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Estudo de Caso

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FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTÃO DO SÃO FRANCISCO – FACESF

Curso: BACHARELADO EM PSICOLOGIA


Disciplina: Estágio Supervisionado Específico I
Docente: Nathaly Ferraz Queiroz Silva
Aluno (a): Luma Gabryella Barros da SILva
TURMA: Subturma 2

ATIVIDADE AVALIATIVA (I avaliação)

ESTUDO DE CASO

IDENTIFICAÇÃO DO CASO
1. DADOS PESSOAIS
Nome da paciente: Maria de Fátima Torres
idade: 38
Estado civil- Solteira
Escolaridade- Até 8 ano do ensino fundamental

2. LOCAL DE ATENDIMENTO

O atendimento foi realiazdo no CAPS I Luiz de Joana em Cabrobó-PE.

RELATO DO CASO (DESENVOLVIMENTO DO CASO)

3. HISTÓRICO DO PACIENTE

Maria retornou ao CAPS encaminha pelo CCI (Centro de cuidados integrados), com queixa
principal ansiedade, depressão, insônia, isolamento social e ideações suicidas. Perdeu a sua mãe
muito nova e atualmente reside com o seu pai, sua irmã e seus dois filhos, um dos seus filhos é
diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Maria sofreu um abuso sexual e após
isso não consegue frenquentar ambientes cheios e não consegue ficar perto de homem, na
primeira consulta com o psiquiatra, pediu a psicóloga que a acompanhasse. Durante o processo
de triagem, Maria afirmou que seu relacionamento com a família era bom, mas durante uma escuta
relatou que seu relacionamento com as irmãs era complicado porque elas não entendiam seu caso
clínico e isso fazia com que ela tivesse muitos pensamentos negativos.
A usuária fazia uso de medicamentos: fluoxetina, lítio e clonazepam, mas resistia ao uso e
às vezes não os tomava corretamente. Maria começou a frequentar as oficinas e uma dessas vezes
fez o uso excessivo de medicação e passou mal dentro do serviço, foi prestado pela equipe do
CAPS os primeiros socorros e logo após levada ao hospital. No outro dia após o acontecido foi
solicitado uma visita da psicóloga no hospital e a Maria ainda se encontrava com falas desconexas
e fora da realidade não sabia ao certo qual medicação tinha feito o uso, pois incialmente foi dito
que tinha tomado clonazepam e depois disse que tinha tomada outra medicação e a irmã que
estava acompanhando não tinha controle sobre os remédios. Foi realizado nesse mesmo dia uma
visita na casa de Maria com objetivo de fazer uma psicoeducação sobre as medicações e cuidados
necessários a sua irmã, chegando lá a família culpou a medicação e falou sobre como era a relação
da paciente dentro de casa e a irmã que acompanhou maria até o hospital disse que a história que
ela contava sobre o abuso sexual não era verdade e que a sua irmã (Maria) sempre fez de tudo
para conseguir o que queria e quando não conseguia manipulava a situação. Ainda na visita foi
identificado que ela tinha medicações que não era prescrita pelo psiquiatra do serviço.
Na mesma semana após a usuária foi ao serviço do CAPS acompanhada pela irmã relatado
que ainda não estava se sentindo bem, estava com falas confusas e continuava desorientada sem
saber o certo qual medicação fez o uso pois hora dizia uma coisa e depois mudava dizendo que
fazia o uso da medicação correta. Ao finalizar a escuta a usuária desmaiou novamente e foi
prestado os primeiros atendimentos e ppara a irmã que a levasse para o hospital. Quando foi a
tarde a paciente retornou ao serviço querendo falar com a psicóloga que relatou que tinha sido
medicada no hospital e enquanto isso a sua irmã conversava com médico e foi solicitado por ele
uma ressonância magnética com contraste para saber o motivo dos desmaios. Quando iam saindo
do serviço Maria desmaiou mais uma vez.
Após uma semana a paciente retornou ao serviço para a oficina e estava supostamente bem
só um pouco tonta e por isso não participou mas se comunicou muito bem e o humor estava estável,
ao final da oficina solicitou uma escuta com a psicóloga e queria conversar com a outra técnica do
serviço. A paciente relatou que tinha tomada 2 cartela do remédio e que não lembrava de nada
após isso e que não tomou com a intenção de levar a morte. Já com a outra técnica ela disse que
escutou uma alucinação auditiva pedindo para que ela fizesse o uso da medicação para morrer
mas quando estivesse no CAPS para a psicóloga e a técnica ver ou se jogasse em frente a um
caminhão. Após finalizar a escuta Maria desmaiou novamente e na semana seguinte a paciente
não compareceu para a oficina.
Após todo o acontecimento nos últimos dias a paciente segue em análise com o psiquiátrico do
serviço e a psicóloga para uma nova CID.

4. DEMANDA – HIPÓTESE DIAGNÓSTICA

O diagnóstico da paciente incialmente foi CID F32.2 ( Depressão maior) e após a


apresentação de desmaios e outros sintomas está em a análise a CID F68.1 (Produção deliberada
ou simulação de sintomas ou de incapacidades, físicas ou psicológicas. Transtorno fictício)

5. INTERVENÇÕES E PROCEDIMENTOS

As técnica utilizadas foi o acolhimento a usuária desde o início do atendimento. Outro ponto
importante foi inclusão dela no grupo terapêutico que trabalha recursos que podem melhorar a sua
autorregulação e a interção social. A psicoeducação realizada tanto com a usuária quanto com a
família com o objetivo de orientar sobre o uso da medição e sua importância no tratamento e
explicar sobre o quadro da clínico.

6. REFERENCIAL TEÓRICO

Na classificação internacional de Doenças (CID-10) descreve portador de depressão com


sendo uma pessoa com baixo-auto-estima, tendo uma perspectiva negativa do futuro, vendo-se
solitário e triste, com dificuldades de concentração e atenção, cansa facilmente ao realizar
pequenos esforços, não encontra força de vontade e ânimo para realizar as atividades diárias,
possui sentimento de culpa e inutilidade, pensamentos ou ações autodestrutivas ou suicidas
(Feitosa, Bohry e Machado, 2011).

De acordo com Etapechusk e Fernandes (2017), para a Gestalt, “a depressão é


caracterizada por uma alteração psíquica e orgânica global, com consequentes alterações na
maneira de valorizar a realidade e a vida e apresenta uma configuração em que o ajustamento
criativo está comprometido”. Os bloqueios do contato impossibilitam o sujeito de seguir a sua vida
e experienciar o aqui-agora, impedindo o surgimento da awareness e o fechamento de situações
que não foram terminadas (Ribeiro,2007).

Em Gestalt-Terapia, a fronteira é o relacionamento entre organismo e ambiente. É


caracterizada como tempo-lugar do encontro, é encontrar-se diferente do outro, permanecendo do
outro lado da fronteira, diferenciando o que é ameaçador e saudável, podendo se dividir em duas
instâncias: rígida, que funciona com uma autopercepção, delimitando o que é conhecido e diferente,
funcionando como uma proteção. Fronteira frouxa é a ausência de proteção entre o sujeito e o meio
(ALVIM, 2019).

A Awaneress se caracteriza pela consciência de si e a consciência perceptiva; é a tomada


de consciência global no momento presente, a atenção ao conjunto da percepção pessoal, corporal
e emocional, interior e ambiental (Ginger, 1995, p.254).

De acordo com o que foi citado a cima sobre o que seria a fronteira de contato e Awaneress
e o que o CID trás sobre Depressão. Deu base para compreender que os seus sintomas incialmente
se encaixava com o transtorno de Depressão maior pois a sua fronteira de contato estava
disfuncional e os sintomas de tristeza, isolamento social, ideação suicida se encaixa no que o CID
apresenta.

7. PROGNÓSTICO

É esperado que a usuária consiga ter a autorregulação ideal para compreender suas emoções e
consiga lidar com determinadas situações. Conseguir estabelecer a consciência sobre si e sobre
a realidade e através disso possa trazer possibilidade para um bem-está emocional e social
conseguindo socializar com outras pessoas de forma positiva.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O caso da usuária chamou bastante a atenção desde o primeiro contato e após ela ter crises
dentro do CAPS e a gente ir até o hospital, a visita domiciliar e esse contato com a família
possibilitou diversos pontos a serem observados e analisados. Diante disso trouxe o quanto é
necessário compreender o sujeito de modo geral não apenas uma parte isolada de si. A usaria
ainda segue em observação se emoções e atitudes permaneceram para que possa concluir se de
fato a CID aue está em análise esta de acordo.

REFERÊNCIAS

ETAPECHUSK, Jéssica; FERNANDES, L. R. S. Depressão sob o olhar gestáltico. Psicologia. pt [Internet],


2018.

KOBATA, Rosana M. et al. BLOQUEIOS DE CONTATO NA VISÃO DA GESTALT-TERAPIA.

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