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Escola de Guerra Naval: Política de Defesa Nacional Marítima E O Poder Naval Da República de Angola

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ESCOLA DE GUERRA NAVAL

CC (ANGOLA) ANÍBAL AGOSTINHO LOPES

POLÍTICA DE DEFESA NACIONAL MARÍTIMA E O PODER NAVAL DA REPÚBLICA

DE ANGOLA

Rio de Janeiro
Escola de Guerra Naval
2015
1

CC (ANGOLA) ANÍBAL AGOSTINHO LOPES

POLÍTICA DE DEFESA NACIONAL MARÍTIMA E O PODER NAVAL DA REPÚBLICA

DE ANGOLA

Trabalho de Política e Estratégia apresentada à


Escola de Guerra Naval, como requisito parcial
para a conclusão do Curso de Estado-Maior para
Oficiais Superiores.

Orientador: CEMOS 2015

Rio de Janeiro
Escola de Guerra Naval
2015
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 3

1.1 A Importância de uma POLÍTICA DE DEFESA NACIONAL no sistema das


políticas públicas ........................................................................................................................ 3

2. POLÍTICA DE DEFESA NACIONAL. ................................................................................. 4

2.1 Vertente interna ..................................................................................................................... 4

2.2 Vertente externa .................................................................................................................... 4

2.3 Estrutuira das FORÇAS ARMADAS AANGOLANAS ...................................................... 4

3. POLÍTICA MARÍTIMA NACIONAL .................................................................................. 5

3.1 Objetivo geral da Política Marítima Nacional ..................................................................... 5

3.2 Objetivos específicos da Política Marítima Nacional........................................................... 5

4. PODER NAVAL .................................................................................................................... 6

4.1 Estrutura orgânica da MGA .................................................................................................. 7

4.2 Sistema de forças .................................................................................................................. 7

4.3 Definições das unidades da MGA ........................................................................................ 8

4.2 Definições das forças da MGA............................................................................................. 9

CONCLUSÃO. ......................................................................................................................... 10

REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 11
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1 INTRODUÇÃO

Fruto da globalização, o mundo hoje apresenta-se como uma complexa teia de


interdependências, pelo que a sua formulação não deve deixar de considerar as ações de
carácter interno, bem como todos os condicionalismos decorrentes da evolução da situação
internacional.

A Política de Defesa Nacional é o documento orientador e doutrinário, destinado a


coordenar as ações sob tutela do Ministério da Defesa Nacional, estabelecendo como
objetivos a preparação e o emprego dos setores militar e civil em todas as esferas do Poder
Nacional, em prol da Defesa Nacional.

É imperiosa a adoção desse instrumento, tendo em conta que a República de Angola é


um Estado soberano, democrático e de direito e necessita regular a composição de uma Força
de Defesa Nacional, garantindo assim a segurança de sua soberania. A Política de Defesa
Nacional pressupõe a defesa do território nacional, mantendo suas fronteiras invioláveis.
Trata-se de uma política e atividade permanente, global, interdisciplinar e interdepartamental,
que se integra na Política Nacional e se correlaciona com as demais políticas setoriais, numa
diversidade de interesses e responsabilidades mútuas, visando a garantia da independência
nacional, a integridade territorial, o asseguramento da liberdade e segurança pública.

Os objetivos descritos são sem sombra de dúvidas prioritários para a Defesa Nacional.
A natureza difusa e diluida dos riscos e ameaças aconselham uma maior prudência no
tratamento dessas questões.

1.1 A IMPORTÂNCIA DE UMA POLÍTICA DE DEFESA NACIONAL NO SISTEMA


DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

Nenhuma política existe num vazio social ou em termos estritamente abstratos. Ela
responde a questões concretas, e estas por sua vez, estão inseridas numa certa hierarquia de
questões nacionais.

A noção de agrupamento institucional conduzirá diretamente às políticas públicas


interdepartamentais. A área problemática em que tradicionalmente se situa a Política de
Defesa Nacional (PDN) é uma das que registram nos últimos anos as mais profundas
alterações, ainda que essas não se manisfestem do mesmo modo que outras alterações. Desde
logo, houve uma alteração significativa na PDN no que concerne ao problema em si mesmo a
que esta política pública pretende responder. Portanto, a análise da PDN e dos conceitos
associados tem por finalidade principal o estudo das suas condições de atualização, de
ajustamento às realidades contemporâneas. A PDN é uma questão de ordem política, que
compete aos decisores políticos legitimados e cujo conteúdo varia com o tipo de linha política
dominante que se estabelecer. Pretendemos aqui definir, numa óptica analítica, o sistema de
componentes que permite constituir uma PDN que respeite a forma contemporânea de valores
essenciais como a independência nacional e a autonomia de decisão possível.
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A PDN, deve estar estruturada ao mais alto nível da decisão política, seguindo uma
regra bem expressa em Clausewitz (1984 p. 87) "...os assuntos das guerra só têm sentido
como expressão política...".

2 POLÍTICA DE DEFESA NACIONAL

A República de Angola, na adoção das suas políticas públicas, orienta a seleção,


preparação e utilização dos mecanismos para a garantia da segurança nacional, a nível interno
e externo.

2.1 Vertente interna

A PDN consiste no conjunto de princípios, objetivos, estratégias, orientações e


medidas adotadas para assegurar a Defesa Nacional nos termos do artigo 2º da Lei nº 2/93 de
26 de Março de Defesa Nacional e das Forças Armadas Angolanas, reafirmando no contexto,
a garantia do exercício de sua soberania e independência nacional, do seu patrimônio, bem
como a proteção e a consecução de seus interesses, aspirações e objetivos, atuando com plena
autonomia e livre de qualquer subordinação frente aos riscos e ameaças. Face aos riscos e
ameaças que se colocam à Segurança e Defesa Nacional, a componente militar da PDN, as
Forças Armadas Angolanas (FAA), devem estar permanentemente preparada para reagir a
qualquer forma de investida do exterior, em estreita coordenação com os demais órgãos de
Segurança Nacional.

Depois do fim das hostilidades militares em 2002, decorre o processo de reedificação


das FAA, com a missão principal da defesa do país. As FAA desempenham também as
missões que lhes são atribuídas, nos termos da lei e demais regulamentos, por exemplo, na
execução dos objetivos da PDN. Por outro, para além da defesa da pátria, participam no
esforço da reconstrução nacional, nomeadamente na reposição de pontes, estradas,
desminagem, reforçando sinergias em situações de calamidade natural, particularmente no
apoio direto às populações afetadas.

2.2 Vertente externa

No quadro internacional, a componente militar da PDN, as FAA têm prosseguido uma


política de cooperação, defesa e segurança com o exterior, em conformidade com a política de
relações exteriores do Governo angolano, no âmbito da participação nas missões das
operações de apoio e manutenção da paz, sob a égide da Organização das Nações Unidas
(ONU), União Áfricana (UA), Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral
(SADC), Comunidade Econômica dos Estados da África (CEEAC) e com os países da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), bem como com outros países de
interesses comuns.
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2.3 Estrutura das FAA

A estrutura das FAA está prevista e estatuída na Lei nº 2/93 de 26 de Março de Defesa
Nacional e das Forças Armadas Angolanas, nos artigos 27º à 34º, assim descriminada:

a) Chefe do Estado Maior General das FAA (CEMGFAA), é o Chefe Militar de mais
elevada autoridade na hierárquia das FAA, é o Presidente do Conselho de Chefes de Estado
Maior, membro do Conselho de Defesa Nacional e o principal responsável perante o
Presidente da República, Ministro da Defesa Nacional pela execução das deliberações
tomadas em matéria da componente militar da Defesa Nacional, sendo coadjuvado por dois
(2) adjuntos; exercendo seu poder de Comando e Controle por meio dos Comandantes dos
três Ramos (Exército, Marinha e Força Aérea). Portanto, as FAA têm como papel a garantia
da independência e da soberania, entendida como a proteção contra toda a tentativa de impor
uma vontade alheia aos interesses do país e o seu emprego na garantia da lei e da ordem,
regido por legislação específica.

3 POLÍTICA MARÍTIMA NACIONAL

A Política Marítima Nacional (PMN) consubstancia-se na proteção do oceano, das


águas continentais e das demais zonas de interesses que pertencem ao domínio marítimo da
República de Angola. a PMN é um vetor da política nacional, definindo os objetivos
marítimos do Estado em relação ao uso, exploração, conservação do ambiente marítimo.

A República de Angola, sentindo a necessidade da proteção da sua Zona Econômica


Exclusiva (ZEE), criou a PMN, para a garantia dos recursos naturais, importantes para o seu
crescimento econômico e respectivo desenvolvimento. No entanto, o Ministério da Defesa
Nacional (MINDEN), por meio da Marinha de Guerra Angolana (MGA), é o responsável
pela proteção dos interesses marítimos nas águas territoriais e na ZEE.

3.1 Objetivo geral da Política Marítima Nacional

Para a obtenção de maior benefício com o uso e usufruto do mar, rios e lagos
navegáveis, bem como zonas de domínio marítimo, mediante o conhecimento pleno da
realidade marítima angolana, adotou-se medidas para racionalização na execução de uma
coordenação horizontal adequada entre os diversos setores intervenientes.

3.2 Objetivos específicos da Política Marítima Nacional

a) assegurar uma racional utilização do mar e seus recursos, fortalecer a integração da


República de Angola e de seus interesses marítimos no desenvolvimento internacional e no
cumprimento das normas que regulam o uso dos oceanos, mares e águas continentais;

b) fortalecimento da posição de Angola como país marítimo, vigilância e o controle


marítimo;

c) assegurar a conservação do meio ambiente marítimo, fluviais e lacustre;

d) fortalecimento da consciência marítima nacional e desenvolvimento humano, como


meio impulsionador para potencializar a identidade marítima;
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e) promoção dos níveis de ciência, investigação tecnológicas e inovação aplicavéis às


atividades marítimas.

4 PODER NAVAL

Angola situa-se no quadrante mais importante da África subsariana e em particular da


África Austral, banhada pelo Oceano Atlântico, rico em recursos marinhos vitais para sua
economia.

A MGA desenvolve suas capacidades para efetuar operações no âmbito das suas
atribuições, garantindo a integridade e soberania nacional, bem como na defesa de seus
interesses. Para execução de suas atribuições conta com meios de superfície e forças de
fuzileiros navais e operações especiais.

A Marinha de Guerra tem como missão aprontar as forças necessárias para de modo
independente ou em cooperação com os outros Ramos das FAA, para proceder a:

No quadro da segurança:

- Execução da Defesa Naval do Território Marítimo contra os ataques de forças


navais, incluindo a vigilância e controle das águas jurisdicionais, e do espaço aéreo
sobrejacente ao território marítimo, garantindo uma capacidade de combate naval para
impedir o eventual agressor de contornar o nosso dispositivo terrestre utilizando o
mar, protegendo as vias marítimas e portos nacionais (contra ataques navais e minas)
por onde transitarão os abastecimentos e os reforços;

- Execução da defesa das vias fluviais navegáveis do país;

- Realização de ações de apoio naval às tropas do Exército em ação ao longo da costa


e dos rios, bem como da cooperação com o Exército e Força Aérea na proteção de
linhas de comunicação marítima estratégicas;

- Participação nas missões de intervenção rápida (apoio de fogo naval, desembarque


naval e transporte naval e fluvial) em partes ameaçadas do território nacional, e se
necessário, em espaços externos de interesse localizados na região;

- Participação na satisfação dos compromissos internacionais do Estado angolano, tais


como missões de defesa conjunta de eventuais alianças (contribuindo com forças e
meios de apoio naval), missões de cooperação técnico-militar e missões de
manutenção da paz.

No quadro do desenvolvimento:

• - Realização e ou participação em missões de interesse público, nomeadamente


missões de cooperação com entidades marítimas (exercício da autoridade e segurança
marítima na ZEE ou zona sob responsabilidade nacional, das atividades de
investigação científica nos portos, na costa e no mar nos domínios da hidrografia e
hidronavegação, da oceanografia física e da geologia submarina), missões de
cooperação com a reconstrução e desenvolvimento do país (colaboração na
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transportação naval e fluvial) e missões de assistência humanitária (colaboração no


socorro e assistência às populações em situação de risco e na evacuação sanitária);

- Execução e ou participação na satisfação dos compromissos internacionais do Estado


Angolano, tais como missões de segurança marítima nas águas de jurisdição ou de
responsabilidade nacional (sinalização naútica e salvaguarda da vida humana no mar)
e missões de assistência humanitária (execução de ações de busca e salvamento
relativas a navios ou aeronaves em perigo e colaboração nas ações de socorro e
assistência às populações em situação de catástrofe ou calamidades e acidentes
naturais).

4.1 Estrutura orgânica da MGA

A MGA está organizada em Comando e Estado-Maior, Órgãos, Unidades e


Estabelecimentos Militares.

Cabe ao Comandante da Marinha de Guerra Angolana (MGA): dirigir, coordenar e


administrar o respetivo Ramo; apresentar para aprovação do CEMGFAA, os projetos de
proposta de orçamento do respectivo Ramo e dirigir a correspondente execução; definir a
doutrina de emprego e a organização, apetrechamento e instrução do Ramo; definir as
necessidades do respectivo Ramo em infraestruturas militares; solicitar a autorização do
CEMGFAA para realizar manobras e exercícios militares do Ramo e dirigí-los.

- Meios da MGA são: Os Navios de Superfície, os Submarinos, a Aviação Naval, a


Defesa Costeira (artilharia e foguetes de costa), as Tropas Radiotécnicas, a
Infantaria/Fuzileiros Navais, a Engenharia, a Defesa Nuclear, Química e Biológica e as
Comunicações.

- Os Serviços da MGA são: Contra-Inteligência Militar, Educação Patriótica, Ensino e


Preparação de Tropas, Logística, Infra-estruturas, Armamento e Técnica, Pessoal e Quadros,
Saúde, Transportes Militares, Inteligência Operativa e Guerra Electrônica, Topografia,
Criptografia, Informática, Polícia Naval, Justiça Militar, Administração e Finanças,
Meterologia e Navegação, Serviço de Tropas, Meteorologia e Oceanografia, Controle de
Tráfego Marítimo, Hidrografia e Navegação, Serviço de Busca, Salvamento e Resgate,
Serviço de Mergulho, Intercâmbio, Cooperação, Relações Públicas e o Serviço de Música.

SISTEMA DE FORÇAS

O Sistema de Forças da MGA compreende uma componente Naval e outra Costeira.

Componente Naval:

- Navios de Superfície (de Choque e de Apoio) e Submarinos;

- Aviação Naval (de asa fixa e helicópteros);

Componente Costeira:

- Força de Fuzileiros Navais;


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- Brigadas de Defesa Costeira;

Unidades Radiotécnica de Observação Costeira e Guerra Eletrónica.

Quadro de Pessoal da MGA é de até 14.000 militares.

4.2 Definição das unidades da MGA

As Unidades da MGA são: a Seção, o Pelotão, a Bateria, a Companhia, o Navio, o


Batalhão, o Grupo, o Regimento, a Esquadrilha, a Brigada, a Base, a Esquadra, a Flotilha e a
Frota;

Os Estabelecimentos da MGA são: as de Ensino Militar, Judiciais Militares,


Oficinas Militares e outros. Para o cumprimento de determinadas missões, em tempo de
guerra, as Unidades da MGA podem assumir a organização operacional temporária de
Destacamento, Grupo de Combate, Grupo Tático, Agrupamento Tático, Agrupamento
Operativo-estratégica .

O Navio, a Companhia (Bateria, Batalhão) são as unidades tácticas básicas de


formação constante e podem ser: Bateria/Grupo de artilharia e foguetes de costa,
Companhia/Batalhão de Tropas rádio técnicas e Companhia/Batalhão de outras Classes,
Armas e dos Serviços.

O Regimento (Esquadrilha de Navios) e a Brigada são as Unidades tácticas


principais de formação variável e de diferentes destinações, por exemplo: Brigada de Navios,
Brigadas de Infantaria/Fuzileiros, de Tropas Radiotécnicas e de Defesa Costeira.

A Esquadra Naval Operacional (Base Naval) é a maior Unidade tática, composta


por Unidades de Choque e de asseguramento combativo.

A Flotilha é a Unidade Operativa da Marinha de formação eventual e variável e que


está destinada para a condução de operações no teatro de guerra naval. Na sua composição
pode haver Brigadas Independentes de Navios.

A Frota (Agrupamento Operativo Estratégica) é a Unidade Operativa Estratégica


temporária da MGA de formação variável e que está destinada para a condução de operações
no teatro de guerra naval. Na sua composição pode haver Flotilhas, Esquadras, bem como
outras Unidades, Armas e Serviços.

4.3 Definição das forças da MGA

- Os Navios constituem a principal força da MGA que é equipada e destinada para o


combate naval, apoio de fogo às Unidades do Exército, desembarque naval, transportação
marítima e defesa anti-aérea, e segundo a destinação, divide-se em navios de superfície e
submarinos. Possui grande poder de golpe e de manobra.

- A Defesa Costeira constitui a Arma da MGA que é equipada (com meios navais e de
artilharia e foguetes costeiros) e destinada a defesa da costa do país.
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- A Defesa Anti-Aérea constitui a Arma da MGA que é equipada e destinada para a


defesa anti-aérea de tropas (bases e unidades na costa).

-As Tropas Radiotécnicas constituem a Arma da MGA que é equipada e destinada


para realizar a vigilância marítima, descoberta de objetos no mar e aviso marítimo e o
asseguramento de radares as Unidades navais.

- A Engenharia Naval constitui a Arma da MGA que é equipada e destinada para a


realização de tarefas de acondicionamento das bases operacionais da MGA, de fortificação
das posições da defesa costeira, da obstaculização com minas e engenhos explosivos na costa,
da limpeza subaquática de engenhos explosivos, colocação subaquática de engenhos
explosivos, da limpeza de cascos de navios, limpeza do fundo marinho e de camuflagem.

- As Comunicações constituem a Arma da MGA que é equipada e destinada para a


realização do asseguramento de comunicações necessário ao Comando e Direção na Marinha
e da salvaguarda da navegação marítima.

- A Defesa QBN constitui a Arma da MGA que é equipada e destinada para a


realização de tarefas de controle químico, biológico e radioativo e de descontaminação
química, biológica e radioativa.

- A Força de Fuzileiros (infantaria/fuzileiros) constitui a Arma da MGA que é


equipada e destinada para a realização do combate contra o desembarque naval e outras ações
ofensivas, bem como do desembarque naval. As Unidades que compõem a força é variável de
acordo com a natureza das atividades requeridas e podem atuar independentemente ou
integradas na Força.

- A Polícia Naval constitui a tropa que é equipada e destinada a realizar a defesa


imediata e ordem interna das Unidades da MGA.
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5. CONCLUSÃO

Analisadas de forma sintética as questões que se prendem com a PDN, podemos


concluir o seguinte:

a) as questões da defesa da integridade territorial e da soberania nacional, não podem,


nos dias de hoje, serem analisadas somente na base das ameaças e riscos tradicionais das
quais ressaltam as missões convencionais das FAA, mas também de outras de maior
complexidade dada à sua dimensão e consequências;

b) no quadro internacional, a componente militar da defesa nacional, as FAA deverão


prosseguir uma política de cooperação, defesa e segurança com o exterior, em conformidade
com a política de relações exteriores do Estado angolano, no âmbito da paticipação das
missões de operações de apoio e manutenção da paz sob a égide da ONU, UA, SADC e
CEEAC e com os países da CPLP, bem como com outros países de interesses.

Por fim, a República de Angola, adotou a PMN, a fim de manter o controle e


monitoramento da exploração de seus recursos naturais no mar territorial e na ZEE,
protegendo dessa forma seu meio ambiente marítimo.
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REFERÊNCIAS

Constituição da República de Angola;

Lei da Defesa Nacional e das Forças Armadas Angolanas;

VALENÇA, F.F. - "Uma perspectiva Introdutória aos Conhecimentos sobre Segurança e


Defesa, Nacionais e Afins", Nação e Defesa, Ano XII, 41, Jan.-Mar;

Bernardino, Luís Manuel Brás "A Posição de Angola na Arquitetura de Paz e Segurança
Africana" Análise da Função Estratégica das Forças Armadas Angolanas
Edição/reimpressão:2013-Edições Almedina. ISBN: 9789724050003.

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