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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

ALEXANDRA CAROLINA BARON


MARIA LUIZA INOCÊNCIO

MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NA UTFPR - CÂMPUS PATO BRANCO-PR:


UM ESTUDO DE CASO DA OCORRÊNCIA E SEU NÍVEL DE DETERIORAÇÃO
EM ESTRUTURAS DE DIFERENTES IDADES

PATO BRANCO
2022
ALEXANDRA CAROLINA BARON
MARIA LUIZA INOCÊNCIO

MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NA UTFPR- CÂMPUS PATO BRANCO- PR:


UM ESTUDO DE CASO DA OCORRÊNCIA E SEU NÍVEL DE DETERIORAÇÃO
EM ESTRUTURAS DE DIFERENTES IDADES

Pathological Manifestations at UTFPR- Campus Pato Branco: A case study


about the occurence and level of deterioration on structures with diferent ages

Trabalho de conclusão de curso de graduação


apresentada como requisito para obtenção do título
de Bacharel em Engenharia Civil da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
Orientador(a): Tobias Jun Shimosaka

PATO BRANCO
2022

Esta licença permite remixe, adaptação e criação a partir do trabalho,


para fins não comerciais, desde que sejam atribuídos créditos ao(s)
autor(es). Conteúdos elaborados por terceiros, citados e referenciados
4.0 Internacional nesta obra não são cobertos pela licença.
ALEXANDRA CAROLINA BARON
MARIA LUIZA INOCÊNCIO

MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NA UTFPR-CAMPUS PATO BRANCO: UM


ESTUDO DE CASO DA OCORRÊNCIA E SEU NÍVEL DE DETERIORAÇÃO EM
ESTRUTURAS DE DIFERENTES IDADES

Trabalho de conclusão de curso de graduação


apresentada como requisito para obtenção do título de
Bacharel em Engenharia Civil da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

Data de aprovação: 02 de dezembro de 2022

___________________________________________________________________________
Tobias Jun Shimosaka
Mestre em Engenharia de Materiais (UTFPR-PB)
Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Pato Branco

___________________________________________________________________________
Ana Claudia dal Pra Vasata
Mestre em Engenharia Civil (UTFPR-PB)
Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Pato Branco

___________________________________________________________________________
Cleovir Jose Milani
Doutor em Engenharia civil e ambiental (UFP)
Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Pato Branco

PATO BRANCO
2022
Dedicamos este trabalho à nossa família, amigos e a
todos que de alguma forma dele participaram.
AGRADECIMENTOS

Certamente estes parágrafos não irão atender a todas as pessoas que fizeram
parte dessa importante fase de nossa vida. Portanto, desde já pedimos desculpas
àquelas que não estão presentes entre essas palavras, mas elas podem estar certas
de que fazem parte de nosso pensamento e de nossa gratidão.
Agradecemos ao nosso orientador Profº Tobias Jun Shimosaka, pela
sabedoria com que nos guiou nesta trajetória.
A Secretaria do Curso, pela cooperação.
Gostaríamos de deixar registrado também, o nosso reconhecimento a nossos
familiares e amigos, porque acreditamos que sem o apoio deles seria muito difícil
vencer esse desafio.
A coisa mais indispensável a um homem é
reconhecer o uso que deve fazer do seu próprio
conhecimento.
PLATÃO
RESUMO
Sabe se que as estruturas de concreto armado sofrem com manifestações patológicas
que as acometem por diversos motivos, sejam por erros de projeto ou erros durante o
período de execução ou até mesmo com a idade avançada da edificação. Na estrutura
da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Campus Pato Branco, foi
possível encontrar patologias de diferentes graus de deterioração e diferentes
necessidades de reparo. Para a execução deste trabalho, a solução encontrada para
descobrir e localizar as patologias foram visitas in loco na edificação estudada, a fim
de determinar suas causas e como essas afetam a estrutura. As patologias foram
ranqueadas através do método matemático da Matriz GUT, a qual quantifica a
estrutura de acordo com a gravidade da mesma, a urgência de reparo e a tendência
a piorar. Foi possível constatar que a estrutura mais afetada foi o bloco B. Com estes
resultados foi possível gerar um Manual de Manutenção específico para a estrutura
de estudo, no qual sugeriu-se como corrigir cada uma das principais patologias e como
manter a estrutura em bom estado de utilização.

Palavras-chave: manifestações patológicas; concreto armado; matriz GUT; manual de


manutenção.
ABSTRACT

It is commonly known that reinforced concrete structures suffer from pathological


manifestations that affect them for multiple reasons, whether design errors, errors
during the execution period or even the advanced age of the building. In the UTFPR –
Campus Pato Branco structure, it was possible to find pathologies of different levels of
deterioration and different repair needs. For the execution of this project, the solution
found to discover and locate the pathologies were on-site visits at the university, to
visualize them, determine their causes and how they affect the structure. The
pathologies were ranked through the mathematical GUT Method, which quantifies the
structure according to its severity, the urgency of repair and it’s tendency to get worse.
It was possible to verify that the most affected structure was B block. With these results
it was possible to create a specific Maintenance Manual for the structure, in which it
was suggested how to correct each of the main pathologies and how to keep the
structure in good work conditions.

Keywords: pathological manifestations; reinforced concrete; GUT method;


maintenance manual.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Gráfico da incidência das patologias nas estruturas de concreto ..... 19


Figura 2: Correlação entre normas usadas para implantar e preservar o
desempenho das estruturas................................................................................... 28
Figura 3: Fluxograma representativo das etapas do projeto .............................. 32
Figura 4: Armadura exposta em pilar e laje Bloco B – Anomalia 31................... 37
Figura 5: Armadura exposta em viga Bloco B – Anomalia 17 ............................. 38
Figura 6: Eflorescência em laje Bloco B – Anomalia 46 ...................................... 38
Figura 7: Trinca em parede Bloco V - Anomalia 11 .............................................. 41
Figura 8: Trinca em pilar Bloco V - Anomalia 08 .................................................. 41
Figura 9: Trinca lateral esquadria Bloco V - Anomalia 02.................................... 42
Figura 10: Fissura em laje Bloco Q – Anomalia 18............................................... 44
Figura 11: Fissura em laje cobertura Bloco Q – Anomalia 16 ............................. 44
Figura 12: Infiltração parede Bloco Q – Anomalia 12 ........................................... 45
Figura 13: Métodos de reparação de Fissuras ..................................................... 48
Figura 14 : Manifestações típicas de corrosão de armadura .............................. 50
Figura 15: Métodos complementares de proteção as armaduras ....................... 51
Figura 16: Gráfico das porcentagens das principais manifestações patológicas
encontradas ............................................................................................................. 54
Figura 17 - Anomalia 1 B......................................................................................... 66
Figura 18 - Anomalia 2 B......................................................................................... 66
Figura 19 - Anomalia 3 B......................................................................................... 67
Figura 20 - Anomalia 4 B......................................................................................... 67
Figura 21 - Anomalia 5 B......................................................................................... 68
Figura 22 - Anomalia 6 B......................................................................................... 68
Figura 23 - Anomalia 7 B......................................................................................... 69
Figura 24 - Anomalia 8 B......................................................................................... 69
Figura 25 - Anomalia 9 B......................................................................................... 70
Figura 26 - Anomalia 10 B....................................................................................... 70
Figura 27 - Anomalia 11 B....................................................................................... 71
Figura 28 - Anomalia 12 B....................................................................................... 71
Figura 29 - Anomalia 13 B....................................................................................... 72
Figura 30 - Anomalia 14 B....................................................................................... 72
Figura 31 - Anomalia 15 B....................................................................................... 73
Figura 32 - Anomalia 16 B....................................................................................... 73
Figura 33 - Anomalia 17 B....................................................................................... 74
Figura 34 - Anomalia 18 B....................................................................................... 74
Figura 35 - Anomalia 19 B....................................................................................... 75
Figura 36 - Anomalia 20 B....................................................................................... 75
Figura 37 - Anomalia 21 B....................................................................................... 76
Figura 38 - Anomalia 22 B....................................................................................... 76
Figura 39 - Anomalia 23 B....................................................................................... 77
Figura 40 - Anomalia 24 B....................................................................................... 77
Figura 41 - Anomalia 25 B....................................................................................... 78
Figura 42 - Anomalia 26 B....................................................................................... 78
Figura 43 - Anomalia 27 B....................................................................................... 79
Figura 44 - Anomalia 28 B....................................................................................... 79
Figura 45 - Anomalia 29 B....................................................................................... 80
Figura 46 - Anomalia 30 B....................................................................................... 80
Figura 47: Anomalia 31 B........................................................................................ 80
Figura 48 - Anomalia 32 B....................................................................................... 81
Figura 49 - Anomalia 33 B....................................................................................... 81
Figura 50 - Anomalia 34 B....................................................................................... 81
Figura 51 - Anomalia 35 B....................................................................................... 82
Figura 52 - Anomalia 36 B....................................................................................... 82
Figura 53 - Anomalia 37 B....................................................................................... 83
Figura 54 - Anomalia 38 B....................................................................................... 83
Figura 55 - Anomalia 39 B....................................................................................... 84
Figura 56 - Anomalia 40 B....................................................................................... 84
Figura 57 - Anomalia 41 B....................................................................................... 85
Figura 58 - Anomalia 42 B....................................................................................... 85
Figura 59 - Anomalia 43 B....................................................................................... 86
Figura 60 - Anomalia 44 B....................................................................................... 86
Figura 61 - Anomalia 45 B....................................................................................... 87
Figura 62 - Anomalia 46 B....................................................................................... 87
Figura 63 - Anomalia 47 B....................................................................................... 88
Figura 64 - Anomalia 48 B...................................................................................... 88
Figura 65 - Anomalia 49 B....................................................................................... 88
Figura 66 - Anomalia 50 B....................................................................................... 89
Figura 67 - Anomalia 1 V ......................................................................................... 91
Figura 68 - Anomalia 2 V ......................................................................................... 91
Figura 69 - Anomalia 3 V ......................................................................................... 92
Figura 70 - Anomalia 4 V ......................................................................................... 92
Figura 71 - Anomalia 5 V ......................................................................................... 92
Figura 72 - Anomalia 6 V ......................................................................................... 93
Figura 73 - Anomalia 7 V ......................................................................................... 93
Figura 74 - Anomalia 8 V ......................................................................................... 94
Figura 75 - Anomalia 9 V ......................................................................................... 94
Figura 76 - Anomalia 10 V ....................................................................................... 95
Figura 77 - Anomalia 11 V ....................................................................................... 95
Figura 78 - Anomalia 12 V ....................................................................................... 96
Figura 79 - Anomalia 13 V ....................................................................................... 96
Figura 80 - Anomalia 14 V ....................................................................................... 97
Figura 81 - Anomalia 15 V ....................................................................................... 97
Figura 82 - Anomalia 16 V ....................................................................................... 98
Figura 83 - Anomalia 17 V ....................................................................................... 98
Figura 84 - Anomalia 1 Q ...................................................................................... 100
Figura 85 - Anomalia 2 Q ...................................................................................... 100
Figura 86 - Anomalia 3 Q ...................................................................................... 100
Figura 87 - Anomalia 4 Q ...................................................................................... 101
Figura 88 - Anomalia 5 Q ...................................................................................... 101
Figura 89 - Anomalia 6 Q ...................................................................................... 102
Figura 90 - Anomalia 7 Q ...................................................................................... 102
Figura 91 - Anomalia 8 Q ...................................................................................... 102
Figura 92 - Anomalia 9 Q ...................................................................................... 103
Figura 93 - Anomalia 10 Q .................................................................................... 103
Figura 94 - Anomalia 11 Q .................................................................................... 104
Figura 95 - Anomalia 12 Q .................................................................................... 104
Figura 96 - Anomalia 13 Q .................................................................................... 104
Figura 97 - Anomalia 14 Q .................................................................................... 105
Figura 98 - Anomalia 15 Q .................................................................................... 105
Figura 99 - Anomalia 16 Q .................................................................................... 105
Figura 100 - Anomalia 17 Q .................................................................................. 106
Figura 101 - Anomalia 18 Q .................................................................................. 106
Figura 102 - Anomalia 19 Q .................................................................................. 106
Figura 103 - Anomalia 20 Q .................................................................................. 107
Figura 104 - Anomalia 21 Q .................................................................................. 107
Figura 105 - Anomalia 22 Q .................................................................................. 108
Figura 106 - Anomalia 23 Q .................................................................................. 108
Figura 107 : Localização das Patologias no Bloco B ......................................... 110
Figura 108 : Localização das Patologias do Bloco V ......................................... 111
Figura 109 : Localização das Patologias no Bloco Q ......................................... 112
LISTA DE TABELAS

Tabela 1:Termos gerais do estudo da patologia das construções e exemplos 16


Tabela 2: Matriz de responsabilidades relacionada com a atividade de
manutenção ............................................................................................................. 17
Tabela 3: Causas que geram as fissuras nos diferentes estados do concreto . 20
Tabela 4 : Definição dos Parâmetros da Matriz GUT ............................................ 25
Tabela 5: Fatores relacionados aos parâmetros da matriz GUT ......................... 26
Tabela 6: GUT anomalias Bloco B ......................................................................... 39
Tabela 7: GUT anomalias Bloco V ......................................................................... 42
Tabela 8: GUT anomalias Bloco Q ......................................................................... 45
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................13
1.1 Objetivos..........................................................................................................14
1.1.1 Objetivo Geral .................................................................................................14
1.1.2 Objetivos Específicos......................................................................................14
1.2 Justificativa .....................................................................................................14
2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO .....................................................................16
2.1 Definição de Manifestações Patológicas ......................................................16
2.2 Origem dos Problemas Patológicos .............................................................17
2.3 Tipos de Problemas Patológicos ...................................................................18
2.4 Manifestações Patológicas Mais Frequentes e Suas Definições ...............18
2.4.1 Fissuras ..........................................................................................................20
2.4.2 Eflorescências.................................................................................................21
2.4.3 Lixiviação ........................................................................................................21
2.4.4 Corrosão da Armadura ...................................................................................22
2.4.5 Problemas Devido a Segregação dos Componentes do Concreto .................22
2.4.6 Manchas no Concreto Aparente .....................................................................23
2.5 Desempenho ...................................................................................................23
2.5.1 Requisitos de Desempenho ............................................................................23
2.5.2 Avaliação de Desempenho .............................................................................24
2.6 Vida Útil e Durabilidade ..................................................................................24
2.7 Matriz GUT .......................................................................................................25
2.7.1 Generalidades Relacionadas a Matriz GUT ....................................................26
2.7.1.1 Anomalia ......................................................................................................26
2.7.1.2 Vício.............................................................................................................27
2.7.1.3 Falha............................................................................................................27
2.7.1.4 Defeito .........................................................................................................27
2.8 Manutenção .....................................................................................................28
2.8.1 Manutenção Corretiva .....................................................................................29
2.8.2 Manutenção preventiva ...................................................................................29
2.8.3 Manutenção preditiva ......................................................................................29
2.8.4 Manutenção Detectiva ....................................................................................30
2.8.5 Planejamento e Organização da Manutenção ................................................30
3 METODOLOGIA .................................................................................................31
3.1 Definição da Pesquisa ....................................................................................31
3.2 Etapas de Projeto ............................................................................................32
3.3 Levantamento de dados .................................................................................33
3.3.1 Critérios ..........................................................................................................34
3.3.2 Roteiro ............................................................................................................34
3.4 Procedimentos ligados à Matriz GUT ............................................................34
3.4.1 Faixa de variação dos parâmetros (G), (U) e (T) ............................................35
3.5 Manual de Manutenção...................................................................................36
4 RESULTADOS ...................................................................................................37
4.1 BLOCO B .........................................................................................................37
4.2 BLOCO V..........................................................................................................40
4.3 BLOCO Q .........................................................................................................43
5 MANUAL DE MANUTENÇÃO ............................................................................47
5.1 Manifestação Patológica 01 - Fissuras e Trincas .........................................47
5.2 Manifestação Patológica 02 – Armadura exposta e desplacamento ..........49
5.3 Manifestação Patológica 03 - Segregação do Concreto ..............................52
5.4 Manifestação Patológica 04 - Eflorescência e Lixiviação............................52
6 CONSIDERAÇOES FINAIS ................................................................................54
6.1 Sugestões para trabalhos futuros .................................................................55
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ............................................................................57
APENDICE A – BLOCO B ......................................................................................65
APENDICE B – BLOCO V ......................................................................................90
APENDICE C – BLOCO Q......................................................................................99
APÊNDICE D – LOCALIZAÇÃO DAS ANOMALIAS EM PLANTA .......................109
13

1 INTRODUÇÃO

Sabe-se que a construção civil é importante para o desenvolvimento da


sociedade como um todo e que ao longo dos anos diversos materiais e métodos foram
desenvolvidos dentro da mesma para garantir sua qualidade. Contudo, ainda é
possível notar que as práticas e técnicas utilizadas no quotidiano da obra não são as
mesmas que se tem na teoria e que, muitas vezes, essas situações geram
interferências na qualidade final da mesma. Segundo Souza e Ripper (1998), esse e
outros fatores acarretam as manifestações patológicas e na deterioração estrutural.
Com o passar do tempo, o estudo das patologias tem se tornado necessário
e muito difundido, visando a necessidade de reabilitar e manter estruturas existentes,
também levando em conta fatores sociais, econômicos e históricos (SOUZA E
RIPPER, 1998).
O ramo da engenharia que estuda os sintomas, causas e origens dos vícios
construtivos pode ser entendido como a ciência da patologia. Partindo do estudo das
fontes de tais vícios, pode-se evitar a ocorrência dos mesmos e que este problema se
torne comum nas edificações modernas (DO CARMO, 2003). A percepção desses
sintomas das manifestações patológicas de forma precoce é importante para que não
haja comprometimento da estrutura como um todo, pois quanto antes forem
localizadas, analisadas e tratadas, menores serão as possibilidades de acometimento
e menores os gastos com possíveis reparos (SCHEIDEGGER; CALENZANI, 2019).
As manifestações patológicas trazem ainda um problema que pode ser visto
tanto pelos engenheiros responsáveis, quanto pelo usuário, e estes podem ser
entendidos como as deformações excessivas de algumas peças, as trincas e as
diversas manifestações patológicas que acometem as estruturas. Segundo a NBR
6118 - Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento (ABNT, 2014), deve existir
aceitabilidade sensorial para não haver incômodo ou insegurança ao utilizar a
edificação.
Como citado acima, sabe-se que as manifestações patológicas se manifestam
de diferentes formas, desse modo, este estudo foi realizado com o intuito de responder
o seguinte questionamento: ‘Como formalizar o uso, o reparo e a manutenção de
estruturas de concreto armado?’
14

Com os dados obtidos por esta pesquisa e o conhecimento sobre


manifestações patológicas, foi possível identificá-las nos blocos Q, B e V da UTFPR
Campus Pato Branco construídos nos anos de 1970, 1980 e 2010, respectivamente.
Foi possível ainda ranqueá-las de maneira a classificá-las em relação a sua urgência
de reparo. E assim, compreender as especificidades relacionadas tanto dos diferentes
processos construtivos quanto dos materiais empregados, possibilitando escrever um
Manual de Manutenção específico para as estruturas em estudo.

1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivo Geral

O presente trabalho tem por objetivo geral realizar o levantamento das


manifestações patológicas presentes nos blocos B, Q e V da UTFPR-Pato Branco
desenvolver um Manual de Manutenção para os mesmos.

1.1.2 Objetivos Específicos

• Conceituar as manifestações patológicas nas estruturas de concreto


armado analisadas;
• Diagnosticar as manifestações patológicas presentes em uma estrutura
específica através de pesquisa in loco;
• Utilizar o método matemático da Matriz GUT para ranquear as manifestações
patológicas;
• Comparar as manifestações patológicas encontradas entre as estruturas.

1.2 Justificativa

O estudo das manifestações patológicas tem se tornado cada vez mais


comum na construção civil, pois além de encontrar quais são os prováveis problemas
que a estrutura apresenta, também é possível preservar futuras obras e realizar a
manutenção das já existentes com este conhecimento. Não obstante, este estudo
também agrega nos seguintes conhecimentos: estruturas, funcionamento de obras
15

públicas, necessidade de se atender a demanda da população e os demais tópicos


que dele fazem parte.
A relevância deste estudo está assegurada por ser realizado em uma
instituição pública, cujos recursos para obras são limitados, e necessariamente devem
ser planejados com antecedência. A partir dos resultados foi possível reconhecer o
nível de deterioração originado ao longo dos anos dispondo a instituição o
conhecimento para prever e priorizar as futuras manutenções.
A partir do levantamento das manifestações patológicas foi possível criar um
Manual de Manutenção para as estruturas de Concreto Armado analisadas que, além
de possibilitar a manutenção necessária, também serviu de amparo na prevenção de
danos, o que indica a originalidade deste estudo. Segundo Castro (1977), um tema
original é aquele que tem potencial para surpreender, no que se refere ao tema em
questão, a criação deste manual traz a novidade que se espera.
A análise das manifestações patológicas foi realizada por meio de um estudo
de caso com a obtenção de dados in loco, utilizando-se dos documentos e projetos
relacionados à obra em estudo que foram disponibilizados pelos órgãos competentes
envolvidos, o que assegura a viabilidade deste estudo.
16

2 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

2.1 Definição de Manifestações Patológicas

A definição genérica para as manifestações patológicas das estruturas se dá


pelo estudo das origens, formas de manifestação, consequências e os mecanismos
de ocorrência de falhas nas edificações. Os problemas patológicos também se
dividem em simples e complexos: os simples são aqueles que se pode padronizar e
resolver por um profissional que não tenha necessariamente estudado sobre tais
manifestações patológicas. Já os complexos são aqueles que obrigam a realização
de uma análise crítica do problema sendo necessário então, um conhecimento grande
da área de patologia das estruturas (SOUZA E RIPPER, 1998).
A patologia pode ser entendida como o estudo de todas as partes que compõe
o diagnóstico de um problema e está relacionada ao estudo da origem, dos sintomas
e dos mecanismos que causam defeitos das construções. Além disso, relacionada a
patologia está a terapia, que representa o fato de se estudar a correção e solução
destes problemas patológicos e que para isso se faz necessária a realização de um
estudo do diagnóstico para se obter êxito (HELENE, 1949).
Bolina et al. (2019) definiram os principais termos relacionados a
manifestações patológicas e patologias das construções, conforme demonstra a
Tabela 1:
Tabela 1:Termos gerais do estudo da patologia das construções e exemplos
Termos Definição Patologia das construções
Manifestações São os problemas visíveis ou observáveis, Fissuras, trincas, manchamentos,
Patológicas indicativos de falhas do comportamento normal. deformações, mofos
E a raiz do problema no qual deve-se focar para
Fenômeno Corrosão, eflorescência, recalque
a solução.
E o check-up, quando o patólogo ou médico Avaliar a estrutura regularmente ou
Inspeção avalia o seu paciente aprovando a condição ou quando há um fato extraordinário de
solicitando novos exames ou ensaios. interesse.
Conversa com síndico e moradores
E o estudo dos antecedentes, nessa etapa
antigos, análise de projeto,
Anamnese deve-se escutar dos usuários e pacientes o que
verificação do estado dos prédios
estão sentindo.
vizinhos.
Ensaios não São ensaios/exames que não danificam o
Esclarometria, pacometria, ultrassom
destrutivos paciente.
Ensaios semi- São ensaios/exames que causam pequenos Extração dos corpos de prova, pull-
destrutivos danos ao paciente. out
E a explicitação e o esclarecimento das origens,
Diagnósticos mecanismos, sintomas e agentes causadores Corrosão, eflorescência, recalque
do fenômeno ou problema patológico.
Fonte: Adaptado de Bolina et al. (2019)
17

A partir destes termos e levando em conta seus significados é possível


encontrar a origem dos problemas patológicos.

2.2 Origem dos Problemas Patológicos

As causas de uma manifestação patológica estão relacionadas com todas as


fases ou etapas da vida das estruturas, que se dividem em: projeto, materiais,
produção, uso e manutenção. Durante a fase de projeto, além da compatibilização,
encontram-se vários problemas que podem ser citados como a escolha dos materiais
a serem usados, o dimensionamento das peças e outros. Já para os materiais,
encontram-se problemas como a composição, granulometria, materiais sujeitos a
contaminações, aspectos físicos e químicos etc. Para a fase de produção os
problemas podem surgir na mistura, no transporte, no lançamento, no adensamento
e na cura do concreto. Finalmente, para a fase de uso e manutenção pode-se citar os
problemas de sobrecarga nas estruturas, desgaste dos componentes e peças de
apoio, falta de impermeabilização ou impermeabilização deficiente e danos acidentais
que não foram previstos (ANDRADE E SILVA, 2005).
Pensando então em todos estes problemas, sabe-se que a responsabilidade
de realizar a manutenção e prevenção ocorre conforme a Tabela 2:

Tabela 2: Matriz de responsabilidades relacionada com a atividade de manutenção


Responsabilidade Como agir?
- Conceber estruturas com vistas a durabilidade;
- Facilitar a execução de futuras intervenções de manutenção;
Projetistas - Auxiliar o construtor na elaboração dos manuais de inspeção
e manutenção.
- Executar as estruturas em conformidade com as prescrições
apresentadas nos projetos;
Construtores - Informar aos usuários ou órgãos competentes, de forma
clara, a maneira adequada de utilização e manutenção das
estruturas indicando a periodicidade, procedimentos, materiais
e etc.
Usuários - Realizar as atividades de manutenção previstas.
- Elaborar normas para a fiscalização e controle das atividades
Poder Público de manutenção previstas para as estruturas.
Fonte: Adaptado de Andrade e Silva (2005)

Seguindo um raciocínio semelhante ao de Andrada e Silva (2005), Capello et


al. (2010) explicam que as manifestações patológicas que acometem as estruturas
estão relacionadas a diversos fatores e não somente a uma falha isolada, além da
18

interferência da qualidade do processo construtivo e do cuidado que se tem no


mesmo. As falhas também estão relacionadas aos materiais utilizados, a uma equipe
sem preparo, falta de fiscalização por parte dos gestores, falta de controle tecnológico
relacionada ao concreto e principalmente a falta de manutenção ou o uso inadequado
da estrutura.

2.3 Tipos de Problemas Patológicos

As manifestações patológicas no concreto podem ser separadas em três


categorias: físicas, químicas e biológicas. Cada uma destas categorias gera diferentes
anomalias que tem relação com suas características. (MEHTA E MONTEIRO, 2008)
Segundo Lima et al (2019), essas classificações podem ser explicadas a partir
dos tópicos abaixo:
• Físicas: este tipo de causa de manifestação pode ser dividido em dois grupos,
o primeiro formado pelo desgaste superficial, abrasão, erosão e cavitação, já o
segundo grupo é formado por fissuras, problemas com carregamento estrutural
e exposição a diferentes temperaturas.
• Químicas: estas causas geralmente ocorrem pela presença de componentes
químicos e podem ocorrer de diferentes maneiras: através da reação-álcali
agregado, da reação que causa expansão nos produtos do concreto, pela
hidrolise e pela lixiviação.
• Biológicas: ocorrem por meio de bactérias oxidantes e microrganismos que
favorecem o ambiente agressivo e prejudicam a corrosão do concreto e do aço.

Sabendo-se que as manifestações patológicas se dividem em três grupos com


suas determinadas agressividades, faz-se necessário defini-las, para que, com o
conhecimento adequado seja possível entendê-las, preveni-las e/ou combatê-las.

2.4 Manifestações Patológicas Mais Frequentes e Suas Definições

Grande parte destas falhas que ocorrerem ao longo da vida útil de uma
estrutura colaboram para o surgimento ou para a majoração das manifestações
patológicas. Para Helene e Pereira (2007) as manifestações patológicas que mais
19

acometem as estruturas são as seguintes: fissuras, flechas excessivas,


eflorescências, corrosão da armadura, defeitos de aterro e compactação, manchas no
concreto aparente e os problemas devido a segregação dos componentes do
concreto.
Andrade e Silva (2005), destacam como principais manifestações patológicas
a lixiviação, os ataques por sulfato, a reação álcali-agregado (RAA), a reação
superficial de agregados, a corrosão das armaduras, as ações mecânicas como
fissuras e lascas, a dilatação térmica e retração hidráulica.
Ainda é possível citar desagregação, perda da aderência entre concretos,
porosidade, permeabilidade, erosão e desgaste, desplacamento do concreto,
calcinação, entre outras.
Para Helene (1949) as principais patologias e sua incidência podem ser
observadas na Figura 1:

Figura 1: Gráfico da incidência das patologias nas estruturas de concreto


Manchas Superficiais Corrosao da Armadura Fissuras Ativas e Passivas
Degradaçao Quimica Flechas Excessivas Ninhos

20% 22%

10%

20%
7%

21%

Fonte: Adaptado de Helene (1949)

Na Figura 1 é possível perceber que as manifestações patológicas que mais


aparece em estruturas de concreto é formada pelas manchas superficiais que, de
maneira geral, além de ser possivelmente prejudicial à estrutura, causa desconforto
visual. Desse modo, torna-se necessário definir tanto esta manifestação patológica,
quanto as outras que acometem as estruturas.
20

2.4.1 Fissuras

Fissuras são aberturas longitudinais de pequeno porte, nas quais o ar pode


entrar em contato com a armadura e corroê-la (MORAIS, 2017). Elas podem surgir
em uma estrutura por diversos motivos, seja pela falta de verga e contraverga, pelo
recalque do solo, pelo processo de retração, falta ou deficiência de amarração nas
paredes ou no encontro das lajes ou ainda por concentração grande de esforços,
impactos e entre outros (BORGES 2008).
Já as macro fissuras (que são popularmente chamadas de trincas) se
classificam como aberturas longitudinais de meio porte, caracterizadas por seu
tamanho que deve ser maior ou igual a 6mm, caso contrário se caracteriza como
fissura (NBR 15575-2013). Elas são causadas pela má execução de juntas de
dilatação térmica ou pela inexistência das mesmas (OLIVEIRA, 2012).
As fissuras, de acordo com Gonçalvez (2015), podem ser classificadas como
ativas e passivas. As fissuras passivas não apresentam em sua totalidade alterações
em sua dimensão, já as ativas, através de variação de temperatura e dilatação, têm
alterações em suas características físicas.
Para Piancastelli (1997), as fissuras podem ser causadas por falhas diversas
que ocorrem no concreto ainda fresco, porém também ocorrem quando ele já está
endurecido. A partir destas conclusões foi criado uma tabela (Tabela 3) com as causas
das fissuras em cada um dos estados do concreto.
Tabela 3: Causas que geram as fissuras nos diferentes estados do concreto
Material Causa Sintoma
-Assentamento plástico;
No concreto fresco -Movimentação das formas; Fissuras
-Dessecação superficial;
-Vibrações.
-Retração hidráulica;
-Variações térmicas;
- Esforços solicitantes excessivos principalmente flexão e
No concreto endurecido cisalhamento; Fissuras
-Concentração de tensões;
-Recalques de fundação;
-Corrosão de armaduras;
Fonte: Adaptado de Piancastelli (1997)

As peças de concreto armado são dimensionadas a partir da NBR 6118 (2014)


para diferentes estádios e preservando o item 10.4 que discorre sobre o ELS – Estado
Limite de serviço. A norma define o ELS como sendo aquele no qual as peças são
dimensionadas para o conforto do usuário, e para a durabilidade.
21

Quando no estádio III a peça é projetada para obter o melhor desempenho


tanto do aço quanto do concreto. Neste estádio, a norma delimita que a peça pode
fissurar até 0,3mm de acordo com a classe de agressividade ambiental (BOLINA et al
2019). Logo, conclui-se que as fissuras podem estar ligadas ao dimensionamento e
que é necessária a verificação no estado limite de serviço.

2.4.2 Eflorescências

Bauer (2008) define eflorescência como sendo o acúmulo de sais na


superfície dos revestimentos, manifestando-se tanto em pontos concentrados quanto
de maneira generalizada. Este processo ocorre através da dissolução de sais, metais
alcalinos e alcalinos-terrosos que estiverem presentes ou na argamassa ou no
substrato, dessa maneira, quando dissolvidos em água os sais migram para a
superfície e podem ser cristalizados (FERREIRA E GARCIA 2016).
A eflorescência pode ser caracterizada, segundo Cincotto (1988), por um pó
branco que se deposita na superfície decorrente da umidade constante em uma peça.
Essa anomalia também pode ser encontrada por fissuras consequentes a expansão
da argamassa de assentamento.
Sabe-se que a eflorescência causa problemas estéticos e desconforto visual,
porém, como os sais que a formam são muito agressivos, ela pode causar também
uma degradação grave na estrutura e pode acometer, inclusive, o aço (GRANATO
2012).

2.4.3 Lixiviação

Esta manifestação patológica ocorre através de um processo de infiltração de


água que dissolve e transporta cristais de hidróxido de cálcio e magnésio, formando
depósitos de sais (OLIVEIRA, et al. 2022).
De modo geral, ela se relaciona com as manchas no concreto e com a
eflorescência, porque estas também se formam a partir da infiltração e da presença
de solução aquosa.
Segundo Metha e Monteiro (1994), além de causar problemas estruturais,
como a perda de resistência mecânica do concreto, o produto da lixiviação também
22

reage facilmente com o 𝐶𝑂2 presente na atmosfera, criando manchas brancas nas
superfícies afetadas.

2.4.4 Corrosão da Armadura

É possível definir corrosão como a inter-relação destrutiva de um material com


o ambiente, pode ocorrer por reação química ou eletroquímica (Freire, 2005), esta
relação acontece onde existe um ânodo, um cátodo e a água funciona como eletrólito
(PEREIRA, 2022). Desta forma, os principais processos de corrosão que podem
acometer uma armadura são dois: a oxidação e a corrosão em si (JUNIOR, 2018).
A oxidação, que também é conhecida como corrosão seca, ocorre através da
reação gás-metal, formando uma película de óxido (NASCIMENTO, 2015). Este tipo
de problema não é totalmente prejudicial a estrutura e ocorre em um processo lento
em temperatura ambiente.
Já a corrosão se relaciona ao ataque de substâncias eletroquímicas em meios
com presença de água. Ela acontece quando, na superfície das barras ou fios de aço,
formam-se películas de eletrólitos que são causadas pela presença de umidade no
concreto. Este tipo de corrosão também acomete as armaduras antes de sua
utilização em obra. Por este motivo é mais prejudicial e deve ser prevenido (FREIRE,
2005).

2.4.5 Problemas Devido a Segregação dos Componentes do Concreto

O concreto é geralmente formado por cimento, areia, água e agregado (brita),


que, quando lançado de maneira correta e adequada se torna uma mistura
homogênea. Porém, quando há um erro de adensamento ou lançamento do mesmo,
ele se torna um concreto permeável, com um alto índice de vazios e poroso, o que
facilita a passagem da água (ARIVABENE, 2015).
De acordo com Piancastelli (1997), o processo de separação ocorre por vários
motivos, sendo eles: lançamento de altura inadequada, armadura que não permite a
passagem correta do concreto, formas inadequadas que permitem vazamento da
pasta, dosagem incorreta do concreto e vibração inadequada ou inexistente.
Além de problemas estéticos, o processo de separação dos componentes do
concreto causa diversos problemas como comprometimento da capacidade de
23

suporte e durabilidade da estrutura. Quando em casos mais graves pode levar a


segregação do concreto expondo as armaduras, provocando corrosão e em último
grau o colapso da estrutura (NAKAMURA, 2022).

2.4.6 Manchas no Concreto Aparente

As manchas no concreto aparente são formadas pela presença de umidade e


infiltração no mesmo. Elas aparentam ser um problema exclusivamente estético,
porém, se não tratada a raiz deste problema, ele pode evoluir para manifestações
patológicas mais severas como a eflorescência, a lixiviação e em casos mais graves
causar a corrosão do aço (HELENE, 1986).

2.5 Desempenho

A NBR 15575 define desempenho como sendo o “comportamento em uso de


uma edificação e de seus sistemas” (p.5, 2013). Já para António (2006), desempenho
corresponde ao resultado de uma ação, o sucesso deste resultado e ao potencial de
agregar valor em um determinado período.
É necessário entender o significado de desempenho e a sua função para
dimensionar uma estrutura que se adapte ao uso e que se comporte de acordo com o
esperado, tanto pelo projetista quanto pelo usuário.

2.5.1 Requisitos de Desempenho

Requisitos de desempenho são as condições que expressam de forma


qualitativa os atributos que a estrutura deve possuir, para que se possa atender as
exigências do usuário (NBR 15575/2013).
São as “especificações quantitativas dos requisitos de desempenho,
expressos em termos de quantidades mensuráveis a fim de que possam ser,
objetivamente, determinados” (p.5, NBR 15575/2013).
24

2.5.2 Avaliação de Desempenho

A avaliação de desempenho tem como objetivo analisar a adequação ao uso


de um processo construtivo ou de um sistema, de maneira a garantir o desempenho
de uma função, independente da solução adotada. (NBR 15575/2013).
Para tanto, na avaliação de desempenho, é feita uma investigação do sistema
com base em métodos consistentes, capazes de fornecer uma explicação objetiva do
comportamento esperado do sistema em condições especificadas de uso. A avaliação
de desempenho requer, portanto, o domínio de uma ampla base de conhecimento
científico de cada aspecto funcional de uma edificação, de materiais e técnicas de
construção, bem como de outros requisitos, nas mais diversas condições de uso.
(NBR 15575/2013).
Para realizar a avaliação de desempenho é necessário o uso de ensaios de
tipo, ensaios de campo, laboratoriais, inspeções, simulações e a análise de projetos,
visando verificar se determinado projeto ou estrutura está de acordo com o que é
previsto em norma (NBR 15575/2013).

2.6 Vida Útil e Durabilidade

De acordo com a NBR 15575/2013 - Edificações Habitacionais, a vida útil é


definida como o “período de tempo em que um edifício e/ou seus sistemas se prestam
as atividades para as quais foram projetados e construídos, com o atendimento dos
níveis de desempenho” (p.10, 2013).
Helene (1997) classifica a vida útil de uma estrutura conforme os seguintes
tópicos:
• Vida útil de projeto: é o período até o término do processo de despassivação
da armadura. Não significa necessariamente que haverá corrosão em grande
escala;
• Vida útil de serviço: é o período em que ocorrem as primeiras manifestações e
efeitos de agentes agressivos, desde o aparecimento de manchas na superfície
do concreto até o desplacamento do cobrimento da armadura;
• Vida útil total: é o período no qual a estrutura entra em colapso parcial ou total,
onde ela se classifica como condenada ou os custos para seu reparo são
demasiadamente elevados;
25

• Vida útil residual: é o período a partir de uma vistoria e/ou intervenção, no qual
a estrutura ainda será capaz de desempenhar as funções para a qual foi
projetada.

Em síntese a vida útil de uma estrutura é o período entre o início de operação


ou uso, até o momento em que seu desempenho deixa de atender às exigências pré-
estabelecidas para o qual a estrutura foi projetada.
Já durabilidade é definida como “capacidade da edificação ou de seus
sistemas de desempenhar suas funções ao longo do tempo e sob condições de uso e
manutenção especificadas em seu manual de uso, operação e manutenção” (p.10,
NBR 15575/2013).
Para que uma construção seja considerada durável, é necessário que um
conjunto de definições e procedimentos sejam adotados nas fases iniciais do projeto,
de forma a garantir à estrutura e aos materiais utilizados, uma durabilidade e
desempenho satisfatórios durante toda sua vida útil, fruto da qualidade do sistema
construtivo (SOUZA; RIPPER, 1998 apud ZUCHETTI, 2015).

2.7 Matriz GUT

A matriz GUT é uma ferramenta utilizada para ranquear, de acordo com a


prioridade, a tomada de decisão, através da Gravidade, Urgência e Tendência
relacionadas ao fenômeno de estudo (FÁVERI E SILVA 2016). Periard (2011), definiu
os três parâmetros que regem a matriz GUT, e eles podem ser observados na Tabela
4:
Tabela 4 : Definição dos Parâmetros da Matriz GUT
Variável Definição
Representa o impacto do problema caso ele venha a ocorrer. É analisado sobre
G – Gravidade alguns aspectos, como a intensidade ou profundidade do dano. Verifica-se seus
efeitos a médio e a longo prazo, caso o problema não seja resolvido.
Representa o prazo, o tempo disponível ou necessário para resolver determinado
U- Urgência problema sem que ocorra outras implicações. Quanto maior a urgência, menor será
o tempo disponível para resolver esse problema.
Representa o potencial de crescimento do dano na ausência da ação corretiva e a
T- Tendência probabilidade de se tornar muito maior com o passar do tempo. E a avaliação da
tendencia de crescimento, redução ou desaparecimento do problema.
Fonte: Adaptado de Periard (2011)
26

É atribuída uma nota de 1 a 5 para cada um dos fatores relacionados a Matriz,


onde 1 representa o menor grau de problemas e 5 representa o maior (GOMES, 2006;
CESAR, 2003). As notas e a maneira como elas estão relacionadas aos parâmetros
podem ser observadas na Tabela 5:

Tabela 5: Fatores relacionados aos parâmetros da matriz GUT


Nota Gravidade Urgência Tendência
Prejuízos extremamente É necessária a ação Se nada for feito,
5
graves imediata agravamento imediato
4 Muito graves O mais cedo possível Vai piorar em pouco tempo
3 Graves Com alguma urgência Vai piorar
2 Pouco graves Pode esperar um pouco Vai piorar a longo prazo
1 Sem gravidade Não tem pressa Não vai piorar
Fonte: Adaptado de Oliveira (1995)

Para análise do objeto de estudo, é necessário multiplicar os parâmetros de


gravidade, urgência e tendência, para obter um valor. Este valor pode variar de 1 a
125, de maneira a priorizar a tarefa e ranqueá-la em ordem de urgência e estabelecer
o melhor plano de ação a respeito do objeto de estudo (ZARPELAM, 2020).

2.7.1 Generalidades Relacionadas a Matriz GUT

2.7.1.1 Anomalia

A NBR 16747– Inspeção Predial – Diretrizes, Conceitos, Terminologia e


Procedimento (ABNT, pg. 2, 2020) – define anomalia como “irregularidade,
anormalidade e exceção à regra” que ocasionam a perda de desempenho da
edificação ou suas partes, oriundas da fase de projeto, execução ou final de vida útil,
além de fatores externos, podendo, portanto, ser classificadas como anomalia
endógena, funcional ou exógena.
O glossário de terminologia (IBAPE/SP, pg. 02, 2002) define estes termos
como:
• Anomalia Endógena ou Congênita: é “originária da própria edificação
(projeto, materiais e execução)”.
• Anomalia Natural: “originárias de fenômenos da natureza (previsíveis,
imprevisíveis)”.
• Anomalia Funcional: “originária de uso”.
27

• Anomalia Exógena: “originária de fatores externos à edificação,


provocada por terceiros”.
Além da anomalia, deve-se definir outros termos relacionados a Matriz GUT
para o auxílio no momento de sua aplicação.

2.7.1.2 Vício

O glossário elaborado pela IBAPE/SP (2002) cita que vício é uma anomalia
que afeta o desempenho da estrutura, ou torna ela inadequada aos fins a que se
destinam, de tal forma que gera transtornos ou até prejuízos. O vício pode decorrer
de uma falha de projeto, execução ou de falta de informação sobre a sua manutenção
e utilização. Ainda, segundo Grandiski (2003), a definição de vício pode ser
interpretada como quaisquer falhas construtivas, em qualidade ou quantidade, que
afeta a economia do consumidor.

2.7.1.3 Falha

A definição de falha segundo a NBR 16747 (ABNT, 2020) – Inspeção Predial


é tida como irregularidade ou anormalidade que acaba gerando o término da
capacidade da edificação ou de parte dela de exercer as funções requeridas, de forma
que o seu desempenho não atinja o mínimo aceitável. Já a NBR 15575 – Norma
Edificações Habitacionais – Desempenho parte 1: Requisitos gerais (ABNT, 2013) tem
como definição de falha, uma ocorrência que prejudica ou impede a utilização da
estrutura ou elemento, gerando um desempenho inferior ao necessário.

2.7.1.4 Defeito

A NBR 13752 – Norma de Perícias de Engenharia na Construção Civil


(ABNT,1996) define defeitos como “anomalias que podem causar danos efetivos ou
representar ameaça potencial de afetar a saúde ou segurança do dono ou
consumidor, decorrentes de falhas do projeto ou execução de um produto ou serviço,
ou ainda de informação incorreta ou inadequada de sua utilização ou manutenção”.
Para Grandiski (2003) defeitos são vícios construtivos que ameaçam a segurança,
saúde e salubridade do consumidor e/ou da obra.
28

2.8 Manutenção

No que se trata a definição de manutenção, Pinto (2001) cita que seu objetivo
é garantir a disponibilidade da função dos equipamentos e instalações de modo a
atender um processo ou serviço, de forma confiável, segura e com custos adequados.
Já para Seely (1982) apud Bonin (1988), a manutenção é a preservação do que é
construído em condições semelhantes àquelas de seu estado inicial.
Com uma manutenção adequada e uso correto da edificação, os requisitos de
desempenho dos sistemas constituintes serão preservados ao longo da vida útil da
estrutura. Quando a necessidade de reformas existir, a NBR 16280: Reforma em
Edificações – Sistema de Gestão de Reformas (ABNT, 2014) traz alguns parâmetros
a serem atendidos em tal atividade, os quais são definidos e correlacionados na Figura
2.

Figura 2: Correlação entre normas usadas para implantar e preservar o desempenho das
estruturas

Fonte: Bolina et al (2019)

Pode-se definir a realização de atividades de manutenção segundo Bonin


(1988) como a reconstrução de níveis de desempenho perdidos, os quais tem como
resultado imediato, o prolongamento da vida útil do edifício em função da estratégia
de manutenção empregada. Existem vários tipos de estratégias de manutenção que
podem ser escolhidas, dependendo do tipo de obra. Cabe então, elas serem definidas
e planejadas visando a durabilidade e a economia de recursos humanos e financeiros
de forma a manter seu desempenho.
29

2.8.1 Manutenção Corretiva

Para Bolina et al (2019) manutenção corretiva pode ser definida como uma
intervenção que visa corrigir um elemento ou estrutura onde se observa falha ou
desempenho menor que o planejado. Portanto, deve se realizar reparo ou substituição
do elemento falho, de modo a restabelecer sua total funcionalidade e segurança que
lhe fora atribuído em projeto.
Pinto (2001) cita que a manutenção corretiva tem como seu objetivo principal
corrigir ou restaurar e pode ser dividida em manutenção corretiva não planejada e
manutenção corretiva planejada.

2.8.2 Manutenção preventiva

Ao contrário da manutenção corretiva, Pinto (2001) diz que a manutenção


preventiva procura evitar a ocorrência de falhas, agindo para reduzir e/ou prevenir a
falha ou queda no desempenho, sendo conduzido por um plano previamente
elaborado, baseado em intervalos de tempo pré-definidos. Leva-se também em
consideração fatores como, quando não é possível a manutenção preditiva e os
aspectos relacionados com a segurança que torna obrigatória a intervenção, para
substituição de certos componentes.
A manutenção preventiva será mais oportuna quanto mais simples for a
reposição, quanto maiores forem os custos por falhas ocorridas, quanto mais as falhas
prejudicam a obra e quanto maiores forem as implicações das falhas na segurança na
estrutura.
As intervenções ou manutenções preventivas não são feitas quando se detecta
algum problema, mas sim quando se antecede o surgimento do mesmo, com o intuito
de preveni-lo. Um exemplo deste tipo de manutenção é a renovação da pintura de
uma edificação (BOLINA et al 2019).

2.8.3 Manutenção preditiva

A manutenção preditiva é aquela que se baseia no acompanhamento de


parâmetros ou do desempenho de uma estrutura que passa por monitoramento
contínuo. Ela é elaborada de forma sistêmica e exige uma análise minuciosa dos
30

dados coletados ao longo do tempo para que se possa tomar uma decisão. Para que
esse tipo de manutenção seja feito, tanto os equipamentos quanto a estrutura
analisada devem permitir algum tipo de monitoramento, as falhas devem ter causas
que também possam ser identificáveis (BOLINA et al 2019).
Seu objetivo, para Pinto (2001), é prevenir que falhas aconteçam permitindo
assim, o desempenho contínuo da estrutura pelo maior tempo possível. Privilegiando
a disponibilidade à medida que não promove a intervenção na edificação.

2.8.4 Manutenção Detectiva

A manutenção detectiva é a intervenção na estrutura em busca de falhas


ocultas ou não perceptíveis aos responsáveis pela manutenção (Xavier, 2003). Desse
modo as intervenções para verificar se a estrutura está tendo o desempenho para a
qual foi projetada, representam a manutenção detectiva, um exemplo disto é o ensaio
de ultrassom em estruturas de concreto armado (KARDEC E NASCIF, 2009). A NBR
8802 - Concreto endurecido – Determinação da Velocidade de Propagação de Onda
Ultrassônica (ABNT, 2013) descreve o ensaio como um método de avaliação da
qualidade do concreto, no qual determina a velocidade de propagação de ondas
longitudinais, usando pulsos ultrassônicos, através de um elemento da estrutura de
concreto, o qual tem como objetivos principais: a análise da homogeneidade do
concreto, detecção de falhas internas da peça, assim como a profundidade das
fissuras.

2.8.5 Planejamento e Organização da Manutenção

O planejamento é um processo complexo, que tem ações planejadas e


coordenadas com o objetivo de atingir uma meta. É útil para a manutenção da
regularidade nos parâmetros desejados em vários aspectos, tais como custos, riscos
e recursos. A realização do planejamento busca diminuir custos de manutenção,
aumentar o desempenho e a disponibilidade de equipamentos, principalmente quando
existem estratégias que atuam de maneira distinta para cada estrutura (TAVARES,
1996). Takahashi (1993) fala dos ganhos superiores em qualidade e eficiência que
acontecem com planejamento e planos de manutenção, principalmente quando se
compara os resultados obtidos com as ações de resposta.
31

3 METODOLOGIA

3.1 Definição da Pesquisa

Uma pesquisa pode ser definida como um processo de desenvolvimento de


um método científico. Seu principal objetivo é encontrar respostas para um problema
pré-definido, através de procedimentos científicos. (GIL, p.45, 2008)
O objetivo fundamental da pesquisa cientifica é contribuir para a evolução do
conhecimento, sendo ela sistematicamente planejada e executada de acordo com
critérios e normas metodológicas. A pesquisa cientifica deve, desse modo produzir
ciência ou derivar dela (FONTE, 2021).
Assim, a pesquisa deste trabalho se caracteriza como exploratória e sua
principal finalidade é esclarecer conceitos e ideias através de hipóteses. Segundo Gil
(p.46, 2008), este tipo de pesquisa envolve o levantamento bibliográfico e documental
e estudos de caso, estas são as duas vertentes que conduzem este trabalho.
O procedimento utilizado durante este trabalho será uma pesquisa
bibliográfica, assim, através da análise de artigos, periódicos, monografias, livros de
autores renomados e trabalhos de conclusão de curso, será possível explicar os
termos relacionados ao assunto. Para Gil (2007, p.44) os exemplos mais
característicos desse tipo de pesquisa são: o levantamento de ideologias ou a
proposta de pesquisa que analisa diferentes posicionamentos sobre um assunto.
Caracteriza-se como estudo de caso pois, por meio do estudo de um ou mais
itens relacionados ao tema, será possível produzir conhecimento a respeito de um
fenômeno específico. Para Mazzoti e Gewandsznajder (1999, p.640) o estudo de caso
se caracteriza por aquele que foca em apenas uma coisa, seja um grupo, um
indivíduo, um programa, um evento ou uma instituição. Neste trabalho o foco será a
análise de manifestações patológicas através de um estudo de caso e a geração de
um Manual de Manutenção específico para solucionar os problemas encontrados.
A abordagem deste trabalho será feita de maneira quantitativa e qualitativa,
ambos os tipos não se excluem, pois, cada um traz ao trabalho uma contribuição
específica. Segundo Richardson (1989), o método quantitativo de uma pesquisa se
caracteriza pela quantificação, seja de informações ou de dados, abrangendo do mais
simples ao mais complexo. O mesmo autor ainda expõe que este método difere do
32

qualitativo, porque o segundo não analisa o problema através de ferramentas


estatísticas, sem a pretensão de medir um problema através de números. Já para a
parte da pesquisa que se caracteriza como qualitativa, os dados que nela se incluem
englobam informações que não são expressas em palavras, tais como fotografias,
pinturas, entre outros. (TESCH, 1990).

3.2 Etapas de Projeto

Com base em cada etapa do projeto foi possível criar um fluxograma,


conforme apresenta a Figura 3, que demonstra os passos que serão seguidos até o
objetivo final deste trabalho.

Figura 3: Fluxograma representativo das etapas do projeto

Por meio da pesquisa bibliográfica, foi realizado o estudo dos trabalhos de


autores renomados e conhecidos que já discorreram sobre o objeto de estudo, como:
33

Helene, Souza e Ripper, Metha e Monteiro, entre outros. Os conceitos a serem


analisados através da pesquisa bibliográfica foram aqueles relacionados a
manifestações patológicas, desempenho, durabilidade, vida útil e definição de alguns
termos relacionados a matriz GUT. Também foram estudadas as definições dos tipos
de manutenção e como ocorrem seu planejamento e operação.
Desse modo, também houve a análise de projetos e documentos relacionados
aos blocos que foram objeto de estudo deste trabalho, a fim de identificar se houve a
manutenção adequada posterior a esta avaliação.
Foi realizada uma inspeção das anomalias que acometem os blocos Q, B e V
que, foram construídos em diferentes anos sendo eles 1970, 1980 e 2010
respectivamente, de modo a reconhecer quais eram as patologias presentes e qual
seu nível de periculosidade.
A partir do levantamento in loco das anomalias foi possível realizar um
diagnóstico a respeito de cada uma delas, analisando sua origem, as causas e seus
efeitos na edificação.
Utilizando os resultados obtidos no diagnóstico da estrutura, as manifestações
patológicas foram classificadas de acordo com o seu grau de risco, com auxílio do
método criado por Charles Kepner e Benjamim Tregoe, adaptado por Knapp e Olivan
e que foi modificado de acordo com as necessidades deste trabalho, conhecida como
Matriz GUT.

3.3 Levantamento de dados

Com a obtenção dos dados foi possível fazer o levantamento quantitativo e


qualitativo das manifestações patológicas existentes na estrutura, visíveis a olho nu.
A análise destes dados precisa de uma visão em conjunto que possibilite o
estabelecimento das causas de forma global, considerando as manifestações
patológicas de forma independente e de forma interativa, e suas consequências para
a estrutura como um todo, determinando assim o estado de conservação e o risco que
a edificação apresenta.
34

3.3.1 Critérios

Para padronizar e uniformizar o procedimento de levantamento de dados in


loco, foram adotados alguns critérios. O primeiro critério é o registro das anomalias
com fotos, para sua ilustração, onde devem apresentar uma visão geral da estrutura
avaliada e que seja possível a visualização das anomalias que afetam aquele
elemento. Caso estas sejam sistemáticas, o registro pode ser feito de uma parte do
conjunto e então apontar o número de ocorrências ou a sua área de abrangência.

3.3.2 Roteiro

A ordem do levantamento deve seguir, preferencialmente, o direcionamento


da numeração dos elementos nos projetos, de maneira a evitar possíveis falhas no
levantamento de dados, e deve seguir o seguinte roteiro:
• Preencher os dados gerais da estrutura;
• Analisar, se possível, todas as faces do elemento;
• Cada manifestação patológica encontrada deve ser registrada na
‘Tabela de anomalias’, contendo o número da mesma, localização,
elemento estrutural, descrição da anomalia, foto e informações
complementares;
• Após a coleta dos dados in loco, será realizada a classificação do
estado das anomalias e em seguida, a avaliação do estado geral da
estrutura por meio da matriz GUT;

Com base nos resultados obtidos foi desenvolvido um Manual de


Manutenção, para as estruturas em estudo.

3.4 Procedimentos ligados à Matriz GUT

Com os dados sobre as anomalias na estrutura obtidos, foi elaborada uma


matriz GUT, particularizada para o sistema das estruturas em estudo, com o objetivo
de uniformizar a avaliação do estado dos edifícios. A definição de sua origem é
importante para a definição da área responsável para sua recuperação.
35

Após estabelecer a descrição das manifestações patológicas, faz-se


necessário conhecer os parâmetros que deram embasamento a análise e também o
formulário que foi utilizado durante a execução do procedimento.

3.4.1 Faixa de variação dos parâmetros (G), (U) e (T)

Foram atribuídos valores para os parâmetros (G) – gravidade, (U) – urgência


e (T) – tendência, com variação de 1 a 5. O valor de GUT para cada uma das
anomalias será obtido pela multiplicação dos valores de (G), (U) e (T) que lhe foram
atribuídos, conforme a Equação 1:

𝐺𝑈𝑇𝑎𝑛𝑜𝑚𝑎𝑙𝑖𝑎 = 𝐺 × 𝑈 × 𝑇 (1)

O valor do GUT do conjunto das anomalias foi o resultado do somatório dos


valores de cada anomalia separada, dividida pelo total de ocorrências como mostra a
Equação 2:

(Σ𝐺𝑈𝑇
𝑎𝑛𝑜𝑚𝑎𝑙𝑖𝑎)
𝐺𝑈𝑇𝑐𝑜𝑛𝑗𝑢𝑛𝑡𝑜= (𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 (2)
𝑑𝑒 𝑎𝑛𝑜𝑚𝑎𝑙𝑖𝑎𝑠)

Com o GUT do conjunto calculado, foi obtida a avaliação preliminar do impacto


das manifestações patológicas na estrutura, que foi usado para a avaliação do estado
geral da edificação. Para isso, também foi considerada a parcela da estrutura que não
apresenta falhas ou anomalias.
Para tal, foi estimada a porcentagem da área não afetada pelas ocorrências,
que foi chamada de A1, e a área afetada que foi chamada de A2. Como foram
estimativas, Knapp e Olivan (2021) sugerem a adoção de valores com variação de
10% em 10%. Logo, com as porcentagens calculadas foi possível obter o GUT da
estrutura utilizando a Equação 3, levando em consideração que a parcela A1 pondera
a parte não afetada da estrutura (GUT=1), e a porcentagem A2 a parcela afetada da
edificação.

[(1×𝐴1)+(𝐺𝑈𝑇𝑐𝑜𝑛𝑗𝑢𝑛𝑡𝑜 ×𝐴2)]
𝐺𝑈𝑇𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 = (3)
100
36

• GUT = 1 – Estrutura está com desempenho adequado e não serão


necessárias intervenções.
• 1 < GUT ≤ 42 – Estrutura com desempenho aceitável, sendo
necessário apenas a manutenção de rotina.
• 42 < GUT ≤ 84 – Estrutura necessita de reparos além da manutenção.
• 84 < GUT <125 – Estrutura necessita de reparos com certa urgência,
ensaios/testes adicionais, projeto de reforço e outras medidas julgadas
necessárias.
• GUT = 125 – Estrutura necessita de interdição imediata, escoramento
ou outras medidas julgadas necessárias, assim como a elaboração de
um projeto de reforço.
Com as conclusões obtidas no método foram analisadas individualmente as
manifestações patológicas que foram encontradas e foram classificadas da mais
urgente e critica até a menos urgente, de maneira a reconhecer quais delas têm uma
maior necessidade de reparo, como também identificar suas causas e terapias.

3.5 Manual de Manutenção

Para o desenvolvimento do Manual de Manutenção deste trabalho, foram


necessários os resultados obtidos em cada uma das etapas de projeto. Ele teve como
finalidade informar as características da edificação, descrever os procedimentos
adequados para a correção das anomalias, prevenir futuras falhas, servir de
contribuição para o aumento da durabilidade da edificação e para orientar os usuários
da maneira que devem utilizar a estrutura sem causar danos.
Para a produção deste manual foi utilizada como base NBR 14037/1998 –
Manual de Uso, Operação e Manutenção das Edificações – Conteúdo e
Recomendações para Elaboração e Apresentação, de modo que o Manual foi
adaptado para atender as necessidades da estrutura em estudo.
37

4 RESULTADOS

Com o levantamento das anomalias realizado nos blocos B, V e Q da UTFPR


– Campus Pato Branco, as quais podem ser vistas na íntegra nos APÊNDICES A, B
e C, respectivamente, os seguintes resultados foram obtidos:

4.1 BLOCO B

O Bloco B foi construído nos anos de 1980 e passou apenas por algumas
reformas estéticas ao longo dos anos. Neste bloco foi possível observar várias
anomalias, principalmente do tipo armadura exposta e eflorescência, como podem ser
vistas nas Figuras 4, 5 e 6:

Figura 4: Armadura exposta em pilar e viga Bloco B – Anomalia 31


38

Figura 5: Armadura exposta em viga Bloco B – Anomalia 17

Figura 6: Eflorescência em laje Bloco B – Anomalia 46

Ao final, os dados foram assimilados na Tabela 6 para organizar os resultados


obtidos e poder realizar os cálculos necessários para se obter a nota GUT da
estrutura, conforme é feito a seguir:
39

Tabela 6: GUT anomalias Bloco B


GUT BLOCO B
ANOMALIA G U T TOTAL
1 2 2 2 8
2 2 2 2 8
3 2 2 2 8
4 3 3 2 18
5 3 2 2 12
6 3 2 2 12
7 2 2 2 8
8 2 2 2 8
9 2 2 2 8
10 3 2 2 12
11 2 2 2 8
12 3 3 2 18
13 2 2 2 8
14 3 2 2 12
15 3 2 2 12
16 2 2 2 8
17 5 4 3 60
18 3 2 2 12
19 3 2 2 12
20 2 2 2 8
21 3 2 2 12
22 2 2 2 8
23 3 3 2 18
24 2 2 2 8
25 2 2 3 12
26 3 3 2 18
27 3 2 2 12
28 2 2 2 8
29 3 3 2 18
30 4 3 3 36
31 5 4 3 60
32 4 3 3 36
33 2 2 2 8
34 2 2 2 8
35 3 3 2 18
36 3 3 2 18
37 3 2 1 6
38 3 2 1 6
39 3 3 2 18
40 2 2 2 8
41 3 3 2 18
42 3 2 2 12
40

43 2 2 2 8
44 3 3 2 18
45 3 3 3 27
46 3 3 3 27
47 3 3 2 18
48 3 3 3 27
49 3 3 2 18
50 3 2 2 12
GUT ANOMALIAS 16

Com a nota GUT das anomalias obtida, foi possível realizar o cálculo da nota
GUT da estrutura utilizando a Equação 3:
Á𝑟𝑒𝑎 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙: 2185,03𝑚2 (100%)
Á𝑟𝑒𝑎 𝐴𝑓𝑒𝑡𝑎𝑑𝑎: 454,8𝑚2 (20,81%)
[(1 × 70) + (16 × 30)]
𝐺𝑈𝑇𝐵𝐿𝑂𝐶𝑂 𝐵 =
100
𝐺𝑈𝑇𝐵𝐿𝑂𝐶𝑂 𝐵 = 5,5

Levando em consideração a classificação proposta no Item 3.3.1, a estrutura


tem desempenho aceitável e precisa de manutenção de rotina. Porém, como algumas
anomalias tiveram valores consideravelmente maiores que a média, é sugerido que
se faça o reparo para evitar a piora rápida das condições da estrutura. Com foco nisso
foi realizado a análise das anomalias com maiores notas GUT, sendo estas as que
precisam de reparo com maior urgência em relação as outras de menor nota. A seguir
será descrito no manual como corrigir as patologias que acometem a estrutura. No
caso do Bloco B, 20 das 50 anomalias se enquadram nesta classificação.

4.2 BLOCO V

O Bloco V foi construído em duas partes, a primeira no ano de 2004, a


segunda, que representa nossa área de estudo, em 2010. As anomalias mais
observadas neste bloco são trincas e fissuras em paredes como podem ser vistas nas
Figuras 10, 11 e 12.
41

Figura 7: Trinca em parede Bloco V - Anomalia 11

Figura 8: Trinca em pilar Bloco V - Anomalia 08


42

Figura 9: Trinca lateral esquadria Bloco V - Anomalia 02

Ao final, os dados foram assimilados na Tabela 7 para organizar os resultados


obtidos e poder realizar os cálculos necessários para se obter a nota GUT da
estrutura, conforme é feito a seguir:

Tabela 7: GUT anomalias Bloco V


GUT BLOCO V
ANOMALIA G U T TOTAL
1 1 1 2 2
2 1 2 2 4
3 2 2 2 8
4 2 2 2 8
5 1 1 2 2
6 2 2 1 4
7 2 2 1 4
8 4 4 3 48
9 2 2 2 8
10 2 2 2 8
11 2 2 3 12
12 2 2 2 8
13 3 2 2 12
14 1 3 2 6
15 3 2 2 12
43

16 3 2 2 12
17 2 2 2 8
GUT
ANOMALIAS 10

Com a nota GUT das anomalias obtida, foi possível realizar o cálculo da nota
GUT da estrutura utilizando a Equação 3:
Á𝑟𝑒𝑎 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙: 2335,92𝑚2 (100%)
Á𝑟𝑒𝑎 𝐴𝑓𝑒𝑡𝑎𝑑𝑎: 213,48𝑚2 (9,14%)
[(1 × 90) + (10 × 10)]
𝐺𝑈𝑇𝐵𝐿𝑂𝐶𝑂 𝑉 =
100
𝐺𝑈𝑇𝐵𝐿𝑂𝐶𝑂 𝑉 = 1,9

Levando em consideração a classificação proposta no Item 3.3.1, a estrutura


tem desempenho aceitável e precisa de manutenção de rotina. Porém, a anomalia 8
teve valor consideravelmente maior que a média, é sugerido que se faça o reparo para
evitar a piora rápida das condições da estrutura. Com foco nisso foi realizada a análise
das anomalias com as maiores notas GUT, sendo estas as que precisam de reparo
com maior urgência em relação as outras de menor nota. A seguir foi descrito no
manual como corrigir as patologias que acometem a estrutura. No caso do Bloco V, 1
das 17 anomalias se enquadram nesta classificação.

4.3 BLOCO Q

O Bloco Q foi construído no ano de 1970, o qual passou recentemente por


uma reforma em sua cobertura. As anomalias mais observadas neste bloco são
infiltrações e fissuras no chão e no teto como podem ser vistas nas Figuras 10, 11 e
12:
44

Figura 10: Fissura em piso Bloco Q – Anomalia 18

Figura 11: Fissura em laje cobertura Bloco Q – Anomalia 16


45

Figura 12: Infiltração parede Bloco Q – Anomalia 12

Ao final, os dados foram assimilados na Tabela 8 para organizar os resultados


obtidos e poder realizar os cálculos necessários para se obter a nota GUT da
estrutura, conforme é feito a seguir:

Tabela 8: GUT anomalias Bloco Q


GUT BLOCO Q
ANOMALIA G U T TOTAL
1 1 2 2 4
2 1 2 2 4
3 1 1 2 2
4 2 1 1 2
5 1 2 2 4
6 1 2 2 4
7 1 2 2 4
8 1 2 2 4
9 3 2 2 12
10 2 2 1 4
11 2 3 3 18
12 2 2 2 8
13 2 2 2 8
14 3 2 2 12
15 2 2 2 8
16 1 2 1 2
17 2 2 2 8
18 3 2 2 12
46

19 2 2 1 4
20 2 2 2 8
21 1 2 1 2
22 3 3 3 27
23 2 1 2 4
GUT
ANOMALIAS 7

Com a nota GUT das anomalias obtida, foi possível realizar o cálculo da nota
GUT da estrutura utilizando a Equação 3:

Á𝑟𝑒𝑎 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙: 869,75𝑚2 (100%)


Á𝑟𝑒𝑎 𝐴𝑓𝑒𝑡𝑎𝑑𝑎: 169,84𝑚2 (19,53%)
[(1 × 80) + (7 × 20)]
𝐺𝑈𝑇𝐵𝐿𝑂𝐶𝑂 𝑄 =
100
𝐺𝑈𝑇𝐵𝐿𝑂𝐶𝑂 𝑄 = 2,2

Levando em consideração a classificação proposta, a estrutura tem


desempenho aceitável comparando com os outros blocos, precisa de manutenção de
rotina. Porém, como 2 anomalias tiveram valores consideravelmente maiores que a
média,18 e 27, é sugerido que se faça o reparo das mesmas para evitar a piora rápida
das condições da estrutura. Com foco nisso será realizado a análise das anomalias
com maior nota GUT, sendo estas as que precisam de reparo com maior urgência em
relação as outras de menor nota. A seguir foi descrito no manual como corrigir as
patologias que acometem a estrutura.
47

5 MANUAL DE MANUTENÇÃO

O presente manual será específico para as estruturas objeto de estudo deste


trabalho, sendo elas o Bloco B, o Bloco Q e o Bloco V da UTFPR - Campus Pato
Branco. Levando em consideração as maiores notas, as anomalias que se
enquadram nessa categoria são as seguintes: fissuras, trincas, armadura exposta,
segregação, eflorescência e lixiviação.
É importante salientar que a manutenção que se mostra adequada para a
estrutura de estudo é a corretiva, que foi explicada no item 2.8.1 deste trabalho.
Para iniciar o processo de criação do manual foram descritas as correções
adequadas para cada uma das manifestações patológicas citadas. As regiões de
ocorrência das manifestações patológicas identificadas na obra, nos blocos B, V e Q,
seguem expostas no Apêndice D, nas Figuras 106,107 e 108, respectivamente.

5.1 Manifestação Patológica 01 - Fissuras e Trincas

No Bloco B, o que mais foi identificado foram fissuras inferiores a 0,6mm e


que tinham grandes comprimentos, principalmente nas lajes e interligando
perfurações feitas nas mesmas, mas sem a presença de infiltração visível.
No Bloco V, as macro fissuras indicam possíveis problemas na estrutura,
principalmente na sua fundação que pode ter sofrido recalque, pelos fatores
mencionados no item 2.4.1.
No Bloco Q, foram identificadas várias fissuras nas lajes, com infiltrações.
Este bloco passou por uma renovação de toda a sua cobertura recentemente,
deixando o telhado completamente vedado e assim impossibilitando a entrada de
água em contato com a laje de cobertura. Logo o reparo das fissuras será somente
estético.
Nas edificações de estudo, não foi possível o acesso ao projeto estrutural,
contudo, pode-se sugerir que as fissuras e trincas neste item não representam sinais
de colapso estrutural que comprometam a segurança dos usuários ou funcionamento
parcial/total da edificação. A tendência é que a estrutura se estabilize à medida que
seja submetida aos carregamentos de utilização. Após essa estabilização, é feito o
tratamento da fissura.
48

Para o reparo estrutural, recomenda-se que seja realizado reforço de


fundação, por meio de execução de estaqueamento com blocos de coroamento e/ou
sapatas compatíveis com as características do solo. Para tanto, deve-se ter
acompanhamento de responsável técnico legalmente habilitado e realizar estudos
mais aprofundados sobre as características do solo sob a estrutura.
Para o reparo estético, deverá ser removido o revestimento nas regiões em
que ocorrem as fissuras, a fim de identificar se a fissura se propaga na alvenaria ou,
simplesmente se refere apenas ao revestimento argamassado superficial e assim
tomar as medidas corretivas.
O reparo das fissuras será diferente de acordo com a sua causa e
classificação (se é ativa ou passiva), e da necessidade ou não da execução de
procedimentos de reforço ou recuperação. Na Figura 13, Dal Molin (1988) cita os
procedimentos a serem seguidos conforme o tipo de fissura encontrado.

Figura 13: Métodos de reparação de Fissuras

Fonte: Adaptado de Dal Molin (1988)

O procedimento de reparação da fissura começa na limpeza e preparação da


base, onde será realizado o reparo, deve-se garantir que o substrato esteja firme e
coeso, livre de eflorescências, partículas soltas, óleos e mofo, de forma a garantir a
aderência dos materiais utilizados no reparo da estrutura. Em superfícies com elevada
porosidade é recomendado a aplicação de selantes à base de dispersão aquosa de
resina acrílica.
49

Para a camada de regularização, Lordsleem (1997) sugere que se faça um


sulco retangular ou em forma de “V”, e que este seja preenchido com um selante
flexível em que além da vedação, deixa que a fissura se movimente.
Lordsleem (1997) recomenda que a camada de recuperação tem a função de
resistir a pequenas deformações, sendo ela reforçada ou não. No caso da não
utilização do reforço, esta deve ser necessariamente flexível. Nesta camada pode ter
aplicação de reforço com a utilização de telas para combater as tensões de tração e
movimentações da base. Também se recomenda a utilização de reforço metálico nas
proximidades da junção alvenaria-estrutura.
A camada de proteção tem a função de compatibilizar as deformações com a
camada anterior, de forma a evitar a movimentação diferencial entre as mesmas,
proteger de agentes atmosféricos e ações mecânicas que atuam sobre ela e deve ser
feita utilizando materiais que tenham propriedades semelhantes.
A última camada é a de acabamento, a qual confere a tonalidade, textura,
entre outros aspectos visuais semelhantes com as demais da estrutura. Feita com a
pintura adequada, evitando assim a diferença de coloração entre a camada de
acabamento e as demais.

5.2 Manifestação Patológica 02 – Armadura exposta e desplacamento

A corrosão das armaduras e armaduras expostas são as manifestações


patológicas que influenciam diretamente na resistência das peças de concreto armado
e que são fortemente prejudiciais a estrutura e necessitam de reparos a curto prazo.
Quando há o contato do aço com o oxigênio, seja pela umidade infiltrada ou
pelo contato direto com o ar, a armadura oxida e sua oxidação gera a expansão de
seu volume, causando tensões no concreto e consequentemente causando a ruptura,
fazendo com que ele se desprenda do elemento estrutural gerando o desplacamento.
O único Bloco que apresentou estas manifestações patológicas foi o B, onde
pode-se observar nas Figuras 4 e 5 dois locais distintos do bloco onde essa
manifestação patológica está presente. Ao analisar estes e outros locais em que esta
manifestação patológica se encontra, e compará-la com a imagem do autor Helene
(1992), mostrada na Figura 14, pode-se distinguir qual peça está exposta e de que
maneira isto interfere da resistência geral da mesma.
50

Figura 14 : Manifestações típicas de corrosão de armadura

Fonte: Helene (1992)

Helene (1992), ainda sugere que, depois de uma análise minuciosa e do


diagnostico pertinente a patologia se faça a correção. A correção pode ser feita de
diversas formas, de acordo com o nível de deterioração, dentre as quais se destacam:

• Limpar bem a superfície afetada, removendo o concreto e os produtos


de corrosão;
• Reconstituir a seção original da armadura de maneira a manter sua
resistência de projeto;
• Quando a corrosão está em fase inicial e ainda não comprometeu nem
o concreto e nem a armadura, é possível recuperar esta peça estrutural
utilizando diversos tipos de argamassa e eventualmente aplicando-a
em toda a superfície para melhorar o cobrimento;
• No caso de corrosão severa, reforçar o componente estrutural
aumentando suas dimensões.
• Utilizar-se da aplicação de um revestimento de proteção;
• Em casos extremamente graves demolir a estrutura e reconstruí-la.

Para Andrade (1992), ainda existem métodos complementares para a


proteção das armaduras e recuperação de corrosão que podem ser observados na
Figura 15:
51

Figura 15: Métodos complementares de proteção as armaduras

Fonte: Andrade (1992), p 44.

É importante que antes de qualquer que seja o método escolhido sejam


corrigidas as causas do problema, para que, depois de corrigida a manifestação
patológica ela não volte a acometer a estrutura.
A fonte da corrosão das armaduras do Bloco B pode ser descrita pela junção
de diversos fatores, tais como: a falta de cobrimento de armadura, a infiltração aliada
a intempéries, a alta porosidade do concreto, a falta ou inexistência de manutenção,
resultando assim na manifestação patológica observada.
Para a solução do problema da corrosão da armadura neste Bloco, a partir da
análise realizada, pode-se dizer que grande parte das patologias que o acometem
necessitam apenas de:
• uma limpeza da superfície;
• reconstituição da seção original da armadura;
• aplicação de uma nova camada de concreto para garantir o cobrimento ideal
de armadura e,
• utilizar-se da aplicação de um revestimento de proteção.
52

5.3 Manifestação Patológica 03 - Segregação do Concreto

Essa manifestação patológica, durante o estudo, foi encontrada no Bloco B e


pode ser vista na Figura 39 do Apêndice B.
Para Figueirola (2006), a primeira coisa a se fazer no caso de se encontrar
uma peça estrutural com segregação de concreto, e delimitar a área afetada com
desenhos em formato de retângulo ou quadrado. Então, o material que está “solto”
deverá ser removido com o auxílio de um martelo até que se encontre um concreto
que esteja homogêneo e não esteja afetado pela segregação. É necessário garantir,
durante o processo de correção da segregação, que o concreto novo tenha uma boa
aderência com o antigo, isso, segundo a autora, pode ser conseguido utilizando-se de
aditivo plástico.
De acordo com Neto (2016), a falha na concretagem (segregação) pode ser
caracterizada como de pequena e grande profundidade, até 5cm e maior do que 5cm,
respectivamente. Cada uma delas tem uma maneira e um insumo diferente a ser
utilizado em sua correção.
No caso de segregação com profundidade de até 5cm, e recomendado pelo
autor a aplicação de uma argamassa polimérica estrutural ou o uso de adesivos a
base de epóxi para solidificar um novo concreto junto ao antigo. Já nos casos que a
profundidade passa de 5cm, é necessário que seja aplicado graute (argamassa
autoadensável) cimentício fechando toda a extensão do buraco.
Além disso, para evitar futuras segregações é necessário o cuidado na hora
da concretagem, sempre posicionando o vibrador de maneira que toda a área de
concreto possa ser abrangida, também deve-se ter um cuidado com as formas, para
que fiquem bem estáveis e fixas, evitando que a nata de concreto escorra.

5.4 Manifestação Patológica 04 - Eflorescência e Lixiviação

Eflorescência e lixiviação são duas manifestações patológicas que se


relacionam entre si, de modo que, para que haja a lixiviação, deve haver a presença
da eflorescência primeiro.
A eflorescência nada mais é do que sais que mancham a superfície do
concreto ou da alvenaria pela presença de água ou infiltração. Para a correção desta
53

patologia sugere-se uma limpeza superficial para remover as manchas, uma solução
branda de ácido muriático é o produto correto. Porém, como esta patologia se
relaciona a presença de água é necessário descobrir o motivo que está causando a
presença da mesma, de onde a água está vindo, realizar a correção deste problema
e realizar uma impermeabilização adequada para que as manchas não voltem a
aparecer.
Segundo Kerkoff (2017), quando a lixiviação está em seu estado inicial, para
corrigir esta patologia, basta limpar o carbonato de cálcio que ficou na superfície da
estrutura e verificar se não houve nenhum comprometimento estrutural.
54

6 CONSIDERAÇOES FINAIS

Pode-se concluir que a manifestação patológica que mais acomete as


estruturas de estudo é a fissura, representando 43,3% do total das patologias
encontradas, seguida pela armadura exposta que representa 24,4%, estas e as
demais patologias encontradas e suas devidas porcentagens podem ser observadas
na Figura

Figura 16: Gráfico das porcentagens das principais manifestações patológicas encontradas

20%
24%

14%

42%

Armadura Exposta Fissura Eflorescência Infiltração

Em relação ao método escolhido para dar nota as patologias – o Método GUT


- pode-se dizer que é uma ferramenta excelente e facilmente aplicável para ranquear
patologias e hierarquizá-las. O único ônus deste método é a pouca quantidade de
bibliografia adequada e de autores que utilizem o método, mas isso foi superado
utilizando o livro “O método GUT aplicado as estruturas metálicas e as estruturas de
concreto” e autores da área de Administração.
Apesar do método gerar notas que simbolizem o contexto geral da estrutura,
em alguns casos notou-se que as manifestações patológicas com notas mais altas
devem ser analisadas individualmente para que o manual de manutenção seja correto.
Desta forma é aconselhado realizar o reparo em um futuro próximo, utilizando o
Manual de Manutenção, para evitar a piora da manifestação patológica visando que a
mesma não afete a estrutura de forma mais grave.
55

Assim, conclui-se que o bloco B encontra-se com uma grande diversidade de


manifestações patológicas, desde as mais corriqueiras até as mais agressivas a
estrutura. Para este bloco sugere-se a correção a curto prazo das manifestações
patológicas com maiores notas e manutenções corretivas para as demais
manifestações patológicas.
Logo, na estrutura mais nova, o bloco V, foi possível perceber uma grande
quantidade de manifestações patológicas estéticas que, para um usuário leigo, podem
causar desconforto. Também foi possível notar que existe um problema de recalque
neste bloco que está afetando toda a parte nova e sua junta com a parte antiga.
Sugere-se que se realize as manutenções já mencionadas inclusive de sua parte
estrutural.
No Bloco Q, o qual tem a estrutura mais antiga analisada, está em boas
condições de uso levando em consideração a idade da estrutura e comparando o seu
estado com os outros dois blocos analisados. Sua cobertura foi recentemente trocada,
o que elimina boa parte das causas das manifestações patológicas que afligiam a
mesma. Portanto, para este bloco julga-se necessário apenas a correção do que foi
indicado neste trabalho.
Este estudo demonstrou a necessidade de se realizar vistorias frequentes nas
edificações de forma a evitar que pequenas manifestações patológicas se tornem
grandes problemas estruturais a longo prazo, demonstrou também a necessidade de
obras novas terem seu próprio Manual de uso e operação para que seja possível
utilizá-lo quando adequado, e, ressalta também a importância de executar
corretamente as manutenções indicadas e no prazo indicado para que as mesmas
não sejam onerosas e de alto grau de dificuldade.

6.1 Sugestões para trabalhos futuros

Sabendo-se que os objetos de estudo e todos os seus aspectos não foram


esgotados neste trabalho, sugere-se a seguinte abordagem para estudos futuros, de
forma a levantar novas ideias e abrir novos caminhos para outros pesquisadores:

- Estudar a fundo os motivos que estão causando o recalque do bloco V e de que


maneira isto afeta a estrutura como um todo.
56

- Analisar os demais blocos da UTFPR- Campus Pato branco, e compará-los entre si


para reconhecer o método adotado para a realização das manutenções e se elas
realmente ocorrem.

- Investigar as demais áreas das estruturas dos blocos que foram estudados neste
trabalho, como: parte elétrica e hidráulica.
57

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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corrosão de armaduras. Carmona, Antônio e Helene, Paulo R.L. São Paulo: Editora
Pini, 1992. 104P.

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ANTÓNIO, N. (2006), Working Paper nº 106, Grupo Estratégia


Organizacional/ISCTE.

ARIVABENE, Antônio C. Patologias em Estruturas de Concreto Armado: Estudo


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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13752 – Norma de


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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14037 – Manual de uso,


operação e manutenção das edificações – Conteúdo e recomendações para
elaboração e apresentação. 1998.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575 - Edificações


habitacionais – Desempenho, Parte 1: Requisitos Gerais. 2013.

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65

APENDICE A – BLOCO B
66

A anomalia representada na Figura 17 é uma eflorescência em uma viga.


Figura 17 - Anomalia 1 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (2), T (2) e U


(2).

A anomalia representada na Figura 18 é uma armadura exposta, juntamente


com uma eflorescência.
Figura 18 - Anomalia 2 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (2), T (2) e U (2).
67

A anomalia representada na Figura 19 é uma armadura exposta, juntamente


com uma eflorescência.
Figura 19 - Anomalia 3 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (2), T (2) e U (2).

A anomalia representada na Figura 20 é uma armadura exposta e segregação


do concreto.
Figura 20 - Anomalia 4 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 18 pontos, sendo G (3), T (3) e U (2).
68

A anomalia representada na Figura 21 é um desplacamento do concreto.


Figura 21 - Anomalia 5 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 12 pontos, sendo G (3), T (2) e U (2).

A anomalia representada na Figura 22 é um desplacamento com segregação


do concreto e armadura exposta.
Figura 22 - Anomalia 6 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 12 pontos, sendo G (3), T (2) e U (2).
69

A anomalia representada na Figura 23 é uma eflorescência com presença de


fissuras e manchas no concreto.
Figura 23 - Anomalia 7 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (2), T (2) e U (2).

A anomalia representada na Figura 24 um é estribo exposto em uma viga.


Figura 24 - Anomalia 8 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (2), T (2) e U (2).
70

A anomalia representada na Figura 25 é um estribo exposto em uma viga.


Figura 25 - Anomalia 9 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (2), T (2) e U (2).

A anomalia representada na Figura 26 é um estribo exposto em uma viga.


Figura 26 - Anomalia 10 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 12 pontos, sendo G (3), T (2) e U (2).
71

A anomalia representada na Figura 27 é um estribo exposto em uma viga.


Figura 27 - Anomalia 11 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (2), T (2) e U (2).

A anomalia representada na Figura 28 é um conjunto de estribos expostos em


uma viga.
Figura 28 - Anomalia 12 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 18 pontos, sendo G (3), T (3) e U (2).
72

A anomalia representada na Figura 29 é uma eflorescência e mancha no


concreto.
Figura 29 - Anomalia 13 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 18 pontos, sendo G (3), T (3) e U (2).

A anomalia representada na Figura 30 é um conjunto de estribos expostos em


uma viga.
Figura 30 - Anomalia 14 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 12 pontos, sendo G (3), T (2) e U (2).
73

A anomalia representada na Figura 31 é uma armadura exposta, com


segregação do concreto e desplacamento.
Figura 31 - Anomalia 15 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 12 pontos, sendo G (3), T (2) e U (2).

A anomalia representada na Figura 32 é um estribo exposto.


Figura 32 - Anomalia 16 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (2), T (2) e U (2).
74

A anomalia representada na Figura 33 é um conjunto de armaduras expostas,


incluindo estribos e armadura principal.
Figura 33 - Anomalia 17 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 60 pontos, sendo G (5), T (4) e U (3).

A anomalia representada na Figura 34 é uma armadura principal exposta.


Figura 34 - Anomalia 18 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 12 pontos, sendo G (3), T (2) e U (2).
75

A anomalia representada na Figura 35 é uma fissura na laje, apresentando lixiviação.


Figura 35 - Anomalia 19 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 18 pontos, sendo G (3), T (3) e U (2).

A anomalia representada na Figura 36 é uma eflorescência com manchas no


concreto.
Figura 36 - Anomalia 20 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (2), T (2) e U (2).
76

A anomalia representada na Figura 37 é uma fissura com desplacamento.


Figura 37 - Anomalia 21 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 12 pontos, sendo G (3), T (2) e U (2).

A anomalia representada na Figura 38 é um estribo exposto em um pilar.


Figura 38 - Anomalia 22 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (2), T (2) e U (2).
77

A anomalia representada na Figura 39 é uma fissura na laje com manchas no


concreto.
Figura 39 - Anomalia 23 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 18 pontos, sendo G (3), T (3) e U (2).

A anomalia representada na Figura 40 é um estribo exposto em uma laje.


Figura 40 - Anomalia 24 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (2), T (2) e U (2).
78

A anomalia representada na Figura 41 é uma fissura na laje com manchas no


concreto e eflorescência.
Figura 41 - Anomalia 25 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 12 pontos, sendo G (2), T (2) e U (3).

A anomalia representada na Figura 42 é uma fissura na laje com manchas no


concreto e eflorescência.
Figura 42 - Anomalia 26 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 18 pontos, sendo G (3), T (3) e U (2).
79

A anomalia representada na Figura 43 é uma segregação no concreto.


Figura 43 - Anomalia 27 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 12 pontos, sendo G (3), T (2) e U (2).

A anomalia representada na Figura 44 é um conjunto de fissuras e


desplacamento de alvenaria.
Figura 44 - Anomalia 28 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (2), T (2) e U (2).

A anomalia representada na Figura 45 é uma fissura na laje, de grande


extensão (mais de 6m de comprimento), apresentando também eflorescência.
80

Figura 45 - Anomalia 29 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 18 pontos, sendo G (3), T (3) e U (2).

A anomalia representada na Figura 46 é uma viga que esta acometida por


desplacamento, eflorescência, armadura exposta e manchas no concreto.
Figura 46 - Anomalia 30 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 36 pontos, sendo G (4), T (3) e U (3).

A anomalia representada na Figura 47 é uma viga e um pilar que estão


acometidos por desplacamento, eflorescência, armadura exposta e manchas no
concreto.
Figura 47: Anomalia 31 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 60 pontos, sendo G (5), T (4) e U (3).
81

A anomalia representada na Figura 48 é uma viga que esta acometida por


desplacamento, armadura exposta e manchas no concreto.
Figura 48 - Anomalia 32 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 36 pontos, sendo G (4), T (3) e U (3).

A anomalia representada na Figura 49 é uma viga com estribo exposto,


eflorescência e manchas no concreto.
Figura 49 - Anomalia 33 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (2), T (2) e U (2).

A anomalia representada na Figura 50 é uma laje com estribo exposto e


manchas no concreto.
Figura 50 - Anomalia 34 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (2), T (2) e U (2).
82

A anomalia representada na Figura 51 é uma laje com fissura de grande


extensão e manchas no concreto.
Figura 51 - Anomalia 35 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 18 pontos, sendo G (3), T (3) e U (2).

A anomalia representada na Figura 52 é uma viga com fissura que


compromete toda a sua altura.
Figura 52 - Anomalia 36 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 18 pontos, sendo G (3), T (3) e U (2)
83

A anomalia representada na Figura 53 é uma laje com fissura de grande


extensão.
Figura 53 - Anomalia 37 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 6 pontos, sendo G (3), T (2) e U (1).

A anomalia representada na Figura 54 é uma laje com fissura e com


infiltração.
Figura 54 - Anomalia 38 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 6 pontos, sendo G (3), T (2) e U (1).
84

A anomalia representada na Figura 55 é uma laje com fissura de


aproximadamente 60cm de comprimento e 0,5mm de profundidade.
Figura 55 - Anomalia 39 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 18 pontos, sendo G (3), T (3) e U (2).

A anomalia representada na Figura 56 é uma viga que apresenta


desplacamento.
Figura 56 - Anomalia 40 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (2), T (2) e U (2).
85

A anomalia representada na Figura 57 é uma laje com fissura em X com


comprimento aproximado de 2,73m e 0,3mm de profundidade.
Figura 57 - Anomalia 41 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 18 pontos, sendo G (3), T (3) e U (2).

A anomalia representada na Figura 58 é uma junta de dilatação que está


apresentando infiltração e falta de cobrimento.
Figura 58 - Anomalia 42 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 12 pontos, sendo G (3), T (2) e U (2).
86

A anomalia representada na Figura 59 é um pilar que apresenta infiltração


pela junta, oxidação da armadura e estufamento do pilar.
Figura 59 - Anomalia 43 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (2), T (2) e U (2).

A anomalia representada na Figura 60 é uma laje que está acometida por


fissura e por infiltração.
Figura 60 - Anomalia 44 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 18 pontos, sendo G (3), T (3) e U (2).
87

A anomalia representada na Figura 61 é uma laje que está sofrendo lixiviação,


com presença de fissura.
Figura 61 - Anomalia 45 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 27 pontos, sendo G (3), T (3) e U (3).

A anomalia representada na Figura 62 é uma fissura na laje, que está sofrendo


de lixiviação e desplacamento.
Figura 62 - Anomalia 46 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 27 pontos, sendo G (3), T (3) e U (3).
88

A anomalia representada na Figura 63 é uma eflorescência na laje que


apresenta fissuras em seu interior.
Figura 63 - Anomalia 47 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 18 pontos, sendo G (3), T (3) e U (2).

A anomalia representada na Figura 64 é uma fissura na laje com infiltração.


Figura 64 - Anomalia 48 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 27 pontos, sendo G (3), T (3) e U (3).

A anomalia representada na Figura 65 é uma fissura na laje.


Figura 65 - Anomalia 49 B
89

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 18 pontos, sendo G (3), T (3) e U (2).

A anomalia representada na Figura 66 é uma fissura na laje.


Figura 66 - Anomalia 50 B

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 12 pontos, sendo G (3), T (2) e U (2).
90

APENDICE B – BLOCO V
91

A anomalia representada na Figura 67 é uma fissura na alvenaria.


Figura 67 - Anomalia 1 V

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 2 pontos, sendo G (1), T (1) e U (2).

A anomalia representada na Figura 68 é uma fissura na alvenaria a 45°.


Figura 68 - Anomalia 2 V

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 4 pontos, sendo G (1), T (2) e U (2).
92

A anomalia representada na Figura 69 é uma viga com concreto poroso e


infiltração.
Figura 69 - Anomalia 3 V

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (2), T (2) e U (2).

A anomalia representada na Figura 70 é uma viga com concreto poroso e


infiltração.
Figura 70 - Anomalia 4 V

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (2), T (2) e U (2).

A anomalia representada na Figura 71 é uma vedação com macro fissuras por


falta de verga.
Figura 71 - Anomalia 5 V

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 2 pontos, sendo G (1), T (2) e U (2).
93

A anomalia representada na Figura 72 é um pilar com segregação e


eflorescência.
Figura 72 - Anomalia 6 V

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (2), T (2) e U (2).

A anomalia representada na Figura 73 é um pilar com eflorescência.


Figura 73 - Anomalia 7 V

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (2), T (2) e U (2).
94

A anomalia representada na Figura 74 é um pilar com uma macro fissura de


aproximadamente 5mm.
Figura 74 - Anomalia 8 V

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 36 pontos, sendo G (4), T (4) e U (3).

A anomalia representada na Figura 75 é uma infiltração da vedação.


Figura 75 - Anomalia 9 V

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (2), T (2) e U (2).
95

A anomalia representada na Figura 76 é uma fissura na alvenaria de vedação


a baixo da viga.
Figura 76 - Anomalia 10 V

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (2), T (2) e U (2).

A anomalia representada na Figura 77 é uma fissura na alvenaria de vedação.


A urgência no caso dessa fissura é descobrir o motivo que está causando a mesma.

Figura 77 - Anomalia 11 V

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 12 pontos, sendo G (2), T (2) e U (3).
96

A anomalia representada na Figura 78 é uma infiltração no banheiro.


Figura 78 - Anomalia 12 V

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (2), T (2) e U (2).

A anomalia representada na Figura 79 é uma infiltração severa na laje.


Figura 79 - Anomalia 13 V

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 12 pontos, sendo G (3), T (2) e U (2).
97

A anomalia representada na Figura 80 é uma macro fissura sobre a porta que


pode ser vista em ambos os lados da vedação.
Figura 80 - Anomalia 14 V

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 6 pontos, sendo G (1), T (3) e U (2).

A anomalia representada na Figura 81 é uma fissura que vai do piso a laje no


sentido 45°.
Figura 81 - Anomalia 15 V

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 12 pontos, sendo G (3), T (2) e U (2).
98

A anomalia representada nas Figura 82 é uma fissura na laje.


Figura 82 - Anomalia 16 V

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 12 pontos, sendo G (3), T (2) e U (2).

A anomalia representada nas Figura 83 é uma infiltração.


Figura 83 - Anomalia 17 V

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (2), T (2) e U (2).
99

APENDICE C – BLOCO Q
100

A anomalia representada na Figura 84 é uma fissura na vedação.


Figura 84 - Anomalia 1 Q

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 4 pontos, sendo G (1), T (2) e U (2).

A anomalia representada na Figura 85 é uma infiltração.


Figura 85 - Anomalia 2 Q

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 4 pontos, sendo G (1), T (2) e U (2).

A anomalia representada na Figura 86 é uma infiltração e a presença de mofo.


Figura 86 - Anomalia 3 Q

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 2 pontos, sendo G (1), T (1) e U (2).
101

A anomalia representada na Figura 87 é uma rachadura na viga e uma


armadura exposta.
Figura 87 - Anomalia 4 Q

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 2 pontos, sendo G (2), T (1) e U (1).

A anomalia representada na Figura 88 é uma fissura na parede.


Figura 88 - Anomalia 5 Q

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 4 pontos, sendo G (1), T (2) e U (2).
102

A anomalia representada na Figura 89 é uma infiltração.


Figura 89 - Anomalia 6 Q

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 4 pontos, sendo G (1), T (2) e U (2).

A anomalia representada na Figura 90 é uma fissura na alvenaria.


Figura 90 - Anomalia 7 Q

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 4 pontos, sendo G (1), T (2) e U (2).

A anomalia representada na Figura 91 é uma fissura na parte superior da


janela.
Figura 91 - Anomalia 8 Q
103

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 4 pontos, sendo G (1), T (2) e U (2).

A anomalia representada na Figura 92 é uma fissura com infiltração na parte


inferior da janela.
Figura 92 - Anomalia 9 Q

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 12 pontos, sendo G (3), T (2) e U (2).

A anomalia representada na Figura 93 é uma fissura na laje.


Figura 93 - Anomalia 10 Q

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 4 pontos, sendo G (2), T (2) e U (1).
104

A anomalia representada na Figura 94 é uma infiltração severa na parede.


Figura 94 - Anomalia 11 Q

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 18 pontos, sendo G (2), T (3) e U (3).

A anomalia representada na Figura 95 é uma infiltração na parede.


Figura 95 - Anomalia 12 Q

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (2), T (2) e U (2).

A anomalia representada na Figura 96 é uma infiltração severa na parede.


Figura 96 - Anomalia 13 Q

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (2), T (2) e U (2).
105

A anomalia representada na Figura 97 é fissura na laje que cedeu.


Figura 97 - Anomalia 14 Q

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 12 pontos, sendo G (3), T (2) e U (2).

A anomalia representada na Figura 98 é fissura na parede.


Figura 98 - Anomalia 15 Q

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (2), T (2) e U (2).

A anomalia representada na Figura 99 é uma fissura com presença de


infiltração.
Figura 99 - Anomalia 16 Q

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (1), T (2) e U (1).
106

A anomalia representada na Figura 100 é uma infiltração severa na parede.


Figura 100 - Anomalia 17 Q

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (2), T (2) e U (2).

A anomalia representada na Figura 101 é um rebaixamento da laje com


presença de fissura.
Figura 101 - Anomalia 18 Q

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 12 pontos, sendo G (3), T (2) e U (2).

A anomalia representada na Figura 102 é uma infiltração na laje e na parede.


Figura 102 - Anomalia 19 Q

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 4 pontos, sendo G (2), T (2) e U (1).
107

A anomalia representada na Figura 103 é uma infiltração na parede.


Figura 103 - Anomalia 20 Q

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 2 pontos, sendo G (1), T (2) e U (1).

A anomalia representada na Figura 104 é uma parede com infiltração e mofo.


Figura 104 - Anomalia 21 Q

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 8 pontos, sendo G (2), T (2) e U (2).
108

A anomalia representada na Figura 105 é um pilar infiltrado.


Figura 105 - Anomalia 22 Q

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 27 pontos, sendo G (3), T (3) e U (3).

A anomalia representada nas Figura 106 é uma parede com infiltração e


fissuras.
Figura 106 - Anomalia 23 Q

O GUT atribuído a esta anomalia equivale a 4 pontos, sendo G (2), T (1) e U (2).
109

APÊNDICE D – LOCALIZAÇÃO DAS ANOMALIAS EM PLANTA


110

A Figura 107 demonstra a localização das patologias no Bloco B.

Figura 107 : Localização das Patologias no Bloco B

Este Bloco obteve nota GUT final com o valor de 16 pontos.


111

A Figura 108 demonstra a localização das patologias no Bloco V.

Figura 108 : Localização das Patologias do Bloco V

Este Bloco obteve nota GUT final com o valor de 10 pontos


112

A Figura 109 demonstra a localização das patologias no Bloco Q.

Figura 109 : Localização das Patologias no Bloco Q

Este Bloco obteve nota GUT final com o valor de 7 pontos.

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