Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Resenha Crítica - Curso

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 5

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO INOVAÇÃO E FORMAÇÃO DA BAHIA


MÃE STELLA

Júlia Andrade Lima Brito

RESENHA CRÍTICA – FUNDAMENTOS DA REABILITAÇÃO DA PCD

SALVADOR-BA
JÚLIA ANDRADE LIMA BRITO

RESENHA CRÍTICA – FUNDAMENTOS DA REABILITAÇÃO DA PCD

Resenha crítica apresentada a Professora


Mariana Souza como requisito parcial
para aprovação na disciplina
Fundamentos da Reabilitação da PCD.

SALVADOR-BA
Analisando o texto auxiliar disponibilizado, faz necessário abordar inicialmente
a contextualização da convenção da ONU de 2007 sobre os direitos das
pessoas com deficiência, que elucida a pessoa com deficiência (PCD), aquelas
que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou
sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua
participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as
demais pessoas. Sendo um tema de alta relevância para o conhecimento
populacional visto que, em 2022 segundo pesquisa do IBGE E MDHC
(Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania) a população com deficiência
no Brasil foi estimada em 18,6 milhões de pessoas de 2 anos ou mais, o que
corresponde a 8,9% da população dessa faixa etária. O indicativo faz parte da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Em decorrência disto a
Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência, foi instituída pela
Portaria MS/GM nº 1.060, de 5 de junho de 2002, estabelecendo como
propósitos gerais: proteger a saúde da pessoa com deficiência; reabilitar na
sua capacidade funcional e desempenho humano, contribuindo para a sua
inclusão em todas as esferas da vida social; e prevenir agravos que
determinem o aparecimento de deficiências. Em agregamento a essa evolução
foi instituído o Plano Viver Sem Limites em 2011 pelo governo federal dando
ênfase a promoção a saúde, por meio da integração e articulação de políticas,
programas e ações, o exercício pleno e equitativo dos direitos das pessoas
com deficiência, nos termos da Convenção Internacional sobre os Direitos das
Pessoas com Deficiência. Estabelecendo a legislação de referência para as
demais redes da assistência a atenção da pessoa com deficiência física, visual,
auditiva, assistência ventilatória não invasiva aos portadores de doenças
neuromusculares, em genética clinica e pessoas ostomizadas.

O cuidado à saúde e as ações de reabilitação baseiam-se no desenvolvimento


de capacidades, habilidades, recursos pessoais e comunitários para favorecer
a independência, promovendo sua participação social frente à diversidade de
condições e necessidades. Toda pessoa que apresente redução funcional tem
direito ao diagnóstico e à avaliação de uma equipe multiprofissional e
interdisciplinar que é formada por médicos, fisioterapeutas, psicólogos,
terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, assistentes sociais, enfermeiros,
nutricionistas e outros. Assim como, possui direito de beneficiar-se dos
processos de reabilitação de seu estado físico, mental ou sensorial, quando
este constituir obstáculo para sua inclusão educativa, laboral e social. A busca
por atenção à saúde compreende não só o acompanhamento e a manutenção
dos ganhos adquiridos com a reabilitação e a prevenção de deformidades,
como com a aquisição e adequação de órteses e próteses (cadeiras de rodas,
próteses e entre outras). A porta de acesso primária da pessoa com
deficiência, no SUS (sistema único de saúde), é a atenção básica. A principal
estratégia de saúde na atenção básica é a Unidade saúde da família (USF). Os
serviços são prestados pelos profissionais das equipes de saúde da família

SALVADOR-BA
são; médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, agentes comunitários de
saúde, dentistas e auxiliares de consultório dentário, na unidade de saúde ou
nos domicílios. É importante procurar uma unidade de saúde próxima à sua
moradia. Neste local, você terá acesso à avaliação do seu estado geral de
saúde, podendo ser encaminhado a um serviço que ofereça avaliação funcional
e de reabilitação, e, quando necessário, à aquisição de órteses e próteses. As
redes priorizam instrumentos para garantia do direito à saúde, por meio de
ampliação do acesso e diminuição das desigualdades, permitindo a superação
de lacunas assistenciais. Embora as ações e serviços de reabilitação ser
ofertados em qualquer ponto de atenção da rede pública de saúde, são nos
serviços Especializados em Reabilitação, como os Centros Especializados em
Reabilitação (CER), onde se concentra a oferta dessas ações de forma
regionalizada sendo que o CER é organizado a partir da combinação de no
mínimo duas modalidades de reabilitação – auditiva, física, intelectual, visual
(MS, 2021): CER II , composto por dois serviços de reabilitação habilitados;
CER III, composto por três serviços; CER IV, composto por quatro ou mais
serviços. Além dos Centros Especializados em Reabilitação, há também as
Oficinas Ortopédicas e As oficinas são serviços ou estabelecimentos de saúde
destinados à promoção do acesso às órteses, próteses e meios auxiliares de
locomoção, por meio da dispensação, confecção, adaptação, manutenção,
ajustes e pequenos consertos.

Diante disso, os recursos facilitadores para o alcance das estratégias de


cuidado observadas à saúde da PCD, as ações de reabilitação, a visita
domiciliar e o apoio matricial são cruciais e basilares da integralidade da
atenção. Apesar disso, como barreiras deste cuidado, ainda é notável a baixa
qualificação dos profissionais da atenção primária à saúde para as demandas
dos usuários com alguma deficiência, o que requer espaços regulares de
capacitação. Por sua vez, a falta de acessibilidade nos serviços de saúde é
outro fator a dificultar o alcance da integralidade em saúde. Dessa forma, ainda
são presentes barreiras físicos e atitudinais nas maiorias das unidades básicas
de saúde, contribuindo negativamente para uma convivência permeada por
violência simbólica às pessoas com alguma limitação ou impedimento físico,
mental ou sensorial. Esse fato perpetua um ciclo de iniquidades no qual as
pessoas com deficiência estão imersas, contribuindo para a exclusão social.

SALVADOR-BA
Referências Bibliográficas:

BRASIL. Ministério da Saúde. Convenção sobre os Direitos das Pessoas


com Deficiência: Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos das
Pessoas com Deficiência: decreto legislativo no 186, de 09 de julho de
2008: decreto no 6.949, de 25 de agosto de 2009. 4. ed., rev. e atual. Brasília:
Secretaria de Direitos Humanos, Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos
da Pessoa com Deficiência, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Decreto no 7.612, de 17 de novembro de 2011.


Institui o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Plano
Viver sem Limite.

CALDAS JÚNIOR, A.; MACHIAVELLI, J. Atenção e Cuidado da Saúde bucal


da pessoa com deficiência: introdução ao Recife: Ed. Universitária, 2015.
65p. IBGE. Relatório do Censo Demográfico 2010. Características Gerais da
População - Resultados da Amostra. Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, 2010.

MENDES, E. As redes de atenção à saúde. 2. ed. Brasília: Organização Pan-


Americana de Saúde, 2011.

SALVADOR-BA

Você também pode gostar