Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Artigo Labio Leporino

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 18

FISSURA LÁBIO-PALATAL : UMA REVISÃO DE LITERATURA

Paula Katerine Lisbôa¹, Vanessa Pereira Rocha², Regina Pini³

RESUMO

A fissura lábio palatina (FLP) é uma malformação congênita, decorrente da falta de fusão do
palato durante o período intra-uterino, sendo incluída entre as anomalias mais comuns. As FLP
ocorrem em aproximadamente 1/650 nascimentos no Brasil. Realizou-se pesquisa de revisão
bibliográfica online, bem como livros e periódicos, utilizando-se as palavras chaves fissuras
labiais e palatinas. Buscou-se na base de dados LILACS, MEDLINE e Scielo de artigos
publicados entre 1977 a 2010. Há uma considerável variação na proporção de casos com FLP
associados a anomalias congênitas e síndromes. A partir do diagnóstico a equipe
multidisciplinar pode atuar buscando além da correção das malformações e problemas
associados, a reintegração desse paciente à sociedade. Conclui-se que a assistência adequada a
ser prestada ao paciente fissurado demanda além de treinamento técnico, habilidade e
sensibilidade da equipe multidisciplinar, o que a torna capaz de perceber e intervir na dimensão
biopsicossocial e espiritual da criança e família.

Palavras-chave: Fissura lábio palatal. Tratamento. Assistência de enfermagem.

ABSTRACT

The cleft palate is a congenital malformation, resulting from lack of fusion of the palate during
the intrauterine period, being are included among the most common anomalies. The cleft lip
and palate occur in approximately 1/650 births in Brazil. We conducted a literature review of
research online, as well as books and periodicals, using the words keys cleft lip and palate. We
tried to in database LILACS, MEDLINE and SCIELO articles published between 1977 to
2010. There is considerable variation in the proportion of cases with FLP associated congenital
anomalies and syndromes. Since the as diagnosis of a multidisciplinary team can act that
looking beyond the correction of malformations and associated problems, with the reintegration
to society of this patient. Concludes that the appropriate assistance to be delivered to patient
demand cracked beyond technical training, skill and sensitivity of the multidisciplinary team,
which makes it able to understand and intervene in the biopsychosocial and spiritual
dimensions of child and family.

Key words: Cleft lip and palate. Treatment. Nursing care.

¹Graduada em Enfermagem pelo Instituto de Ensino Superior de Londrina – INESUL.


²Graduada em Enfermagem pelo Instituto de Ensino Superior de Londrina – INESUL.
³Docente do curso de Graduação em Enfermagem do Instituto de Ensino Superior de Londrina – INESUL.
9

INTRODUÇÃO

As fissuras labiopalatinas são malformações congênitas identificadas pela presença de


fenda na região óssea ou mucosa da abóbada palatina, podendo ser completas e totais
(FIGUEIREDO et al., 2004).
Por isso, o primeiro desafio que as crianças têm ao nascer com uma malformação
congênita de fissura labiopalatina é de sofrer interferências em seu dia-a-dia (ARARUNA;
VENDRÚSCOLO, 2000), o maior é a dificuldade para alimentar-se, podendo ocasionar
desnutrição, anemia, pneumonia aspirativa e infecções de repetição (RIBEIRO; MOREIRA,
2005).
Com o propósito de melhorar e fazer com que a criança tenha uma vida normal, o
tratamento tem como aspectos propiciar nutrição, estimulação neurossensorial e harmonia com
a família, por meio de assistência e orientação aos pais (ARARUNA; VENDRÚSCOLO,
2000).
Com o intuito de buscar assistência adequada a ser prestada a criança com essa
patologia, a procura de treinamento técnico, sensibilidade e habilidade da equipe
multidisciplinar tornam capaz a percepção e intervenção na dimensão biopsicossocial e
espiritual da criança e da família (SANTOS; DIAS, 2005).
Para que haja um tratamento eficaz, é necessário que seja efetuado por uma equipe
multidisciplinar envolvendo ginecologista obstetra, geneticista, cirurgião plástico, pediatra,
nutricionista, fonoaudiólogo, psicólogo e odontólogo (RIBEIRO; MOREIRA, 2005).
Portanto, a enfermagem juntamente com essa equipe multidisciplinar, é parte atuante
no processo de reabilitação, tendo como objetivo integrar o paciente para assegurar a
continuidade do tratamento (SPIRI; LEITE, 1999).
Assim, com este trabalho pretendemos adquirir conhecimento científico sobre a
assistência de enfermagem a crianças com fissuras lábio-palatal de forma a orientar o
profissional de enfermagem quanto às dúvidas encontradas durante os cuidados e convívio da
família com esses pacientes.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo com levantamento bibliográfico de artigos e livros


existente sobre o tema proposto. Foi realizado levantamento de artigos dos últimos 33 anos
10

(1977 a 2010) via online, banco de dados como Lilacs (Literatura Latino Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde), Medline (National Library of Medicine) e Scielo utilizando os
unitermos: fenda palatina, lábio leporino, assistência de enfermagem.
Segundo Cervo e Bervian (2002) estudos descritivos citam as características,
propriedades ou relações existentes no grupo ou da realidade em que foi realizada a pesquisa.

DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO

O desenvolvimento do palato inicia-se no final da quinta semana e não se completa


antes da 12ª semana, sendo o período propício a malformação o final da sexta semana até o
início da nona semana (MOORE; PERSAUD, 2008).
O palato se desenvolve em duas etapas: primário e secundário. O palato primário é
uma massa mesênquima em forma de cunha entre as superfícies internas das saliências
maxilares das maxilas em desenvolvimento, ou seja, ele forma a parte pré-maxilar da maxila
(MOORE; PERSAUD, 2008).
O palato secundário é composto por partes duras e moles do palato, ele começa a se
desenvolver a partir de duas projeções mesenquimais que se estendem das faces internas das
saliências maxilares (MOORE; PERSAUD, 2008).
Após o desenvolvimento da mandíbula, a língua desloca-se assumindo a posição
inferior da boca. Em seguida os processos palatinos laterais se alongam e vão para uma posição
horizontal superior à da língua (MOORE; PERSAUD, 2008).

CLASSIFICAÇÃO

A fenda palatina provê da falta de fusão ou da fusão incompleta dos processos laterais
do palato (CARLSON, 1996), sendo nos casos de menor gravidade apenas o palato secundário
fendido, deixando óbvio ao exame a úvula bífida. Mas quando a fenda é maior
proporcionalmente, envolve também palato duro, e a fenda pode abranger a saliência alveolar,
no caso de existir o lábio leporino (STEVENS; LOWE, 2002).
A fissura do lábio é conhecida também como lábio leporino, que varia de um pequeno
entalhe na borda da mucosa labial até a divisão completa que se prolonga até o assoalho do
nariz, podendo ser uni ou bilateral (VANGHAN; McKAY, 1977). Entretanto, é normalmente
11

encontrado no lábio superior e em uma disposição paramediana (GARDNER; GRAY;


RAHILLY, 1988).
Ao estar relacionada ao lábio leporino, a fenda palatina possibilita o comprometimento
da linha média e alastra-se pelo palato mole em um ou em ambos os lados (WONG, 1999).

As fissuras são classificadas em:


 Pré-forame incisivo:
Unilateral- direita ou esquerda, ambas completas ou incompletas;
Bilateral- completa ou incompleta;
 Transforame incisivo:
Unilateral- direita ou esquerda, ambas completas;
Bilateral- completa;
 Pós-forame incisivo:
Completa ou incompleta (FARAJ; ANDRÉ, 2007).
12

INCIDÊNCIA

A incidência de nascidos vivos com lábio leporino, associado ou não à fissura palatina
é cerca de 1 em 800. Logo em fenda palatina isolada é de 1 em 2000 (WONG, 1999), porém
pode variar de acordo com a área geográfica e a situação socioeconômica (CUNHA et al.,
2004).
No Brasil especificamente, de acordo com a Organização Mundial de Saúde existe
cerca de 1 criança com fissura para cada 650 nascidas, totalizando aproximadamente 5800
novos casos todos ao anos. Entretanto, não se sabe quantas já receberam tratamento, devido à
grande demanda de crianças com fissura, o que torna alarmante a partir do momento em que o
Sistema de Saúde Público não consegue atender nem metade desses pacientes (OPERAÇÃO
SORRISO BRASIL, 2010).
No entanto, é mais comum a fenda palatina no sexo feminino por estar relacionada aos
processos laterais do palato que se fundem aproximadamente uma semana mais tarde do que no
13

sexo masculino, visto que o lábio leporino, com ou sem fenda palatina é mais comum no sexo
masculino (BUNDUKI et al., 2001).
Para Wong (1999), o defeito aparece mais frequentemente em crianças orientais e em
certas tribos de americanos nativos do que em brancos e menos freqüentemente nos negros.

FATORES RELACIONADOS

As fendas labiais e palatinas devem ser investigadas, pois podem apresentar síndromes
associadas ou não, como por exemplo, a síndrome de Patau (trissomia 13), já que está presente
em metade dos casos (OTTO; OTTO; FROTA-PESSOA, 2004).
Podem surgir esses defeitos de fendas juntamente com outros defeitos de nascimento,
principalmente com anomalias cardíacas, já que as células da crista neural têm um papel
importante na morfogênese de todas essas estruturas (SADLER, 2007).
Outro fator que pode estar relacionado à fenda palatina é a doença da orelha média que
é caracterizada por persistência de pressão negativa ou por secreção, pois todo paciente com a
malformação apresenta a tuba auditiva funcionalmente obstruída, e corre o risco de desenvolver
otite média (PEREIRA; RAMOS, 1998).
Segundo Priscila Otto, Paulo Otto e Oswaldo Frota-Pessoa (2004) o lábio leporino
associado ou não ao palato fendido é condicionado por mecanismo multifatorial, ou seja,
depende de predisposição hereditária, de natureza poligênica, associada às influências
ambientais.
Em alguns casos, as fendas podem desenvolver-se devido à ação de teratógenos
químicos, como drogas anticonvulsionantes (CARLSON, 1996).
O uso de medicamentos parece ter grande importância como à exposição ao grupo dos
antibióticos, por exemplo, a penicilina, biossintéticas, ampicilinas e tetraciclinas; dos
antifúngicos principalmente nistatina; dos antiinflamatórios como diclofenacos de sódio e
potássico; e diferentes drogas broncodilatadoras como fenotenol e salbutamol, pois agem no
mecanismo de ação que intervém no desenvolvimento embrionário, resultando na falha parcial
de fusão dos processos nasais médios e outras anormalidades (LEITE; PAUMGARTTEN;
KOIFMAN, 2005).
Os fatores ambientais podem influenciar; os vírus, pesticidas, álcool, fumo, drogas
como antagonistas do ácido fólico, corticóides, ácido retinóico e hipoxia, porém ainda é
14

necessária a realização de estudos mais específicos para que haja comprovação (RIBEIRO;
MOREIRA, 2005).
Contudo, a grande maioria dos casos de fenda palatina isolada ou com lábio leporino,
expõe uma base multifatorial de herança, onde fatores genéticos e ambientais atuam no sentido
de causar a fenda, desde que um resultado seja alcançado através de exames realizados pelo
geneticista (TAEUSCH; AVERY, 2003).
É importante que a gestante tome antes de engravidar a vacina contra rubéola, e evite
fazer uso de drogas ilícitas, bebidas alcoólicas, cigarro e medicamentos, somente o que for de
extrema necessidade (SANTOS; DIAS, 2005).
No entanto, estatísticas norte-americanas indicam que aproximadamente metade das
gestantes que tem uma gravidez não planejada expõe seus fetos ao efeito de medicamentos
(LEITE; PAUMGARTTEN; KOIFMAN, 2005).

ASPECTO PSICOLÓGICO

Com o uso da ultrassonografia, durante a realização de consultas pré-natais, é possível


diagnosticar anomalias faciais a partir da 14ª semana de gestação, possibilitando situações a
onde o aconselhamento e condutas poderão ser planejadas antecipadamente, evitando trauma
psicológico aos pais (BUNDUKI et al., 2001).
O comunicado do diagnóstico de fissura lábio–palatina quanto à extensão do defeito
deve ser feito de uma forma que possa traçar um panorama de orientação e aconselhamento,
tendo por base os tratamentos já realizados e a equipe multidisciplinar. Planejamentos e
orientações aos pais melhoram o aspecto psicológico do tratamento e levam a um resultado
positivo da família frente ao neonato e a aceitação da família (VACCARI-MAZZETTI;
KOBATA; BROCK, 2009).
Com o nascimento de uma criança portadora de fissura lábio palatina estará afetando
uma família como um todo no qual estes deverão incluir em sua nova rotina um tratamento que
poderá percorrer por tempo indeterminado, podendo acarretar dificuldades com o cuidado dessa
criança, uma vez que o sonho de toda família é a aparência de um bebê perfeito e no momento
da descoberta da mal–formação esse sonho terá desmoronado. A família só terá condições de
cuidar dessa criança quando ela conseguir aceitar as adversidades da vida, entretanto cada
membro da família reagira de maneira inesperada (PARANÁ, 2010).
15

Uma família de estrutura forte e acolhedora e com capacidade de resistir a tais


problemas, pode mudar a forma de agir se sentindo culpada e abalada com o nascimento de
uma criança com deficiência. Um recém–nascido com fissura lábio palatino muitas vezes gera
surpresa com sensação de impotência e culpa por não terem conseguido gerar uma criança
normal (SILVEIRA; WEISE, 2008).
A mãe ao dar a luz a um filho, momento este esperado por nove meses, quando
percebe a fissura palatina passa por uma situação inesperada, o que dá origem a dúvidas, medos
e insegurança em relação aos cuidados e manipulação a serem prestados a essa criança
(SILVEIRA; WEISE, 2008). Nascendo um portador dessa anomalia congênita normalmente
junto com o nascimento vem ao encontro a aflição sentimento de culpa, sentimento de
incapacidade de gerar um filho, sentimentos expressados principalmente pela mãe, mas que
pode acarretar entre os pais, sentimentos de mágoas, ressentimentos, vergonha e desespero
(DEODATO, 2005).
Por esse motivo os profissionais envolvidos no diagnóstico e tratamento dessa criança
devem ser preparados para fazerem o comunicado a família e essa intervenção deverá ser de
uma maneira compreensível, sem usar termos técnicos, em um lugar de privacidade aonde não
poderão ser interrompidos, para que essa família possa se sentir amparada e orientada em
relação aos cuidados necessários pré–estabelecidos à essa criança (SILVEIRA; WEISE, 2008).
Os pacientes que são tratados tardiamente, mesmo que os resultados sejam bons ao
serem comparados com o pré e o pós–cirúrgico haverá um desgaste mais psicológico do que
físico. Indivíduos que são tratados na fase adulta perdem etapas importantes do tratamento que
é a ortodontia preventiva o que comprova a importância de intervenções precoces
(FIGUEIREDO et al., 2010).
A sociedade valoriza muito a estética e visualiza muito quando há alguma diferença na
face principalmente quando não agrada muitos aos olhos de quem os vê sendo assim podendo
dificultar a integração da criança ao convívio social (DEODATO, 2005).
A vida social dos pacientes e dos seus pais se torna prejudicada devido a essa doença.
Muitas vezes os pais não sabem a quem recorrer quando seus filhos nascem com esse
prognóstico, e são totalmente ignorados a importância de obter um início do tratamento o mais
rápido possível e a importância do acompanhamento por anos depois do procedimento
cirúrgico. Sendo assim ficam por conta da equipe de saúde que passa as orientações para essas
famílias (FIGUEIREDO et al., 2010).
16

Muitas mães passam por preconceitos quando concebem um bebê com deficiência.
Para a maioria da população essa anomalia congênita é desconhecida e essas crianças passam a
ser ignoradas pela sociedade não apenas pela existência, mas também o tratamento e
repercussão que isso causa em sua vida. Portanto acabam sofrendo conseqüências não só
físicas, mas também moral e psicológicas devido às suposições criadas pelo preconceito,
envolvendo não só a criança, mas também os seus familiares (SILVEIRA; WEISE, 2008). Mas
se o tratamento for feito precocemente a criança não terá de enfrentar o preconceito da
sociedade, enquanto que um tratamento tardio torna muito provável que ela seja alvo de
estigmas e vista com olhares preconceituosos de pessoas totalmente leigas da situação. Neste
caso, é necessário ajuda para essas pessoas no modo de informar sobre o tratamento correto e
que deve ser realizado no tempo certo só assim se torna possível que essas crianças com
malformação não sejam acometidas por demasiado preconceito (FIGUEIREDO et al., 2010).

ALEITAMENTO MATERNO

As primeiras dificuldades encontradas pelos recém-natos portadores de defeito


referem-se à alimentação, pois a fissura impede a formação do vácuo relativo que permite a
sucção do leite do mamilo ou da mamadeira (OTTO; OTTO; FROTA-PESSOA, 2004).
Sabe–se que o aleitamento materno constitui um desafio para a mãe, quando a criança
apresenta essa anomalia congênita, situação que exige paciência, perseverança e muita
dedicação, tanto da família como da enfermagem. No entanto essa mãe necessita de apoio
moral caso resolva amamentar seu bebê, fazendo com que a relação entre eles se torne mais
estreita, e assim, através do leite extraído da própria mãe receberá inúmeros benefícios e
vantagens. Uma delas é o efeito positivo sobre o desenvolvimento dos músculos do palato,
graças à movimentação mecânica da própria sucção ao seio (LANG, 1999).
Para obter sucesso na amamentação em crianças com fissura labiopalatais os dois
membros (mãe e filho) precisam de orientação constante e apoio da equipe multiprofissional.
Quando a má formação é constatada antes do parto os profissionais já podem estar trabalhando
com essa mãe nesse período, fornecendo explicações importantes sobre o benefício do
aleitamento materno e das técnicas que serão necessárias para alcançar o objetivo de
amamentar o seu bebê (CALIL; VARGAS, 2008).
Se o recém–nascido apresentar fissura lábio–palatina unilateral considera– se possível
a amamentação ao seio materno, para isso a mãe necessita de uma técnica com imaginação e
17

flexibilidade, pois essa criança poderá demorar uns dias para que ela se adapte a uma melhor
posição para desenvolver a sucção (LANG, 1999).
Mas segundo Amstalden–Mendes e Gil–Da–Silva Lopes (2006) para crianças com
fissura lábio palatinas o aleitamento se torna mais complicado devido à ausência do palato, a
fenda palatina tornará mais difícil o posicionamento correto do bico e da aréola na boca da
criança impedindo a extração do leite. Pini e Peres (2001) ressaltam que crianças com fissura
não exclui o método de aleitamento materno.
Para obter um bom resultado referente ao aleitamento é preciso que haja um estímulo
na criança e uma boa condição física da mãe, ela deverá estar saudável para que possa ser
assistida por um profissional da área da saúde (AMSTALDEN–MENDES; GILDA–DA–
SILVA LOPES, 2006).
A alimentação recomendada a dar a essa criança, certamente, é o leite materno devido
ao seu valor nutritivo e qualidade antibacteriana, o que ajuda no combate a infecções (SILVA;
FÚRIA; DI NINNO, 2005).
As crianças que são amamentadas apresentam menor número infecções e apresentam
mais facilidade para a correção cirúrgica, sendo que o aleitamento materno ajuda no melhor
encaminhamento das estruturas da boca, melhorando a posição correta da musculatura orofacial
(GOUVÊA, 2008).
Obstáculos referentes à alimentação resultante da má formação lábio palatal ou
incapacidades de ingerir nutrientes durante os primeiros meses de vida geram processos
infecciosos em vias aéreas superiores, incluindo ouvido médio e causa ainda deficiência no
crescimento (MONTAGNOLI et al., 2005).
Existem recursos alimentares disponíveis para a criança com fissura de diferentes
tipos, podendo ser utilizados antes da correção cirúrgica com o propósito de reduzir
complicações conseqüentes do baixo ganho de peso. E a alimentação deve ser adequada ao seu
valor nutricional para ajudar na absorção de calorias eficientes para o crescimento e
desenvolvimento do bebê (AMSTALDEN–MENDES; GIL–DA–SILVA–LOPES, 2006).
Bebês com fissura lábio palatina deverão ser alimentados na mamadeira ou na colher
com o leite extraído da própria mãe (PRYOR, 1981).
Para o lactente sugar, o leite é extraído por massagem feita pela mãe e não por sucção,
neste caso estima–se que, possivelmente, o aleitamento materno ocorra com esses bebês. Para
que aconteça com sucesso o ato de sugar a mãe pode ajudar na amamentação fazendo pressão
18

por trás da aréola durante a sucção do recém–nascido, facilitando uma boa mamada e fazendo o
esgotamento total da mama (VALDÉS; SANCHEZ; LABBOK, 1996).
O recém–nato deve ser ajudado a fazer a pega correta em uma posição em que o tecido
mamário possa vedar a fenda impedindo o escape de ar e de leite (AMSTALDEN–MENDES;
GIL–DA–SILVA LOPES, 2006).
Crianças com estas alterações congênitas enfrentam obstáculos em relação à pega e a
ordenha do leite no seio materno. Por esse motivo o bebê deve ser mantido em posição vertical
ou semi–vertical para conseguir engolir o leite sem o risco de um refluxo do leite pelas narinas.
E, após cada mamada a mãe deve fazer a higiene oro–nasal devido ao acúmulo de secreção. As
crianças que são amamentadas sofrem menos de otites e dislalia (CASTRO; ARAÚJO, 2004).
A pega no bico da mama é muito importante até a criança conseguir abocanhar a
aréola, o mesmo serve de tampão dos lábios o qual faz a compressão com a língua contra o
palato, com esse movimento se consegue evitar as fissuras nas mamas. E essas fissuras muitas
vezes conseguem amedrontar as mães desencorajando–as a amamentar o bebê no peito. Mas é
preciso orientá–la que essa decisão só trará prejuízos ao neném, já que o leite materno é
recomendado para o crescimento e desenvolvimento do lactente (DEODATO, 2005).
Alguns cuidados devem ser tomados para evitar problemas durante a alimentação do
lactente fissurado, como por exemplo, lavar sempre as mãos, a cada mamada fazer higiene oro–
nasal com cotonete e água fervida podendo evitar resíduos alimentares na cavidade oral e nasal
juntamente evitando infecções de vias aéreas superiores e ouvido médio. A melhor posição para
estar deixando essa criança é a posição de semi–sentada durante a alimentação, contribuindo,
dessa forma para a não bronco aspiração. A mãe deve ter muita paciência e dedicação, pois
cada mamada dessa criança poderá demorar cerca de 30 a 40 minutos, necessariamente
administrando essa dieta pausadamente, não evitando o lado afetado pela fissura para que
durante a mamada possa exercitar os músculos através do bico da mama ou da mamadeira com
o lado fissurado (ARARUNA; VENDRÚSCULO, 2000).
É importante que a mãe experimente várias posições para oferecer conforto ao seu
bebê, dificilmente a criança fissurada conseguirá ser amamentada de maneira tradicional, e o
posicionamento do lactente é fundamental para o sucesso de uma boa pega ao seio materno.
Uma boa posição que a mãe pode tentar fazer é colocar o neném em posição sentada em seu
colo com as pernas voltadas para o dorso da mãe semelhante ao posicionamento tradicional que
é apoiado no braço (LANG, 1999). Os profissionais devem observar as mamadas dos lactentes
19

e ajudar a mãe escolher as melhores posições que ela desempenhou junto ao seu bebê
(GOUVÊA, 2008).

Fonte: LANG, S. Aleitamento do lactente - cuidados especiais. São Paulo: Santos,


1999.

É sem risco e muito importante a estimulação ao aleitamento materno e devemos


estimular essa criança a fazer a pega correta em uma posição em que a mama preencha grande
parte da boca fazendo um tamponamento na parte fissurada (SOUSA; FLORIO;
KAWAMOTO, 2001).
Existem bicos especiais devido à necessidade de algumas crianças para a ingestão dos
alimentos (SOUSA; FLORIO; KAWAMOTO, 2001). Bicos normais de mamadeiras passam a
ser inadequados para esses lactentes por se tornar complicado a sucção necessária por esse
motivo se torna viável o uso de bicos especiais, diversos bicos foram desenvolvidos e são
utilizados com sucesso, esses bicos são bicos grandes e moles com orifícios largos, Nurssetes
ou bicos longos e macios de Lamb podem oferecer melhor maneira de alimentação usando a
mamadeira. Existe ainda um bico chamado “fluxo por gravidade” onde é conectado a uma
mamadeira de plástico compressível permitindo que o leite seja despejado direto na boca da
criança (WONG, 1999).
20

FONTE; WONG, D. L. Whaley&Wong enfermagem prática - elementos essenciais à


intervenção efetiva. 5. ed. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 1999.

Mas o uso inadequado desses bicos deixa os lábios formarem uma posição invertida,
podendo causar o enfraquecimento do músculo da mandíbula fazendo com que a criança force
a língua a se movimentar para frente mais do que para trás como deve ser o correto durante a
sucção, podendo prejudicar o desenvolvimento facial e a parte dentária da criança
(ARARUNA; VENDRÚSCULO, 2000).
Alguns profissionais defendem o uso de placas palatinas obstrutoras. Essa placa serve
como um palato artificial e como apoio para que a criança possa pressionar o bico com a língua
durante a mamada (SILVA; FÚRIA; DI NINNO, 2005).
21

A sucção ao seio materno é essencial, mas existem crianças que necessitem de


alimentação de outra maneira, devido algumas complicações apresentadas no decorrer do
tempo, como por exemplo, tempo da mamada muito longa, assim o neném gasta muita energia,
causando baixo ganho de peso, podendo então, causar uma desidratação e distúrbios
relacionados ao crescimento do lactente (AMSTALDEN–MENDES; GIL–DA–SILVA
LOPES, 2006). Existe uma orientação a mãe para desenvolver outra forma de amamentação
complementar, o uso de uma sonda que possibilite extremidade distal ser acoplada ao mamilo
onde a liberação do leite será através da sucção, existem modelos de sondas que são
acompanhadas de uma válvula permitindo o controle da ingestão do leite. Além de contribuir
na melhor nutrição do lactente esse sistema proporciona no estímulo a produção do leite
(CALIL; VARGAS, 2008).
O suco e a papa de frutas começa a ser oferecido à criança entre o 4º e o 6º mês e a
papa de legumes, e no 7º mês, quando a criança está em aleitamento exclusivo. Mas quando a
criança esta em aleitamento artificial o suco de frutas pode ser introduzido aos dois meses de
idade, a papa de frutas e legumes aos três meses, e no quarto mês começa a carne. E após o
oitavo mês começa então os legumes e em torno de um ano, a criança deve estar se alimentando
com a dieta da família (PINI; PERES, 2001).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Crianças com fissura lábio palatais ao nascerem passam por dificuldades devido à má
formação congênita, sendo seu primeiro desafio a aceitação dos pais e o convívio entre a
sociedade.
Com a aceitação dos pais fica mais fácil o encorajamento de ajudar a mãe a executar a
prática do aleitamento materno já que é essencial para o desenvolvimento do recém – nascido, e
tem grande importância devido a proteínas existentes no alimento. Portanto as crianças que são
amamentadas sofrem menos internações por conta de otites, pneumonias e infecções de vias
aéreas superiores.
Mas para obtermos sucesso no tratamento das crianças fissuradas é necessária uma
equipe de profissionais multidisciplinares que façam com que o tratamento aconteça de forma
sincronizada permitindo que o tratamento chegue até o final.
22

O apoio aos pais nessa fase de tratamento se torna primordial para uma boa
recuperação após a cirurgia que será realizada assim que a criança alcançar o aporte nutricional
necessário para a realização do procedimento.
Cabe a equipe de enfermagem o esclarecimento de dúvidas aos pais durante a
permanência da criança hospitalizada, proporcionando os cuidados necessários à criança após a
alta hospitalar.

REFERÊNCIAS

AMSTALDEN-MENDES, L. G.; GIL-DA-SILVA-LOPES, V. L. Fenda de lábio e ou palato:


recursos para alimentação antes da correção cirúrgica. Revista de Ciências Médicas,
Campinas, v. 15, n. 5, set./out. 2006. Disponível em: <http://www.puc-
campinas.edu.br/centros/ccv/revcienciasmedicas/artigos/v15n5a08.pdf>. Acesso em: 5 fev.
2010.

ANDRADE, D.; ARGERAMI, E. L. S. A auto-estima em adolescentes com e sem fissuras de


lábio e/ou de palato. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 9, n. 6,
nov. 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v9n6/7824.pdf>. Acesso em: 12 mar.
2010.

ARARUNA, R. C.; VENDRÚSCOLO, D. M. S. Alimentação da criança com fissura de lábio


e/ou palato- um estudo bibliográfico. Revista Latino-America de enfermagem, Ribeirão
Preto, v. 8, n. 2, abr. 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v8n2/12424.pdf>.
Acesso em: 10 jun. 2010.

BIAZON, J.; PENICHE, A. C. G. Estudo retrospectivo das complicações pós-operatórias em


cirurgia primária de lábio e palato. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v.
42, n. 3, set. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v42n3/v42n3a14.pdf>.
Acesso em: 15 jun. 2010.

BORGES-OSÓRIO, M. R.; ROBINSON, W. M. Genética humana. 2. ed. Porto Alegre:


Artmed, 2001.

BUNDUKI, V.; RUANO, R.; SAPIENZA, A. D.; HANAOKA, B. Y.; ZUGAIB, M.


Diagnóstico pré natal de fenda labial e palatina: experiência de 40 casos. Revista Brasileira de
Ginecologia Obstetrícia, Rio de Janeiro, v. 23, n. 9, out. 2001. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v23n9/11278.pdf>. Acesso em: 12 mar. 2010.

CALIL, V. M. L. T.; VARGAS, N. S. O. Contra-indicações ao aleitamento materno. In:


ISSLER, Hugo. O aleitamento materno no contexto atual: políticas, prática e bases
científicas. São Paulo: Sarvier, 2008. p. 527-528.

CARLSON, B. M. Embriologia humana e biologia do desenvolvimento. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 1996.
23

CASTRO, L. M. C. P.; ARAÚJO, L. D. S. Aleitamento materno: manual prático. Londrina:


PML, 2004.

CENTRO DE APOIO E REABILITAÇÃO DOS PORTADORES DE FISSURA LÁBIO


PALATAL DE LONDRINA E REGIÃO – CEFIL. Histórico. Londrina: [s.n.], [200-?].

CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Prentice Hall,
2002.

COLLET, N.; OLIVEIRA, B. R. G. Enfermagem pediátrica. Goiânia: AB, 2002.

CUNHA, E. C. M.; FONTANA, R.; FONTANA, T.; SILVA, W. R.; MOREIRA, Q. V. P.;
GARCIAS, G. L.; ROTH, M. G. M. Antropometria e fatores de risco em recém-nascidos com
fendas faciais. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v. 7, n. 4, dez. 2004.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbepid/v7n4/05.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2010.

DEODATO, V. Amamentação - o melhor início para a vida. São Paulo: Santos, 2005.

FARAJ, J. O. R. A.; ANDRÉ, M. Alterações dimensionais transversas do arco dentário com


fissura labiopalatina, no estágio de dentadura decídua. Revista Dental Press de Ortodontia e
Ortopedia Facial, Maringá, v. 12, n. 5, set./out. 2007. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/dpress/v12n5/a13v12n5.pdf>. Acesso em: fev. 2010.

FIGUEIREDO, I. M. B.; BEZERRA, A. L.; MARQUES, A. C. L.; ROCHA, I. M.;


MONTEIRO, N. R. Tratamento cirúrgico de fissuras palatinas completas. Revista Brasileira
em Promoção da Saúde, Fortaleza, v. 17, n. 3, jul. 2004. Disponível em:
<http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/408/40817309.pdf>. Acesso em: 18 maio 2010.

FIGUEIREDO, M. C.; PINTO, N. F.; FABRICIO, F. K.; BOAZ, C. M. S.; FAUSTINO-


SILVA, D. D. Pacientes com fissura labiopalatina- acompanhamento de casos clínicos.
ConScientiae Saúde, Porto Alegre, v. 9, n. 2, maio. 2010. Disponível em:
<http://www4.uninove.br/ojs/index.php/saude/article/view/2256/1736>. Acesso em: 15 jul.
2010.

FILHO, R. R. F.; PINTO, J. R.; MARTINS, L. P.; STABLE, G. A. V.; BORGES, H. O. I.


Tratamento de pacientes portadores de fissuras lábio-palatais. Revista da Associação
Odontológica do Norte do Paraná, Londrina, v. 17, set./dez. 2003. Disponível em:
<http://www.aonp.org.br/fso/revista17/rev1726.htm>. Acesso em: 5 ago. 2010.

GARDNER, E.; GRAY, D. J.; RAHILLY, R. O. Anatomia - estudo regional do corpo


humano. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.

GOUVÊA, L. C. Aspectos clínicos. In: ISSLER, Hugo. O aleitamento materno no contexto


atual: políticas, prática e bases científicas. São Paulo: Sarvier, 2008. p. 378-379.

GUILLER, C. A.; DUPAS, G.; PETTENGILL, M. A. M. Criança com anomalia congênita:


estudo bibliográfico de publicações na área de enfermagem pediátrica. Acta Paulista de
Enfermagem, São Paulo, v. 20, n. 1, 2007. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/ape/v20n1/a04v20n1.pdf>. Acesso em: 25 nov. 2009.

HOSPITAL DE REABILITAÇÃO DE ANOMALIAS CRANIOFACIAIS - HRAC/USP.


Centrinho. Disponível em: <http://www.centrinho.usp.br>. Acesso em: 5 abr. 2010.
24

LANG, S. Aleitamento do lactente - cuidados especiais. São Paulo: Santos, 1999.

LEITE, I. C. G.; PAUMGARTTEN, F. J. R.; KOIFMAN, S. Fendas orofaciais no recém-


nascido e o uso de medicamentos e condições de saúde materna: estudo caso-controle na cidade
do Rio de Janeiro, Brasil. Revista Brasileira Saúde Maternal Infantil, Recife, v. 5, n. 1,
jan./mar. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbsmi/v5n1/a05v05n1.pdf>. Acesso
em: 5 abr. 2010.

MONTAGNOLI, L. C.; BARBIERI, M. A.; BETTIOL, H.; MARQUES, I. L.; SOUZA, L.


Prejuízo no crescimento de crianças com diferentes tipos de fissura lábio-palatina nos 2
primeiros anos de idade: um estudo transversal. Jornal de Pediatria, Porto Alegre, v. 81, n. 6,
nov./dez. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/jped/v81n6/v81n6a09.pdf>. Acesso
em: 5 ago. 2010.

MOORE, K. L.; PERSAUD, T. V. N. Embriologia clínica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

OPERAÇÃO SORRISO BRASIL. Perguntas freqüentes. Disponível em:


<http://www.operationsmile.org.br/novo/index.php/sobre-nos/quem-somos/perguntas-
frequentes>. Acesso em: 15 jun. 2010.

OTTO, P. G.; OTTO, P. A.; FROTA-PESSOA, O. Genética humana e clínica. 2. ed. São
Paulo: Roca, 2004.

PARANÁ. Secretaria de Estado de Saúde. Centro de Atendimento Integral ao Fissurado


Lábio Palatal. Disponível em: <http://www.caif.saude.pr.gov.br>. Acesso em: 25 ago. 2010.

PEREIRA, M. B. R.; RAMOS, B. D. Otite média aguda e secretora. Jornal da Pediatria, Rio
de Janeiro, v. 74, supl. 1, 1998. Disponível em: <http://www.jped.com.br/conteudo/98-74-
S21/port.pdf>. Acesso em: 5 mar. 2010.

PINI, J. G.; PERES, S. P. B. A. Alimentação do lactente portador de lesão lábio-palatal:


aleitamento e introdução alimentar. Revista de Nutrição, Campinas, v. 14, n. 3, set./dez. 2001.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rn/v14n3/7785.pdf>. Acesso em: 10 jul. 2010.

PRYOR, K. W. A arte de amamentar. 3. ed. São Paulo: Summus, 1981.

RIBEIRO, E. M.; MOREIRA, A. S. C. G. Atualização sobre o tratamento multidisciplinar das


fissuras labiais e palatinas. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, Fortaleza, v. 18, n. 1,
2005. Disponível
em:<http://200.253.187.1/joomla/joomla/joomla/images/pdfs/pdfs_notitia/432.pdf>. Acesso
em: 5 maio 2010.

SADLER, T. W. Fundamentos de Langman’s: embriologia médica. 9. ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2007.

SANTOS, R. S.; DIAS, I. M. V. Refletindo sobre a malformação congênita. Revista Brasileira


de Enfermagem, Brasília, v. 58, n. 5, set./out. 2005. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/reben/v58n5/a17v58n5.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2010.

SEGRE, C. A. M. Perinatologia- Fundamentos e prática. São Paulo: Sarvier, 2002.


25

SEIDEL, H. M.; BALL, J. W.; DAINS, J. E.; BENEDICT, G. W. Mosby - guia de exame
físico. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

SILVA, D. P.; DORNELLES, S.; PANIAGUA, L. M.; COSTA, S. S.; COLLARES, M. V. M.


Aspectos patofisiológicos do esfíncter velofaríngeo nas fissuras palatinas. Arquivos
Internacionais de Otorrinolaringologia, São Paulo, v. 12, n. 3, ago. 2008. Disponível em:
<http://www.arquivosdeorl.org.br/conteudo/pdfForl/551.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2010.

SILVA, E. B.; FÚRIA, C. L. B.; DI NINNO, C. Q. M. S. Aleitamento materno em recém


nascidos portadores de fissura labiopalatina: dificuldades e métodos utilizados. Revista
CEFAC, São Paulo, v. 7, n. 1, jan./mar. 2005. Disponível em:
<http://www.cefac.br/revista/Artigo%202%20(pag%2021%20a%2028).pdf>. Acesso em: 4
jun.2010.

SILVEIRA, J. L. G. C.; WEISE, C. M. Representações sociais das mães de crianças portadoras


de fissuras labiopalatinas sobre aleitamento. Pesquisa Brasileira em Odontopediatria e
Clínica Integrada, João Pessoa, v. 8, n. 2, maio./ago, 2008. Disponível em:
<http://revista.uepb.edu.br/index.php/pboci/article/view/297/215>. Acesso em: 10 jul. 2010.

SOUSA, A. L. T.; FLORIO, A.; KAWAMOTO, E. E. O neonato, a criança e o adolescente.


São Paulo: EPU, 2001.

SPIRI, W. C.; LEITE, M. M. J. Convivendo com o portador de fissura lábio-palatal: o vivencial


da enfermeira. Revista Escola de Enfermagem USP, São Paulo, v. 33, n. 1, mar. 1999.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v33n1/v33n1a08.pdf>. Acesso em: 15 jun.
2010.

STEVENS, A.; LOWE, J. Patologia. 2. ed. São Paulo: Manole, 2002.

TAEUSCH, H. W.; AVERY, M. E. Avery’s - doenças do recém-nascido. 7. ed. Rio de


Janeiro: Medsi, 2003.

TRENT, R. J. Manual de diagnóstico pré-natal. São Paulo: Santos, 1997.

VACCARI-MAZZETTI, M. P.; KOBATA, C. T.; BROCK, R. S. Diagnóstico


ultrassonográfico pré-natal da fissura lábio-palatal. Arquivos Catarinenses de Medicina,
Florianópolis, v. 38, n. 1, 2009. Disponível em:
<http://www.acm.org.br/revista/pdf/artigos/674.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2010.

VALDÉS, V.; SANCHES, A. P.; LABBOK, M. Manejo clínico da lactação - assistência à


nutriz e ao lactente. Rio de Janeiro: Revinter, 1996.

VANGHAN, V. C.; McKAY, R. J. Pediatria de Nelson. 10. ed. Rio de Janeiro:


Interamericana, 1977. v. 2.

WONG, D. L. Whaley&Wong enfermagem prática - elementos essenciais à intervenção


efetiva. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999.

Você também pode gostar