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T. Ed Visual

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema do trabalho: Actividade I

Nome do Estudante: Bento Moisés Balane


Código:708203768

Curso: Licenciatura em Ensino de Desenho


Ano de frequência: 1°
Turma: Única
Disciplina: Educação Visual
1º Trabalho
Docente: Dr Augusto Lampião

Chimoio, Julho de 2020


Índice

1,

Introdução..................................................................................................................................4

2. Estética....................................................................................................................................5

2.1 Estética na história e na filosofia.......................................................................................6

2.2. Comunicação visual.............................................................................................................8

2.2.1. Estudo da Comunicação Visual.....................................................................................9

2.3. Educação Visual...................................................................................................................9

2.4. Arte e educação visual.......................................................................................................10

2.5. Arte e educação na arte......................................................................................................12

3. Conclusão..............................................................................................................................15

4. Bibliografia...........................................................................................................................16
Introdução

As artes são elementos indispensáveis no desenvolvimento da expressão pessoal,


social e cultural do aluno. São formas de saber que articulam imaginação, razão e emoção.
Elas preparam as vidas das pessoas trazendo novas perspectivas, formas e densidades ao
ambiente e à sociedade em que se vive. A vivência artística influencia deste modo como se
aprende, como se comunica e como se interpretam significados do quotidiano. A educação
visual constitui-se como uma área de saber que se situa na interface da comunicação e da
cultura dos indivíduos tornando-se necessária a organização de situações de aprendizagem,
formais e não formais, para a apreensão dos elementos disponíveis no Universo Visual.
Partindo desse pressuposto, este trabalho vai debruçar sobre os seguintes aspectos:
Estética, Estética na história e na filosofia, Comunicação visual, estudo da comunicação
visual, Educação visual, Arte e educação visual e Arte e educação na arte.

Objectivo Geral:

 Conhecer as manifestações da estética no tempo e conhecer a história da Arte e


Educação Visual e educação na Arte.

Objectivos Específicos:

 Definir o conceito estética,


 Ter uma sensibilidade mais rigorosa de observação estética como meio de
comunicação,
 Explicar a manifestação da estética na história e na filosofia,
 Descobrir a expressão corporal e de objectos através da comunicação visual;
 Definir o conceito Educação Visual sua importância e explicar a relação entre a arte e
educação visual, procurando entender o impacto da educação no estudo das artes.

Estrutura do Trabalho:

O presente trabalho está estruturado em quatro partes. Na parte 1 encontramos a


introdução, na parte 2 encontramos o desenvolvimento, a parte 3 encontramos a conclusão e
por fim a bibliografia na parte 4.

Metodologia do trabalho:

4
Para a realização deste foi usado o método de pesquisa bibliográfica.

2. Estética

Estética (do grego aisthésis: percepção, sensação, sensibilidade) é um ramo da


filosofia que tem por objectivo o estudo da natureza da beleza e dos fundamentos da arte.
Ela estuda o julgamento e a percepção do que é considerado beleza, a produção das
emoções pelos fenómenos estéticos, bem como: as diferentes formas de arte e da técnica
artística; a ideia de obra de arte e de criação; a relação entre matérias e formas nas artes. Por
outro lado, a estética também pode ocupar-se do sublime, ou da privação da beleza, ou seja, o
que pode ser considerado feio, ou até mesmo ridículo.
Para Aristóteles e Platão, a estética era estudada e fundida com a lógica e a ética. O
belo, o bom e o verdadeiro formava uma unidade com a obra. A essência do belo seria
alcançada identificando-o com o bom, tendo em conta os valores morais. Na Idade Média
surgiu a intenção de estudar a estética independente de outros ramos filosóficos.
No âmbito do Belo, dois aspectos fundamentais podem ser particularmente
destacados: a estética iniciou-se como teoria que se tornava ciência normativa às custas da
lógica e da moral - os valores humanos fundamentais: o verdadeiro, o bom, o belo. Centrava
em certo tipo de julgamento de valor que enunciaria as normas gerais do belo (ver cânone
estético); a estética assumiu características também de uma metafísica do belo, que se
esforçava para desvendar a fonte original de todas as belezas sensíveis: reflexo do inteligível
na matéria (Platão), manifestação sensível da ideia (Hegel), o belo natural e o belo arbitrário
(humano), etc.
Mas este carácter metafísico e consequentemente dogmático da estética transformou-
se posteriormente em uma filosofia da arte, onde se procura descobrir as regras da arte na
própria acção criadora (Poética) e em sua recepção, sob o risco de impor construções a priori
sobre o que é o belo. Neste caso, a filosofia da arte se tornou uma reflexão sobre os
procedimentos técnicos elaborados pelo homem, e sobre as condições sociais que fazem um
certo tipo de acção ser considerada artística.
Para além da obra já referida de Baumgarten – infelizmente não editada em português
são importantes as obras Hípias Maior, O Banquete e Fedro, de Platão, a Poética, de
Aristóteles, a Crítica da Faculdade do Juízo, de Kant e Cursos de Estética de Hegel.
Estética é uma palavra com origem no termo grego aisthetiké, que significa “aquele
que nota, que percebe”. Estética é conhecida como a filosofia da arte, ou estudo do que é belo
nas manifestações artísticas e naturais.
5
A estética é uma ciência que remete para a beleza e também aborda o sentimento que
alguma coisa bela desperta dentro de cada um de nós.
Como está intimamente ligada ao conceito de beleza, existem vários centros ou
clínicas de estética, onde pessoas podem fazer vários tratamentos com o objectivo de
melhorar a sua aparência física.

2.1 Estética na história e na filosofia

“A atitude problematizadora e investigativa, característica da Filosofia, volta-se


também para a realidade sensível. Compreender a sensibilidade, a representação criativa, a
apreensão intuitiva do mundo concreto e a forma como elas determinam as relações do
homem com o mundo e consigo mesmo, é objecto do conteúdo estruturante Estética. ”
O ser humano, desde a antiguidade, se volta para as questões estéticas e de percepção
sensorial, além de atribuir valor às produções humanas, o que inclui a arte. A arte é o meio
pelo qual o homem expressa um conceito e se manifesta, desde os primórdios até a
actualidade. Os alunos fazem parte de um mundo constituído, sendo necessária a reflexão
tanto sobre a arte em si quanto às questões relacionadas à Estética.
Voltada principalmente para a beleza e à arte, a Estética está intimamente ligada à
realidade e às pretensões humanas de dominar, moldar, representar, reproduzir, completar,
alterar, apropriar-se do mundo como realidade humanizada. Na contemporaneidade, a Estética
nos conduz para além do império da técnica, das máquinas e da arte como produto comercial,
ou do belo como conceito acessível para poucos, na busca de espaço de reflexão, pensamento,
representação e contemplação do mundo.
Aos estudantes do Ensino Médio, a Estética possibilita compreender a apreensão da
realidade pela sensibilidade, perceber que o conhecimento não é apenas resultado da
actividade intelectual, mas também da imaginação, da intuição e da fruição, que contribuem
para constituir sujeitos críticos e criativos.
Exposto isso, é sabido que a divisão curricular se dá por meio dos Conteúdos
Estruturantes, podendo ser entendidos como conhecimentos que estão na base de uma
disciplina. Na disciplina de Filosofia, o conteúdo estruturante Estética propõe a reflexão sobre
a arte, a beleza e as percepções sensoriais no âmbito da disciplina. Sua importância recai
sobre a reflexão acerca da produção humana e o desenvolvimento da sensibilidade.
Cabe ressaltar que o ensino de Filosofia não é em vão, sem fundamentação. Fazer a
abordagem das questões relacionadas à Estética por meio de recursos variados não minimiza o
rigor da disciplina. Não se deve esquecer que “A Filosofia se apresenta como conteúdo
6
filosófico e como exercício que possibilita ao estudante desenvolver o próprio pensamento. O
ensino de Filosofia é um espaço para análise e criação de conceitos, que une a Filosofia e o
filosofar como actividades indissociáveis que dão vida ao ensino dessa disciplina juntamente
com o exercício da leitura e da escrita”.
A filosofia e o filosofar pressupõem a leitura dos textos clássicos que possibilitem a
compreensão e a reflexão sobre o conteúdo. Aliado a este trabalho, pode-se conciliar à leitura
de textos o uso de diversos recursos, não apenas para mobilizar, mas também no auxílio à
compreensão de conceitos. Por estarmos lidando com produções sensíveis como conteúdo, o
uso do recurso é fundamental neste momento.
Os recursos podem ser utilizados para mobilizar, ilustrar ou explicar as questões
abordadas nos textos sobre Estética e Filosofia da Arte. Seu uso é abrangente e possibilita
diversos trabalhos com vistas à actividade reflexiva proporcionada pela leitura de textos.
Ainda de acordo com as Directrizes,
“É preciso que o Professor tenha uma ação consciente para não praticar uma leitura em
que o texto seja um fim em si mesmo. O domínio do texto é necessário. O problema está no
formalismo e no tecnicismo estrutural da leitura, que desconsidera, quando não descarta, a
necessidade da compreensão do contexto histórico, social e político da sua produção, como
também da sua própria leitura”.
Este cuidado com a leitura do texto, aliado ao uso de recursos, permite um trabalho
mais significativo com a Estética nas aulas de Filosofia. O professor pode viabilizar a
mobilização para a reflexão e compreensão de temas filosóficos. Nas aulas, os recursos
tornam-se ferramentas que auxiliam o despertar da actividade crítica que, trabalhados com o
rigor próprio da Filosofia, colaboram na formação.
Na proposta pelo uso de recursos nas aulas de Estética, como filmes, por exemplo,
espera-se que o professor conduza o estudante ao desenvolvimento de um raciocínio mais
crítico e reflexivo. Por meio desse processo o estudante poderá compreender melhores
conceitos e temas recorrentes da Filosofia, essenciais para o trabalho com o conteúdo
estruturante Estética.

7
2.2. Comunicação visual

Comunicação Visual é todo meio de comunicação expresso com a utilização de


elementos visuais, como: ícones, fotografias, desenhos, gráficos, vídeos entre outros.
Antes de se usar os termos: design visual ou programação visual, adoptava-se
comunicação visual para a determinação da área de enquadramento do designer visual.
É toda transmissão e recepção de uma mensagem por meio exclusivo da visão. Para
tanto, a comunicação visual faz uso da Linguagem Visual.
Esse campo também explora a ideia de que uma mensagem visual que acompanha o
texto tem um maior poder de informar, educar ou persuadir uma pessoa ou público.

8
2.2.1 Estudo da Comunicação Visual

Nos estudos de comunicação visual são ensinados variados temas das mais diversas
áreas, tais como a física da luz, anatomia e fisiologia do olho, teorias cognitivas e de
percepção, teorias de cor, psicologia Gestalt, estética, padrões de leitura natural, princípios de
design, semiótica, etc.
Análise de imagem: a interpretação das imagens é subjectiva e compreender a
profundidade do significado, ou ainda dos significados, comunicados por uma imagem requer
uma análise multilateral.
As imagens podem ser analisadas através de muitas perspectivas, um exemplo são
estas seis grandes categorias apresentadas por Paul Martin Leste:
Perspectiva pessoal: quando um espectador tem uma opinião sobre uma imagem
baseada em seus pensamentos próprios. A resposta pessoal depende dos conhecimentos e
valores do espectador individualmente. Isso pode estar por vezes em conflito com os valores
culturais. Além disso, quando uma pessoa visualiza uma imagem com sua perspectiva
pessoal, é difícil faze-la ver a mesma imagem de outras formas/perspectivas.
Perspectiva histórica: uma imagem pode ser influenciada a partir do uso histórico de
uma mídia. Por exemplo: O resultado de usar o computador para editar imagens (por
exemplo, Photoshop) é bastante diferente ao comparar imagens que são feitas e editadas a
mão.
Perspectiva técnica: quando a visão de uma imagem é influenciada pela forma como
é apresentada. O uso correcto da luz, posição e apresentação da imagem pode melhorar a
visão da imagem. Faz com que a imagem pareça melhor do que a realidade que estão
relacionadas com a imagem, o uso de heróis na imagem, etc. São a simbolizarão da imagem.
A perspectiva cultural também pode ser vista como a perspectiva semiótica.
Perspectiva crítica: é quando os espectadores criticam as imagens. Se difere da
perspectiva pessoal pela crítica ser feita em conjunto com os interesses da sociedade.

2.3. Educação Visual

Educação Visual é uma disciplina que se preocupa com a arte visual e é muito
importante para o aluno e divide-se em dois sectores, a Educação Visual e a Educação
Plástica.

9
“A arte Visual é uma arte bastante ampla, em que abrange qualquer tipo de
representação visual. Outras formas visuais dramáticas costumam ser incluídas em outras
categorias, como teatro, música ou ópera, apesar de não existir fronteira clara. É o caso da arte
corporal e a arte interactiva ou mesmo o cinema e o vídeo.

As artes que normalmente lidam com a visão como o seu meio principal de apreciação são
assim designadas de artes visuais. Por excelência, consideram-se artes visuais as seguintes:
pintura, desenho e gravura. As artes espaciais como a escultura e a arquitectura podem ser
consideradas artes visuais, embora sua matéria-prima não seja a imagem bidimensional.

No que diz respeito à educação plástica, artes plásticas ou belas-artes são as formações
expressivas realizadas utilizando-se de técnicas de produção que manipulam materiais para
construir formas e imagens que revelem uma concepção estética e poética em um dado
momento histórico. O surgimento das artes plásticas está directamente relacionado com a
evolução da espécie humana.
As artes são elementos indispensáveis no desenvolvimento da expressão pessoal, social e
cultural do aluno. São formas de saber que articulam imaginação, razão e emoção. Elas
perpassam as vidas das pessoas, trazendo novas perspectivas, formas e densidades ao
ambiente e à sociedade em que se vive.
A vivência artística influencia o modo como se aprende, como se comunica e como se
interpretam os significados do quotidiano. Desta forma, contribui para o desenvolvimento de
diferentes competências e reflecte-se no modo como se pensa, no que se pensa e no que se
produz com o pensamento.”1

2.4. Arte e educação visual

A compreensão do património artístico e cultural envolve a percepção estética como


resposta às qualidades formais num sistema artístico ou simbólico determinado. Estas
qualidades promovem modos de expressão que incluem concepções dos artistas e envolvem a
sensibilidade daqueles que as procuram.
As investigações iniciadas no século XX na área da Educação e da Psicologia
contribuíram para uma compreensão mais vasta do papel da arte no desenvolvimento humano.

Importância
1
de educação visual e plástica. Disponível em:
http://trabalhosfeitos.com/ensaios/a-import%C3%A2anica-Da_Educa%C3%7%C3%A3o-
visual-e /655241.html. Acesso em: 21 de Março de 2020.
10
Ao longo das últimas décadas, as orientações nesta área apontam para uma integração, cada
vez mais aprofundada, dos saberes no âmbito das teorias da arte, da estética e da educação.
Destas pesquisas emergiram dados importantes para a compreensão do sujeito como criador e
frutidor. Estas concepções educacionais e artísticas introduziram novas linhas de orientação,
operando mudanças ao nível teórico e prático, na Educação Visual.
O paradigma anterior, fundado na convicção de que a apreciação e a criação artísticas
eram uma questão de sentimento subjectivo, interior, directo e desligado do conhecimento da
compreensão ou da razão, compartimentando o cognitivo - racional e o afectivo - criativo,
teve como reflexo na prática escolar, sobretudo nos primeiros anos de escolaridade, o
entendimento do processo criativo como manifestação espontânea e auto - expressiva, com a
valorização da livre expressão, adiando, consecutivamente, a introdução de conceitos da
comunicação visual, antevendo novos modos de fazer e de ver.
É reconhecido que as práticas educativas, influenciadas pela visão expressionista
referida, têm vindo a ser abandonadas, dando lugar a acções educativas estruturadas, de
acordo com modelos pedagógicos abertos e flexíveis, originando uma ruptura epistemológica,
centrada num novo entendimento sobre o papel das artes visuais no desenvolvimento humano,
integrando três dimensões essenciais: sentir, agir e conhecer.
Este conhecimento evolui com a capacidade que o sujeito tem de utilização de
ferramentas, disponibilizadas pela educação, na realização plástica e na percepção estético -
visual.
Assinale-se, por exemplo, a ideia do desenvolvimento da expressão visual, baseada
num repertório de respostas, em vez de um modelo linear que tem estado patente nas teorias
do desenvolvimento psicológico e artístico. A aquisição gradual de um conjunto diferenciado
de respostas, a desenvolver precocemente, constitui o objectivo do conhecimento na educação
visual.
O desenvolvimento da percepção estética e a produção de objectos plásticos envolve o
entendimento e intervenção numa realidade cultural à qual a escola não deve ser alheia. O
recurso ao método de resolução de problemas, como metodologia para a educação visual, tem
propiciado a valorização de soluções utilitárias imediatas, negligenciando-se, por vezes, a
dimensão estética das propostas. Apesar da importância desta metodologia fundamentada em
diferentes momentos de decisão, pesquisa, experimentação e realização, destaca-se, neste
contexto, a actividade estética nas artes visuais como constitutiva do conhecimento do
Universo Visual, relacionando a percepção estética com a produção de objectos plásticos.

11
A relação entre o Universo Visual e os conteúdos das competências formuladas para a
educação visual pressupõe uma dinâmica propiciadora da capacidade de descoberta, da
dimensão crítica e participativa e da procura da linguagem apropriada à interpretação estética
e artística do Mundo.

2.5. Arte e educação na arte

Antes de discorrer o tema abordado é válido introduzir os conceitos de arte e


educação, para alguns autores. Segundo Barbosa (2006) a arte é a criatividade e
desenvolvimento cognitivo que leva a actos e ideias. Em comparação com a visão de Duarte
Júnior (2007), a arte objectiva expressar a visão humana em uma criação, ou seja, busca
externalizar a percepção de mundo do indivíduo, suas ideias e emoções.
Educação, por sua vez, traz o conceito de transferir conhecimento, desenvolvimento
das habilidades sociais e crescimento intelectual, buscando a formação do ser como cidadão
que consegue se posicionar tendo a real noção da realidade em que vive (SAVIANI, 2002).
Para Aranha (2002), a educação é o factor que promove a humanização, socialização e
aperfeiçoamento das actividades.
Com a junção tem-se a chamada arte -educação, que possui o hífen por parte da autora
Ana Mãe Barbosa que o inseriu quando a arte foi introduzida na educação na década de 70. A
intenção da autora foi criar uma ligação mútua entre as palavras para que os educadores, que
não aceitavam bem a ideia, conseguissem enxergar essa união de arte com educação. A arte
foi introduzida no sistema educacional, conforme a Lei de Directrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB), de nº 9.394, que, no parágrafo II do artigo 26, trata o ensino da arte como
sendo obrigatório; viabilizando-se assim a arte como ferramenta pedagógica no processo de
ensino e aprendizagem através da expressão de ideias e estimulo da criatividade do indivíduo.
A arte tem a capacidade de uma actuação multifuncional em relação à educação,
podendo ser utilizada para o trabalho de várias questões e disciplinas:
Arte - educação é uma área de estudos extremamente propícia à fertilização
interdisciplinar e o próprio termo que é designo de nota pelo seu binarismo a ordenação de
duas áreas num processo que se caracterizou no passado por um acentuado dualismo, quase
que uma colagem das teorias da educação ao trabalho com material de origem artística na
escola, ou vice e versa, numa alternativa de subordinação (BARBOSA, 2006, p. 12 e 13)
Desde que o ser humano passou a pensar através da razão, buscando-a para todo e
qualquer fenômeno que ocorre, a sociedade passou por modificação como o capitalismo, o
consumismo, entre outros. Assim passa-se a trabalhar mais e ter menos tempo para o
12
imaginário e utópico. Esta condição começa pelas escolas, em que a arte está cada vez mais
dispersa e perdeu-se o sentido de expressão de ideias livre. Com isso, se desenvolve cada vez
mais uma massa de pensamentos pré-produzidos na qual não se tem conhecimento o
suficiente para o aperfeiçoamento de uma estrutura social crítica. É possível verificar esta
realidade na fala de Duarte Júnior:
Hipertrofiando a razão gera-se, dialecticamente, um profundo irracionalismo, na
medida em que os valores e as emoções não possuem canais para serem expressos e se
desenvolver. Assim a dança, a festa, a arte e o ritual, são afastados de nosso quotidiano, que
vai sendo preenchido apenas com o trabalho unitário, não criativo, alienante. (DUARTE
JUNIOR, 2007, p. 64).
A arte - educação pretende utilizar a arte no processo de formação humana para dar
sentido ao sentir e a percepção de mundo do ser, utilizando-se das emoções e referências
simbólicas (cultura, memória, criatividade) do indivíduo. Com isto pretende educar
respeitando a cultura herdada e acrescentando conhecimento a fim de dar instrumentos ao
aluno para que ele venha desenvolver uma capacidade intelectual para saber ser crítico dentro
desta mesma cultura.
Segundo o PCN de Arte (BRASIL, 2000) o aluno ao conhecer e percorrer as artes
desenvolve potencialidades como percepção, observação, imaginação e sensibilidade, o que
influência em sua percepção de mundo significantemente. Com isto busca concretizar o sentir
humano, enfatizando o que não se consegue, geralmente, expressar em linguagem,
contemplando a ideia de redignificação das ideias óbvias, obrigando o indivíduo a redignificar
também sua percepção e interpretação do contexto em que se está inserido. Segundo Duarte
Júnior (2007), a arte é um veículo fundamental de educação e tem como finalidade algo além
de uma simples apreciação, mas sim, possui valor na relação entre a razão e a emoção.
A arte - educação busca desfazer o contexto educacional actual, onde a arte não está
posta como relevante para a educação dando ao aluno o espaço e ferramentas necessárias para
que este conheça o mundo e suas mais variadas culturas, ideais e pontos de vista, tornando
assim um ser educado para pensar e criar, sabendo como agir perante as desigualdades
sociais. Pretende abstrair oque, por muitas vezes, encontra-se profundamente guardado, como
emoções e ideias e concretizar através de cores, tintas, sons, gestos, entre outros (VILAÇA,
2012).
A arte sempre foi classificada, de uma forma geral, como objecto de contemplação, o
que faz com que seu valor como ferramenta educacional não seja percebido, sendo vista

13
somente como lazer (BARBOSA, 2006). Por este motivo fica em segundo plano em se
tratando de educação, sendo utilizada como aulas de descanso e diversão neste processo,
quando na verdade possui um forte poder pedagógico quando utilizada de forma a despertar
pensamentos e sentimentos, tanto no professor quanto no aluno.
Nos últimos tempos tem-se visto uma desvalorização ao que se refere ao ensino da arte
no âmbito escolar, principalmente, no que tange o ensino médio. O ministério da educação
propôs através da medida provisória n° 746/2016 uma reforma para esse nível de ensino
alterando o artigo 26 da LDB, fazendo com que a arte deixe de ser obrigatória nos anos finais
da escolarização dos alunos. Para o governo federal o modelo atual de ensino aplicado no
ensino médio é desinteressante. Isso causou uma comoção entre os alunos e professores que
logo se manifestaram contra a proposta. Fica evidente então, que a arte vem sendo
desvalorizada pela própria educação, que deveria ser sua aliada, porém ainda é almejada pelos
alunos que a defendem e profissionais da educação que compartilham a mesma opinião.
A educação deve contemplar a formação do ser por completa, não oferecendo somente
o saber científico, mas a aprendizagem do intelecto sentimental que o levará ao senso crítico e
emocional. O desenvolvimento de emoções e sentimento também deve estar inserido no
quotidiano escolar, se fazendo importante para o desenvolvimento cognitivo do aluno em
relação à formação de opinião.
É possível listar possibilidade do uso da arte como metodologia de ensino e
possibilidades de abordagens tais como; mobiliza e seduz com facilidade, chamando sua
atenção para determinados assuntos, possibilita a abordagem de temas polémicos, permite o
questionamento de padrões já estabelecidos, desenvolve o trabalho em grupo e o respeito á
forma de pensar do outro, permite contacto com manifestações culturais, tanto do aluno
quanto de outras localidades. Todas essas possibilidades de trabalho com a arte podem ser
desenvolvidas de forma lúdica, levando o indivíduo a expressar, por vezes sem mesmo
perceber, tudo o que não faria de forma natural (VILAÇA 2012).

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3. Conclusão

Neste trabalho foram abordados os seguintes aspectos: Estética, Estética na história e


na filosofia, Comunicação visual, estudo da comunicação visual, Educação visual. Arte e
educação visual e Arte e educação na arte.
Ao fim do trabalho, pode se concluir que a pesquisa realizada ampliou o conhecimento
a respeito dos tópicos acima referidos e forneceu informações importantes para entender a
estrutura da notícia, síntese e resumo.
Percebe-se que a estética é uma ciência que remete para a beleza e também aborda o
sentimento que alguma coisa bela desperta dentro de cada um de nós. De referir que o ser
humano, desde a antiguidade, se volta para as questões estéticas e de percepção sensorial,
além de atribuir valor às produções humanas e os filósofos buscando embelezar os textos no
acto de filosofar, o que inclui a arte, justificando assim existência da arte na história e na
filosofia.
Conclui se ainda que a comunicação visual e uma das formas mais importantes e
essenciais de entender e compartilhar informações pois pode transmitir ideias por meio de
símbolos imagens. Nesta componente também pode se ligar a componente Educação visual
que é uma arte bastante ampla, em que abrange qualquer tipo de representação visual.
Também foi possível aprender que a arte tem a capacidade de uma actuação
multifuncional em relação à educação, podendo ser utilizada para o trabalho de várias
questões e disciplinas.
Portanto, a arte - educação deve contribuir para a formação do ser humano como
crítico, dando oportunidade para que este interaja, e assim respeite diferentes culturas e pontos
de vista.
Este trabalho foi importante para mim, pois permitiu-me aperfeiçoar as competências
de investigação, selecção, organização, e comunicação da informação. Sugiro desta forma que
hajam mais trabalhos deste género de forma a desenvolver mais competências e habilidades.

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4. Bibliografia

ALMEIDA. P. A, R. Educação Visual: Universidade Católica de Moçambique - Centro de


Ensino à Distância. Moçambique.

Anónimo (2020). Importância de educação visual e plástica. Disponível em:


http://trabalhosfeitos.com/ensaios/a-import%C3%A2anica-Da_Educa
%C3%7%C3%A3o-visual-e /655241.html.

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