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Trabalho Autismo 1

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PÓS-GRADUAÇÃO EM

NEUROPSICOPEDAGOGIA E EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA

ROSIANE GONÇALVES CARNIO

INCLUSÃO DE ALUNOS COM AUTISMO

GUARANTÃ DO NORTE
2018
ROSIANE GONÇALVES CARNIO
INCLUSÃO DE ALUNOS COM AUTISMO

Trabalho de Pós-Graduação, apresentado à


disciplina Educação Especial Inclusiva, do
curso de Pós-Graduação em
Neuropsicopedagogia e Educação Especial
Inclusiva da Faculdade do Norte de Mato
Grosso – AJES.

Orientador: Prof. Dra. Marileide A. Oliveira

GUARANTÃ DO NORTE
2018
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................... 15
2 O QUE É AUTISMO.............................................................................. 16
2.1 Dificuldade de Comunicação.............................................................. 16
2.2 Inclusão de Alunos Autistas nas Escolas ........................................ 16
2.3 Dia Mundial da Conscientização do Autismo................................... 17
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................. 19
REFERÊNCIAS..................................................................................... 20
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1 INTRODUÇÃO

As escolas devem atender aos princípios constitucionais e proporcionar os meios


necessários para efetivação de uma educação de qualidade e respeito às diferenças para todos
os seus alunos. A inclusão é necessária para aprender a viver na diversidade, com isso, faz-se
necessária uma nova concepção reestruturada e adequada.
A prática inclusiva dos alunos com deficiência nas classes comuns das escolas
regulares é desafiadora, gerando muitas dúvidas aos pais, profissionais da educação e à
própria sociedade. Ressaltando ainda que a inclusão não pode ser reduzida unicamente à
inserção dos alunos com deficiências no ensino regular e que uma prática inclusiva deve
permear todo o processo educacional, bem como o envolvimento de toda a comunidade
escolar. É fundamental a inclusão, o convívio dessas crianças em sociedade.
No que se refere às crianças com transtorno do espectro autista, é importante que
os profissionais da educação tenham acesso ao diagnóstico médico para que saibam
exatamente quais são as capacidades, comprometimentos e disfunções características desse
aluno. Deve-se fazer uma avaliação caso a caso, pois nenhum autista é igual ao outro.
Desse modo, é visto a importância do estudo voltado para a inclusão dos autistas,
pois o mesmo gera grandes lacunas no que se diz na concretização do mesmo, bem como, a
maneira de aceitar e trabalhar, que vai muito além do teorizar.
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2 O QUE É AUTISMO

O Autismo ou Transtornos do Espectro Autista (TEA), são transtornos que causam


problemas no desenvolvimento da linguagem, nos processos de comunicação, na interação e
comportamento social da criança.
Estima-se que 70 milhões de pessoas no mundo todo possuem algum tipo de
autismo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) sendo que no Brasil, passa de 2
milhões. Uma pesquisa realizada em 2017 do Centro de Controle e Prevenção de Doenças
(CDC) diz que o autismo atinge ambos os sexos no entanto, o número de ocorrências é maior
entre o sexo masculino (cerca de 4,5 vezes). Não possui cura e suas causas ainda são incertas,
podendo ser trabalhado e reabilitado para que o indivíduo se enquadre no convívio social e às
atividades escolares o melhor possível. Quanto antes a deficiência for diagnosticado melhor.

2.1 Dificuldade de Comunicação

O desenvolvimento de aprendizagem normal de uma criança das línguas verbais quanto de


gestos é bem cedo, um dos primeiros meios de comunicação do bebê, o balbuciar em seus primeiros
anos, ele já afirma uma ou duas palavras. Já com crianças Autistas tendem a não balbuciar, falar e
também não aprendem a se comunicar com gestos, podem também, a começar a falar apenas alguns
anos depois do que seria o normal. Quando a linguagem começa a se desenvolver, a criança autista
pode utilizar a sua voz de forma inusitada, ter dificuldade em combinar palavras em frases que possuam
sentido ou, ainda, repetir a mesma frase várias vezes.

2.2 Inclusão de Alunos Autistas nas Escolas

É um grandes desafios a inclusão do autista nas escolas, mesmo sendo um direito


garantido por Lei seja nas esferas municipal, estadual e federal. Apesar da obrigatoriedade a
inclusão não é tão simples assim devido à falta de conhecimento sobre a questão e as
dificuldades que as instituições apresentam para lidar com a diversidade. Entretanto, entrar na
escola não garante essa inclusão, pois é preciso também garantir a aprendizagem e a qualidade
do ensino que deve ser oferecer.
O cenário educacional brasileiro não é feito para todos. Muitas escolas não estão preparadas
para receber crianças autistas ou até mesmo com qualquer deficiência, uma grande
reestruturação deveria ser feita, melhorando o acolhimento desses alunos. É necessário a
elaboração de um plano de ensino que atinja e respeite a capacidade dos alunos, propondo
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atividades diversificadas considerando o conhecimento de todos e explorando a variedade e o


novo. Infelizmente, as leis estabelecidas que garantem o acesso às escolas não são suficientes
e com isso ocorre o fracasso escolar. É possível destacar dificuldades encontradas que acabam
tirando a responsabilidade da escola de ensinar a todos: falta de criação de estratégias de
aprendizagem; professores despreparados para receber alunos autistas ou com alguma
deficiência; e o elevado número de alunos dentro da sala de aula para apenas um professor.
A inclusão necessária é um grande desafio, é importante proporcionar condições
de desenvolvimento por caminhos alternativos.
É importante ressaltar que a presença do autista na escola já é um amplo progresso
para que a inclusão, sendo que o sucesso nas as escolas os profissionais e principalmente
professores precisam de uma formação mais adequada, o que inclui competência técnica e
acesso a estratégias pedagógicas assertivas, superando salas lotadas, falta de recurso e
capacitações. Quando se tem condições de aprendizado no ambiente escolar, o autista tem um
grande potencial de desenvolvimento, além disso tem a oportunidade de viver interações
sociais significativas, desenvolver habilidades e criatividade, expandindo sua formação
pessoal. A inclusão é um passo extremamente importante para a sua formação, trazendo
contribuições na autonomia e no seu desenvolvimento, preparando para os obstáculos que irão
aparecer no futuro, pois após a idade escolar eles se deparam com o mercado de trabalho.
O objetivo da capacitação é diminuir o estigma e aumentar a inclusão por meio
da formação de recursos humanos, preparar o profissional para trabalhar com essas crianças
portadoras de deficiências como o autismo.
“A educação de alunos com necessidades educativas especiais incorpora os
princípios já comprovados de uma pedagogia saudável da qual todas as crianças podem
beneficiar, assumindo que as diferenças humanas são normais e que a aprendizagem deve ser
adaptada às necessidades da criança, em vez de esta a ter de se adaptar a concepções
predeterminadas, relativamente ao ritmo e à natureza do processo educativo”.
(DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994, P.7)

2.3 Dia Mundial da Conscientização do Autismo

Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007, o dia 2 de abril
como o Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo. Essa mobilização pelo mundo
serve para alertar que essas pessoas são diferentes mas são tão humanas quanto todos.
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O autismo é desconhecido por muitos e outros não sabem como lidar com o
distúrbio. Na verdade, é uma gama de distúrbios que afeta a comunicação, a socialização e a
atenção. Há muita coisa que podemos fazer para dar qualidade à vida dos autistas e de suas
famílias. Diagnosticar o quanto antes é fundamental. E, a partir daí é preciso criar condições
pedagógicas especiais para a criança superar as dificuldades e aprender.
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em face ao exposto, ressalta-se que, embora o processo de inclusão dos alunos


com transtorno do espectro autista não seja uma tarefa fácil, é importante construir avanços na
construção de uma prática pedagógica que contemple as especificidades desse público e que,
de fato, torne a realidade das escolas um espaço de educação para todos. Caso a caso deve ser
avaliado o que é melhor para cada aluno.
Essa é uma tarefa desafiadora, mas é importante que cada profissional da
educação tenha plena convicção de seu importante papel na busca do respeito às diferenças e
de uma sociedade mais justa e humana.
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REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei 12.764, de 27 de dezembro de 2012. Institui a Política Nacional de Proteção


dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e altera o § 3º do art.98 da Lei nº
8.112, 11 de dezembro de 1990.

UNESCO, Declaração de Salamanca e Linha de Ação sobre Necessidades Educativas


Especiais. Salamanca, 1994

<www.portal.mec.gov.br/index.php>. Acesso em: 01mai. 2018.

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