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Raio-X FCC

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PREFIL DA FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS (FCC)

1) Compreensão e interpretação de textos


A maioria dos textos são dissertativo-argumentativos ou narrativos (crônicas), por isso é importante
saber todas as características desses tipos/gêneros textuais. Cerca de 40% da prova trabalha
interpretação, muitas vezes de nível pesado. Por isso recomendo que faça as de gramática, primeiro,
para não perder tempo lendo texto e refletindo/interpretando.

2) Ortografia
Normalmente a banca trabalha em cima de algumas expressões que geram dificuldade na escrita (por
que, por quê, porque, porquê; senão, se não; há, a; a cerca de, há cerca de, acerca de...). Não é novidade
para ninguém que ela gosta de trabalhar o emprego de certas letras (x/ch, s/ss/z/ç...).

3) Acentuação
É preciso saber todas as regras de acentuação, mas cai pouco nas provas desta banca. Não chore!

4) Flexão nominal e verbal


A banca trabalha em cima do plural de substantivos e adjetivos compostos e em cima da conjugação
verbal de alguns verbos, como: ser, ir, haver, reaver, pôr (e derivados), vir (e derivados), ver, fazer,
caber, valer, sortir, surtir, requerer, precaver, verbos terminados em -iar e –ear.

5) Pronomes: emprego, colocação e formas de tratamento


É preciso saber bem como usar os pronomes pessoas oblíquos átonos no lugar de substantivos e a
colocação deles. Correndo por fora, é preciso saber o uso dos pronomes relativos, principalmente o
"que" e o "cujo".

6) Emprego de tempos e modos verbais, vozes verbais e correspondência entre tempos simples e
compostos.
A banca trabalha muito a identificação dos tempos e modos verbais (o pretérito imperfeito do indicativo
é o queridinho da banca). Além disso, sugiro que estude "correlação verbal"! Quanto a vozes verbais, é
preciso saber fazer a transposição de voz ativa para passiva, e vice-versa, e a transposição de voz passiva
analítica para passiva sintética, e vice-versa. Vale dizer que a correspondência entre tempos simples e
compostos também ajuda.

7) Sintaxe da oração e do período


É importante saber identificar os principais termos sintáticos (essenciais, integrantes e acessórios) e
estudar predicação/transitividade verbal.

8) Pontuação
É preciso conhecer as principais regras de vírgula, ponto e vírgula, dois-pontos, travessão e parênteses.

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LÍNGUA PORTUGUESA

9) Concordância nominal e verbal


Não caem todos os casos de concordância, só os mais conhecidos. Trabalha-se muito a inversão do
sujeito, a partícula apassivadora, sujeitos oracionais, a concordância com o antecedente do pronome
relativo e os casos de dupla concordância. Não se esqueça de estudar a concordância do verbo ser e dos
adjetivos.

10) Regência nominal e verbal


É galho fraco na FCC, mas é preciso entender o conceito de regência para acertar as questões de crase e
as questões de complemento verbal, que são frequentes.

11) Emprego do sinal indicativo de crase


É preciso dominar o conceito básico de crase e as regras mais básicas.

12) Redação (Reconhecimento de frases corretas e incorretas)


A banca coloca cinco frases para você analisar gramaticalmente (nessa brincadeira, é preciso dominar
todos os tópicos gramaticais já mencionados acima). Qual está certa e qual está errada? Esse é o objetivo
desse tipo de questão (normalmente são as duas últimas da prova).

13) Questões-híbridas
Em concursos "pesados", a banca gosta de trabalhar questões que apresentam assuntos gramaticais
diferentes a cada alternativa. Por exemplo, na letra A, ela cobra coesão; na B, pontuação; na C,
concordância; na D, verbo; na E, crase.

Sumário
1. Apresentação
2. Classes de palavras.
3. Sintaxe. Termos da oração.
4. Regência verbal e nominal.
5. Ocorrência da Crase.
6. Ortografia e acentuação.
7. Concordância verbal e nominal. / Flexão nominal e verbal.
8. Tempos, modos e vozes verbais.
9. Equivalência e transformação de estruturas / Colocação dos pronomes átonos.
10. Pontuação.
11. Processos de coordenação e subordinação.
12. Redação / Reconhecimento de frases corretas e incorretas.
13. Interpretação de texto. Argumentação. Pressupostos e subentendidos. Níveis de linguagem. Articulação do
texto: coesão e coerência. Discurso direto e indireto.

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LÍNGUA PORTUGUESA
“Paixão de ler. Ler a paixão.
Como ler a paixão se a paixão é quem nos lê? Sim, a paixão é quando nossos inconscientes pergaminhos sofrem um
desletrado terremoto. Na paixão somos lidos à nossa revelia.
O corpo é um texto. Há que saber interpretá-lo. Alguns corpos, no entanto, vêm em forma de hieroglifo, dificílimos.
Ou, a incompetência é nossa, iletrados diante deles?”
(Affonso Romano de Sant’anna)

1. APRESENTAÇÃO
Olá, futuro funcionário público! É com enorme satisfação que preparamos este material que irá prepará-lo
para ingressar no concurso público. É um prazer ter você aqui lendo o meu material, agradeço pela confiança! Minha
função é ajudá-lo, da melhor maneira possível, a alcançar o seu objetivo, pois o seu sucesso é também o meu! Confie
em mim, mas acredite principalmente em você e na conquista do seu objetivo! Para que me conheça, falarei
brevemente sobre mim: meu nome é Sidney Martins, sou graduado em Letras pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro e especialista em Língua Portuguesa pelo Liceu Literário português. Trabalho há mais de 13 anos na
preparação de alunos para concursos públicos e sou funcionário da Prefeitura do Rio de janeiro. Meu instagram é
@professorsidneymartins

O segredo do sucesso no concurso público é a persistência. Portanto, estude sempre!


Agora, vamos ao que interessa! Bom apetite!

2. Classes de palavras
As palavras do português podem ser enquadradas em dez classes gramaticais (ou classes de palavras). São elas:

1. Substantivo 6. Artigo

2. Adjetivo 7. Numeral

3. Verbo 8. Conjunção

4. Advérbio 9. Preposição

5. Pronome 10. Interjeição

Neste capítulo, apresentamos uma visão panorâmica da maior parte dessas classes, focalizando as relações que
elas estabelecem entre si (por exemplo, o substantivo com o adjetivo, o verbo com o advérbio, etc.) e os
significados dos conectores (conjunções e preposições).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Visão geral: os critérios semântico, morfológico e sintático de classificação

As classes gramaticais podem ser definidas segundo três parâmetros: o critério semântico, o critério
morfológico e o critério sintático. Para entender esses critérios, é preciso saber que eles estão diretamente associados
a três componentes, ou subáreas, da gramática: Semântica, Morfologia e Sintaxe.

Área Definição Exemplo


Estuda o significado das Na frase Saí com você, a palavra
Semântica palavras e das frases. “com” indica companhia

Estuda a estrutura A palavra “mesa” está no singular,


Morfologia interna da palavra. porque não tem o elemento -s.

Estuda as relações entre Na frase Ele comeu muito, a


Sintaxe os constituintes das sentenças. palavra muito está ligada à forma
verbal comeu.

Conhecendo essas três subáreas da gramática, você poderá entender os três critérios usados para definir as
classes gramaticais. Vamos tomar como exemplo o advérbio.

Critério Definição de advérbio Exemplo


Circunstância de tempo (hoje,
O advérbio exprime amanhã, etc.); circunstância de
lugar (aqui, lá, etc.); circunstância
Critério semântico diferentes circunstâncias
de modo (rapidamente, tristemente,
etc.), dentre outras.
O advérbio é invariável, porque não O advérbio não tem plural ou
sofre flexão (gênero, número, feminino, mas tem aumentativo
tempo, modo). Por outro lado,
Critério morfológico e diminutivo, que aparecem no
pode receber elementos que
registro coloquial: agorinha,
indiquem grau (aumentativo,
pertinho, lonjão...
diminutivo).
Comeu muito → advérbio de
intensidade ligado a verbo;
Critério sintático O advérbio se liga a verbos, Está muito bonita → advérbio de
adjetivos e outros advérbios. intensidade ligado a adjetivo;
Comeu muito rapidamente →
advérbio de intensidade ligado a
um advérbio de modo.

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As relações entre as classes de palavras

1. O substantivo e seus satélites

Exemplos:
1. Aqueles meus três amigos chegaram
2. Um livro do Zé ficou comigo
3. Esses oito apartamentos serão vendidos.
4. Alguns poucos meninos pobres viajaram.

2. O advérbio e seus núcleos

Exemplos
1. Zé estudou demais.
2. Zé fez um plano de estudos árduo demais.
3. Zé estudou arduamente demais.

b) demais advérbios

Exemplos:
1. Francisco acordou tarde. (advérbio de tempo)
2. João apareceu aqui. (advérbio de lugar)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Diferença entre locução adjetiva e locução adverbial


A locução adjetiva e a locução adverbial têm a mesma estrutura mínima:
preposição + substantivo
Por isso, a única maneira de diferenciá-las é através do critério sintático. Veja:
Ela fez cara de medo. (de medo é locução adjetiva, pois está ligada ao substantivo cara)
Ela morreu de medo. (de medo é locução adverbial, pois está ligada à forma verbal morreu)
QUESTÕES OBJETIVAS
01. A alternativa que apresenta classes de palavras cujos sentidos podem ser modificados pelo advérbio são:
a) adjetivo - advérbio - verbo.
b) verbo - interjeição - conjunção.
c) conjunção - numeral - adjetivo.
d) adjetivo - verbo - interjeição.
e) interjeição - advérbio - verbo.

02. Na oração "Ninguém está perdido se der amor...", a palavra grifada pode ser classificada como:
a) advérbio de modo.
b) conjunção adversativa.
c) advérbio de condição.
d) conjunção condicional.
e) preposição essencial.

03. Aponte a opção em que muito é pronome indefinido:


a) O soldado amarelo falava muito bem.
b) Havia muito bichinho ruim.
c) Fabiano era muito desconfiado.
d) Fabiano vacilava muito para tomar decisão.
e) Muito eficiente era o soldado amarelo.

04. Em "Tem bocas que murmuram preces...", a sequência morfológica é:


a)verbo – substantivo - pronome relativo – verbo - substantivo.
b)verbo – substantivo – conjunção integrante – verbo - substantivo.
c)verbo – substantivo - conjunção coordenativa – verbo - adjetivo.
d) verbo – adjetivo - pronome indefinido – verbo - substantivo.
e) verbo – advérbio -pronome relativo – verbo - substantivo.

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05. A frase abaixo em que o vocábulo sublinhado exemplifica uma classe gramatical diferente da dos adjetivos
é:
a) “Eu não sou arrogante. Simplesmente sou melhor do que você”. (anônimo)
b) “Os cemitérios estão cheios de gente insubstituível”. (Charles de Gaulle)
c) “Eu achei que eu estava errado uma vez, mas eu estava enganado”. (Lee Iacocca)
d) “Nada grandioso no mundo foi realizado sem paixão”. (Hegel)
e) “Pontualidade é a virtude do chato”. (Evelyn Waugh)

06. A formação de advérbios em -mente é feita com o acréscimo desse sufixo à forma feminina do adjetivo. A
frase abaixo em que o advérbio mostra claramente essa formação é:
a) “Um inimigo pode arruinar parcialmente um homem, mas é preciso um amigo fiel e desastrado para completar
de vez o serviço”. (Mark Twain)
b) “Um homem que rouba por mim fatalmente roubará de mim”. (Teddy Roosevelt)
c) “O crime é a extensão lógica de um tipo de comportamento perfeitamente respeitável no mundo dos
negócios”. (Robert Rice)
d) “Para os ricos, a pobreza é incompreensível. Eles não entendem por que as pessoas que querem jantar não
tocam simplesmente a campainha”. (Walter Bagehot)
e) “Ouro, s.m.: Um metal amarelo mundialmente apreciado por sua utilidade nas diversas formas de roubo
chamado comércio”. (Ambrose Bierce)

3. Sintaxe. Termos da oração.


A análise dos termos da oração estabelece-se numa nítida hierarquia entre os termos, classificados como:
essenciais, integrantes e acessórios.

1.1. TERMOS ESSENCIAIS


Sujeito
Predicado
Predicativo (do sujeito ou do objeto)

1.2. TERMOS INTEGRANTES


Complementos verbais (objeto direto e indireto)
Complemento nominal
Agente da passiva

1.3. TERMOS ACESSÓRIOS


Adjunto Adnominal

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LÍNGUA PORTUGUESA REGÊNCIAS NOMINAIS COMUNS

Adjunto Adverbial
Aposto

1. SUJEITO
É o termo a que o verbo faz referência e com o qual concordará. Tem como núcleos o substantivo (ou palavra
substantivada) e os pronomes substantivos. Jamais se separa do predicado por vírgula ou vem precedido de
preposição. Apresenta-se na ordem direta (antes do verbo) ou indireta( após o verbo). O sujeito classifica-se em:

a) SIMPLES - o sintagma nominal apresenta apenas um núcleo.


Ex: Os dias nublados entristecem as pessoas.
Ex: Na próxima semana, viajaremos com a nossa família. (Simples Desinencial ou Elíptico)

b) COMPOSTO - o sintagma nominal apresenta mais de um núcleo.


Ex: Pai e filho sempre foram amigos.

c) INDETERMINADO - é aquele que não está expresso na oração e não pode ser reconhecido por elementos
fornecidos por nenhum outro termo. Nessas orações, em que só o predicado está expresso, não se pode ou não
se quer determinar sobre quem recai a ação. Casos de indeterminação do sujeito:
1) Emprego de verbo (intransitivo, transitivo indireto ou de ligação) na 3ª pessoa do singular + partícula SE
(índice de indeterminação do sujeito).
Ex: Precisa-se de carpinteiros.

2) Emprego de verbo na 3ª pessoa do plural, sem nenhuma referência dentro do texto.


Ex: Atropelaram um cachorro na esquina.

OPA! ORAÇÃO SEM SUJEITO (ou SUJEITO INEXISTENTE)

É aquela que não possui nenhum ser ao qual o predicado possa ser atribuído. O que importa, nesse caso, é
o processo verbal em si. Os verbos das orações sem sujeito são chamados de IMPESSOAIS.
Tais verbos serão sempre mantidos na 3ª pessoa do singular, uma vez que não há sujeito com o qual
concordar. Quando acompanhados de verbos auxiliares, transmitem a eles a sua impessoalidade.

Ex: Havia poucas flores naquele jardim.


Devia haver poucas flores naquele jardim.

Casos de impessoalidade do verbo


a) Verbo HAVER exprimindo EXISTÊNCIA ou OCORRÊNCIA.
Ex: No meio do caminho, sempre haverá uma pedra.

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b) Verbos HAVER e FAZER indicando tempo decorrido.
Ex: Há três meses não o vejo.
Deve fazer dois anos que tudo começou.

c) Verbo SER nas indicações de tempo.


Ex: Já são duas horas.
Hoje são 22 de abril.
Agora é tarde.

d) Verbos que exprimem fenômenos da natureza (No sentido denotativo)


Ex: Choveu muito naquela cidade.
Opa! No sentido conotativo (linguagem figurada), há sujeito.
Ex: Choveram broncas na aula.

2. PREDICADO
É a parte da oração que contém a informação, a declaração a respeito do sujeito. Basicamente, pode-se
informar a respeito do sujeito uma idéia de ação, praticada ou sofrida, ou uma idéia de estado.
A partir disso, pode-se dizer que o núcleo informativo de um predicado pode ser um verbo ou um nome.
Há também predicados que têm um verbo e um nome como núcleos ao mesmo tempo. Os predicados
classificam-se em:

a) PREDICADO VERBAL - é aquele que contém um verbo significativo (transitivo ou intransitivo). Tem como
núcleo o verbo e não há nele nenhum predicativo.
Ex: As luzes da cidade surgiram à frente de todos.

b) PREDICADO NOMINAL - é aquele que contém um verbo de ligação e, consequentemente, um predicativo do


sujeito. Tem como núcleo o predicativo.
Ex: As luzes da cidade estavam apagadas.

c) PREDICADO VERBO-NOMINAL - é aquele que contém um verbo significativo e um predicativo (do sujeito ou
do objeto). Tem como núcleos o verbo e o predicativo.
Ex: O tribunal julgou culpado o réu.

3. PREDICATIVO
É o termo da oração que indica uma característica que se atribui ao sujeito ou ao objeto. O predicativo
classifica-se em:

a) PREDICATIVO DO SUJEITO - é o termo que se liga ao sujeito, atribuindo-lhe estado ou qualidade. Aparece
em predicados nominais (com verbos de ligação) ou verbo-nominais (com verbos intransitivos ou transitivos).

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LÍNGUA PORTUGUESA REGÊNCIAS NOMINAIS COMUNS

Ex: Aqui eu não sou feliz.


Ela baixou os olhos, amuada.

b) PREDICATIVO DO OBJETO - é o termo que se refere ao objeto, atribuindo-lhe um estado ou qualidade.


Concorda com o objeto em gênero e número. Pode vir precedido das preposições como, por, para, de. Ocorre,
principalmente, com verbos do tipo: declarar, nomear, julgar, chamar, ver, eleger, consagrar, considerar, achar,
ter, tomar, fazer, deixar e dar.
Ex: Dr. Juca achou o negócio ótimo.

OPA!!!
1) Segundo vários gramáticos, o predicativo do objeto indireto só ocorre com o verbo chamar, significando
cognominar, atribuir um nome a.
Ex: Chamei-lhe de bobo.

2) Pode ocorrer predicativo do sujeito em frases com voz passiva sintética ou analítica. Nesse caso, o predicado
será verbo-nominal e o predicativo da voz passiva será analisado como o da voz ativa correspondente.
Ex: O jovem foi encontrado ferido pelo policial.
O policial encontrou o jovem ferido.

4. COMPLEMENTOS VERBAIS
a) Objeto Direto (substantivo ou pronome substantivo) – é o termo que completa o sentido de um verbo transitivo
direto, ligando-se a ele sem o auxílio de preposição obrigatória. É importante que só encontremos o objeto
direto depois de sabermos qual é o sujeito.
Ex: Recebi o prêmio.
Recebi o quê? o prêmio.
O.D.

a.1) Objeto Direto Preposicionado - o objeto direto pode apresentar-se preposicionado em alguns casos.
Cuidado para não confundi-lo com o objeto indireto.

Principais Casos:
a) COM PRONOME PESSOAL TÔNICO:
Ex: Ele não auxilia a mim.
b) PARA EVITAR AMBIGUIDADE:
Ex: Ao guarda o ladrão matou.
c) COM O PRONOME QUEM (INTERROGATIVO OU RELATIVO):
Ex: A quem convidaste?
d) COM A PREPOSIÇÃO DE COM SENTIDO PARTITIVO:
Ex: Ele bebeu do meu vinho.

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e) COM OS PRONOMES REFERENTES A PESSOAS (NINGUÉM, ALGUÉM, OUTROS, TODOS)
Ex: A menina a todos encantava.
f) COM OS PRONOMES DE TRATAMENTO:
Ex: Colocaram a Vossa Excelência em má situação.

a.2) Objeto Direto Interno ou Cognato - quando representado por palavra que repete a ideia já expressa pelo
verbo.
Ex: Ele viveu uma vida gloriosa.

a.3) Objeto Direto Pleonástico - quando aparece repetido sob a forma de pronome oblíquo.
Ex: Esta esperança jamais a terei

b) Objeto Indireto (substantivo ou pronome substantivo) - é o termo que completa o sentido de um verbo
transitivo indireto, ligando-se a ele com o auxílio obrigatório de uma preposição: A, COM, DE, EM, PARA, POR,
SOBRE.
Ex: O peixe depende da água.

5. COMPLEMENTO NOMINAL - termo que integra ou limita o sentido de um advérbio, adjetivo ou substantivo
abstrato; aparece sempre preposicionado.
Ex.: Agiu favoravelmente a ambos.
O fumo é prejudicial à saúde.
Tenho confiança em ti.

6. AGENTE DA PASSIVA - termo que, na voz passiva, pratica a ação expressa pelo verbo, a qual é sofrida pelo
sujeito.
Ex.: As ruas foram lavadas pelas chuvas.
Mariana era apreciada por todos quantos iam a nossa casa.

Opa!
1 – A voz passiva é privativa dos verbos TD;
2 – O termo “agente da passiva” vem sempre introduzido por preposição (por, per, de);
3 – A voz passiva sempre apresenta sujeito, o qual é o paciente da ação expressa pelo verbo;
4 – A voz passiva analítica ou verbal pode apresentar agente da passiva, mas a voz passiva sintética ou
pronominal nunca apresentará agente da passiva.
Ex.: Cabral descobriu o Brasil. (VA) O Brasil foi descoberto por Cabral. (VPA)
Vendem-se flores. (VPS) Flores são vendidas. (VPA)

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LÍNGUA PORTUGUESA REGÊNCIAS NOMINAIS COMUNS

7. ADJUNTO ADVERBIAL - é o termo da oração que se relaciona ao verbo, ao advérbio ou ao adjetivo a fim de
acrescentar a um desses elementos uma circunstância qualquer. Os advérbios e as locuções adverbiais
desempenham a função de adjunto adverbial
Ex: A prova de matemática foi muito fácil.

8. ADJUNTO ADNOMINAL - termo de valor adjetivo que serve para especificar ou delimitar o significado do
substantivo, podendo ser expresso por:
a) Adjetivo: Compareceram pessoas interessadas.
b) Locução Adjetiva: Era um homem de consciência.
c) Artigo: O mar era um lago sereno e azul.
d) Pronome Adjetivo: Minha camisa é igual à sua.
e) Numeral : Casara-se havia duas semanas.
f) Oração Adjetiva: Os cabelos, que eram fartos e lisos, caíram-lhe pelo rosto.
g) Pronome Oblíquo: "...te beijar a boca de um jeito que te faça rir...”

9. APOSTO - é o termo usado para explicar, enumerar, recapitular ou especificar o seu antecedente. O núcleo
do aposto é representado por um substantivo ou palavra substantiva. Classifica-se em:
a) Aposto Explicativo: explica um termo anterior.
Ex: Londrina, cidade paranaense, é muito linda.
b) Aposto Enumerativo: enumera um termo anterior.
Ex: Dois países não assinaram o acordo: Brasil e Chile.
c) Aposto Recapitulativo: resume um termo anterior.
Ex: Os amigos, os parentes, os professores, todos o ajudaram.
d) Aposto Especificador: especifica um termo anterior.
Ex: A cidade de Fortaleza é muito visitada por turistas.

10. VOCATIVO - é o termo da oração usado para chamar, pelo nome, apelido ou característica, o ser com quem
se fala. O vocativo também é uma função substantiva. Ele, como termo independente que é, não faz parte do
sujeito nem do predicado e aparece sempre isolado por pontuação, geralmente a vírgula.
Ex: Sossega, coração, não desesperes.
Pai, afasta de mim esse cálice.

QUESTÕES OBJETIVAS
“E agora, José?
A festa acabou
A luz apagou
O povo sumiu
A noite esfriou...”

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(Carlos Drummond de Andrade)

1. Em relação aos verbos destacados, pode-se afirmar que:


a) Os verbos são todos transitivos diretos e estão no pretérito imperfeito.
b) Os verbos são todos transitivos diretos, embora o objeto direto não esteja expresso; e os verbos estão no
pretérito perfeito.
c) O primeiro e o segundo verbo são transitivos diretos e os dois últimos são transitivos indiretos e estão no
pretérito mais-que-perfeito.
d) Todos os verbos destacados são intransitivos e estão no pretérito perfeito.

2. Observe as duas orações abaixo:


I - Os fiscais ficaram preocupados com o alto índice de sonegação fiscal.
II - Houve uma sensível queda na arrecadação do ICM em alguns Estados.
Quanto ao predicado, elas classificam-se, respectivamente, como:
a) nominal e verbo-nominal
b) verbo-nominal e verbal
c) nominal e verbal
d) verbal e verbo-nominal
e) verbal e nominal

3. Assinale a alternativa em que o predicado é verbo-nominal:


a) O garoto tímido fez o discurso.
b) Não encontraram o suspeito.
c) A garota saiu chateada da escola.
d) O garoto continua internado.

4. Regência Verbal e Nominal

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LÍNGUA PORTUGUESA REGÊNCIAS NOMINAIS COMUNS

Regência Verbal
1- Agradar
a) no sentido de acariciar – VTD.
Ex.: Não é bom agradar demais as crianças.

b) no sentido de satisfazer, causar agrado. (preposição a) – VTI. Para a FCC também pode ser VTD, pois a banca
adota o dicionário de regência do Celso Pedro Luft.
Ex.: O sítio agradou ao fazendeiro.
Ex.: Este chapéu lhe agradará.

2 – Aspirar
a- no sentido de cheirar, sorver: sem preposição - VTD. Ex.: Maradona aspirou o ar puro da manhã.
b- no sentido de almejar, pretender: exige a preposição a - VTI. Ex.: Aspirava ao cargo de promotor de vendas.

3 – Assistir
a) no sentido de dar assistência, ajudar: com ou sem preposição – VTD ou VTI. Assim é aceito pela FCC.
Ex.: O médico assistia os (aos) lutadores machucados

b) no sentido de ver, presenciar: exige a preposição a - VTI. O objeto indireto não pode ser representado por
lhe(s), apenas por a ele(s) a ela(s):
Ex.: Assistimos ao filme
Ex.: A criança assistiu ao espetáculo inteiro.

c) no sentido de caber, pertencer: exige a preposição a - VTI. Admite substituição pelos pronomes lhe(s), a ele(s),
a ela(s).
Ex.: Assiste ao homem o direito de permanecer calado. (Assiste-lhe ou assiste a ele.)

d) no sentido de morar, residir: é intransitivo e exige a preposição em.


Ex.: Assistiu em Maceió por muito tempo.

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4- Chamar
a) no sentido de convocar, sem preposição – VTD.
Ex.: A direção chamou os professores.

b) no sentido de apelidar, denominar, caracterizar – VTD ou VTI. É verbo transobjetivo (objeto + predicativo do
objeto). Esse predicativo pode aparecer ou não com a preposição de.
Ex.:
Chamei-o de tolo.
Chamei-o tolo.
Chamei-lhe de tolo.
Chamei-lhe tolo.

5. Chegar/ ir – deve ser introduzido pela preposição a e não pela preposição em. A FCC classifica esses verbos
como transitivos indiretos.
Ex.: Vou ao ortopedista./ Cheguei a Brasília.

6- Custar
a) no sentido de ser custoso, ser difícil: preposição a. Ex.: Custou ao aluno entender o fenômeno da crase.
b) no sentido de acarretar: sem preposição. Ex.: O valor da casa custou-me tudo o que tinha.
c) no sentido de ter valor de, ter o preço: sem preposição. Ex.: Imóveis custam caro.

7 - Esquecer/lembrar
a- Quando não forem pronominais: sem preposição - VTD. Ex.: Esqueci o casaco dele.

b- Quando forem pronominais: preposição de - VTI. Ex.: Lembrei-me de todas as respostas


8 – Informar/certificar/cientificar/notificar/avisar /prevenir/ comunicar
a) no sentido de comunicar, avisar, dar informação: admite duas construções:
1) Alguém de algo – VTDI.
Ex.: Informou todos do acidente.
2) Algo a alguém – VTDI.
Ex.: Informou a todos o acidente.
Ex.: Avisei-o de que eu faltaria.

9- Namorar – não se usa com preposição - VTD. Ex.: Elisa namora Otávio.

10- Obedecer/desobedecer – exigem a preposição a - VTI. Ex.: O bom filho obedece aos pais./ O candidato
desobedeceu ao regulamento

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LÍNGUA PORTUGUESA REGÊNCIAS NOMINAIS COMUNS

11 - Pagar/ perdoar
a) Se o objeto é a coisa que sofre a ação do verbo: sem preposição – VTD.
Ex.: Ela pagou a conta de luz.
Ex.: O professor perdoou os erros do aluno

b) Se o objeto é pessoa que recebe a ação do verbo: são regidos pela preposição a – VTI.
Ex.: Perdoei a todos.
Ex.: O cliente pagou ao dono da loja.
Ex.: Cristo perdoou aos pecadores.

12- Preferir – Exigem um complemento sem preposição e outro com preposição a – VTDI
Ex: Prefiro futebol a vôlei
É errado usar este verbo reforçado pelas expressões ou palavras: antes, mais, muito mais, mil vezes mais, etc.
Ex.: Prefiro mil vezes dançar a fazer ginástica.

13 – Querer
a) no sentido de desejar: sem preposição.
Ex.: Quero a risada mais gostosa
b) no sentido de querer bem, ter afeto: usa-se com a preposição a.
Ex.: Quero muito aos meus primos.

14- Simpatizar/ antipatizar – exigem a preposição com - VTI. Ex.: Sempre simpatizei com você.

15 – Visar
a) no sentido de mirar ou dar visto: sem preposição – VTD.
Ex.: Visou o alvo com precisão.
Ex.: Visaram os cheques.
b) no sentido de objetivar: preposição a – VTI. Para a FCC também pode ser VTD, pois a banca adota o dicionário
de regência do Celso Pedro Luft.
Ex.: Viso a uma nova vida.

QUESTÕES OBJETIVAS
1. Com relação à regência verbal, a norma padrão aceita a construção presente na alternativa:
a) Entrei em casa e dela saí.
b) Entrei e saí de casa.

20
c) Entrei a casa e dela saí.
d) Entrei e sai à casa.

2. Assinale a alternativa em que a regência verbal está CORRETA.


a) Assisti o filme de que você gostou.
b) Prefiro mais a cidade do que o campo.
c) Este é o museu de que mais gosto.
d) Finalmente chegamos em Diamantina.

3. Em relação à regência verbal e nominal, o emprego do pronome relativo, segundo o registro culto e formal
da língua, está INCORRETO em:
a) A conclusão que chegamos é que o fracasso ensina ao homem como recomeçar
b) O barco a cujos tripulantes me referi pode voltar a navegar
c) O ideal por que lutamos norteia nossos projetos.
d) O infortúnio a que está sujeito o empreendedor motiva-o
e) Após o término da pesquisa, informei-lhe que tomasse cuidado para não errar.

4. Assinale a alternativa INCORRETA quanto à regência:


a) Chegamos finalmente ao colégio.
b) Sua atitude implicará demissão.
c) Ele namora com uma aluna do segundo ano.
d) Eles eram fiéis ao amigo.
e) O presidente assiste em Brasília.

5. NÃO há erro de regência verbal em:


a) Altos salários são dados os jogadores, sem terem ficado nos bancos escolares.
b) Falta de punição implica violência.
c) Muitos preferem, como ídolos, pessoas sem princípios morais do que pessoas honestas.
d) Todos assistem os programas de televisão que só apresentam tragédias.
e) O povo esquece, rapidamente, dos crimes que abalam a sociedade.

6. Alternativa correta:
a) Precisei de que fosses comigo.
b) Avisei-lhe da mudança de horário.
c)Incumbiu-me para realizar o negócio.
d) Recusei-me em fazer os exames.
e) Convenceu-se nos erros cometidos.

21
LÍNGUA PORTUGUESA REGÊNCIAS NOMINAIS COMUNS

7. Considere o comportamento do verbo em destaque quanto à sua regência, em “para dar sabor e aroma aos
alimentos”.
O trecho cujo verbo apresenta a mesma regência é:
a) “Quando você lê ‘aroma natural’ ”
b) “ ‘artificial’ no rótulo significa que os aromistas”
c) “que não existem na natureza,”
d) “O processo encarece o produto”
e) “enviar as moléculas às fábricas de alimentos”

8. A frase cuja regência do verbo respeita a norma-padrão é:


a) Esquecemo-nos daquelas regras gramaticais.
b) Os professores avisaram aos alunos da prova.
c) Deve-se obedecer o português padrão.
d) Assistimos uma aula brilhante.
e) Todos aspiram o término do curso.

9. Assinale a opção que apresenta a regência verbal incorreta, de acordo com a norma culta da língua:
a) Os sertanejos aspiram a uma vida mais confortável.
b) Obedeceu rigorosamente ao horário de trabalho do corte de cana.
c) O rapaz presenciou o trabalho dos canavieiros.
d) O fazendeiro agrediu-lhe sem necessidade.
e) Ao assinar o contrato, o usineiro visou, apenas, ao lucro pretendido.

5. Ocorrência da Crase
A palavra crase provém do grego Krasis e significa “fusão”, “junção”. Em português, ocorre a crase com as
vogais idênticas a + a. Tal fusão é indicada por meio do acento grave (à). Pode ocorrer a fusão da preposição a
com: artigo feminino (a / as), pronomes (aquele (s)/ aquelas (s)/ aquilo), pronome relativo (a qual/ as quais) ou
com os demonstrativos (a / as = aquela/ aquelas).
prep. art. prep. art.
Fui a + a feira. Retornamos a + as praias.

Fui à feira. Retornamos às praias.

22
Fui a + aquele lugar.

Fui àquele lugar.


Regra geral.
Haverá crase sempre que o termo anterior exigir a preposição “a” e o termo posterior admitir o artigo “a” ou
“as”.
prep. art.
Eu me referi a + a diretora.

Eu me referi à diretora.

Alguns casos merecem destaque:


1. A crase obviamente “não” ocorre diante de palavras que não podem ser precedidas de artigo feminino. É o
caso:
a) dos substantivos masculinos:
Andamos a cavalo.
Íamos a pé.
b) dos verbos no infinitivo:
Não tenho nada a declarar.
Começamos a sofrer.
c) da maioria dos pronomes:
Entreguei a Vossa Excelência.
Diga a ela.

OPA: Alguns pronomes admitem artigos, como: senhora, dona, mesma, própria, senhorita e madame (e também
outra e outras). Com isso, poderá ocorrer crase.
Ex.: Estou-me referindo à mesma pessoa.
(ao mesmo homem)
d) de palavras femininas “no plural” precedidas de um a:
Dirigi-me a pessoas desconhecidas.

OPA: Nesses casos, o a é preposição, e os substantivos estão sendo usados em sentido genérico. Quando são
usados em sentido específico, os substantivos passam a ser precedidos do artigo as; ocorrerá então, a crase:
Ex.: Você está se referindo a vidas humanas?

23
LÍNGUA PORTUGUESA

Você está se referindo às vidas de nossos companheiros?


e) Não ocorre crase nas expressões formadas por palavras repetidas femininas ou masculinas:
Cara a cara / Gota a gota / Dia a dia

2. Com as expressões adverbiais de lugar, deve-se fazer a verificação da ocorrência por meio da troca do termo
regente:

Ex.: Vou à Bahia Vim da Bahia. / Estou na Bahia.


Vou a Recife Vim de Recife. / Estou em Recife.

OPA: Merecem destaque as palavras casa (no sentido de lar, moradia) e terra (no sentido de chão firme) que só
admitirão crase, se estiverem especificadas.

Ex.: Cheguei a casa. / Cheguei à casa das minhas primas.


A tripulação da GOL desceu a terra. / A aeromoça da GOL chegou à terra de seus tios.
3. O acento grave, indicativo de crase, é usado nas expressões adverbiais e nas locuções prepositivas e
conjuntivas de que participam palavras femininas.
à tarde à proporção que à força de
à toa à procura de às escondidas
à noite à direita às ordens

1º OPA: Incluem-se nessas expressões as indicações de horas especificadas: à meia-noite, às duas horas, às três
e quarenta.
2º OPA: Merece destaque a expressão “à moda de”, que pode estar subentendida:
Ex.: Você fez um gol à (moda de) Pelé.

4. A crase é FACULTATIVA diante dos nomes próprios femininos, e após a preposição “até” que antecede
substantivos femininos, e ainda, no caso dos pronomes possessivos femininos.
Ex.: Dei um recado a Atadolfa. Dei um recado a Atadolfo.
Dei um recado à Atadolfa. Dei um recado ao Atadolfo.
Vou até a praia. Vou até o parque.
Vou até à praia. Vou até ao parque.
Refiro-me a minha amiga. Refiro-me a meu amigo.
Refiro-me à minha amiga. Refiro-me ao meu amigo.

Exercícios de Fixação:
1) Coloque o acento indicador de crase quando for necessário.
a) Diga às pessoas que me procurarem que tive de sair.

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b) Fui à Europa, de onde à Ásia.
c) Fui à Natal das praias inesquecíveis.
d) Cheguei a casa tarde da noite ontem.
e) Preciso ir à terra dos meus antepassados.
f) À noite, teremos de ficar à espreita.
g) Dobre à esquerda.
h) A loja estava às moscas quando chegamos, às quatro horas.
i) Prefiro isto àquilo.
j) A pessoa a que fiz referência não esteve presente à reunião.

QUESTÕES OBJETIVAS
1. O sinal indicador da CRASE foi corretamente empregado na frase “Que estivesse bem cedo junto ao edifício
Brasília para assistir à coleta de lixo”. Dentre as opções abaixo, porém, este sinal foi INCORRETAMENTE utilizado
em:
a) O bom repórter não poupa elogios à higiene dos lixeiros.
b) Na adolescência o motorista teria sucumbido à previsão de uma velhice pobre.
c) A esperança sobrevive até mesmo à uma ou outra mutilações.
d) O motorista parece dizer às pessoas da cidade: “o lixo é vosso”.
e) Os metais do caminhão esplendiam à luz da manhã.

2. Indique a alternativa em que o sinal indicativo de crase é facultativo:


a) Voltou à casa do Juiz.
b) Chegou às três horas.
c) Voltou à minha casa.
d) Voltou às pressas.

3. Assinale a opção em que o A sublinhado nas duas frases deve receber acento grave indicativo de crase:
a. Fui a Lisboa receber o prêmio. / Paulo começou a falar em voz alta.
b. Pedimos silêncio a todos. / Pouco a pouco, a praça central se esvaziava.
c. Esta música foi dedicada a ela. / Os romeiros chegaram a Bahia.
d. Bateram a porta fui atender. / O carro entrou a direita da rua.
e. Todos a aplaudiram. / Escreve a redação a tinta.

4. Quanto ..... suas exigências, recuso-me ..... levá-las ..... sério.


a) às - à - a
b) a - a - a
c) as - à – à

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LÍNGUA PORTUGUESA

d) à - a – à
e) as - a – a

5. Marque o item cuja frase apresenta redigida da forma mais adequada, considerando-se clareza, elegância,
precisão e correção.
a) De segunda à sexta, o programa será dedicado à você.
b) De segunda à sexta, o programa será dedicado a você.
c) Da segunda à sexta, o programa será dedicado a você.
d) Da segunda à sexta, o programa será dedicado à você.
e) Da segunda a sexta, o programa será dedicado a você.

6.Ortografia e Acentuação
Quanto à acentuação tônica (sílaba mais forte), as palavras recebem as seguintes classificações:
1. OXÍTONAS: A última sílaba é a tônica.
Ex. urubu, motel, marajá...
2. PAROXÍTONAS: A penúltima sílaba é a tônica.
Ex. cigarro, janela, lápis...
3. PROPAROXÍTONAS: a antepenúltima sílaba é a tônica.
Ex. gramática, tóxico, semântica...

Casos Específicos de Acentuação:


a) Monossílabos tônicos: acentuam-se os terminados em: a(s), e(s), o(s)
Ex: má(s), ré(s), pó(s).

b) Oxítonos: acentuam-se os terminados em: a(s), e(s),o(s), em, ens


Ex: está(s), prevê(s), amém, reféns.

c) Paroxítonos: acentuam-se os terminados em:


1) i(s), us: júri(s), vírus.
2) um, uns: álbum, álbuns.
3) on, ons: íon(s), prótons.
4) ôo, ôos: vôo(s).
5) r, x, n ou l: ímpar, látex, hífen, túnel.
6) ditongo: água, mágoa, série, ciência, órgão.
7) ps, ã(s): bíceps, ímã(s).

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d) Proparoxítona: acentuam-se todas.
Ex. fósforo, partícula, álibi...

e) Hiatos: as vogais “i”, “u” receberão acento agudo quando forem segunda vogal tônica de hiato e estiverem
constituindo sílaba sozinhas ou acompanhadas de “s”.
Ex. baía, faísca, baú, balaústre...

SUPER OPA! REGRAS MODIFICADAS PELA REFORMA ORTOGRÁFICA.


1 - Cai o acento dos ditongos abertos EI e OI nas palavras paroxítonas (sílaba tônica = penúltima).
Como era Como Ficou
idéia ideia
platéia plateia
jibóia jiboia
bóia boia
heróico heroico

Opa! Lembre-se de que a mudança só vale para as palavras paroxítonas (e não para as oxítonas ou monossílabos
tônicos).
Ex: Contrói, Destrói, Dói, Fiéis.

Opa2! Quando a palavra paroxítona termina em R, o acento nos ditongos ei e oi se mantém.


Ex: Méier, Destróier.
2. Cai o acento circunflexo nos hiatos com vogal repetida (OO; EE).
Como era Como ficou
Vôo Voo
Enjôo Enjoo
Lêem Leem
Crêem Creem
Vêem Veem

3. Cai o acento nas vogais i e u antecedidas de ditongo decrescente nas palavras paroxítonas.
Como era Como ficou
Feiúra Feiura
Sauípe Sauipe

Opa! A regra de acentuação diz que I e U são acentuados em HIATO (sozinhos na sílaba ou seguidos de S).
Hiato é V + V. Nas palavras acima, o que temos é V + SV. Por isso, a regra do hiato não deve mesmo se aplicar.
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LÍNGUA PORTUGUESA

Note que a regra ainda se aplica em “Guaíba” ou “Guaíra”, uma vez que os ditongos são crescentes.

Opa2! Lembre-se de que a mudança só vale para as palavras paroxítonas (e não para as oxítonas ou
proparoxítonas). Ex: Tuiuiú, Piauí e Maiúscula.

4. Com relação ao U, caem o acento agudo e o trema nos ambientes QUE/QUII, GUE/GUII
Como era Como ficou
Apazigúe Apazigue
Argúi Argui
Averigúe Averigue
Conseqüência Consequência
Lingüiça Linguiça

5. Acento Diferencial - deixa de existir a maioria dos casos de acento diferencial; três casos ainda se mantêm.
COMO ERA COMO FICOU, NOS DOIS CASOS
Para (preposição) X Pára (verbo “parar”) Para
Pêlo (do corpo) X Pelo (por + o) Pelo
Pólo (Ex: Pólo Sul) X Polo (preposição arcaica) Polo
Pêra (fruta) X Pera (preposição arcaica) Pera
Côa/Côas (verbo “coar”) X Coa (com + a) Coa (e Coas)

Casos em que o acento diferencial se mantém

CASOS COM ACENTO DIFERENCIAL


Pôr (verbo) X Por (preposição)
Pôde (passado) X Pode (presente)
Vem / Tem (singular) X Vêm / Têm (plural)

EXEMPLOS
Quis pôr o seu envelope por cima do outro.
Um dia ele pôde; hoje não pode mais.
Ele sempre vem. X Eles sempre vêm.
O rapaz tem sorte. X Os rapazes têm sorte.

QUESTÕES OBJETIVAS
1. Assinale a alternativa em que pelo menos um vocábulo não seja acentuado:
a) orfão, taxi, balaustre.

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b) parabens, alguem, tambem.
c) tatil, amago, cortex.
d) hifen, cipos, leem.

2. Assinale a alternativa em que todos os vocábulos estejam corretamente acentuados.


a) rítmo, impossível, enjoos, alcatéia.
b) pôquer, sanduíche, seminú, afáveis.
c) sótão, môsca, portátil, coronéis
d) ensaísta, antevéspera, protótipo, orquídea

3. Assinale o vocábulo acentuado graficamente por imposição de regra diferente das demais:
a) inúmeros
b) calmíssima
c) cédulas
d) uísque

4. “As aves que _____aqui beber água são tão mansas que não ____ defesa contra a ação de predadores.”
(A) vêem - têm
(B) vêm – tem
(C) vem – têm
(D) vêem – tem
(E) vêm – têm.

QUESTÕES OBJETIVAS
1. A única frase que, do ponto de vista semântico, NÃO está comprometida é:
A) Delatou a pupila há meia hora, por isso não está enxergando bem.
B) Há muito tempo o rapaz está submerso; se ele demorar mais para imergir, pode correr perigo de morte.
C) Nunca vi uma chuva que não dá um minuto de trégua; essa intermitência me angustia.
D) Distratava tanto a cunhada, que ela deixou de visitá-los.
E) Quando o temporal se anunciou, mandou arrear o cavalo e partiu imediatamente.

2. Assinale a alternativa em que a palavra destacada foi empregada erroneamente:


a) O Diretor-Geral retificou a Portaria 601, que fora publicada com incorreções.
b) Esse assunto é confidencial; conto, portanto, com sua descrição.
c) O Superintendente da Receita Federal deferiu aquele nosso pedido.
d) Recuso-me a defender aquele réu, pois foi pego em flagrante.
e) Este fiscal vai trabalhar na seção de Tributação.

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LÍNGUA PORTUGUESA

3. Assinale a alternativa em que a oração está incorreta.


a) Eu não sei por que!
b) As agonias, por que passei, não as revelo.
c) Ela fala tanto porque pretende convencer-nos.
d) Não sei e acho que não saberei, jamais, o porquê.
e) Você não me quer mais. Por quê?

4. Considerando-se o contexto, o segmento cujo sentido está adequadamente expresso em outras palavras é:
(A) Entre exclamações, citou = Em meio aos brados, parodiou
(B) Ofícios fúnebres = Comunicações danosas
(C) o seu necrológio no jornal = a sua matéria fúnebre impressa
(D) obrigado à caceteação = compelido ao aborrecimento
(E) aliviar o luto fechado = compensar a grande tristeza

5. Sem prejuízo da correção e do sentido, o elemento em destaque pode ser substituído pelo que se encontra
entre parênteses em:
(A) ...qualquer possibilidade de remissão humana. (impiedade)
(B) ...com a maior falta de consideração e desfaçatez possíveis... (indiferença)
(C) ...conhecidas pela sua beleza inóspita,... (profícua)
(D) − o mesmo país que, hoje, subsidia a tradução de seus livros... (consolida)
(E) a linguagem e a verve de Thomas Bernhard... (vivacidade)

8. Traduz-se corretamente um segmento do texto em:


(A) primordial vida marinha = preponderante nascente marítima
(B) propelida pela luz solar = arrefecida pela energia do sol
(C) recuperar esse valor intrínseco = reaver essa importância inerente
(D) colônia extravagante de organismos = linhagem errante de seres vivos
(E) resiliente biologia tropical = perseverante bioma dos trópicos

9. Respeita a ortografia oficial vigente:


(A) O culto à ignorância e à xenofobia é o responsável, em nosso dia-a-dia, por esta situação deplorável, que
enserra a população local na bolha impenetrável de seus interesses e valores particulares.
(B) Incrementar a participação política é um desafio perene, aja vista a nova estratégia de controle político que
aparelha muitos órgãos publicos, incluindo os do setor educacional.
(C) A soberania do mercado não é imprescindível para a democracia liberal − é uma alternativa a ela e a todo
tipo de política, na medida em que elimina a necessidade de serem tomadas decisões que contemplem
consensos coletivos.

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(D) Foram mencionadas as estratégias para disperçar as cepas oligárquicas das altas esferas do poder e,
sobretudo, para prover o controle jurídico das suas ações; mais, até o momento, não se obteve sucesso.
(E) Suas ideias íam de encontro às dos demais; ele sempre optava pelas vias mais polêmicas afim de obter
atenção da audiência.

7.Concordância verbal e nominal


/ Emprego de tempos e modos
verbais
I. CONCORDÂNCIA NOMINAL
É o estudo das relações sintáticas existentes entre um núcleo (de natureza substantiva) e seus determinantes.

MEU ------------ > CÃO < ------------ BRAVO


MEUS ------------ > CÃES <------------ BRAVOS

Principais casos de Concordância Nominal:


1. Adjetivo após vários substantivos:
a) mesmo gênero – O adjetivo vai para o plural ou concorda com o último substantivo
Ex: Casa e igreja antigas (concordância gramatical)
Casa e igreja antiga (concordância atrativa)
b) gêneros diferentes – O adjetivo concorda com o último ou vai para o plural
Ex: Prédio e casa antiga
Prédio e casa antigos (o gênero masculino prevalece)

2. Adjetivo antes de vários substantivos


A concordância só poderá ser atrativa
Ex: Longa novela e filme.

3. Mesmo
a) Quando pronome, concorda com o substantivo (= próprias)
Elas mesmas irão lá.
b) Quando advérbio, é invariável (= realmente; de fato)
Elas irão mesmo lá.

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LÍNGUA PORTUGUESA

4. Anexo
É adjetivo. Logo, concorda com o substantivo ao qual se refere.
Ex: As cartas estão anexas ao contrato.
Opa! A locução adverbial EM ANEXO é invariável. Ela é repudiada pelos gramáticos, mas não podemos ignorá-la.
As cartas estão em anexo.
Seguem em anexo os documentos.

5. Bastante
a) Quando pronome indefinido, variável (referindo-se a substantivo)
Ex: Eles fizeram bastantes críticas ao projeto
b) Quando advérbio, invariável (referindo-se a verbo, advérbio ou adjetivo)
Ex: Eles estudaram bastante.
Eles chegaram bastante tarde.
Eles permanecem bastante irritados.

6. Meio
a) Quando numeral, concorda com a palavra à qual se refere. (= metade)
O alcoólatra só bebeu meia garrafa
b) Quando advérbio, invariável. (=mais ou menos)
A criança ficou meio cansada.

7. É bom/ é proibido/ é necessário + substantivo


a) Se o substantivo está acompanhado de determinante (artigo ou pronome) → bom, necessário, proibido e outros
adjetivos concordam com o substantivo.
Ex: É permitida a entrada de crianças.
A cerveja é gostosa.
b) Se o substantivo NÃO está acompanhado de determinante (artigo ou pronome) → bom, necessário, proibido e
outros adjetivos ficam no masculino e singular.
Ex: É permitido entrada de crianças
Cerveja é gostoso.

II. CONCORDÂNCIA VERBAL


É o estudo das relações sintáticas existentes entre o verbo e o seu sujeito.

1. REGRA GERAL – O verbo concorda com o núcleo do sujeito.


Ex: A flor murchou. As flores murcharam.
Surgiu uma dúvida. Surgiram várias dúvidas.

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2. SUJEITO COMPOSTO
Antes do verbo → verbo no plural.
Ex: Céu e terra passarão
Depois do verbo → verbo no plural ou concorda com o primeiro.
Ex: Sabes/Sabemos tu e eu. Cansei/Cansamos eu e ela.
Com núcleos ligados por ou → verbo no plural (exceto se houver exclusão)
Ex: Aída ou Eva estão em casa? Um ou outro ficará na chefia.
3. SER
a) hora, data, distância → verbo concorda com o número seguinte.
Ex: É uma hora. São 3 de maio. Da porta à rua são dez metros.
b) quantidade (muito pouco) → verbo no singular.
Ex: Dois minutos é pouco tempo. Dois quilos foi demais.

4. EXPRESSÕES COLETIVAS
Coletivo + plural → verbo no singular.
Ex: Um enxame de abelhas africanas aterrorizou a cidade.
A maioria de, a maior parte de + plural → verbo no sing./plural.
Ex: A maior parte das mulheres protestou/protestaram.

5. MAIS DE, MENOS DE, CERCA DE


Verbo concorda com número seguinte.
Ex: Mais de um bar fechou. Cerca de cem bares fecharam.

6. VERBOS IMPESSOAIS
6.1 – Haver no sentido de existir, ocorrer e acontecer.
Ex: Haverá dúvidas em concordância.
6.2 – Verbos que expressam fenômenos da natureza em sentido denotativo (real).
Ex: Choverá muitos dias seguidos (sentido real)

Opa! Em sentido figurado, há sujeito.


Ex: Choverão muitos exercícios. (sentido figurado)/ Choveram granizos no sul. (Catacrese)

6.3 – Fazer: indicando tempo transcorrido ou clima


Ex: Faziam dez dias que eu não te via (erro!)
Fazia dez dias...(certo)
Fará dez dias de calor. (certo)

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LÍNGUA PORTUGUESA

7. PRONOME APASSIVADOR “SE”


Vale a regra geral: verbo concorda com sujeito
Ex: A lei é cumprida./ Cumpre-se a lei
As leis são cumpridas./ Cumprem-se as leis.

8. QUEM e QUE
Sou eu quem → verbo concorda com quem ou seu antecedente.
Ex: És tu quem faz/fazes. Fomos nós quem venceu/vencemos.
Sou eu que → verbo concorda com antecedente de que.
Ex: És tu que fazes. Fomos nós que vencemos.

Exercícios de Fixação:
1. Numere as colunas sendo:
a) Sujeito simples;
b) Sujeito composto;
c) Sujeito indeterminado;
d) Oração sem sujeito.

1. ( ) “Sob pressão da opinião pública, a Câmara aprovou ontem, em ritmo acelerado, o fim dos salários extras.”
(Jornal O Globo)
2. ( ) “Recebiam R$ 25 mil.” (Jornal O Globo)
3. ( ) “Está-se sujeito a incertezas, após as eleições.”
4. ( )”A Dilma é a primeira presidente do Brasil.”
5. ( ) Choveu muito.
6. ( ) Choveu muito dinheiro.
7. ( ) Havia muita gente na rua.
8. ( ) Existia muita responsabilidade.
9. ( ) Choram de susto os meninos.
10. ( ) Fazia grande calor.
11. ( ) Na minha rua estão cortando árvores.
12. ( ) “Bronzeado e de alto astral, Jesus brilhou na semana de moda carioca.”
13. ( ) “Miguel Falabella e Marília Pêra se encontram em Ipanema.” (Jornal EXTRA)
14. ( ) “Divertiram-se muito, no último dia 14, na Grande Rio, Gilberto e Suzana Vieira.”
15. ( ) Corre, Joana!

QUESTÕES OBJETIVAS

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1. Identifique a opção em que não houve erro de concordância verbal:
a) Já fazem alguns dias que não se veem.
b) Na cidade, haviam viúvas e clérigos.
c) As crianças da cidade tem privilégios.
d) As luzes do castelo se mantinham acesas.
e) A maioria da população viviam ao redor do palácio.

2. Na oração “Pelas esquinas, havia vendedores, prostitutas e mendigos...”, o sujeito deve ser classificado como:
a) Simples
b) Composto
c) Indeterminado
d) Inexistente
e) Oculto ou desinencial

3. “O pároco que lê as escrituras tem mais sabedoria.” A pluralização do termo em destaque acarretaria as
seguintes formas verbais:
a) Leem e teem
b) Lêm e têm
c) Leem e têm
d) Lêem e tem
e) Lêem e têm

4. Apenas uma das orações abaixo se apresenta sem sujeito. Identifique-a:


a) As pessoas haviam abandonado o cão na rua.
b) Os alunos se houveram bem na prova.
c) Haviam ocorrido alguns avanços.
d) Havia certo rancor em sua voz.
e) Os réus haviam sido libertados.

5. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas: “Ainda não ............... soado as oito horas da
noite, quando ................. à porta: ................ um viajante em busca de abrigo.”
a) havia – bateu – era
b) havia – bateram – era
c) havia – bateu – eram
d) haviam – bateram – era
e) haviam – bateu – eram

6. Analise as opções abaixo quanto à concordância verbal e identifique a incorreta:


a) Este documento é um dos que identifica a série de atribuições de cargo.
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LÍNGUA PORTUGUESA

b) A maioria das decisões anteriores desaprova tal procedimento.


c) Admite-se que seja propício o estudo e a posterior avaliação.
d) Vão fazer dez anos que eu não a vejo.

7. Assim que .................. quatro horas no relógio da igreja, mais de um aluno ................. .
a) bateu, saiu
b) bateram, saíram
c) baterão, sairá
d) bateu, saíram
e) bateram, saiu

8. .......... cinco anos que não se ...................mais estes aparelhos.


a) Fazem, faz
b) Faz, faz
c) Fazem, fazem
d) Faz, fazem

9. O verbo que se mantém corretamente no singular, apesar das alterações propostas entre parênteses para o
segmento grifado, está na frase:
a) É o desafio do nosso tempo. (os desafios)
b) E isso quando a própria FAO alerta ... (os especialistas da própria FAO)
c) E que a produção precisará crescer 70% até 2050 ... (a produção de alimentos)
d) Tudo acontece num cenário paradoxal. (Todos os problemas)
e) Um relatório da própria FAO assegura ... (Os dados de um relatório)

10. Assinale a alternativa em que ocorreu erro de concordância nominal.


a) livro e revista velhos
b) aliança e anel bonito
c) rio e floresta antiga
d) homem, mulher e criança distraídas

11. Assinale a frase que contraria a norma culta quanto à concordância nominal.
a) Falou bastantes verdades.
b) Já estou quites com o colégio.
c) Nós continuávamos alerta.
d) Haverá menos dificuldades na prova.

12. Cometeu-se erro no emprego de ANEXO em:


a) Anexas seguirão as fotocópias.
b) Em anexo estou mandando dois documentos.

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c) Estão anexos os requerimentos.
d) Anexo seguiu uma foto.

13. Assinale o erro de concordância nominal.


a) Maçã é ótimo para isso.
b) É necessário atenção.
c) Não será permitida interferência de ninguém.
d) Música é sempre bom.

14. Marque o erro de concordância.


a) Os alunos ficaram sós na sala.
b) Já era meio-dia e meio.
c) Os alunos ficaram só na sala.
d) Márcia está meio cansada.

15. Assinale a opção incorreta quanto à concordância nominal:


a) Colecionava jornais e revistas antigas.
b) Ao meio-dia e meia desceram para o almoço.
c) Tinha pelo computador sincero respeito e admiração.
d) Quaisquer que sejam as dificuldades, tudo será resolvido.
e) Ela mesmo se negara a conhecê-lo melhor.

8. Tempos, modos e vozes verbais


Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical é agente ou
paciente da ação.

São três as vozes verbais:

a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo. Por exemplo:

Ele fez o trabalho.


sujeito agente ação objeto (paciente)

b) Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo. Por exemplo:

O trabalho foi feito por ele.


sujeito paciente ação agente da passiva

c) Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação.
Por exemplo:

O menino feriu-se.
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LÍNGUA PORTUGUESA

Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade. Por exemplo:

Os lutadores feriram-se. (um ao outro).

QUESTÕES OBJETIVAS
1-“... ela nunca alcançava a musa.”. Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante
será:
a) foi alcançada.
b) fora alcançada.
c) seria alcançada.
d) era alcançada

2- “E assim, num impulso, lança a primeira pincelada...”. Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a
forma verbal resultante será:
a) foi lançada.
b) é lançada.
c) fora lançada.
d) lançaram-se
e) era lançada.

3- A carta, essa personagem central dos últimos séculos, foi solapada pelo e-mail... A frase acima está
corretamente transposta para a voz ativa em:
a) A carta, essa personagem central dos últimos séculos, solapa o e-mail.
b) O e-mail, essa personagem central dos últimos séculos, a carta solapou-o.
c) O e-mail solapou a carta, essa personagem central dos últimos séculos.
d) O e-mail solapara essa personagem central dos últimos séculos, a carta.
e) A carta, essa personagem central dos últimos séculos, solaparia o e-mail.

4- “... o indivíduo exerce livremente sua atividade”


Transpondo a frase acima para a voz passiva, obtém-se a forma verbal
(A) exercerá.
(B) é exercida.
(C) pode exercer.
(D) terá exercido.
(E) terá como exercer.

5-... o etanol reduz em mais de 80% a emissão de gases do efeito estufa. (2° parágrafo) Transpondo-se a
frase acima para a voz passiva, a forma verbal passará a ser, corretamente:
a) é reduzida.
b) foi reduzido.
c) tinha reduzido.
d) serão reduzidos.
e) vinha sendo reduzida.

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9. Equivalência e transformação de
estruturas / Colocação dos
pronomes átonos
Os pronomes oblíquos átonos (o, a, os, as, lhe, lhes, me, te, se, nos, vos), como todos os outros monossílabos átonos,
apoiam-se na tonicidade de alguma palavra próxima. Assim, esses pronomes podem ocupar três posições na oração:
antes do verbo; no meio do verbo; depois do verbo.
a) antes do verbo: nesse caso, ocorre a próclise, e dizemos que o pronome está proclítico:
Ex.: Nunca me revelaram os verdadeiros motivos.
b) no meio do verbo: nesse caso, ocorre a mesóclise, e dizemos que o pronome está mesoclítico. A mesóclise só é
possível com o verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito do indicativo:
Ex.: Revelar-te-ei os verdadeiros motivos.
Ex.: Revelar-me-iam os verdadeiros motivos.
c) depois do verbo: nesse caso, ocorre a ênclise, e dizemos que o pronome está enclítico:
Ex.: Revelaram-me os verdadeiros motivos.
Apresentamos, a seguir, algumas orientações acerca da colocação dos pronomes oblíquos átonos.

Ênclise
A ênclise ocorre normalmente:
a) com o verbo no início da frase.
Ex.: Comenta-se que ele deverá recebe o prêmio.
b) com o verbo no imperativo afirmativo.
Ex.: Alunos, apresentem-se ao diretor.

c) com o verbo no gerúndio.


Ex.: Modificou a frase, tornando-a ambígua.

Opa!!!
Caso o gerúndio venha precedido pela preposição em, ocorrerá a próclise.
Ex.: Em se tratando de cinema, prefiro filmes europeus.

d) com o verbo no infinitivo impessoal.


Ex.: Leia atentamente as questões antes de resolvê-las.

Próclise
A próclise ocorre geralmente em orações em que antes do verbo haja:
a) palavra de sentido negativo (não, nada, nunca, ninguém, etc.)
Ex.: Nunca me convidam para festas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

b) conjunção subordinativa
Ex.: "Quando te encarei frente a frente não vi o meu rosto." (Caetano Veloso)

c) advérbio
Ex.: Assim se resolvem os problemas.

Opa! Caso haja pausa depois do advérbio (marcada na escrita por vírgula), ocorrerá a ênclise.
Ex.: Assim, resolvem-se os problemas.

d) pronome indefinido
Ex.: Tudo se acaba na vida.

e) pronome relativo
Ex.: Não encontrei o caminho que me indicaram.
f) Ocorre também a próclise nas orações iniciadas por palavras interrogativas e exclamativas e nas orações optativas
(orações que exprimem um desejo).
Ex.: Quem te disse que ele não viria? (oração iniciada por palavra interrogativa);
Ex.: Quanto me custa dizer a verdade! (oração iniciada por palavra exclamativa);
Ex.: Deus te proteja. (oração optativa).
g) Com o infinitivo flexionado precedido de preposição.
Ex.: Foram ajudados por nos trazerem até aqui.
h) Com formas verbais proparoxítonas.
Ex.: Nós lhes desobedecíamos sempre.
i) Com certas conjunções coordenativas aditivas e certas alternativas antes do verbo*
Ex.: Ora me ajuda, ora não me ajuda. / Não foi nem se lembrou de mim.
*nem, não só/apenas/somente...mas/como (também/ainda/senão)..., tanto... quanto/como..., que, ou... ou, ora...ora,
quer... quer..., já... já...

Mesóclise
A mesóclise só pode ocorrer quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito do indicativo.
Ex.: Convidar-me-ão para a solenidade de posse da nova diretoria.
Ex.: Convidar-te-ia para viajar comigo, se pudesse.
Caso o verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito do indicativo venha precedido de alguma palavra que
exija a próclise, esta será de rigor.
Ex.: Não me convidarão para a solenidade de posse da nova diretoria.

CASOS FACULTATIVOS
01. Pronomes demonstrativos antes do verbo sem palavra atrativa.*

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Ex.: Aquilo me deixou triste / Aquilo deixou-me triste. *este (e variações), isto; esse (e variações), isso; aquele (e
variações), aquilo.
02. Conjunções coordenativas (exceto aquelas mencionadas nos casos de próclise) antes do verbo sem palavra
atrativa.
Ex.: Ele chegou e dirigiu-se a mim. / Ele chegou e se dirigiu a mim. Corri atrás da bola, mas me escapou. /
Corri atrás da bola, mas escapou-me.
03. Sujeito explícito com núcleo pronominal (pronome pessoal reto e de tratamento) antes do verbo sem palavra
atrativa.
Ex.: Eu te amo. / Eu amo-te. Sua Excelência se queixou de você. / Sua Excelência queixou-se de você. OPA! Com
verbos monossilábicos, a eufonia ordena que se use a próclise, segundo o Gramático Manoel Pinto Ribeiro: “Eu a vi
ontem, e não Eu vi-a ontem.”
04. Sujeito explícito com núcleo substantivo (ou numeral) antes do verbo sem palavra atrativa.
Ex.: Camila te ama ou Camila ama-te. / Os três se amam ou Os três amam-se. OPA! Para banca IBFC nesse caso a
ênclise é obrigatória. Portanto, caberia apenas a frase: Camila ama-te.
05. Infinitivo não flexionado precedido de “palavras atrativas” ou das preposições “para, em, por, sem, de, até, a”.
Ex.: meu desejo era não o incomodar. / Meu desejo era não incomodá-lo. Calei-me para não o contrariar. /
Calei-me para não o contrariá-lo. Corri para o defender. / Corri para defendê-lo. Acabou de se quebrar o painel. /
Acabou de quebrar-se o painel. Sem lhe dar de comer, ele passará mal. / Sem dar-lhe de comer, ele passará mal.
Até se formar, vai demorar muito. / Até formar-se, vai demorar muito. Erro agora em lhe permitir sair? / Erro
agora em permitir-lhe sair? Por se fazer de bobo. Enganou a muitos. / Por fazer-se de bobo, enganou a muitos.

Colocação dos pronomes oblíquos átonos nas locuções verbais e nos tempos compostos
Nas locuções verbais em que o verbo principal está no infinitivo ou no gerúndio, o pronome oblíquo átono pode ser
colocado, indiferentemente, depois do verbo auxiliar (com hífen), antes do principal (sem hífen) ou depois do verbo
principal (com hífen).
Ex.: Quero-lhe apresentar os meus primos que vieram do interior.
Quero lhe apresentar os meus primos que vieram do interior.
Quero apresentar-lhe os meus primos que vieram do interior.
Ex.: Ia-lhe dizendo as razões da minha desistência.
Ia lhe dizendo as razões da minha desistência.
Ia dizendo-lhe as razões d a minha desistência.

Caso haja antes da locução verbal palavra que exija a próclise, o pronome oblíquo poderá ser colocado,
indiferentemente, antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.
Ex.: Não lhe quero apresentar os meus primos que vieram do interior.
Não quero apresentar-lhe os meus primos que vieram do interior.

Nos tempos compostos e nas locuções verbais em que o verbo principal está no particípio, a colocação dos
pronomes oblíquos átonos será feita sempre em relação ao verbo auxiliar e nunca em relação ao particípio, podendo
ocorrer a próclise, a mesóclise ou a ênclise, conforme as orientações apresentadas anteriormente.
Ex.: Havia-lhe contado os verdadeiros motivos da minha desistência.
Nunca o tinha visto antes.
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LÍNGUA PORTUGUESA

Ter-lhe-ia procurado, se tivesse tempo.


Ex.: Ficou tímido, porque se sentiu rejeitado pelos colegas.
Se não o convidarem, sentir-se-á rejeitado pelos colegas.

Nas locuções verbais e nos tempos compostos, quando se coloca o pronome oblíquo átono depois do verbo auxiliar,
pode-se usar o hífen ou não.
Ex.: Vou-te devolver o livro amanhã.
Vou te devolver o livro amanhã.

QUESTÕES OBJETIVAS
1- A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes, foi
corretamente realizada em:
A) Duas figuras merecem atenção = Duas figuras merecem-na
B) poderá atingir a purgação = poderá lhe atingir
C) dissecando a estrutura = dissecando-la
D) provocar compaixão e terror = provocá-las
E) mandou organizar as festas = mandou organizar-lhes

2- O segmento grifado está corretamente substituído pelo pronome correspondente, considerando-se também
sua colocação, em:
A) para substituir os próprios punhos = para lhes substituir.
B) pertencem a outro capítulo da história = pertencem a ele.
C) que pode causar admiração pela força = que pode causá-lo.
D) mas nunca provocará um sorriso = mas nunca lhe provocará.
E) representam a intromissão do humor = o representam.

3. A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes, foi feita
corretamente em:

(A) quando veio apanhar a crônica = quando veio apanhar-lhe


(B) Depois de cumprir meus afazeres = Depois de cumprir-nos
(C) Já tive muitas capas e infinitos guarda-chuvas = Já lhes tive
(D) pendurei o guarda-chuva = pendurei-no
(E) Pedi ao moço de recados = Pedi-lhe

4. ... por conhecer a dádiva do tempo.


... que distinguem o homem do resto...
A transitoriedade dá alma ao ser...

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Os segmentos sublinhados são, respectivamente, substituídos por pronomes em:

(A) por a conhecer / que distinguem-no do resto / A transitoriedade o dá alma


(B) por conhecê-la / que o distinguem do resto / A transitoriedade lhe dá alma
(C) por conhecê-la / que distinguem-no do resto / A transitoriedade dá-lhe alma
(D) por conhecê-lo / que o distinguem do resto / A transitoriedade dá alma a ele
(E) por a conhecer / que distinguem-o do resto / A transitoriedade o dá alma

5. Ninguém sabe de fato o que é a vida...


Querida, não reduza minhas ideias...
Podemos fazer opções mais ousadas.

Os trechos sublinhados são corretamente substituídos por pronomes em:

(A) Ninguém a sabe de fato / Querida, não as reduza / Podemo-las fazer


(B) Ninguém a sabe de fato / Querida, não as reduza / Podemos as fazer
(C) Ninguém a sabe de fato / Querida, não reduza-as / Podemos fazê-las
(D) Ninguém o sabe de fato / Querida, não nas reduza / Podemos fazê-lo
(E) Ninguém o sabe de fato / Querida, não as reduza / Podemos fazê-las

6. ... desrespeitando interlocutores.


Enxurradas de fotos invadem o espaço virtual...
... que caracteriza a obsessão pelos “cliques”.

Fazendo-se as alterações necessárias, os elementos sublinhados nos segmentos acima foram corretamente
substituídos por um pronome, na ordem dada, em:

(A) desrespeitando-os − invadem-no − a caracteriza


(B) desrespeitando-lhes − o invadem − caracteriza-lhe
(C) desrespeitando-os − lhe invadem − a caracteriza
(D) desrespeitando-nos − invadem-no − lhe caracteriza
(E) desrespeitando-lhes − invadem-no − caracteriza-a

7 -“Ninguém a olhava duas vezes.” Nessa frase, a colocação do pronome oblíquo está correta. Assinalar a
alternativa em que a colocação do pronome oblíquo átono está incorreta, de acordo com a Norma Culta.
A) O anti-herói leva uma vida de malandro e vadio, envolvendo-se em vários amores.
B) Ademais, dever-se-ia envelhecer maciamente.

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LÍNGUA PORTUGUESA

C) Nem já sei qual fiquei sendo. Depois que os vi.


D)Jamais dar-te-ia tantas explicações, se não fosses pessoa de tanto merecimento.

10. Pontuação
USO DA VÍRGULA
- Dentro de uma oração:

1 - É recomendável o uso da vírgula

a) Para separar termos de idêntica função (coordenados)


Ex: Escolheram um garoto-propaganda feio, atrapalhado, desajeitado, carente.
Bois, cavalos, bezerros e vacas vivem em harmonia aqui.

Opa! Quando ligados por E, não se usa vírgula.


Ex: Pedro estuda e trabalha.

b) Nas indicações de local e data


Ex: Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 2019.

c) A vírgula separa o adjunto adverbial deslocado do seu lugar normal


Ex: Na virada do século, a operária Luiza trabalhava na fábrica têxtil Bangu.

Opa! Quanto maior a extensão, maior a obrigatoriedade em isolar o adjunto adverbial por vírgula para a gramática
tradicional. Contudo, para o CESPE o adjunto adverbial deslocado com 3 ou mais palavras tem vírgula obrigatória
e para a FCC o tamanho do adjunto adverbial deslocado não importa. A FCC considera a vírgula facultativa sempre
nesses casos.
Ex: Ontem, (facultativa para qualquer banca) estudei Direito Administrativo.
Na semana passada, (Facultativa para banca FCC e obrigatória para banca CESPE) estudei Direito Constitucional.

d) Para isolar o Objeto pleonástico (enfático)


Ex: Esse dinheiro, nunca vou voltar a vê-lo.

e) Para isolar o vocativo


Ex: Mãe, acabei!

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f) Para isolar certos tipos de aposto (sobretudo o explicativo)
Ex: A minha espingarda, a melhor do mundo, nunca falha.

g) Para indicar a elipse do verbo


Dizem que os homens decidem com o cérebro; as mulheres, com o coração.

h) Para isolar palavras e expressões intercaladas que servem para resumir, incluir, excluir, retificar, exemplificar.
Ex: Esse caso, por exemplo, pode ser resolvido rapidamente.
Em suma, sua função era fazer comida.

i) Para separar, quando deslocadas, as conjunções adversativas (mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no
entanto) e as conclusivas (logo, portanto, pois, por conseguinte)
Ex: Tenho certeza; não darei, portanto, o braço a torcer.
O trabalho é árduo; ele, porém, não pára

2 - É proibido o uso da vírgula

a) Entre o sujeito e o verbo e entre o verbo e seu objeto.


Ex: Os índios, acreditaram, nos invasores. (errado)
b) Entre o nome o seu adjunto adnominal.
Ex: A preocupação, do rapaz era enorme. (errado)
c) Entre o nome e seu complemento nominal.
Ex: A rua é paralela, ao rio (errado)

- Entre orações

1 – Usa-se a vírgula para:

a) Para separar as orações coordenadas


Ex: Foi lá no porão, pegou três oitão, deu tiro na mão do próprio irmão.

b) Para separar a oração subordinada adjetiva explicativa


Ex: João, que não se sentia bem, caiu no chão.

c) Para separar as orações subordinadas adverbiais deslocadas


Ex: Quando meu time voltar a ganhar, eu compro a camisa.

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LÍNGUA PORTUGUESA

USO DO PONTO E VÍRGULA

1 - Usa-se o ponto-e-vírgula para:

a) Separar orações que tenham vírgulas em seu interior.


Ex: Ela agia correto; ele, errado.

b) Separar os itens de uma enumeração:


Ex: O time estava escalado...

c) Para enfatizar ideias adversativas ou conclusivas


Ex: Estudou; portanto mereceu.

USO DOS DOIS-PONTOS

1 – Usam-se dois pontos para:

a) Introduzir uma fala, uma citação


Ex: A manchete estampava: “a meninha morreu”
b) Anunciar uma enumeração
Ex: Três meninas elegantes: cobra, jacaré e elefante.
c) Introduzir um exemplo:
Ex: um monossílabo tônico: pé.

d) Anunciar um esclarecimento ou explicação de termo anteriormente dito:


Ex: Ele é impaciente: não sabe ouvir.

QUESTÕES OBJETIVAS
1. Considere as construções abaixo.
I. Ele pesquisa o transporte público nas grandes cidades, onde convivem meios obsoletos e avançados.
II. A preferência pela vida no campo tende a diminuir, em função das ofertas de trabalho que há na cidade.
III. Num passado recente, ninguém imaginaria que confortos da cidade viessem a se oferecer na vida do campo.
A exclusão da vírgula altera o sentido do que se enuncia APENAS em
A) I.
B) II.
C) III.
D) I e III.

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E) II e III.

2. Atente para as seguintes frases:


I. Com atenção, eles ouviam as músicas que eu selecionara para eles.
II. Eles gostavam especialmente dos movimentos lentos, que lhes pareciam mais poéticos.
III. Atenção especial foi dada aos compositores românticos, sobre os quais fiz comentários emocionados.
A exclusão da vírgula acarretará mudança de sentido APENAS em
(A) II e III.
(B) I.
(C) II.
(D) III.
(E) I e III.

3.Está inteiramente correta a pontuação do seguinte período:


(A) Certamente, os homens caçados pelo czar prefeririam que este, como outros caçadores, tomasse como alvo
apenas alguma borboleta, ou uma andorinha, ou mesmo um macaco.
(B) Macacos, borboletas, e andorinhas, são, para muita gente, interessantes alvos de caça, mas não para o índio
jivaro, nem tampouco, para o czar naturalista.
(C) Tanto Rubem Braga em sua crônica, quanto Drummond, em seu poema motivam uma ampla discussão, acerca
do que se pode ou não classificar, como uma ação bárbara.
(D) Nunca ocorreu, ao Sr. Matter, que, um índio jivaro, tivesse qualquer critério para escolher aquele, de quem
reduziria a cabeça.
(E) A curiosidade do explorador Matter, não deixava de ser mórbida, mas por vezes, somos levados a apreciar a
crueldade, sem pensar no que, esta, significa para a vítima.

4. Em pouco mais de seis minutos, Porter costura cenas de um dia na vida de um bombeiro, estabelecendo o conceito
narrativo que iria dominar o cinema comercial ao longo das décadas seguintes: as imagens se sucedem, convidando
o espectador a organizá-las como uma história linear, com começo meio e fim.
Atente para as afirmações abaixo a respeito do segmento acima.
I. O sinal de dois-pontos introduz uma decorrência do que se afirma antes.
II. Sem prejuízo da correção e do sentido original, uma continuação para o segmento “as imagens se sucedem” é:
"umas as outras".
III. A vírgula empregada após “linear” precede uma explicação.
Está correto o que se afirma APENAS em:
(A) I.
(B) II e III.
(C) I e II.
(D) I e III.
(E) III.

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LÍNGUA PORTUGUESA

5. A vírgula pode ser retirada sem prejuízo para o significado e mantendo a norma-padrão na seguinte sentença:
a) Mário, vem falar comigo depois do expediente.
b) Na próxima semana, apresentaremos a proposta de trabalho.
c) Telefonei para o Tavares, meu antigo chefe.
d) Encomendei canetas, blocos e crachás para a reunião.
e) Entrou na sala, cumprimentou a todos e iniciou o discurso.

11. Processos de coordenação e


subordinação.
Como já sabemos, período é a frase organizada em orações. Dependendo do número de orações que o
compõem, o período pode ser simples ou composto.

Período Simples: é formado por uma única oração, organizada em torno de um verbo ou uma locução verbal.
Ex.: "Minha vida era um palco iluminado." (Sílvio Caldas e Orestes Barbosa)
Ex.: Amanhã poderá chover.
A oração que forma um período simples recebe o nome de oração absoluta.
Período composto: é formado por mais de uma oração. Dependendo de como as orações se relacionam, pode ser:

- composto por coordenação: é formado exclusivamente por orações coordenadas.


Ex.: No outro dia tomei o trem / , peguei no sono / e acordei na estação
oração coord. assindética oração coord. assindética oração coordenada sindética aditiva
Ex.: Cheguei cedo ao teatro / , mas não arranjei um bom lugar.
oração coord. assindética oração coordenada sindética adversativa

- composto por subordinação: é formado de oração principal e oração(ões) subordinada(s) à principal.


Ex.: Um relance de olhos revelou-me / que sua fisionomia não era estranha.
oração principal oração subordinada
Ex.: Não conheço a pessoa / que ela estava procurando.
oração principal oração subordinada

I. Orações Coordenadas
Orações coordenadas são aquelas que, no período, não exercem função sintática umas em relação às outras. Uma
oração coordenada, portanto, nunca será termo das outras coordenadas com as quais se relaciona.
Ex.: Acordei cedo / , tomei o café / , paguei a conta / e deixei o hotel.

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oração coordenada oração coordenada oração coordenada oração coordenada
Verifique que, no exemplo acima, temos quatro orações sintaticamente independentes; cada oração é, do ponto de
vista sintático, uma unidade autônoma.

1. Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas


As orações coordenadas sindéticas classificam-se, de acordo com a conjunção que as introduz, em: aditivas,
adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

a) aditivas: exprimem ideia de soma, adição. As principais conjunções aditivas são: e, nem, mas também, mas ainda.
Ex.: Pedro estuda / e trabalha.
or. coord. assindética or. coord. sind. aditiva
b) adversativas: exprimem ideia de adversidade, oposição, contraste. As principais conjunções adversativas são: mas,
porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto.
Ex.: Pedro trabalha muito / , mas ganha pouco.
or. coord. Assindética or. coord. sind. adversativa

c) alternativas: exprimem ideia de alternância, escolha. Haverá alternância quando a ocorrência de um fato implicar
a não ocorrência de outro. As principais conjunções alternativas são: ou, ou... ou, ora... ora, quer... quer, já...já, seja...
seja.

Ex.: Venha agora / ou perderá a vez.


or. coord. assindética or. coord. sind. alternativa

d) conclusivas: exprimem ideia de conclusão. As principais conjunções conclusivas são: logo, portanto, então, pois
(posposto ao verbo).
Ex.: As árvores balançam / , logo está ventando.
or. coord. Assindética or. coord. sind. Conclusiva

e) explicativas: exprimem idéia de explicação, justificação, confirmação. As principais conjunções explicativas são: pois
(anteposto ao verbo), porque, que.
Ex.: Venha imediatamente / , pois sua presença é indispensável.
or. assindética or. coord. sind. Explicativa

2. O papel das conjunções


Como já foi dito no em Conjunção, é fundamental notar que o contexto determina o tipo de relação estabelecido
pela conjunção, pois uma mesma conjunção pode estabelecer relações diferentes entre orações.
a) Pedro trabalha de dia e estuda à noite.
b) Pedro queria viajar nas férias e não podia.
c) Siga este conselho e terá sucesso.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Observe que, em a, a conjunção e estabelece relação de adição entre as duas orações. Já em b e c essa mesma
conjunção assume outros matizes, indicando adversidade e explicação, respectivamente. As frases b e c equivalem,
respectivamente, a:

Pedro queria viajar nas férias, mas não podia.


Siga este conselho, pois terá sucesso.

3. Orações Intercaladas
Orações intercaladas (também conhecidas como orações interferentes) são orações independentes que não
pertencem à sequência do período.
As orações intercaladas são utilizadas para um esclarecimento, um aparte, uma citação.
Ex.: Eu - retrucou o advogado - não concordo.
oração intercalada

Ex.: "- Tem razão, Capitu / , concordou o agregado./ Você não imagina como a Bíblia é cheia de expressões
cruas e grosseiras." (Machado de Assis)

As orações intercaladas vêm separadas por vírgula ou travessões.

II. Orações Subordinadas


No período composto, as orações se relacionam de tal modo que umas podem exercer funções sintáticas em relação
a outras. Toda oração que exerce uma função sintática em relação à outra denomina-se oração subordinada. As
orações subordinadas, conforme a função sintática que exerçam, classificam-se em substantivas, adjetivas ou
adverbiais.

a) substantivas: exercem as funções próprias de um substantivo (sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo,
complemento nominal e aposto). As subordinadas substantivas são introduzidas, em geral, pelas conjunções
integrantes que e se, as quais não desempenham nenhuma função sintática.

b) adjetivas: exercem a função sintática de adjunto adnominal, comumente exercida pelo adjetivo. As subordinadas
adjetivas são introduzidas por pronomes relativos - que, quem, quanto, como, onde cujo (e flexões), o qual (e flexões).
Os pronomes relativos desempenham diferentes funções sintáticas na oração por eles introduzida.

c) adverbiais: exercem a função sintática de adjunto adverbial, característica do advérbio. As subordinadas adverbiais
são introduzidas pelas conjunções subordinativas (exceto as integrantes) e exprimem circunstâncias de tempo,
consequência, causa, comparação, concessão, proporção, condição, conformidade e finalidade. Tais conjunções não
desempenham função sintática.

1. Orações Subordinadas Substantivas

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As orações subordinadas substantivas, conforme a função sintática que desempenham, classificam-se em subjetivas,
objetivas diretas,objetivas indiretas, predicativas, completivas nominais ou apositivas.

a) subjetivas: exercem a função de sujeito do verbo da oração principal.


I: Seu casamento / é urgente.
sujeito
II: Que você case / é urgente.
or. subord. subst. subjetiva or. principal

No exemplo I, em que temos um período simples, o núcleo do sujeito é representado por um substantivo -
casamento. No exemplo II, um período composto formado de duas orações, o sujeito da oração principal é
representado por uma oração - que você case - que exerce a mesma função sintática do substantivo casamento no
exemplo I. A essa oração, que exerce a função sintática de sujeito de outra oração, dá-se o nome de oração
subordinada substantiva subjetiva:
-oração subordinada, por quê?
Porque exerce uma função sintática subordina-se a outra
- substantiva, por quê?
Porque exerce uma função própria do substantivo
- subjetiva, por quê?

Porque exerce a função sintática de sujeito da oração principal


Note as ocorrências mais frequentes de orações subordinadas substantivas subjetivas:
Ex.: É provável/ que ele chegue ainda hoje.
Ex.: Convém / que ele chegue ainda hoje.
Ex.: Conta-se / que ele chegará ainda hoje.
Or. Principal Or. Sub. Substantiva Subjetiva

OPA! Quando há oração subordinada substantiva subjetiva, a oração principal apresenta o verbo na terceira pessoa
do singular e não possui sujeito nela mesma.

b) objetivas diretas: exercem a função sintática de objeto direto do verbo da oração principal:
Ex.: Espero / que você case.
Ex.: Desejo / que ele volte.
or. principal or. subord. subst. objetiva direta

c) objetivas indiretas: exercem a função sintática de objeto indireto do verbo da oração principal.
Ex.: Necessitávamos / de que nos ajudassem.
Ex.: Gostaria / de que todos me apoiassem.

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LÍNGUA PORTUGUESA

or. principal or. subord. subst. objetiva indireta

Nesses exemplos os verbos da oração principal exigem uma preposição, a qual antecede a conjunção integrante.

d) predicativas: desempenham a função sintática de predicativo do sujeito da oração principal.


Ex.: Meu maior desejo era / que todos voltassem.
Ex.: Minha esperança é / que sejas feliz.
or. principal or. subord. subst. predicativa

Observe a presença do verbo de ligação na oração principal.

e) completivas nominais: exercem a função sintática de complemento de um nome da oração principal.


Ex.: Tenho medo / de que me traias.
Ex.: Sou favorável / a que o condenem.
or. principal or. subord. subst. completiva nominal

Observe que as completivas nominais (assim como o complemento nominal) se ligam ao nome (substantivo, adjetivo
ou advérbio) por meio de preposição.

f) apositivas: desempenham a função sintática de aposto de um nome da oração principal.


Ex.: Desejo uma coisa: / que sejas feliz.
Ex.: Espero sinceramente isto:/ que vocês não faltem mais.
Or. Principal or. subord. subst. apositiva

Note que, assim como no caso do aposto, as orações apositivas separam-se da principal por sinal de pontuação.

OPA!!! As orações subordinadas substantivas, como vimos, começam geralmente pelas conjunções subordinativas
integrantes (que e se). Podem, no entanto, vir introduzidas por outras palavras:
Ex.: Não sei/ como ele se comportou.
Ex.: Perguntei/ quando era o exame.
Ex.: Não sei/ por que és tão vaidosa.
Ex.: Perguntamos/ quanto custava o produto.
Ex.: Não sabemos/ quem escondeu os documentos.

2. Orações Subordinadas Adjetivas

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As orações subordinadas adjetivas são, como já definimos, aquelas que exercem a função sintática de adjunto
adnominal, própria do adjetivo. Estão relacionadas a um nome da oração principal e vêm introduzidas por um
pronome relativo.
I. Admiramos os alunos estudiosos.
adjetivo

II. Admiramos os alunos /que estudam.


or. subord. adjetiva
No exemplo I, em que temos um período simples, o adjetivo estudiosos exerce a função sintática de adjunto
adnominal. Já no exemplo II, um período composto, a função sintática de adjunto adnominal não é mais exercida
por um adjetivo, mas por uma oração que equivale a um adjetivo - que estudam - a qual funciona como adjunto
adnominal do núcleo do objeto direto alunos. A essa oração dá-se o nome de oração subordinada adjetiva:

- Oração subordinada?
Porque exerce uma função sintática, sendo determinante de outro termo.
- Adjetiva?
Porque exerce a função de adjunto adnominal, própria do adjetivo.

É muito fácil reconhecer uma oração subordinada adjetiva, já que ela sempre virá introduzida por um pronome
relativo. A oração adjetiva pode vir depois da oração principal ou estar nela intercalada:

Ex.: Serão premiados os alunos / que conseguirem melhor nota.


or. principal pron. rel. or. subord. adjetiva
Os alunos / que conseguirem melhor nota/ serão premiados.
or. principal pron. rel. or. subord. adjetiva or. principal

Quanto ao sentido, as orações subordinadas adjetivas classificam-se em restritivas ou explicativas.

a) restritivas: restringem a significação do nome a que se referem.


Ex.: O homem / que fuma / vive menos.
or. principal or. subord. adj. restritiva or. Principal

Verifique que a característica expressa pela oração adjetiva que fuma não se aplica a todos os elementos da espécie
humana. Dizemos, então, que ela restringe a significação do nome a que se refere: abrange não todos os homens,
apenas aqueles que fumam.

Outros exemplos:
Ex.: Os jogadores / que foram convocados / apresentaram-se ontem.

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LÍNGUA PORTUGUESA

or. principal or. subord. adj. restritiva or. principal

Ex.: O homem / que trabalha / vence na vida.


or. Principal or. subord. adj. restritiva or. principal

Ex.: Resolveram os exercícios / que faltavam.


or. principal or. subord. adj. restritiva

b) explicativas: não restringem a significação do nome; pelo contrário, acrescentam uma característica que é própria
do elemento a que se referem.

Ex.: O homem / , que é um ser racional / , aprende com os erros.


or. Principal or. subord. adj. explicativa or. principal

Ex.: O Sol / , que é uma estrela / , é o centro do nosso sistema planetário.


or. principal or. subord. adj. explicativa or. principal
Ex.: Capitu / , que é uma personagem de Dom Casmurro/ , tinha olhos de ressaca.
or. Principal or. subord. adj. explicativa or. principal
As orações subordinadas adjetivas explicativas são obrigatoriamente separadas da principal por vírgula.

3. Orações Subordinadas Adverbiais


Orações subordinadas adverbiais são, conforme definimos anteriormente, aquelas que exercem a função sintática
de adjunto adverbial, própria do advérbio. Observe:
I. Saímos tarde.
advérbio

II. Saímos / quando era tarde.


or. subord. Adverbial
No exemplo I, em que temos período simples, o advérbio tarde exerce a função sintática de adjunto adverbial. Já no
exemplo II, período composto, a função sintática de adjunto adverbial não é mais exercida por um advérbio, mas
por uma oração equivalente - quando era tarde. A essa oração dá-se o nome de oração subordinada adverbial:
- Oração subordinada?
Porque exerce uma função sintática sobre outro termo
- Adverbial?
Porque exerce a função de adjunto adverbial, própria do advérbio
As orações subordinadas adverbiais iniciam-se pelas conjunções subordinativas, exceto as integrantes (que, como
vimos, introduzem as orações subordinadas substantivas).

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a) causal: exprime uma circunstância de causa, aqui entendida como motivo, ou seja,aquilo que determina ou
provoca um acontecimento. As principais conjunções e locuções conjuntivas causais são: porque, como (equivalendo
a porque), visto que, já que, uma vez que.
Ex.: Não viajamos / porque estava chovendo.
or. Principal or. sudord. adv. Causal

b) comparativa: exprime circunstância de comparação, que é o ato de confrontar dois elementos a fim de estabelecer
semelhanças ou diferenças entre eles. As principais conjunções comparativas são: como, que (precedido de mais ou
de menos):
Ex.: Choveu / como chove em Belém.
or. principal or. sudord. adv. comparativa

Opa!
Muitas vezes as orações comparativas vêm com o verbo elíptico.
Ex.: Choveu / como em Belém. (= choveu como chove em Belém. Verbo elíptico: chove)
Ex.: Falava mais / que papagaio. (= Falava mais que papagaio fala. Verbo elíptico: fala)

c) consecutiva: exprime circunstância de consequência (resultado ou efeito de uma ação qualquer). A principal
conjunção consecutiva QUE é precedida de um termo intensificador: tão, tal, tanto, tamanho.
Ex.: Choveu tanto / que o jogo foi suspenso.
or. Principal or. sudord. adv. Consecutiva

d) concessiva: exprime circunstância de concessão, que é o ato de conceder, de permitir, de não negar, de admitir
uma idéia contrária. As principais conjunções e locuções conjuntivas concessivas são: embora, conquanto, se bem
que, ainda que, mesmo que, por mais que, por menos que.
Ex.: Choveu / embora a meteorologia previsse bom tempo.
or. principal or. sudord. adv. Concessiva

e) condicional: exprime circunstância de condição, entendida como uma obrigação que se impõe ou se aceita para
que um determinado fato se realize. As principais conjunções e locuções conjuntivas condicionais são: se, caso,
contanto que, desde que.
Ex.: Viajaremos / se não chover amanhã.
or. principal or. sudord. adv. Condicional

f) conformativa: exprime circunstância de conformidade, isto é, de acordo, de adequação, de não-contradição. As


principais conjunções conformativas são: conforme, segundo, consoante, como.
Ex.: Choveu, / conforme era previsto.
or. principal or. sudord. adv. Conformativa

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LÍNGUA PORTUGUESA

g) final: exprime circunstância de finalidade, entendida como o objetivo, a destinação de um fato. As principais
conjunções e locuções conjuntivas finais são: a fim de que, para que, que.
Ex.: Os lavradores esperavam a chuva / a fim de que não perdessem safra.
or. principal or. sudord. adv.final

h) proporcional: exprime circunstância de proporção, entendida como a relação entre duas coisas, de modo que
qualquer alteração em uma delas implique alteração na outra. As principais locuções conjuntivas proporcionais são:
à proporção que, à medida que.
Ex.: À proporção que a civilização progride, / o romantismo se extingue.
or. Sudord. adv.proporcional or. principal

i) temporal: exprime circunstância de tempo. As principais conjunções e locuções conjuntivas temporais são: quando,
enquanto, logo que, desde que, assim que.
Ex.: Choveu / quando eram dez horas.
or. principal or. sudord. adv. temporal

Orações Subordinadas Reduzidas


Muitas vezes, as orações subordinadas (substantivas, adjetivas, adverbiais) podem aparecer sob a forma de orações
reduzidas. As orações subordinadas reduzidas têm duas características:
1. apresentam o verbo em uma das formas nominais: gerúndio, particípio ou infinitivo;
2. não vêm introduzidas por conectivos (conjunções e locuções conjuntivas subordinativas ou pronomes relativos).

As orações subordinadas reduzidas classificam-se, de acordo com a forma verbal que apresentam, em:
3. subordinada reduzida de gerúndio;
4. subordinada reduzida de particípio;
5. subordinada reduzida de infinitivo.

Para analisar uma oração subordinada reduzida, basta fazer o seguinte:


a. desenvolvê-la, ou seja, tirá-la da forma reduzida, fazendo aparecer o conectivo;
b. analisar a oração desenvolvida;
c. aplicar a análise da oração desenvolvida à reduzida, acrescentando as palavras reduzida de gerúndio, particípio
ou infinitivo, conforme o caso. Observe atentamente o exemplo que segue:

Ex.: Penso / estar doente.


Desenvolvendo:
Ex: Penso / que estou doente.
or. principal or. sudord. subst. obj. dir.

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Analisando a oração desenvolvida, temos: oração subordinada substantiva objetiva direta. Agora, basta aplicar a
classificação à oração reduzida e acrescentar as palavras reduzida de infinitivo. Portanto:
Ex.: Penso / estar doente.
or. principal or. sudord. subst. obj. dir. reduzida de infinitivo

Vejamos outro exemplo:


Ex.: Vi guardas / conduzindo presos.

Desenvolvendo:
Ex.: Vi guardas / que conduziam presos.
or. principal or. sudord. subst. adj. restritiva
Aplicando a análise à oração reduzida, temos: oração subordinada adjetiva restritiva, reduzida de gerúndio.

Examinemos agora uma terceira hipótese:


Ex.: Terminado o baile, / todos saíram.

Desenvolvendo:
Ex.: Quando terminou o baile, / todos saíram.
or. sudord. adverbial temporal or. principal

Aplicando a análise da oração desenvolvida à reduzida, temos: oração subordinada adverbial temporal reduzida de
particípio.

Exercícios de Fixação:
1. Classifique as orações coordenadas destacadas a seguir:
a) Vamos comer, Douglas Canário, que estou morrendo de fome.
b) Alguns leram, no entanto não entenderam.
c) Não fiques nervoso, Douglas Canário, pois eu é que fiz os exercícios.
d) Douglas Canário está nervoso, necessita, pois, de calmante.
e) Cala-te, porque só dizes besteiras.
f) A vida é curta, por isso aproveitemos cada momento.
g) Saia, porque você é execrável.
h) Douglas Canário falou muito, e não convenceu.
i) O prefeito é vítima de atentado, entretanto governador não acredita em motivação política.
j) Entro num drama ou saio de uma comédia.
k) A temperatura ameaçava subir; não subia, pois.

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LÍNGUA PORTUGUESA PRINCIPAIS ASPECTOS SEMÂNTICOS

2. Classifique as orações subordinadas adverbiais destacadas:


a) “Você passou na minha vida como um vadio vendaval.”
b) “Quero que você me faça um favor, já que a gente não vai mais se encontrar.”
c) “E, embora eu já conheça bem os seus caminhos, me envolvo e sou tragado pelos seus carinhos.”
d) “Onde andei não deu para ficar, porque aqui é o meu lugar.”
e) “Aguardaremos, brincaremos no regato, até que nos tragam frutos.”
f) Ajoelhou-se porque estava curada.
g) Esforçou-se tanto quanto no dia anterior.
h) Esforçou-se tanto que alcançou o seu objetivo.
i) Quanto mais pensa, mais nervoso fica.
j) Está no Rio Grande do Sul desde que terminou a Faculdade.
k) Ganhará um automóvel desde que termine a Faculdade.

QUESTÕES OBJETIVAS
1. No período: “Paredes ficaram tortas, animais enlouqueceram e as plantas caíram”, temos:
a) Duas orações coordenadas assindéticas e uma oração subordinada substantiva.
b) Três subordinadas substantivas.
c) Três orações coordenadas.
d) Quatro orações coordenadas.
e) Uma oração principal e duas orações subordinadas.

2. “Mauro não estudou nada e foi aprovado”. A oração sublinhada é:


a) adversativa
b) conclusiva
c) explicativa
d) alternativa
e) aditiva

3. À falta de lazareto, o navio estava obrigado à caceteação da quarentena.


Mantendo-se o sentido e a coesão da frase, o segmento grifado acima pode ser corretamente substituído por:
(A) De sorte que faltava o lazareto
(B) Embora faltasse o lazareto
(C) Uma vez que faltava o lazareto
(D) À medida que faltasse o lazareto
(E) Conquanto faltava o lazareto

4. E, no entanto, o cinema chegou num ponto em que é capaz de expressar...

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Sem prejuízo da correção e do sentido, o elemento sublinhado acima pode ser substituído por:
(A) porquanto
(B) em detrimento disso
(C) desse modo
(D) embora
(E) todavia

5. Sua inserção no interior do tecido urbano é, porém, uma outra história.


Sem prejuízo da correção e do sentido, o elemento sublinhado pode ser substituído por:
(A) contudo
(B) afinal
(C) portanto
(D) assim
(E) logo

6. Manaus é uma cidade como as outras, só que ela tem, como as outras cidades, algumas particularidades...
Mantêm-se as relações de sentido do texto substituindo-se o segmento sublinhado por:
(A) uma vez que
(B) no entanto
(C) se acaso
(D) conquanto
(E) embora

7. Embora as esculturas ficassem longe do público, elas foram vistas por artistas que visitavam Picasso.
Sem prejuízo da correção e do sentido, o elemento sublinhado acima pode ser substituído por:
(A) Porquanto
(B) Apesar de
(C) Contudo
(D) Conquanto

(E) A despeito de

8. "Os homens sempre se esquecem de que somos todos mortais." A oração destacada é:
a) substantiva completiva nominal
b) substantiva objetiva indireta
c) substantiva predicativa
d) substantiva objetiva direta
e) substantiva subjetiva

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LÍNGUA PORTUGUESA PRINCIPAIS ASPECTOS SEMÂNTICOS

9. "Estou seguro de que a sabedoria dos legisladores saberá encontrar meios para realizar semelhante medida." A
oração em destaque é substantiva:
a) objetiva indireta
b) completiva nominal
c) objetiva direta
d) subjetiva
e) apositiva

10. Na frase "Maria do Carmo tinha a certeza de que estava para ser mãe", a oração em destaque é:
a) subordinada substantiva objetiva indireta
b) subordinada substantiva completiva nominal
c) subordinada substantiva predicativa
d) coordenada sindética conclusiva
e) coordenada sindética explicativa

11. Chico Mendes foi vereador em Xapuri, onde nasceu, e se firmou como crítico de projetos governamentais de
graves consequências ambientais, como a construção de estradas na região amazônica. O termo “onde” introduz
oração:
a) adjetiva de sentido explicativo.
b) adjetiva de sentido restritivo.
c) substantiva objetiva direta
d) adverbial de lugar
e) substantiva explicativa

12. Redação / Reescritura e


reconhecimento de frases corretas e
incorretas
Questões Objetivas
1. A frase cuja REDAÇÃO está inteiramente clara e correta é:
(A) Para quem acredita em destino e que o dia da morte está marcado, nada nem ninguém pode alterá-la ou
prolongá-la, e nenhum remédio poderia ser proscrito para salvar aquele que já está condenado.
(B) Não foi absolutamente efêmera há glória de Gonçalves Dias, mas ao contrário duradoura e imperecível, já que
ainda hoje o autor da “Canção do exílio” é considerado um dos maiores poetas brasileiros de que conhecemos.
(C) Outra extraordinária coincidência na biografia de Gonçalves Dias é a composição de um poema chamado “O
mar”, em cujos versos aquele que viria a morrer num naufrágio alude ao “oceano terrível” e à própria morte.

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(D) Senão tivesse morrido no naufrágio do Ville de Boulogne, é possível que Gonçalves Dias não sobreviveria muitos
dias à seu desembarque, pois seu estado de saúde era de fato muito grave.
(E) Ser dado por morto e estar bem vivo, numa experiência das mais inquietantes que o ser humano pode vir a
conhecer, cuja é talvez ainda mais terrificante quando se depara de repente com a notícia da própria morte.

2. ... meu velho rancor contra os guarda-chuvas cedeu a um estranho carinho...


Sem que seja feita qualquer outra alteração, a frase acima permanecerá correta caso o verbo sublinhado seja
substituído pelo que consta em:
(A) deu lugar
(B) transformou-se
(C) foi vencido
(D) transigiu
(E) trocou-se

3. Por apresentar falha estrutural de construção, deve-se reelaborar a redação da seguinte frase:
(A) Há quem busque disfarçar a falta de talento atribuindo a autores famosos os textos medíocres que publica nas
páginas da internet.
(B) A falta de talento faz com que artistas famosos passem por ser alegados como genuínos autores daqueles textos
de escritores medíocres que não o têm.
(C) Alguns nomes de grandes escritores brasileiros são muitas vezes indicados na internet como autores de textos
que jamais escreveriam.
(D) É fácil entender que alguém cometa uma fraude para enganar os outros; difícil é aceitar que alguém se proponha
a enganar a si mesmo.
(E) Leitores ingênuos deixam-se enganar pelos falsários da internet, mostrando que não reconhecem a diferença
entre a boa e a má literatura.

4. ...para ser levado a sério, um jornal precisa dar a impressão de concretude em seu conteúdo.
O conteúdo expresso acima está preservado, em formulação condizente com a norma-padrão, em:
(A) se quizer ser levado a sério, um jornal não pode esquivar-se em dar a impressão de concretude em seu conteúdo.
(B) um jornal, sendo levado a sério, não pode abster a impressão de concretude em seu conteúdo.
(C) a condição de que um jornal não pode prescindir, para ser levado a sério, é a de dar a impressão de concretude
em seu conteúdo.
(D) com vistas ser levado a sério, um jornal não pode deixar de renunciar à impressão de concretude em seu
conteúdo.
(E) um jornal tendo a intensão de ser levado a sério, não pode abdicar quanto à impressão de concretude em seu
conteúdo.

5. Enxergaram-se como proprietários de suas esposas; elas são um de seus bens; o adultério as rouba.
Dando nova redação à frase acima, ela se manterá coerente e formalmente correta em:
(A) Ainda que se vejam como proprietários, os homens consideram que o adultério as rouba, tal e qual pode
acontecer com um de seus bens.
(B) Os homens entendem o adultério como um roubo, uma vez que consideram suas esposas um bem de que um
terceiro se apropria.
(C) Como as esposas são bens inalienáveis dos homens, qualifica-se como roubo aquele que as usurpam de seu
legítimo proprietário.
(D) Uma vez premeditado o adultério como um roubo, os homens passam a ver suas esposas como parte de seu
patrimônio do qual foi usurpado.
(E) Não obstante se considere que as esposas sejam parte de seus bens, os homens passam a ver como um roubo
o adultério que os privam delas.

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LÍNGUA PORTUGUESA PRINCIPAIS ASPECTOS SEMÂNTICOS

13. Interpretação de texto.


Argumentação. Pressupostos e
subentendidos. Níveis de
linguagem. Articulação do
texto: coesão e coerência.
Discurso direto e indireto.
Textualidade é um conjunto de características que fazem com que um texto possa ser considerado um texto, e não
um aglomerado de palavras. A textualidade conta com dois ingredientes básicos: a coesão e a coerência.

COESÃO TEXTUAL
Ligação existente entre as ideias, feita por meio de conectivos apropriados, como conjunção, pronomes e artigos.
O texto não é um emaranhado de palavras e nem uma colocação mecânica de sentenças – há uma interação feita
por meio de conectivos.
Ex: Eu ajudei os trabalhadores. Deixei-os felizes.

I. Coesão Referencial – Quando há remissão a outros itens do discurso (elemento do texto)

1. Coesão Referencial
a. Anafórica (antes)
Ex: Felicidade era o que ele desejava. Isso era o que nós também desejávamos.
A vida é bela. Isso é verdade.
As autoridades chegaram a SP. Lá estava frio.
O gorila fugiu da jaula. No entanto, ele já foi recuperado.

b. Catafórica (depois)
Ex: Só te pergunto isto: quem vai ficar com Poly?
Falarei uma coisa com toda certeza: o Flamengo não vai ser campeão.

c. Exofórica (dêixis)
Ex: A vida é bela, mas há os que digam que não.

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2. Coesão Lexical
a. Com hipônimos e hiperônimos.
Ex: O gorila fugiu da jaula. No entanto, o animal já foi recuperado.
O garfo estava bem na ponta da mesa. Mamãe gritou, mas o talher caiu no meu pé

b. Com metonímia
Ex: Adoro Dom Casmurro. Não deixo de ler Machado.

c. Com sinônimos
Ex: O papa nunca desistiu da paz. Sua Santidade dedica-se a essa causa.

3. Coesão Elíptica
Ex: O Treinador do time reclamou bastante da arbitragem após o jogo. Disse que ia recorrer à Justiça Desportiva
O gorila fugiu da jaula. No entanto, foi recuperado.

4. Coesão Transfrástica com famílias etimológicas


Ex: Júlia e Marcelo se amavam. Esse amor era radiante.

COERÊNCIA TEXTUAL
A coerência é um dos fundamentos da textualidade. Ela se refere às ligações de sentido construído no texto, que
podem estar relacionadas a diferentes fatores: lógico-linguísticos, textuais ou culturais.

Fatores de incoerência

I. Fatores lógico-linguísticos
• um determinado conjunto de palavras que participa da construção de uma frase tem que estar ligado
semanticamente de forma adequada: assim, podemos dizer homem enérgico, árvore frondosa, rua engarrafada, mas
não faz qualquer sentido dizer-se homem frondoso, rua enérgica ou árvore engarrafada. Na história das palavras de
uma língua, cada uma delas, por sua origem e, principalmente, por seu uso, adquire determinados significados,
excluindo qualquer significado diferente de suas possibilidades de emprego; assim, é possível construir-se incoerência
a partir do mau emprego de vocábulos.
A linguagem figurada é uma “permissão” oficial de incoerência, em muitos casos, mas, para que seja aceita, deve ser
vista como tal: assim, ao dizer-se que Um homem é um touro, o leitor compreende que tal homem é muito forte e,
em nenhum momento, que seja um animal.

• as relações lógicas estabelecidas entre palavras e entre segmentos de palavras devem ser estabelecidas de forma
clara, não podendo chocar-se com essas mesmas relações no mundo conhecido; assim, é possível dizer-se Não fui

63
LÍNGUA PORTUGUESA TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS

à universidade porque estava chovendo muito, estabelecendo-se uma justa relação entre um fato e sua causa, mas
não se pode dizer Não fui à universidade embora estivesse chovendo, pois a concessão não cabe nesse contexto. Do
mesmo modo,
a frase Por falta de insegurança deixei de visitar aquela cidade traz uma incoerência lógica, já que se trata, logicamente,
de falta de segurança.

II. Fatores culturais

• informações: as informações presentes num texto devem também estar adequadas ao nosso conhecimento de
mundo: assim, a frase Pedro Álvares Cabral, depois de proclamar nossa independência, voltou a Portugal não faria
sentido para um leitor sabedor de que Pedro Álvares Cabral foi nosso descobridor e nada tem a ver com nossa
independência política. No entanto, certas informações equivocadas podem ganhar coerência, como sabemos, se
modificamos as condições de leitura do texto, gerando sua aceitabilidade. Nas fábulas, por exemplo, os animais falam
e pensam como seres humanos, nas narrativas do realismo mágico podem ocorrer ações impossíveis no mundo real
etc.

• campo semântico: caso interessante, nesse aspecto, é a incoerência gerada pela intromissão de um vocábulo
inesperado em um grupo de que semanticamente não faz parte: assim, numa frase como O professor entrou em sala
com os livros, o apagador, o giz, o maiô e o cacho de banana, o que fazem aí os dois últimos elementos citados?

• esquemas culturais: muitas ações apresentam determinada organização estabelecida no meio cultural em que estão
presentes e, alterar essa organização também pode provocar incoerência. Assim, pode causar estranheza o fato de
alguém entrar em um restaurante e solicitar ao garçom, inicialmente, que lhe sirva a sobremesa e, depois, um prato
salgado.

III. Fatores textuais


Um outro fator de incoerência é a ruptura de esquemas previamente estabelecidos e de conhecimento do leitor
como os esquemas textuais: cada um dos modos de organização discursiva apresenta uma estrutura básica,
estabelecida em sua própria história, e perturbar essa estruturação provoca incoerência. Assim, numa narrativa, a
sucessão de fatos cronologicamente apresentados sempre parte
do menos para o mais intenso; daí que uma narrativa que faça o oposto, salvo situações especiais, provoca
estranhamento em sua leitura.
Do mesmo modo, os tipos textuais apresentam características básicas que, se subvertidas, podem trazer incoerência:
um cartaz publicitário que, em lugar de elogiar o produto a ser vendido, o deprecie, certamente trará espanto ao
leitor.
Assim também, certas estruturas frasais esquemáticas podem, se modificadas, causar estranhamento: a frase: Não
compre um apartamento barato, compre um apartamento bom, provocou ruptura na oposição entre contrários
(barato – caro), causando estranhamento temporário.

TIPOLOGIA TEXTUAL / MODOS DE ORGANIZAÇÃO TEXTUAL


1. Narração
Modalidade em que um narrador, participante ou não, conta um fato, real ou fictício, que ocorreu num determinado
tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há uma relação de anterioridade

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e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos
contam histórias infantis até às piadas do cotidiano. É o tipo predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica,
romance, novela, depoimento, piada, relato, etc.

2. Descrição
Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de
palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa abordagem mais
abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterioridade.
Significa "criar" com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da
personagem a que o texto se Pega. É um tipo textual que se agrega facilmente aos outros tipos em diversos gêneros
textuais. Tem predominância em gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado, etc.

3. Dissertação
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Dependendo do objetivo do autor,
pode ter caráter expositivo ou argumentativo.

3.1 Dissertação-Exposição
Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico. Apresenta informações sobre assuntos, expõe,
reflete, explica e avalia ideias de modo objetivo. O texto expositivo apenas expõe ideias sobre um determinado
assunto. A intenção é informar, esclarecer. Ex: aula, resumo, textos científicos, enciclopédia, textos expositivos de
revistas e jornais, etc.

3.1 Dissertação-Argumentação
Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. O texto, além de explicar,
também persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo. Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias.
Geralmente utiliza linguagem denotativa. É tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese,
ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e revistas.

4. Injunção / Instrucional
Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no
modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo. Ex:
ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos
com regras de comportamento; textos de orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e
desejos (de natal, aniversário, etc.).
OPA: Muitos estudiosos do assunto listam apenas os tipos acima. Alguns outros consideram que existe também o
tipo predição.
5. Predição
Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está por ocorrer. É o
tipo predominante nos gêneros: previsões astrológicas, previsões meteorológicas, previsões
escatológicas/apocalípticas.

OPA 2: Alguns estudiosos listam também o tipo Dialogal, ou Conversacional. Entretanto, esse nada mais é que o tipo
narrativo aplicado em certos contextos, pois toda conversação envolve personagens, um momento temporal (não
necessariamente explícito), um espaço (real ou virtual), um enredo (assunto da conversa) e um narrador, aquele que
65
LÍNGUA PORTUGUESA TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS

relata a conversa.

Dialogal / Conversacional
Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo predominante nos gêneros: entrevista, conversa
telefônica, chat etc.

QUESTÕES OBJETIVAS:

A morte e a morte do poeta


Ao ler o seu necrológio no jornal outro dia, o pianista Marcos Resende primeiro tratou de verificar que estava vivo,
bem vivo. Em seguida gravou uma mensagem na sua secretária eletrônica: “Hoje é 27 e eu não morri. Não posso
atender porque estou na outra linha dando a mesma explicação”. Quando li esta nota, me lembrei de como tudo
neste mundo caminha cada vez mais depressa. Em 1862, chegou aqui a notícia da morte de Gonçalves Dias.
O poeta estava a bordo do Grand Condé havia cinquenta e cinco dias. O brigue chegou a Marselha com um morto
a bordo. À falta de lazareto, o navio estava obrigado à caceteação da quarentena. Gonçalves Dias tinha ido se tratar
na Europa e logo se concluiu que era ele o morto. A notícia chegou ao Instituto Histórico durante uma sessão
presidida por d. Pedro II. Suspensa a sessão, começaram as homenagens ao que era tido e havido como o maior
poeta do Brasil.
Suspeitar que podia ser mentira? Impossível. O imperador, em pleno Instituto Histórico, só podia ser verdade. Ofícios
fúnebres solenes foram celebrados na Corte e na província. Vinte e cinco nênias saíram publicadas de estalo. Joaquim
Serra, Juvenal Galeno e Bernardo Guimarães debulharam lágrimas de esguicho, quentes e sinceras. O grande poeta!
O grande amigo! Que trágica perda! As comunicações se arrastavam a passo de cágado. Mal se começava a aliviar
o luto fechado, dois meses depois chegou o desmentido: morreu, uma vírgula! Vivinho da silva.
A carta vinha escrita pela mão do próprio poeta: “É mentira! Não morri, nem morro, nem hei de morrer nunca mais!”
Entre exclamações, citou Horácio: “Não morrerei de todo.” Todavia, morreu, claro. E morreu num naufrágio, vejam a
coincidência. Em 1864, trancado na sua cabine do Ville de Boulogne, à vista da costa do Maranhão. Seu corpo não
foi encontrado. Terá sido devorado pelos tubarões. Mas o poeta, este de fato não morreu.
[...]
(Adaptado de: RESENDE, Otto Lara. Bom dia para nascer. São Paulo: Cia das Letras, 2011, p.107-8)

1. No texto, o autor contrapõe fundamentalmente


(A) as boas condições do porto de Marselha, em território francês, às péssimas condições do porto brasileiro
localizado no Maranhão, perto do qual o navio Ville de Boulogne acabou por naufragar.
(B) a demora com que a notícia da suposta morte de Gonçalves Dias, no século XIX, pôde ser contestada pelo poeta
à rapidez com que o pianista Marcos Resende, contemporâneo do cronista, pôde contestar a própria morte.
(C) a comoção com que foi recebida a notícia da suposta morte do poeta Gonçalves Dias à indiferença com que se
recebeu a notícia da morte do pianista Marcos Resende, buscando-se esclarecê-la com um simples telefonema.
(D) a resistência do navio Grand Condé, onde Gonçalves Dias pôde permanecer em segurança por mais de cinquenta
dias, à fragilidade do Ville de Boulogne, que levou pouco tempo para naufragar na costa do Maranhão.
(E) a banalização das notícias em seu próprio tempo, mesmo as mais trágicas, à solenidade com que eram dadas no
século XIX, muitas vezes em sessões no Instituto Histórico, com a eventual presença do próprio Imperador.

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2. De acordo com o texto, a falsa notícia da morte de Gonçalves Dias teria se originado de uma conjunção de
acontecimentos que incluem:
(A) a morte de um passageiro no navio em que ele viajava, a impossibilidade dos passageiros do navio cumprirem o
período de quarentena em terra e a motivação da viagem do poeta para a Europa.
(B) a inexistência de lazareto no Grand Condé, a motivação da viagem do poeta para a Europa e as falhas de
comunicação entre o navio e o porto de Marselha.
(C) a impossibilidade dos passageiros do navio cumprirem o período de quarentena em terra, a presença do
Imperador no Instituto Histórico e as homenagens feitas no Brasil ao grande poeta.
(D) a morte de um passageiro no navio em que ele viajava, a motivação da viagem do poeta para a Europa e as
falhas de comunicação entre o navio e o porto de Marselha.
(E) a inexistência de lazareto no Grand Condé, a morte de um passageiro no navio e as homenagens feitas no Brasil
ao grande poeta.

Do adultério
O adultério é um crime para todos os povos da terra; o adultério das mulheres, entenda-se, visto terem sido os
homens que fizeram as leis. Enxergaram-se como proprietários de suas esposas; elas são um de seus bens; o adultério
as rouba, introduz nas famílias herdeiros estranhos. Acrescente-se a essas razões a crueldade do ciúme, e não será
surpreendente que em tantas nações, mal saídas do estado selvagem, o espírito de propriedade tenha decretado a
pena de morte para sedutores e seduzidas. (VOLTAIRE, O preço da justiça. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 63-64)

3. Ao considerar o adultério como crime que penaliza sobretudo as mulheres, Voltaire estabelece uma íntima conexão
entre
(A) o preconceito masculino e a moralidade religiosa.
(B) a ética própria do século XVIII e a capacidade feminina de sedução.
(C) a origem autoral da legislação e o direito de propriedade.
(D) a volubilidade masculina e o oportunismo feminino.
(E) a administração política e os direitos da família.

Pátrio poder
Pais que vivem em bairros violentos de São Paulo chegam a comprometer 20% de sua renda para manter seus filhos
em escolas privadas. O investimento faz sentido? A questão, por envolver múltiplas variáveis, é complexa, mas, se
fizermos questão de extrair uma resposta simples, ela é "provavelmente sim". Uma série de estudos sugere que a
influência de pais sobre o comportamento dos filhos, ainda que não chegue a ser nula, é menor do que a imaginada
e se dá por vias diferentes das esperadas. Quem primeiro levantou essa hipótese foi a psicóloga Judith Harris no final
dos anos 90.
Para Harris, os jovens vêm programados para ser socializados não pelos pais, como pregam nossas instituições e
nossa cultura, mas pelos pares, isto é, pelas outras crianças com as quais convivem. Um dos muitos argumentos que
ela usa para apoiar sua teoria é o fato de que filhos de imigrantes não terminam falando com a pronúncia dos
genitores, mas sim com a dos jovens que os cercam.
As grandes aglomerações urbanas, porém, introduziram um problema. Em nosso ambiente ancestral, formado por
bandos de no máximo 200 pessoas, o "cantinho" das crianças era heterogêneo, reunindo meninos e meninas de
várias idades. Hoje, com escolas que reúnem centenas de alunos, o(a) garoto(a) tende a socializar-se mais com
coleguinhas do mesmo sexo, idade e interesses. O resultado é formação de nichos com a exacerbação de
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LÍNGUA PORTUGUESA TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS

características mais marcantes. Meninas se tornam hiperfemininas, e meninos, hiperativos. O mau aluno encontra
outros maus alunos, que constituirão uma subcultura onde rejeitar a escola é percebido como algo positivo. O mesmo
vale para a violência e drogas. Na outra ponta, podem surgir meios que valorizem a leitura e a aplicação nos estudos.
Nesse modelo, a melhor chance que os pais têm de influir é determinando a vizinhança em que seu filho vai viver e
a escola que frequentará. (Adaptado de: SCHWARTSMAN, Hélio. Folha de São Paulo, 7/12/2014)

4. À pergunta O investimento faz sentido? o próprio autor responde: “provavelmente sim”. Essa resposta se justifica,
porque
(A) a escola, ao contrário do que se imagina, tem efeitos tão poderosos quanto os que decorrem da convivência
familiar.
(B) as influências dos pares de um educando numa escola pública são menos nocivas do que os exemplos de seus
pais.
(C) a qualidade do convívio de um estudante com seus colegas de escola é um fator determinante para sua formação.
(D) as grandes concentrações humanas estimulam características típicas do que já foi nosso ambiente ancestral.
(E) a escola particular, mesmo sendo cara, acaba por desenvolver nos alunos uma subcultura crítica em relação ao
ensino.

5. Com a frase O resultado é formação de nichos com a exacerbação de características mais marcantes o autor está
afirmando que a socialização nas escolas se dá de modo a
(A) dissolver os agrupamentos perniciosos.
(B) promover a competitividade entre os grupos.
(C) estabelecer uma hierarquia no interior dos grupos.
(D) incentivar o desempenho dos alunos mais habilitados.
(E) criar grupos fortemente tipificados.

6. Considere as seguintes afirmações:


I. A hipótese levantada pela psicóloga Judith Harris é a de que os estudantes migrantes são menos sensíveis às
influências dos pais que às de seus professores.
II. O fato de um mau aluno se deixar atrair pela amizade de outro mau aluno prova que as deficiências da vida
familiar antecedem e determinam o mau aproveitamento escolar.
III. Do ponto de vista do desempenho escolar, podem ser positivos ou negativos os traços de afinidade que levam os
estudantes a se agruparem.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma APENAS em
(A) I.
(B) III.
(C) II e III.
(D) I e II.
(E) I e III.

Eduardo Coutinho, artista generoso

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Uma das coisas mais bonitas e importantes da arte do cineasta Eduardo Coutinho, mestre dos documentários, morto
em 2014, está em sua recusa aos paradigmas que atropelam nossa visão de mundo. Em vez de contemplar a distância
grupos, classes ou segmentos, ele vê de perto pessoa por pessoa, surpreendendo-a, surpreendendo-se,
surpreendendo-nos. Não lhe dizem nada expressões coletivistas como “os moradores do Edifício”, os “peões de
fábrica”, “os sertanejos nordestinos”: os famigerados “tipos sociais”, usualmente enquadrados por chavões, dão lugar
ao desafio de tomar o depoimento vivo de quem ocupa aquela quitinete, de investigar a fisionomia desse operá- rio
que está falando, de repercutir as palavras e os silêncios do morador de um povoado da Paraíba.
Essa dimensão ética de discernimento e respeito pela condição singular do outro deveria ser o primeiro passo de
toda política. Nem paternalismo, nem admiração prévia, nem sentimentalismo: Coutinho vê e ouve, sabendo ver e
ouvir, para conhecer a história de cada um como um processo sensível e inacabado, não para ajustar ou comprovar
conceitos. Sua obsessão pela cena da vida é similar à que tem pela arte, o que torna quase impossível, para ele,
distinguir uma da outra, opor personagem a pessoa, contrapor fato a perspectiva do fato. Fazendo dessa obsessão
um eixo de sua trajetória, Coutinho viveu como um homem/artista crítico para quem já existe arte encarnada no
corpo e suspensa no espírito do outro: fixa a câmera, abre os olhos e os ouvidos, apresenta-se, mostra-se, mostra-
o, mostra-nos.
(Armindo Post, inédito)

7. Ao se referir à recusa aos paradigmas que atropelam nossa visão de mundo, identificando-a como uma
característica da arte de Eduardo Coutinho, o autor do texto enaltece a capacidade que tem esse cineasta de
(A) reproduzir os lugares-comuns e as fórmulas conhecidas, aderindo aos valores socialmente aceitos e dados por
nós como irrefutáveis.
(B) rejeitar as perspectivas estereotipadas que, de forma intempestiva, condicionam nosso modo de enxergar as
coisas.
(C) desviar-nos da tentação de embaralhar a compreensão que temos da vida, quando ele simplifica e enrijece os
valores pelos quais devemos nos guiar.
(D) dissipar os valores éticos, substituindo-os por critérios pessoais capazes de nos tornar mais determinados em
nossas iniciativas.
(E) evitar decididamente os parâmetros estranhos aos códigos sociais já firmados, para que não nos enganemos na
apreciação das coisas.

8. Atente para as seguintes afirmações sobre Eduardo Coutinho e sua arte:


I. As expressões coletivistas referidas e exemplificadas no primeiro parágrafo são aquelas que ajudam o cineasta a
reconhecer a contribuição original de cada cidadão no exercício de sua função social.
II. Deve-se entender que, em seus documentários, o cineasta valoriza sobretudo a singularidade das pessoas
retratadas, em vez de tomá-las como tipos sociais já identificados e rotulados.
III. O foco de atenção que o cineasta faz incidir sobre as pessoas que retrata é tão intenso e bem trabalhado que
elas surgem como personagens que se revelam para nós em toda a sua verdade. Está correto o que se afirma em
(A) I, II e III.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) III, apenas.

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LÍNGUA PORTUGUESA TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS

Texto
Outro dia, numa mesa de bar, hesitante e assustado, me dei conta de que eu não sabia a minha idade. Como pode,
a esta altura do campeonato − qual altura exatamente? − a pessoa ignorar quantos anos tem?
Quando você é criança, a idade é um negócio fundamental. É o dado mais importante depois do seu nome. Lembro
que, na época, eu achava de uma obviedade tacanha esse “vou fazer”, mas hoje entendo: o desejo de crescer é
parte fundamental do software com que viemos ao mundo. Seis, vou fazer sete, é menos uma constatação óbvia do
que uma saudável aspiração.
Dos 20 aos 30 anos, avança-se lentamente, com sentimentos contraditórios. A escola foi há séculos, mas ser adulto
ainda é estranho. A resposta sincera a quantos anos você tem, nessa fase, seria: “26, queria fazer 25”, “25, queria
fazer 24”, até chegar a 20 − acho que ninguém, a não ser dopado por doses cavalares de nostalgia e amnésia,
gostaria de ir além, ou melhor, aquém, e voltar à adolescência.
Trinta anos é uma idade marcante. Agora é inegável que você ficou adulto. Mas aí você faz 35 e entra numa zona
cinzenta (ou grisalha?) em que idade não significa mais muita coisa. A impressão que eu tenho, a esta altura do
campeonato − qual altura, exatamente? − é que todo mundo tem a minha idade. Não sendo púbere nem gagá,
estão todos no mesmo barco, uns com mais dor nas costas, mas no mesmo barco, trabalhando, casando, separando
e resmungando nas redes sociais. Deve ser por isso que, sem perceber, parei de contar. (Adaptado de: PRATA,
Antonio. Folha de S. Paulo, 01/02/2015)

9. A “saudável aspiração” apontada pelo autor refere-se


(A) ao desejo de crescer que se manifesta nas crianças, que, desse modo, acabam se referindo a uma idade futura
ao dizerem quantos anos têm.
(B) ao sonho de perpetuar indefinidamente a infância, período do desenvolvimento humano marcado pela fantasia,
explorada em contos infantis, de nunca crescer.
(C) ao desejo de parar de envelhecer quando se tem mais 30 anos e se percebe a inexorabilidade do passar do
tempo.
(D) à pretensão nostálgica do adulto recém-formado de retornar à adolescência e, assim, escapar das
responsabilidades adquiridas.
(E) ao esquecimento voluntário da própria idade, estratégia que, segundo o autor, proporciona a oportunidade de
enxergar as pessoas como se não houvesse diferença etária entre elas.

10. A repetição, na crônica, da pergunta qual altura, exatamente? reitera a ideia do autor de que, a partir de dado
momento,
(A) é inegável que você ficou adulto.
(B) idade não significa mais muita coisa.
(C) idade é um negócio fundamental.
(D) ser adulto ainda é estranho.
(E) avança-se lentamente, com sentimentos contraditórios.

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