a parte da frente do olho.

O caminho da via óptica

A via óptica é formada por 3 neurônios.

Primeiramente a imagem chega no globo ocular, depois ela


passa pelo nervo óptico, que segue até o quiasma óptico. No
momento que ele passa pelo quiasma óptico ele segue para o
tracto óptico. Esse tracto óptico segue na lateral do pedúnculo
cerebral e vai até a região posterior onde está o colículo supe-
rior. No colículo superior,ele passa para o braço do colículo e a
informação passa para o corpo geniculado lateral, que vai pas-
sar para o pulvinar do tálamo lateralmente. Do pulvinar do tá-
lamo ele passa por porções da cápsula interna, coroa radiada
e vai seguir para a região posterior, onde vai se estender até os
lábios do sulco calcarino (área 17 e 19 de Brodmann), onde
ocorrerá a formação da imagem.
1º neurônio: contido na retina, nas células ganglionares.
2º neurônio: contido na retina, nas células bipolares.
3º neurônio: vai estar no tálamo

Bases anatômicas para condução do impulso

A via óptica é constituída por 3 neurônios

∟ Primeiro neurônio: está localizado na retina, a nível das células ganglionares, que se interligam com cones e basto-
netes. Ele emite o seu prolongamento chegando até as células bipolares.
Receptores
- Cones: Visão em cores
- Bastonetes: Visão em preto e branco

∟ Segundo neurônio: está localizado na retina, a nível das


células bipolares e enviam seus prolongamentos, que pas-
sam a nível dos cones e bastonetes, até o tálamo.

∟ Terceiro neurônio: está localizado no tálamo e en-


via seus prolongamentos até a área 17 e 19 de brod-
mann, nos lábios do sulco calcarino.

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PARTE CLÍNICA – CAMPO VISUAL

Quando há uma lesão na via óptica a pessoa sofre


ima perda visual, mas o padrão de perda visual di-
fere, dependendo do local que foi atingido.
∟ Laranja: campo visual do olho esquerdo
∟ Verde: campo visual do olho direito
∟ Justaposição dos campos: visão bifocal, onde a
pessoa consegue focar bem.

Câmara escura:
Toda a nossa via óptica funciona como um sistema
de câmara escura. No olho esquerdo há uma parte
medial (campo nasal), e uma parte lateral (campo
temporal).
A visão do campo nasal se projeta na parte temporal da retina, enquanto a visão do campo temporal se
projeta na parte nasal da retina.
O campo superior se projeta mais na parte inferior da retina, e o campo superior se projeta mais na parte
inferior da retina.

O campo visual é dividido em duas metades e quarto quadrantes.


∟ Visão normal (A esquerdo): campo visual totalmente cheio.
∟ Cegueira, amaurose (A direito): perde toda a visão, campo visual totalmente vazio.
∟ Hemianopsia: é a perda de percepção de metade do campo visual.
∟ Quadrantopsia: é a perda de visão em um quadrante da visão.

A - amaurose à esquerda: ocorre quando há um problema no nervo óptico do mesmo lado.

B - Hemianopsia heterônima bitemporal: Há um problema nas fibras nasais, no cruzamento do quiasma óp-
tico, causando um problema no campo temporal
OBS: Não são todas as fibras que cruzam no quiasma óptico, as fibras que decussam, são aquelas que são
projetadas na retina nasal.

C- Hemianopsia nasal (à esquerda): quando ocorre uma lesão lateralmente ao quiasma


OBS: Hemianopsia heterônima binasal (se ambos os olhos estivessem com a parte nasal comprometida – é
muito difícil de ocorrer, pois são necessárias duas lesões))
D - Hemianopsia homônima contralateral (à direita): lesão do trato óptico (o trato óptico esquerdo carrega
as informações do lado direito da retina, enquanto o trato óptico direito carrega as informações do lado es-
querdo da retina)

E - Quadrantopsia homônima superior contralateral (à direita): lesão nas radiações ópticas que passam mais
inferiormente.
Radiações ópticas: são as fibras do trato óptico que se espalham, há a radiação mais inferior, que vai em
direção ao lobo temporal (carrega as fibras da metade superior da retina); já as radiações mais superiores
que cruzam pelo lobo parietal carregam as informações dos campos nasais inferiores).
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Ex: em cirurgia de epilepsia, onde é necessário fazer uma ressecção do lobo temporal, podendo ocorrer o
ressecamento das radiações ópticas, causando a quadrantopsia.

F - Quadrantopsia homônima inferior contralateral (à direita) - lesão nas radiações ópticas que passam mais
superiormente no interior do lobo parietal

G - Hemianopsia homônima contralateral com a preservação da visão macular: é uma situação mais rara,
quando há uma lesão das radiações ópticas próximo ao centro da visão, nas imediações do sulco calcarino
Mácula: parte da retina onde há o maior número de receptores para a visão, é onde existe a visão mais
precisa.

Hemianopsia altitudinal: quando é tudo inferior ou tudo inferior

Hemianopsia altitudinal inferior: Um tumor nascendo do terceiro ventrículo e começa a apertar o quiasma
óptico de uma ponta à outra na parte mais superior do quiasma, esse tumor vai comprometer a parte inferior
do campo nasal dos olhos.

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SISTEMA RESPIRATÓRIO

É o sistema cuja principal função compreende o transporte de gases: o oxigênio, que é


absorvido pelos tecidos e transportado a todos os sistemas do organismo. E o gás car-
bônico, que é trazido de volta destes tecidos e eliminado do corpo.

As trocas gasosas ocorrem a nível dos alvéolos pulmonares, que são a unidade morfo-
funcional deste sistema, cujo fenômeno é denominado de: HEMATOSE

- Localização: em três regiões do corpo


- Cabeça Nariz
Cavidade
- Pescoço
Nasal
- Tórax

- Componentes:
- Nariz Faringe
- Cavidade nasal Laringe
- Faringe
- Laringe
- Traqueia Brônquios Traqueia
- Brônquios (principais; lobais; segmentares)
- Pulmões (revestidos por pleuras)

Pulmões
DIVISÃO

-Cavidade Nasal

- Nariz: proeminência impar e mediana

- Cavidade nasal propriamente dita

- Seios da face: há um conjunto de seios paranasais (seio frontal; seios maxilares; seio esfenoidal; seio etmoidal – no
temporal, a nível das células aéreas mastoideas, há o osso pneumático, que não possui uma membrana sinusal verda-
deira pois essa membrana que está na região de células aéreas mastoideas deriva da parede do tímpano. Esses seios
da face servem para deixar o osso da face mais leve, servem de caixa de ressonância para a voz e servem para umedecer
e aquecer o ar.

• Nariz - eminência, impar e mediana da face, que se encontra disposto em forma de telhado de casa (ossos nasais e
cartilagens que formam a arquitetura do nariz), na entrada das cavidades nasais.

Morfologia: Apresenta forma de uma pirâmide triangular de base inferior e


ápice superior.

A nível do nariz encontramos as narinas que servem de meio de comunicação


entre o meio externo e a cavidade nasal propriamente dita. O nariz repousa a
frente dessa cavidade nasal propriamente dita. Faces
laterais
Elementos que formam a região do nariz:
Base
- Raiz: é onde o nariz começa
- Base: é onde o nariz acaba
- Ápice ou lóbulo: é uma projeção anterior a nível da base
- Dorso do nariz: fica entre a raiz e o ápice ou lóbulo

- Faces laterais:
- Asas: são duas projeções
- Narinas: aberturas localizadas a nível da base

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Delimitação externa: é feita por sulcos
Nasopalpebral
- Nasopalpebral
- Nasogeniano Nasogeniano
- Nasolabial: entre a base do nariz e o lábio superior
Labiogeniano
- Labiogeniano
Nasolabial

Arcabouço ósseo do nariz


- Maxila: no assoalho, na parede lateral; o processo frontal formando a parte lateral do nariz.
- Nasal
- Etmóide

Cartilagens do nariz Laterais


do nariz
- Alar: forma parte do lóbulo em direção as asas do nariz
Alar
- Alar menor: fica entre a asa do nariz e a região de cartila- menor
gem lateral do nariz.
Alar
- Alar acessória. Faz uma conexão entre a alar e a cartilagem acessória
lateral do nariz. Septal
Alar
- Lateral do Nariz: é a maior; faz a junção do osso nasal e
maxila com a pirâmide nasal, parte cartilaginosa.
Tecido alar fibroadiposo
- Septal: fica a nível do septo.

* Deve-se ter cuidado ao colocar piercings nas cartilagens, pois eles podem causar uma infecção e pode levar a re-
absorção da estrutura cartilaginosa da região de pirâmide nasal. Podendo ser necessário procedimentos mais com-
plexos para reparar o dano, como retirar uma parte da cartilagem costal para repor a nasal.

RINOPLASTIA/ RINOSEPTOPLASTIA

É indicada por questões estéticas, por sinusites de repetição, na qual o paciente tem uma sinusite atrás da outra, isso
pode acontecer pois o paciente tem um desvio do septo nasal, por exemplo, e isso é importante pois se o septo nasal
está desviado, toda a drenagem dos seios paranasais pode estar comprometida, então todas as secreções produzidas
nos seios paranasais se acumula e termina infectando – quadro de sinusite.
Na cirurgia, toda a cartilagem que faz parte do septo nasal é descolada da mucosa, da narina esquerda e direita é
descolada da parte mais superior que forma o dorso do nariz, chegando a um ponto que você pode mobilizá-la , tira,
corta (muitas vezes quando há desvio no septo se forma um bico, uma protuberância), então é colocada a régua para
medir todas as distâncias, e uma vez satisfeito com isso, com o septo nasal bem reto, começa a colocar tudo de volta,
dando pontos na mucosa para prender no septo nasal, terminando a septoplastia.
A rinoplastia é quando você consegue reforçar as cartilagens alares com a própria cartilagem do paciente, muitas
vezes se usa um material sintético para reforçar também. É feira uma abertura do lado e introduzido o material,
fazendo a moldagem do ponto de vista estético. As vezes o paciente tem uma abertura nasal um pouco pequena e
pode-se alargar também.
Durante essa cirurgia também pode ser feita a cirurgia funcional dos seios paranasais, na qual se abre mais as aber-
turas/óstios dos seios e eventualmente retirar umas conchas/turbinas. O olho do paciente é ponteado (tarsorrafia)
para evitar uma lesão no olho e para ficar de olho em uma complicação.

Tipos de nariz
- Leptorrinos: raça branca
- Mesorrinos: raça amarela
- Platerrinos: raça negra

Leptorrinos Mesorinos Platerrinos

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- Vestíbulo nasal
Átrio
É a primeira porção da cavidade nasal, é uma região que ainda tem pele e apresenta pelo, nasal

depois dessa região já encontramos a região da mucosa. Esses pelos são denominados de
vibrissas, que tem por principal função fazer a filtração do ar. Após a região do vestíbulo
chegamos na cavidade nasal propriamente dita Vestíbulo
nasal

- CAVIDADE NASAL PROPRIAMENTE DITA

Surge logo após a região do vestíbulo, posteriormente à região de átrio Parede


nasal. A Cavidade nasal propriamente dita é composta por quatro pare- Superior

des e duas aberturas:


Parede
PAREDES: medial
1. Parede medial: é o septo Parede
2. Parede lateral: nela há as 3 conchas nasais, e entre as conchas lateral

encontramos os meatos. Parede


inferior
3. Parede superior: lâmina crivosa do etmoide
4. Parede inferior: palato duro e palato mole se estendendo até a re-
gião de úvula.

ABERTURAS:
1. Piriforme: anterior
2. Coanas: posterior – fica a medial do músculo Coanas
pterigoideo medial Piriforme

PAREDE LATERAL Concha nasal


superior Meato
- Concha nasal superior: faz parte do etmóide superior
- Concha nasal média: faz parte do etmóide Concha nasal
- Concha nasal inferior: é um osso isolado média Meato
médio
- Meato superior: abaixo da concha nasal superior
- Meato médio: abaixo da concha nasal média Concha nasal
Meato
- Meato inferior: abaixo da concha nasal superior inferior
inferior

* o óstio do seio esfenoidal vai desembocar a nível da concha nasal superior, já os outros seios, juntamente com o
seio maxilar tendem a desembocar abaixo da concha nasal média, no meato médio. Levantando a concha nasal média
haverá uma abertura denominada de óstio do seio maxilar, antro de “ragmoren”. Abaixo da concha nasal inferior, no
meato inferior há o ducto nasolacrimal levando o excesso de lagrimas para a cavidade nasal

- Retirando as conchas e os meatos chegamos ao que se denomina de órbita

PAREDE MEDIAL

- Vômer
- Lâmina perpendicular do etmóide
- Cartilagem do sépto
- Crista nasal
- Rostro esfenoidal
- Crista esfenoidal

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PAREDE SUPERIOR Lâmina
crivosa do
- Lâmina crivosa do etmóide etmoide

PAREDE INFERIOR

- Palato duro e mole: se estendendo até a região de úvula


Palato
duro e
mole

IRRIGAÇÃO
Artéria
Naso-ciliar Etmoidal
O Plexo de Kiesselbach é uma região bas- anterior?
tante importante e vascularizada. Nasal
interno

Nasal
externo

Nasal
superior
Posterior

Plexo de
Kiesselbach

Naso
palatina

Nasal
inferior Esfeno
Posterior Artéria pala- Artéria pala-
EPISTAXE tina maior tina menor palatina

Traumas na região do nariz podem sangrar muito, o sangramento nasal é denominado de Epistaxe, e geralmente de-
corre de uma lesão no Plexo de Kiesselbach.

Etiologias: tumor; trauma de maneira espontânea (tempo frio, tempo mais seco)

Para tratar uma epistaxe espontânea é feita a manobra de tamponamento nasal, colocando uma espécie de tampão.
O procedimento pode ser feito em casa, colocando gaze, algodão, dentro do nariz e aperta gentilmente. Por vezes isso
não vai resolver devendo-se ir para o hospital para o otorrino resolver, onde ele colocará um coronóide através de visão
direta,

- Anterior: quando o sangramento ocorre na parte mais anterior do plexo


de Kisselbach. O otorrino pega um especulo nasal e coloca uma gaze úmida
dentro do nariz, fazendo uma compressão.

- Posterior: quando o sangramento ocorre na parte mais posterior, pró-


ximo da coana. Pode ser feito o procedimento utilizando a sonda de Foley
(a urinária), passa ela pelo nariz e pesca pela boca, coloca na ponta dela
um algodão ou gaze e puxa de volta, insufla o balão para que ele comprima
o sangramento, e aplica uma esponja rica em trombina e fibrinogênio para
ajudar a controlar mais o sangramento

Em algumas situações as medidas anteriores não são o suficiente, geralmente ocorre após uma cirurgia nasal ou após
trauma. Há duas artérias que uma vez lesadas o paciente precisa ser levado ao hospital e submetido a uma cirurgia para
tratar a epistaxe, são as artérias esfenopalatina e a etmoidal posterior e anterior (principalmente).
- Esfenopalatina: através da cirurgia deve-se ir atrás do seio maxilar, descolar toda a mucosa que fica próxima ao osso
palatino, até ver a artéria esfenopalatina, e fazer uma cauterização ou até mesmo fazer uma ligadura. A artéria esfe-
nopalatina é um ramo que vem da artéria maxilar interna, que sangra bastante. Muitas vezes uma cirurgia não é
suficiente, sendo necessário fazer um cateterismo e colocar uma cola dentro da artéria maxilar interna para controlar
esse sangramento.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


- Etmoidal anterior: é bastante robusta, maior. Além da epistaxe ela pode fazer com que o sangramento vá apara a
órbita, causando um hematoma orbitário podendo levar a uma perda da visão - cegueira. Por isso que quando é feita
uma cirurgia no nariz é feita uma tarssorafia (ponto na palpebra) e durante a cirurgia palpa-se essa parte para ver se
não há nenhum hematoma. Caso haja deve-se abrir a membrana periórbita para drenar o sangramento

FARINGE

É uma porção músculo membranosa que apre-


senta uma subdivisão em 3 partes: Nasofaringe
- Nasofaringe:
- Orofaringe
Orofaringe
- Laringofaringe: tem continuidade com o esô-
fago e na anterior dela há a laringe e a tra-
Laringofaringe
queia.

Há 3 músculos presentes nela: o constrictor infe-


rior da faringe; constrictor médio da faringe;
constrictor superior da faringe.

Óstio faríngeo da tuba auditiva

NASOFARINGE

- Óstio faríngeo da Tuba auditiva: uma abertura que conecta a nasofaringe


Recesso Recesso
com o ouvido. Esfenopalatino Faringeo

- Tórus tubáreo: é a cartilagem que fica em torno do óstio faríngeo, a partir


dele surge uma prega salpingopalatina e uma prega salpingofaringea
Tórus Tonsila
- Tonsila Faríngea: quando a pessoa é alérgica ou te rinite, essa tonsila pode faríngea
Tubáreo
crescer e obstruir a região posterior das coanas, e o individuo tende a ficar
roncando, fazendo sinusite de repetição, as vezes é indicada a retirada desse Prega
Salpingopalatina
tecido. (A cirurgia de adenoide é justamente a retirada desta tonsila).
Óstio faríngeo da Prega
- Recesso Faríngeo, fica logo à frente da tonsila faringea. tuba auditiva Salpingofaringea

- Recesso esfenopalatino ou esfenoetmoidal: logo acima do recesso faríngeo, entre o esfenoide e o osso palatino, na
frente do seio esfenoidal.

** Uma sinusite de infecção pode através do óstio migrar para o ouvida, causando primeiramente uma otite, e de uma
forma mais grave causando meningite, vindo também da orofaringe, quando a pessoa tem muita amigdalite de repeti-
ção.

** Uma otite complicada, sinusite complicada, que pode levar ao desenvolvimento de uma meningite, de uma encefa-
lite e até a presença de um abcesso dentro da cabeça.

** Uma sinusite de repetição pode levar a um problema na


tuba auditiva, denominado de disfunção tubária, podendo
complicar com otite. Tuba de Eustáquio = tuba auditiva.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


LARINGE

Situada na parte média e anterior do pescoço, adiante da fa- BASE FACE


POSTERIOR
ringe e abaixo do osso hióide. Está dividida em:
- Base: superior
FACE FACE
- Ápice: inferior ANTERO ANTERO
LATERAL LATERAL
- Faces antero laterais: são duas
- Face posterior

ÁPICE

CARTILAGENS:
- Cricotireóide: é anteroposterior, e tem o formato de um anel
- Tireóide: é impar e anterior e tem a forma de um livro aberto, é diferente da glândula tireóide
- Corniculada: fica na ponta da aritenoide
- Epiglote: quando respiramos ela abre o caminho para as vias aéreas inferiores, e quando você se alimenta ela fecha
as vias aéreas e o alimento topa nela e segue para o esôfago
- Aritenóide
- Cuneiforme

LIGAMENTOS/ MEMBRANAS: ficam entre as cartilagens, ligando as estruturas anatômicas, elas também servem para
procediemtnos cirúrgicos.
- Membrana Tireohióidea: entre a Tireóide e o hióide
- Membrana Cricotireóidea: entre a cricóide e a tireóide (edema de glote). Fica mais ou menos 1cm abaixo da proe-
minência laríngea.
- Membrana Cricotraqueal: entre a cri- Epiglote
cóide e a traqueia
- Ligamento Tireoepiglótico: fixa a carti-
lagem epiglote à tireóide (só da para ver
por dentro da laringe. Membrana Tireohióidea
- Ligamento hioepiglótico: entre o hioide
e a face anterior da cartilagem epiglote
Tireóide
Corniculada
Estrutura cartilaginosa
• Tireóide - hialina Membrana Cricotireóidea
• Cricóide - hialina Aritenóide
• Epiglote - elástica Cricotireóide
• Aritenóides - mistas Membrana Cricotraqueal
• Corniculadas – elásticas
• Cuneiformes - elásticas

** Se o paciente não estiver respirando, com um trauma de face, em situação de emergência é feita uma cricotireoide-
otomia, que é a abertura da membrana cricotireoidea para achar a via aérea do paciente. Na pratica deve-se palpar o
pomo de adão, que é a cartilagem tiróide, deslizando com a ponta do dedo para baixo, será palpada uma vala (é a mem-
brana cricotireóidea) e logo depois será palpada a cartilagem cricóide. Nessa vala – cartilagem cricotireoidéa deve ser
feito um furo nessa membrana para colocar ar dentro do paciente, e conecta a uma fonte de O2. Não é a garantia de
uma via aérea definitiva, pois a pessoa deve ficar segurando regulando a entrada e saída de ar

** Outra maneira de garanti a via aérea é através da traqueostomia (é um procedimento cirúrgico), na qual é feito um
buraco mantido (ostomia) na traqueia, mais inferior. É feita toda a marcação, quando se abre o músculo pla-
tisma se entra na parte profunda do pescoço, deve-se ir dissecando todo o tecido e com o dedo vai palpando
e sentindo todos os anéis traqueais, faz-se uma abertura nessa região e logo depois a acanula da traqueosto-
mia deve ser inserida(ela tem um formato de L e é inserida) . Geralmente está indicada para pacientes que estão

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


há muito tempo entubados sem previsão de extubar, podendo induzir, pelo balão que há no tubo, a uma estenose da
traqueia, e isso é um problema.

MEMBRANA TIREÓIDE

Face anterior
- Proeminência laríngea: é o ponto mais anterior
- Incisura Tireóidea superior
- Incisuras tireóideas inferiores
- Corno superior Tubérculo
- Corno inferior superior

- Linha Obliqua: ela vai interligar os dois tubérculos,


Proeminência
dá inserção ao músculo externotireoide e dá ori- laringea
gem ao músculo tireohioide.
- Tubérculos superiores Tubérculo
inferior
- Tubérculos Inferiores
- Lâmina da cartilagem tireoide :região entre a li- Incisura tireói-
dea inferior
nha oblíqua e a porção mediana da cartilagem tire-
oide

MEMBRANA CRICÓIDE / ARITENÓIDE / CORNICULADA

Cricóide está dividida em duas partes:


- Lâmina: é posterior
-Arco: é anterior

Aritenóide
- Fossa triangular Processo muscular da Processo vocal da
cartilagem aritenóide cartilagem aritenóide
- Fossa oblonga
- Crista arqueada: separa a fossa triangular da
fossa oblonga.
- Processo muscular cartilagem aritenóide: la-
teral e posterior
- Processo vocal da cartilagem aritenóide: me-
dial e anterior

Corniculada: não é cobrado nenhum acidente

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


EPIGLOTE

Em sua visão posterior:


- Tubérculo da epiglote: são várias depressões
- Peciolo: é um afunilamento que indica a sua
terminação a nível da tireoide (ligamento tire-
oepiglótico)

Em sua visão anterior:


- Prega glossoepiglótica mediana
- Pregas glossoepiglóticas laterias
- Valécula: fica entre as duas regas

Articulação da Laringe

Articulações sinoviais:
• Cricoaritenóidea – articulação selar
• Cricotireóidea – articulação em pivô ou trocóide

CAVIDADES DA LARINGE
- Ádito da laringe
- Vestíbulo da laringe
- Ventrículo da Laringe: está margeado acima dele ela corda vocal superior, que é
falsa, e abaixo dele pela corda vocal inferior, que é verdadeira.
- Cavidade Infraglótica

* Quando se vai entubar um paciente, deve-se colocar a pá do laringoscópio, na valécula (espaço entre a base da lígua e
a epiglote), visualizando-se perfeitamente a epiglote e a traqueia, e coloca o tubo na região da laringe em direção a
traqueia – durante o procedimento a epiglote inteira é visualizada. Se o tubo for colocado no lugar errado ele vai para o
esôfago podendo levar a complicações

* A Epiglote é um foco de problemas, principalmente em crianças não vacinadas, ela pode ser o sitio de uma infecção
chamada de epiglotite, na qual a epiglote fica inflamada e o orifício por onde ar passa em direção aos pulmões é bloque-
ado, devendo ser feita de emergência uma cricotireoideotomia de emergência e posteriormente uma traqueostomia.

MÚSCULOS DA LARINGE

• Músculos adutores e abdutores: movem as pregas vocais para abrir e fechar a rima da glote.
- Adutores: mm. cricoaritenóideos laterais e mm. aritenóideos transversos
- Abdutores: mm. cricoaritenóideos posteriores

• Músculos com ação de esfincteres: Ações combinadas da amioria dos músculos do ádito da laringe resulta no movi-
mento de proteção durante a deglutição. Exemplo: cricoaritenóides transversos, laterais, aritenóideos oblíquo e arie-
piglóticos.

• Músculos tensores: Alongam e tensionam os ligamentos vocais elevando a altura do som da voz. Os principais são os
mm. Cricotireóideos.

• Músculos relaxadores: Relaxam os ligamentos vocais. Os principais são os mm. Tireoaritenóideos.

• Músculos vocais: produzem os ajustamentos precisos dos ligamentos vocais, tensionando e relaxando de modo se-
letivo partes das pregas vocais durante uma conversação animada e o canto.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


Músculo Cricotireóideo

Ele possui a parte reta (medial) e a parte obliqua (lateral), é um musculo da região
anterior da laringe, fica acima (superficial) do ligamento cricotireoideo.
- Origem: Parte ântero-lateral da cartilagem cricóide
- Inserção: Margem inferior e corno inferior da cartilagem tireóide
- Ação: Estica e tensiona a prega vocal
- Inervação: Nervo laríngeo externo

Músculo Cricoaritenóideo posterior


- Origem: Face posterior da cartilagem tireóide
- Inserção: Processo muscular da cartilagem aritenóide
- Ação: abduz a prega vocal M. Ariepiglote
- Inervação: Nervo laríngeo recorrente

Músculo Aritenóideos oblíquo(formam um X) e transverso (é o mais profundo)


- Origem: Uma cartilagem aritenóide
- Inserção: Cartilagem aritenóide oposta
- Ação: fecha a porção intercartilagínea da rima da glote
- Inervação: Nervo laríngeo recorrente

A continuação cranial do aritenoideo oblíquo é o ariepiglote

Músculo Cricoaritenóideo lateral


- Origem: Arco da cartilagem cricóide
- Inserção: Processo muscular da cartilagem aritenóide
- Ação: aduz a prega vocal
- Inervação: Nervo laríngeo recorrente

Músculo Tireoaritenóideo – liga a tireoide à cartilagem aritenoide


- Origem: Face posterior da cartilagem tireóide
- Inserção: Processo muscular da cartilagem aritenóide
- Ação: relaxa a prega vocal
- Inervação: Nervo laríngeo recorrente

Músculo Vocal – é um músculo intrínseco, ele está abaixo da corda vocal


- Origem: Processo vocal da cartilagem aritenóide
- Inserção: Ligamentos vocais
- Ação: relaxa a parte posterior do ligamento vocal mantendo a tensão na parte ante-
rior
- Inervação: Nervo laríngeo recorrente

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


INERVAÇÃO DA LARINGE

A laringe recebe inervação vindo de dois nervos principais Laringeo superior e o Laringeo inferior, onde há a presença
de um ramo, o laringeo recorrente, que está no interior da fáscia pré-traqueal e a frente da fáscia bucofaringea, na lateral
entre o esôfago e a traqueia, devendo-se ter cuidado em uma traqueostomia, assim como na retirada da glândula ti-
reóide, como variação por vezes ele passa por dentro da gândula tireoide

VASOS DA LARINGE

- Artérias: Laríngea superior (ramos das


Laríngeas inferiores aa. Tireóideas)
- Veias: Laríngea superior
Laríngea inferior

TRAQUÉIA

- Ela é formada por um conjunto de anéis cartilaginosos incompletos (incom-


pletos pois só estarão presentes na região lateral e anterior). Posteriormente
não há o anel traqueal, e sim a membrana e o músculo traqueal , que é consti-
tuído por um epitélio psudoestratificado cilíndrico ciliado com a presença de
algumas células caliciformes , que são mais comuns no epitélio respiratório da
cavidade nasal, mas também pode existir na traqueia, e esse epitélio ciliado vai
ajudar a expulsar muco presente na traqueia.

- Quem é fumante sofre uma metaplasia nesse epitélio que passa a ser plano
estratificado, que fica sempre tossindo para tentar retirar o muco, uma vez que
o epitélio foi modificado.

- Na região posterior ela possui a membrana traqueal e o músculo traqueal.

fSituação: Estende-se da borda inferior da 6ª vértebra cervical (C6), até a altura da 5ª


vertebra torácica (T5).

Estrutura: 16 a 20 anéis traqueais incompletos (forma de c), estando unidos uns aos
outros por ligamentos anulares e posteriormente pela parede membranácea.

Apresentando mais ou menos 11cm de comprimento, 2,5 cm em seu diâmetro lateral.

Relações:
- Frente - a porção ascendente da aorta e o tronco arterial braquiocefálico
- Lateral esquerdo: a aorta horizontal (carótida comum esquerda e subclávia esquerda) e descendente (aorta torá-
xica).
- Posteriormente: esôfago - possui ligação direta com o esôfago
- Lateral direito: veia Asigus

A traqueia, a nível da cartilagem carina (ela possui um formato de triângulo) vai se bifurcar em dois brônquios princi-
pais (direito e esquerdo).
Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC
BRÔNQUIOS

Brônquio principal direito:


- Mais largo
- Mais curto
- Menor angulação: é praticamente uma continuidade da traqueia
Brônquio
- Cerca de 2,5 cm principal
Relações: Acima- Veia ázigo direito Brônquio
principal
Abaixo - Artéria pulmonar esquerdo

Brônquio principal esquerdo:


- Mais inclinado
- Maior
- Menos amplo Carina

** Ao colocar um tubo endotraqueal, ele vai naturalmente ir em direção ao brôn-


quio direito, e isso é uma situação chamada de intubação seletiva, para resolver ou evitar essa situação deve-se aus-
cultar o pulmão do paciente e observar a expansão da caixa torácica, se estiver ocorrendo a intubação seletiva puxa-se
um pouco o tubo para que ele fique antes da carina, e confere novamente

**Broncoaspiração – geralmente as crianças colocam algo no nariz, e ocorre desses objetos entrarem e se alojarem no
brônquio principal direito ou a nível dos brônquios segmentares.

Os brônquios principais se dividem em brônquios lombares que vão se dividir em brônquios segmentares que se divi-
dem em brônquios para cada região específica pulmonar, onde haverá uma divisão em beta1 até beta10

Os brônquios lobares vão em direção aos lobos do pulmão. O pulmão direito possui 3 lobos e o esquerdo 2 lobos.
Os brônquios segmentares vão para os segmentos do pulmão

O brônquio principal direito emite:


a) Superior (Aeby ou brônquio epiarterial) – se subdivide em 3 (apical, anterior e posterior)
b) Médio - Se subdivide em 2 (lateral e medial)
c) Inferior (hipoarterial) - Se subdivide em 5 (superior – seg-
mentos basais - medial, anterior, lateral e posterior)

O brônquio principal esquerdo emite:

a) Superior - Se subdivide em 2(superior – e inferior)


- Superior esquerdo - Se subdivide em 2(apico-pos-
terior e segmento anterior)
- Inferior esquerdo - Se subdivide em superior (seg-
mentos basais (Antero medial, lateral e posterior.

b) Inferior esquerdo - Se subdivide superior e segmentos basais


- antero medial lateral e posterior

ÁRVORE TRAQUEOBRÔNQUICA

Está projetada dentro dos pulmões, tem um aspecto de galho


seco dentro dos pulmões

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


PULMÕES

São os órgãos centrais do sistema respiratório, contido no interior das cavidades pleuropulmonares, no interior dos quais
se realiza a hematose.

Os pulmões, que se localizam lateralmente ao mediastino possuem configurações anatômicas diferentes. Em seu interior
encontramos os alvéolos pulmonares, por meio dos quais ocorre o fenômeno da hematose (trocas gasosas)

-DIAFRAGMA

Os pulmões se encontram apoiados no músculo diafragma, também chamado de


músculo frênico, que possui um formato de abóboda. Ele separa o tórax do ab-
dome.

Ele é inervado pelo nervo frênico, e é irrigado pelas artérias frênica superior e in-
ferior

Morfologia: Ápice: parte mais superior


Base: parte mais inferior, apoiada no musculo diafragma

Possui três faces:


- Esternocostal ou costal
- Inferior: apoiada no diafragma
- Medial ou cardíaca: voltada para a região do coração. É nessa face que encontra-
mos o Hilo pulmonar (local onde se encontra a artéria a veia e o brônquio

Face medial – impressões do pulmão esquerdo:


- Sulco para a Artéria Subclávia esquerda
- Sulco para a veia braquiocefálica esquerda
- Impressão ou Sulco aórtico -
- Incisura Cárdiaca
- Ligamento Pulmonar Hilo
Pulmonar
- Hilo pulmonar: local onde se encontra a artéria, veia e brôn-
Impressão
quio cardiaca
- Impressão cardíaca ou impressão do ventrículo esquerdo
- Impressão diafragmática Impressão
diafragmática

Face medial – impressões do pulmão direito


- Sulco para veia cava superior
- Impressão da veia cava inferior
- Sulco para a veia ázigo: ela está acima do brônquio princi-
pal direito.
- Impressão para o átrio direito

Ambos os pulmões possuem


- Borda Medial Impressão
para o átrio
- Borda Lateral direito
- Borda Inferior

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


LOBOS Fissura Fissura
Lobo horizontal Lobo oblíqua
superior Superior
Pulmão direito 3 lobos:
- Lobo superior
- Lobo Médio
- Lobo Inferior Fissura
oblíqua
Pulmão esquerdo 2 lobos:
- Lobo superior Lobo
- Lobo Inferior Inferior

*Língula do pulmão esquerdo – é um lobo


atrofiado por conta do desvio pro lado es-
querdo do ápice do coração
Lobo Língua do pul- Lobo
Médio mão esquerdo inferior
Os lobos são separados por fissuras:
- Fissura horizontal direita: separa o logo superior do médio esquerdo
- Fissura oblíqua direita: separa o lobo superior e inferior e separa o lobo médio e inferior
- Fissura oblíqua esquerda: separa o lobo superior e inferior esquerdo

*Um paciente pode ter dextrocardia, ou seja, o coração está voltado para o lado direito.

• No hilo direito e esquerdo a ordem das estruturas é diferente:


Hilo Direito Hilo Esquerdo
- Artéria - Brônquio
- Veia - Artéria
- Brônquio - Veia

PLEURAS

São membranas que vão revestir os pulmões.


- Pleura parietal: vai estar voltada para a parede da cavidade torácica.
- Pleura visceral: está colada no pulmão, víscera.

PROFESSOR FRANCISCO

Raio X de tórax – deve-se observar (PA) a sombra cardíaca, o pulmão direito e esquerdo.
Observa-se toda a vascularização dos pulmões com os brônquios, a traqueia, o nível da
carina, em perfil observa-se a sombra cardíaca, os pulmões e a coluna.

O importante é observar as curvas, pois essas curvas apresentam estruturas anatômicas


que nós observamos durante a aula

Existem dois tipos de radiografia: a de perfil e a AP (antero posterior) ou PA (póstero ante-


rior)

• Perfil: O ventrículo direito fica logo atrás do esterno, geralmente


em lesões de faca o ventrículo direito é a estrutura cardíaca mais
lesada.
• PA: do lado esquerdo há uma curva caracterizando o ventrículo es-
querdo, há o tronco da artéria pulmonar (que tem relação com o
tronco fonte esquerdo), e do lado direito há a sombra do átrio di-
reito, e o arco aórtico (o átrio direito só se vê se ele estiver aumen-
tado em condições patológicas).

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


• Hemotórax: presença de sangue no espaço pleural, que começa a se acumular e a
comprimir o pulmão.
• Pneumotórax: é a presença de ar no espaço pleural. A imagem fica mais hipertrans-
parete (mais escuro)

TRAUMA DO TÓRAX

Ao sofrer um trauma torácico, geralmente chegam com dificuldade respiratória. Primeira-


mente observa-se as vias aéreas estão pérvias e se o paciente está respirando, e se é pos-
sível perceber essa respiração e ouvir os sons do pulmão.

- Havendo diminuição dos sons observa-se se há um ferimento aberto, se sim é porque


entrou ar na cavidade torácica, havendo um pneumotórax aberto a primeira coisa a se
fazer é fechar esse buraco.

- Outros pacientes chegam com trauma torácico, com dificuldade respiratória e sem lesão
aberta (trauma torácico fechado), percebendo que os sons estão diminuídos deve-se fazer
o exame físico, uma percussão no tórax, ouvindo-se um som de hiper ressonância (ar-
pneumotórax), se for um som mais abafado (hemotórax)

- O paciente está com falta de ar, dificuldade respiratória e há


um bom som pulmonar em ambos os pulmões. A primeira coisa
a se fazer é ver se o paciente tem tórax instável – fratura em
costelas adjacentes, a costela está quebrada em duas pontas e
esse segmento da costela fica solto (flutuante). Quando o paci-
ente inspira a caixa torácica se expande cria-se uma pressão ne-
gativa no espaço pleural e esses fragmentos ósseos ao invés de
se expandirem com a caixa torácica, vão para dentro, é um mo-
vimento paradoxal. Quando o paciente expira a cavidade torá-
cica se contrai, cria-se uma pressão positiva no espaço pleural e os fragmentos vão para
fora. Deve-se estabilizar – comprime (levemente) para que o movimento paradoxal se
anule, mas dependendo do grau de cominuição de fratura e principalmente se tiver um der-
rame associado, mas a primeira coisa a se fazer é estabilizar a fratura, colocar uma banda-
gem para que esse movimento fique harmônico

- O paciente teve um trauma no tórax, tem os sons preservados e não tem o tórax instável:
tamponamento cardíaco. Há um trauma no tórax, que atingiu o coração, então o sangue
começa a se acumular no espaço pericárdico, até que chega um momento em que o coração não consegue atravessar
o processo de sístole e diástole. Deve-se faze ruma punção pericárdica, uma janela e drenar esse sangue para que o
paciente possa sobreviver

DRENAGEM TORÁCICA

Quando há um pneumotórax hipertensivo e o paciente está morrendo deve-se fazer, assim como se faz na cricotireoi-
dotomia, um pequeno furo no segundo espaço intercostal: entre a primeira e a segunda costela de odo que o excesso
de ar é retirado. (é uma situação não permanente)

Na drenagem torácica deve-se palpar o tórax do paciente e no 5º espaço intercostal você vai se dirigir a linha axilar.
Nós possuímos a linha axilar anterior a linha axilar média e a linha axilar posterior que são fáceis de serem identificadas.
Coloca-se paciente em abdução pinta-se a região do quinto espaço intercostal e na linha axilar entre a linha axilar an-
terior e média é feita uma incisão é feito um bloqueio na parede torácica. O corte deve ser feito na borda superior da
costela (na borda inferior há o sulco costal que dá passagem ao feixe neurovascular intercostal - nervo intercostal e
vasos intercostais), uma vez aberto esse espaço você vai até a pleura e a abre com uma pinça, para ter acesso ao espaço
pleural, alarga-se esse espaço com o dedo e é colocado o tubo torácico, que deve ser dirigido para a parte posterior,

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


para não causar um traumatismo cardíaco, atingindo o pericárdio. Um paciente que está com falta de ar deve voltar
rapidamente a respirar normalmente.

Toracocentese: drenagem isolada, é colocada uma agulha. Num derrame pleural que se imagina ser câncer, retira-se
uma parte do liquido para poder examinar e ver se há células neoplásicas

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


SISTEMA DIGESTÓRIO

INTRODUÇÃO

É aquele sistema que vai pegar macromoléculas e


vai transformar em moléculas que possam ser ab-
sorvidas pelo nosso organismo. Desse modo ela
pega o nosso alimento e transforma em aminoáci-
dos, ácidos graxos e glicose, que serão utilizados pe-
las células.

ATIVIDADES FUNCIONAIS

Ele possui atividades funcionais, que estão ligadas à parte ingestiva e à parte digestiva.

• Ingestão
- Mastigação OBS: Na parte ingestiva, na cavidade bucal, já há o pro-
- Deglutição cesso digestivo, que é a presença da amilase salivar ou pti-
alina na saliva, que vai começar a degradação do amido
• Digestão presente nos alimentos. Tudo isso ocorre na formação do
- Absorção bolo alimentar
- Defecação

COMPONENTES DO SISTEMA DIGESTÓRIO

TRATO GASTRINTESTINAL TUBULAR

• Boca
• Faringe (órgão comum do sistema digestório e respiratório)
• Esôfago (é uma estrutura músculo membranosa, que vai transcorrer entre a região cervical e a cavidade abdo-
minal passando pelo tórax)
• Estômago (grande atuação de enzimas)
• Intestinos (grande atuação de enzimas responsável pela
absorção e defecação)

ÓRGÃOS DIGESTÓRIOS ANEXOS

• Dentes
• Glândulas salivares
• Fígado
• Pâncreas

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


PARTE EXTERNA DA BOCA: são áreas trabalhadas na parte estética (dermato, cirurgião plástico), fazendo preenchimento .

- Sulco naso-labial
- Sulco lábio-geniano: quando bem demarcado é conhecido
como bigode chinês. Sulco lábio-
geniano
- Rima da boca: separa os dois lábios
- Lábio: território onde está o musculo orbicular da boca
Rima da
- Filtro: depressão localizada no lábio superior boca
- Tubérculo do lábio: região circunscrita onde termina o filtro
- Comissura Labial: localizadas nas extremidades da cavidade bucal

* Cirurgiões neuro-clínicos costumam usar toxina botulínica para controlar neuroespasmos, espasmos de musculatura.

Muitas vezes em trauma é necessário fazer o reparo desses elementos, nem sempre é possível em um único tempo
cirúrgico. (reconstrução de lábio – pode-se rodar retalhos, preenchimento ...)

BOCA

• Localização: no terço inferior da face

• Função: triturar os alimentos, com o auxílio dos elementos dentários. A


língua joga o alimento de um lado para o outro. A saliva inicia a digestão Cavidade
Bucal
e há a formação do bolo alimentar para a deglutição.
Vestíbulo
• Divisão: Bucal
- Cavidade Bucal propriamente dita: parte posterior, interna mente,
fica atrás dos dentes.
- Vestíbulo bucal: Parte anterior – localizado entre os dentes e os lábios.

CAVIDADE BUCAL

• Limites

- Superior: Palato Duro


Palato Mole (no fim dele se localiza a úvula) Arcos
Gengivais
- Inferior: assoalho da boca (pele, tela subcutânea, músculo platisma,
milo-hióide, gênio-hióide, genioglosso)

- Posterior: Arco palatoglosso (hemiface = prega palatoglossica)


Múscu-
Arco palatofaríngeo (hemiface = prega palatofaringea) los
- Entre esses arcos há o que chamamos de istimo das
fauces (nessa região há a tonsila lingual/palatina – é a que desenvolve amigdalite

- Anterior e laterais: arcos dentais - face palatina dos dentes superiores e face lingual dos dentes inferiores

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


LÍNGUA
Valécula
- Raiz Prega
Glossoepiglótica
- Corpo lateral
Prega
- Ápice Glossoepiglótica
mediana
Entre a raiz e o corpo há o V lingual, e logo atrás dela há o
forame cego, onde começa a raiz da língua. Forame
cego
Atrás da raiz da língua há as valéculas, entre elas há a
V lingual
prega glossoepiglótica mediana, e aos lados ficam as pre-
gas glossoepiglóticas laterais. (são locais importantes para
a intubação de pacientes)

Tonsila lingual
ou palatina
-Papilas gustativas – no V lingual encontramos as papilas filiformes
e fungiformes, são as chamadas papilas circunvaladas.

-Tonsila lingual

PALADAR

Antigamente existia uma distribuição de ondese loca-


lizava a distribuição dos receptores de doce, salgado,
azedo e amargo.

A fisiologia atual já diz esses receptores estão distribu-


ídos por toda a superfície da língua.

CAVIDADE BUCAL

DENTES

- Decíduos: são os chamados “dentes de leite”. São os dentes das crianças, são no
total de 20 elementos dentários.

- Permanentes: são 32 elementos dentários.

Essa mudança de dentes ocorre para que possa haver o crescimento da maxila e da
mandíbula, crescendo, assim, o terço inferior e médio da face.
- Dentes incisivos: servem para cortar
- Dentes caninos: servem para perfurar e rasgar
- Dentes premolares/molares: triturar alimentos
Uma criança não possui pré-molares, eles só surgem após a troca de dentição.

ESTRUTURA

O dente não é osso, ele e formado por:


- Dentina: fica no interior do esmalte
- Esmalte: capa externa
- Cemento: fica no interior da raiz
- Polpa: a estrutura dentária protege essa polpa.
- Coroa
- Colo
- Raiz
Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC
GLÂNDULAS SALIVARES

Na cavidade bucal nós temos a presença das glândulas salivares maiores e menores.
- Maiores: Parótida, submandibular e sublingual (3 de cada lado)
- Menores: No lábio, na língua, no palato

- Glândula Parótida

Em seu interior ela é cruzada pelo nervo facial. O nervo facial não faz inervação da
parótida, quem faz a parótida secretar é o glossofaríngeo. Ela apresenta um ducto,
o ducto parotídeo, ele penetra no bucinador através do forame crotafítico - bucina-
dor, e chega a nível do segundo molar superior na cavidade bucal.

Devemos ter cuidado com a topografia dessa glândula, pois está na moda a chamada
bichectomia (retirada da bola gordurosa de Bichat). Esse procedimento é feito, atra-
vés de uma incisão interna na cavidade bucal. Deve-se ter cuidado para não lesar o
nervo facial nem lesar o ducto parotídeo (é o local por onde vem a saliva). Ocorrendo
uma lesão no ducto parotídeo a pessoa terá uma produção de saliva no interior dos
tecidos.

Em um tumor de parótida de maiores proporções, deve-se ter cuidado na hora de


realizar o procedimento cirúrgico para não lesar o nervo facial, pois ele estará des-
locado, em várias regiões, já terá ocorrido uma neovascularização (até a nível da
pele). Faz-se uma incisão próximo ao forame estilo mastoide e vai dissecando o
nervo retirando todo o tumor, sem lesionar o nervo. (Os adenocarcinomas são muito
comuns).

- Glândula Submandibular

Ela se encontra abaixo do ângulo da mandíbula. Existe na


mandíbula um acidente anatômico chamado de Fossa
submandibular, onde essa glândula se localiza.

Os ductos dessa glândula desembocam no assoalho da


boca, abaixo da língua.

Pelo formato do ducto dessas glândulas elas estão muito


suscetíveis a terem lesões chamadas de Sialolitos. Ela
tem uma propensão a desenvolver cálculos (assim como
o cálculo renal), chamado de Sialolitos.

- Glândula Sublingual

Localiza-se na fossa sublingual

Os ductos dessa glândula desembocam no assoalho da boca, abaixo da


língua.

Pelo formato do ducto dessas glândulas elas estão muito suscetíveis a


terem lesões chamadas de Sialolitos. Ela tem uma propensão a desen-
volver cálculos (assim como o cálculo renal), chamado de Sialolitos.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


* Outros exemplos de obstrução de glandulas salivares são os adenomas penumórfico (glândulas salivares menores que
stão no palato, no lábio), muitas vezes eles começam com uma estomatite nicotínica - Pacientes que fumam muito
desenvolvem uma inflamação nas glandulas salivares do palato, podendo evoluir para o adenoma.

* Em paises como a india, paisses do oriente médio, paises em guerra é muito comum câncer de boca por conta de
fumo, pois eles fazem fumo invertido – a parte do filtro do cigarro fica fora da cavidade bucal, e a parte acesa fica para
dentro da cavidade bucal. (causa adenoma penumórfico e estomatite nicotínica, podendo levar ao câncer)

* Pode haver o desenvolvimento de mucocele, sendo preciso fazer uma incisão, retirada da glândula e retirada da
mucocele (a glandula é retirada pois ela está obstruida, podendo formar a mucocele novamente).

Sindrome de Sjogren

É a diminuição da produção de saliva e de secreção da glândula lacrimal. Ela


afeta glandulas salivares maiores e menores, assim como a glândula lacrimal
(glândulas endócrinas e exócrinas). É por isso que ela é tratada de uma formas
multiprofissional, estomatologista, oftalmologista, reumatologista ou
dermatologista.

O diagnóstico é feito através da percepção da xerostomia, é feita uma


sialometria para ver a cavidade bucal ressecada. É feita uma medicação, um
colírio, que está relacionado também com a liberação de saliva, através da ativação dos rceptores muscarínicos. O
oftalmologista faz o teste de Schirmer (para ver a produção de lagrimas – papel) e o teste de rosa bengala (uso de
corante, para ver se há ulcera de córnea) o Oftalmo pode fechar o duco naso-lacrimal, para evitar que o excesso de
lágrimas siga em direção à cavidade nasal, para que toda a produção lacrimal fique apenas no globo ocular.

FARINGE Nasofaringe

Está dividida em nasofaringe, bucofaringe ou oroaringe e laringofaringe.

É uma estrutura musculo-membranosa que está localizada na parede posterior, a


frente da coluna vertebral, formada por três musculos principais: constrictor
inferior da faringe, constrictor medio da faringe e constrictor superior da faringe.

Essa faringe faz conexões com a laringe (continuidade ventral) e com o esôfago
(continuidade dorsal). Para que ela chegue na laringe a epiglote deve estra aberta,
então o ar vai passar.

DEGLUTIÇÃO

Na Deglutição o bolo alimentar vai topar na epiglote e seguir em


direção ao esôfago. O bolo alimentar que estava na cavidade
bucal vai ser empurrado peloa lingua para trás ao mesmo tempo
o palato mole facha a cavidade nasal e o alimento segue em
fireção ao esôfago, já que a epiglote está fechada.

Quando bebemos um liquido rápido de mais termina que ele


pode acaber indo para a cavidade nasal.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


VASCULARIZAÇÃO

De uma forma geral quem faz a vascularização dessa área


é a carótida externa.

Já a drenagem é feita pela veia jugular interna, mas tam-


bém pela veia jugular anterior e pela veia jugular externa

NERVOS:

Os nervos que irão inervar essa região de cavidade bucal, faringe, e região cervical são:
- Trigêmeo
- Glossofaríngeo
- Hipoglosso
- Facial
- Acessório
Região mais anterior, onde está a laringe.
- Vago

ESÔFAGO

- Localização: Três regiões distintas do nosso corpo. Região cervical, tórax e


abdome.

- Função: Transportar os alimentos da região de cavidade bucal e faringe até a


região de estômago, onde ocorrerá os processos digestórios.

É um túbulo muscular, com a extinção de 23 a 25 cm de comprimento, o seu


trajeto segue a seguinte ordem: cervical, torácico e abdominal (suas 3 por-
ções).

Estende-se por um plano horizontal que passa pela borda inferior da cartilagem
cricóide em um plano que tem continuidade com o processo espinhoso da sexta
vértebra cervical e após passar pelo mediastino superior, inferior posterior e
finalmente cruzando o músculo diafragma para chegar na cavidade abdominal
a nível de T12 (plano horizontal que passa da T12 até abaixo do apêndice xi-
fóide).

Em seu trajeto ele tem as seguintes relações:


- Primeiro trajeto (cervical):
Anterior: traqueia
Posterior: coluna vertebral
Lateralmente: dentro da fáscia pré-traqueal,
está o nervo laríngeo recorrente.

- Segundo trajeto (torácico)


Anterior: traqueia, brônquios principais
Lateral esquerdo: aorta torácica, aorta horizon-
tal
Lateral direito: veia ázigos, veia cava inferior

- Ele está atrás do pericárdio fibroso no medias-


tino inferior, e à frente da coluna vertebral

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


- CONSTRICÇÕES

Cartilagem Cricóide: onde passa pela Cricóide.

Arco da aorta: quando toca a aorta horizontal.

Brônquio principal esquerdo: ele é mais alongado e toca o esô-


fago.

Diafragma: quando o esôfago passa por ele para ir para a


cavidade abdomial.

- IRRIGAÇÃO
Quem faz a irrigação são as artérias esofágicas

DRENAGEM
Lado direito – veia ázigos. A Ázigos geralmente desemboca
na veia cava superior.

Lado esquerdo – veia hemiázigos. A hemiázigos desemboca


geralmente na subclávia ou na junção subclávia-jugular
interna, que é o tronco venoso braquiocefálico esquerdo.

Elas são formadas através das veias esofágicas, que


drenam o esôfago, tanto na Ázigos quanto na Hemiázigos.

Complemento dos ramos parietais e viscerais que observamos a nivel da cavidade torácica, podemos observar os
subramos daqueles ramos:

- Parietais

• Intercostais posteriores- Dividida em 9 pares de ramos:


Ramo ventral: Intercostais laterais: músculos intercostais externos e internos, e a membrana intercostal interna
e externa. É a arteria, veia e nervo que vão passar no sulco costal da costela
e fazem com que num acesso cirúrgico para um penumotórax faça na borda
superior da costela.
Musculares: peitorais maior e menor, e serrátil anterior.
Cutâneos laterais: irriga toda a pele e tecido subcutâneo do tórax superior.
Mamários: irrigam as glândulas mamárias.
Ramo dorsal: vai formar o ramo espinhal
Ramo espinhal: ele vai descenter pela porção torácica e lombar da medula espinhal. Medula, meninges

• Subcostais: Abaixo das ultimas costelas, e vai irrigar o quadrado lombar e o Psoas maior.
• Fênica Superior: dividida em direito e esquerda, irrigando a porção superior do músculo diafragma.

- Viscerais

• Mediastinico: para a região mediastínica


• Bronquica: para os bônquios principais, lobares e segmentares
• Esofágica: para o esôfago

INERVAÇÃO

Parassimpático: Nervo vago: porção mais anterior


Plexo esofágico

Simpático: Tronco simpático

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


DIAFRAGMA OU MÚSCULO FRÊNICO

É um sépto musculo-fibroso em forma de cúpula que separa a cavidade


torácica da abdominal, onde seu conjunto de fibras (esternal, costal e
lombar) convergem para um tendão central, que vai estar inserido a
nível da região lombar ( presa a nivel do pilar esquerdo e do pilar
direito do musculo diafragma), a nivel das vértebras.

Ele é inervado pelo nervo frênico, que passa emtre a fáscia pré-
vertebral e atrás da fáscia carotídea.

Suas fibras musculares são agrupadas em três partes:


- Esternal: fica no centro
- Costal: fica lateralmente
- Lombar: próximo a coluna lombar

O músculo diafragma apresenta uma série de óstios/hiatos, uma série de cavidades por onde passam estruturas
anatômicas
- Óstio da veia cava inferior por onde passa a veia cava inferior (lado direito,
- Óstio esofágico: por onde o esôfago passa indo em direção ao estomago
- Óstio aórtico: por onde passa a artéra aórta, fica à frente da coluna vertebral.
- Óstio para o músculo psoas maior: fica lateralmente aos pilares direito e esquerdo

Óstio da veia cava inferior

Óstio esofágico

Óstio para o mús-


culo psoas maior
Óstio aórtico
Pilar esquerdo
Pilar direito

PERITÔNIO

Fica no interior da cavidade abdominal. Assim como no tórax havia pleura


envolvendo o pulmão, e pericárdio envolvendo o coração, na cavidade
abdominal há o peritônio envolvendo toda essa área das visceras que
fazem parte do sistema digestório.

Existem órgãos na cavidade abdominas que são retroperitoniais ou seja,


estão atras do peritônio, como o elemento renal.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


•Divisão
- Lâmina parietal: está aderido à parede
- Lâmina visceral: esta aderido às visceras. Ele se divide em porções. Omento
menor
→ Omento maior: estrutura que envolve as vísceras que estão abaixo do esto-
mago, inclusive o cólon transverso.
→ Omento menor: está entre a curvatura menor do estomago e o fígado (o
hilo-hepático)
Omento
- Quando se faz o procedimento cirúrgico da retirada vesícula o médico irá pas- maior
sar pelo omento menor.
- Se for fazer algo no intestino grosso, no intestino delgado, o médico passa pelo
omento maior, se for abaixo do estômago.

MESENTÉRIO

Há ainda uma terceira dobra do peritônio denominada de Mesentério. Ele vai igar todas as
visceras ao pedículo central do mesentério, para evitar que as visceras façam grandes
deslocamentos. As visceras fazem moviemntos peristalticos e pequenos deslocametos. Ele
possui grande quantidade de tecido adiposo (panículo adiposo da cavidade abdominal),
mas também possui tecido conjuntivo.

Alguns autores caracterizam o mesentério como um novo órgão, devido a sua


vascularização e propriedades.

ESTÔMAGO

- Localização: região epigástrica e Hipocôndrio esquerdo (quadrante su-


perior esquerdo)
Ligamento
Ele possui uma face anterior e uma face posterior – relacionada com o hepato-
duodenal
retroperitônio

FACE EXTERNA

Partes do estômago
- Cárdia: local por onde chega o esôfago
- Fundo: é cheio de ar, quando se faz uma radiografia de PA
(póstero-anterior) de tórax dá para ver esse local, devido ao ar.
Ele chega a tocar o musculo diafragma. Incisura
- Corpo Cárdica

- Região pilórica

Curvaturas:
- Curvatura menor: onde está o omento menor. Relaciona-se
com o fígado.
- Curvatura maior: onde está o omento maior. Relaciona-se com
os intestinos e com o pâncreas (mais profundamente).
- No omento menor observamos o ligamento hepato duodenal,
entre o fígado e o duodeno – que e o final do estomago começo
do intestino delgado. Esse ligamento está bem a nível da vesí-
cula biliar.

Incisuras
- Incisura Cárdica: entre o esôfago e o fundo
- Incisura angular: na curvatura menor

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


FACE INTERNA

Ocorre a produção do HCl (ácido clorídrico). O fenômeno ocorre deste


modo: dentro do estômago há uma enzima inativa (o pepsinogênio),
renina. No momento em que a pessoa começa a se alimentar, ou até
mesmo pelo estimulo visual o estomago começa a produzir HCl, dimi-
nuindo o Ph estomacal (2/3). Com o Ph baixo o pepsinogênio vai perder
um sinogênio e vai passar a pepsina enzima ativa. Essa pepsina vai de-
gradar as proteínas em proteóses e peptonas. Será formado o quimo,
que ficará a nível do antro pilórico, que será passado pelo esfíncter pi-
lórico (músculo) para o duodeno, onde esse quimo receberá o suco
pancreático que irá neutralizar a sua acidez transformando-o em Quilo,
devido a grande quantidade de íons bicarbonato.

- Na cárdia/ óstio cárdico não há um esfíncter verdadeiro, por isso corre


o refluxo (quando a cárdia não fecha direito) – esofagite de refluxo.

Em seu interior há uma série de pregas, as pregas gástricas. E na curva-


tura menor há a via preferencial dos alimentos líquidos e pastosos

- Caso haja uma hiper produção de suco gástrico, podendo ser causado pela H. Pylori, ou em paciente alcoólatras, pode
ocorrer uma degradação da parede, passando a ser uma ulcera. Essa úlcera pode chegar a perfurar (UPP), que faz o
suco gástrico extravasar na cavidade abdominal, levando o paciente a uma peritonite que pode evoluir para uma sepse
e levar o paciente a óbito.

AULA DE FRACISCO (13/05)

- Aplicação de Botox para espasmo hemifacial

A toxina botulínica é o veneno causador do botulismo (doença na qual a pessoa sofre contração involuntária), a pessoa
contrai botulismo ingerindo alimentos contaminados pela toxina (geralmente mel) e isso induz a uma paralisia muscular
severa. No botulismo a pessoa fica sem se mexer e sem respirar por meses (3 a 4 meses, que é o tempo que toxina tem
no organismo antes de ser depurada), usando a toxina botulínica localmente, há a possibilidade de paralisar o rosto da
pessoa e melhorar o espasmo facial. O bloqueio é feito de modo paliativo, geralmente feito em idosos. A cirurgia possui
efeitos mais prolongados.

- Hérnia diafragmática

Nela há uma abertura ou uma ruptura do diafragma e uma alça intestinal (por uma
abertura do diafragma, que pode ser traumática ou congênita – uma má formação).
O paciente apresenta falta de ar, baixa de pressão.

As hérnias diafragmáticas são mais frequentes no lado esquerdo e quase nunca


acontecem do lado direito pois o fígado está localizado do lado direito, impedindo
isso de acontecer, servindo como uma barreira.

- Diafragma

Dia = através de; fragma = parede; ou seja, o diafragma é uma parede através da qual algumas coisas atravessam: o
esôfago, a traqueia, a veia cava.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


- Doença do refluxo gastroesofágico

O Suco gástrico reflui para o esôfago distal, dando a queimação,


pirose, azia, e se não tratado pode levar a uma esofagite, que
pode evoluir para uma metaplasia (mudança do tipo de histologia
das células do esôfago), esôfago de barret, e se não tratado pode
evoluir para um câncer.

Atualmente há muitos medicamentos utilizados, como o omepra-


zol que é um bloqueador da bomba de prótons, pois existe uma bomba de prótons no
estomago que produz o ácido clorídrico, que é importante para a digestão das proteínas.
O omeprazol bloqueia o funcionamento dessa bomba, diminuindo a acidez, ajudando a
tratar esse refluxo.

Em algumas situações o tratamento medicamentoso conservador não é o suficiente,


sendo necessário a realização de uma cirurgia, a fundoplicatura. Essa cirurgia é chamada
de fundoplicatura, pois o médico pega o fundo gástrico, dá a volta na parte distal do
esôfago, e amarra, criando uma espécie de esfíncter que irá aumentar a pressão nessa
região impedindo que o suco gástrico reflua para o esôfago. Pode-se também apertar o
hiato esofagiano que fica no diafragma.

- Hemorragia digestiva

Ângulo de Treits, é a flexura duodeno-jejunal, que é a transição entre o duodeno e o


jejuno. Quando há um foco de hemorragia antes desse ângulo é mais fácil o sangue re-
fluir (hemorragia digestiva alta) , já se a hemorragia for após o ângulo é mais fácil o
sangue descer pelo reto e ânus do que refluir (hemorragia digestiva baixa).

- Algumas causas de hemorragia digestiva alta:


* Úlceras pépticas. Infecções por H. pylori e uso prolongado de antiinflamatórios não-
esteróides, como aspirina e ibuprofeno, são causas comuns de ulcera péptica.
* Varizes esofágicas. Varizes localizadas no parte inferior do esôfago pode romper e
sangrar abundantemente. Cirrose é a causa mais comum de varizes esofágicas.
* Gastrite / Esofagite.
* Tumores benignos e câncer. O tumor benigno é um crescimento anormal de tecido que não é canceroso. Tumores
benignos e câncer no esôfago, estômago ou duodeno podem causar hemorragia digestiva alta.

Hemorragia digestiva alta, se caracteriza por hematêmese (vômito com sangue) e melena (eliminação de sangue dige-
rido juntamente com as fezes, que então ficam pastosas, de cor escura - tipo borra de café - e de odor fétido). A partir
do esôfago, estômago, piloro e duodeno – ficando acima do Ângulo de Treitz.

Umas das causas das hemorragias digestivas altas são as varizes esofágicas/gástri-
cas. Essas veias são drenadas através do sistema porta, que vai no fígado e do
fígado vai para a veia cava inferior para cair na câmara direita do coração. O sis-
tema gastrointestinal absorve os alimentos com todos os nutrientes, mas ele pre-
cisa passar por um filtro, pois a gente também absorve muitas toxinas. O fígado é
o “grande filtro de toxinas”, havendo um problema no fígado (ex. cirroses), o san-
gue ao invés de ser filtrado ele acaba sendo acumulado e começam a aparecer
varizes gástricas e esofágicas, o baço aumenta de tamanho (esplenomegalia). Es-
sas varizes podem se romper, dando início a uma hemorragia. Para o tratamento
pode ser injetadas substâncias esclerozantes como álcool, o bisturi monopolar ou
bipolar, e em outras situações se coloca uma ligadura (ligadura das varizes esofá-
gicas), é um tratamento paliativo, deve-se tentar tratar a causa.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


Pode-se tentar fazer também o desvio do fluxo sanguíneo –
SHUNT. Esse tratamento é um tratamento paliativo, geralmente
para pacientes que estão esperando um transplante de fígado mas
que estão com uma hemorragia muito grande. Cirurgia de
derivação.

Existem dois tipos de SHUNT: o portocava (faz-se uma ligadura da


veia porta e pega um pedaço da veia porta distal e faz uma
anastomose direta na veia cava inferior – bypass) o grande
problema é que as toxians não serão filtradas e caem direto na
circulação, umas das complicações é a encefalopatia hepática. E o esplenorrenal (corta-se a veia esplênica, retira-se o
baço, e anastomosa ela na veia renal esquerda) a incidência de encefalopatia nesse caso é menor.

- Outra situação que pode acontecer é a colocação do balão esofágico. Coloca-se o


balão e infla na região da cárdia do estômago e no esôfago (balão de blakemore).

- Pacientes que não tem o baço são mais suscetíveis a terem infecções por bactérias
encapsuladas.

- Síndrome de budd chiari: ocorre uma trombose das 3 veias supra-hepáticas, causando
uma hemorragia digestiva alta, pois o fluxo de sangue foi obstruído.

Hemorragia digestiva baixa, caracterizada pela enterorragia (saída de sangue vermelho


vivo pelas fezes. A partir do Jejuno, íleo, intestino grosso, reto e anus – abaixo do ângulo de Treits.

- Cirurgia Bariátrica

Existem vários tipos de cirurgia bariátrica

- Banda gástrica ajustável: é reversível, nela é colocado uma espécie de co-


lar/anel, o qual terá a sua pressão de fechamento controlada, quando o
paciente se alimenta o trânsito alimentar é desacelerado e a sensação de
saciedade é maior, sendo uma opção para tratar a obesidade. Os resulta-
dos não são os melhores para a perda de peso.

- Tubo Gástrico / gastrectomia vertical: é feito um corte no estômago de


cima para baixo, para diminuir a capacidade do estômago.

- Bypass gástrico em Y de Roux: é uma das cirurgias mais engenhosas. O


cirurgião corta a região da cárdia e isola todo o estômago, ele também
corta a parte proximal do jejuno e joga para cima para fazer a anasto-
mose com a região da cárdia. A parte distal do duodeno é anastomosada
na parte mais distal do jejuno. O alimento não passa por nada do esto-
mago, só pela região da cárdia (é uma espécie de SHUNT). Ela é definitiva
e bem mais agressiva, pois ela é disabsortiva, uma vez que os nutrientes
param de ser absorvidos na região do estomago. Quando o paciente tem
deficiência de vitamina B12 ele pode ter degeneração dos cordões pos-
teriores dos funículos posteriores da medula, dando problema da perda
da propriocepção, consciência e da sensibilidade vibratória. os pacientes submetidos a essa cirurgia podem sofrer des-
ses problemas se a vitamina B não for reposta, pois é no estomago que o fator intrínseco da vitamina B é produzido.

O tipo de cirurgia a ser feito deve ser estudado com cuidado, tendo em vista as condições clínicas do paciente e as
vantagens, as desvantagens, os objetivos da cirurgia e o tratamento adequado.

- As cirurgias bariátricas estão evoluindo bastante, muitas cirurgias antigas estão sendo corrigidas atualmente, com
inúmeros tipos de procedimento.

- Para esse tipo de cirurgia é feita avaliação psicológica, deve ser seguido todo o protocolo de tentativas de emagreci-
mento, com toda uma equipe miltidisciplinar.
Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC
INTESTINO

•DIVISÃO:

Intestino Delgado: É responsável pela absorção dos nutrientes, com uma


grande quantidade de vilosidades. Ele é mais central e menos volumoso, é
dividido em duodeno jejuno e íleo. Ele pode ter de 7 a 12 metros (em alguns
livros uma média de 9 metros o intestino delgado junto com o grosso).

Intestino Grosso: É uma estrutura adaptada a absorver líquidos e formar o


bolo fecal. É periférico e bem mais volumoso. Sua divisão é feita em: ceco, cólon ascendente, flexura cólica direita,
cólon transverso, flexura cólica esquerda, cólon descendente, cólon sigmoide, reto e ânus.

Duodeno Íleo
Jejuno
→ INTESTINO DELGADO – dividido em 3 partes.

a) Duodeno: primeira porção e mais alta, ele possui uma subdivisão.


b) Jejuno: muitas vilosidades.
c) Íleo: poucas vilosidades.

a) Duodeno

O duodeno é uma continuidade do estomago que vai ter continuidade com o jejuno. Ele está preso ao pedículo
central do mesentério, e essas alças intestinais estão todas interligadas, vascularizadas principalmente pela artéria
mesentérica superior.

- Porção superior: logo onde termina o estômago.


- Porção descendente: possui relação íntima com o pâncreas (cabeça do pâncreas). Partindo do pâncreas e do canal
colédoco vão se formar duas papilas duodenais a nível da porção descendente do duodeno: a papila duodenal maior
(há uma junção do canal colédoco com o ducto pancreático principal, formando a ampola hepato pancreática, tra-
zendo a bile do fígado e suco pancreático do pâncreas) e a papila duodenal menor (por ela há a presença de suco
pancreático, onde o quimo é neutralizado e passa a ser quilo).
- Porção horizontal
- Porção ascendente: tem uma região de continuidade com o jejuno (flexura duodenojejunal – relacionada com as
hemorragias digestivas).

O duodeno também possui por sua extensão interior um conjunto de pregas circulares.

Na junção da porção superior com a por-


Pregas Circulares
ção descendente - posteriormente,
passa o canal colédoco, que segue na la- Papila
teral da porção descendente. duodenal
menor
Entre a poção horizontal e porção ascen-
dente há a projeção da vascularização da
artéria mesentérica superior. (ela passa
profundamente ao pâncreas e superfici-
almente à porção horizontal do duo- Flexura
deno). duodenojejunal

Há uma série de camadas que formam as túni-


cas musculares sejam elas horizontais, verti-
cais, oblíquas, que revestem a porção do duo-
deno. Há uma musculatura responsável por re-
alizar os movimentos peristálticos a nível do
duodeno.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


b) Jejuno

Possui uma grande quantidade de vilosidades para a absorção de


nutrientes

c) Íleo

Há uma modificação da mucosa para um epitélio que não possui


essa quantidade de vilosidades, pois ele já está se adaptando à
absorção de água. Nele pode ser feita a ileostomia, que é pare-
cido com a colostomia, entretanto a ileostomia pode levar o pa-
ciente a um grau de desidratação mais grave do que quando o
paciente faz uma colostomia.

* Colostomia – colocar parte do Colón ascendente na parede abdominal para que a pessoa defeque na bolsa de
colostomia

INTESTINO GROSSO

-Localização: perifericamente na cavidade abdominal.


Se estende pela região de fossa ilíaca direita, pela re-
gião de flanco direito, hipocôndrio direito, toda a região
epigástrica indo em direção ao flanco esquerdo e des-
cende pela fossa ilíaca esquerda, e segue em direção à
pelve cruzando a região hipogástrica.

- Função: reabsorção de água e formação do bolo fecal


no seu interior. Ele possui certa mobilidade, relacionada
aos movimentos peristálticos.

Em pacientes idosos que possuem uma diminuição


dessa mobilidade, que estão desidratados, correm o
risco de desenvolverem fecalomas. Quando eles ocor-
rem perto do reto, ele pode ser fraturado manualmente para que o paciente possa evacuar – lembrado que a partir do
momento que o fecaloma se forma isso pode desenvolver megacólon no paciente, podendo levar à necrose de alças
intestinais devido a compressão de vias venosas.

- Divisão: a) Ceco: é uma bolsa achatada


b) Cólon ascendente: entre o colón ascendente e o transverso observamos uma curvatura, a flexura cólica
direita, que está relacionada com o fígado (peritoneal) e o rim direito (retroperitonial).
c) Cólon Transverso: ele cruza o abdome latero-lateralmente. Em seu fim observamos outra curvatura, a
flexura cólica esquerda, que se relaciona com o rim esquerdo e com a estrutura do baço.
d) Cólon descendente
e) Cólon Sigmoide
f) Reto
g) Ânus

O intestino grosso apresenta, em sua configuração, al-


guns elementos bem distintos como:

- Haustrus: são regiões arredondadas Haustrus

- Tênias: é um espessamento da musculatura lisa, que Tênia


separa os haustrus
Apêndices
omentais
- Apêndices omentais/epiploicos: são projeções/sa-
quinhos de gordura
Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC
a) Ceco
Pregas semilunares
É a primeira porção do intestino grosso. É uma dilatação locali-
zada, na maioria das vezes, a nível da fossa ilíaca direita. Ele pos- Óstio da
sui uma faze anterior e uma face posterior. Nele podemos iden- Válva íleo-cecal

tificar alguns elementos:


Lábio íleocólico Válva íleo-cecal
- Valva íleo-cecal: é o local que tem a passagem do íleo em di-
reção ao ceco.

- Óstio da valva íleo-cecal: ele está margeado dois lábios; o que Lábio íleocecal
fica acima é o lábio íleo-cólico, o inferior é o íleo-cecal.

- Papila ileal: é a junção dos dois lábios do óstio da valva que


corre lateralmente. A papila ileal possui o freio da papila ileal
Papila
ileal
- Pregas semilunares: pela presença da tênia ela forma metade
Óstio do
de um círculo Apêndice Apêndice
Vermiforme Vermiforme
- Óstio do apêndice vermiforme

- Apêndice vermiforme: localizado na parte posterior e medial do ceco. Ele possui funções relacionadas à produção
de alguns linfócitos. Ele está preso através de um mesoapêndice, que o prende tanto ao ceco, como ao íleo. No
mesoapêndice (é parte do mesentério) encontramos a artéria que vai irrigar o apêndice vermiforme, a artéria apen-
dicular (ramo da mesentérica superior).

O apêndice vermiforme bastante característico por ocorrer infecções levando o paciente à realização de cirurgias
para a sua retirada - apendicectomia (através de videolaparoscopia ou por laparotomia exploratória). Durante a
cirurgia individualiza-se o apêndice vermiforme em sua extensão, separando-o do mesoapêndice através de um
eletrocautério. Não e deve romper a parede do apêndice, deve-se ir delicadamente, o médico disseca toda a região
até chagar na base do apêndice, onde serão colocados os clips e será retirado o apêndice. Após a retirada o cirurgião
irá suturar a região relacionada ao mesentério e recobrir o local onde foram colocados os clips, para que não haja
nenhum risco de o paciente ter pequenos traumatismos na parede abdominal e ele possa ser encapsulado.

Para fechar o diagnóstico e necessário realizar um exame de sangue, hemograma, PCR, exames de imagem como
um ultrassom, tomografia, e com o diagnóstico fechado realizar a cirurgia.

b) Colo

Internamente há a presença dessas estruturas que irão percorrer todo o


intestino grosso:

- Pregas semilunares

- Tênia: relacionada ao colo

- Saculação do colo: é uma depressão concava localizada entre uma re-


gião de prega semilunar e outra. (externamente é chamada de Haustrus)

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


- No fim do intestino grosso ele segue até a região
de reto e ânus, onde há, na região retal, a presença
da ampola retal. A ampola retal está composta in-
ternamente por 3 pregas transversas (superior, mé-
dia e inferior). Na região mais baixa dessa ampola
encontramos as colunas anais, e entre as colunas
os seios anais. Abaixo da região de coluna anal en-
contramos a zona alba, seguida da linha muco cu-
tânea – onde acaba a mucosa e começa a parte cu-
tânea relacionada ao ânus. A junção coluna, linha
alba, linha mucocutânea formam as franjas anais.

Há uma musculatura envolvida na região perianal


como o musculo levantador do ânus, o musculo es-
fíncter anal interno, o musculo esfíncter anal ex-
terno, musculo corrugador do ânus. Essa ligação
ocorre através da continuidade da ampola cecal
com a região anal.

Ânus

É uma região propensa a desenvolver algumas patologias, como por exem-


plo o prolapso de coxim vascular. A pessoa pode ter varicosidades hemor-
roidais e isso pode levar à projeção da região de ampola retal - região final
de intestino grosso. na lateral da região de ânus há a existência de mamilos,
que se encontram nas margens do orifício anal.

- Várias lesões podem ocorrer nessa região, como a presença de al-


guns papilomas, algumas projeções a nível de neoplasias benignas, as
quais são tratadas através da aplicação de umas borrachinhas que
irão fazer constrição na base da lesão e irá levar essa lesão à necrose.
Após ocorrer a necrose do tecido ele e a borrachinha são retirados,
dependendo da patologia que acometeu cada pessoa.

PARTE DE FRANCISCO

-ABDOME AGUDO

É a situação em que há uma patologia intra-abdominal que coloca o paciente em risco de vida ou que pode colocá-lo
em risco de vida. Esse paciente apresenta pri-
meiramente dor abdominal e com a evolução
do caso ele pode ter um abdome em tábua.

O abdome em tábua é o abdome que quando


se tenta comprimir a barriga ele está tão irri-
tado que não se consegue apertar para conse-
guir palpar os órgãos, pois o abdome está todo
contraído (guarda abdominal).
Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC
Existem vários tipos de abdome agudo:

- Infeccioso: é decorrente de uma infecção. Pode ser devido a uma apendicite, que leva a uma infecção generalizada
da cavidade peritoneal – peritonite. Pode ser devido a uma diverticulite, que é um problema no divertículo intestinal,
ou por conta de uma colecistite, que é uma inflamação da vesícula biliar. Além do quadro de dor o paciente apresenta
febre e a peritonite (abdome em tábua). O tratamento envolve o uso de antibióticos e pode envolver cirurgia.

- Hemorrágico: envolve o extravasamento de sangue. Pode ser a ruptura de um aneurisma da artéria aorta, o paciente
apresenta dor, pode haver uma grande distensão abdominal, anemia, sinais de choque hipovolêmico, hipotensão.

- Obstrutivo: ex: decorrente de uma cirurgia antiga no intestino que formou uma brida (uma
cicatriz que impede o fluxo de fezes dentro do intestino), o paciente ara de evacuar, para de
eliminar gases (oclusão intestinal), isso pode levar até a necrose do intestino. Se for uma obstru-
ção a nível do piloro há a presença de vômitos biliosos a nível do duodeno. Uma obstrução a
A.A. obstrutivo
nível do intestino delgado pode ocorrer a presença de vômitos fecalóides, pois as fezes vão aca- Dilatação das
alças intestinais
bar voltando. Para o tratamento e adotada a dieta zero e agendamento para a cirurgia de de-
sobstrução.

- Perfurativo: em: perfuração do estomago por conta de uma úlcera péptica perfurada (UPP),
elas podem ocorrer no estomago ou no duodeno, nele o conteúdo gástrico acaba caindo no pe-
ritônio, também há a passagem de ar no peritônio (penumoperitônio). O paciente apresenta
muita dor, e ao percutir o abdome há um hipertimpanismo. Pneumoperitônio

- Isquêmico: para de chegar sangue numa alça intestinal (os pacientes que tem risco de terem uma isquemia de me-
sentério são os mesmos que apresentarem risco de terem um infarto do miocárdio). Então o paciente diabético, hi-
pertenso e fumante, pode levar a uma isquemia de todo o mesentério ou de parte, levando à necrose do intestino
gerando muita dor, uma dor difusa, de difícil caracterização.

- Traumático: é uma combinação do perfurativo com o hemorrágico. O paciente sofre algum trauma que pode arre-
bentar tudo o que está dentro da sua cavidade abdominal da maneira mais variada possível.

TIPOS DE INCISÃO EM CIRURGIAS ABERTAS

1- Subcostal direita ou de Kocher: é uma incisão abaixo da 9ª costela. Atra-


vés dessa incisão tem-se acesso ao fígado e à vesícula biliar.

2- Mediana do trauma ou xifo-púbica: pode ir do apêndice xifóide do osso


esterno até a região do púbis.

3- McBurney: é a incisão da apendicectomia, região da fossa ilíaca.

4- Battle: é a incisão da apendicectomia, região da fossa ilíaca.

5- Lanz: é a incisão da apendicectomia, região da fossa ilíaca.

6- Paramediana: Para o estômago (é mais rara) – incisão vertical esquerda.

7- Tranversa: Supraumbilical, é feita para ter acesso ao pâncreas, para transplante de fígado – combinando com uma
incisão para cima (mais rara).

8- Rutherford Morrison: operação do cólon descendente e sigmoide, câncer, operação de diverticulite.

9- Pfannenstiel: incisão realizada em partos cesarianos.

APEDICECTOMIA ABERTA

Ocorre no ponto de McBurney: é traçada uma linha do umbigo até a espinha ilíaca
antero-superior, o ponto fica na junção entre o terço médio e lateral da linha traçada.
É feita uma incisão oblíqua pequena (cerca de 5cm) para a retirada do apêndice.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


DIVERTICULITE

Ocorre no colón descendente e sigmoide. A doença diverticular ocorre quando


aparecem pequenas bolsinhas na parede do intestino, os divertículos. A princi-
pal causa desse aparecimento é a constipação intestinal, devido ao grande es-
forço para defecar, que aumenta a pressão dentro da luz intestinal. Um pe-
queno fragmento de fezes pode obstruir, e inflamar um divertículo.

Muitos casos são tratados com antibióticos, mas pode chegar a ser necessária a
realização de cirurgias a até amputar algumas partes do intestino (retossimoi-
dectomia), podendo ser necessária até uma colostomia.

COLECISTECTOMIA

Geralmente é uma inflamação da vesícula que geralmente acomete os pacientes


que são triplos F, que são os fatores de risco: Fat, Female, Forty (obesa, mulher,
quarenta anos). Deve-se apalpar a região do hipocôndrio direito e pede para o paci-
ente respirar fundo (o paciente vai sentir muita dor). Uma das principais causas da
colecistite são as pedras na vesícula.

Para retirar a vesícula deve-se ter cuidado com a artéria cística, pois ela passa na região do trígono de Calot, que é um
ponto de referência para os cirurgiões. Há o ducto biliar comum, que é a junção do ducto hepático comum com o ducto
cístico e a borda inferior do fígado, formando esse trígono. Uma lesão na artéria cística pode causar um grande sangra-
mento e complicar a cirurgia.

A cirurgia pode ser por videolaparoscopia ou pela incisão subcostal.

--GLÂNDULAS ANEXAS

PÂNCREAS

- Localização: fica na transição entre a região epigástrica e mesogástrica.

- Função: está relacionado à produção de insulina, glucagon e do sulco


pancreático.

- Morfologia externa: é dividido em cabeça, corpo e cauda.


- Cabeça: possui uma dilatação inferior antero-posterior denomi-
nada de processo uncinado da cabeça do pâncreas (fica próximo a artéria e veia mesentérica superior, que passam
entre o pâncreas e a porção horizontal do duodeno). A cabeça do pâncreas se relaciona principalmente com a por-
ção descendente e horizontal do duodeno, mas também toca posteriormente a parte do duodeno superior.

- O duodeno possui em seu centro o ducto pancreático, que se divide em ducto pancreático principal (desemboca na
papila duodenal maior) e ducto pancreático acessório (desemboca na papila duodenal menor).

No entanto, na verdade, o
ducto pancreático princi-
pal desemboca na ampola
hepato-pancreática e a
partir dessa ampola é for-
mada a papila duodenal
maior

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


FÍGADO

É um órgão bastante volumoso, que ocupa uma grande região da cavidade abdominal

- Localização: no hipocôndrio direito, região epigástrica.

- Função: Secretar a bile, armazenar glicose, produzir proteínas nobres, desintoxicar


o organismo, sintetizar o colesterol, filtrar micro-organismos, transformar amônia em
ureia.

- Divisão: possui 3 faces e 3 bordos


a) face anterior (dois lobos):lobo direito e o lobo esquerdo.

b) Face inferior: lobo quadrado (é anterior e está localizado medialmente à vesícula biliar), e lobo caudado (fica pos-
teriormente ao lobo quadrado, está relacionado com a veia cava inferior).

c) Face posterior:

- Ligamentos:
a) Ligamento falciforme: é o ligamento que divide o fígado em direito e esquerdo. Ele vai para a borda superior e faz
o ligamento coronário.

b) Ligamento coronário: é a continuidade superior do ligamento falciforme


- Área nua / face diafragmática: fica na bifurcação do ligamento coronário, não está revestida por peritônio, essa
área também aparece na face posterior.

c) Ligamento triangular: é a continuidade lateral do ligamento coronário


- Apêndice hepático fibroso: medialmente, no lobo esquerdo o ligamento triangular forma o ligamento hepato-
fibroso

b) Ligamento redondo: ele passa medialmente ao lobo quadrado, ele separa o lobo quadrado do lobo esquerdo. Na
vida fetal existia a veia umbilical e quando ela é ligada ela forma o ligamento redondo do fígado.

Ligamento Ligamento Área nua


triangular direito coronário Face diafragmática Ligamento
triangular esquerdo
Apêndice
hepático
fibroso

Ligamento
falciforme

Ligamento Redondo
contém a v. umbilical
oclusa

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Na face posterior

- Área nua: toda a área que não está recoberta por peritônio
- Hilo Hepático: onde há a veia porta, a artéria hepática e o ducto colédoco
- Veia hepática direita: drena o fígado em direção à veia cava inferior
- Veia hepática esquerda: que se divide em esquerda e intermédia. Drena o fígado em
direção à veia cava inferior
- Ligamento da veia cava: a veia cava forma um sulco no fígado.

VESÍCULA BILIAR

- Localização: localizada na face inferior, borda inferior, lateralmente


ao lobo quadrado do fígado.

- Função: tem como função armazenar a bile.

Ela pode estar sujeita a formação de cálculos.

Anatomia da vesícula biliar:

- Fundo-Corpo
- Colo
- Ducto cístico: dentro dele há as pregas espirais ou espiraladas
- Ducto hepático comum: formado pelos ductos hepáticos direito e
esquerdo. Ele tem continuidade com o Canal colédoco, que vai de-
sembocar na ampola hepática pancreática.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


- A bile é produzida pelo fígado e segue pelo ducto pancreático
direito e esquerdo e vai para o ducto hepático comum seguindo
para o colédoco. Há o músculo esfíncter do canal colédoco antes
da ampola hepática pancreática, quando a bile chega lá ela dá re-
torno, e sobe para o ducto cístico enchendo a vesícula biliar. Ao
ser ingerido alimento com muita gordura o esfíncter vai relaxar e
a vesícula biliar vai contrair fazendo a bile seguir para o duodeno
descendente, juntamente com o suco pancreático. Numa colecis-
tite o ducto cístico é cortado e a quantidade de bile vai ser menor,
uma vez que ela não mais será armazenada

- As vias biliares podem ser exploradas através de endoscópio (através de uma


endoscopia das vias biliares), para destruir um cálculo ou algo do tipo.

- No caso de acontecer uma obstrução nas vias biliares vai ocorrer retorno de
bile para o fígado e retorno de suco pancreático para o pâncreas, então a pessoa
desenvolve pancreatite, que é bastante perigosa, podendo levar a pessoa a
óbito.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


VASCULARIZAÇÃO DA CAVIDADE ABDOMINAL

Aorta abdominal:

a) Ramos parietais
- Frênica inferior (Par)
- Lombares (Par)
- Sacral mediana (Ímpar)

b) Ramos viscerais
- Tronco celíaco: Hepática comum (Ímpar)
Gástrica esquerda (Ímpar)
Esplênica (Ímpar)
- Mesentérica superior (Ímpar)
- Suprarrenal (Par)
- Renal (Par)
- Gonadal (par)
- Mesentérica inferior (ímpar)

- O tronco celíaco a Mesentérica superior e a Mesentérica inferior são as responsáveis pela irrigação da parte digestória
da cavidade abdominal.

- A aorta abdominal vai se estender mais ou menos de um plano horizontal que passa em T12 até um plano que assa
mais ou menos a nível de L4/L5, ela se bifurca a partir de L5 em duas ilíacas comuns (direita e esquerda) que irão se
bifurcar em ilíaca externa e ilíaca interna (que se divide em ramos posteriores -musculares, que são 2- e anteriores -
viscero-musculares, que são 11.

b) Ramos Viscerais

-TRONCO CELÍACO:
Aorta
transpassando o omento menor na sua porção média, ele estará lo- torácica

calizado na região de omento menor entre o estômago e o fígado


Artéria
→ Hepática comum (Ímpar): dirige-se ao fígado hepática Artéria
gástrica
→ Gástrica esquerda (Ímpar): dirige-se ao estômago, é a mais fina
Artéria
esplênica
→ Esplênica ou Lienal (Ímpar): é a mais volumosa, caminha lateral
esquerdo até chegar ao baço (responsável pela hemocaterese). Aorta
abdominal

1. Artéria Gástrica esquerda

A artéria gástrica esquerda emite três ramos:

- Ventral (Roxo): irriga o estômago em sua porção anterior em região de


corpo proximal, de cima para baixo.

- Dorsal (amarelo): irriga a porção posterior do corpo. Ela emite um ramo


comunicante na curvatura menor, deste modo metade esquerda da cur-
vatura menor e metade esquerda do omento menor é irrigada pelo ramo
anastomótico da gástrica esquerda ramo dorsal. O ramo dorsal da gástrica
esquerda se liga à gástrica direita.

- Cardioesofágico (Vermelho): irriga a cárdia, abraça pela incisura cárdica


o esôfago e irriga parte do esôfago distal (infra diafragmático), tanto ven-
tral como dorsalmente.
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2. Hepática comum: ela vai para o fígado

A hepática comum (azul) emite seis ramos:

- Gástrica direita (roxa): irriga metade direita da curvatura menor e a incisura angular, o omento menor do lado
direito, a parte final do corpo e a região pilórica, ela emite ramos até a região de ligamento hepatoduodenal.

- Gastroduodenal (verde): ela também emite ramos:


∟ Gastro-omental direito ou Gastroepiplóica direita – que vai irrigar o estomago de baixo para cima na
região de piloro até chegar na região de corpo; ele também irriga de cima para baixo o omento maior (metade
direita).
∟ Retroduodenal: vai irrigar a parte superior e descendente do duodeno posteriormente.
∟ Pancreático-duodenal superior: vem de cima para baixo, possui um ramo anterior e um ramo posterior.
Ela irriga o pâncreas (principalmente a cabeça) e o duodeno proximal, com ramos que chegam até o piloro,
também emite ramos para a região anterior do duodeno descendente

RAMOS TERMINAIS (verde fino)

- Hepática própria direita: para o lobo direito do fígado.

- Hepática própria esquerda: para o lobo esquerdo do fígado.

- Hepática Média: para o lobo quadrado e caudado do fígado. Ela pode se originar da hepática própria direita,
hepática própria esquerda, e até da cística.

- Cística: irriga o ducto cístico e a vesícula biliar.


Hepática comum
Hepática própria
esquerda

Hepática média

Cística

Hepática própria
direita

Gástrica direita

Gastroduodenal
Retroduodenal

Pancreático-duo-
denal superior
Gastro-omental direito
ou Gastroepiplóica di-
reita

3. Artéria Esplênica ou Lienal

E artéria esplênica caminha por cima do pâncreas, e do seu caminho até o baço ela está dividida em 4 porções: a
1ª, 2ª, 3ª e 4ª porção, de delas surgirão vários ramos:

Pancreáticos:

Região posterior
∟ Pancreática dorsal (azul): irriga o pâncreas de cima Pancreática
dorsal
Pancreática
para baixo. Ela emite um ramo, a pancreática trans- magma
versa (azul claro), que emite ramos e vai irrigar toda a
região de cabeça e processo uncinado.
∟ Pancreática magna (vermelho): irriga a porção de
corpo do pâncreas. Pancreática
∟ Pancreática Caudal (amarelo): irriga a cauda do pân- caudal Pancreática
Transversa
creas.
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- Gastroepiplóica ou gastro-omental esquerda
(azul escuro): irriga a curvatura maior do estô- Gástricos
curtos
mago, e irriga o corpo do estomago de baixo para
cima, uma pequena porção do fundo do estômago
de baixo para cima, ela também irriga todo o
Gastroepiplóica ou
omento maior. gastro-omental
esquerda
- Gástricos curtos (azul claro): são os ramos finais
da artéria lienal, são de 4 a 7 ramos. Eles vão irrigar
o fundo do estômago, de posterior para anterior.
Polar
- Polar superior e polar inferior: são ramos terminais, que irão irrigar o baço. superior

→ Angiotécnica do estômago: o estômago é altamente vascularizado. Polar


inferior

-MESENTÉRICA SUPERIOR:
Cólica média
A artéria mesentérica superior emite diversos ramos:

→ Pancreático duodenal inferior: se divide em anterior e posterior Cólica


direita
→ Intestinais Mesentérica
Artéria Superior
Marginal
→ Ileocólico direita
Ramo
→ Cólico direito cólico Ileocolica
Ramo
→ Cólico média ileal

1. Pancreáticoduodenal inferior:

Esses dois ramos irão abraçar a cabeça do


pâncreas na região posterior e na região an-
terior, o processo uncinado e a porção hori-
zontal e ascendente do duodeno.

∟ Pancreáticoduodenal inferior anterior

∟ Pancreáticoduodenal inferior posterior

2. Intestinais

Variam de 12 a 15 ramos, responsáveis por irrigar o intestino delgado, no jejuno e


no íleo. Esses ramos ficam por dentro do mesentério.

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3. leocólico

∟ Ramo Cólico: emite ramos para o cólon ascendente anterior e posterior.

∟ Ramo ileal: - Ramo apendicular: que vai para o mesoapêndice que vai irrigar o apêndice vermiforme.
- Ramo cecal anterior: irriga o ceco
- Ramo cecal posterior: irriga o ceco

4. Cólico direito: emite ramos para o resto do cólon ascendente, e faz uma alça de ligação para a artéria ileocólica
través do ramo cólico, o nome dessa alça é a artéria marginal direita. Esta artéria faz um ponto que interliga a cólica
direita à ileocólica, através do ramo cólico. O ramo cólico direito irriga até a região de flexura cólica direita.
Ramo cólico
Também há o ramo marginal esquerdo, que liga a có-
lica esquerda à sigmoidéa Ileocólico

Ramo ileal
5. Cólico média: vai irrigar todo o cólon transverso

Ramo cecal
anterior Ramo
apendicular
Ramo cecal
posterior

-MESENTÉRICA INFERIOR:

1. Cólica esquerda: irriga a flexura cólica esquerda e todo o cólon descen-


Cólica
dente esquerda

2. Sigmoidéa: irriga o cólon sigmoide Mesentérica


Inferior
3. Retal superior: irriga a parte superior do reto

Retal Sigmoidéa
A artéria ilíaca média possui ramos que vão para retal média e retal Superior
inferior.

- Artéria marginal de Drummond: ela liga a cólica es-


Arcada de Riolan
querda à cólica média, formando a Arcada de Riolan Cólica Mesentérica
(arco justacólico). Desse modo essa artéria liga a me- Média superior
sentérica superior à mesentérica inferior. Então o có-
lon transverso é irrigado na metade esquerda pela
mesentérica superior e inferior e na metade direita
pela mesentérica superior.

Cólica
direita Mesentérica
inferior

Ileocólica Cólica
Esquerda

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DRENAGEM VENOSA

O nome das veias são praticamente os mesmos nomes das ar-


térias. O que é muito importante na drenagem abdominal é
ter o conhecimento a respeito do Sistema Porta.

A Veia porta ela e formada pela junção da veia esplênica com


a veia mesentérica superior, e vai desembocar no fígado.

A veia mesentérica inferior desemboca na veia esplênica.

As veias gástrica esquerda e direita desembocam diretamente


na veia porta

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


OBS: Renal, gonadal e suprarrenal são vasos que drenam diretamente no sistema da cava inferior, já o sistema porta
vai passar pelos capilares sinusóides do fígado e depois vai desembocar na veia cava inferior através das veias hepáticas.

Passando do músculo diafragma, na volta, nos deparamos com o tórax.

- O Esôfago drena para as veias ázigo (direito) e hemiázigo (esquerdo) – as intercostais posteriores e esofágicas drenam
na veia ázigo do lado direito e na hemiázigo do lado esquedo.

- A veia ázigo desemboca na veia cava inferior.

- A veia hemiázigo desemboca no tronco venoso braquiocefálico esquerdo

- Os ramos brônquicos e mediastínicos também migram para a veia ázigo e hemiázigo.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


SISTEMA URINÁRIO

HISTÓRICO

Alexandria foi o berço do conhecimento e alguns dos pensadores de Alexandria fugiram para
Roma quando Roma invadiu Alexandria. Um desses pensadores foi Claudius Galenus (131-200
d.C.), ele passou a ser o médico do imperador Marco Aurélio, graças a um experimento que ele
fez relacionado ao sistema urinário.

Ele foi o fundador da fisiologia experimental e um grande escritor (seu livro perdurou por 14
séculos como um livro de estudo da área médica).

Os romanos afirmavam que a urina era produzida pela bexiga, e galeno afirmava que era o elemento
renal, e a partir dessa nova informação ele fez um experimento relacionado à produção de urina. Ele
pegou uma ovelha e fez duas incisões em seu abdome ligando os ureteres e mandou os romanos
provarem que era a bexiga que produzia a urina. Deste modo chegaram à conclusão que quem pro-
duzia a urina era o elemento renal e não a bexiga.

Em 1563 há uma discrição da morfologia do elemento renal com o formato de um caroço de feijão gigante, e essa
morfologia ainda perdura até hoje.

No século XIX, em 1862, Henle descobre a Alça de Henle.

No século XIX, em 1866, Malpighi descobre os glomérulos renais, glomérulos de Malpighi.

No século XIX, Bowman descreve a cápsula glomerular, cápsula de Bowman

Pesquisas de Mathias Durval descrevem que o epitélio vesical é um epitélio dito impermeável a líquidos.

LOCALIZAÇÃO DO SISTEMA URINÁRIO

Ele está localizado em três regiões distintas:


- Cavidade abdominal: retoperitoneal, atrás do peritôneo.
- Cavidade pélvica
- Períneo

COMPOSIÇÃO:

- Rins: elementos pares


- Ureteres: elementos pares
- Bexiga: ímpares
Associado ao elemento renal temos a
- Uretra: ímpares
presença das glândulas suprarrenais.

• Glândula supra-renal ou adrenal

- É um órgão de tonalidade amarela, situado antero–superiormente na extremidade superior de cada rim;

- Encontra-se envolvida por tecido conjuntivo rico em gordura;

- Estrutura: Cápsula
Córtex: Zona glomerulosa
Zona fasculada
Zona reticular
Medula

- Função principal: A GSR é uma glândula de secreção endócrina que produz hormonas este-
róides (mineralocorticóides, glicocorticóides e androgénios) e catecolaminas (adrenalina e no-
radrenalina).

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1. RINS

- Localização:

Estão localizados na parede posterior da cavidade abdominal, atrás do peritônio (retroperitoneal), envoltos em
tecido adiposo areolar frouxo (cápsula adiposa perirrenal), a direita e esquerda da coluna vertebral (lateralmente).

Existe uma diferença antimérica de altura entre o elemento renal direito e esquerdo, onde o elemento renal di-
reito está um pouco mais abaixo do que o esquerdo, pois a grande massa do fígado faz com que ele fique um
pouco mais abaixo.

Eles correspondem à altura das três primeiras vértebras lombares (L1, L2, L3), lateralmente.

Posteriormente ele vai se relacionar com dois músculos, o psoas maior e o quadrado lombar (psoas menor tam-
bém). Numa infecção renal, pielonefrite, fazendo um abcesso, o paciente pode evoluir para uma psoíte, que é
uma inflamação no músculo psoas, causando muita dor e dificultando a extensão da coxa – a pessoa tende a
assumir uma posição antálgica. Uma evolução Retroperiônio
dessa psoíte pode contaminar o pulmão e acome-
ter a coluna vertebral (discite – inflamação no
disco intervertebral) – sinal de Giordano.

Corte transversal da região dos Quadrado Vértebra


elementos renais → lombar

- Forma: um feijão gigante.

- Dimensões: 12 cm de comprimento
6 cm de largura
3 cm de espessura

- Pedículo Renal ou Hilo renal: local onde vai estar presente a artéria, a veia, o nervo, e o ureter emergindo.

- Peso: Homem: 140g


Mulher: 125g

- Cor: tonalidade de vermelho escuro podendo chegar a vinho.

- Ele apresenta na sua configuração as seguintes estruturas:


∟ Faces: Anterior (convexa)
Posterior (plana – apoiada no músculo quadrado lombar)

∟Polos: Polo superior (relacionado à glândula suprarrenal),


Polo inferior (relacionado às alças intestinais)

∟Bordas: Borda medial (convexa-concava, formando o seio renal-convexa) –nela temos a presença do hilo.
Borda lateral (convexa).

- Relações: G. Supra-renal
Vértice
∟Glândula supra-renal: na face anterior, no polo supe- Porção descendente do Baço
do duodeno
rior de ambos os lados.
Cauda do
∟Vértice do Baço: elemento renal esquerdo: próximo a pâncreas
glândula suprarrenal, próximo ao polo superior na face
anterior.
∟Porção descendente do duodeno: na borda medial
Flexura
próximo ao hilo, face anterior do elemento renal di- Alças do cólica
intestino delgado
reito.

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∟ Cauda do Pâncreas: face anterior, próximo ao hilo do elemento renal esquerdo.
∟ Flexura Cólica (intestino grosso): em ambos os elementos renais, próximo ao polo inferior
∟ Alças do intestino delgado: inferiormente

- Os rins possuem meios de fixação: são através deles que se consegue manter os rins na loja renal.
∟ Fáscia renal: É uma dependência da túnica própria do tecido conjuntivo que reveste o peritônio, ela vai envolver
os elementos renais.
∟ Cápsula adiposa perirrenal ou coxim adiposo perirrenal: Separa o rim da fáscia renal, sendo um coxim semilí-
quido de tecido adiposo.
∟ Vasos renais
∟ Nervos renais

- Estrutura macroscópica
∟ Seio renal: o lugar por onde penetra a artéria e emerge a veia, o nervo e
o ureter é chamado de hilo renal, nesse local existe um espaço dentro do
elemento renal chamado de seio renal, ele é repleto de tecido adiposo.
Cálice Menor
∟ Região medular: parte mais interna
Cálice Maior
∟ Região cortical: fica na periferia
Pelve renal
∟Colunas renais: ficam entre as pirâmides, são invaginações de tecido cor-
tical no tecido medular. Seio renal

∟ Pirâmide renal: é uma estrutura em forma piramidal que fica logo abaixo Papila renal
do córtex. Geralmente existem entre 10 e 12.
Colunas Córtex
renais
∟ Papila renal: é o ápice da pirâmide. Local que faz com que a urina goteje
no interior do cálice menor Pirâmide

Papila
∟Cálice menor: local onde a papila renal vai desembocar, possui muscula- renal
tura lisa e realiza movimentos a nível do ápice da pirâmide (papila), fazendo Cálice
menor
com que o túbulo coletor goteje a urina no interior do cálice menor, que
segue para o cálice maior e vai seguir para a pelve renal. Cálice
maior
∟Cálice maior: onde os cálices menores se juntam. Pelve
renal
∟ Pelve renal: junção dos cálices maiores.

- Estrutura Microscópica
Unidade morfofuncional: Tubo urinífero – ele é formado pelo né-
fron e pelo túbulo coletor.

∟ Néfron
- Néfrons justa medulares: a maior parte da alça de Henle está
contida na região de pirâmide.
- Néfrons Corticais: na região de córtex renal com a alça de Henle
contida a região de pirâmide.
Elementos do néfron:
- Cápsula de Bowman: com o glomérulo renal
- Túbulo contorcido proximal
-Alça de Henle descendente: absorção de água
- Alça de Henle ascendente: eliminação de NaCl
- Túbulo contorcido distal, chegando até o ducto coletor (o ducto coletor vai servir para diversos néfrons
Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC
Temos e arteríola aferente e eferente, que estrão ligadas à capsula de bowman, e em cada região vai ocorrer
a absorção ou desprezo de determinada estrutura.

- Vascularização dos elementos renais Artériolas


∟ Artéria renal: ela forma dois ramos, os Ramos primários. aferentes
Artérias
∟ Ramos Primários: originam as artérias interlobares. Arqueadas

∟ Ramos interlobares: formam os ramos interlobulares


∟ Ramos Interlobulares: formam as artérias arqueadas
∟ Artérias Arqueadas: formam as arteríolas aferentes Artéria
∟ Arteríolas aferentes: renal
Ramos
primários

As veias recebem os mesmos nomes que as artérias:


Ramos
∟ Veia renal interlobares
∟ Ramos Primários
∟ Ramos interlobares Ramos
interlobulares
∟ Ramos Interlobulares
∟ Veias Arqueadas
∟ Veias aferentes:

-Função renal: Limpar e clarear o plasma sanguíneo, ele vai eliminar quantidades excessivas de íons sódio, potássio,
cloreto e hidrogênio.

Obs: Existem variações quanto à posição do elemento renal:


• ECTOPIA - rim situado em qualquer local que não seja a fossa renal.
• PTOSE RENAL, nefroptose ou ruim flutuante– uma “queda” do elemento renal para a pélvis.
• AGENESIA – quando só há um elemento renal
• HIPOPLASIA RENAL – um rim grande e o outro pequeno
• RIM EM FERRADURA – os dois elementos renais estão fundidos, interligados na face inferior
• RIM POLICÍSTICO – geralmente está indicada a retirada desse órgão. Está associado a aneurisma cerebral.

2. URETER

É um conduto longo situado nas cavidades abdominal e pélvica, estendendo-


se da pelve renal até a desembocadura na bexiga.

Ele possui a forma de um tubo estreito de paredes espessas. O ureter direito


caminha lateral direito à veia cava inferior, e o ureter esquerdo caminha late- F. Pélvica
ral esquerdo à aorta abdominal.
F. ilíaca
Tamanho: oscila entre 25 a 30 cm

- Flexuras: F. Mural
∟ Pélvica:
∟ Ilíaca: quando passa por cima da artéria ilíaca comum.
∟ Mural ou intramural: quando penetra no interior da bexiga.

- Relações: ele está relacionado posteriormente com o músculo psoas maior, e também com os vasos terminais dos
ramos aórticos. Na cavidade pélvica ele migra para o interior da bexiga e vai levar a urina dos elementos renais até
a porção da bexiga

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


DOENÇAS DOS RINS E DOS URETERES

-Os rins podem ser sede de tumores, de inflamações. Uma doença bastante co-
mum, que acontece no rim, é a infecção ela pode ser causada por diversos motivos,
como uma infecção de psoas ou por conta de cálculos renais (existem vários tipos),
são calcificações geralmente são ricos em cálcio – NEFROLITIASE ou LITIASE RENAL.

-A pedra geralmente é expelida com o passar do tempo, mas se a pedra for muito grande ela não irá sair, muitas vezes
é necessário o paciente se submeter a uma litotripsia extracorpórea, na qual há a quebra das pedras maiores em
pedras menores através do pulso localizado de raio x.

- Cateter de duplo J: Às vezes só isso não é suficiente, então os urologistas passam o cateter duplo J para tratar uma
obstrução do fluxo renal. Então o médico coloca um uretoroscópio para encontrar o local de implantação dos ureteres
na bexiga, ele injeta o contraste e passa o cateter de duplo j em direção ao rim. O cateter fica ancorado na região de
cálice renal e faz com que a urina possa ser drenada enquanto o problema da pedra renal está sendo resolvido.

- Nefrostomia percutânea: Caso não seja possível passar o cateter duplo j (uma situação bem mais grave, o médico
fará uma incisão através da pele para drenar a urina, o procedimento é guiado por ultrassom.

- Cistografia rediologica: é injetado o contraste no paciente (intravenoso ou através da uretra)


para analisar a anatomia do sistema renal, se á obstrução e observar dilatações. Nesta imagem
podemos ver uma grande dilatação no ureter esquerdo, refluindo e se acumulando na região dos
rins - Refluxo ureteral, que pode ser desde a bexiga – Refluxo vesicoureteral.

- A chegada do ureter na parede da bexiga pode ser bastante variável. Na situação do refluxo
vesicoureteral a pressão dentro da bexiga está aumentada e a urina ao invés de ir para a uretra
reflui para os rins, pois a válvula vesicoureteral não fecha normalmente. Dependendo de como o
ureter se implante na bexiga é mais difícil o fechamento dessa válvula (quanto mais curta e de-
pendendo do ângulo da entrada a válvula não fecha).

3. BEXIGA

- É um saco ou bolsa músculo-membranosa, ímpar, que funciona, principalmente,


como reservatório de urina. Ela vai ter uma variação anatômica de acordo com a idade,
na vida fetal ela é abdominal, na vida após o nascimento e adulta ela é pélvica. Ela só
vai se apresentar novamente na região abdominal se o paciente tiver alguma obstrução
que o impeça de realizar a micção, e isso o leva a um bexigoma, e ele tende a aparecer
na cavidade abdominal abaixo da região umbilical (elevação abdominal, dor).

- Sua forma vai depender do volume de líquido no seu interior. Quando vazia ela está
achatada de cima para baixo e de anterior ara posterior, quando está cheia ela possui
um formato ovoide.

- Na mulher a bexiga é mais larga que no homem.

- Capacidade: aproximadamente 500ml

- Aspecto interno: a mucosa está aderida frouxamente à túnica muscular. Além


das pregas vesicais podemos encontrar também o trígono vesical

- Anatomia da bexiga
∟ Óstio do ureter (direito e esquerdo) Óstio do
ureter
∟ Óstio da uretra

∟ Trígono vesical: é o trígono formado e delimitado pelos três óstios


Trígono
∟ Músculo Detrucsor da uretra: fica no interior do óstio da uretra, ele con- Óstio da vesical
uretra
trola a saída da urina para a uretra

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


-Meios de Fixação
∟ Ligamento puboprostático medial: fica anteriormente no homem
∟ Ligamento pubovesical medial: fica anteriormente na mulher
∟ Ligamento puboprostático lateral no homem
∟ Ligamento pubovesical lateral na mulher
∟ Ligamento retovesical: fica posteriormente em ambos os sexos
∟ Ligamento umbilical mediano (úraco): ele é medinho e segue até a cica-
triz umbilical, tem resquício juntamente com os ligamentos suspensores da
cavidade pélvica de estruturas que passavam pelo cordão umbilical.

- Inervação
∟ Plexo hipogástrico
∟ Plexo pélvico
∟ Plexo vesical
∟ Nervo pudendo
∟ Nervo esplancnico pélvico

4. URETRA

A uretra feminina e a uretra masculina são distintas.

- URETRA FEMININA

Ela é exclusiva do sistema urinário, é reta, é menor do que a uretra masculina. Por isso é muito mais fácil colocar
uma sonda vesical na mulher.

A uretra feminina cruza o diafragma urogenital, nele há a presença do musculo transverso profundo do períneo.

Relações: Anterior: sínfise púbica


Posterior: canal vaginal, reto e ânus

- URETRA MASCULINA

Ela é sinuosa, é maior do que a uretra feminina, e serve tanto para o sistema urinário como para o sistema repro-
dutor masculino. Ela está dividida em partes:
∟ Porção intramural: está na parede da bexiga
∟ Porção intraprostática: fica dentro da próstata. A uretra masculina cruza a próstata.
∟ Porção membranosa
∟ Porção esponjosa: percorre o corpo esponjoso de pênis, até chegar ao óstio externo da uretra

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


Ocorrendo alguma lesão ou aumento de volume na próstata, isso pode causar estreitamento ou estenose na por-
ção intraprostática.

Transplante renal:

Nesse tipo de transplante o rim do doador é removido - pode


ser um doador vivo ou uma pessoa que faleceu- e no receptor
pega a artéria renal e implanta na artéria ilíaca, pega a veia
renal e implanta na veia ilíaca e implanta o ureter do rim do-
ador diretamente na bexiga. Não há a necessidade de retirar
os rins antigos, há espaço para deixar.

O transplante renal, com exceção do transplante de córnea é


um dos transplantes mais comuns do mundo, e esse trans-
plante muda a vida do paciente.

Sonda de uretral – Cateter de Foley

O esta sonda possui duas aberturas: uma por onde a urina vai passar e outra pela
qual a seringa será conectada para inflar o balão (que vai ancorar a sonda na be-
xiga, vedando a saída pela uretra, de modo que a urina terá que passar pelo pe-
queno orifício que há na ponta do cateter de Foley).

Primeiramente faz-se o teste para ver se o balão está funcionante, injetando soro.

Todo o procedimento é feto me maneira estéril para evitar qualquer tipo de contaminação e infecção do trato
urinário. Para a realização do procedimento é aplicado anestésico tópico (xilocaína), para diminuir o desconforto.
A técnica é diferente quando essa sonda é colocada no homem e na mulher.

Na mulher não há o problema de ter que direcionar o pênis para corrigir a curvatura da uretra e permitir a
passagem da sonda.

No homem, pelo fato da uretra masculina ser bem mais longa, o pênis deve ser direcionado/ajustado de modo
que a uretra não tenha duas curvaturas, dificultando ou tornando impossível a passagem. É feita toda a limpeza
da região do meato uretral masculino, que fica na região de glande peniana. O pênis deve ser posicionado de
modo que fique apontado anteriormente para que não haja nenhuma curvatura na uretra. Após a limpeza e
injetado o anestésico tópico dentro da uretra para ajudar a anestesiar, assim como na ponta do cateter. O cate-
ter deve ser introduzido até o final, mas em paciente que possuem hiperplasia prostática podem ter essa passa-
gem dificultada, pois a uretra estará estenosada. Antes de inflar o balão é importante visualizar a saída de urna
através do coletor, pois se o balão for inflado na uretra poderá ocasionar muitos danos para o paciente. Ao
visualizar a saída de urina o balão deve ser inflado com soro e a sonda deve ser gentilmente tracionada até o
balão ficar ancorado na junção da uretra com a bexiga. Por vezes a passagem da sonda de foley pela uretra não
é possível (obstrução, trauma na uretra masculina)
Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC
Cistostomia suprapúbica

É a realização e manutenção de uma abertura na bexiga de modo a colocar um


cateter para retirar a urina da bexiga. Deve-se palpar a bexiga, acima da sínfise
púbica e a localiza através de ultrassom, é realizado um botão anestésico no local
onde a pequena incisão será realizada (região suprapúbica, e abaixo do umbigo).
Uma vez anestesiado, um pequeno corte horizontal (“um furo”) deve ser reali-
zado. É colocada primeiramente uma agulha no local para puncionar (a agulha
deve ser direcionada para baixo em direção à pelve) e ver se há a saída de urina.

Após a retirada da agulha é colocado um trocater (vai depender de hospital para


hospital) na mesma posição que o corte foi feito, e em direção à pelve é feito um
movimento bem rápido (como se estivesse esfaqueando) para furar a bexiga e a urina começa a sair.

OBS: A infecção urinária é bem mais recorrente em mulheres do que em homens, simplesmente pelo fato de da
uretra feminina ter um comprimento menor.

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SISTEMA GENITAL MASCULINO

Conceito: é um sistema que contribui com uma célula reprodutora, o gameta masculino, que ao fundir-se ao feminino
vão dar origem a um novo ser.

Localização: Possui localização pélvica e no períneo.

Constituição:
- Bolsa escrotal ou escroto
- Testículos
- Epidídimos
- Ductos ou canais deferentes
- Vesículas seminais
- Ducto ejaculatório
- Próstata
- Glândulas Bulburetrais
- Pênis

1. Bolsa escrotal ou Escroto

É uma bolsa cutânea contendo, em seu interior, os testículos e parte dos funículos Rafe do
pênis
espermáticos, juntamente com o epidídimo, onde superficialmente está dividido em
duas porções laterais por uma rafe que se prolonga para o pênis e para o períneo. As Rafe do
rafes separam o sistema genital em dois antimeros, o direito e o esquerdo. testículo
∟ Rafe do pênis
∟ Rafe do testículo Rafe do
períneo
∟ Rafe do períneo

- Localização: períneo anterior, atrás do pênis, abaixo da sínfise púbica e na frente das porções superiores das coxas.

- O seu aspecto externo é influenciado pelas mudanças de temperatura (em local mais
quente ele vai estar com o funículo espermático dilatado, e consequentemente mais
longe do corpo; em locais mais frios há o encurtamento das fibras musculares e os
testículos são trazidos para mais perto do corpo), onde o lado esquerdo é mais dila-
tado devido a um maior tamanho do funículo espermático. Isso se relaciona com a
temperatura ideal para a maturação dos espermatozoides (34,5 – 36⁰c). Septo do
escroto
- Possui forma de bolsa, estando dividido em dois compartimentos por um septo fi-
bromuscular, o septo do escroto.

- A rafe do escroto deriva de uma túnica mucosa, a túnica de Dartos.

- Estratigrafia: Cada compartimento das bolsas escrotais contém os testículos, epidídimo e parte do funículo esper-
mático sendo formado por um conjunto de túnicas.

∟ Pele: é muito fina, escura e geralmente enrugada.


- Folículos pilosos
- Folículos sebáceos

∟ Dartos: consiste de uma camada fina de musculatura lisa (movimentos que são fracos, involuntários – fazendo
com que a bolsa escrotal apresente pequenas movimentações antiméricas) que se prolonga ao redor da base do
escroto, sendo altamente vascularizada.
Não contém tecido adiposo sendo altamente vascularizado.

∟ Fáscia espermática externa: é uma membrana fina que se prolonga sobre o funículo espermático e os testículos
e continua-se através do funículo espermático com a fáscia do músculo obliquo externo (fáscia inominata de Gal-
laudet). Ela deriva do músculo obliquo externo.
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∟ Fáscia cremastérica: representada pelo músculo cremaster, sendo uma continuação do músculo obliquo interno
e sua fáscia, assim como o transverso do abdome.

∟Fáscia espermática interna: feixes de fibras conjuntivas entrecruzadas. Fica profundamente ao cremaster.
- Fibras elásticas
- Vasos sanguíneos
- Feixes de fibras lisas longitudinais

∟ Túnica vaginal: apresenta dois folhetos:


- Lâmina parietal: está voltado para a fáscia espermática interna.
- Lâmina visceral: está voltado para o testículo.

- Canal Inguinal

É o túnel na parede abdominal anterior e inferior através do qual passa o funículo


espermático no homem (ligamento redondo na mulher).
Canal
- Sua extremidade interna(lateral): está a nível do anel inguinal profundo. Inguinal

- Sua extremidade externa(medial): está a nível do anel inguinal superficial.

Apresenta cerca de 4cm de comprimento.

Em sua parte superior, encontramos o ligamento inguinal, que é o nome dado a


margem inferior da aponeurose do obliquo externo abdominal, sendo originado da
espinha ilíaca ântero-superior e estando inserido no tubérculo púbico

Criptoquirdia: O testículo, a princípio, é uma estrutura abdominal que vai


migrar para a bolsa escrotal. Ainda na vida uterina ele vai passar pelo canal
inguinal e vai se alojar na bolsa escrotal. Se ele ficar retido a cavidade ab-
dominal, no canal inguinal, ou ficar retido alto na bolsa escrotal, durante o
seu trajeto, ocorrerá a criptorquidia. Ficando retino no alto da bolsa escro-
tal ele pode ser tracionado e fixado na porção inferior da bolsa escrotal,
mas se ficar no interior da cavidade abdominal ou no canal inguinal ele deve
ser removido.
Com 11 semanas o testiculo está no final da cavidade abdominal, e começa
a migrar para a cavidadepélvica; aos 8 meses ele já deve estar no interior da cavidade abdominal.

2. Testículos
É uma estrutura de formato ovoide que apresenta suas bordas, duas faces e dois polos.

- Localização: na bolsa escrotal, atrás do pênis, em região de períneo, mantendo relações


principalmente com o epidídimo (fica acoplado ao testículo na região ínfero-póstero-supe-
rior).

- Forma: Apresenta forma oval, achatados lateralmente e suspenso no escroto graças ao


funículo espermático.

- Função: 1) Produção de espermatozoides.


2) secretando andrógenos (Testosterona)

- Faces: Medial – plana


Lateral – convexa

- Bordas: Anterior – convexa


Posterior – plana: se relaciona com o epidídimo, na sua face lateral, só não toca o epidídimo em um pequeno recesso,
o seio do epidídimo.
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- Polos: Superior
Inferior

- Dimensões: Comprimento: 4cm


Antero-posterior: 2,5cm
Latero-lateral: 2 cm

- Diferenças antimeriais: o testículo esquerdo está um pouco mais abaixo do que o testí-
culo direito em um plano horizontal, isso se dá principalmente pelo maior tamanho do fu-
nículo espermático com a relação com a veia gonadal.

- Funículo espermático

Por ele passam algumas estruturas (passam veias, artérias, e também o canal deferente), pos-
sui componentes fáscia e componentes musculares.
Esse funículo é o que mantém a estrutura da bolsa escrotal com movimentos de tração e
relaxamento, entre outros.

- Ligamento escrotal: fica na extremidade inferior do testículo, fixando o testículo ao es-


croto.

- Túnica albugínea: garante uma certa pressão no interior testicular, para que o testículo
consiga, através do epidídimo, propulsionar os espermatozoides que vão trafegar pelo canal deferente até chegar
no ducto ejaculatório.

- Túbulos seminíferos: localizado no interior do testículo, em


número de 3 a 4 por lóbulos, cujo comprimento destes túbu-
los pode chegar a 40cm (se esticados).
∟Túbulos seminíferos contorcidos
∟Túbulos seminíferos retos (eferentes)

- Vascularização:
Irrigação
∟Artéria testicular: para os testículos
∟Artéria funicular: para o funículo espermático
∟Artéria do canal deferente: vai irrigar o canal deferente
Drenagem
∟Plexo pampiniforme – ramos anteriores (drena a região anterior) e posteriores (drena a região posterior).
Esses ramos vão fazer toda a drenagem da bolsa escrotal, do testículo e do canal deferete.
Existem casos em que ocorrem varicosidades a nível do Plexo pampiniforme, podendo ocasionar o acúmulo de
líquidos no interior da bolsa escrotal - Varicocele.
Outra maneira de acumular líquidos na bolsa escrotal é através da obstrução das vias de drenagem acessória
(sistema linfático) por meio de parasitas, como a filária (se ela se acumular a nível da drenagem dos vasos linfá-
ticos há a formação da hidrocele.

3. Epidídimo
- Localização: dentro da bolsa escrotal.

- Função: responsável pelo acúmulo e pela maturação dos espermatozoides


Cabeça
que seguirão para ejaculação.

- Forma: de uma vírgula ou da letra C


Corpo
- Divisão: cabeça, corpo e cauda (da cauda parte o canal deferente, que segue
em direção ao ducto ejaculatório).
Cauda

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- Relações: ele está acoplado ao polo superior, face posterior e polo inferior
do testículo

- Ligamentos: prendem o epidídimo ao testículo Lig. Sup. do


epidídimo
∟ Ligamento superior do epidídimo
∟ Ligamento inferior do epidídimo: Seio do
epidídimo
- Entre os dois ligamentos encontramos o seio do epidídimo. Lig. inf. do
epidídimo

4. Ducto ou canal deferente

- Localização: parte no escroto, períneo e cavidade pélvica. Ele corre por dentro do funiculo espermático até a região
inguinal.

- Divisão:
P. Pélvica
∟ Porção epidídimo-testicular: relacionada com o epidídimo e o
testículo.
P. Inguinal
∟ Porção funicular: dentro do funículo espermático. Relaciona-se
com a raiz do pênis. P. Funicular
∟ Porção inguinal: dentro do canal inguinal; relaciona-se com a
sínfise púbica
P Epidídimo-
∟ Porção pélvica: dentro da cavidade pélvica até o ducto testicular
ejaculatório; relaciona-se com a bexiga e chega a nivel da próstata.

- No final do canal deferente há uma dilatação formando a ampola do canal deferente. O canal deferente se junta ao
ducto da vesívula seminal formando o ducto ejaculatório.

- Função: Sua principal função está relacionada ao transporte dos espermatozoides, através de uma pressão negativa
que leva os espermatozoides ao seu interior vindos do epidídimo e posteriormente a contração do mesmo
e projeção dos espermatozoides em direção ao ducto ejaculatório.

5. Vesicula seminal

- São no número de duas, e são consideradas diveticulos do canal deferente.

- Localização: acima da próstata e entre a bexiga e o reto.


- Apresentam uma forma sacular, sendo consideradas divertículos do canal deferente.

- Sendo formada por uma túnica mucosa e uma lâmina própria e fibras musculares.

- Elas produzem o semen, essa secreção é rica em frutose que ativa o


movimento da cauda dos espermatozoides, e também serve de proteção aos
mesmos contra a secreção vaginal.

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6. Ducto ejaculatório

- Localização: caminha no interior da prostata, na parte posterior, e nesse caminho ele


desemboca na uretra intraprostática.

Ele caminha de cima para baixo e para frente (supero-inferior e anterior) pela prostata.

São oriundos da junção do canal deferente com o canal da vesícula seminal. Onde sua
mucosa secreta um líquido viscoso.

A nível da uretra intraprostática existem óstios por onde desembocam o Uretra


itramural
ducto ejaculatorio – os óstios do ducto ejaculatório
Uretra
intraprostática

Óstios do
ducto
ejaculatório

7. Prostata

- Localização: abaixo da bexiga, atrás da sínfise púbica, acima da raiz do pênis e à frente do reto. Localiza-se no
assoalho pélvico

- Formato: semelhante a uma castanha de base superior e ápice inferior.

- Apresenta:
∟ Uma base: superior
∟ Uma ápice: inferior
∟ Três faces: - anterior: voltada para a sínfise púbica
- posterior: voltada para o reto
- ínfero-laterais: voltada para a parede lateral do assoalho
pélvico.

- Ela fica apoiada no músculo transverso do períneo.

- Sua secreção é leitosa e fluida e vai favorecer a mobilidade da cauda dos esperma-
tozoides.

- A maneira viável de se chegar na próstata é através do toque retal. O paciente vai


ao urologista que pede um exame, o PSA. Se o exame der alterado, ele solicita um
ultrassom (pelo períneo ou ela cavidade abdominal), e havendo alguma anormalidade
o médico realiza o toque retal na parede anterior do reto. Caso também seja identifi-
cado algo anormal o médico pode solicitar uma biópsia, que é feita de forma transre-
tal, guiada por ultrassom

- Antígeno prostático específico ou PSA é uma enzima (glicoproteína) com algumas


características de marcador tumoral ideal, sendo utilizado para diagnóstico, monito-
rização e controle da evolução do carcinoma da próstata (ou câncer de próstata).

8. Glândulas bulbo-uretrais

São em número do duas

- Localização: inferiormente à prostata e acima da raiz do pênis

- Função: produzir uma secreção fluida que neutraliza a uretra e lubrifica a glande
do pênis, fazendo com que os espermatozoides não sejam agredidos.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


9. Pênis

- Forma: - Quando flácido: cilíndrica


- Após a ereção: prismático

- Estrutura: Corte transversal


∟ Corpos Cavernosos (são no número de dois): são envoltos pela túnica albugínea, e
estão separados medialmente um do outro pelo septo do pênis. Eles se enchem de
sangue para a ereção peniana
∟ Corpo esponjoso: a uretra passa por ele. Ele segue até a região de glande do pênis
∟ Pele
∟ Dartos
∟ Tecido conectivo areolar: é um tecido adiposo
∟ Fáscia profunda
∟ Túnica albugínea: individualiza os corpos cavernosos e o corpo esponjoso

Veia
Veia
Nervo Pele
Artéria dorsal

3.Tecido conectivo areo-


lar
Corpo

Corpo

- Vascularização
DRENAGEM
∟ Veia dorsal superficial: fica superficialmente na região dorsal
∟ Veia dorsal profunda
IRRIGAÇÃO
∟ Artéria dorsal: localizada ao lado da veia profunda. Oriunda da artéria pudenda interna.
∟ Artéria profunda do pênis: fica no centro do seio cavernoso, responsável pela ereção, em caso de ocorrer
uma obstrução dessa artéria pode ocorrer a impotência sexual.
Ramo
cavernoso

Ramo do bulbo

Artéria
Pudenda interna

- Divisão: Glande: fica na extremidade, ela está relacionada a um aumento do corpo esponjoso.
Corpo: porção intermédia
Raiz: é a porção que está inserida Prepúcio Óstio
Externo da
uretra
∟ Glande:
Coroa
Prepúcio: é a pele que recobre a glande Sulco
Frênulo: fica no prepúcio balamo-
prepucial
Coroa: é uma elevação na base da glande
Sulco balamo-prepucial: fica entre a glande e o prepúcio
Óstio externo da uretra
Freio

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


Quando o prepúcio recobre a glande
- Cavidade do prepúcio: espaço entre o prepúcio e a glande
- Anel do prepúcio: é a pele que vai fazer um círculo em volta do
orifício do prepúcio
- Cavidade do prepúcio: fica no interior
- Orifício do prepúcio

Fratura de pênis: o pênis não possui elementos ósseos, mas pode fra-
turar. Isso cauda problemas principalmente de fibrose, de vasculariza-
ção e pode impossibilitar a ereção peniana

- A região onde está contido o sistema genital masculino, em algumas fraturas, como as de pelve, pode haver necrose
da região de períneo e bolsa escrotal pelo acumulo de sangue proveniente da fratura. Pacientes que não fazem a
higienização correta dessa região também podem ter esse tipo de necrose, sendo necessário debridar toda a região,
e rodar um retalho da coxa para reconstruir a região de períneo e bolsa escrotal – Síndrome de Fournier

DOENÇAS QUE ACOMETEM O SISTEMA GENITAL MASCULINO.

1. O conduto peritônio vaginal do embrião – é um prolongamento da cavidade peritonial que desce até o escroto no
homem, e nas mulheres até os lábios maiores, e é através desse pertuito que desce pela região inguinal que os testí-
culos vão migrar do interior da cavidade abdominal para o saco escrotal. No saco escrotal a temperatura corpórea ela
é um pouco mais baixa do que o interior da cavidade abdominal e isso é fundamental para a produção de esperma-
tozoides no homem - quando ele chegar no momento da puberdade e começar a produção de espermatozoides.
O testículo desce pelo canal deferente, mas esse processo pode ser interrompido por
algum motivo e no fim o testículo acaba por não se localizar no saco escrotal. O nome
dessa situação é a Criptorquidia (o testículo existe, mas está dento da cavidade abdo-
minal).
Na criptorquidia, se não tratada, o paciente pode vir a ficar estéril pois não haverá o
ambiente necessário para desenvolver os espermatozoides quando chegar o momento.
A orquidopexia é a cirurgia realizada para corrigir uma criptorquidia, geralmente é feita
em crianças.

2. Algumas crianças podem ter o reflexo cremastérico muito exacerbado e esse testículo pode sair do saco escrotal e
voltar para o interior da cavidade, mas isso é uma coisa fisiológica, o testículo entra e sai.

- Um defeito de fechamento do conduto peritônio vaginal pode fazer com que ocorra a passagem de líquido, ou a
passagem de líquido e das alças intestinais, esses defeitos podem causar infertilidade no homem.

∟ Hérnia inguinal: além do líquido há a passagem de alças intestinais pelo canal inguinal (hérnia inguinal indi-
reta).
A hérnia inguinal direta é diferente, ela sai pela parede abdominal
∟ Hérnia inguino-escrotal: é a hérnia inguinal que desce até o fim do escroto
∟ Hidrocele comunicante: quando há um fechamento bom o suficiente para impedir a passagem de alças intes-
tinais, mas não de líquido.
∟ Cisto do cordão: Por vezes o líquido que vem da cavidade peritoneal não é absorvido, se acumulando e for-
mando o cisto do cordão esper-
mático.
∟ Hidrocele não comunicante: há
líquido acumulado na túnica vagi-
nal do testículo, mas a passagem
está totalmente fechada.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


Exame físico: é o exame de transluminação. Pega o saco escrotal da criança e projeta luz. Como o ambiente é líquido,
ele vai iluminar (hidrocele); se não ocorre a transluminação é devido a presença do intestino (hérnia inguinal).

Na hidrocele o tratamento cirúrgico é a realização da drenagem do líquido, para que não ocorra maiores problemas
na fertilidade.

3. Varicocele

Pode causar esterelidade no homem, ela tem uma aparência serpentiginosa, é a


presença de varizes que vem do plexo pampiniforme (é a dilatação desse plexo).

O sistema venoso possui valvas, no plexo pampiniforme tambem há, com o passar
do tempo essas Valvas se torne menos atuantes no sentido retrógrado em dire-
ção à veia, fazendo com que as varizes se desenvolvam.

Do lado esquerdo a drenagem é feita diretamente na veia renal esquerda, há uma


coluna hidraulica e a veia entra em 90ᵒ na veia renal, isso faz uma coluna hidráu-
lica de sangue que força uma dilatação das veias mais comumente do lado es-
querdo do lado direito. Do lado direito implantação da veia não é em ângulo de
90° ele é um ângulo agudo em uma veia de maior capacitância que é a veia cava
interior, então o testículo direito é muito melhor drenado que o testículo es-
querdo, anatomicamente falando, tanto é que todo homem possui o testículo es-
querdo em uma posição mais baixa. Deste modo uma varicocele é muito mais comum de ocorrer no testículo es-
querdo. Observando um paciente com uma varicocele do lado direito deve-se imaginar que ele tem uma obstrução,
principalmente por um câncer, que esteja causando essa varicocele.

Cirurgia: consiste numa incisão na região inguinal onde o médico ira expor todo o conteudo que vai da base do
testículo (artéria testicular, vaso deferente e o plexo pampiniforme), identifica e vai facrificar as veias do plexo
pampiniforme. Deve-se ter cuidado para não ligar a artéria testicular, pois isso pode levar à atrofia do testiculo. Trata-
se de procedimento ambulatorial.

Na cirurgia de vasectomia o ducto deferente é ligado, sendo isso o que a diferencia da cirurgia da varicocele.

4. Torção testicular

O cordão espermático gira torcendo ele mesmo, estenosando toda a vascularização,


causando muita dor e a uma esquemia do testículo acometido, podendo ocasionar até
uma necrose.

No tratametno cirurgico é feita uma exploração do escroto, abre-se o saco escrotal,


até identificar o testículo, avalia-se a situação para saber se o testiculo será apenas
virado ou se será necessário realizar uma orquidectomia (retirada do testículo).

No caso da orquidectomia geralmente é colocada uma prótese testicular para


substituir o testiculo.

A orquidopexia fixa o testiculo para que não haja uma torção ( há uma discurção de
que quem tem uma torção em um lado tem uma chance aulentada de ter torção do outro lado). É dado um ponto na
tunica albuginea para o testiculo não virar.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


Doenças que acometem a prostata

Exame físico: o toque retal para palpar a próstata, notando uma anormalidade, é
feita uma ultrassonografia transretal, e com ela pode-se fazer uma biópsia. A prós-
tata é sede de infecções (prostatite), mas também de outros problemas:

- Hiperplasia prostática benigna: ocorre uma obstrução da uretra prostática e o


paciente começa a ter retenção urinária. Pode-se fazer uma RTU (ressecção tran-
suretral da próstata), uma raspagem, para aumentar a luz e resolver o problema
– pode ser tratada com remédios também.

- Câncer de próstata: há várias maneiras de retirar o tumor, pode ser feita de ma-
neira aberta, através de laparoscopia e até coma prostatectomia com o uso de robô. A prostatectomia com o auxílio
do robô é mais confortável para o paciente e com a visão da cirurgia é possível preservar mais estruturas (principal-
mente os nervos que vão em direção ao pênis), tendo menos riscos de causar a impotência no paciente.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


SISTEMA GENITAL FEMININO

É uma estrutura que vai ser produtora do gameta feminino e vai ser responsável pela guarda do novo indivíduo após a
fecundação. É esse sistema quem mantem no período de 9 meses esperando o crescimento e maturação do embrião até
o estágio de feto, quando ele é expulso da cavidade uterina.

Ele é composto por órgãos genitais inter-


nos e externos.

Constituintes:

- Gônadas: ovários
- Vias condutoras: Tubas uterinas
- Órgão que abriga novo ser: útero
- Órgão de cópula: vagina
- Glândulas anexas: glândulas vestibulares maiores e menores
- Estruturas eréteis: clitóris e bulbo do vestíbulo
- Órgãos genitais externos: pudendo feminino ou vulva (monte do púbis, lábios maiores e menores, clitóris, bulbo do
vestíbulo e glândulas vestibulares.

ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS

1. Ovários

- Conceito: é uma estrutura circunscrita, par, e localizam-se late-


ralmente na cavidade pélvica, próximo ao apêndice vermiforme.
Apêndice
Não é incomum confundir apendicite com gravidez ectópica (ela vermiforme
tem um caráter patológico, não infeccioso).
O ovário produz o óvulo, que segue em direção à tuba uterina. Ovário

- Forma: ovóide
- Faces: Lateral
Medial
- Margens: Mesovárica: liga o ovário à tuba uterina.
Livre: toca o ligamento largo do útero, mas não se relaciona com nenhuma outra estrutura.
• A parte mais medial da margem mesovárica é chamada de epóforo, e a porção lateral é chamada de
mesossalpinge, onde há o apêndice vesiculoso
- Extremidades: Tubária: está voltada para a ampola da tuba uterina
Uterina: está voltado para o útero
-Ligamentos: são meios de fixação tanto para os ovários como para o útero.
∟ Ligamento largo: reveste toda a estrutura uterina
∟ Ligamento sacrouterino:
∟ Ligamento redondo: é o que passa pelo saco inguinal
∟ Ligamento útero-ovárico: liga o útero ao ovário
∟ Ligamento suspensor do ovário

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


Margem Apêndice
mesovárica Epoóforo Mesossalpinge
vesiculoso

Polo superior
ou tubário
Ligamento
Suspensor
do ovário

Margem
livre

Ligamento
Útero-ovárico
Polo inferior
ou uterino

Ligamento largo do Ligamento Ligamento


útero sacrouterino redondo
2. Tubas uterinas

O ovário produz o óvulo, que segue em direção à


tuba uterina, e ele é captado a nível das fimbrias da
tuba uterina. Há a abertura abdominal da tuba ute-
rina (fica na cavidade pélvica), através dela o óvulo
entra na tuba uterina e segue até a ampola da tuba
uterina.
Ela está localizada superiormente ao ovário, e tem
relação direta com o fenômeno de fecundação, já
que em uma das partes da tuba uterina (ampola da
tuba uterina), ocorre a fecundação. Ocorrendo a
fecundação ele vai para a parede do endométrio,
onde ele fara a nidação e erá se desenvolver. Caso
não seja fecndado ocorre a menstruação.
-A tuba uterina está dividida em quatro partes:
- Infundíbulo: porção mais externa, encontramos as fímbrias ováricas, voltadas para o ovário e há o óstio abdo-
minal da tuba uterina no centro do infundíbulo, por onde passa o óvulo. Através do movimento dos
cílios o óvulo vai para a ampola da tuba uterina.
∟ Parte extrauterina: fica nas margens
∟ Parte intersticial: mais próximo do óstio
∟ Óstio uterino da tuba: por onde o óvulo penetra na tuba uterina
- Ampola: é o local onde o óvulo aguarda para ser fecundado
- Istmo
- Porção intramural
Óstio

Irrigação
- Artérias ováricas: é um ramo da artéria gonadal
Fímbrias
- Ramos tubários ováricas

Caso ocorra a fecundação a nível da tuba uterina ocorrerá a formação de um indivíduo. Ele estará ligado à parede
uterina através do cordão umbilical e da placenta.

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3. Útero
É uma estrutura mediana ímpar, com o formato de uma pera invertida.
- Função: receber o feto durante o desenvolvimento
- Localização: no centro da cavidade pélvica
- Forma: pera invertida (8x5x3cm - normal). Durante o período menstrual ele
aumenta um pouco de tamanho, assim como quando há alguma patologia
(miomas).
- Partes: - Fundo: superior
- Corpo
- Istmo: é um estreitamento
- Colo: porção projetada dentro do canal vaginal
Entre a porção do istmo e o óstio do colo uterino há a presença das pregas palmadas.
- Camadas: - Endométrio: é a camada mais interna, é uma túnica mucosa.
- Miométrio: é a camada intermediária, é uma túnica muscular.
- Perimétrio: é a camada mais externa, é uma túnica periférica.
- Cavidade uterina: ela tem continuidade superiormente com a tuba uterina, e inferiormente com o óstio do colo
uterino. É nela ocorre o desenvolvimento do feto que foi implantado a nível do endométrio. O
crescimento do feto faz com que o útero cresça, em seu tamanho.
Durante a gravidez muitas estruturas da cavidade abdominal e pélvica são deslocadas e comprimidas, a bexiga é
amplamente comprimida (o que aumenta a micção das grávidas).
- Óstio externo do útero: é o local que tem continuidade com o canal vaginal
- Fórnice da vagina: são as partes que estão em volta do colo do útero
∟ Fórnice lateral (direito e esquerdo):
∟ Fórnice anterior
∟ Fórnice posterior
- Relações: Na cavidade pélvica ele está póstero superiormente à bexiga; anteriormente ao reto; medialmente às
tubas uterinas e ao ovário; acima do canal vaginal.

Ligamento
sacrouterino
Ligamento
largo

Fórnice
posterior
Fórnice
lateral Ligamento
Redondo

Fórnice
Anterior

- Colo do útero: é uma região propensa à formação de neoplasias. O óstio do


colo uterino tem uma anatomia variável. Se a pessoa nunca teve filho no parto
normal ele é redondo, se já teve fiho ele vai ficando mais alargado, em um
formato ovóide.

Nesse óstio às vezes é indicada a realização de biópsia para avaliar as células.


O exame é feito quase sem anestesia, e como o utero não é muito inervado
não há muito incomodo, entretanto por ser bastante vascularizado pode
causar sangramentos.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


3. Vagina
- Conceito: é um conduto que fica abaixo do útero. Parede
posterior
- Função: serve para a passagem do fluxo menstrual, para a relação
sexual e para a passagem do bebê no parto normal Parede
Anterior
- Forma e dimensões: Possui cerca de 10 a 12cm de comprimento,
ele é cilíndrico e achatado no sentido antero-posterior. Músculo
Transverso
Profundo
- Fórnices da vagina: dois laterais, um anterior e outro posterior Do períneo

- Ela apresenta uma parede anterior e uma parede posterior.

- Ela possui septos: Septo vesicovaginal: entre a região de bexiga, uretra e vagina feminina (anteriormente).
Septo retovaginal ou retrovaginal: entre a região de reto e canal vaginal (posteriormente).

- Relações: acima: colo do útero com os fórnices da vagina


Colo uterino
Inferior: vulva feminina.
Túnica
- Na estrutura das paredes do canal vaginal, há a mucosa vaginal e as túnicas: mucosa

∟ Túnica mucosa: interna Túnica


muscular
∟ Túnica muscular: intermediária
Túnica
∟ Túnica adventícia: periférica adventícia

- Carina uretral da vagina urogenital: é a projeção da uretra feminina no final do canal Carina uretral
da vagina
vaginal, já perto da vulva. Ela culmina no óstio externo da uretra, que fica abaixo do
Óstio externo
clítoris. da uretra

Vestíbulo

Relacionando o canal vaginal e o útero com espaços presentes na cavidade pélvica encontramos dois espaços/esca-
vações:
∟ Escavação vesicouterina: está entre o útero e a bexiga
Escavação
∟ Escavação retrouterina ou Fundo de saco de douglas Retrouterina
• Cuidocentese: exame no qual coloca-se um espéculo, e na parte
Escavação
posterior é feita uma punção do saco de Douglas para avaliar a pre- vesicouterina
sença de líquidos. Em uma gravidez ectópica (gravidez tubária)
pode ocorrer uma ruptura de vasos e um sangramento muito Septo
grande (gravidez ectópica rota), se ao fazer a punção do fundo de retrovaginal
saco de Douglas observarmos a presença de sangue (hemoperitô-
nio), será necessário operar a paciente.

- Músculo transverso profundo do períneo, conhecido como diafragma


urogenital. Ele cruza o canal vaginal no sentido horizontal
Septo
vesicovaginal

ORGÃOS GENITAIS EXTERNOS

4. Vestíbulo da vagina

São órgãos que estão relacionados à cópula e a proteção da região de genitália feminina. Eles sstão delimitados pelos
lábios menores, contendo:
∟ Clitóris
∟ Óstio externo da uretra
∟ Óstio vaginal
∟ Hímen: é a estrutura que está presente no final do canal vaginal an-
tes da primeira relação sexual. Depois da primeira relação sexual, se
ele não for complacente ele rompe. Existem diversos tipos de hímen.

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5. Monte Púbis monte de vênus

- É uma estrutura que está presente acima do períneo e da vulva, na região anterior, logo abaixo da região abdominal.

- Nele há a presença de pelos.

ANATOMIA EXTERNA:
- Sulco gênito crural: fica entre a coxa e os grandes lábios
- Comissura anterior: local onde se encontram os grandes lábios e onde começa o sulco interlabial
- Lábios maiores
- Lábios menores
- Sulco interlabial
- Clitóris: órgão erétil feminino
- Prepúcio do clitóris: recobre o clitóris
- Óstio externo da uretra
- Óstio vaginal
- Ânus
- Períneo: local onde se faz uma incisão lateral para a passagem do ombro da criança, dependendo da necessidade
na hora do parto normal

Monte de Comissura
vênus anterior
Sulco
interlabial Prepúcio do
clitóris
Sulco gênito
crural Clitóris

Grandes Óstio externo


lábios da uretra
Pequenos
lábios
Óstio
vaginal

Períneo

Ânus

• Clitóris:

É um órgão erétil feminino, está localizado na vulva feminina mais alta,


ele é constituído por:
- Ramos do clitóris: no número de dois
- Corpo cavernoso
- Glande
- Ângulo

• Glândulas vestibulares maiores e menores

Vãos estar localizadas no entorno da vulva. Elas produzem uma secreção mucosa
para a lubrificação dessa região

- O bulbo do vestíbulo vai em direção ao clitóris, ele está abaixo do lábio menor.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


PARTE CLÍNICA

Episiotomia

É o corte feito em partos normais, para facilitar o nascimento do bebê. A partir do


limite inferior do introito vaginal faz-se um corte obliquo, lateralmente, para não
corta a musculatura do períneo do ânus. Na hora de suturar coloca-se um dedo no
ânus para que a sutura não pegue o reto – episiorrafia, evitando a incontinência e
outros problemas.

Gravidez ectópica

É uma gravidez que não é tópica, que não ocorre no local correto (no fundo do útero). Ela ocorre mais comumente
na tuba uterina.

Histerectomia:

Nessa cirurgia ocorre a retirada do útero, das trompas e a manutenção dos ovários, pois eles estão muito relacio-
nados com a parte hormonal. Essa cirurgia pode ocorrer por diversos motivos (mioma, endometriose, gravidez ec-
tópica). Durante essa cirurgia deve-se ter muito cuidado para não machucar o ureter, que passa à posterior, para
não causar nenhum problema urinário.

Na cirurgia todo o local deve ser inspecionado, o cirurgião vai ligando a tuba, o ligamento próprio do ovário, libera-
se o ligamento largo, deve-se ir soltando tudo para que o útero seja retirado intacto.

Na parte mais anterior deve-se ter muito cuidado pois há as artérias uterinas e tudo deve ser dissecado bem direi-
tinho para não causar nenhum dano.

Após a retirada do útero pelo canal vaginal, fecha-se a cúpula da vagina, ficando com um fundo cego, e é feita a
apexia – prende o paramério (é um tecido conjuntivo localizado nas regiões laterais do útero sob os ligamentos
suspensores desse órgão).

Salpingectomia

Retirada apenas da tuba uterina

Cirurgia de sling (alça)

Geralmente em pacientes mulheres multíparas (que já tiveram muitos filhos), ocorre uma incontinência urinária.
Essa cirurgia passa uma alça por detrás da uretra (entre a uretra e a vagina), para aumentar a pressão uretral, e
assim quando a mulher for fazer uma manobra de varsalva, sorrir, espirrar, não vai perder urina. Isso muitas vezes
é feita com uma cirurgia de perineoplastia – reforça a musculatura e aperta um pouco mais o introito vaginal para
fortalecer a musculatura.

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IRRIGAÇÃO DA PELVE

A aorta abdominal se divide em dois ramos terminais: Ilíaca comum direita e Ilíaca comum esquerda. As ilíacas comuns
vão se dividir em ilíaca externa (para o membro inferior) e ilíaca comum interna (para os órgãos da pelve).

• Ilíaca interna: Ramo posterior da ilíaca interna: são exclusivamente musculares.


Ramo anterior da ilíaca interna: são ramos musculares e viscerais.

• Ramo posterior da ilíaca interna: ela emite dois ramos


∟ Artéria glútea superior: irriga o glúteo máximo
∟ Artéria glútea média: irriga o glúteo médio

• Ramo posterior da ilíaca interna: ela forma um grupo de ramos viscerais e musculares
∟ Artéria Obturatória: ela maninha inferiormente e lateralmente ao útero, indo em direção ao forame obturatório.
Após ultrapassar o forame obturatório ela tende a chegar na região próxima da coxa (irrigando a musculatura de
grácil, proximal, semitendinoso, semimembranoso).
∟ Artéria Umbilical: na vida fetal ela parte em direção ao cordão umbilical. Parte dela foi obliterada e virou ligamento
suspensor da cavidade pélvica, juntamente com o úraco, uma vez que ela continua irrigando a região de úraco. Ela
promove a irrigação da parede anterior da cavidade pélvica e também da região de parede anterior da cavidade ab-
dominal chegando até a cicatriz umbilical
∟ Artéria Uterina: ela migra em direção ao útero, e apresenta ramificações na região de útero. Irriga canal vaginal,
na região de fórnix da vagina
∟ Artéria Vaginal: ela irriga o canal vaginal. – Há uma anastomose da artéria uterina com a vaginal, tanto para a
irrigação do colo do útero quanto do canal vaginal.
∟ Artéria Vesical inferior: geralmente gera a vesical superior, que vão irrigar toda a região da bexiga
∟ Artéria Retal média: ela irriga a parte média do reto. Ela geralmente origina a retal inferior (mas também pode
advir da ilíaca interna ramo anterior)
∟ Artéria Glútea inferior: para o glúteo mínimo
∟ Artéria pudenda interna: irriga os músculos do assoalho pélvico e segue para irrigar o períneo e a região de genitália
externa feminina (toda a vulva).
∟ Artéria retal inferior: ela pode partir do ramo interior da ilíaca interna, pode partir da artéria retal média, e ainda
como variação, pode partir da pudenda interna. Ela vai irrigar a porção final do reto e região de ânus.

Artéria ilíaca
interna

Artéria glútea superior

Artéria glútea média Artéria ilíaca


externa
Artéria umbilical Ramo posterior
da ilíaca interna

Artéria glútea inferior Ramo anterior da


ilíaca interna

Artéria obturatória
Artéria retal média

Artéria pudenda interna


Artéria vesical inferior

Artéria vaginal

Artéria retal inferior


Artéria Uterina

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


• Artéria uterina

A artéria ilíaca interna ramo anterior passa por atrás da tuba uterina, segue no ligamento largo do útero (já como
artéria uterina), e chega até a nível da junção ístimo-colo. Ela faz duas subdivisões:

∟ Ramo ascendente: irriga o ístimo, ele gera ramos que vão irrigar até a região de fundo de útero:
- Artéria radiada
- Artéria reta Esses ramos irrigam toda a estrutura do útero – corpo e fundo
- Artéria espiralada

* Esse ramo passa no interior do ligamento largo para a mesosalpinge, e dentro da mesosalpinge ele para de ser
o ramo ascendente e passa a ser a artéria tubaria – ela irriga a tuba uterina em toda a sua extensão; mas também
manda ramos para a mesossalpinge, para o epoófaro na margem mesovárica.

∟ Ramo descendente: irriga os fórnices da vagina e o colo do útero. Nesse ramo também há a presença dos sub-
ramos (radiada, média e espiralada).

-Ela manda ramos para o ligamento largo.

• Artéria ovariana

Ela passa anteriormente à tuba uterina e chega no


ovário. Quando chega no ovário ela emite os ramos
ovarianos.

Esses ramos ovarianos vão se anastomosar com a ar-


téria tubaria e também fazem a irrigação da tuba
uterina. O local onde ocorre uma anastomose da ar-
téria ovariana com a uterina é exatamente a nível da
artéria tubária

--O infundíbulo e as fímbrias são irrigados tanto pela artéria tubária como pela artéria ovariana

No homem ocorrem algumas modificações

Não há a artéria uterina nem a artéria vaginal

∟ Artéria Obturatória: irriga a região proximal da coxa


∟ Artéria umbilical
∟ Artéria vesical inferior: vai irrigar a bexiga superior e inferiormente. Ele vai gerar a vesical superior e as vezes a
vesical média.
∟ Artéria pudenda interna: vai irri-
gar o pênis.
Artéria obturatória
∟ Artéria retal média
Artéria glútea superior
∟ Artéria glútea superior
∟ Artéria glútea inferior Artéria umbilical

Artéria glútea inferior

Artéria vesical inferior

Artéria retal média


Artéria pudenda interna

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• Irrigação da próstata

A artéria vesical inferior vai emitir o plexo prostático, que se divide em duas partes:
∟ Ramos uretrais: vai para cima e para dentro da próstata. Eles irrigam profundamente a próstata e irrigam a
uretra masculina proximal (intramural e intraprotática).
* A uretra membranosa e a uretra esponjosa vão ser irrigadas pela pudenda interna, juntamente com a estru-
tura do pênis
∟ Ramos capsulares: são superficiais, e irrigam a próstata superficialmente.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


SISTEMA TEGUMENTAR

O sistema tegumenta refere-se a estrutura que reveste o corpo tanto do homem como dos
animais (a pele, o pêlo, as plumas, as escamas).

O sistema tegumentar (tegumento ou cobertura) é constituído pela:


- Pele: epiderme e pele
- Órgãos acessórios: os pelos, as unhas, as glândulas e os vários receptores especializados.

TEGUMENTO COMUM

1. Pele ou Cutis

A pele constitui um manto contínuo que envolve todo o organismo, protegendo-o e adaptando-o ao meio ambiente. Ela
só não vai ter continuidade nos orifícios naturais (narinas, boca, ânus) onde se prolonga pela respectiva mucosa (que é
uma estrutura interna)

- Localização: ela está perifericamente em todo o nosso corpo à exceção desses orifícios.

- Funções: - Proteção térmica


- Termorregulação: a pele auxilia na regulação térmica do organismo pela eliminação do suor, fazendo a
temperatura do corpo permanecer constante, independente das variações externas.
- Excreção e absorção: ela remove água, sais e vários compostos orgânicos.
- Síntese da vitamina D: pela ação dos raios ultravioleta. (o suplemento de vitamina D supre essa função)
- Sensibilidade
- Auxilia nas respostas imunológicas: Células de Langerhans
- Protege contra substâncias nocivas ao organismo: nas formas líquida e gasosa; microorganismos; parasitas;
insetos

- Aspectos e formações
∟ Sulcos: utilizados para fazer incisões
∟ Saliências táteis
∟ Linhas de tensão: são levadas em conta quando é feita uma incisão (para deixar a cicatriz
menor, fazendo uma incisão seguindo a linha de tensão)
∟ Espessura: dependendo da região do corpo ela é mais espessa
∟ Distensão: ela pode ser distendida para rodar retalhos
Linhas de tensão da face
∟ Cor: diversas.

- Divisão:
∟ Epiderme
∟ Derme
∟ Tela subcutânea

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


→ Epiderme

É a camada mais externa da pele, sua principal função é a proteção,


de modo a deixar o nosso organismo impermeável.

Os seus constituintes são as camadas do tecido cutâneo:


∟ Estrato basal: carcinoma basocelular
∟ Estrato espinhoso: carcinoma espinocelular
∟ Estrato granuloso:
∟ Estrato Lúcido:
∟ Estrato córneo: aumenta de tamanho dependendo da região,
deixando a epiderme mais espressa (ex. pés), assim como pode ser
mais fina em alguns locais.

Os tumores que mais atingem a pele vêm das duas primeiras camadas: (basal e espinhosa)

A melanina encontrasse a nível da epiderme, a ausência de melanina está relacionada ao albinismo.

→ Derme

Ela está localizada abaixo da epiderme e acima da tela subcutânea.

Sua principal função é nutridora, e possui a presença da camada relaci-


onada à inervação.

Constituintes:
∟ Pelos
∟ Vasos
∟ Nervos
∟ Receptores

A derme é formada por duas porções:


Região
∟ Região papilar: apresenta papilas que encaixam na camada reticular Papilar
∟ Região reticular
Região
Os vasos sanguíneos vão irrigar tanto a derme quanto a epiderme reticular

Na inervação existem:

∟ Terminação nervosa livre

∟ Corpúsculo de Pacini

∟ Corpúsculo de Ruffini

∟ Corpúsculo de Messner

∟ Disco de Merkel

∟ Corpúsculo de Krause: para o frio

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


→ Tela subcutânea

Fica abaixo da derme. É uma camada que também apresenta vascularização.


Mas ela apresenta principalmente uma reserva de tecido adiposo em nosso
organismo.

Ela é dividida em camadas: Tela


subcutânea
∟ Camada areolar: parte mais externa; com adipócitos em forma vertical.
∟ Camada lamelar: parte mais interna; com adipócitos em forma
inclinada
Essas duas camadas vão constituir o panículo adiposo do nosso
corpo

- Fáscia superficial – separa as duas camadas

ANEXOS DA PELE

- UNHAS

A principal função da unha é proteger as extremidades dos dedos das mãos e dos pés. Elas Raiz
são importantes também para compor certos movimentos de apreensão de objetos miúdos
e aumentar a sensibilidade da polpa digital. Ela também serve para resguardar tecido hu- Corpo
mano em atos de agressão (coleta de material e utilização em perícias forenses).
Margem
livre
Divisão
∟ Raiz: implantado a nível do dedo
∟ Corpo: é a parte transparente
∟ Margem livre: a parte que se corta.

Constituição (elementos)
∟ Zona germinativa: onde a unha começa a se formar.
∟ Estrato córneo: quando ela começa a ficar rígida
∟ Eponíquio: película entre a unha e o estrato córneo
(cutícula).
∟ Lúnula: margem amis esbranquiçada
∟ Leito ungueal: ode a unha se apoia. Ocorrendo uma falência de leito ungueal, a unha não irá se formar.

Em um traumatismo de unha se faz furos na unha para que o sangue seja drenado. Notando que
o leito ungueal foi atingido, coloca o paciente no bloco cirúrgico e se faz um bloqueio de dedo
(ele é feito na lateral do dedo), colocando o anestésico na falange proximal. Uma vez que o dedo
está bloqueado, retira-se a unha, coloca o paciente em um microscópio, pega um fio absorvível e
sutura o leito ungueal. Após suturado, coloca a unha no local inicial e faz a sutura. Depois espera
naturalmente a unha se desprender da região, que é o tempo do leito ungueal se recompor e
iniciar a formação de uma nova unha na zona germinativa.

- PELOS

Estão localizados em várias regiões do nosso corpo, a sua função geralmente está relacio-
nada à proteção.

Dependendo de onde se localizam, podem receber diferentes nomes:

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


∟ Cabelos: na cabeça
∟ Hircos: na região axilar
∟ Sobrancelha: presente no arco superciliar – protege contra o suor no olho
∟ Cílios
∟ Púbios: pelos da região púbica
∟ Trágios: na região da orelha
∟ Vibrissas: na região do nariz
∟ Barba

Estrutura dos pelos


∟ Folículo piloso: local onde o pelo está implantado, ele é vascularizado. A nível desse folículo os pelos apresenta
∟ Raiz do pelo
∟ Haste do pelo: tende a ir para o meio externo
∟ Músculo eretor do pelo: cada pelo tem esse musculo, que
quando tracionado faz o pelo ficar erétil.

Camadas
∟ Medula: porção mais central
∟ Córtex: porção intermediária
∟ Cutícula: porção mais externa

- GLÂNDULAS SUDORIFERAS

Elas vão eliminar suor, e estão localizadas na derme.

Tipos:
∟ Apócrinas: drenam na haste do folículo
∟ Écrinas: vão drenar a nível da pele

- GLÂNDULAS SEBÁCEAS

Estão localizadas na epiderme, são produtoras de um


muco que vão deixar a nossa pele mais oleosa ou mais
resseca.

Elas podem formar cistos sebáceos

- MAMAS

Estão localizadas na a nível do tórax, na região mamária

Elas têm como função, a nível das glândulas mamarias, da produção do leite materno

Possuem uma morfologia ovóide com a presença de uma aréola pigmentada. As glân-
dulas mamarias, que são várias, vão expulsar o seu conteúdo através do mamilo, que
está no c entro da aréola.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


PARTE CLÍNICA

Linhas clivagem ou linhas de tensão da pele ou linhas de Langer

São linhas formadas pelo colágeno da pele, não os locais que possuem mais ten-
são ao serem cortados. Se for feito um corte de maneira perpendicular nessa
banda de tensão a cicatrização da incisão não fique muito boa. Quando a incisão
é feita seguindo a linha de clivagem a cicatrização ocorre com mais facilidade e
tende a aparecer menos cicatriz, devido a menor tensão.

Saber a respeito dessas linhas de tensão é muito importante para os cirurgiões,


para realizar qualquer tipo de incisão.

O melhor para a recuperação e para a estética do paciente é cortar paralela-


mente às linhas.

Tipos de retalho

- A classificação é baseada em:

a) Composição: (cutâneo ou miocutâneo), o que vem junto do retalho – se é derme com epiderme, se vai com
musculo ou não...

b) Transporte (método de mobilização)


- Retalhos de vizinhança:
∟ Deslizamento (retanculares): são mais simples
∟ Em V-Y
∟ De rotação
∟ Por transposição
∟ Por interpolação
∟ De Limberg (romboides
∟ Wplastia: desenha-se um W na pele. É um tipo de reconstrução muito boa para
membros. Esse tipo de retalho é feito pois facilita a cicatrização.
∟ Zetapastia: corta-se a pele na forma de Z e faz-se a inversão dos
“triângulos” formados pelo Z
∟ Retalho indiano
∟ Tubulizados (gilles-filatoff)

- Retalhos a distância

c) Região anatômica: de onde vem o retalho. As vezes para reconstruir uma orelha é rodado um retalho escapular;
as vezes para reconstruir um pedaço da perna você pode rodar um retalho da região dorsal do pé.

d) Irrigação: sem irrigação um retalho cutâneo não sobrevive, ele vai isquemiar, vai necrosar. Essa irrigação pode
ser do mesmo local, e se não for do mesmo local deve ser feita uma anastomose microvascular, que consiste em
tirar a artéria do onde está vindo esse retalho e anastomosar com a artéria de onde é a zona doadora.
∟ Retalhos ao acaso ou microvasculares: é quando é necessário anastomosar as artérias.
∟ Retalho axial: quando o retalho já vem pediculado, é um retalho para vizinhança e o vaso já está nele.

Abdominoplastia

É uma cirurgia realizada para remover ´excesso de pele no abdome, não é para perder peso. Inclusive se o paciente não
cuidar da dieta a cirurgia vai por água abaixo. Existem vários tipos de técnica, devendo sempre levar em conta as linhas
de Langer.
Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC
Câncer de pele:

Estão altamente relacionados à exposição solar excessiva e sem cuidados.

∟ Carcinoma basocelular: é o mais benigno – é o mais susceptível de acontecer.

∟ Carcinoma espinocelular: é o intermediário

∟ Melanoma: é o mais e agressivo. Possui uma capacidade muito maior de dar metástases no corpo. Ele deve ser
retirado com margens, devido a sua grane agressividade, pois ele possui um nível muito grande de disseminação
vertical.
O nível de profundidade do melanoma está altamente relacionado com o nível de sobrevida do paciente.
Nível I – pega apenas a epiderme. O índice de sobrevida é quase de 100% após 10 anos.
Nível II – já atinge a derme papilar. O índice de sobrevida já reduz em 10%.
Nível III – acomete toda a derme papilar. E o índice de sobrevida já chega a quase 70%.
Nível IV – acomete toda a derme papilar e invade a derme reticular. Tumores de até 4mm
Nível V – invade a hipoderme (envolve gordura e vasos sanguíneos). Em 10 anos metade desses pacientes chegam
a falecer devido a doença

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


SISTEMA LINFÁTICO

O sistema linfático é uma via acessória que tem como objetivo drenar, filtrar e reconduzir o líquido intersticial de volta
a circulação sanguínea.

Não existe uma circulação, apenas a drenagem, ela é unidirecional

Função do sistema linfático


- Drenagem do fluído intersticial com proteínas
- Transporte de lipídios e vitaminas Lipossolúveis: Triglicerídeos + vitaminas D.E.K.A
- Proteção contra invasores: Linfócitos + macrófagos

Os órgãos linfóides também estão associados a resposta imune do corpo. As células ima-
turas da medula óssea (linfoblastos) migram para os órgãos linfóides e dão origem aos
LINFONÓCITOS.

Órgãos que se relacionam com a drenagem linfática


- Baço
- Tonsilas
- Timo
- Linfonodos
- Vasos linfáticos

1. Tonsilas

Presentes na região de orofaringe

2. Baço

- Localização: hipocôndrio esquerdo, é um órgão bastante friável

- Coloração: púrpura escura, chega quase a ser roxo.

- Está relacionado à Hemocaterese – processo pelo qual as hemácias velhas serão


destruídas para que novas hemácias sejam formadas. Caso seja necessária a realiza-
ção de uma esplenectomia total no paciente (retirada do baço), o fígado assume essa
função.

- O baço pode chegar a poder armazenar 500ml de sangue em seu interior. Uma ruptura de vaso causa muito sangra-
mento, podendo levar o indivíduo a óbito.

- No adulto o baço pesa cerca de 122g, mas pode variar (na esplenomegalia ele aumenta muito de tamanho e de peso).

Dimensões: 12 cm de comprimento; 7 cm de largura; 3 cm de espessura

Faces:

∟ Face diafragmática/parietal
É convexa, lisa e está orientada para cima, no hipocôndrio esquerdo, onde ela vai estar em
contato com a face inferior do diafragma.
- Relacionada com a IX, X e XI costelas; e com a borda inferior do pulmão esquerdo
- Fraturas de costela podem atingir gravemente o baço
Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC
∟ Face visceral:
a) Gástrica: também chamada de anterior, encontra-
se em contato com a parede posterior do estômago.
- Ligamento esplenogástrico

b) Renal: dirigida medial e caudalmente, relacionada


com a parede anterior da parte superior do rim.
- Ligamento esplanorenal

c) Cólica: Achatada de forma triangular descansando


sobre a flexura cólica esquerda e em contato com o
pâncreas (cauda).
- Ligamento esplenocólico

A cauda do pâncreas chega bem próximo ao baço.

No centro encontramos o Hilo esplênico, onde chega à artéria esplênica, formando os ramos gástricos curtos para
o estômago; polar superior para a parte de cima do baço; polar inferior para a parte inferior do baço. Nesse Hilo
também encontramos as veias: esplênica, gástricas curtos, polar superior e polar inferior.

O pâncreas também possui um polo superior e um inferior, assim como as margens superior e inferior.

Camadas:
∟ Externa: serosa
∟ Interna: fibro-elástica.

2. Timo

Localização: no mediastino superior, na cavidade torácica. Ele está na frente do


tronco pulmonar e da artéria aorta, e está envolto pela bainha que envolve os vasos
da base do coração.

Nas crianças é um órgão proeminente, nos adultos é de difícil localização, pois sofre
uma atrofia.

Consiste de dois lobos laterais (direito e esquerdo – levemente maior) mantidos em


estreito contato por meio de tecido conjuntivo, a cápsula do mesmo.

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A DRENAGEM LINFÁTICA

As artérias, com exceção das pulmonares, levam sangue arte-


rial. E as veias, com exceção das veias pulmonares.

Anatomicamente próximo ao sistema circulatório

A nível de interstício: muitos dos elementos formadores do


componente sanguíneo vão passar a parede do vaso por dia-
pedesse, formando um fluido tissular (extracelular) no meio
intersticial. Se esse liquido não for drenado ocorrerá a forma-
ção de edemas

A drenagem da linfa é unidirecional: no sentido dos tecidos para o cora-


ção

Na maior parte do corpo existe a presença de Vasos Linfáticos, com algu-


mas exceções:
- Sistema Nervoso Central
- Globo ocular Nesses locais há uma grande
- Orelha Interna formação de edemas, sendo
- Epiderme necessário o uso de corticoides.
- Cartilagem
- Osso

Rede linfática

Ela vai dos tecidos para os capilares, dos capilares para os vasos linfáticos de médio
calibre, seguem para os ductos linfáticos, que se dividem em: ducto torácico (es-
querdo) e ducto linfático (direito).

∟ Ducto torácico (esquerdo)


Conduz a linfa da maior parte do corpo para o sangue. É um tronco comum para
vasos linfáticos. Ele possui um comprimento de aproximadamente 38 a 45cm,
estendendo-se da segunda vértebra lombar até a base do pescoço – onde há a presença de linfonodos satélite/sen-
tinela.
- A Cisterna do quilo é o local onde o ducto torácico começa, e ele vai se estender até a junção da veia subclávia e
jugular (tronco venoso braquiocefálico), desembocando nesse tronco.
A cisterna do quilo é uma dilatação a nível da segunda vérte-
bra lombar, que recebe os troncos linfáticos lombares, res-
ponsáveis por coletar linfa dos membros inferiores.
Ducto Ducto
∟ Ducto Linfático (direito) Linfático Torácico
(direito) (esquerdo)
- Ele desemboca na junção da veia jugular direita com a veia
subclávia direita.
- Recebe a linfa da do membro superior direito, da cabeça e
do pescoço direitos e do tórax do lado direito e de uma pe-
quena porção do abdome acima da região hepática.

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Linfonodos da cabeça
∟ Occipitais: na região occipital
∟ Auriculares anteriores
∟ Auriculares posteriores
∟ Parotídeos: muito importantes para os tumores de parótida
∟ Faciais superficiais Eles acompanham o trajeto da artéria facial, e
∟ Facial profundo drenam em direção aos cervicais superficiais.
∟ Lingual: presentes na região de assoalho de boca e região retrofaringea, le-
vando até a cadeia faríngea.
∟ Retrofaríngeo: de difícil acesso

Linfonodos do Pescoço
∟ Submandibular: presentes no trígono submandibular. Drenam para os linfo-
nodos cervicais superficiais, que vão drenar para os cervicais profundos.
∟ Submentoniano: presentes no trígono submentual. Drenam para os linfono-
dos cervicais anteriores e profundos.
∟ Cervical superficial
∟ Cervical anterior
∟ Cervical profundo

Num tumor de cabeça e pescoço e necessário fazer a retirada (esvaziar) do


grupo de linfonodos da região cervical, principalmente os cervicais superficiais
e profundos, para evitar a disseminação tumoral através da rede de linfonodos.

Linfonodos do membro superior


∟ Lateral
∟ Anterior ou peitoral: estão relacionados à questão da mama, e eles têm relação com
os linfonodos axilares.
∟ Posterior ou subescapular
∟ Central ou intermédio
∟ Medial ou subclavicular

Os linfonodos do membro superior acompanham os nomes das estruturas presentes


no membro inferior (braquiais, radio-ulnares, da mão).

Os linfonodos braquiais drenam para os da região axilar, quando é feito um esvaziamento da região axilar a tendência
é o paciente começar a acumular líquidos na região de tríceps, sendo necessária a realização de drenagens linfáticas
para redirecionar esses fluidos e outra região que não tenha sido comprometida possa absorvê-los.

Linfonodos do tórax
∟ Esternais ou paraesternais
∟ Intercostais: caminham junto com a musculatura dos músculos intercostais
∟ Diafragmáticos: presentes na região do diafragma (tumor de pulmão)
∟ Do coração e pericárdio
∟ Dos pulmões e pleuras
∟ Do timo
∟ Do esôfago

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


Linfonodos do abdômen
∟ Correspondem aos nomes das vísceras.
Ex: abdominais, pancreáticos, do intestino grosso, do intestino delgado...
Esses linfonodos vão drenar em direção à cisterna do quilo

Linfonodos do membro inferior


∟ Tibial anterior
∟ Tibial posterior
∟ Poplíteos
∟ Inguinais

A drenagem ocorre de baixo ara cima, então os linfonodos da


região pé e perna, que vão desembocar através do tibial pos-
terior e anterior na fossa poplítea e vai drenar até a região in-
guinal.

Ocorrendo uma inflamação dos linfonodos da região inguinal


surge o que costumam chamar de íngua, que é o aumento do
tamanho desses linfonodos.

No exame clinico esses linfonodos devem ser palpados pois dependendo de onde o médico esteja palpando ele pode
ter uma ideia de onde está vindo uma infecção, ou de onde está vindo até mesmo um câncer que esteja se espalhando
pelo sistema linfático.

PARTE CLÍNICA

Problemas associados à má circulação linfática

- Imobilidade prolongada produz edemas (inchaços), principalmente


nas pernas.

Os casos de filariose (ou elefantíase), doença causada pela presença


de vermes que bloqueiam os capilares linfáticos, também acometem
severamente as estruturas afetadas pelo acúmulo de líquido em cer-
tas regiões do corpo.

A linfa é o excesso de material que está no espaço interstício celular.

Um linfonodo sentinela da região supraclavicular contaminado pode indicar metástase de um tumor que subiu da re-
gião abdominal.

Uma lesão do ducto torácico, pode acontecer da cavidade torácica ficar repleta de linfa, e quando o médico coloca o
dreno, ocorre a situação de Quilotorax.

Baço – esplenectomia (retirada do baço) pode ser feita por técnica aberta ou por videolaparoscopia.

O baço guarda relação com o Cólon transverso, com os rins e com o estômago

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC


Timo

É uma sede de tumores - Está relacionado com as miastenias graves, doença autoimune da placa mioneural, na qual o
paciente tem uma fraqueza que flutua. Então o paciente é submetido a uma timectomia (retirada do timo) para tratar
essa miastenia grave.

É uma cirurgia bastante “limpa”, mas rodeada de veias de grande calibre, pois o timo fica na base do coração, como a
veia inominada esquerda e direita, que se juntam e formam a veia cava superior; a aorta; a veia ázigo.

Linfonodo sentinela

É o primeiro linfonodo a receber a drenagem linfática de um órgão que pode estar acometido por um câncer.

Por Débora Nogueira - 2020.1 – 2MC

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