Apostila CDC - Módulo 2
Apostila CDC - Módulo 2
Apostila CDC - Módulo 2
INTRODUÇÃO À CADEIA DE
CUSTÓDIA DE VESTÍGIOS
MÓDULO 2
GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA
Jerônimo Rodrigues
COMANDANTE-GERAL DO CORPO DE
BOMBEIROS MILITAR
Cel BM Adson Marchesini
DIRETORA-GERAL DO DEPARTAMENTO DE
POLÍCIA TÉCNICA
Perita Criminal Ana Cecília Cardoso Bandeira
CONTEUDISTAS/AUTORES
Maj PM Tatiana Eleutério D’Almeida e Pinho
Ten PM Paulo Cezar Miranda Assis
Sgt PM Vanessa de Oliveira Santana
REVISÃO
Perito Criminal Osvaldo Silva
Carolina dos Santos Oliveira
APRESENTAÇÃO DO CURSO 06
OBJETIVOS DO CURSO 07
OBJETIVO GERAL 07
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 07
MÓDULO 1 - CONCEPÇÕES INICIAIS 08
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO 08
OBJETIVOS DO MÓDULO 08
ESTRUTURA DO MÓDULO 08
CONCLUINDO O MÓDULO 1 21
MÓDULO 2 - MARCOS NORMATIVOS 22
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO 22
OBJETIVOS DO MÓDULO 22
ESTRUTURA DO MÓDULO 22
Aula 1 - A Lei nº 13.964, de 24 de dezembro de 2019, 24
e o aperfeiçoamento da legislação nacional
referente à cadeia de custódia de vestígios.
Aula 2 - A Portaria SSP n.º 108, de 30 de março de 26
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO 40
OBJETIVOS DO MÓDULO 40
ESTRUTURA DO MÓDULO 40
Aula 1 - As 10 fases da cadeia de custódia de 41
vestígios
Aula 2 - Os profissionais responsáveis pela cadeia 44
de custódia de vestígios
Aula 3 - Fatores críticos de sucesso para a 46
preservação da cadeia de custódia de vestígios
CONCLUINDO O MÓDULO 3 48
REFERÊNCIAS 49
APRESENTAÇÃO DO
CURSO
Estimado(a) aluno(a)
Objetivo Geral:
Objetivos Específicos:
Apresentação do módulo:
Objetivos do módulo:
de custódia de vestígios.
Estrutura do módulo:
Aula 2 – A Portaria SSP n.º 108, de 30 de março de 2022, dispõe sobre o processo
de cadeia de custódia de vestígios no âmbito do Sistema Estadual de Segurança
Pública e outros aspectos relativos ao processo de cadeia de custódia.
Segundo Nucci (2020, p.1) “a legislação tornou-se mais rigorosa em certos pontos,
exatamente onde havia necessidade”. Embora as mudanças promovidas pela Lei
nº 13.964/2019 pudessem ter avançado ainda mais na modernização de nossa
legislação criminal, sem dúvidas foram estabelecidas alterações muito positivas
ao ordenamento jurídico brasileiro.
1. Reconhecimento 6. Transporte
2. Isolamento 7. Recebimento
3. Fixação 8. Processamento
4. Coleta 9. Armazenamento
A coleta dos vestígios, de maneira a preservar a sua cadeia de custódia, foi prevista
no artigo 158-C.
A Portaria SSP n.º 108 estabelece diretrizes para a atuação dos profissionais
envolvidos na custódia de vestígios, ressaltando a importância da observância dos
princípios éticos e técnicos relacionados à manipulação e ao armazenamento
dessas evidências. Ela define responsabilidades e procedimentos a serem
seguidos, desde a coleta inicial até o descarte, abrangendo áreas como a
documentação, o acondicionamento, o transporte, o armazenamento e a
destinação final dos vestígios.
Dessa forma, a Portaria SSP n.º 108 se propõe a contribuir para a garantia da
validade das provas materiais em investigações criminais, evitando a
contaminação, adulteração ou perda das evidências ao longo do processo. Com
esse mister, essa portaria, em seu Anexo I, descreve o Processo de Cadeia de
Custódia, um passo a passo para execução sua correta.
No Anexo II da Portaria SSP n.º 108, tem-se o Procedimento Operacional Padrão n.º
002/SSP que detalha as atividades do Processo de Cadeia de Custódia
apresentado no Anexo I.
Por fim, a Portaria SSP n.º 108, em seu Anexo V, apresenta o formulário
correspondente à Ficha de Acompanhamento de Vestígios para os devidos
registros relativos às informações, à posse, transferência e manuseio vestígio.
VOCÊ SABIA?
Após a publicação desse marco, foi instituído um novo grupo de trabalho com
representantes das Instituições de Segurança Pública (ISP) para adotar as ações
necessárias, especialmente as relativas à capacitação, estruturação das centrais de
custódias, comunicação institucional, demais protocolos e processos internos,
bem como o desenvolvimento e implantação da Ficha de Acompanhamento de
Vestígio no aplicativo MOP (Sistema de Mobilidade Policial) para o pleno
funcionamento do processo de Cadeia de custódia.
VOCÊ SABIA?
A Portaria n.º 364 emitida pela Delegada-Geral da Polícia Civil do Estado da Bahia
estabelece procedimentos para garantir a cadeia de custódia de vestígios no
âmbito da Polícia Civil. Essa iniciativa se fundamenta nas alterações em matéria
processual penal introduzidas pela Lei nº 13.964/2019, que visa garantir a
idoneidade e rastreabilidade da prova pericial por meio da Cadeia de Custódia de
Vestígios.
Segundo o Art. 5º, “ao encontrar um local de crime sem preservação, a PCBA
deverá iniciar os procedimentos de isolamento de local, atentando para a
conservação dos vestígios do processo de cadeia de custódia e aguardar a
chegada da perícia.”
A Portaria n.º 364 esclarece qual procedimento deve ser adotado em caso de
dúvidas relativas aos vestígios: “Art. 8º, inciso VII - havendo dúvida na natureza e
separação do vestígio ou quando o material, em razão de sua natureza ou
morfologia apresentar risco físico, químico ou biológico, caberá ao policial civil,
imediatamente, entrar em contato com as centrais de custódia, vinculadas ao
DPT ou outra unidade do DPT correspondente que possa prestar esclarecimentos.
Após reforçar a definição do CPP de cadeia de custódia em seu Art. 2º, a Portaria nº
086 destaca no parágrafo 3º desse artigo que “Cabe ao perito oficial responsável
comunicar a autoridade competente a liberação do local de crime, após o término
dos trabalhos técnicos de perícia no local.”
O DPT destaca em seu documento que “Não são englobados no conceito descrito
como “vestígio” os bens apreendidos que não apresentem interesse à produção de
prova material.” (Art.5º).
A coleta dos vestígios deve preferencialmente ser realizada por perito oficial, e em
casos de coleta imediata sem a presença do perito, a legislação vigente deve ser
estritamente seguida. A entrega e recebimento dos vestígios são atos formais,
documentados na Ficha de Acompanhamento de Vestígios (FAV), disponível no
Sistema de Mobilidade em Operações de Segurança Pública (MOP). Contudo, em
face de eventual indisponibilidade ou absoluta impossibilidade de utilização do
aplicativo MOP, o inciso I do Art. 6º assevera que: “o devido registro dos dados
deverá ocorrer em formulário impresso da FAV, conforme Anexo I da Portaria SSP
nº 108/2022 e suas atualizações;”.
Acesse aqui o
Procedimento
Operacional Padrão
(POP) P000001
LIMA, Renato Brasileiro de. de. Código de Processo Penal. Vol. único. 9ª Ed.
Salvador, JusPodivm, 2021.
LOPES JÚNIOR, Aury. Direito Processual Penal. 14 ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
LOPES JÚNIOR, Aury. Direito processual penal. São Paulo : Saraiva, 2018.
SILVA, Tiago Ferreira da. Cadeia de Custódia e a Perícia Criminal após o advento
da Lei 13.964 de 2019. Monografia (Especialização) –Academia de Bombeiros Militar
da Bahia (ABM), Simões Filho, 2021.
VELHO, Jesus Antônio; COSTA, Karina Alves; DAMASCENO, Clayton Tadeu Mota.
Locais de crime: dos vestígios à dinâmica criminosa. Campinas: Millennium, 2013.