Exercícios Sobre Maquiavel
Exercícios Sobre Maquiavel
Exercícios Sobre Maquiavel
01. (UNICAMP) Quanto seja louvável a um príncipe manter a fé, aparentar virtudes e viver
com integridade, não com astúcia, todos o compreendem; contudo, observa-se, pela
experiência, em nossos tempos, que houve príncipes que fizeram grandes coisas, mas
em pouca conta tiveram a palavra dada, e souberam, pela astúcia, transtornar a cabeça
dos homens, superando, enfim, os que foram leais (...). Um príncipe prudente não pode
nem deve guardar a palavra dada quando isso se lhe torne prejudicial e quando as causas
que o determinaram cessem de existir.
a) O jogo das aparências e a lógica da força são algumas das principais artimanhas da
política moderna explicitadas por Maquiavel
b) A prudência, para ser vista como uma virtude, não depende dos resultados, mas de
estar de acordo com os princípios da fé.
c) Os princípios e não os resultados é que definem o julgamento que as pessoas fazem
do governante, por isso é louvável a integridade do príncipe.
d) A questão da manutenção do poder é o principal desafio ao príncipe e, por isso, ele
não precisa cumprir a palavra dada, desde que autorizado pela Igreja.
02. (FAMERP) [Maquiavel] elogia a República romana como tendo sido a mais perfeita
forma de governo e um verdadeiro Estado unido pelo espírito público de seus cidadãos;
no entanto, numa época como a sua, seria necessário um líder que utilizasse a força
como princípio, tese que desenvolve em O Príncipe.
A obra O Príncipe foi escrita por Maquiavel em 1513 e publicada em 1532. Nela, o
pensador florentino
a) Ao príncipe caberia conservar seu Estado mediante o recurso da guerra travada por
soldados mercenários, pois as armas seriam “as principais bases que os Estados têm”.
b) A obra referida é uma análise política sobre como deve agir um soberano perante um
governo já estabelecido ou a conquistar. Daí a alusão às “boas leis” e às “boas armas”.
c) Para Maquiavel, nas repúblicas democráticas, os conflitos deveriam ser controlados e
regulados pelo príncipe e suas forças mais leais: as mercenárias e as auxiliares.
d) O pensamento de Maquiavel respaldou-se na ruína imposta à Itália por outras nações
no século XV. Devido a isso, defendia a organização de Estados dissociados da guerra.
(SADEK, Maria Tereza. Nicolau Maquiavel: o cidadão sem fortuna, o intelectual de virtù. In: WEFFORT,
Francisco (org.). Clássicos da política, vol. 01. São Paulo: Ática, 2001. p. 17-18.)
05. (Fuvest) No início do século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe – uma célebre análise
do poder político, apresentada sob a forma de lições, dirigidas ao príncipe Lorenzo de
Médicis. Assim justificou Maquiavel o caráter professoral do texto:
“Não quero que se repute presunção o fato de um homem de baixo e ínfimo estado
discorrer e regular sobre o governo dos príncipes; pois assim como os [cartógrafos] que
desenham os contornos dos países se colocam na planície para considerar a natureza
dos montes, e para considerar a das planícies ascendem aos montes, assim também, para
conhecer bem a natureza dos povos, é necessário ser príncipe, e para conhecer a dos
príncipes é necessário ser do povo.”
a) O poder político deve ser analisado tanto do ponto de vista de quem o exerce quanto
do de quem a ele está submetido.
b) É necessário e vantajoso que tanto o príncipe como o súdito exerçam alternadamente
a autoridade do governante.
c) Um pensador, ao contrário do que ocorre com um cartógrafo, não precisa mudar de
perspectiva para situar posições complementares.
d) As formas do poder político variam, conforme sejam exercidas por representantes do
povo ou por membros da aristocracia.
e) Tanto o governante como o governado, para bem compreenderem o exercício do
poder, devem restringir-se a seus respectivos papéis.
06. (Unit-SE) É necessário ao príncipe ser tão prudente, que possa fugir aos vícios que
lhe fariam perder o governo e acautelar-se, se possível, quanto aos que não oferecem
tal perigo. Não conseguindo, entretanto, fazer isso, pode, sem atormentar-se, deixar que
as coisas sigam o seu curso. Não se importe o príncipe, ainda, de incorrer na prática
daqueles vícios sem os quais dificilmente pode salvar o Estado. Nas ações de todos os
homens, especialmente os príncipes, contra os quais não há tribunal a que recorrer, os
fins é que contam”. “Faça, pois, o príncipe tudo para alcançar e manter o poder; os meios
de que se valer serão sempre julgados honrados e louvados por todos. (O PRÍNCIPE. 2018).
A formação do Estado e do poder político sempre foi alvo de discussões e de diversas
teorias, no decorrer da história da humanidade, sendo que o fragmento de texto indica
concepções
a) Absolutistas.
b) Liberais.
c) Democráticas.
d) Anarquistas.
e) Socialistas.
a) O poder emanado do príncipe deve ter a capacidade de não apenas levar a cabo os
planos de expansão de seu próprio governo, mas sobretudo criar condições para que
esse poder se mantenha de forma plena e garanta a legitimidade da própria
dominação.
b) A passagem refere-se em especial às repúblicas que ainda não passaram por um
processo de amadurecimento de suas instituições democráticas. Repúblicas que
dependem de orientação externa e de outras nações na formação da sua própria
identidade política, a fim de suplantar o ódio típico dessas repúblicas.
c) Para Maquiavel, “habitar” a república conquistada é uma possibilidade mais condizente
com a posição do Príncipe. Considerando que o autor tinha laços com o pensamento
humanista, “destruir” uma república conquistada implicaria lançar mão da força
militar, com a qual Maquiavel não concordava.
d) No mundo moderno e contemporâneo, o Príncipe, garantidor da ordem e da
segurança pública, pode e deve intervir com o argumento de preservar as instituições
democráticas e republicanas, mesmo que para isso seja necessário o uso da força.
e) O Príncipe pode, por meio de pleito eleitoral, plebiscito ou consulta popular, agir em
nome do povo e garantir a soberania de seu Estado. Pode invadir as nações que
coloquem em risco a sua própria liberdade. Pode combater o ódio das outras
repúblicas, e que essa nação seja destruída ou habitada pelo Príncipe, a fim de
assegurar a ordem democrática.
08. (IFRR) Nicolau Maquiavel (1469-1527) foi um expoente literário do Renascimento no
século XVI.
Sobre sua obra mais conhecida, O Príncipe, é correto afirmar que:
a) Defendia o Estado Mínimo, marcado pelo respeito às leis naturais que regem a “mão
invisível do mercado”.
b) Preocupava-se em discutir e esclarecer problemas teológicos, fortalecendo a
autoridade papal junto aos reinos medievais;
c) Buscou justificar a perseguição aos judeus na Europa e a escravidão na América;
d) Foi escrito em alemão e apenas no século XIX foi traduzido para outros idiomas.
e) Defende um Estado forte, independente da Igreja, governado de modo absolutista
pois “a razão do Estado” estaria acima de qualquer outro ideal.
10. (FDSM) Para Maquiavel “o Príncipe” é o único que carrega em seus ombros o peso
da pressão e da responsabilidade do governo do Estado e dos interesses de toda a
coletividade. Portanto, não deve e nem pode ter, quando governa, os valores morais das
pessoas comuns. Em alguns momentos é até conveniente, se necessário, que ele utilize
recursos como a força e a mentira.