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Revisão - Brasil Colonial

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História do Brasil - Prof.

Alice

Revisão de módulo
Brasil Colonial
1) (Fuvest) Os primitivos habitantes do Brasil foram vítimas do processo
colonizador. O europeu, com visão de mundo calcada em preconceitos,
menosprezou o indígena e sua cultura. A acreditar nos viajantes e
missionários, a partir de meados do século XVI, há um decréscimo da
população indígena, que se agrava nos séculos seguintes. Os fatores que
mais contribuíram para o citado decréscimo foram:
a) a captura e a venda do índio para o trabalho nas minas de prata do Potosi.
b) as guerras permanentes entre as tribos indígenas e entre índios e brancos.
c) o canibalismo, o sentido mítico das práticas rituais, o espírito sanguinário,
cruel e vingativo dos naturais.
d) as missões jesuíticas do vale amazônico e a exploração do trabalho
indígena na extração da borracha.
e) as epidemias introduzidas pelo invasor europeu e a escravidão dos índios.
2) (Unesp)
“O Brasil foi dividido em quinze quinhões, por uma série de linhas paralelas
ao equador que iam do litoral ao meridiano de Tordesilhas, sendo os
quinhões entregues (...) [a] um grupo diversificado, no qual havia gente da
pequena nobreza, burocratas e comerciantes, tendo em comum suas
ligações com a Coroa.” (B. Fausto, História do Brasil.)
No texto, o historiador refere-se às
a) câmaras setoriais.
b) sesmarias.
c) colônias de povoamento.
d) capitanias hereditárias.
e) controladorias.
3) (Unesp)

O Brasil colonial foi organizado como uma empresa comercial resultante de uma
aliança entre a burguesia mercantil, a Coroa e a nobreza. Essa aliança refletiu-se
numa política de terras que incorporou concepções rurais tanto feudais como
mercantis.
(Emília Viotti da Costa. Da Monarquia à República, 1987.)

A constatação de que “Essa aliança refletiu-se numa política de terras que


incorporou concepções rurais tanto feudais como mercantis” justifica-se, pois a
política de terras desenvolvida por Portugal durante a colonização brasileira
a) permitiu tanto o surgimento de uma ampla camada de pequenos proprietários, cuja
produção se voltava para o mercado interno, quanto a implementação de sólidas
parcerias comerciais com o restante da América.
b) determinou tanto uma rigorosa hierarquia nobiliárquica nas terras coloniais, quanto o
confisco total e imediato das terras comunais cultivadas por grupos indígenas ao longo do
litoral brasileiro.
c) envolveu tanto a cessão vitalícia do usufruto de terras que continuavam a ser
propriedades da Coroa, quanto a orientação principal do uso da terra para a monocultura
exportadora.
d) garantiu tanto a prevalência da agricultura de subsistência, quanto a difusão, na região
amazônica e nas áreas centrais da colônia, das práticas da pecuária e da agricultura de
exportação.
e) assegurou tanto o predomínio do minifúndio no Nordeste brasileiro, quanto uma regular
distribuição de terras entre camponeses no Centro-Sul, com o objetivo de estimular a
agricultura de exportação.
4) (FGV)
“Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem eles não é
possível fazer, conservar e aumentar fazenda, nem ter engenho corrente.”
ANTONIL, Cultura e opulência do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1982, p. 89.

Assinale a alternativa correta:


a) A escravização dos negros africanos permitiu que os índios deixassem de ser
escravizados durante o período colonial.
b) O trabalho manual era visto como degradante pelos senhores brancos, e a escravidão,
uma forma de lhes garantir uma vida honrada no continente americano.
c) Apesar dos vultosos lucros obtidos com o tráfico, a adoção da escravidão de africanos
explica-se pelamelhor adequação dos negros à rotina do trabalho colonial.
d) Extremamente difundida na Região Nordeste, a escravidão teve um papel secundário e
marginal na exploração das minas de metais e pedras preciosas no interior do Brasil.
e) Diante das condições de vida dos escravos, os jesuítas criticaram duramente a
escravidão dos negros africanos, o que provocou diversos conflitos no período colonial.
5) (FGV)
Sobre a conquista holandesa do Nordeste brasileiro, no período colonial, é correto afirmar:
a) Os conflitos entre portugueses e holandeses devem ser compreendidos no contexto da
União Ibérica (1580-1640) e da separação das Províncias Unidas do Império Habsburgo.
b) A ocupação das áreas de plantio de cana obrigou os holandeses a intensificarem a
escravização dos indígenas, uma vez que não possuíam bases no continente africano.
c) Estabelecidos em Pernambuco, os holandeses empreenderam uma forte perseguição aos
judeus e católicos ali residentes e fortaleceram a difusão do protestantismo no Brasil
colonial.
d) A administração de Maurício de Nassau foi caracterizada pelo pragmatismo e pela
desmontagem do grande centro de artistas e letrados organizado pelas autoridades
portuguesas em Olinda.
e) Os holandeses implementaram uma nova e eficiente estrutura produtiva baseada em
pequenas e médias propriedades familiares, que se diferenciava das antigas plantations
escravistas.
6) (Unioeste) Sobre a colonização do Brasil, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Entre 1500 e 1535, a principal atividade econômica na colônia foi a extração do
pau-brasil, madeira então abundante em nosso litoral e obtida mediante troca com os
índios.
b) O Brasil foi dividido em quinze quinhões por uma série de linhas paralelas ao Equador
que se estendiam do litoral ao Meridiano de Tordesilhas, sendo essas porções de terras
entregues a um grupo diversificado de representantes da pequena nobreza, burocratas e
comerciantes.
c) Com a morte do rei português D. Sebastião e do seu sucessor D. Henrique, Felipe II, rei
da Espanha, assumiu o trono em 1580, originando a União Ibérica, que durou até 1640.
d) Com o fracasso das capitanias, Portugal resolveu substituí-las e criou o Governo Geral
com o objetivo de centralizar o poder na colônia, fixando a sede na Província de Sant’Ana e
a capital na cidade do Rio de Janeiro.
e) A atividade de mineração demandou vasta força de trabalho escrava desde a descoberta
de minas de ouro, em fins do século XVII, em Minas Gerais, estimulando o aumento da
população e o surgimento de incontáveis arraiais e vilas.
7) No período colonial, o Brasil foi marcado IV. Os objetivos principais dos bandeirantes
por expedições internas, com destaque para foram o apresamento de índios para serem
as Bandeiras. Lideradas pelos paulistas, as escravizados e a busca por metais preciosos.
Bandeiras percorriam os sertões, onde
V. As Bandeiras foram responsáveis pela
passavam meses, ou mesmo anos. Sobre
expansão territorial do Brasil para muito além
esse fenômeno histórico, considere as
da linha de Tordesilhas.
afirmativas:
Está correto apenas o que se afirma em:
I. As Bandeiras organizaram a sociedade do
interior a partir do modelo norte-americano a) I, II e IV.
de colônias de povoamento.
b) II, IV e V.
II. Os rumos das principais Bandeiras foram
c) II, III e IV.
Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Paraná,
tendo algumas delas chegado até o d) III e V.
Paraguai.
e) III, IV e V.
III. Os bandeirantes ensinaram aos índios
técnicas de agricultura para que
desenvolvessem a colônia economicamente.
8) O início do Séc. XVIII marcou uma importante mudança no processo de colonização
do Brasil pela metrópole portuguesa. A descoberta de jazidas de pedras e metais
preciosos, no interior do território, promoveu interiorização do povoamento e diversas
alterações na administração colonial. Sobre esse período, é correto afirmar que
a) apesar da capital da colônia permanecer no litoral diversos núcleos urbanos surgiram
nas regiões de exploração mineira tais como Vila Rica, Diamantina, Sabará e Mariana.
b) a mais importante alteração administrativa foi a transferência da capital da colônia, de
Salvador, na Bahia, para Ouro Preto, em Minas Gerais.
c) a cobrança de impostos sobre a mineração, como o “quinto”, praticada pela
Intendência das Minas, era tolerada pois todos os recursos eram usados na educação e
na saúde pública e gratuita para os colonos.
d) na atividade mineradora, o uso de trabalho escravo, muito amplo na economia
açucareira, era quase inexistente, sobressaindo-se o trabalho livre de imigrantes
europeus.
9) (Enem)
O que ocorreu na Bahia de 1798, ao contrário das outras situações de contestação
política na América Portuguesa, é que o projeto que lhe era subjacente não tocou
somente na condição, ou no instrumento, da integração subordinada das colônias no
império luso. Dessa feita, ao contrário do que se deu nas Minas Gerais (1789), a
sedição avançou sobre a sua decorrência.
JANCSÓ, I.; PIMENTA, J. P. Peças de um mosaico. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem Incompleta: a
experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000.

A diferença entre as sedições abordadas no texto encontrava-se na pretensão de


a) eliminar a hierarquia militar.
b) abolir a escravidão africana.
c) anular o domínio metropolitano.
d) suprimir a propriedade fundiária.
e) extinguir o absolutismo monárquico.
10) (UECE) Sobre a transferência da Corte portuguesa para o Brasil em 1808, é
correto afirmar que
a) ocorreu sem nenhum transtorno para a população do Rio de Janeiro, que
recepcionou os nobres portugueses de forma planejada, sem que fossem
necessárias grandes mudanças na cidade.
b) teve como causa direta a invasão das tropas francesas ao território português
como forma de forçar a adesão do país luso ao bloqueio continental.
c) foi provocada pela ameaça inglesa de invasão ao Brasil, caso Portugal aderisse
ao Bloqueio Continental ao comércio britânico, imposto por Napoleão Bonaparte
no decreto de Berlim, emitido em 1806.
d) somente foi realizada como forma de garantir o cumprimento do tratado de
Fontainebleau, assinado com a França, que garantia a mudança para o Brasil no
caso de ameaça espanhola a Portugal.
11) (Unicamp) A respeito da Independência na Bahia, o historiador João José Reis
afirmou o seguinte:

Os escravos não testemunharam passivamente a Independência. Muitos chegaram


a acreditar, às vezes de maneira organizada, que lhes cabia um melhor papel no
palco político. Os sinais desse projeto dos negros são claros. Em abril de 1823,
dona Maria Bárbara Garcez Pinto informava seu marido em Portugal, em uma
pitoresca linguagem: "A crioulada fez requerimentos para serem livres". Em outras
palavras, os escravos negros nascidos no Brasil (crioulos) ousavam pedir,
organizadamente, a liberdade!

(Adaptado de O Jogo Duro do Dois de Julho: o "Partido Negro" na Independência da Bahia,


em João José Reis e Eduardo Silva, Negociação e Conflito. A resistência negra no Brasil
escravista. São Paulo: Cia das Letras, 1988, p. 92).
a) A partir do texto, como se pode questionar o estereótipo do "escravo ignorante"?

b) Identifique dois motivos pelos quais a atuação dos escravos despertava temor
entre os senhores.

c) De que maneira esse enunciado problematiza a versão tradicional da


Independência do Brasil?
Respostas
1) E 11) a) Questiona-se esse estereótipo a partir do fato de que os negros
2) D escravizados se organizaram para participar ativamente do processo de
independência na Bahia e manifestar suas reivindicações.
3) C
4) B b) A eventual liberdade dos negros levaria à ruptura das estruturas vigentes,
5) A sobretudo as relações escravistas de trabalho e era temeroso também o fato de
os negros conquistarem a condição de igualdade de direitos
6) D
7) B c) A versão tradicional da Independência desconsidera a participação popular e,
sobretudo, a participação de negros no processo político em questão. O texto do
8) A
enunciado afirma o contrário: que houve participação ativa dessa camada da
9) C população no processo de Independência.
10) B
12) A charge em questão afirma o caráter elitista do processo de Independência
do Brasil, que, dirigido pelas elites rurais (sobretudo do Rio de Janeiro) e apoiado
pela Inglaterra, deixou o povo apenas como um espectador. Também
depreende-se da charge que a Independência não trouxe alterações às estruturas
sociais vigentes.

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