TEMPLATE Ecologia
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Tutores:
A Coordenação do Curso de Biologia
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Índice
1 Introdução ................................................................................................................. 1
2 Breve história da Citologia e Teoria celular ................ Erro! Marcador não definido.
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1 Introdução
A relação entre os indivíduos e o meio ambiente tem sido uma parte fundamental da história da
humanidade. Ao longo dos séculos, os seres humanos têm interagido com o meio ambiente de
diversas maneiras, moldando e sendo moldados por ele.
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2 Ecologia
Em 1866, Ernest Haeckel propôs a criação de um novo ramo da biologia: a ecologia, cuja função seria
estudar as relações entre as espécies animais e o seu meio ambiente orgânico e inorgânico (Pádua, 2004).
Para denominar essa nova disciplina científica, ele utilizou a palavra grega oikos, que significa casa, e
propôs o termo “ecologia” (ciência da casa; estudo do lugar onde se vive). A palavra oikos já havia sido
utilizada para denominar outra disciplina, a “economia” (organização da casa).
Entretanto, nos dias atuais, a palavra “ecologia” ultrapassou em muito os limites originais propostos por
Haeckel. Em seu ramo original da biologia, a percepção da complexidade dos sistemas naturais levou a
uma crescente sofisticação de conceitos e métodos. Além disso, surgiram novos ramos da ecologia, como
a ecologia humana, a ecologia social e a ecologia política, ligados mais às ciências sociais (meio social) do
que às ciências naturais (meio natural). Assim, o campo da ecologia adquiriu uma amplidão rara na
história do pensamento, com um vasto enfoque multidisciplinar.
3 Meio Ambiente
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Ao longo da história, vimos tanto exemplos de exploração insustentável dos recursos naturais
quanto de práticas de conservação e respeito ao meio ambiente. As culturas indígenas, por
exemplo, muitas vezes desenvolveram formas de viver em equilíbrio com a natureza,
respeitando e preservando os ecossistemas dos quais dependiam.
Para que possamos compreender melhor o mundo no qual vivemos e, conseqüentemente, a nós mesmos, é
necessário não somente analisar a época atual, mas também descer até nossas raízes, procurar entender
mais sobre nossa matriz cultural. Caminhar por nossa história talvez nos ajude a ver que os problemas
sócio-ambientais da atualidade são, na verdade, resultado de um longo processo, que provavelmente teve
início a partir do momento em que “alguns seres humanos se sentiram em condições de subjugar as
florestas e os povos que as habitavam e fazer prevalecer seus modos de ser e fazer a vida” (Mendonça,
2005, p. 48).
Conhecer a nossa própria história é especialmente importante para a compreensão dos problemas sócio-
ambientais, uma vez que estes são freqüentemente associados ao início da Revolução Industrial, como se
ela tivesse transformado repentinamente as relações entre o homem e a natureza, causando impactos cada
vez mais graves. Além disso, é necessário rever nossa história para construir novos caminhos, inovar,
propor soluções ainda não pensadas. É preciso aprender com os acertos e, principalmente, com os erros do
passado.
HOMEM E NATUREZA DEPOIS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A Idade Contemporânea teve início com a Revolução Francesa, em 1789, e se perpetua até hoje. O
capitalismo do mundo contemporâneo é um sistema econômico baseado na propriedade privada dos meios
de produção e na propriedade intelectual, que tem como objetivo a obtenção de lucro através do risco do
investimento. As decisões sobre os investimentos de capital são feitas pela iniciativa privada, e a
produção, a distribuição e os preços dos bens, serviços e recursos humanos são controlados pela força da
oferta e da procura.
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Embora a ciência e a técnica atinjam patamares cada vez mais elevados, melhoram a qualidade de vida de
poucos. A desigualdade social é uma realidade presente em todo o globo, muitas vezes atingindo situações
críticas, onde alguns poucos se chateiam com o excesso de bens de consumo que possuem e a grande
maioria não tem nem o que comer. O intelectual alemão Karl Marx já no século XIX denunciava o caráter
exclusivista da sociedade capitalista. Segundo ele, é impossível superar a desigualdade social no
capitalismo, visto que a base desse sistema é o lucro e, portanto, a exploração do proletariado.
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A praticidade e a comodidade presentes na sociedade de consumo leva a criações tecnológicas que
resultam em uma produção contínua de artigos descartáveis, muitas vezes inúteis ou até mesmo nefastos à
qualidade de vida. Os cascos de vidro de refrigerantes que reutilizávamos várias vezes, por exemplo,
foram substituídos por garrafas PET descartáveis, pois assim as empresas de refrigerante economizavam
com o frete, otimizando seus lucros e repassando para a sociedade os custos de sua lógica mercantil.
Muitos produtos que poderiam ter uma vida útil muito maior são produzidos já com o intuito de durarem
pouco, para que as pessoas tenham que comprar o mesmo produto várias vezes. Existem diversos
exemplos para esta situação: pilhas, lâmpadas, eletrodomésticos, automóveis e muitos outros. Além disso,
é comum as empresas lançarem “novas versões” dos produtos, com algumas pequenas melhorias, para que
os consumidores comecem a considerar os produtos que possuem como “obsoletos” e sintam-se impelidos
a comprar os produtos mais “modernos”.
A mídia possui um papel central na divulgação desses produtos, incentivando as pessoas a consumir e
descartar. a sociedade de consumo atual impõe um padrão de consumo insustentável tanto do ponto de
vista ecológico quanto material e energético (Kupstas, 1997, p. 105)
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Pedagogia dos 3 R’s: Reduzir, Reutilizar e Reciclar
Atualmente, a consciência sobre a importância da preservação do meio ambiente tem crescido
significativamente. A busca por práticas sustentáveis e a proteção dos recursos naturais
tornaram-se temas centrais em muitas sociedades ao redor do mundo.
A história dos indivíduos e sua relação com o meio ambiente reflete uma complexa interação
entre necessidades humanas, desenvolvimento tecnológico e impactos ambientais.
Compreender essa história pode nos ajudar a encontrar maneiras mais equilibradas e
sustentáveis de viver em harmonia com o nosso planeta.
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Ao longo da história, os seres humanos desenvolveram uma ampla gama de atitudes em relação
ao meio ambiente. Desde a reverência e respeito pela natureza até a exploração desenfreada
dos recursos naturais, as interações humanas com o meio ambiente foram moldadas por fatores
culturais, econômicos e tecnológicos.
Por exemplo, em muitas culturas antigas, a natureza era vista como sagrada, e práticas de
conservação e respeito pelos elementos naturais eram parte integrante das crenças e tradições.
Em contraste, a era da colonização e industrialização viu uma mentalidade de dominação e
extração dos recursos naturais, muitas vezes sem consideração pelos impactos a longo prazo.
Compreender a história dos indivíduos e sua relação com o meio ambiente nos ajuda a aprender
com os erros do passado e a buscar soluções inovadoras para construir um futuro mais
equilibrado e sustentável para as gerações vindouras.
A relação entre os indivíduos e o meio ambiente ao longo da história tem sido marcada por uma
interação complexa e em constante evolução. Desde os primórdios da humanidade, os seres
humanos têm dependido dos recursos naturais para sobreviver e prosperar. As primeiras
sociedades caçavam, coletavam e cultivavam alimentos, construíam abrigos a partir de
materiais disponíveis na natureza e dependiam diretamente das condições ambientais para
garantir sua sobrevivência.
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À medida que as sociedades evoluíram, as interações com o meio ambiente se tornaram mais
sofisticadas e, em muitos casos, mais impactantes. A Revolução Agrícola marcou um ponto de
virada significativo, à medida que as práticas agrícolas se expandiram e se intensificaram,
resultando em mudanças significativas nos ecossistemas naturais.
Com o advento da Revolução Industrial, a relação entre os indivíduos e o meio ambiente passou
por transformações radicais. O crescimento populacional, o desenvolvimento de tecnologias
industriais e a exploração intensiva de recursos naturais levaram a impactos ambientais sem
precedentes, incluindo poluição do ar e da água, desmatamento generalizado e degradação dos
solos.
Atualmente, a história dos indivíduos e sua relação com o meio ambiente reflete uma busca
crescente por soluções sustentáveis e uma compreensão mais profunda dos desafios ambientais
globais. A conscientização sobre a importância da preservação ambiental está levando a
mudanças significativas em políticas governamentais, práticas empresariais e comportamentos
individuais.
Compreender essa história complexa pode nos ajudar a aprender com os erros do passado e a
encontrar maneiras mais equilibradas de interagir com o meio ambiente no futuro.
1. Teoria da Evolução por Seleção Natural de Charles Darwin (1859): A publicação de "A Origem
das Espécies" por Charles Darwin foi um marco crucial na compreensão da interação entre os
organismos e seus ambientes, estabelecendo as bases para a ecologia moderna.
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2. Fundação do Sierra Club (1892): O Sierra Club, organização ambientalista americana, foi
fundado por John Muir e outros defensores da conservação, desempenhando um papel
fundamental na proteção de áreas selvagens e na promoção da preservação ambiental.
4. Publicação de "Silent Spring" por Rachel Carson (1962): Este livro influente alertou sobre os
impactos negativos dos pesticidas no meio ambiente e na vida selvagem, desencadeando o
movimento ambientalista moderno e levando à proibição do DDT nos Estados Unidos.
5. Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (1972): Realizada em
Estocolmo, esta conferência marcou um marco importante na história da governança ambiental
global, resultando na criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
1. Fundação da Ecologia como disciplina científica (1866): Ernst Haeckel, um biólogo alemão,
cunhou o termo "ecologia" e definiu a disciplina como o estudo das interações entre os
organismos e seu ambiente.
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3. Desenvolvimento da teoria dos sistemas ecológicos por Arthur Tansley (1935): Tansley
introduziu o conceito de "ecossistema" para descrever as interações entre os organismos e seu
ambiente físico.
4. Publicação do livro "The Theory of Island Biogeography" por Robert MacArthur e Edward O.
Wilson (1967): Este livro influente lançou as bases para o estudo da biodiversidade em ilhas e
habitats fragmentados.