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Relatório concreto-DETERMINAÇÃO DO MATERIAL FINO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

ENGENHARIA CIVIL

ENSAIO: DETERMINAÇÃO DO MATERIAL FINO QUE PASSA PELA


PENEIRA DE 75 µm

PABLO ANDRÉ DA SILVA VIEIRA


WELLINGTON RODRIGUES GOMES

PALMAS, TO
2023
PABLO ANDRÉ DA SILVA VIEIRA
WELLINGTON RODRIGUES GOMES

ENSAIO: DETERMINAÇÃO DO MATERIAL FINO QUE PASSA PELA


PENEIRA DE 75 µm

Relatório proposto como meio de avaliação da


disciplina Tecnologia do Concreto, do 5º
período do curso de Engenharia Civil da
Universidade Federal do Tocantins - UFT,
Campus Universitário de Palma, sob a
orientação do professor Dr. Fábio Henrique de
Melo Ribeiro.

ENGENHARIA CIVIL – UFT


PALMAS – TO
2023
1. INTRODUÇÃO
Com o crescimento da demanda de obras maiores e que exigem maior
resistência do concreto na construção civil, se tornou necessário um avanço de
mesmo grau ou maior nas tecnologias aplicadas e na rigorosidade dos materiais
usados para a elaboração de um projeto, isso se mostra verdade no estudo do
cimento, do agregado grosso e do agregado fino que se destaca em dois campos,
sua granulometria e teor de material pulverulento presente.
Se define como agregado miúdo: Agregado cujos grãos passam pela
peneira com abertura de malha de 4,75 mm e ficam retidos na peneira com
abertura de malha de 150 µm, em ensaio realizado de acordo com a ABNT NBR
NM 248, com peneiras definidas pela ABNT NBR NM ISO 3310-1.
Entendesse como material pulverulento, todo aquele material presente no
agregado fino capaz de transpassar a peneira de 75 µm seja esse material argila,
silte, matéria orgânica ou pó de rochas.
Segundo a NBR – 7211, os agregados “não devem conter substâncias de
natureza e em quantidade que possa afetar a hidratação e o endurecimento do
cimento, a proteção da armadura contra a corrosão, a durabilidade ou, quando for
requerido, o aspecto visual externo do concreto.”
Com base nessa resolução da NBR-7211 o material pulverulento é
indesejável para a construção civil pois ele causa a perca de aderência do agregado
com a argamassa causando prejuízos na resistência do concreto.
Porém é impossível encontrar um agregado fino que não possua nenhum
tipo de material pulverulento, pois ele esse material é um subproduto da criação
do agregado pela natureza. Então a mesma NBR antes citada, estabelece limites
aceitáveis de matéria fina para determinados usos, que vão ser apresentados
posteriormente no relatório.
2. OBJETIVO

O objetivo do relatório é a realização do ensaio de determinação de


material fino no agregado, usando o procedimento A da NBR NM 46 e discutir
sobre os resultados obtidos, como sua aplicabilidade na construção civil e
exemplos de obras que usam esse agregado.

3. METODOLOGIA

Como antes citado o ensaio segue o procedimento A da NBR NM 46 . em


que a lavagem do agregado para a separação do material fino é feita apenas com
água, sem a presença de agentes umectantes.
Seguindo o protocolo indicado para a realização do ensaio granulométricos
os seguintes materiais foram utilizados. (ilustrados nas figuras 1, 2, 3, 4 e 5):

• Balança com escala legível e resolução de 0,1 g ou 0,1% da carga de


ensaio;
• Peneira com abertura de malha de 75 µ com os requisitos da NM-ISSO
3310-1, (não se utilizou a peneira superior correspondente de 1,18 mm como
pedido na norma);
• 2 Recipientes de vidro (transparente) de tamanho suficiente para conter a
amostra coberta com água e permitir sua agitação vigorosa sem perda de amostra
ou água, (infelizmente os recipientes não continham mesmo peso, porem isso irar
ser considerado no decorrer do relatório);
• Estufa com tamanho suficiente e capaz de manter a temperatura uniforme
de 105 ± 5 0C.
• Duas amostras de agregados natural (areia – seixo) com 500 gramas cada.
Figura 1 – Balança Usada.

Figura 2 – Peneira de 75µm.


Figura 3 – Recipientes 2 e 3.

Figura 4 – Estufa a 105 ºC


Figura 5 – Amostra 2 e 3 contendo 500 gramas cada.
O ensaio de granulometria, desenvolvido nesse estudo, ocorreu no
laboratório de Materias de Construção, localizado no complexo laboratorial de
Engenharia Civil do Campus de Palmas e sob as instruções do professor Dr. Fábio
Henrique de Melo Ribeiro.

O início do estudo se deu com a pesagem de dois Beckers que foram


identificados como Becker 2 e Becker 3, pois esse peso será desconsiderado no
resultado final.
Em seguida foi a vez de mensurar as duas amostras de agregado natural já
sem umidade disponibilizado no laboratório previamente, a balança foi tarada
considerando o peso dos respectivos Beckers para obtenção das 500 gramas
necessárias de agregado.
Com as massas já obtidas se deu início ao processo manual de adicionar
água até cobrir as amostras. Então agitar as amostras e gerar a precipitação das
partículas mais finas que 75 µm, mantendo o agregado mais grosso no fundo do
recipiente e fazendo que o material fino fique diluído na água.
Após a separação das partículas finas em mistura com a água, o liquido foi
jogado sobre a peneira 75 µm que se encontrava sobre a calha de esgoto do
laboratório, fazendo com que o material fino junto com a água saia e qualquer
agregado mais grosso fique preso na mesma. O processo deve ser repetido até que
se considere que a água usada na lavarem seja considerada limpa, mostrando que
todo o material fino foi retirado da amostra.
Com todo o material fino retirado da amostra do Bercker, o agregado que
ficou preso na peneira deve ser novamente integrado a amostra original, isso foi
feito com uma técnica usando água corrente sobre a peneira para unir todo o
agregado e reintegrado no recipiente.
O último processo foi a secagem das duas amostras de agregado lavado na
estufa à temperatura de 105 °C e encontrar a nova massa das amostras estudadas.
4. RESULTADOS E DISCURSÕES

A Tabela 1 indica os valores obtidos das massas para as duas amostras de


agregado natural em relação a suas massas de material fino já desconsiderando as
massas dos Beckers utilizados e suas respectivas porcentagens.

Agregado Massa Massa Material Material


Natural Inicial (g) Final (g) Pulverulento (g) Pulverulento (%)
Becker 2 500 495,7 4,3 0,86
Becker 3 500 496,8 3,2 0,64

Olhando rapidamente a Tabela 1 fica nítido que ambas as amostras


possuem uma baixíssima porcentagem de material pulverulento.
Após essa determinação é feita a media de ambas as amostras para ter um
resultado sobre o agregado.
0,86 + 0,64
= 0,75%
2
Vale lembrar que ambas as amostras devem ser manuseadas e ensaiadas
pela mesma pessoa para garantir um grau de homogeneidade em suas variáveis,
como quantidade de água em cada lavagem, grau de mistura, parâmetro de clareza
da água entre outras.
No ensaio em questão as duas amostras foram manuseadas por diferentes
pessoas por fins didáticos e outros fatores, como tempo e espaço reduzido.
5. CONCLUSÃO

De a cordo com a NORMA BRASILEIRA – 7211 fica entendido que a


porcentagem de material pulverulento presente no agregado fino deve ter um
limite máximo de 3% para Concretos submetidos a desgaste superficial e de 5%
para Concretos protegidos do desgaste superficial. Garantindo que essas
quantidades não causaram problemas relevantes a estrutura.
Após a realização e análise do ensaio para determinação de teor de material
pulverulento do agregado miúdo fornecido, o resultado obtido, foi que a areia
natural usada para o ensaio possui apenas 0,75% de material pulverulento presente
em sua composição, tonando assim o agregado utilizável em ambos os tipos de
concretos antes citados.
No caso do concreto submetido a desgaste superficial, o agregado em
questão pode ser usado sem problemas pois o mesmo tem porcentagem menor que
a máxima permitida pela norma. Sendo assim possível ser usado por exemplo na
fabricação de pisos para postos de combustível, estradas feitas de concreto entre
muitas outras.
O mesmo caso se aplica ao concreto protegido de desgaste superficial que
tem limite máximo maior que o concreto anterior. Isso permite que esse agregado
possar ser usado em pilares, vigas, fundações e diversos outros usos.
6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7211:


Agregados para concreto - Especificação. Rio de Janeiro 2009.

BAUER, L. ª F. “Materias de Construção”; volumes 1 e 2 , 2000 Editora Livros


Técnicos e Científicos, São Paulo – SP.

MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M. CONCRETO: MICROESTRUTURA,


PROPRIEDADES E MATERIAIS. 2° ed. São Paulo: IBRACON, 2014.

NBR NM 46: AGREGADOS – DETERMINAÇÃO DO MATERIAL FINO


QUE PASSA ATRAVÉS DA PENEIRA 75 UM, POR LAVAGEM. Rio de
Janeiro, 2003.

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