Castelo Branco Ditadura
Castelo Branco Ditadura
Castelo Branco Ditadura
Castelo Branco
O Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco era cearense, de Fortaleza, veio ao mundo no dia
20 de setembro de 1897. Entrou para a carreira militar e em 1962 ele foi elevado à classe de general-
de-exército. Nos anos de 1963 e 1964 exerceu o cargo de Chefe do Estado-Maior do Exército e foi um
dos que contribuíram para instituir o golpe militar que destituiu o presidente João Goulart em 1964.
Desferido o golpe militar, foi estabelecido o Ato Institucional n◦1 – AI-1 – e chamou-se eleições
indiretas para presidente. O Ato Institucional n◦1 suprimiu a constância dos cargos públicos
determinada pela Constituição, o Presidente teria também o poder de invalidar mandatos e a
faculdade legal de suspender por dez anos os poderes políticos de qualquer indivíduo que possuísse
direitos civis e políticos - nomes como João Goulart, Leonel Brizola, Juscelino Kubitschek e Jânio
Quadros sofreram essa restrição. Ele podia igualmente impor retificações à Constituição e, se preciso,
decretar estado de sítio.
Associações sindicais e artífices toleraram a interposição dos militares, várias alianças campesinas
foram abolidas. As persecuções e as prisões se intensificaram. Foram aprisionados líderes sindicais,
operários, religiosos, bem como estudantes, professores, campesinos e militares acusados de
agitação.
Durante o governo do marechal Castelo Branco o Brasil interrompeu sua relação diplomática com
Cuba, contando a partir de então com amparo econômico, político e militar dos Estados Unidos.
O Golpe de 1964 não foi aceito com fogos de artifício, ao contrário, ocorreram vários conflitos com o
povo. O governo militar se contrapôs interpondo sua autoridade e intervindo nas atividades dos
sindicatos, na supressão das instituições estudantis, ocupando as universidades e decretando prisões
injustas, levando muita gente a optar pelo exílio.
Em 1967, estabeleceu duas leis essenciais para deliberar os limites do novo sistema político vigente: a
Lei de Imprensa, que abrandava a liberdade de expressão, e a Lei de Segurança Nacional.
Foi também durante o governo de Castelo Branco que se pôs em prática o PAEG – Plano de Ação
Econômica do Governo –, o qual tinha por objetivo refrear a inflação, recuperar o crescimento
econômico do país e principalmente melhorar a imagem do Brasil lá fora, ampliando assim as
possibilidades de se contrair empréstimos. A economia era conduzida pelo então Ministro do
Planejamento, Roberto Campos. Este, na intenção de controlar a inflação, levou o Brasil a uma onda
de desemprego com conseqüências desastrosas, como uma queda abrupta dos salários. Entre 1964 e
1967 várias empresas de pequeno porte faliram.
Enquanto isso, a classe média industrial e a nata rural se beneficiavam com as aplicações estrangeiros
no país, estimuladas pelo governo, com o aumento nas exportações e na produção interna de bens
duradouros. O mercado consumista desenvolveu-se consideravelmente, porém tais benefícios foram
usufruídos apenas por aqueles que pertenciam às classes médias – os únicos que tinham dinheiro em
mãos para gastar. A centralização da receita nas mãos de poucos não permitiu que as camadas
populares fossem favorecidas.
Em 1965 é determinado por decreto o AI n◦2 – as eleições para presidente tornam-se indiretas e
todos os partidos políticos são suprimidos. Deste momento em diante só é permitida a existência de
dois partidos políticos no país: Arena (situação) e MDB (oposição). O AI-3 estabelece eleições
indiretas também para governadores e prefeitos das capitais. O AI-4 reabre o Congresso Nacional,
fechado desde 1966, para a aprovação da nova Constituição.
Para substituir o Marechal Castelo Branco foi indicado o Marechal Costa e Silva, considerado um
militar radical. No Congresso Nacional pôs-se em cena novamente um plebiscito que o elegeria
indiretamente. Não era da vontade de Castelo Branco tal eleição, porém ele lhe passou o cargo.
Costa e Silva seria o presidente a aprovar o temido AI-5, que limitou a liberdade de expressão, de
associação, entre outros.
Castelo Branco viria a falecer somente quatro meses depois de deixar a presidência, em uma colisão
aérea com um avião militar fora da rota.
No final de 1969, o líder da ALN, Carlos Mariguella, foi morto pelas forças
de repressão em São Paulo.
Lei de Segurança Nacional (LSN)
A LSN foi aprovada, após tramitar por longo período no Congresso e ser objeto de acirrados
debates, num contexto de crescente radicalização política, pouco depois de os setores de
esquerda terem fundado a Aliança Nacional Libertadora. Nos anos seguintes à sua
promulgação foi aperfeiçoada pelo governo Vargas, tornando-se cada vez mais rigorosa e
detalhada. Em setembro de 1936, sua aplicação foi reforçada com a criação do Tribunal de
Segurança Nacional.
CARLOS MARIGHELLA
Começou sua trajetória política bem jovem. Sua primeira prisão ocorreu em 1932, após
escrever um poema contendo críticas ao interventor Juracy Magalhães. Em 1936,
abandonou o curso de Engenharia Civil e se filiou ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), na
época dirigido por figuras históricas como Astrojildo Pereira e Luís Carlos Prestes. Tornou-
se, então, militante profissional do partido e se mudou para o Rio de Janeiro.
General Medici
Governo Médici: A euforia de um país "campeão" que vivia o auge da opressão ditatorial
No fim de 1969, o alarmante estado de saúde do então presidente Costa e Silva levou os membros do
regime militar a declararem a vacância nos cargos de presidente e vice-presidente do Brasil. Entre os
membros do oficialato mais cotados para assumir o cargo em aberto, destacava-se o general
Albuquerque Lima, uma das mais proeminentes figuras entre os oficiais mais jovens do Exército. No
entanto, os grupos mais ligados à chamada “linha dura” acabaram aprovando o nome de Emílio
Garrastazu Médici.
No governo Médici, observamos o auge da ação dos instrumentos de repressão e tortura instalados a
partir de 1968. Os famosos “porões da ditadura” ganhavam o aval do Estado para promover a tortura e
o assassinato no interior de delegacias e presídios. A guerrilha, que usou de violência contra o regime,
foi seriamente abalada com o assassinato de Carlos Lamarca e Carlos Marighella. A Guerrilha do
Araguaia, findada em 1975, foi uma das poucas atividades de oposição clandestina a resistir.
A repressão aos órgãos de imprensa foi intensa, impossibilitando a denúncia das arbitrariedades que se
espalhavam pelo país. Ao mesmo tempo, no governo de Médici observamos o uso massivo dos meios
de comunicação para instituir uma visão positiva sobre o Governo Militar. A campanha publicitária
oficial espalhava adesivos e cartazes defendendo o ufanismo nacionalista. Palavras de ordem e
cooperação como “Brasil, Ame ou deixe-o” integravam o discurso político da época.
A eficiência desta propaganda foi alcançada graças a um conjunto de medidas econômicas instituídas
pelo Ministro Delfim Neto. Influenciado por uma perspectiva econômica de natureza produtivista,
Delfim Neto incentivou o reaquecimento das atividades econômicas sem o repasse destas riquezas à
sociedade. Conforme ele mesmo dizia, era preciso fazer o bolo crescer antes de ser repartido. Em curto
prazo, seu plano de ação se traduziu em índices de crescimento superiores a 10% por cento ao ano.
O chamado “milagre econômico” foi marcado pela realização de grandes obras da iniciativa pública.
Obras de porte faraônico como a rodovia Transamazônica, a ponte Rio-Niterói e Usina Hidrelétrica de
Itaipu passavam a impressão de um país que se modernizava a passos largos. Entretanto, a euforia
desenvolvimentista era custeada por meio de enormes quantidades de dinheiro obtidas por meio de
empréstimos que alcançaram a cifra dos 10 bilhões de dólares.
A expansão do setor industrial, viabilizada por meio da expansão do crédito, a manutenção dos índices
salariais e a repressão política, incitou uma explosão consumista entre os setores médios da população.
A obtenção de uma casa própria financiada, a compra de um carro e as compras no shopping começou
a formar os principais “sonhos de consumo” da classe média.
Entretanto, “o milagre” esvaiu com a mesma velocidade que empolgou. No ano de 1973, uma crise
internacional do petróleo escancarou as fraquezas da nossa economia dando fim a toda empolgação.
Na época, o Brasil importava mais da metade dos combustíveis que produzia e, por isso, não resistiu
ao impacto causado pela alta nos preços do petróleo. Em pouco tempo, a dívida externa e a onda
inflacionária acabou com os sucessos do regime.
Governo Geisel
Mandato, economia e política, resumo, ditadura militar, Diretas Já, Lei da Anistia,
transição, realizações
Figueiredo: presidente do
Brasil entre 1979 e 1985
Introdução
João Baptista de Oliveira Figueiredo foi presidente do Brasil entre os anos de
1979 e 1985. General do Exército Brasileiro, Figueiredo foi o último governante
da ditadura militar no Brasil. Este governo foi caracterizado pela transição da
ditadura para a democracia, processo iniciado no governo anterior (Ernesto
Geisel).
- O Movimento das Diretas Já, organizado por vários setores da sociedade, lutou
pelo retorno das eleições diretas para presidente da República, pois. Várias
manifestações populares ocorreram em todo país. Porém, em abril de 1984 a
Emenda Dante de Oliveira, que previa eleições direitas, foi rejeitada no
Congresso Nacional. Foi uma grande frustração nacional, sendo que o povo teve
que esperar até 1989 para poder escolher novamente o presidente do país.
- Em 1985, foi escolhido pelo colégio eleitoral o mineiro Tancredo Neves para
presidência da República. Porém, faleceu antes de assumir, sendo que a
presidência ficou com seu vice, José Sarney. Era o fim de 21 anos de ditadura
militar no Brasil.
Pluripartidarismo
Redemocratização
É conhecido como "redemocratização" na história do Brasil o período de abertura política, ou seja, de
recuperação das instituições democráticas abolidas pelo chamado Regime Militar, instituído em 1964,
e que impunha desde aquele ano um regime de exceção e de censura às instituições nacionais.
A grosso modo, o período considerado como de redemocratização vai desde o governo Ernesto
Geisel até a eleição indireta de Tancredo Neves, que morreria pouco antes de assumir o poder,
resultando na posse de José Sarney, cujo período na presidência inicia o que se costuma
denominar Nova República.
No dia 15 de janeiro de 1985, Tancredo Neves foi eleito presidente do país. Data encerrou
um período de 21 anos de regime militar no Brasil. Há exatos 30 anos o Brasil dava fim à
ditadura.
COSTA E SILVA
Figueiredo