Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

10 - NCP 3 - Ativos Intangiveis

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 7

LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICO-PRIVADA

CONTABILIDADE PÚBLICA

Sistema de Normalização
Contabilística para as Administrações Públicas (SNC-AP)

NCP 3 —ATIVOS INTANGÍVEIS

Maria da Conceição Marques, PH


mcc@uc.pt

Objetivo
 O objetivo desta Norma é prescrever o tratamento
 contabilístico de ativos intangíveis que não sejam tratados
especificamente numa outra Norma. Esta Norma exige que
uma entidade reconheça um ativo intangível se, e apenas
se, forem satisfeitos determinados critérios.

 A presente Norma exige que uma entidade reconheça


ativos relativos ao património histórico intangível desde
que satisfaçam a definição e os critérios de
reconhecimento de ativos intangíveis. Em caso de não ser
possível reconhecer tais ativos, a entidade deve aplicar os
requisitos de divulgação previstos na NCP 1.

1
Definições
 Um ativo intangível é um ativo não monetário identificável
sem substância física.
 Um ativo é identificável se:
For separável, isto é, capaz de ser separado ou destacado da
entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado,
quer individualmente quer juntamente com um contrato, ativo ou
passivo identificável associados, independentemente de a
entidade pretender fazê-lo ou não; ou

Decorrer de acordos vinculativos (incluindo direitos contratuais


ou outros direitos legais) independentemente de esses direitos
serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros
direitos e obrigações.

Definições
 Controlo:
 Uma entidade controla um ativo se tiver o poder de obter
os benefícios económicos futuros ou potencial de serviço
que flui dos recursos subjacentes e de restringir o acesso de
outrem a esses benefícios ou potencial de serviço.

 Benefícios económicos futuros ou potencial de serviço


 Os benefícios económicos futuros ou potencial de serviço
que fluem de um ativo intangível podem incluir rendimentos
da venda de produtos ou serviços, poupanças de custos,
ou outros benefícios resultantes do uso desse ativo.

2
Reconhecimento
 O reconhecimento de um item como ativo intangível
exige que uma entidade demonstre que o item
satisfaz:
A definição de um ativo intangível; e
Os critérios de reconhecimento.

Os ativos intangíveis podem ser adquiridos ou


gerados internamente.

Mensuração inicial
Através de uma transação com Através de uma transação sem
contraprestação (§§ 27-36) contraprestação (§§ 37 e 38)
 O custo de um ativo intangível  Isto pode acontecer quando uma entidade do
setor público transfere para outra entidade,
adquirido separadamente através de uma transação sem
contraprestação, ativos intangíveis tais como
compreende: direitos de aterragem num aeroporto, licenças
O seu preço de compra, para operar estações de rádio ou de televisão,
licenças ou quotas de importação ou direitos
incluindo direitos de de acesso a outros recursos restritos.
importação e impostos não  Por exemplo, um cidadão vencedor do Prémio
dedutíveis ou reembolsáveis Nobel pode legar o seu espólio pessoal,
incluindo os direitos de autor das suas
sobre a compra, após publicações, aos arquivos nacionais (uma
dedução de descontos entidade do setor público) numa transação sem
contraprestação.
comerciais e abatimentos; e
 Nestas circunstâncias, o custo do item é o seu
Qualquer custo diretamente justo valor à data em que é adquirido
atribuível à preparação do
ativo para o uso pretendido.

3
Mensuração inicial
 O Goodwill gerado internamente não deve ser reconhecido como um ativo.

 Ativos intangíveis gerados internamente

 Fase de pesquisa
 Não deve ser reconhecido qualquer ativo intangível decorrente de
pesquisa (ou da fase de pesquisa de um projeto interno).

 Fase de desenvolvimento
 Um ativo intangível decorrente de desenvolvimento (ou da fase de
desenvolvimento de um projeto interno) deve ser reconhecido se, e apenas
se, uma entidade puder demonstrar cumulativamente os requisitos das
alíneas a) a f) do § 49.

Mensuração inicial
 Um ativo intangível decorrente de desenvolvimento (ou da fase de desenvolvimento de um
projeto interno) deve ser reconhecido se, e apenas se, uma entidade puder demonstrar
cumulativamente tudo o que se segue:
A viabilidade técnica de concluir o ativo intangível para estar disponível para uso ou venda;
A sua intenção de concluir o ativo intangível e usá-lo ou vendê-lo;
A sua capacidade de usar ou vender o ativo intangível;
A forma como o ativo intangível gerará prováveis benefícios económicos futuros ou potencial de serviço. Por
exemplo, a entidade pode demonstrar a existência de um mercado para os produtos do ativo intangível, ou
para o próprio ativo intangível ou, se for para uso interno, a sua utilidade;
A disponibilidade de adequados recursos técnicos, financeiros e outros para concluir o desenvolvimento, e
para usar ou vender o ativo intangível;
A sua capacidade de mensurar com fiabilidade os dispêndios atribuíveis ao ativo intangível durante o seu
desenvolvimento.

 Os ativos intangíveis adquiridos por troca são mensurados ao justo valor

4
Mensuração subsequente
 Após reconhecimento como ativo, um ativo intangível
deve ser registado pelo seu custo, menos qualquer
amortização acumulada e quaisquer perdas por
imparidade acumuladas, devendo aplicar-se essa
política a uma classe inteira de ativos intangíveis.

 A norma preconiza como modelo privilegiado de


mensuração subsequente o do custo, admitindo o
modelo da revalorização no caso de o mesmo
resultar de disposições legais.

Vida útil
 São considerados diversos fatores na determinação da
vida útil de um ativo intangível.

 No Classificador Complementar 2 (CC2) do Plano de


Contas Multidimensional estão previstas as vidas úteis
para os ativos intangíveis. Por exemplo:
Ativos intangíveis de domínio público, património histórico,
artístico e cultural – Ilimitada
Goodwill - 10 anos
Projetos de desenvolvimento - 3 anos
(…)

10

5
Método de amortização

 A quantia amortizável de um ativo intangível deve ser imputada


numa base sistemática durante a sua vida útil.

 A amortização deve começar quando o ativo está disponível para


uso, isto é, quando estiver na localização e condição necessárias
para operar da forma pretendida pelo órgão de gestão.

 A amortização deve cessar na data que ocorrer primeiro entre a


data em que o ativo for classificado como detido para venda e a
data em que o ativo for desreconhecido.

 O método de amortização deve refletir o padrão pelo qual se


espera que os benefícios económicos futuros ou potencial de
serviço sejam consumidos pela entidade.

11

Método de amortização

 A presente Norma preconiza que o método mais


adequado às Administrações Públicas é, em regra,
o método das quotas constantes (ou da linha reta)

12

6
Desreconhecimento
 Um ativo intangível deve ser desreconhecido:
 No momento da alienação (incluindo alienação através de uma
transação sem contraprestação); ou

 Quando não se esperam benefícios económicos futuros ou potencial


de serviço do seu uso ou alienação;

 O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento de um ativo


intangível deve ser determinado como a diferença entre a
quantia realizada na alienação (se existir) e a quantia
escriturada do ativo, e deve ser reconhecido nos resultados
quando o ativo for desreconhecido.

13

Você também pode gostar