Antropologia Bíblica - para Impressão
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Antropologia Bíblica - para Impressão
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O autor é professor no IBEL
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HORTON, Michael. Doutrinas da fé cristã. Tradução João Paulo Thomaz de Aquino. São Paulo:
Editora Cultura Cristã, 2016. p. 395.
3
CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática. Tradução Heber Carlos de Campos. São Paulo:
Hagnos, 2003. p. 540. vols. 1 e 2.
2
4
Demócrito de Abdera (460-370 a.C.) é o filósofo pré-socrático e fundador da escola atomística. Sua
tese é a de que o átomo é a causa última da realidade. Átomos são partículas invisíveis e indivisíveis
presentes em toda a realidade. Nada do que existe possui existência sem a presença do átomo. A
implicação mais aguda do atomismo de Demócrito é a negação da doutrina da providência: como o
mecanicismo que prega tudo o que existe no universo nasce do acaso e da necessidade. Isto é,
“nada nasce do nada, nada retorna ao nada, tudo tem uma causa e os átomos são a causa última do
mundo.” Assim, os postulados de Demócrito abrem caminho para a negação da intervenção de Deus
no ato criativo que implica até mesmo na sua própria existência.
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Uno é um conceito filosófico grego que é fundamentado pela primeira vez no diálogo Parmênides
por Platão e primordial em sua Teoria das Ideias. Relacionado à Mônada do pitagorismo e ao
questionamento da unidade versus multiplicidade (problema do um e muitos) pelos pré-socráticos, foi
desenvolvido posteriormente por outros platonistas e neopitagóricos, especialmente no
neoplatonismo por Plotino(205-270) e seus sucessores. Henologia=hen=um) refere-se ao estudo do
Um. Plotino define o "Uno" como uma entidade suprema, totalmente transcendente, além de todas as
categorias do Ser e Não-ser. O primeiro princípio do qual todas as coisas existentes derivam. Ele é
relacionado ao conceito de Absoluto e de Causa Primeira.
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Um_(filosofia)>.
6
Journal of Discourses, vol. 4, p. 218. Apud. Disponível em:
<https://carm.org/languages/portuguese/doutrinas-estranhas-do-mormonismo> Acesso: 30 abril 2016.
Ibid. p. 77.
3
7
CAMPOS, Heber Carlos de, Antropologia Bíblica [Estudo da Doutrina do Homem e do Pecado] p.
12.
8
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. Tradução Odayr Olivetti. 3. ed. São Paulo: Editora Cultura
Cristã, 2007. p. 167.
9
CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática. Tradução Heber Carlos de Campos. São Paulo:
Hagnos, 2003. p. 540. vols. 1 e 2. Lewis Sperry Chafer (1871-1952) foi discípulo de Cyrus Ingerson
Scofield (1843-1921 autor da Bíblia Scofield), Tanto Scofield quanto Chafer eram pastores ordenados
pela Igreja Presbiteriana. A linha de teologia de Chafer é calvinista, pré-milenista e
dispensacionalista.
10
Idem.
11
HORTON, Michael. Doutrinas da fé cristã. Tradução João Paulo Thomaz de Aquino. São Paulo:
Editora Cultura Cristã, 2016. p. 395.
12
FERREIRA, Franklin; MYATT, Alan. Teologia sistemática: uma análise histórica, bíblica e
apologética para o contexto atual. São Paulo: Vida Nova, 2007. p. 386.
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“em Cristo” com propósito definido “para boas obras”. Estas “boas obras” é = para a
Glória de Deus.
Berkhof propõe que o homem sobressai na criação em relação aos outros seres
vivos pelas seguintes razões básicas:
1 A criação do homem foi precedida por um solene conselho divino;
2 A criação do homem foi, no sentido mais estrito da palavra, um ato imediato de
Deus;
3 Em distinção das criaturas inferiores, o homem foi criado conforme um tipo divino;
13
Ibid. p. 168.
14
BAVINCK, Herman. Dogmática Reformada: Deus e a criação. Volume 2. (org.) John Bolt. São
Paulo: Editora Cultura Cristã, 2012. p. 519, 520.
5
15
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. Tradução Odayr Olivetti. 3. ed. São Paulo: Editora Cultura
Cristã, 2007. p.168.
16
TURRETINI, François. Compendio de Teologia Apologética. Org. James T. Dennison, Jr. São
Paulo: Cultura Cristã, 2011. p. 585. Vol. I.
17
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. Tradução Odayr Olivetti. 3. ed. São Paulo: Editora Cultura
Cristã, 2007. p.169.
18
Ibid. p. 169.
19
MATOS, Alderi Souza de. No princípio... o quê? Darwin, o evolucionismo e os cristãos. Março a
abril 2019. Disponível em: <http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/317/no-principio-o-que-darwin-
o-evolucionismo-e-os-cristaos>. Acesso em: 02 jan. de 2018.
6
20
BAVINCK, Herman. Dogmática Reformada: Deus e a criação. Volume 2. (org.) John Bolt. São
Paulo: Editora Cultura Cristã, 2012. p. 526.
21
BAVINCK, Herman. Dogmática Reformada: Deus e a criação. Volume 2. (org.) John Bolt. São
Paulo: Editora Cultura Cristã, 2012. p. 527.
22
Cneu Pompeu Magno (106–48 a.C.) governava Roma Rubicão (Rubico, em latim), é o antigo nome
de um pequeno rio no norte da Península Itálica, que marcava a divisa entre a província da Gália
Cisalpina e o território da cidade de Roma. Ficou conhecido na História, pelo fato de que a lei de
Roma, no período da República, proibia qualquer general de atravessá-lo, acompanhado de suas
tropas, quando retornavam de campanhas ao norte de Roma. Quando Caio Júlio César (100-44 a.C)
atravessou o Rubicão, em 49 a.C., em perseguição à Pompeu, violou a lei e tornou inevitável o
conflito com o Senado. Nesta ocasião teria proferido a frase ¨alea jacta est¨, que significa: ¨a sorte
está lançada ¨. Até hoje, a expressão ¨atravessar o Rubicão¨, significa uma decisão sem volta.
23
BAVINCK, Herman. Dogmática Reformada: Deus e a criação. Volume 2. (org.) John Bolt. São
Paulo: Editora Cultura Cristã, 2012. p. 527, 528.
24
Nome do meu animal de estimação.
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Daí Berkhof afirmar: “até o momento não passa de hipótese” e mais critica:
“Quando Darwin publicou as suas obras, pensou-se que afinal fora encontrada a
chave do processo, mas ao transcorrer do tempo se viu que a chave não servia na
fechadura.”25
Ferreira percebe a importância de uma antropologia teológica para a
compreensão dos fatos atuais referentes a decisões de cunho político, ético, social e
teológico. Esse autor aponta: “A busca por um caminho para se tentar resolver essa
divisão revela que, no fundo desta discussão, existe uma completa discordância
sobre os conceitos básicos acerca da natureza do ser humano.”26
Ferreira elenca uma série de visões da origem do homem. “Ao tratar da
questão da natureza do ser humano, as religiões e filosofias oferecem várias
respostas. Não obstante, todas caem em duas categorias: ou o ser pessoal, o
homem, tem uma origem pessoal ou tem uma origem impessoal”.27 assim conclui: “a
filosofia de Karl Marx é a que tem tido maior impacto na vida das pessoas,
especialmente no Ocidente. O marxismo reduziu a natureza humana ao resultado
dos embates de forças econômicas e sociais, ao dizer especificamente que o modo
de produção econômica é o que determina a consciência do homem.”28
Costa aponta com propriedade algumas afirmações categóricas e
impactantes sobre o homem. “O homem está acima de toda a criação; ele talvez
seja o mais frágil de tudo o que foi criado; todavia ele sabe quem e o que é; é um
“caniço pensante”;29 por isso mesmo o homem é o milagre mais portentoso de
todos:30 é a obra-prima de Deus31”32
Há por parte dos naturalistas uma completa desilusão quanto à origem do homem.
Salum percebe isto e aponta alguns depoimentos nesse sentido
25
Berkhof - Idem. p. 170.
26
FERREIRA, Franklin; MYATT, Alan. Teologia sistemática: uma análise histórica, bíblica e
apologética para o contexto atual. São Paulo: Vida Nova, 2007. p. 385.
27
FERREIRA, Franklin; MYATT, Alan. Teologia sistemática: uma análise histórica, bíblica e
apologética para o contexto atual. São Paulo: Vida Nova, 2007. p. 386.
28
FERREIRA,
29
B. Pascal, Pensamentos, VI 347. p. 127
30
Sófocles, A Antígone, 2. Ed. Petrópolis, RJ.: Vozes, 1968, 330.
31
W. Shakespeare, Hamlet, São Paulo: Abril Cultural, (Obras Primas), 1978, II.2.
32
COSTA, p. 222.
33
SALUM, Oadi. Teologia Sistemática Reformada. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2017. p. 218.
Depoimento de Martin Heidegger (1889-1976) filósofo alemão reconhecido como um vulto
exponencial do existencialismo
8
Percebe-se que Chafer foi até sensato, para não dizer: muito modesto, em
não acusar o evolucionismo de ser antimoral e antiético.
Tim Barnett desenvolve um artigo onde conclui que “evolução e moralidade
não se misturam”, nada obstante reconhecer que os evolucionistas não descansam
na busca de uma explicação para a crise existente entre moralidade e evolução.
Esse autor desenvolve quatro teses básicas conforme sintetizadas a seguir:
1. A evolução natural não pode obter um “deve” de um “é”. A ciência descreve como
o mundo natural é, não nos diz como deveria ser e este diz respeito a valores
morais.
2. A moralidade evolutiva continua evoluindo. Consequentemente, aqueles
comportamentos que são louvados como virtuosos seriam imorais, e aqueles
34
SALUM, Oadi. Teologia Sistemática Reformada. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2017. p. 219.
35
HODGE. P. 42
36
CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática. Tradução Heber Carlos de Campos. São Paulo:
Hagnos, 2003. p. 541. vols. 1 e 2.
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Tim Barnett. Quatro problemas na moralidade evolutiva. Tradução Semi Chung Azeka. Disponível
em: <http://www.napec.org/apologetica/quatro-problemas-na-moralidade-evolutiva/>. Acesso em: 02
abr. 2018. Artigo do site da NAPEC - Núcleo Apologético de Pesquisas e Ensino Cristão