Pedro Campos-Protocolo Nutricao Parenterica
Pedro Campos-Protocolo Nutricao Parenterica
Pedro Campos-Protocolo Nutricao Parenterica
Nutrição Parentérica
Avaliação e protocolo de actuação
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Índice
1. Introdução 03
2. Avaliação nutricional 05
3. Nutrição Parentérica 08
3.1.1. Definição
3.1.2. Indicações
3.1.3. Estimativa das necessidades nutricionais
3.1.4. Composição da nutrição parentérica
3.1.5. Considerações globais na altura de prescrever nutrição parentérica
3.1.6. Monitorização da adequação
3.1.7. Complicações da NP
4. Algoritmo de avaliação da indicação para NP 20
5. Algoritmo de início da nutrição parentérica 21
6. Situações particulares
6.1.1. Doença Renal Aguda 23
6.1.2. Doença Hepática Aguda 24
7. Bibliografia 25
8. Anexo I (Formulações de nutrição parentérica) 26
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Introdução
A nutrição do doente hospitalizado exige, por parte da equipa de cuidados de
saúde, uma avaliação e prescrição como qualquer outra terapêutica. O suporte
nutricional instituído deverá proporcionar, para cada situação clínica, uma combinação
adequada de nutrientes, de modo a evitar ou compensar as alterações metabólicas
secundárias ao estado patológico.
A situação clínica, as necessidades energéticas e a via de administração
disponível, atendendo essencialmente à capacidade de utilização do tubo digestivo,
são alguns dos aspectos a ter em consideração na altura de escolher o tipo de suporte
nutricional a instituir.
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A administração de fluídos e electrólitos deve contudo ser ajustada de acordo
com a situação clínica, fazendo parte integrante do suporte nutricional a sua
monitorização e correcção diárias, com o objectivo de manutenção da homeostasia.
Desnutrição
Estima-se que cerca de 40% dos internados no hospital estão subnutridos e
este facto encontra-se associado a maior risco de complicações.
No doente crítico esta proporção é ainda mais relevante, considerando-se que
cada individuo admitido numa unidade de cuidados intensivos perde, em média, 5-
10% da massa muscular esquelética por semana. Complicações como a sepsis são, em
grande medida, amplificadas por desnutrição e disfunção imunológica.
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Avaliação Nutricional
O estado nutricional expressa a relação entre as necessidades e o aporte
nutricional. Quando desta relação resulta um equilíbrio entre a ingestão e as
necessidades de nutricionais, a composição e funções do organismo são mantidas e as
respostas adaptativas ao stress preservadas. Assim sendo, a desnutrição predispõe a
uma série de complicações graves, incluindo tendência à infecção, deficiência de
cicatrização de feridas, falência respiratória, insuficiência cardíaca, diminuição da
síntese de proteica a nível hepático com produção de metabólitos anormais,
diminuição da taxa de filtração glomerular e da produção de suco gástrico.
Os objectivos da avaliação do estado nutricional são:
a) identificar os doentes com risco aumentado de apresentar complicações associadas
ao estado nutricional, para que possam receber terapia nutricional adequada;
b) monitorizar a eficácia da intervenção fármaco-nutricional. Para aprofundamento ver
protocolo de avaliação nutricional.
A instituição de terapia nutricional precoce pode reduzir as complicações,
mortalidade e mesmo os custos associados ao internamento, através de uma melhoria
na sobrevida. Actualmente porém as deficiências nutricionais, por vezes graves,
permanecem sub-diagnosticadas e sem tratamento em muitos centros, por não ser
valorizado o estado nutricional do doente no momento do internamento hospitalar e
depois aquando a sua admissão numa unidade de cuidados intensivos.
Desta forma, a triagem nutricional deverá ser feita o mais precocemente
possível no sentido de detectar a população desnutrida ou em risco nutricional no
momento da admissão, numa unidade de cuidados intensivos.
Vários protocolos de triagem foram propostos e validados para diferentes
populações, um deles, o Nutricional Risk Screening (2002), está representado abaixo e
constitui um guia para a avaliação da status nutricional e inclui a evolução ponderal, o
índice de massa corporal, a ingesta alimentar, gravidade do quadro agudo e a idade.
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O doente é considerado sob
risco nutricional se o score obtido
for igual ou superior a 3 e o seu
plano terapêutico deve incluir uma
abordagem nutricional. Salienta-se
que da analise da tabela todos os
doentes considerados críticos
(score APACHE >10) são incluídos
no grupo de alto risco, beneficiando
por isso de um plano nutricional
personalizado.
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Nutrição Parentérica
Definição
Solução ou emulsão de suporte nutricional endovenoso, composta basicamente por
hidratos de carbono (glicose), aminoácidos e lípidos, habitualmente suplementada
com vitaminas e minerais, estéril e apirogénica.
Indicações
A nutrição parentérica está habitualmente associada à incapacidade de
utilização do tubo digestivo para satisfazer mais de 60% das necessidades nutricionais
num prazo de 3 dias.
Indicações absolutas para iniciar nutrição parentérica:
Impossibilidade para absorver nutrientes pelo tubo digestivo:
Ressecção intestinal maciça (> 70% do jejuno-ileon);
S. intestino curto;
Doença intestinal inflamatória activa com necessidade de
repouso intestinal por mais de 5 dias.
Oclusão intestinal, ileus prolongado
Fistula entero-cutanea
Débito de fistula elevado (>500cc/24H);
Indicação para repouso do aparelho digestivo por mais de 5 dias.
Pré-operatório de cirurgias gastro-intestinais, com impossibilidade de
nutrição por via oral ou entérica.
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necessárias (20kcal/kg de peso actual/dia). Em doentes edemaciados deve utilizar-se o
“peso seco” estimado.
Cálculo das necessidades nutricionais globais:
- Energia: 25 - 30 Kcal/kg/dia
- Hidratos de Carbono: 2 - 5g/Kg/dia
- Proteínas: 1,3 - 1,5 g/kg/dia
- Lípidos: 0,7 - 1,5g/kg/dia
- Volume Total: 30-40cc/Kg/dia
Proteínas
A proteína na nutrição parentérica é fornecida sob a forma de aminoácidos
livres. A concentração de aminoácidos é muitas vezes expressa em termos do teor de
azoto. Por exemplo, uma solução “N24” vai apresentar 24 g / L de azoto.
A relação entre o azoto e o peso molecular total varia consoante os diferentes
aminoácidos presentes e as respectivas proporções, mas em média pode estimar-se
através da fórmula [azoto x 6,25 = peso total de proteína]. Isto significa que a solução
acima "N24” conta com cerca de 150g aminoácidos/L (24 x 6,25). Salienta-se que se
trata de um valor médio – o valor real varia de acordo com o perfil de aminoácidos de
cada preparação. O teor total de aminoácidos, assim como de azoto encontram-se
obrigatoriamente registados no rótulo, mas a equação acime permite uma rápida
estimativa do conteúdo proteico presente.
As soluções de nutrição parentérica, apresentam teores proteicos
relativamente baixos por isto permitir alguma vantagem em termos de estabilidade da
solução.
Em geral, como referido acima a maioria dos doentes tem necessidades
proteicas de 1,3-1,5 g / Kg peso, no entanto, a ingestão de proteína pode não evitar o
catabolismo e não causa subida nos níveis de albumina durante a resposta de fase
aguda. Não existindo, excepto em situações muito específicas (queimaduras ou perdas
aumentadas), nenhum benefício em fornecer proteína a níveis superiores a 1,5-2,0 g /
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Kg peso. Existem recomendações que geralmente recomendam limitar a velocidade de
infusão da solução de aminoácidos para menos de 0.1g / kg /h.
Existem no mercado formulações com perfis de aminoácidos específicos,
nomeadamente, soluções enriquecidas em glutamina.
A glutamina é o aminoácido livre mais abundante do plasma, constituindo cerca
de 20% do total de aminoácidos livres circulantes com uma taxa de produção
endógena (predominantemente no músculo esquelético) na gama de 50-80 g/24 h no
adulto. Este aminoácido, esta classificado como não-essencial, no entanto em
situações de trauma e infecção grave os seus níveis encontram-se francamente
diminuídos, sendo por isso classificado como aminoácido condicionalmente essencial
no doente crítico, observando-se uma redução do seu nível plasmático, o que foi
associado a um pior prognóstico.
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no transporte de compostos azotados e carbono entre órgãos, está ainda intimamente
ligada com muitos outros aminoácidos e com a síntese de proteínas como se pode
constatar na tabela 1.
Desta forma, não é de estranhar que a deficiência de glutamina possa limitar,
tanto a produção de proteínas na resposta inflamatória, como a síntese de glutatião,
comprometendo desta forma a defesa antioxidante.
Ao longo dos últimos 10 anos criou-se uma base de evidência de segurança e
benefício clínico, de tal forma que a sua utilização parentérica pode agora ser
considerada padrão, sendo bem tolerada e acompanhada de uma subida dos níveis
séricos. Não existindo nenhum estudo que demonstre efeitos deletérios no doente
crítico com valores de reposição de glutamina entre os 10-30g/24H.
A suplementação deste aminoácido promoveu redução das infecções e do
tempo de internamento num grupo de pacientes cirúrgicos, sendo verificada uma
diminuição da mortalidade em pacientes críticos. Os resultados mais expressivos e
animadores foram obtidos com altas doses administradas por via endovenosa. As
recomendações clínicas actuais encontram-se nos 30g/dia de glutamina.
Hidratos de Carbono
A glicose fornece o conteúdo de hidratos de carbono da NP, até ao máximo de
75% da energia total da solução. A glicose é a principal fonte de energia e é necessário
um mínimo diário de cerca de 2g/kg de peso para atender às necessidades dos tecidos
(como o cérebro e o rim) que não podem usar facilmente outras fontes de energia.
A taxa máxima de oxidação da glicose, é cerca de 4-7 mg / minuto / kg de peso
corporal (5-10 g / kg / dia), sendo que valores superiores aumentam o risco de
complicações, tais como hiperglicemia, esteatose hepática e problemas respiratórios.
Em formulações de NP, o componente de glicose / dextrose é uma solução aquosa,
geralmente expresso como uma percentagem (peso por volume de solução total). Por
exemplo, uma solução de dextrose a 5% contém 5 g de dextrose por 100mL de
solução, de modo que 1L de dextrose a 5% de hidratos de carbono fornecerá 50g
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Lípidos
A emulsão lipídica consiste em óleo (maioritariamente de soja, mas
actualmente já com várias alternativas presentes no mercado) em emulsão,
estabilizado com lecitina da gema de ovo, numa forma solúvel o que permite a sua
administração de forma segura por via endovenosa. O fornecimento de calorias por
esta via permite cumprir com as necessidades energéticas, sem exceder as
quantidades recomendadas de glicose. Apresenta igualmente uma baixa osmolalidade,
contribuindo para a diminuição global da osmolalidade das formulações de NP, o que é
especialmente relevante na soluções administradas perifericamente, que requerem
uma osmolalidade inferior a 800mOsm/kg. Desta forma não é de estranhar que as
formulações periféricas sejam ricas em lípidos. A emulsão lipídica também fornece
ácidos gordos essenciais (Acido Linoleico) pelo que constitui um componente essencial
das formulações parentéricas.
Parece não existir benefício clínico com a administração de quantidades
superior a 30% de energia fornecida total, sendo recomendadas quantidades menores
para o doente crítico, (limitadas a 1gr/Kg/dia) no entanto, os lípidos (ao contrário de
glicose) não parecem ter um limite claro, mensurável para a sua utilização. Salienta-se
igualmente que a presença de níveis normais de triglicéridos séricos não garante que a
taxa de infusão é adequada.
O teor de lípidos numa emulsão é geralmente expressa em percentagem (peso
por volume) encontrando-se disponíveis em emulsões de 10%, 20% e 30%. A razão de
lípidos para fosfolípidos (a partir da lecitina) difere para as várias emulsões, com a
emulsão a 20% apresentando uma proporção mais próxima da relação encontrada nos
quilomícrons. Tem sido sugerido que o risco de alterações lipídicas será reduzido com
a utilização desta formulação, no entanto, o risco parece ser baixo com a infusão
contínua abaixo dos limites referidos independentemente da formulação utilizada.
Vitaminas e Oligoelementos:
As vitaminas hidro e lipossolúveis são componentes reconhecidamente
essenciais no metabolismo e manutenção da função e integridade celulares. Stress, e
cargas elevadas de glicose e aminoácidos com desenvolvimento de balanço azotado
positivo aumentam as necessidades basais de vitaminas. No entanto, estas não fazem
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parte da composição das bolsas de NP pelo que devem ser suplementadas, com o
objectivo de fornecer as necessidades diárias de vitaminas e oligoelementos.
São adicionadas às formulações parentéricas sob a forma de polivitamínicos,
contudo não incluem o ácido fólico, vitamina B12 ou biotina, que devem ser
administradas separadamente. O ácido fólico pode ser administrado semanalmente
(3mg) e a vitamina B12 mensalmente (100µg), por via intramuscular. A vitamina K deve
ser reposta semanalmente, por via periférica ou intramuscular, na dose de 10 mg.
A suplementação com Ferro por via endovenosa deve ser considerada em
doentes sob NP prolongada ou na presença de sinais de carência. A reposição pode ser
calculada através da fórmula: Fe (g) = [Hb desejada - Hb do paciente] x 0,225. A dose
total calculada é diluída em 500 ml de soro fisiológico e administrada por via periférica.
Os valores basais recomendados de oligoelementos e vitaminas encontram-se
referidos na tabela 2.
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Tabela 2 – Necessidades de minerais, oligoelementos e vitaminas no adulto sob NP
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Considerações globais antes da prescrição de Nutrição Parentérica (NP)
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3. Cálculo das necessidades proteico-calóricas
.
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4. Estabelecer acesso venoso central adequado, comprovado radiologicamente.
- Reservar uma via exclusiva para a NP, de preferência a via distal.
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Monitorização da adequação nutricional nos doentes sob NP
Na população sob NP, em virtude da administração de nutrientes directa na
circulação, a habitual função de barreira do aparelho gastro intestinal entre os meios
externo e interno não existe, da mesma forma o efeito de primeira passagem a nível
hepático está comprometido. O que impede a habitual regulação dos componentes
absorvidos, predispondo o doente a complicações metabólicas significativas. Desta
forma a administração de NP pressupõe uma avaliação analítica periódica do
metabolismo geral e da função dos principais órgãos e sistemas envolvidos nos
processos anabólicos e catabólicos.
Assim preconiza-se a avaliação dos seguintes parâmetros:
Diariamente - Hemograma, glicose sérica, função renal (creatinina e ureia), Ionograma
completo (Sódio; Potássio; Cloro; Cálcio; Fosforo e magnésio), Proteína C Reactiva,
(PCR)
Semanalmente - Perfil lipídico (Colesterol Total, HDL e LDL; Triglicéridos) e balanço
azotado
Quinzenalmente - Albumina, Provas hepaticas (Alanina Aminotransferase (ALT),
Aspartato Aminotransferase (AST), Bilirrubina Total, Fosfatase Alcalina e
Gamaglutamiltranspeptidase (GGT)).
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Complicações da nutrição parentérica
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A suplementação com Fosforo deve ser feita com Glicerofosfato por via
periférica.
Alteração nas provas de função hepática – Geralmente benignas e transitórias.
Monitorizar. Significativo se alteração >3 Limite superior do normal por > 3dias.
3. Infecciosas, são as complicações potencialmente mais graves, sendo
necessário um elevado índice de suspeição
Sepsis relacionada com o cateter venoso central (CVC);
Inspeccionar diariamente pele peri-cateter
Manipulação asséptica do cateter.
Não suspender e reiniciar nutrição parentérica
Se agravamento com instabilidade hemodinâmica ou choque suspender
nutrição parentérica. Remover cateter se suspeita de ponto de partida
de CVC. Iniciar antibioterapia precoce
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Algoritmo de avaliação da indicação para início de nutrição parentérica
Doente crítico
Sim
Não
Suporte nutricional entérico
Não
a – Ausencia de:
- Choque mantido com lactato sérico > 3mmol/L e/ou pH<7.2.
- Utilização de aminas em crescendo.
- Choque “de novo” com critérios das alíneas anteriores
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Algoritmo de início da nutrição parentérica:
Avaliação inicial
- Avaliação nutricional, Peso actual e basal, Balanço hídrico;
- Hemograma, glicose, ureia, creatinina, sódio, potássio, cálcio, fósforo,
magnésio, albumina, colesterol total/HDL e LDL, triglicéridos, transaminases
(AST e ALT); gama-glutamiltranspeptidase (GGT) e fosfatase alcalina.
Cálculo das necessidades nutricionais e selecção da formulação de NP (ver
Considerações antes da prescrição de NP)
- Energia: 25 a 30 Kcal/kg/dia
- Hidratos de Carbono: 2 a 5g/Kg/dia
- Proteínas: 1,3 a 1,5 g/kg/dia
- Lípidos: 0,7 a 1,5g/kg/dia
- Volume Total: 30-40cc/Kg/dia
Estabelecimento de acesso vascular e confirmação de correcto posicionamento
Início da nutrição parentérica com filtro de 1.2µm (de preferência pela via distal
do CVC) com 50% das necessidades calculadas.
o Velocidade inicial = 31cc/H durante 24H; duplicar na ausência de
intercorrências. Na presença de intercorrências seguir para algoritmo de
intercorrências.
o Avaliação glicémica de 6/6H e prescrição de esquema de insulina rápida
para manter glicemia capilar < 180-200mg/dL
o Administrar suplementação com vitaminas e oligoelementos por via
periférica
Sempre que possível deve nutrir se o intestino por via entérica (suporte
nutricional entérico contínuo em regime de baixo débito – 20mL/h).
Vigilância analítica:
o Diária: Hemograma, glicose sérica, função renal, Ionograma completo,
Proteína C Reactiva, (PCR)
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o Semanal: Perfil lipídico (Colesterol Total, HDL e LDL; Triglicéridos) e
balanço azotado
o Quinzenal: Albumina, alanina aminotransferase (ALT), aspartato
aminotransferase (AST), Bilirrubina Total, Fosfatase Alcalina e Gama-
glutamiltranspeptidase – quinzenal
22
Situações particulares
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para desequilíbrios específicos relacionados com as técnicas de substituição da
função renal utilizadas).
24
Bibliografia
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doi:10.1016/j.clnu.2009.04.022
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Critically Ill Patient SCCM and ASPEN. JPEN 2009; 33: 277-316
12. Austrian Society of Clinical Nutrition (AKE) Recommendations for Enteral and Parenteral
Nutrition
25
Anexo I
Olimel Olimel
Olimel Clinimix
Composição Periolimel N-E N7-E N7-E
N9-E 12G20
1500 ml 2000 ml
Lípidos (g) 60 60 60 80 -
Potássio (mmol) 32 45 45 60 -
Cloreto (mmol) 66 68 68 90 29
Acetato (mmol) 61 67 80 89 54
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