Gabriel Andrade Atividade2
Gabriel Andrade Atividade2
Gabriel Andrade Atividade2
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
1
Acadêmico do curso de Odontologia da Universidade Anhanguera
2
Orientador(a). Docente do curso de Odontologia da Universidade Anhanguera
questão, pessoas acometidas pela fissura labial, são identificadas visualmente
facilmente.
Compreende-se que a odontologia é uma especialidade da saúde que trata a
região orofacial, de cabeça e pescoço, dessa forma, é de grande importância que o
paciente fissurado faça o acompanhamento com o odontólogo, pois, apresenta-se
como um profissional que possui o potencial de realizar o diagnóstico especializado
e de conduzir o caso de forma multidisciplinar e multiprofissional junto a outros
profissionais, como exemplo do fonoaudiólogo, ortodontista, cirurgião plástico,
fisioterapeutas, nutricionista e outras, promovendo assim, a multidisciplinariedade do
tratamento, com um único propósito, a melhoria da qualidade de vida.
Existem várias classificações de lábio leporino, e para cada uma delas há
uma projeção mais adequada de tratamento, desde as fissuras labiais mais simples
ou até mesmo fissuras que incidem numa comunicação buco sinusal, envolvendo
parte das vias aéreas superiores. Assim, questiona-se: Qual a importância do
atendimento e acompanhamento odontológico em paciente com fissura
labiopalatina?
O objetivo geral deste trabalho consistiu em discutir sobre a importância do
atendimento, acompanhamento e tratamento odontológico em pacientes com fissura
labiopalatina. E os objetivos específicos foram: Caracterizar a patologia; Apontar as
principais anomalias em decorrência da doença; Destacar a importância do
atendimento odontológico a esse paciente, com intuito de melhorar sua qualidade de
vida.
Assim, entende-se que é de suma importância o desenvolvimento deste
trabalho por motivo de promoção e disseminação de conhecimento específico de
uma patologia de incidência mundial. Cuidadores em geral, principalmente os
odontologistas, precisam ter informações básicas imprescindivelmente e em
algumas situações, informações avançadas, para que possibilitem aos indivíduos
fissurados uma qualidade de vida melhor, propondo cuidados especiais e
acompanhamento multidisciplinar.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Metodologia
Existe uma relação bem próxima entre a formação dos germes dentários e a
ocorrência de uma fissura tanto no lábio quanto no palato, tanto com relação à sua
posição anatômica quanto em sua época de formação. Assim, é possível observar
de forma clínica que frequentemente existe uma anomalia dentário nas crianças que
apresentam fissura labiopalatina (TREZA, 2016).
O ocasionamento de dentes tanto natais quanto neonatais na localização da
fenda se torna bastante incidentes em bebês que tem fissuras completas de lábio e
também de palato unilaterais e bilaterais, sendo classificado como como
supranumerários ou incisivos laterais (BERGER; DALTON, 2011).
Esses conjuntos de dentes se apresentam com pobreza em sua implantação
na mucosa gengival, tendo uma excessiva mobilização, tendo como indicação a sua
extração devido ao fato de demonstrar um risco de aspiração em razão da sua
comunicação entre as cavidades nasal e bucal relacionados a este tipo de fissura
(BATISTA et al., 2017).
A observação do tempo cronológico da irrupção tanto de dentes decíduos
quanto em dentes permanentes de crianças que apresentam lábio fissurado
completo e palato unilateral demonstra que os dentes que estão na região fissurada
apresenta um tempo maior de atraso de irrupção ao ser comparado com o lado que
não apresenta fissura tendo uma diferença significativa para o incisivo lateral e
caninos superiores (TOVANI-PALONE et al., 2017).
As alterações no esmalte dos incisivos tanto de decíduos quanto de
permanentes podem ser regularmente observados nesses indivíduos que
apresentam fissura labiopalatina, principalmente nos casos em que a fissura envolve
o rebordo alveolar. Pode haver uma alteração na apresentação na estrutura dos
incisivos centrais que se localizam próximos à fissura, apresentando geralmente
branco-creme com opacidade ou até alguns casos amarelo-marrom e hipoplasias
(LAMONICA et al., 2016).
Nas situações em que há fissura unilateral o observação dos defeitos no
esmalte apresenta significativamente uma frequência mais incidente no incisivo
central que está localizado na região adjacente à fissura com relação ao seu
homólogo, enquanto que nas situações de fissuras bilaterais, um ou ambos os
incisivos centrais têm a possibilidade de estarem envolvidos (KLAASSEN, 2020).
A incidência alta de mudanças no esmalte nos incisivos adjacentes à fissura
não compromete apenas a uma maior possibilidade de desenvolver a cárie dentária,
mas também afeta a estética dentária, assim é necessário que os profissionais
reconheçam a importância que há na obtenção do diagnóstico precoce a fim de que
haja uma realização de forma adequada do acompanhamento de cunho preventivo
ou para o estabelecimento do tratamento dessas alterações (SÁ et al., 2014).
As anomalias dentárias mais frequentemente observados no dente decíduo
são os dentes conoides, com a forma de X ou T, geminados ou fusionados e
apresentam uma diversificada variação em seus diversos tipos de fissuras. De
maneira diferente dos dentes decíduos, os incisivos laterais que já são permanentes
que se localizam na região da fissura quando estão presentes apresentam uma
ocorrência maior para o formato conoide (ARAUNA; VENDRÚSCOLO, 2018).
Frequentemente são observadas alterações de dentes com relação à
quantidade como supranumerários e agenesias, principalmente na localização do
incisivo lateral. As fissuras mais simples, como as isoladas de lábio ou com
envolvimento pequeno alveolar, possuem a tendência de ocorrer mais em dentes
supranumerários, e nos casos mais complexos há uma prevalência de agenesia
(KLAASSEN, 2020).
As alterações no posicionamento do incisivo lateral superior podem ser
oriundas da presença de dentes supranumerários, criando a tendência para um arco
dentário desalinhado devido à falta de espaço ou mesmo tendo um
acompanhamento alterado da anatomia do rebordo alveolar na localização da
fissura. Geralmente os incisivos laterais superiores estão presentes se encontra de
forma distal da fissura alveolar, que pode ser conceituado como dente pré-canino
(ALMEIDA; CHAVES, 2019).
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BERGER, Zenon; DALTON, Luís. Lidando com fenda palatina: fatores associados
ao ajuste psicossocial de adolescentes com fissura labiopalatina e seus pais.
Revista Texto e Contexto, São Paulo, v.48, n.1, p.82-90, out.2021.
SÁ, Jamile; et al. Anomalias dentárias nas fissuras labiais e/ou palatinas não-
sindrômicas. Revista Bahiana de Odontologia, v.5, n.3, p.153- 159, dez. 2014.
Disponível em: https://www5.bahiana.edu.br/index.php/odontologia/arti cle/view/495.
Acesso em: 10 de mar. 2024
SILVA, Mariana. Próteses obturadoras na reabilitação oral de pacientes com fendas
palatinas. Revista Ortodontia, São Paulo, v.8, n.4, p.56-63, abr.2015.