Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Memória Descritiva-2

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 11

MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA DE

ARQUITECTURA E SUAS ESPECIALIDADES

REQUERENTE: ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DO HUAMBO

LOCALIZAÇÃO

PROVÍNCIA DO HUAMBO
MUNICÍPIO DO HUAMBO
COMUNA DA CHIPIPA

1. DESCRIÇÃO DO EDIFÍCIO.

O presente projecto é de uma Escola de 7 Salas de Aulas, destinado a uso público


que a instituição acima referenciada pretende levar a cabo a sua construção no município
do Huambo, Província do Huambo.

O edifício em questão será desenvolvido em apenas um nível, concebido para


proporcionar um ambiente cômodo, confortável e acolhedor no seu interior e exterior, o
mesmo será construído numa área bruta de 21.000 m² e uma área de ocupação de 1871
m².

2. ELEMENTOS DE BASE.

Foram considerados como elementos de base na elaboração deste projecto, as


directrizes acordadas com o dono da obra;

Estas diretrizes apresentam para além da concepção geral da construção, todo o


inventário que pressupomos serem satisfatórios num projecto desta natureza.

O esquema organizativo em que assenta a planta arquitectónica, está estruturada


para que haja uma clara inter – relação entre as funções das distintas dependências.

A planta de linhas simples, geometrizada, adopta – se a um conceito


contemporâneo, que visa cumprir de forma rigorosa com os princípios básicos de
desenho procurando garantir boa funcionalidade com dimensionamento que corresponda
ao programa arquitectónico apresentado pelo dono da obra em função do terreno ser
apresentado.
Com um pé direito de 3.50 metros até alcançar o tecto falso, o imóvel apresenta a
seguinte distribuição espacial:

• VARANDA CANTINA
• ÁTRIO • 14-COZINHA
• SALA DE REUNIÃO • 14.1- ÁREA DE MESAS
• SECRETARIA • 14.2-STOCK
• SALA DE ARQUIVOS • 14.3-W.C MASCULINO
• GABINETE DO DR. GERAL (COM W.C) • 14.4-W.C FEMININO
• GABINETE DR. ADMINISTRATIVO
• GABINETE DO DR. PEDAGÓGICO
• W.C PROF. MASCULINO
• W.C PROF. FEMININO
• SALA DE AULAS
• W.C MASCULINO ESTUDANTES
• W.C FEMININO ESTUDANTES
• GUARITA

3. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO EDIFÍCIO.

Tendo em conta os preceitos de boa construção, nesta obra se executarão trabalhos


cuja disposição se apresenta no projecto de arquitectura em anexo.

Suas características e posicionamento permitem que independentemente da


iluminação artificial, o referido projecto proporcione o máximo de iluminação natural, de
acordo com o Regulamento Geral de Edificações Urbanas (REGEU).

Estão projectadas plantas arquitectónicas e de outras especialidades tais como:


Estrutura, Hidro – Sanitária e Electricidade.

As instalações das diferentes especialidades, deverão obedecer as regras de boa


execução estabelecidas pelo projecto de formas a garantir fiabilidade técnica e as normas
vigentes no país ou internacionalmente reconhecidas.

4. CONDIÇÕES TÉCNICAS.

Serão realizados todos os trabalhos necessários a boa execução da obra nos termos
da presente memória descritiva e especificações técnicas apresentadas pelo projecto:

Os presentes itens não devem limitar, mas sim devem servir de base para considerar
tudo quanto seja necessário a execução da obra nos termos do projecto.
5. LIMITES DOS TRABALHOS.

Este capítulo visa chamar a atenção para que se respeite todos elementos de desenho
que constam no projecto, mapas de quantidades e outros elementos escritos ou acordados.

6. CONSTRUÇÃO CÍVIL.

• Mão-de-obra; • Caixilharias;
• Movimento de terras; • Louças
sanitárias;
• Fundações; •
Electricidade;
• Betões; •
Pinturas;
Paredes;
• •
Arranjos;
Pavimentos;
• •
Exteriores;
• Coberturas;

7. GENERALIDADES.

Este item visa definir os critérios reitores que devem prevalecer na realização dos
trabalhos de construção civil e especialidades.

8. MÃO-DE-OBRA.

Os trabalhos devem ser executados com pessoal qualificado, que têm em primeiro
plano as regras da arte de bem construir, em conformidade com as normas em vigor.

9. ELEMENTOS DE BASE.

Foram considerados como elementos de base na elaboração deste projecto, as


directrizes acordadas com o dono da obra;

Estas directrizes apresentam para além da concepção geral da construção, todo o


inventário que pressupomos serem satisfatórios num projecto desta natureza.

10. MOVIMENTO DE TERRAS


O empreiteiro deve considerar as medidas necessárias no âmbito dos trabalhos a
serem realizados nesta fase, como dar tratamento a questão de evacuação de águas que
eventualmente podem ser encontradas no local.
Escavação – far-se-á escavação de valas e poços, para execução das fundações, das
paredes cortinas, sapatas e dos pilares rigorosamente executadas conforme as
especificações do projecto.

O terreno para as fundações deve ser escavado a uma profundidade não inferior a 0,60
metros de profundidade, ou seja a mesma deve ser feita até alcançar o solo firme, a sua
fundação será feita em betão ciclópico.

Aterro – O dono da obra não apresentou o terreno onde será erguido edificação,
portanto o Empreteiro (Deve visitar o terreno antes de apresentar a roposta
orçamental) e a equipe de Fiscalização devem ter o cuidado de avaliar as condições do
mesmo antes de fazer a fundação e caso haja necessidades de aterrar, devem faze – lo até
alcançar a cota da estrada de formas a implantar á o projeto de acordo as especificações
definidas pelo mesmo.

11. BETÃO.

Os betões devem ter proporções que satisfaçam as necessidades da obra e que as


suas características de utilização impõem:

Cimento portland normal e isento de humidade, água doce limpa e isenta de


impurezas, inertes naturais limpos e de granulometria adequada a sua utilização.

A betonagem deve ser feita na presença da fiscalização, por camadas sem as


interrupções e por meio da vibração mecânica.

Os moldes para a cofragem devem ser constituídos por estruturas em madeira,


contraplacado marítimo ou perfis metálicos.

A cura do betão deve ser feita em condições que favoreçam o endurecimento do


mesmo e devem ser tomados cuidados necessários a fim de evitar a perda de água do
betão por evaporação.

12. ALVENARIAS.

As alvenarias serão em blocos de cimento ligados entre si com argamassa hidráulica


de assentamento e confinamento ao traço de 1:4.
Os blocos devem ser assentes a seco, com argamassa de assentamento e
confinamento a um afastamento de 2 á 3 cm entre si e ligados por argamassa de cimento
e areia ao traço de 1:4 para as paredes interiores e normais.

Nas paredes exteriores, submetidas a acção do vento, ou paredes submetidas a


cargas pesadas, a argamassa de ligação deve possuir um traço de 1:3.

13. REBOCO.

Todas as paredes levarão o reboco grosso e fino.

Salpico – será feito com massa de cimento e areia do rio ao traço de 1:3.
Emboço – será feito com cimento e areia do rio ao traço de 1:4 em espessura entre
2 á 3 centímetros.

Camada de acabamento – será composta por reboco com argamassa de cimento e


areia ao traço de 1:4 com textura granulométrica mínima.

14. INTERIORES E EXTERIORES.


Para o interior a execução do revestimento será constituído por salpico, emboço e
reboco com areado fino ao traço de 1:4.

Para o exterior a execução de revestimentos será constituída por salpico, emboço e


reboco com areado fino ao traço de 1:3.

15. REVESTIMENTO DE ALVENARIA EM QUARTOS DE


BANHO E COZINHAS.

O assentamento dos azulejos deve ser feita por intermédio de pente de regularização
e assentamento constituídos por argamassa de cimento cola na dosagem entre 300 e 400
Kg/m3.

As juntas devem ser executadas com cruzetas e recobertas com cimento branco.

16. NIVELAMENTOS.
O nivelamento será feito com mestras ou dados espaçados no máximo de 2,00.
A betonilha de forma contínua em que não excede a 15m2 e comprimento de 5,00m
para junta de assentamento servirão para evitar a retração das argamassas.
17. PRÉ - PAVIMENTO.
• Compactação do terreno natural;
• Execução de enrocamento até 0,20m;
• Execução do pavimento com malha sol;
• Execução de betonilha de regularização – Aplicação com cimento e areia ao
traço de 1:3;

• Preparação de base para revestimento, conforme a cota do projecto,


utilização de areia preferencialmente lavada;

18. PAVIMENTOS
• Exteriores – Os pisos serão de cimento afagado colocados sobre uma betonilha
de regularização.

• Nas casas de banho deve-se colocar pavimento feito com cimento afagado
colocado sobre uma betonilha de regularização.

19. MOVIMENTOS DE TERRA

A obra será implantada num terreno desconhecido (Não apresentado pelo dono da
Obra), o empreteiro deve ter o cuidado de avaliar durante a elaboração da proposta
orçamental e execução da obra se haverá necessidades de realizar movimentações de terra
ou não para que não haja atropelos as normas de Construção Civil.

Os pavimentos internos serão em mosaico cerâmico e devem ser assentes por meio
de uma camada de argamassa de colagem sobre o pavimento especificado.

20. COBERTURA

A cobertura para o edifício será em chapas de zinco suportadas por treliças, madres
e terças em elementos metálicos.

Interior – o mesmo prevê a colocação de tecto falso em placas de gesso de


600X600 mm.
Exterior – a cobertura será de chapa de zinco com inclinação variável de 15% e
25% a ser executado conforme as especificações do projecto.
21. PASSEIOS

O espaço exterior de acesso pedonal e de automóveis será realizado em betão


simples, com acabamento anti derrapante.
O pavimento será de betão simples aplicado sobre terreno compactado em tout –
venant com 0,10m e acabamento superficial anti derrapante.

22. CAIXILHARIAS
As portas, janelas e aros em alumínio ou madeira devem ser de boa qualidade e
que garantam bom tempo de durabilidade.
A fixação e o assentamento devem ser feitos para que as portas móveis trabalhem
suavemente, sem prisões, com folgas máximas de 1,5 mm relativamente as portas fixas e
evidenciando segurança.

As portas exteriores serão em madeira maciça e devem ser equipadas com


fechaduras, com trinco e cilindro reversível, enquanto as portas interiores também em
madeira deverão ser equipadas com fechaduras de armilar com trinco, língua e puxador.

As janelas serão em caixilharia de alumínio, devem ter laminas de vidro liso de 4


mm e para os quartos de banho vidro fusco, a obedecer ao prescrito nos desenhos do
projecto ou orientação do fiscal de obras.

23. PINTURAS

As tintas a utilizar devem satisfazer as condições de exposição e utilização para


manterem – se estáveis ao longo do tempo.

As tintas devem apresentar as seguintes características:

• Boa resistência ao choque e a abrasão;


• Boa resistência as manchas e ser lavável;
• Boa aderência e resistência a poeiras;
• Boa estabilidade ao envelhecimento;
• Bom aspecto;

As tintas devem ser aplicadas a trincha ou rolo, de acordo com as normas e


procedimentos prescritos pelo fabricante.
Todas as tintas devem ser originais e nas cores definidas pelo projecto, não sendo
aceitável qualquer mistura ou fabricação extra fornecedor.

As superfícies a pintar devem estar limpas, desengorduradas e secas antes da


aplicação de quaisquer tintas.

As alvenarias devem ser cobertas por duas demãos de tintas plástica a base de
dispersões aquosas, de resinas sintéticas e pigmentos de elevada solidez a lua e aos alcalis,
da Robialac ou similar.

24. LOUÇAS SANITÁRIAS

A rede de água deve ser constituída de acordo com o traçado das peças desenhadas
e constituídas por tubos de PPR e PVC, devendo a estanquicidade das uniões ser
garantida pela utilização de fita de teflon.

Poderá ser utilizado tubagem e acessórios em PPR.

As louças sanitárias devem ser de cerâmica vidrada, cor branca apresentando


aspecto uniforme, limpeza fácil, ausência de bolsas de ar, robustez do tipo
“Valadares” ou equivalente e de qualidade a aprovar pelo fiscal ou dono da obra.

25. ESGOTOS RESIDUAIS

Esgotos – Iniciar – se – á a rede nos diversos aparelhos de utilização sanitários,


ramais de descarga e ramais de ligação ao nível do piso 00, que ligarão a uma fossa Séptica
para tratamento dos dejetos, antes da ligação a um poço roto, ou colector público caso
exista, tal como vai assinalado nas peças desenhadas que se apresentam.

26. TUBAGEM

Rede de Esgotos – Na rede de esgotos em troços embebidos será utilizado o PVC


rígido de classe de pressão de 4Kg/Cm2. Na rede de esgotos residuais dos aparelhos
sanitários, se utilizará, quando em montagem embebida o tubo de PVC rígido de classe
de pressão de 4Kg/Cm2 e quando em montagem á vista ou em “Courette” o tubo de ferro
fundido centrifugado.
27. REDE DE ÁGUA

• Tubagem – A tubagem que se utilizará nas redes de abastecimento de água


será o PPR rígido para a classe de pressão de 6Kg/Cm2 de acordo a norma DIN sob o
ponto de vista dimensional, com acessórios da mesma categoria.

• Dimensões – Não se utilizara diâmetros de tubos inferiores a 12mm (1/2”).


• Alimentação da rede Geral – A alimentação e distribuição de água fria
sanitária a todas as instalações será efectuada através de ramal ligado á rede geral
de distribuição Municipal ou através de um sistema de fornecimento alternativo
(Furo de água ou sistema combinado).

28. REDES ELÉCTRICAS

A rede eléctrica será embutida em alvenaria e pavimento, e os condutores em fios


unifilares, protegidos em tubos VD, será instalado um quadro principal para as mesmas.

ELECTRICIDADE

A rede eléctrica será executada por profissional competente e responsabilizada a


um técnico idóneo que supervisionará todo trabalho, sendo observadas na sua execução
todas as normas técnicas gerais e específicas em vigor, serão realizados todos os pontos
de iluminação, tomadas e interruptores.

A instalação eléctrica será do tipo embutido no reboco com iluminação


predominantemente fluorescente, os condutores serão em fios de 2,5 a 5mm para tomadas
e 1,5 a 3 mm para iluminação. A rede deverá conter dispositivos de segurança.

Alimentação – O referido edifício será alimentado a partir do Quadro Geral de


Entrada, designado por Q.G, a instalar na zona principal conforme a indicação nos
desenhos, que por sua vez será alimentado pela rede pública a partir de uma chegada
subterrânea.

Quadros – Os quadros serão de montagem embutida a serem instalados nos


pontos adequados construídos para o efeito no local indicado nas peças desenhadas, os
quadros elétricos serão em PVC equipados de acordo com os esquemas em anexo. Os
quadros em referência são da marca Merlin Gerin, do tipo “Prisma G” e “Pragma C.
Iluminação – A iluminação normal será de fluorescentes assinaladas pelos pontos
de luz ilustrados a vermelho no projecto eléctrico e identificados com o respectivo
símbolo. As armaduras propostas serão de montagem saliente, do tipo escolar, e são as
apropriadas para este tipo de actividade.

Interruptores – O comando da iluminação dos locais será realizado por


interruptores.

Tomadas – As tomadas serão instaladas embutidas em caixas de aparelhagem


adequadas para o efeito, são de material isolante, do tipo Schuko, Legrand ou Logus com
terra e previstas para a corrente nominal de 16 a 20A/250V.

Tubos – Os tubos serão do tipo VD, Gris ou Anelado, com secções apresentadas
nas peças desenhadas. As caixas de derivação, aparelhagem, caixas fundas a terminais,
deve - se quando necessário fazer derivações, utilizar placa de bornes em cerâmica ou em
baquelite da J.S.L…, ou equivalente, não sendo permitido fazer derivações por aperto
directo de condutores encapsulados.

29. MURO DE VEDAÇÃO

Conforme consta nas peças desenhadas, faz parte do projecto a construção de muro
de vedação a face do arruamento e interiores.

O muro da rua disporá de entrada pedonal, entrada e saída de viaturas, sendo a


pedonal centralizada no enfiamento da entrada de acesso e na lateral a destinada á
automóveis.

O muro da rua respeita as definições regulamentares, nomeadamente quanto a sua


altura e desenvolvimento em seguimento horizontal.

30. ASPECTOS GERAIS DE ACABAMENTOS


Os acabamentos exteriores da edificação estão descritos nas peças desenhadas
correspondentes aos alçados.

31.CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente memória descreve de um modo geral e sucinto os principais aspectos,
enquadramento e características do projecto de arquitectura e a sua articulação com os
demais aspectos técnicos. Para além disso, esta memória não deverá ser considerada como
elemento referencial e diretor para a execução de qualquer fase da empreitada de
construção.
Omissos
Para estes dever – se – á seguir as normas vigentes no país. Estes deverão ser feitos
à luz da legislação vigentes na República de Angola.
As alterações a executar no decurso das obras são admissíveis com a prévia
autorização do projectista e a equipa de Fiscalização, para que não haja distorção dos
aspectos arquitectónicos assinalados pelo projecto.

O Director Técnico
________________________________
Arq. Faria Saquissi Samundombe

Você também pode gostar