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FACULDADE DE CIÊNCIAS-Trabalho Petro

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FACULDADE DE CIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA

Licenciatura em Geologia Aplicada / Cartografia e Pesquisa Geológica

Trabalho em grupo da Parte de Petrografia Sedimentar

Discentes:

Pondeca, Valdo Francisco-GA

Big Nhola’s

Docente:

Joao Mugabe

Maputo, Junho de 2023


Questionário para o grupo 1:

1. Fale da importância económica do estudo das rochas sedimentares

R: A importancia economica do estudo das rochas sedimentares, constitui a fonte de recursos


energeticos, como carvao, petroleo e gas natural, que sao essenciais para a industria e transporte.
Elas tambem funcionam como depositos de minerais valiosos, como minerios de ferro e cobre,
que sao essenciais para a industria de mineracao. As rochas sedimentares tambem sao
reservetorios de agua subterranean, fornecendo um recurso vital para o uso domestic, Agricola e
industrial. Seu estudo e fundamental para projectos de engenharia civil, como construcao de
estradas e barragens, alem de contribuir para o planejamento e a gestao sustentavel dos recursos
hidricos.

Em resumo, compreender as rochas sedimentares e essencial para a exploracao responsavel e


sustentavel dos recursos naturais e fornece informacoes valiosas para varios sectores da
economia.

2. O diagrama em baixo descreve vários processos de formação dos diferentes tipos de


rochas sedimentares. Explique por palavras suas o conteúdo do diagrama incluído as
expressões nele inseridas.

R: Primeiramente temos uma rocha fonte em que essa rocha fonte pode sofrer uma meteorização
Física ou Química.

Ocorrendo a meteorização física haverá uma desagregação da rocha fonte em fragmentos de


dimensões cada vez menores, mas que retêm as características do material original. Esta
fragmentação aumenta a superfície exposta aos agentes de meteorização. Agentes externos que
podem actuar sobre as rochas e acelerar a sua fragmentação são, por exemplo:

 Efeito do Gelo (crioclastia): a água depositada nas fendas da rocha congela a baixas
temperatura; o aumento de volume do gelo leva ao alargamento das fissuras;
 Acção mecânica da água e do vento: as águas de escorrência deslocam os sedimentos mais
finos, formando colunas que ficam protegidas por detritos maiores. Essas colunas chamam-se
chaminés-de-fada. Também a água e o vento transportam detritos que chocam com as rochas,
acelerando o desgaste;
 Acção dos seres vivos: são exemplo as plantas, que alargam as fissuras das rochas com as
suas raízes;
 Alívio de pressão (esfoliação): as rochas plutónicas são formadas em profundidade sob
pressão. O alívio de material rochoso suprajancente leva à expansão da rocha, que fractura
em camadas concêntricas;
 Termoclastia: as variações de temperatura conduzem a modificações no volume da rocha,
fragilizando a sua estrutura;
 Haloclastia: os sais dissolvidos na água, que ocupa as fendas das rochas, vão precipitar. Os
cristais formados aumentam as fissuras.
A meteorização química consiste na alteração química dos minerais existentes nas rochas,
devido, sobretudo, à ação da água e dos gases atmosféricos. Ocorrem processos complexos pelos
quais se originam outros minerais mais estáveis:

 Hidrólise: leva à formação de novos minerais com desintegração do mineral original( ex.:
feldspato dá lugar a minerais de argila);
 Dissolução: os minerais reagem com a água ou com um ácido e os seus iões dissolvem-se em
solução (ex.: dissolução da halite);
 Hidratação: combinação química dos minerais com a molécula de água, o que promove o
aumento de volume do material (ex.: a limonite forma-se pela hidratação da hematite);
 Oxidação: ocorrem reacções de oxirredução nos minerais (ex.: aparecimento de ferrugem);
 Carbonatação: as águas acidificadas (resultantes, por exemplo, da interacção da água com o
dióxido de carbono atmosférico) podem reagir com minerais, formando produtos solúveis.
No caso em que o ácido carbónico reage com o carbonato de cálcio, são removidos, em
solução, iões cálcio e iões hidrogenocarbonato.
Após a meteorização, as partículas degradadas vão ser removidas dos locais onde foram
originadas pelos agentes erosivos, para depois sofrerem transporte. Depois de erodidos os
materiais são transportados, por diversos agentes de transporte, até ao local onde serão
depositados. Os sedimentos podem ser transportados pelos seguintes agentes:

 Rios: As partículas erodidas que chegam ao rio podem ser transportadas em suspensão no
meio líquido ou pelo leito. As partículas em suspensão se movimentam com a velocidade da
corrente de água. As partículas do leito deslocam-se por arraste, ou seja, pela velocidade da
corrente; mas também sofrem resistência de atrito, o que resulta numa velocidade menor
que aquelas em suspensão. Dependendo da velocidade da corrente e do efeito de
turbulência as partículas podem entrar no meio líquido e ficar em suspensão ou voltar ao
leito quando as forças atuantes se reduzirem.
 Vento: Como os rios, o vento obedece às leis do movimento dos fluidos, actuando como
agente de transporte efectivo, podendo carrear grãos de tamanho areia (por saltação) a
argila (por suspensão). Ao contrário dos rios, que dependem da precipitação, o vento atua
na ausência de chuva e quantidade de material que o vento carrega depende da velocidade
do vento e do tamanho das partículas.
 Glaciares: As geleiras transportam sedimentos de todos os tamanhos, por ser o gelo o
responsável pelo transporte.
 Correntes oceânicas: As correntes longitudinais que ocorrem ao longo da costa, são
formadas com o efeito de refracção das ondas em função da batimetria do fundo tendendo a
tornar a direcção das cristas das ondas paralelas à linha de costa, atingindo a praia com um
certo ângulo, gerando um fluxo longitudinal (Okamoto, 2009). O mesmo autordiz ainda que
essas correntes transportam sedimentos colocados em suspensão pelas ondas incidentes,
podendo movê-los ao longo de vários quilómetros tanto na zona de surfe como na face da
praia, processo este conhecido como deriva litorânea.
Após o transporte de sedimentos ocorre o processo de deposição, este acontece quando as
forças exercidas pelo ação do escoamento das águas já não conseguem manter o transporte do
sedimento em suspensão ou rolando pelo leito, então estas partículas depositam-se no leito, nas
margens ou em outros locais específicos. Pode ser entendida como a etapa final da
movimentação do sedimento, que se iniciou com o processo erosivo.

A deposição de sedimento pode se dar por processos físicos (cessação de movimento ou


triagem por densidade) e por processos químicos (precipitação química-evaporitos).

 Por cessação de movimento: o resultado é o sedimento clástico que é um fragmento de


rochas preexistentes, esse fragmento tem origem a partir da remoção de partículas de uma
área fonte com subsequente transporte e deposição. O sedimento clástico pode ser
classificado por:
a) Sedimento terrígeno clástico: se produzido pelo intemperismo e erosão
(deslocamento) das rochas em terra (ex. areias e lamas) e também se a força motriz do
transporte mecânico foi explosão vulcânica. Os sedimentos terrígenos são constituídos
essencialmente por grãos de minerais, resultantes da erosão das rochas, transportadas
para o oceano.
b) Sedimento piroclástico: se a força motriz do transporte mecânico foi explosão
vulcânica.
 Por precipitação química: o resultado é o sedimento químico que é o produto dissolvido
pelo intemperismo, os sedimentos químicos são íons ou moléculas em solução nas águas
dos solos, rios, lagos e oceanos. Este sedimento pode ser classificado por:
a) Sedimento ortoquímico: quando a origem é puramente química (transporte iónico
seguido por precipitação química), ou seja, o sedimento provém directamente da
solução.
b) Sedimento biogénico: quando a origem é puramente química, a precipitação teve
influência da vida. É constituído por conchas e esqueletos de animais marinhos e/ou de
plantas, onde os mais comuns são as vasas calcárias, coberto principalmente por
sedimento carbonático, devido à pequena quantidade de entradas de água doce. Este
ainda pode ser classificado como:
i. Sedimento bioclástico: Sedimentos bioclásticos são sedimentos compostos
principalmente por restos orgânicos de origem biológica. Esses sedimentos são
formados pela acumulação e preservação de materiais biológicos, como conchas,
esqueletos, fragmentos de organismos marinhos e outros detritos biológicos, que se
depositam ao longo do tempo em ambientes aquáticos, como mares, oceanos, lagos e
rios.

3. Estabeleça a relação entre a Sedimentologia no geral e a Petrografia Sedimentar em


particular, com as seguintes disciplinas: Hidrogeologia, Paleontologia, Geologia Marinha.
R: A sedimentologia, incluindo a petrografia sedimentar, está relacionada com as seguintes
disciplinas:

Na Hidrogeologia, a sedimentologia ajuda a entender a porosidade e permeabilidade das rochas


sedimentares, influenciando a disponibilidade e qualidade das aguas subterrâneas.

Na Paleontologia, a sedimentologia auxilia na análise das condições de deposição dos fosseis,


permitindo reconstruir a história da vida passada.

Na Geologia Marinha, a sedimentologia contribui para compreender os processos de


sedimentação nos oceanos e margens continentais.

Em resumo, o estudo das rochas sedimentares e fundamental nessas disciplinas, fornecendo


informações sobre aguas subterrâneas evolução biológica e geologia marinha.

4. Identifique os ambientes sedimentares incluindo processos de formação, onde ocorrem as


rochas de origem clásticas: Vulcano-clástica e Carbonáticas.

R: Nos Ambientes sedimentares vulcano-clásticos: As rochas vulcano-clásticas são formadas


a partir de sedimentos derivados da atividade vulcânica. Esses sedimentos são geralmente
compostos de fragmentos de rochas vulcânicas, cinzas, piroclastos e outros materiais expelidos
por erupções vulcânicas. Os principais ambientes sedimentares vulcano-clásticos incluem:

a) Depósitos de tefra: São formados a partir da deposição de cinzas vulcânicas, lapilli


(fragmentos de rochas vulcânicas coloridas) e bombas vulcânicas. Esses depósitos podem ocorrer
ao redor de vulcões ativos ou extintos.

b) Fluxos piroclásticos: Também conhecidos como nuvens ardentes, são correntes turbulentas
de gás e material piroclástico quente que descem pela encosta de um vulcão. Quando esses
fluxos piroclásticos se resfriam e solidificam, podem formar rochas vulcano-clásticas.

c) Lahares: São misturas de detritos vulcânicos e água, geralmente formadas durante erupções
vulcânicas explosivas. Essas misturas fluem rapidamente pela encosta do vulcão, podendo
transportar grandes volumes de sedimentos vulcano-clásticos.
Nos Ambientes sedimentares carbonáticos: As rochas carbonáticas são formadas
predominantemente a partir da precipitação de carbonato de cálcio (CaCO3), geralmente na
forma de calcita ou dolomita. Os principais ambientes sedimentares carbonáticos incluem:

a) Ambientes marinhos rasos: As rochas carbonáticas são abundantes em áreas marinhas rasas,
como recifes de coral, plataformas continentais e lagunas costeiras. A retenção de carbonato de
cálcio ocorre devido à intensa atividade biológica, incluindo a construção de recifes de corais e a
produção de conchas e esqueletos por organismos marinhos, como corais, moluscos e
foraminíferos.

b) Lagos e lagunas: Em alguns lagos e lagunas, condições aceitas podem levar à formação de
rochas carbonáticas. A precipitação ocorre devido a fatores como a evaporação da água, aumento
da concentração de carbonato de cálcio e ação de organismos lacustres, como cianobactérias.

c) Ambientes de água doce: Em rios, riachos e áreas de água doce, a precipitação de carbonato
de cálcio também pode ocorrer, embora em menor escala em comparação com os ambientes
marinhos. A formação de estalagmites e estalactites em cavernas calcárias é um exemplo desse
tipo de ambiente sedimentar carbonático

5. Identifique e caracterize os ambientes sedimentares susceptíveis de ocorrência de rochas


de origem não-clástica.

R: Os ambientes sedimentares susceptíveis de ocorrência de rochas de origem não-clástica são


aquelas onde os sedimentos são formados principalmente por material químico ou
biologicamente precipitado, em oposição aos sedimentos clásticos que são compostos por
fragmentos de rochas pré-existentes.

Os exemplos de ambientes sedimentares onde rochas de origem não-clásticas podem se formar:

1. Ambientes marinhos:

Recifes de corais- os corais construtores de recifes, como os corais escleratinios, formam


esqueletos de carbonato de cálcio que podem se acumular e formar rochas de coral;

Lagoas costeiras- em áreas costeiras rasas e abrigadas, a precipitação química de carbonato de


cálcio pode ocorrer, levando a formação de rochas carbonáticas, como o calcário.
Salinas- em áreas onde a evaporação e alta e a concentração de sais e elevada, pode ocorrer a
precipitação de sais minerais, levando a formação de rochas evaporiticas, como halita e gipsita.

2. Ambientes lacustres:

Lagos salinos- semelhantes as salinas marinhas, em lagos com alta evaporação e concentração
de sais, pode ocorrer a precipitação de minerais evaporiticos;

Lagos alcalinos- em lagos com altos níveis de alcalinidade, podem se formar rochas de
carbonato de sódio, como a trona e a pirita de sódio;

3. Ambientes fluviais:

Aguas termais- fontes termais com alta concentração de minerais podem levar a precipitação de
travertino, uma rocha calcaria porosa;

Lagos de agua doce- em lagos com alta produção biológica e atividade microbiona, podem s
formar rochas orgânicas, como os folhetos betuminosos, ricos em matéria orgânica.

4. Ambientes de aguas subterrâneas:

Cavernas- em ambientes subterrâneos, a agua que contem minerais dissolvidos pode se infiltrar
em cavernas e, quando ocorre a evaporação pode formar estalagmites e estalactites compostas
por calcita.

Gêiseres- Aguas termais que emergem periodicamente das gêiseres podem levar a formação de
depósitos siliciosos, como sílica amorfa ou opala.

6. Estabeleça a diferença entre conglomerado e brecha

R: A principal diferença entre o conglomerado e a brecha reside no grau de arredondamento dos


fragmentos. No conglomerado, os fragmentos são arredondados ou subarredondados, indicando
um transporte significativo e prolongado, enquanto na brecha os fragmentos são angulosos,
sugerindo transporte limitado e menor arredondamento.

7. O processo de formação de dropstone pode ser identificado no afloramento. Explique as


características diagnósticas do dropstone.
R: o dropstone e uma rocha sedimentar encontrada em afloramentos de rocha externa em um
ambiente sedimentar diferente.
Suas características diagnosticas incluem diferença na composição em relação a rochas
circundante, fragmentos angulosos, tamanho maior que a matriz sedimentar circundante,
interrupção da estratificação das camadas adjacentes e um contato nítido entre dropstone e os
sedimentos circundantes.

8. A figura mostra uma lâmina delgada vista com a luz natural (topo) e luz polarizada (em
baixo).
Descreva a lâmina delgada da figura ao lado em termos de:
• Tamanhos (sorteamento) e tipos de arredondamento dos grãos: Bem sorteados e sub-
arredondados

• Presença/ausência de grãos mono e policristalinos: Presença de quartzo monocristalino.

• Tipos de contactos entre os grãos: Contactos côncavos e convexos a suturados.

• Presença/ausência de extinção ondulada: Presença de Extinção Ondulada (rede cristalina


sob tensão: esforço tectônico)

• Estimativa de percentagem de grãos de quartzo em relação aos de feldspatos e fragmentos de


rocha:

• Classificação da rocha com base no triângulo QFL:

9 – Descreva as rochas e classifique (dando nome) as rochas carbonáticas abaixo:


A-
B-
C-
D-

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