Experimentos Portáteis para o Aprendizagem Das Leis Da Óptica - ISLE
Experimentos Portáteis para o Aprendizagem Das Leis Da Óptica - ISLE
Experimentos Portáteis para o Aprendizagem Das Leis Da Óptica - ISLE
We will socialize the design and how to make of portable experiments to broaden learning in the field of Natural
Sciences. We will describe in detail the application of the Portable Experiment (ExP) on the laws of geometric
optics developed from psychopedagogical prescription of Freire, Vygostky, Ausubel and Moreira. The ExP were
created from research initially related to the studies of the methodology for teaching physics using the ISLE
(Investigative Science Learning Environment) methodology. Such products can be assembled and handled in the
classroom or in the context of student’s homes, in classroom or online classes, constituting pedagogical experiments
that can assertively help science and mathematics teachers in the context of remote education motivated by the
COVID pandemic-19. This new instrument asserted itself as an assertive solution for the teaching of science
and experimental mathematics in the period of the pandemic, where remote or recorded classes constituted
the possible alternative to mitigate crowding, mainly because from the mediation of the pedagogical product
the learning became powerful even though students were far from the laboratory infrastructure of educational
institutions that adopted it in their methodological repertoire.
Keywords: Learning, portable experiment, ISLE methodology.
1. Introdução e Fundamentação Teórica está prontos! Trata-se de uma teorização que valoriza a
atuação dos educadores para o desenvolvimento integral
O objetivo central da aprendizagem escolar no campo do ser humano. Os docentes são compreendidos como im-
das ciências e da matemática, dentre elas a física, pulsionadores da reconfiguração da estrutura cognitiva
deve ser demonstrar conceitos para que os estudantes do estudante, são mediadores para que a mente esteja
desenvolvam autonomia reflexiva para compreender e aberta para internalizações e amadurecimentos [1], esta
apreciar os fenômenos. A psicologia cognitiva é um intenção é mais importante do que a aquisição do
campo de produção do conhecimento que instrui sobre conhecimento pelas finalidades meramente instrutivas,
os processos mentais, tais como: percepção, criatividade, para o entretenimento ou para a diversão. O conteúdo
tomada de decisão, resolução de problemas, represen- presente nos repositórios internacionais, espaços virtuais
tação, raciocínio, atenção e atribuição de significado. que abrigam pesquisas realizadas nos principais centros
A teorização da psicologia cognitiva advoga que os de produção de conhecimento do campo da psicopedago-
alunos, para ativar a capacidade de aprender, precisam gia, tem demonstrado que, as metodologias de aprendi-
zagem a partir de experimentos, por demonstrações ou
* Endereço de correspondência: chesman@fisica.ufrn.br por realização de práticas específicas, podem ser uma
alternativa pedagógica segura para facilitar a aprendi- Todos os materiais para a realização da aula com
zagem de conteúdos psíquicos que requerem maior grau experimento portátil estão disponíveis em um caixote
de abstração por parte dos estudantes. elaborado nas mesmas dimensões de um livro didático
Porém, é fato que há inúmeras dificuldades para a para assegurar a mobilidade total da experiência. Desta
implantação de atividades práticas nas aulas de ciências forma, a portabilidade do experimento é um importante
e de matemática, dentre elas destacam-se: a aquisição e atributo para o professor e o aluno, pois se relaciona
o manuseio dos equipamentos, a falta de infraestrutura com o fácil transporte do experimento e a diversidade
laboratorial e o pouco treinamento dos professores em de locais em que pode se dar a vivência pedagógica. O
atividades experimentais. Estas dificuldades se fazem experimento sobre as Leis da Óptica Geométrica que
presentes em praticamente todos os contextos escolares aqui se ressalta pode ser transportado dentro da uma
do mundo e geralmente se relacionam com a falta de mochila e pode ser realizado na própria sala de aula,
equipamentos, de professores competentes na atividade ou ainda, se assim desejar, realizar a prática na própria
e de sala ambiente para laboratório. Os pesquisadores residência.
do campo concordam que o caminho da aprendizagem O ponto forte do experimento que aqui se defende
por experimentação deve ser mais amplamente usado, repousa na metodologia de aprendizagem ISLE (Inves-
principalmente, quando a mediação se fundamenta nos tigative Science Learning Environment), um caminho
grandes pensadores da educação [1–5]. pedagógico que proporciona ao executor observar e ex-
Pensando ainda no repertório de dificuldades, é impor- perimentar, para em seguida, teorizar e modelar sobre o
tante ressaltar a escassez de equipamentos pedagógicos tema em estudo. Essa perspectiva, ao enfatizar a prática
com roteiros e com metodologias assertivas para a experimental, colabora com a criação e concepção de
aprendizagem significativa em ensino de ciências e ma- subsunçores experimentais. Novamente, para ilustrar a
temática. De acordo com Moreira [6, 7], a aprendizagem argumentação, ressalta-se que não há na vida cotidiana
significativa se caracteriza pela interação entre novos de um cidadão comum o uso de ohmímetro, voltímetro
conhecimentos e o conhecimento prévio do aluno. Sendo ou amperímetro; daí, em uma atividade prática, haverá
que nessa interação, os novos conhecimentos adquirem o contato com estes instrumentos e consequentemente
significado para o sujeito e os conhecimentos prévios criam-se novos conhecimentos ditos subsunçores, para
adquirem novos significados, proporcionando maior es- se alcançar novos conteúdos.
tabilidade cognitiva. Dito de outra forma, a crítica Na sequência, apresentar-se-á inicialmente as expe-
é a seguinte: até existem equipamentos didáticos que rimentações, para só depois apresentar a modelagem
se destinam à aprendizagem das áreas referidas neste e a teorização das observações, seguindo a perspectiva
estudo, porém, na sua imensa maioria, os roteiros desses metodológica ISLE.
equipamentos se limitam a descrever sequências de
tarefas a serem observadas; faltam, nesses manuais, con- 2. ISLE
cepções e atividades pedagógicas que concorram para a
aprendizagem a partir da experimentação assertiva. Um Esta metodologia de aprendizagem foi criada pelo grupo
exemplo pertinente, uma dificuldade pouco abordada na da Graduate School of Education, Rutgers University
aplicação de experimentação é a falta de subsunçores dos dos Estados Unidos da América, liderado pela profes-
alunos e até dos professores sobre os equipamentos e seus sora Eugenia Etkina [8], tendo inclusive já recebido a
usos. Subsunçor é o termo utilizado na teoria da Apren- “medalha Robert A. Millikan” da Associação Americana
dizagem Significativa cunhada por David Ausubel [5] de Professores de Física [9]. Há inclusive um sítio na
para se referir à estrutura cognitiva existente, capaz de internet com vastas informações sobre esta metodologia,
favorecer novas aprendizagens. Um exemplo prático do https://www.islephysics.net/. Outra referência que
conceito seria: para uma prática sobre óptica é necessário apresenta essa metodologia mais recente e em língua
haver conhecimentos sobre componentes ópticos; sem portuguesa é G.G. de Oliveira et al. [10].
eles não há como se executar as medidas das grandezas De forma resumida o método ISLE é um jogo epistê-
e inferir sobre as leis observadas. mico, um jogo cognitivo que emula a metodologia pela
Neste contexto de dificuldades, acredita-se que a qual os cientistas criam o seu conhecimento. É possível
produção de material experimental didático perspec- acessar uma profícua entrevista sobre esta temática do
tivado na concepção cognitivista e na aprendizagem jogo pedagógico, concedida pela pesquisadora Adriana
significativa seja um caminho alternativo a ser guiado Araújo da Universidade do Minho em Portugal, por meio
e seguido. Neste artigo, apresentar-se-á uma sugestão do endereço: <https://www.potiguarnoticias.com.br/
de um experimento portátil circunstanciado no salto de noticias/46180/estamos-dentro-de-um-grande-jogo-vi
qualidade de pensamento do estudante para a aprendi- vendo-e-aprendendo-a-jogar>
zagem significativa do conteúdo escolar sobre as Leis da Neste contexto de ser um jogo, a chave para o jogo é
Óptica Geométrica, a partir de conteúdo de aplicação seguir com bom grau de engajamento e mediar a vivência
sobre o funcionamento de instrumentos ópticos, em do experimento com performance de investigação mis-
especial, o olho humano. teriosa. Os alunos constroem seus conceitos de ciência
Revista Brasileira de Ensino de Física, vol. 44, e20220084, 2022 DOI: https://doi.org/10.1590/1806-9126-RBEF-2022-0084
Tavares et al. e20220084-3
DOI: https://doi.org/10.1590/1806-9126-RBEF-2022-0084 Revista Brasileira de Ensino de Física, vol. 44, e20220084, 2022
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Revista Brasileira de Ensino de Física, vol. 44, e20220084, 2022 DOI: https://doi.org/10.1590/1806-9126-RBEF-2022-0084
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– 01 Perfil-Lente plano-côncava, −10,0 cm de foco, pode-se instigar e perguntar o que acontece com a
espessura de 1,0 cm. associação de lentes e espelhos (em série, em paralelo
– 01 Perfil-Lente plano-convexa, +10,0 cm de foco, ou mista). Qual seria a trajetória dos feixes? Escutam-
espessura de 1,0 cm. se as respostas e suas justificativas e logo em seguida
– 01 Perfil-Lente plana-plana com espessura de realiza-se a experimentação. Para instigá-los mais ainda
1,0 cm. vem à clássica pergunta: por que ocorrem esses desvios?
– 01 Figura pictórica do olho humano com manta Qual é o fenômeno científico que o explica?
magnética, 8 cm × 13 cm. Ainda no segundo momento pedagógico, se iniciará
a observação das leis da óptica geométrica, da lei da
reflexão e da lei da refração. Para a lei de reflexão, usam-
5. As Sequências Didáticas Para o ExP
se os espelhos, inicialmente o espelho plano. Examinam-
Leis da Óptica Geométrica se os feixes incidentes e refletidos no espelho plano, faz-se
girar o espelho e investigar, por exemplo, o triângulo
A sequência didática se divide basicamente em três eta- formado entre os feixes incidentes e refletidos e que
pas de realizações experimentais, alinhadas com apren- padrão se apresenta. Sempre se formará um triângulo
dizagens sobre leis básicas da óptica geométrica, lei da com dois lados iguais, um triângulo isósceles. Ou, de
reflexão, lei da refração e a aplicação sobre óculos e olho outra maneira, pode-se dizer que o ângulo de incidência
humano. é igual ao ângulo refletido. Apresenta-se a equação (1):
No primeiro momento pedagógico, o professor apre-
senta aos estudantes os materiais e o seu uso. Como θincidente = θrefletido (1)
ligar os dois feixes de lasers, como visualizá-los na
Para examinar a lei da refração usa-se inicialmente
placa magnética, como posicionar os perfil-lentes, perfil-
a perfil-lente plana, o paralelograma de acrílico. Neste
espelhos e prisma na placa magnética e, se for para
caso, usa-se um estudo quantitativo para se observar a
estudo quantitativo, como colocar um papel e marcar
lei da refração. Observa-se o triângulo formado entre
os traços das trajetórias dos feixes. Com esses diálogos,
a trajetória dos feixes e a superfície plana desse Pefil-
o passo inicial da problematização inicial foi executado.
ente, no caso é um triângulo retângulo. Assim, mede-se a
Para se atingir o segundo momento pedagógico quali-
projeção do feixe ao longo do comprimento da superfície
tativamente, é apresentada a trajetória dos feixes. Após
da lente plana, isto é, a projeção das hipotenusas, C1 e
a apresentação de cada elemento óptico (lentes, espelhos
C2. Faz-se umas 5 medidas, e comparando-se o resultado
e prisma) pergunta-se aos estudantes qual deve ser
da divisão C1/C2, arredondado para uma casa após a
a trajetória da luz após passar por cada um destes
vírgula, encontra-se sempre o mesmo valor, 1,5.
elementos, para, em seguida, colocá-los no caminho dos
Como explicar este número constante mágico? De
feixes. É momento de aguçar a observação experimental.
onde ele surgiu?
Da observação, solicita-se que seja feita uma classifi-
Nesta etapa, o professor deve deixar os alunos pensa-
cação ou caracterização dos padrões das observações do
rem e escutar todas as respostas. Pode sugerir que isso
comportamento dos feixes após passar por de cada perfil-
ocorre talvez seja devido a alguma propriedade do mate-
lente, de cada espelho e do prisma. Depois, pergunta-
rial que forma a lente, dando a possibilidade de consultar
se o que há de comum nesses elementos ópticos. Uma
tabelas de índice de refração. Se isso ocorrer, encontrar-
possível resposta inicial: todos desviam o feixe luminoso,
se-á o número 1,5, o índice de refração do acrílico.
cada um de uma forma diferente. Mas será que todos
Aqui o jogo da investigação pode tomar um novo rumo
desviam? Percebe-se-á que uns aproximam os feixes.
com as consultas em livros e revistas científicas, assim
Assim, algumas respostas seriam “atraem” os feixes para
mesmo, como faz um cientista, procurar referências de
um ponto e outros “repelem” os feixes. Neste momento,
outros autores sobre o assunto investigado. Um adendo
pode-se introduzir o conceito de foco, ponto onde os
interessante é perguntar ou responder, se o feixe de laser
feixes se encontram, que pode ser visto diretamente
fosse de outra cor, o valor encontrado seria exatamente
quando os dois feixes se unem em um ponto geométrico,
1,5? Pode-se lembrar que Isaac Newton verificou que
isto quando um perfil de lente dito convergente for
com uma luz branca passando pelo prisma, surge um
colocado na frente dos dois feixes de laser paralelos, ou
arco-íris de cores, isto é, a decomposição das cores do
ainda pode ser desenhado no prolongamento dos feixes
feixe original, este fenômeno observado é o advento da
de um perfil de lente dita divergente, define-se um foco
espectroscopia óptica [11].
positivo e um foco negativo, respectivamente. Observe
Na atualidade, o uso das informações na internet é o
que a definição do que é foco, partiu da observação
caminho mais rápido, isto é, uma consulta bibliográfica
experimental.
pode ser sugerida aos alunos. Ou ainda, consultar os
Nesse momento, pode-se também explorar os padrões
livros da Beatriz Alverenga ou Alberto Gaspar referentes
entre os perfis das lentes e dos espelhos, por exemplo;
as leis da óptica geométrica [12, 13]. A equipe encontrará
ambos apresentam foco, já o prisma não apresenta o
a equação (2):
foco, os feixes continuam paralelos depois da passagem
por ele, entretanto, ocorre um desvio. Em seguida, n1 senθ1 = n2 senθ2 . (2)
DOI: https://doi.org/10.1590/1806-9126-RBEF-2022-0084 Revista Brasileira de Ensino de Física, vol. 44, e20220084, 2022
e20220084-6 Experimentos Portáteis para o Aprendizagem das Leis da Óptica Geométrica com Metodologia ISLE
Esta é a lei da refração, onde n1 é o índice de refração etapas práticas e experimentais do uso desse material,
do meio 1 (aqui é o ar), θ1 é o ângulo de incidência com orienta-se acessar o link e vide o roteiro (sequência
relação a normal da superfície da lente plana, n2 é o didática):
índice de refração do meio 2 (aqui o acrílico) e θ2 é o
<https://fractal.ind.br/pdfs/ExP_F13_Leis_da_Opt
ângulo do feixe refratado dentro do acrílico, com relação
ica_Geometrica.pdf>
a normal, a superfície do perfil-lente plana. O valor
encontrado nas experimentações foram C1/C2 = 1,5
(valor aproximado das medidas experimentais), ou de 6. Conclusões e Perspectivas
acordo com a lei da refração, por indução, se levará à
seguinte conclusão: Apresentou-se aqui uma nova ferramenta de aprendi-
zagem, nomeada de Experimento Portátil, que facilita
C1 senθ1 a operação de experimentação pelo professor e aluno,
= 1, 5 = → 1, 0senθ1 = 1, 5senθ2
C2 senθ2 torna-o protagonista, pois permite que o próprio aluno
∴ n1 senθ1 = n2 senθ2 (3) controle toda a sua experimentação. Não há necessidade
de infraestrutura laboratorial para a realização da prá-
Com as leis básicas da óptica geométrica encontradas, tica, inclusive, pode ser realizada na própria sala de aula
pode-se passar para o terceiro momento pedagógico, que ou nos lares dos aprendizes.
é aplicação deste conhecimento. A pergunta chave é: No artigo, apresentaram-se em detalhes a idealização,
que instrumentos podem-se construir com esses conheci- a implementação de um ExP sobre Leis da Óptica
mentos? Ouvem-se as respostas, que podem ser: lupas, Geométrica e suas sequências didáticas. Este trabalho
óculos, lunetas e microscópios. Tratando-se dos óculos, foi iniciado nas atividades laboratoriais de ensino de
este é o objeto que será, provavelmente, mais fácil de física. A montagem dos primeiros protótipos contou
ser encontrado em sala de aula, pois deve ter ao menos com recursos aprovados pelo CNPq, enquanto agência
alguém que use óculos no ambiente. Inicialmente, coloca- de fomento à pesquisa do Brasil, uma bolsa de tipo
se uma das lentes na frente dos feixes da luz laser do Desenvolvimento Tecnológico (DT). Mais adiante, foi
material, e observa-se a trajetória numa certa distância, criada uma microempresa, Fractal Experimentos, que
como o traço do feixe se comportou depois da lente dos hoje fabrica e comercializa os Experimentos Portáteis.
óculos. Será uma lente que converge ou diverge os feixes? No caso do ExP Leis da Óptica Geométrica, já foram
Para continuidade sobre a óptica do olho, o professor- fabricados e comercializados cerca de 200 unidades,
instrutor apresenta a figura de um olho humano com seus sendo os principais consumidores os próprios professores
constituintes, principalmente, a retina e lente do olho. de ciências e de matemática no Brasil.
É necessário que o professor explique aos aprendizes que A equipe de pesquisadores fez doação de 10 (dez) ExPs
esta figura é um modelo bem simplificado para o olho para o laboratório de óptica do Departamento de Física
humano, isto é, aqui será representado unicamente por da UFRN. A aceitação desta inovadora ferramenta tam-
um perfil de uma lente convergente, pois na verdade, bém vem sendo testada agora no período da pandemia
tanto a córnea, quanto o cristalino, e também o humor na disciplina experimental de eletricidade e magnetismo
vítreo (líquido que preenche o globo ocular) desviam a da Universidade; os alunos recebem os ExPs (Leis da
luz. Eletrônica), baixam a sequência didática pela internet
Depois, vem outra pergunta: o que deve acontecer e realizam o experimento em sua casa com o apoio da
com o feixe luminoso ao entrar no olho? Que tipo de internet, inclusive, no formato síncrono, com o professor
lente deve ser a lente do nosso olho para focar a luz na fazendo acompanhamento em tempo real.
retina? A resposta pode ser obtida experimentalmente, Vale ressaltar que, no caso da utilização institucional,
colocando-se os perfis de lentes disponíveis na posição cada ExP deve ser higienizado, antes e depois do uso, na
da figura do olho, onde está o desenho da lente do entrada e saída da sala de aula ou do laboratório, com
olho humano. A resposta é o perfil-Lente convergente radiação ultravioleta.
de foco igual a +5,0 cm. Os Experimentos Portáteis são uma alternativa as-
Assim se demonstrará, de forma simplificada e do sertiva de aprendizagem significativa. Ressalta-se que
ponto de vista da óptica, como funciona o olho humano. se farão necessárias mais avaliações, principalmente, de
Tem-se uma lente que converge os raios luminosos na metodologias avaliativas na área da psicopedagogia, para
retina e o cérebro reconhece este sinal e transforma aferir com mais precisão os limites dessa nova ferramenta
em imagem. Pode-se ainda trabalhar os dois principais de aprendizagem.
defeitos da visão humana, a miopia e hipermetropia e Sobre a afirmação da colaboração da dinâmica pe-
suas correções com o uso dos óculos. Como tarefa dagógica dos ExP integrados à metodologia ISLE no
adicional, pós-atividade prática, pode-se fazer consulta contexto das investigações em nível stricto sensu, sugere-
ao princípio de funcionamento dos instrumentos ópticos se navegar no link, https://www.editoraf amen.com
luneta, telescópio e microscópio, ou ainda como funciona .br/dissertacoes/sequencia- didatica- de- magnetism
o microscópio eletrônico e o microscópio de tunelamento. o-uma-proposta-para-o-ensino-de-alunos-com-tda/.
Para mais informações de como se executar todas essas que socializa uma dissertação desenvolvida no Mestrado
Revista Brasileira de Ensino de Física, vol. 44, e20220084, 2022 DOI: https://doi.org/10.1590/1806-9126-RBEF-2022-0084
Tavares et al. e20220084-7
Referências
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[4] L.S. Vygotsky, Thought and Language (The MIT Press,
Massachusetts, 1978).
[5] D.P. Ausubel, J.D. Novak e H. Hanesian, Education
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[6] M.A. Moreira, Mapas conceituais e aprendizagem signi-
ficativa, disponível em: https://www.if.ufrgs.br/~morei
ra/mapasport.pdf
[7] M.A. Moreira, Aprendizagem significativa: a teoria e
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[8] E. Etkina, e A. Van Heuvelen, Investigative Science
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[9] E. Etkina, American Journal of Physics 83, 669 (2015).
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[12] B. Alvarenga e A. Máximo, Física (Scipione, São Paulo,
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[13] A. Gaspar, Física (Ática, São Paulo, 2016), v. 2, 3 ed.
DOI: https://doi.org/10.1590/1806-9126-RBEF-2022-0084 Revista Brasileira de Ensino de Física, vol. 44, e20220084, 2022